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{{Coor dms|display=title|20|16||S|40|17||W}} | |||
{{Ver desambig| redir=Capixaba| o município do estado do Acre| Capixaba (Acre)| ou=Espírito Santo (desambiguação)}} | |||
{{Info/Estado do Brasil | |||
<!-- Cabeçalho --> | |||
| nome = Espírito Santo | |||
| preposição = do | |||
| descrição_bandeira = Bandeira do Espírito Santo | |||
| leg_bandeira = Bandeira do Espírito Santo | |||
| descrição_brasão = Brasão do Espírito Santo | |||
| leg_brasão = Brasão do Espírito Santo | |||
| lema = ''Trabalha e Confia'' | |||
| hino = [[Hino do Espírito Santo]] <center><center> | |||
| localização = Espirito Santo in Brazil.svg | |||
| mapa = Brazil Espirito Santo location map.svg | |||
| região = Sudeste | |||
| capital = [[Imagem:Brasão de Vitória, Espírito Santo.svg|20px]] [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] | |||
| maior_cidade = [[Serra (Espírito Santo)|Serra]] | |||
| vizinhos = [[Bahia]] (a norte), [[Minas Gerais]] (a oeste), [[Oceano Atlântico]] (a leste) e [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] (a sul) | |||
| regiões_intermediárias = 4 | |||
| regiões_imediatas = 8 | |||
| municípios = 78 | |||
| governador = [[Renato Casagrande]] | |||
| partido_gov = [[Partido Socialista Brasileiro|PSB]] | |||
| vice_governador = [[Jacqueline Moraes]] | |||
| partido_vice = [[Partido Socialista Brasileiro|PSB]] | |||
| dep_federais = 10 | |||
| dep_estaduais = 30 | |||
| senador1 = [[Fabiano Contarato]] ([[Partido dos Trabalhadores|PT]]) | |||
| senador2 = [[Marcos do Val]] ([[Podemos (Brasil)|PODE]]) | |||
| senador3 = [[Rose de Freitas]] ([[Movimento Democrático Brasileiro (1980)|MDB]]) | |||
| área_total = 46095.583 | |||
| área_pos = 23 | |||
| população_estimada_ano = 2021 | |||
| população_estimada = 4108508 | |||
| população_estimada_ref= <ref name="IBGE_POP">{{Citar web | url= https://ftp.ibge.gov.br/Estimativas_de_Populacao/Estimativas_2021/estimativa_dou_2021.pdf |título=Estimativas da população residente no Brasil e Unidades da Federação com data de referência em 1º de julho de 2021 |data=27 de agosto de 2021 |acessodata= 28 de agosto de 2021 |publicado= IBGE}}</ref> | |||
| população_estimada_pos = 14 | |||
| densidade_pos = 7 | |||
| clima = [[tropical de altitude]], [[Clima tropical|Tropical]] | |||
| classificação_clima = Cwa, Cwb, Aw | |||
<!-- Indicadores --> | |||
|indicador_ano = 2010/2015 | |||
|indicador_ref = <ref name="EVN_TMI">{{citar web|url= ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2015/tabua_de_mortalidade_analise.pdf|título=Tábua completa de mortalidade para o Brasil – 2015|publicado=IBGE|acessodata=2 de dezembro de 2016|arquivodata=1 de novembro de 2020 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20201101101100/ftp://ftp.ibge.gov.br/Tabuas_Completas_de_Mortalidade/Tabuas_Completas_de_Mortalidade_2015/tabua_de_mortalidade_analise.pdf}}</ref><ref>{{citar web|url= http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6&uf=00 |título=Sinopse do Censo Demográfico 2010 |publicado= IBGE |acessodata= 2 de dezembro de 2016|arquivodata=16 de junho de 2013|arquivourl= https://www.webcitation.org/6HPEUFmUj?url=http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=P6}}</ref> | |||
| alfabetização_ano = 2010 | |||
| alfabetização = 92,5 | |||
| alfabetização_pos = 9 | |||
| mort_infantil_ano = 2017 | |||
| mort_infantil = 8,4 | |||
| mort_infantil_pos = 27 | |||
| esp_vida_ano = 2015 | |||
| esp_vida = 77,9 | |||
| esp_vida_pos = 2 | |||
| IDH = 0.772 | |||
| IDH_ref = <ref>{{Citar web |url = http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar%20IDHM%20PNADC_2019_Book.pdf |titulo = Evolução do IDHM e de Seus Índices Componentes no período de 2012 a 2017 | publicado = IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada |acessodata = 18 de abril de 2019 |arquivodata = 15 de julho de 2019 |arquivourl = https://web.archive.org/web/20190715184118/http://atlasbrasil.org.br/2013/data/rawData/Radar%20IDHM%20PNADC_2019_Book.pdf}}</ref> | |||
| IDH_ano = 2017 | |||
| IDH_pos = 9 | |||
| PIB_total = | |||
137.020 bilhões | |||
| PIB_ano = 2018 | |||
| PIB_pos = 14 | |||
| PIB_per_capita = 34.493,12 | |||
| PIB_per_capita_pos = 9 | |||
| PIB_ref = <ref>{{citar web | url= https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv101765_informativo.pdf |título=Sistema de Contas Regionais: Brasil 2018 | acessodata=16-11-2020 |publicado= Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)}}</ref> | |||
| gentílico = capixaba, espírito-santense | |||
}} | |||
{{Wikipedia audível|Pt-Espírito Santo (estado) intro.ogg|16/10/09}} | |||
O '''Espírito Santo''' é uma das 27 [[Unidades federativas do Brasil|unidades federativas]] do [[Brasil]]. Está localizado na [[Região Sudeste do Brasil|região Sudeste]]. Faz divisa com o [[oceano Atlântico]] a leste, com a [[Bahia]] ao norte, com [[Minas Gerais]] a oeste e com o estado do [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] ao [[sul]]. Sua área é de 46 095,583 km². É o quarto menor estado do [[Brasil]], maior apenas que [[Sergipe]], [[Alagoas]] e [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]].<ref name="Nova Enciclopédia Ilustrada Folha 1007">{{citar enciclopédia|ano=1996 |titulo=Espírito Santo |enciclopédia=Nova Enciclopédia Ilustrada Folha |publicado=Folha da Manhã |local=São Paulo |edição=volume 2 |páginas=1007 }}</ref> Sua capital é [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], porém [[Serra (Espírito Santo)|Serra]] é o município mais populoso. O Espírito Santo é, ao lado de [[Santa Catarina]], [[Lista dos municípios mais populosos por unidade federativa do Brasil|um dos únicos entre os estados do Brasil no qual a capital não é o município mais populoso de seu estado]]. O [[gentílico]] do estado é capixaba ou espírito-santense.<ref name="Nova Enciclopédia Ilustrada Folha 1007" /> | |||
Em 1535, os colonizadores portugueses chegaram na [[Capitania do Espírito Santo]] e desembarcaram na região da Prainha. Naquela época, teve início a construção do primeiro povoado que recebeu o nome de [[Vila Velha|Vila do Espírito Santo]]. Por causa dos índios terem atacado a Vila do Espírito Santo, o líder [[Vasco Fernandes Coutinho]] fundou outra vila, naquela vez em uma das ilhas. Esta vila passou a ser chamada de Vila Nova do Espírito Santo, atual {{BR-ES-Vitória}}. Enquanto isso, a antiga recebeu o nome de Vila Velha. Houve um tempo, que poucas pessoas conhecem, em que houve a anexação do Espírito Santo à [[Bahia]]. Isso ocorreu no ano de 1715. Então, a capital da extinta [[Capitania do Espírito Santo]] passou a ser [[Salvador]].<ref name="Só Geografia">{{citar web|url=http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Estados/EspiritoSanto/|título=Espírito Santo|data=2010|publicado=Só Geografia|acessodata=15 de julho de 2011|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706154613/http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Estados/EspiritoSanto/}}</ref> A Capitania do Espírito Santo somente recuperou sua autonomia da [[Capitania da Bahia]] em [[1809]]. Com a proclamação da [[Independência do Brasil]], em 7 de setembro de 1822, o seu ''status'' foi alterado para [[Província do Espírito Santo|província]], permanecendo assim até a [[Proclamação da República Brasileira]], em 15 de novembro de 1889, quando se transformou no atual estado do Espírito Santo. | |||
Atualmente, a capital [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] é um importante [[porto]] exportador de [[minério de ferro]]. Na [[agricultura]], merecem destaque os seguintes produtos econômicos: o [[café]], [[arroz]], [[cacau]], [[cana-de-açúcar]], [[feijão]], [[fruta]]s e [[milho]]. Na [[pecuária]], há criação de [[gado bovino|gado]] de [[Carne|corte]] e [[leite]]iro. Na [[indústria]], são fabricados [[produtos alimentícios]], [[madeira]], [[celulose]], [[têxteis]], móveis e [[siderurgia]].<ref name="Só Geografia" /> O [[Estado (subdivisão)|estado]] também possui [[festa]]s famosas. Entre elas podemos citar: a [[Festa da Polenta (Venda Nova do Imigrante)|Festa da Polenta]] em [[Venda Nova do Imigrante]], a Festa da Penha em [[Vila Velha]] e o [[Festival]] de [[Arte]] e [[Música]] de [[Alegre (Espírito Santo)|Alegre]]. O Vital ([[carnaval]] fora de época, em novembro) foi extinto.<ref name="Só Geografia" /> | |||
O nome do estado é uma denominação dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali desembarcou em 1535, num [[domingo]] dedicado ao [[Espírito Santo]].<ref>{{citar web|url=http://falabonito.wordpress.com/2006/09/30/origem-dos-nomes-dos-estados-do-brasil/|titulo=Origem dos Nomes dos Estados do Brasil|autor=Rene Marcondes|data=30 de setembro de 2006|publicado=Falabonito|acessodata=23 de julho de 2010|arquivodata=25 de agosto de 2011|arquivourl=https://www.webcitation.org/61CZIxr8l?url=http://falabonito.wordpress.com/2006/09/30/origem-dos-nomes-dos-estados-do-brasil/}}</ref> Como curiosidade dessa etimologia, merece destaque o [[Convento da Penha|Convento de Nossa Senhora da Penha]], símbolo da [[religiosidade]] capixaba que abriga em seu acervo a tela mais antiga da [[América Latina]], a imagem de Nossa Senhora das Alegrias.<ref>{{citar web|url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/rota_sol_moqueca.aspx|titulo=Rota do Sol e da Moqueca (Vitória, Serra, Guarapari, Vila Velha e Anchieta)|autor=Governo do Estado do Espírito Santo|data=|publicado=Site Oficial do Estado|acessodata=23 de julho de 2010|arquivodata=30 de julho de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120730012634/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/rota_sol_moqueca.aspx}}</ref> | |||
{{TOC-limitado|3}} | |||
== | == Etimologia == | ||
Em junho de 1534 foram concedidas cinquenta [[légua]]s de litoral entre os rios [[Rio Mucuri|Mucuri]] e [[Rio Itapemirim|Itapemirim]]. A concessão foi feita pelo [[rei de Portugal]] [[João III de Portugal|Dom João III]], entregando o lote da capitania ao fidalgo português [[Vasco Fernandes Coutinho]], veterano das [[Índia]]s, que participara de forma vitoriosa em batalhas na Ásia e na África. O fidalgo donatário desembarcou no território da [[Capitania do Espírito Santo|capitania]] a 23 de maio de 1535 e fundou uma vila, denominada Vila do Espírito Santo, por ser [[Pentecostes|domingo do Pentecostes]] (atualmente é a cidade de [[Vila Velha]]).<ref name="Colonização">{{citar web|url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/colonizacao.aspx|titulo=Colonização|autor=Governo do Estado do Espírito Santo|data=|publicado=Sítio Oficial do Estado do Espírito Santo|acessodata=29 de julho de 2010|arquivodata=23 de janeiro de 2013|arquivourl=https://www.webcitation.org/6DsGdFkDc?url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/colonizacao.aspx}}</ref> Em 1535, a vila deu o nome à [[Capitanias do Brasil|capitania]], transferindo o nome à [[província]], em 1822, e ao [[Estado (subdivisão)|estado]], em 1889.<ref>{{citar web|url=http://www.capixabismo.com.br/|titulo=Capixabismo.com.br|autor=BORGES, Wagner José Fafá|data=2005|publicado=Capixabismo.com.br|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=19 de dezembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101219040432/http://www.capixabismo.com.br/}}</ref>. Assim, 35 anos após o [[Descobrimento do Brasil]], nascia um dos [[Unidades federativas do Brasil|estados]] mais antigos do [[Brasil]].<ref name="Colonização" /> | |||
Os habitantes naturais do [[Estado (subdivisão)|estado]] do Espírito Santo são denominados ''capixabas'' (ou ''espírito-santenses''). O gentílico foi dado aos futuros cidadãos do Espírito Santo devido às roças de [[milho]] que ficavam na [[ilha de Vitória]]. As roças pertenciam aos índios, os primeiros habitantes da [[região]] quando os [[portugueses]] aí chegaram. Tudo leva a crer que a referida assertiva [[Intelecto|intelectual]] ajuda a evitar a confusão do nome da [[unidade federativa]] [[brasil]]eira com o nome da terceira pessoa da [[Trindade (cristianismo)|Santíssima Trindade]].<ref>{{citar web|url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/origem_do_termo_capixaba.aspx|titulo=Origem do termo capixaba|data=|publicado=Sítio Oficial do Estado do Espírito Santo|acessodata=12 de julho de 2010|arquivodata=11 de maio de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130511060042/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/origem_do_termo_capixaba.aspx}}</ref> | |||
[[ | ==História == | ||
{{Artigo principal|História do Espírito Santo (estado)}} | |||
===Período pré-cabralino === | |||
[[Imagem:E11 p9.jpg|thumb|Família de índios [[botocudos]]]] | |||
{{Artigo principal|História pré-cabralina do Brasil}} | |||
Inicialmente, a região era habitada por diversas tribos [[indígena]]s,<ref name="Enciclopédia Delta Universal">{{citar enciclopédia|último= |primeiro= |enciclopédia=Enciclopédia Delta Universal |titulo=Espírito Santo |acessodata= |accessmonth= |edição=volume 6 |data= |ano=1982 |publicado=Delta |local=Rio de Janeiro |página= 2984 }}</ref> todas pertencentes ao tronco [[tupis|Tupi]]; as tribos do interior eram chamadas de [[Botocudos]],<ref name="Enciclopédia Delta Universal" /> sendo-lhes atribuído comportamento hostil e belicoso, além da prática de [[antropofagia]].<ref name="Horta2002">{{citar livro |autor= Duarte, Regina Horta |título= Olhares Estrangeiros. Viajantes no vale do rio Mucuri |editora= Revista Brasileira de História, vol. 22, nº 44 |data= 2002 |url= http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882002000200002 |acessadoem= 20 de abril de 2008 |arquivodata= 19 de setembro de 2008 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20080919024333/http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01882002000200002 }}</ref> No litoral, as tribos também eram hostis, porém de hábitos um pouco diferentes.<ref name="Enciclopédia Delta Universal" /> | |||
Na região Sul do actual estado e na região da [[serra do Caparaó]], as tribos não eram hostis,<ref name="Enciclopédia Delta Universal" /> e o seu nome deriva de seu hábito de levar os visitantes para "ouvir o silêncio" da [[Serra do Castelo]].<ref name="Enciclopédia Delta Universal" /> As demais tribos eram os [[aimorés]] e os [[goitacás]].<ref name="Enciclopédia Delta Universal" /> | |||
===Colonização europeia === | |||
{{Artigo principal|Colonização do Brasil}} | |||
Em 23 de maio de 1535, o [[fidalgo]] [[Portugal|português]] [[Vasco Fernandes Coutinho]], veterano das campanhas da [[África]] e da [[Índia]], aportou em terras da capitania, que lhe destinara o rei [[João III de Portugal|D. João III]].<ref>{{citar web|url=http://www.vilacapixaba.com/artigos/Artigo%20Vila%20Velha%2016.htm|titulo=Colonização do Solo Espírito Santense|autor=Eliaro Beltrame Pereira|data=|publicado=Vila Capixaba|acessodata=8 de agosto de 2010|arquivodata=23 de janeiro de 2013|arquivourl=https://www.webcitation.org/6DsGiiqxE?url=http://www.vilacapixaba.com/artigos/Artigo%20Vila%20Velha%2016.htm}}</ref> Como era um [[Domingo de Pentecostes|domingo do Espírito Santo]], chamou de vila do Espírito Santo a povoação que mandou construir nas terras que lhe couberam: cinquenta léguas de costa, entre os rios [[Rio Mucuri|Mucuri]] e [[Rio Itapemirim|Itapemirim]],<ref>{{citar web|url=http://www.gripp.com.br/vitoria.htm|titulo=O Estado|autor=Família Gripp|data=|publicado=Site Oficial da Família|acessodata=8 de agosto de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706152643/http://www.gripp.com.br/vitoria.htm}}</ref> com outro tanto de largo, sertão adentro, a partir do ponto em que terminava, ao norte, o quinhão concedido a [[Pero de Campos Tourinho]], [[donatário]] da [[capitania de Porto Seguro]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=São Paulo |páginas=38 |edição=volume 6 }}</ref> A Vila do Espírito Santo é hoje a [[cidade]] de [[Vila Velha]].<ref>{{citar web|url=http://www.achetudoeregiao.com.br/ES/vila_velha/historia.htm|titulo=História de Vila Velha ES|data=|publicado=Ache Tudo e Região|acessodata=8 de agosto de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120824004407/http://www.achetudoeregiao.com.br/ES/vila_velha/historia.htm|arquivodata=2012-08-24|urlmorta=yes}}</ref> Ainda em 1535, a [[vila]] passou à capitania, em 1822 [[província]] e em 1889 a [[Estado (subdivisão)|estado]]. | |||
[[Imagem:Anchieta.jpg|thumb|esquerda|upright|[[José de Anchieta]] (1534-1597).]] | |||
A fixação da vila foi uma história de lutas, pois os índios não entregaram aos [[portugueses]], sem resistência, suas roças e malocas. Recuaram até a floresta, onde se concentraram para iniciar uma luta de guerrilhas que se prolongou, com pequenas tréguas, até meados do {{séc|XVII}}.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> Foi assim das mais duras a empresa cometida a [[Vasco Fernandes Coutinho]]. Para o patriarca do Espírito Santo a capitania foi um prêmio que se transformou em castigo; teve de empenhar todos os haveres para conservar sua vila; acabou por morrer pobre e desvalido.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> | |||
Além da insubmissão dos indígenas, o donatário teve de enfrentar as dissensões entre os portugueses. A seus companheiros [[Jorge de Meneses]] e Duarte Lemos concedera extensas sesmarias, usando os poderes que recebera juntamente com a carta de doação. Com isso, criou dois rivais implacáveis.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> | |||
Duarte de Lemos fundou [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] — chamada de Vila Nova — na [[ilha de Santo Antônio]], em posição estratégica, mais vantajosa que [[Vila Velha]] para a defesa contra os constantes ataques dos silvícolas. Para lá se transferiu a sede da capitania. À mesma época, chegaram os missionários [[jesuítas]], empenhados na catequese, o que provocou choques com os colonos, que preferiam a dominação do gentio pela escravidão. A presença do padre [[José de Anchieta]] deu um sentido muito especial à ação dos padres da [[Companhia de Jesus]] em terras do Espírito Santo. Desde 1561, Anchieta elegera para seu refúgio a aldeia de Reritiba, de onde teve de se afastar constantemente, em virtude de seus encargos, ora em [[São Paulo (estado)|São Paulo]], no [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] ou na [[Bahia]]. Dois poemas escreveu ele em Reritiba: "''De Beata Virgine dei Marte Maria''" ("Da Santa Virgem Maria Mãe de Deus") e "''[[De gestis Mendi de Saa]]''" ("Dos feitos de Mem de Sá"). Neste último, está descrita a epopeia de uma esquadra enviada da Bahia por [[Mem de Sá]], [[Lista de governadores-gerais do Brasil|governador-geral do Brasil]], em socorro a [[Vasco Fernandes Coutinho]] e sua gente, que estavam sob cerco dos tamoios na [[ilha de Vitória]]. A maior força dos gentios estava concentrada numa aldeia forrificada junto ao [[rio Cricaré]]. Ali ocorreu a batalha decisiva, em 22 de maio de 1558. Os [[portugueses]], embora vitoriosos, sofreram pesadas baixas. Entre os mortos estavam o próprio filho de [[Mem de Sá]], Fernão de Sá, que comandava a esquadra; e dois filhos de [[Caramuru]] ([[Diogo Álvares Correia]]) com a índia [[Catarina Paraguaçu|Paraguaçu]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 39">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo: História |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=São Paulo |páginas=39 |edição=volume 6 }}</ref> | |||
[[Imagem:Thomas Cavendish.jpg|thumb|upright|[[Thomas Cavendish]] (1555-1592)]] | |||
A posição estratégica da capitania, dada a proximidade com o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]], ocasionou algumas tentativas estrangeiras de invasão. Em 1592, os capixabas rechaçaram uma investida dos [[ingleses]], sob o comando de [[Thomas Cavendish]]. Em 1625, o [[donatário]] Francisco de Aguiar Coutinho enfrentou a primeira investida dos [[holandeses]], comandados por [[Piet Heyn|Pieter Pieterszoon Heyn]],<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 39" /> luta em que se destacou a heroína capixaba Maria Ortiz.<ref>{{Citar web | url = http://docmariaortiz.sites.uol.com.br/bibliografia.htm | titulo = Conjunto de vários citações bibliográficas sobre Maria Ortiz | acessodata = 20 de abril de 2008}}</ref> Em 1640, com sete navios, os holandeses atacaram novamente o Espírito Santo, sob o comando do coronel Koin. Conseguiram desembarcar 400 homens, mas foram repelidos pelo capitão-mor [[João Dias Guedes]] e não se firmaram em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]]. Atacaram então [[Vila Velha]], de onde foram também rechaçados. O governo colonial, diante de tão repetidos ataques, resolveu destacar para Vitória quarenta infantes da tropa regular.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 39" /> Nessa oportunidade a capitania progride e Koin captura duas naus carregadas de açúcar que, atingidas pelo fogo de terra, ficam com a carga quase toda avariada.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 39" /> | |||
O esgotamento da população, que nos primeiros tempos, por diversas vezes, ameaçara desertar a capitania, bem como a incapacidade de dar seguimento a sua incipiente [[agricultura]], denunciavam a fraqueza dos alicerces em que se baseava a colonização local. Também aí os recursos particulares revelaram-se insuficientes para manter empresa tão árdua e onerosa.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 39" /> | |||
Em 1627, morreu o donatário Francisco de Aguiar Coutinho, cujo sucessor, Ambrósio de Aguiar Coutinho, não se interessou pelo senhorio e continuou como governador nos [[Açores]]. Sucederam-se os capitães-mores, com frequentes e sérias divergências entre eles e os oficiais da câmara. Ao atingir a maioridade, em 1667, [[Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho]], último descendente do primeiro donatário, conseguiu a nomeação para [[capitão-mor]] de Antônio Mendes de Figueiredo, governante operoso e estimado. Em 1674 efetuou-se a compra do território ao último donatário da família Câmara Coutinho pelo [[fidalgo]] [[Bahia|baiano]] [[Francisco Gil de Araújo]], por quarenta mil cruzados, transação confirmada por [[carta régia]] de 18 de março de 1675.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 39" /> | |||
=== Esmeraldas === | |||
[[Imagem:Fernao Dias Pais.jpg|thumb|esquerda|upright|Escultura de [[Fernão Dias Pais]], exposta no [[Museu Paulista]].]] | |||
No governo do novo [[donatário]], o comércio e a lavoura se desenvolveram, mas foi totalmente frustrado o motivo principal da compra da capitania: o descobrimento das "pedras verdes" — as [[esmeralda]]s. Essa busca começara por iniciativa do governo-geral. As expedições iniciais, denominadas por alguns historiadores "ciclo espírito-santense", incluem-se na categoria das entradas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo: História |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=São Paulo |página=40 |edição=volume 6 }}</ref> Na verdade, o ciclo limitou-se a poucas expedições relevantes, cuja importância está menos nos resultados obtidos, do que na dinamização do interesse pela área e em um maior conhecimento do interior. Entre as mais destacadas, contam-se as de [[Diogo Martins Cão]] (1596), Marcos de Azeredo (1611) e Agostinho Barbalho de Bezerra (1664), que vasculharam as imediações do rio Doce. [[Francisco Gil de Araújo]] fundou a vila de [[Guarapari|Nossa Senhora de Guarapari]] e construiu os fortes do [[Forte de Nossa Senhora do Monte do Carmo (Espírito Santo)|Monte do Carmo]] e de [[Forte de São Francisco Xavier de Piratininga|São Francisco Xavier]]; o de [[Forte de São João (Espírito Santo)|São João]], encontrado em ruínas, foi reconstruído.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> | |||
Gil de Araújo promoveu 14 entradas através do rio Doce, dirigidas à serra das Esmeraldas, as quais podem ter travado contato com os paulistas de [[Fernão Dias Pais]]. Da grande atividade e do vultoso emprego de capital realizados por Francisco Gil não resultou qualquer descoberta metalífera, embora se tenham produzido alguns frutos na valorização das terras, pelo estabelecimento de povoadores e criação de novos [[engenho]]s.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> Os lucros, de qualquer modo, não compensaram o investimento feito. Seu filho e herdeiro, talvez por esse motivo, preferiu conservar-se ausente do senhorio e, por morte deste, a capitania tornou-se devoluta, sendo vendida à coroa por Cosme Rolim de Moura, primo do último donatário. Em consequência, ficou o Espírito Santo submetido à jurisdição da [[Bahia]], e seu governo sempre a cargo de displicentes capitães-mores.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> | |||
Durante o {{séc|XVIII}} ainda perdurou o interesse pela [[mineração]], reanimado pela descoberta de [[Antônio Rodrigues Arzão]] de pequena quantidade de ouro no [[rio Doce]], em 1692. Seguiram-se numerosas entradas, dando início à abertura do caminho para as [[Minas Gerais]], enquanto as [[Jazida mineral|jazidas]] do [[Castelo (Espírito Santo)|Castelo]] e outras atraíam moradores de capitanias vizinhas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> Assistiu-se a um novo impulso de conquista e ocupação do interior, e as concessões de [[sesmaria]]s favoreceram a fixação dos colonos mais empreendedores. O movimento despertou a atenção das autoridades baianas, e acabou prejudicado pelos cuidados do [[monopólio]] real e receio de invasão estrangeira às [[Minas Gerais]] a partir do Espírito Santo. Tomaram-se então medidas para fortificar melhor a capitania, enquanto por ordem do rei ficou proibido o prosseguimento das explorações. Impediu-se a abertura de entradas para as minas. A capitania defendia-se de surpresas marítimas e ficava isolada pelas defesas naturais: [[floresta]]s cerradas e selvagens inimigos.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> A [[colonização]], portanto, continuou sem maiores progressos, embora em 1741 fosse criada a [[comarca]] de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], que abrangia São Salvador de Campos e [[São João da Barra]]. Em 1747 o ouvidor Manuel Nunes Macedo assim descrevia a situação de Vitória:<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> {{Citação2|quotetext=Aqui não há cadeia nem Casa de Câmara, por terem caído de todo e não cuidarem os meus antecessores na sua reedificação (...) <br /> pois a Câmara não tem rendimento algum.|personquoted=Manuel Nunes Macedo}} | |||
É certo que a obstinação dos mineradores e as melhorias efetuadas no sistema de defesa acabaram por diminuir o rigor das proibições e, em 1758, de acordo com ordem régia, abriu-se um caminho para as minas e estabeleceu-se um posto de quitação na vila de [[Campos de Goitacases|Campos]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> | |||
[[Imagem:Debret-djoãoVI-MHN.jpg|thumb|upright|[[João VI de Portugal|Dom João VI]].]] | |||
Em 1797, o regente [[João VI de Portugal|D. João]] dirigiu-se ao [[Lista de governadores da Bahia|governador da Bahia]] nesses termos: {{Citação2|quotetext=Sendo-me devido em particular o reanimar a quase extinta [[capitania do Espírito Santo]], confiada até agora a ignorantes e pouco zelosos [[capitão-mor|capitães-mores]], fui servido nomear para a mesma governador particular, que ora vos fica subalterno, e escolher um nome de conhecidas luzes e préstimo na pessoa do [[capitão de fragata]] Antônio Pires da Silva Pontes.<ref>{{citar web|url=http://www.ape.es.gov.br/pdf/Livro_Historia_ES.pdf|titulo=História do Espírito Santo|autor=OLIVEIRA, José Teixeira de|data=2008|publicado=Site Oficial do Arquivo Público do Estado do Espírito Santo|paginas=231|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130903063441/http://www.ape.es.gov.br/pdf/Livro_Historia_ES.pdf|arquivodata=2013-09-03|urlmorta=yes}}</ref>|personquoted=Dom João VI}} | |||
O novo governador assumiu o cargo em 29 de março de 1800. A obra de recuperação teve como objetivo principal melhores comunicações com a de [[Minas Gerais]]. Em 8 de outubro do mesmo ano, Silva Pontes assinou o auto, conjuntamente com o representante do governo de Minas, que regulou a cobrança de impostos entre as duas capitanias. Interessou-se também pela navegação do [[rio Doce]], por abertura de estradas, pela ampliação dos cultivos e pelo povoamento da terra.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> Em 1810 a capitania tornou-se autônoma em relação à [[Bahia]], e passou a depender diretamente do governo-geral. Governou na época [[Manuel Vieira de Albuquerque Tovar]], que não se afastou do programa de Silva Pontes. Deu o nome de Linhares às antigas ruínas da aldeia de Coutins.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 40" /> | |||
O período colonial encerrou-se sob melhores auspícios, sobretudo em função da diligência de Francisco Alberto Rubim, nomeado governador em 1812. Rubim foi o autor da "''Memória estatística da capitania do Espírito Santo''", realizada em 1817, na qual afirmou haver na época na capitania 24.587 [[habitante]]s, seis [[vila]]s, oito [[povoado]]s e oito [[freguesia]]s. Consolidara-se a ocupação do território e ampliara-se a base demográfica. Em face das dificuldades enfrentadas, esses dados revelam um progresso nada desprezível.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo: História |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=São Paulo |páginas=41 |edição=volume 6 }}</ref> | |||
Em 20 de março de 1820 foi empossado como governador [[Baltasar de Sousa Botelho e Vasconcelos|Baltazar de Sousa Botelho de Vasconcelos]], a quem coube enfrentar os dias agitados da [[Independência do Brasil|independência]] e passar a administração à junta do governo provisório. Antes mesmo de promulgada a constituição do império, foi nomeado presidente da província o ouvidor Inácio Acióli de Vasconcelos.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
===Independência do Brasil === | |||
{{Artigo principal|Independência do Brasil}} | |||
[[Imagem:Brazil (1822).svg|1889|thumb|esquerda|[[Província]]s [[Império do Brasil|imperiais]] do [[Brasil]] em 1822.]] | |||
Durante o [[Independência do Brasil|movimento de independência]], em março e abril de 1821, ocorreram várias comoções políticas no Espírito Santo, enquanto se procedia à escolha de seus representantes às cortes de Lisboa. Após a proclamação da autonomia brasileira, foi dado total apoio à nova realidade política, e em [[1 de outubro]] de 1822, reconhecido imediatamente D. Pedro na condição de [[Imperadores do Brasil|imperador do Brasil]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
O governo provincial enfrentou séria crise econômica nos primeiros anos da [[década de 1820]], ocasionada pelo estrangulamento da produção agrícola em razão da prolongada estiagem. Mesmo assim, iniciou a [[Cafeicultura|cultura cafeeira]]. Para tanto, incentivou o aproveitamento de terras por colonos estrangeiros, o que se deu simultaneamente à chegada de fazendeiros fluminenses, mineiros e paulistas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> A exemplo das demais províncias do sul, no Espírito Santo essa experiência colonizadora baseou-se na pequena propriedade agrícola, que logo se estendeu ao longo da zona serrana central, em contraste com as áreas do sul daquela [[região]], onde predominava a grande propriedade.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
Em 1846 fundou-se a colônia de Santa Isabel (Campinho) com imigrantes alemães de [[Hunsrück]] e em 1855 uma sociedade particular — depois encampada pelo governo — criou a colônia do Rio Novo com [[família]]s [[suíça]]s, [[Alemanha|alemãs]], [[Países Baixos|holandesas]] e [[Portugal|portuguesas]]. Entre 1856 e 1862 houve considerável afluência de imigrantes alemães para a colônia de [[Santa Leopoldina]], que tinha por sede o [[porto]] de [[Cachoeiro de Itapemirim]], no [[rio Itapemirim]], a cinquenta quilômetros da foz, no sul do estado.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> Rapidamente as antigas áreas de pastoreio pontilharam-se de pequenos [[Fazenda|estabelecimentos agrícolas]], que demonstraram grande força expansiva. As colônias de Santa Isabel e Santa Leopoldina,por exemplo, criaram desdobramenros através de todo o planalto, entre os rios [[Rio Jucu|Jucu]] e [[Rio Santa Maria da Vitória|Santa Maria]], e mais tarde atravessaram o [[Rio Doce (município)|rio Doce]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
No processo de colonização enfrentaram os imigrantes, a par de outras dificuldades, o sério problema indígena na região do [[Rio Doce (município)|rio Doce]]. Malgrado os esforços de aldeamento e as tentativas de utilização de sua mão de obra, sucediam-se os choques com os colonos,<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> e chegou mesmo a verificar-se grave contenda entre índios e moradores de [[Cachoeiro de Itapemirim]],<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> como elevado número de mortos e feridos, em 1825. Duas décadas depois, o comendador e futuro [[barão de Itapemirim]], [[Joaquim Marcelino da Silva Lima]], ainda tentou organizar um grande aldeamento à base de terras devolutas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
===Século XIX === | |||
{{Artigo principal|Província do Espírito Santo}} | |||
Os canaviais haviam sido substituídos pelos cafeeiros. Ainda não tinha sido fundada nenhuma usina. Os engenhos centrais pouco a pouco desapareciam. Além de fazendeiros capixabas, que passam a cultivar o [[café]], vieram também, com o mesmo propósito, [[Rio de Janeiro (estado)|fluminenses]], [[Minas Gerais|mineiros]] e até [[São Paulo (estado)|paulistas]], como o [[barão de Itapemirim]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
[[Ficheiro:Germans and luxembourgers in brazil 1875.jpg|thumb|[[Imigração alemã no Brasil|Imigrantes alemães]] e [[Luxemburgo|luxemburgueses]] na colônia [[Santa Leopoldina]] na [[província do Espírito Santo]], 1875]] | |||
Graças ao trabalho profícuo desses colonos, quando se aboliu a [[escravidão]] dos negros — o que derrocou as grandes fazendas, de imediato ou não — a [[economia do Espírito Santo]] resistiu e proporcionou aos seus presidentes, depois de proclamada a república, os meios necessários para empreendimentos como a construção de estradas de ferro, expansão do ensino e organização de planos urbanos, com [[Muniz Freire]]; instalação de [[água]], [[Energia elétrica|luz]], [[esgoto]], [[bonde]]s elétricos, de um [[parque industrial]], de uma usina elétrica e de uma usina de açúcar em [[Cachoeiro de Itapemirim]] e na vila de [[Itapemirim]], de uma fazenda-modelo em [[Cariacica]], além de reforma da instrução pública e construção de grupos escolares e de pontes entre Vitória e o litoral e [[Colatina]] e o norte do [[rio Doce]]. Essas e outras obras foram realizadas com recursos provenientes sobretudo do [[café]] produzido pelas colônias de imigrantes europeus organizadas desde a [[Império do Brasil|monarquia]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /> | |||
Com a irradiação ferroviária que o [[café]] suscitou em meados do {{séc|XIX}}, o Espírito Santo beneficiou-se da rede de leitos, cujo centro estava em [[Campos dos Goitacases]] e que estabelecia comunicações entre duas importantes áreas cafeeiras: a [[Zona da Mata Mineira|Zona da Mata]], em [[Minas Gerais|Minas]], e o sul capixaba. Apesar de situada fora da região de cultivo, a cidade de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] foi a que mais progrediu sob o surto daquela lavoura, e já em 1879 processaram-se os primeiros estudos destinados à construção do porto, que deveria escoar toda a produção da província. Atendendo às novas exigências, em meados do século começou a funcionar a imprensa capixaba,<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 41" /><ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo: História |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=São Paulo |páginas=42 |volume= 6 }}</ref> com a circulação do jornal ''O Correio da Vitória'',<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> de propriedade de Pedro Antônio de Azeredo,<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> a partir de 1849.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
Em 1850 a configuração territorial do Espírito Santo já assinalava a existência de dez [[município]]s: [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], [[Serra (Espírito Santo)|Serra]], [[Nova Almeida]], [[Linhares (Espírito Santo)|Linhares]], [[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]], [[Vila Velha|Espírito Santo]], [[Guarapari]], Benevente (hoje [[Anchieta (Espírito Santo)|Anchieta]]) e [[Itapemirim]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> Pouco antes a província perdera parte de suas terras, em virtude da desanexação de [[Campos dos Goitacases]] e [[São João da Barra]], restituídas ao [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]] em 1832.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
No final do {{séc|XIX}}, os capixabas, sobretudo a intelectualidade, aderiram ao [[Abolicionismo no Brasil|movimento abolicionista]]. A exemplo do que aconteceu nas demais [[província]]s, surgiram associações ligadas à emancipação, como a Sociedade Abolicionista do Espírito Santo (1869) ao lado de acirrada campanha jornalística e parlamentar. No próprio edifício da Câmara Municipal de Vitória fundou-se uma sociedade libertadora (1883). Durante a propaganda, evocava-se a crueldade dos [[castigo]]s infligidos aos [[escravo]]s, como sucedera após a insurreição de cerca de 200 negros no distrito de Queimados, em 1849.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
A [[Abolição da escravatura no Brasil|abolição da escravatura]], no entanto, conduziu os grandes proprietários à ruína, em virtude da privação da tradicional [[mão de obra]]. Assim, com o [[Proclamação da República do Brasil|advento da república]], o primeiro [[Lista de governadores do Espírito Santo|governador do estado]] não encontrou condições materiais para levar a efeito os planos preconizados pela propaganda republicana. As finanças da antiga província encontravam-se exauridas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
Ainda no final do {{séc|XIX}}, coincidindo com a fixação da [[constituição]] [[Estado (subdivisão)|estadual]] (1891 e 1892), o governador eleito recorreu a reformas e incentivos econômicos que deram novo impulso ao estado. A fim de assegurar uma receita mais sólida, levantou empréstimos externos, que favoreceram a lavoura cafeeira e permitiram maiores investimentos agrícolas. O Espírito Santo obteve assim uma arrecadação cinco vezes mais alta que a da antiga província. Efetuou-se o saneamento de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] e em 1895 foi inaugurado o primeiro trecho da [[Ferrovia Centro-Atlântica|Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo]], entre Porto de Argolas e Jabaeté.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
===Séculos XX e XXI === | |||
A ocupação do [[norte]] do Espírito Santo só começou nas primeiras décadas do {{séc|XX}}, e ganhou novo impulso depois da construção da ponte de [[Colatina]] sobre o [[Rio Doce (município)|rio Doce]], inaugurada em 1928. A economia capixaba contou com a migração de contingentes do sul e do centro do país para aquela área, e assim firmou-se o cultivo do [[café]], que respondeu por 95% da receita em 1903. Durante a [[primeira guerra mundial]], o [[porto de Vitória]] figurava como o segundo grande exportador nacional.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
Com a [[Revolução de 1930]] assumiu a direção do estado, na qualidade de interventor, [[João Punaro Bley]], mantido pelo [[Estado Novo (Brasil)|Estado Novo]] até 1943, e sob cuja administração se iniciaram obras para ampliar o [[porto de Vitória]] e para construção de cais de minério, este arrendado em 1942 pela [[Companhia Vale do Rio Doce]]. No governo de [[Jones dos Santos Neves]], em 1945, foi criada a [[Universidade Federal do Espírito Santo]] (UFES), primeira iniciativa referente ao ensino superior no estado.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> Para ampliar a exportação de [[minério de ferro]] oriundo de [[Minas Gerais]], a [[Companhia Vale do Rio Doce]] construiu o [[porto de Tubarão]], em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], com capacidade para estocar um milhão de toneladas de minério, receber navios de até cem mil toneladas e carregá-los a um ritmo de seis mil toneladas por hora. As obras foram iniciadas em 1966 e terminadas em tempo recorde. Situado dez quilômetros ao norte da capital, é um dos maiores portos de minério do mundo. Com a transferência para Tubarão da maior parte da [[exportação]] de [[minério de ferro]], o [[porto de Vitória]] ficou liberado para outras aplicações.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
Com a instalação de Tubarão a região foi dotada de uma infraestrutura que propiciou o surgimento de um novo complexo industrial, do qual faz parte uma usina de [[pelotização]] de [[minério de ferro]], com capacidade de produção de dois milhões de toneladas anuais.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> Inaugurada em 1976, entrou em atividade em 29 de novembro de 1983, dez anos depois de iniciadas as obras, a Usina Siderúrgica de Tubarão, que representou um investimento total de três bilhões de dólares. A fase foi marcada por um intenso esforço de industrialização provomido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (Codes), mais tarde transformada no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). No início da década de 70 foi criado o FUNDAP (Fundo de Desenvolvimento para Atividades Portuárias) que consistia de um incentivo financeiro para a instalação de empresas importadoras, incentivando as atividades portuárias. Instalaram-se fábricas de [[café solúvel]], [[Massa alimentícia|massas alimentícias]], [[chocolate]]s, [[azulejo]]s e [[conserva]]s de [[fruta]]s, e aprovaram-se projetos para a implantação de [[fábrica]]s de [[laticínio]]s, [[calçado]]s, material elétrico, [[óleo]]s comestíveis e [[suco]]s cítricos.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 42" /> | |||
[[Imagem:Terceira Ponte2.jpg|thumb|esquerda|Vista da [[Terceira Ponte]], entre [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] e [[Vila Velha]]]] | |||
Em novembro de 2007, é inaugurada a expansão da siderúrgica [[Arcelor Mittal]] [[Porto de Tubarão|Tubarão]] (ex-[[Companhia Siderúrgica de Tubarão]]) para ampliar a produção anual de placas de [[aço]] de 5 [[Milhão|milhões]] para 7,5 milhões de [[tonelada]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.cst.com.br/empresa/perfil/historia/historia.asp|título=História da Arcelor Mittal Tubarão|data=|publicado=Site Oficial da Empresa|acessodata=15 de março de 2011|arquivodata=2011-04-04|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110404032144/http://www.cst.com.br/empresa/perfil/historia/historia.asp}}</ref> O [[Estado (subdivisão)|estado]] é o maior produtor de placas de [[aço]] do país.<ref name="Almanaque Abril 2010 680">{{citar livro|autor=CIVITA, Roberto|título=Almanque Abril|local=São Paulo|editora=Abril|ano=2010|página=680}}</ref> | |||
Em abril de 2008, a [[Polícia Federal do Brasil|Polícia Federal]] realiza a Operação Auxílio-Sufrágio, que desmantela uma [[quadrilha (crime)|quadrilha]] especializada em [[fraude]]s contra a [[Previdência Social]] no [[Estado (subdivisão)|estado]].<ref name="Fraude na Previdência">{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080425/not_imp162602,0.php|título=PF acusa deputado de fraudar Previdência|data=25 de abril de 2008|publicado=Site Oficial do Jornal O Estado de S. Paulo|acessodata=15 de março de 2011|arquivodata=14 de maio de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110514052027/http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20080425/not_imp162602,0.php}}</ref> O [[deputado estadual]] Wolmar Campostrini ([[Partido Democrático Trabalhista|PDT]]) é acusado de ser líder do esquema.<ref name="Almanaque Abril 2011 680">{{citar livro|autor=CIVITA, Roberto|título=Almanque Abril|local=São Paulo|editora=Abril|ano=2011|página=680}}</ref> Por causa de trâmites burocráticos, as investigações ainda não foram concluídas e Campostrini mantém o cargo.<ref name="Almanaque Abril 2011 680" /> Em outubro do mesmo ano, o prefeito da capital, [[João Coser]] ([[Partido dos Trabalhadores|PT]]) é [[Reeleição|reeleito]] em primeiro turno.<ref>{{citar web|url=http://g1.globo.com/Eleicoes2008/0,,MUL783963-15693,00-EM+VITORIA+JOAO+COSER+E+REELEITO+NO+PRIMEIRO+TURNO.html|título=Em Vitória, João Coser é reeleito no primeiro turno|data=6 de outubro de 2008|publicado=Site Oficial do Globo News|acessodata=15 de março de 2011|arquivodata=20 de maio de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110520005746/http://g1.globo.com/Eleicoes2008/0,,MUL783963-15693,00-EM+VITORIA+JOAO+COSER+E+REELEITO+NO+PRIMEIRO+TURNO.html}}</ref> Em 2010, [[Renato Casagrande]] ([[Partido Socialista Brasileiro|PSB]]) é eleito [[governador]] no primeiro turno, com 82,3% dos votos.<ref>{{citar web|url=http://eleicoes.uol.com.br/2010/espirito-santo/ultimas-noticias/2010/10/03/sem-dificuldades-casagrande-e-eleito-no-primeiro-turno-no-es.jhtm|título=Sem dificuldades, Casagrande é eleito no primeiro turno no ES|data=3 de outubro de 2010|publicado=UOL Eleições|acessodata=16 de julho de 2011|arquivodata=12 de janeiro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120112085748/http://eleicoes.uol.com.br/2010/espirito-santo/ultimas-noticias/2010/10/03/sem-dificuldades-casagrande-e-eleito-no-primeiro-turno-no-es.jhtm}}</ref> Em [[2014]], [[Paulo Hartung]]<ref name=eleito2014-g1>{{Citar periódico |url=http://g1.globo.com/espirito-santo/eleicoes/2014/noticia/2014/10/paulo-hartung-do-pmdb-e-eleito-governador-do-espirito-santo.html |título=Paulo Hartung, do PMDB, é eleito governador do Espírito Santo |jornal=G1 |editora=Globo |data=5 de outubro de 2014 |acessadoem=30 de outubro de 2014 |arquivodata=11 de janeiro de 2019 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20190111194904/http://g1.globo.com/espirito-santo/eleicoes/2014/noticia/2014/10/paulo-hartung-do-pmdb-e-eleito-governador-do-espirito-santo.html }}</ref><ref name=eleito2014-estadao>{{Citar periódico |url=http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,paulo-hartung-volta-a-ser-eleito-governador-no-espirito-santo,1571704 |título=Paulo Hartung volta a ser eleito governador no Espírito Santo |autor=Fiorella Gomes |jornal=Estadão |editora=Grupo Estado |data=5 de outubro de 2014 |acessadoem=30 de outubro de 2014 |arquivodata=11 de outubro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141011034459/http://politica.estadao.com.br/noticias/eleicoes,paulo-hartung-volta-a-ser-eleito-governador-no-espirito-santo,1571704 }}</ref> ([[Partido do Movimento Democrático Brasileiro|PMDB]])<ref name=eleito2014-g1/><ref name=pmdb>{{Citar web |url=http://pmdb.org.br/noticias/paulo-hartung-e-eleito-governador-do-espirito-santo/ |título=Paulo Hartung é eleito governador do Espírito Santo |obra=Boletim Movimento Ed. 201 |publicado=Partido do Movimento Democrático do Brasil (PMDB) |data=8 de outubro de 2014 |acessadoem=30 de outubro de 2014 |arquivodata=30 de outubro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141030205955/http://pmdb.org.br/noticias/paulo-hartung-e-eleito-governador-do-espirito-santo/ }}</ref> foi eleito governador do estado e [[César Colnago]]<ref name=eleito2014-estadao/><ref name=eleito2014-vice>{{Citar periódico |url=http://g1.globo.com/politica/politico/CESAR-ROBERTO-COLNAGHI.html#!proposta=2 |título=César Colnago |jornal=G1 |ano=2014 |editora=Globo |acessadoem=30 de outubro de 2014 |arquivodata=31 de outubro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141031024141/http://g1.globo.com/politica/politico/CESAR-ROBERTO-COLNAGHI.html#!proposta=2 }}</ref> ([[Partido da Social Democracia Brasileira|PSDB]])<ref name=eleito2014-estadao/> eleito vice-governador. | |||
A partir de 2006, a precariedade dos [[presídio]]s passou a ser noticiada, pois provocou [[Rebelião|rebeliões]], [[assassinato]]s e até [[esquartejamento]]s (na Casa de Custódia de Viana); em 2009, presos são mantidos em [[contêiner]]es de [[aço]], sem ventilação adequada, por falta de [[grade|celas]].<ref>{{citar web|url=http://agregario.com/rebeliao-em-penitenciaria-do-espirito-santo-terminou-anuncia-secretaria-de-estado|título=Rebelião em penitenciária do Espírito Santo terminou, anuncia Secretaria de Estado|autor=Érica Santana|data=19 de junho de 2006|publicado=Agência Brasil|acessodata=15 de março de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110707093933/http://agregario.com/rebeliao-em-penitenciaria-do-espirito-santo-terminou-anuncia-secretaria-de-estado|arquivodata=2011-07-07|urlmorta=yes}}</ref> Em março de 2010, essa situação é discutida em um painel na Comissão de Direitos Humanos das [[Organização das Nações Unidas|Nações Unidas]].<ref>{{citar web|url=http://port.pravda.ru/news/mundo/05-05-2010/29491-brasil_presidios-0/|título=Brasil é denunciado por violação de direitos humanos em presídios|data=5 de maio de 2010|publicado=Pravda.ru|acessodata=16 de julho de 2011|arquivodata=3 de novembro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121103060544/http://port.pravda.ru/news/mundo/05-05-2010/29491-brasil_presidios-0/}}</ref> Cumprindo parcialmente compromissos assumidos, o governo desativa as celas metálicas e demole a Casa de Custódia de Viana, em maio de 2010.<ref>{{citar web|url=http://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/2010/05/casa-de-custodia-de-viana-e-demolida-nesta-sexta-feira.html|título=Casa de Custódia de Viana é demolida nesta sexta-feira|data=7 de maio de 2010|publicado=Site Oficial do Jornal Folha de Vitória|acessodata=16 de julho de 2011|arquivodata=24 de dezembro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121224155931/http://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/2010/05/casa-de-custodia-de-viana-e-demolida-nesta-sexta-feira.html}}</ref> Em outubro, sete [[penitenciária]]s foram vistoriadas por uma [[comissão]] liderada pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e da [[Ordem dos Advogados do Brasil]].<ref name="Almanaque Abril 2010 680" /> O relatório, a ser entregue à [[Procuradoria-Geral da República|Procuradoria Geral da República]], sugere providências urgentes e [[intervenção federal]] no sistema penitenciário do [[Estado (subdivisão)|estado]].<ref name="Almanaque Abril 2010 680" /> | |||
== Geografia == | |||
{{Artigo principal|Geografia do Espírito Santo}} | |||
[[Imagem:Parque nacional do caparao.jpg|thumb|direita|O [[Pico da Bandeira]], com {{formatnum:2891}} metros de altitude, é o ponto culminante do estado]] | |||
[[Imagem:Trilha Pedra de Frade - panoramio.jpg|thumb|[[Frade e a Freira]], em [[Itapemirim]].]]O estado do Espírito Santo ocupa uma área de {{fmtn|46095.583|km²}} no litoral do Brasil, localiza-se a oeste do [[Meridiano de Greenwich]] e a sul da [[Linha do Equador]] e com fuso horário de menos três horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da [[Região Sudeste do Brasil|região Sudeste]], fazendo divisa com os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. O estado é banhado pelo [[oceano Atlântico]].<ref name="BrasilTUR_Geo">{{citar web |url=http://www.brasil-turismo.com/espirito-santo/geografia.htm |titulo=Geografia |autor=Brasil-Turismo |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de outubro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20101006070433/http://brasil-turismo.com/espirito-santo/geografia.htm }}</ref> | |||
Cerca de 40% do território do estado encontra-se em uma faixa de planície,<ref>{{Citar web | autor = Governo do Espírito Santo | url = http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/Code/paginas/EspiritoSanto_em_dados.aspx | titulo = Espírito Santo em dados | acessodata = 16 de fevereiro de 2012 | arquivourl = https://web.archive.org/web/20130401074612/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/Code/paginas/EspiritoSanto_em_dados.aspx | arquivodata = 2013-04-01 | urlmorta = yes }}</ref> porém a variação das altitudes é bem grande. O relevo apresenta-se dividido em duas regiões distintas: A [[Baixada Espírito-Santense]] e a [[Serra do Castelo]], na qual fica o Pico da Bandeira com 2.892 m, na [[serra de Caparaó]].<ref name="Parque Nacional do Caparaó">{{citar web|url=http://www.bemtevibrasil.com.br/expedicao/diario13.htm|titulo=08 a 11/07 - Parque Nacional do Caparaó - Pico da Bandeira|autor=Renato Grimm e Luciana Panzarini|data=|publicado=Bemtevibrasil|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata=23 de julho de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100723164121/http://www.bemtevibrasil.com.br/expedicao/diario13.htm}}</ref> Seu clima predominante é o [[tropical de Altitude]] do tipo [[classificação do clima de Köppen|Cwb]].<ref>{{citar web |url=http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm |titulo=Clima |autor=Embrapa |autorlink=Embrapa |acessodata=19 de setembro de 2010 |arquivodata=22 de junho de 2014 |arquivourl=https://archive.today/20140622234318/http://www.cnpf.embrapa.br/pesquisa/efb/clima.htm }}</ref> O bioma (dominío morfoclimático) do estado são os chamados "Mares de Morros" caracterizados pela vegetação tropical, em climas mais amenos, formados por serras fortemente erodidas.<ref>{{citar web |url=http://www.algosobre.com.br/geografia/dominios-morfloclimaticos-brasileiros-os-segundo-aziz-ab-saber.html |titulo=Domínios Morfloclimáticos Brasileiros, Os (segundo Aziz Ab’Saber) |autor=Denis Richter |publicado=Algo Sobre |acessodata=19 de setembro de 2010 |arquivodata=25 de fevereiro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100225143517/http://www.algosobre.com.br/geografia/dominios-morfloclimaticos-brasileiros-os-segundo-aziz-ab-saber.html }}</ref> Os principais [[rio]]s capixabas são o [[Rio Doce (município)|Doce]], o [[Rio São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]], o [[Rio Itaúnas|Itaúnas]], o [[Rio Itapemirim|Itapemirim]] e o [[Rio Jucu|Jucu]]. Os cinco integram as [[Bacia do Atlântico Sudeste|Bacias Costeiras do Sudeste]].<ref name="BrasilTUR_Geo" /> | |||
O [[clima]] é [[clima tropical|tropical litorâneo úmido]], influenciado pela [[massa de ar]] [[Clima tropical|tropical]] [[Oceano Atlântico|atlântica]]. As [[chuva]]s concentram-se no [[verão]]. A [[temperatura]] média varia entre 22 °C e 24 °C, e a [[pluviosidade]], entre 1 000 mm e 1 500 mm anuais.<ref name="BrasilTUR_Geo" /> Os principais [[rio]]s do estado são, de [[norte]] para o [[sul]],<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> o [[Rio Itaúnas|Itaúnas]],<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> o [[Rio São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]],<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> o [[Rio Doce (município)|Doce]]<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> e o [[Rio Itapemirim|Itapemirim]],<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> que correm de [[oeste]] para [[leste]], isto é, da [[Serra Capixaba|serra]] para o [[Baixada Espírito-santense|litoral]]. O mais importante deles é o [[Rio Doce (município)|Doce]],<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> que nasce em Minas Gerais<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> e divide o [[território]] espírito-santense em duas partes quase iguais.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 37" /> Em seu delta formam-se numerosas [[lagoa]]s, das quais a mais importante é a de [[Lagoa Juparanã|Juparanã]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 37" /> | |||
=== Relevo === | |||
[[Imagem:Pancas.jpg|thumb|Vista de [[Pancas]].]] | |||
[[Imagem:Manguezal e o Monte Mestre Álvaro, uma bela combinação 2.jpg|thumb|[[Mata Atlântica]] de encosta, cujas nascentes existentes contribuem para formação dos rios [[Rio Santa Maria da Vitória|Santa Maria da Vitória]] e Jacaraípe. O [[Monte Mestre Álvaro]], com 833 metros de altura e parte da [[Serra do Mar]], pode ser visto ao fundo.|alt=]] | |||
A maior parte do estado caracteriza-se como um [[planalto]], parte do [[Serras e planaltos do Leste e do Sudeste|maciço Atlântico]].<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> A [[altitude]] média é de seiscentos a setecentos metros, com [[topografia]] bastante acidentada e terrenos [[Arqueano|arqueozoicos]], onde são comuns os picos isolados, denominados pontões e os [[mar de morros|pães-de-açúcar]]. Na região fronteiriça com Minas Gerais, transforma-se em [[Serra Capixaba|área serrana]], com altitudes superiores a 1 000 metros, na região onde se eleva a Serra do Caparaó<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo">{{citar web|url=http://www.brasilescola.com/brasil/aspectos-naturais-espirito-santo.htm|titulo=Geografia do Espírito Santo|autor=Eduardo de Freitas|data=|publicado=Brasil Escola|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata=19 de maio de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110519224932/http://www.brasilescola.com/brasil/aspectos-naturais-espirito-santo.htm}}</ref> ou da Chibata. Aí, se ergue um dos pontos culminantes do Brasil, o [[Pico da Bandeira]], com 2 890m.<ref name="Parque Nacional do Caparaó" /> | |||
De forma mais esquemática, pode-se compor um quadro morfológico do relevo em cinco unidades: | |||
* a [[Baixada Espírito-santense|baixada litorânea]],<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> formada por extensos [[Areia|areais]], [[praia]]s e [[restinga]]s;<ref>{{citar web|url=http://www.brasilchannel.com.br/estados/index.asp?nome=Esp%EDrito+Santo&area=quadro-natural|titulo=Espírito Santo: Quadro Natural|autor=FONTENELE, Marta M.|data=|publicado=Brasil Channel|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=20 de novembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101120135855/http://brasilchannel.com.br/estados/index.asp?nome=Esp%EDrito+Santo&area=quadro-natural}}</ref> | |||
* os [[Tabuleiro costeiro|tabuleiros areníticos]], faixa de terras planas com cerca de cinquenta metros de altura, que se ergue ao longo da baixada e a domina com uma [[escarpa]] abrupta, voltada para [[leste]];<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 37">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo: Geografia |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda |local=São Paulo |volume =6 |páginas=37 }}</ref> | |||
* os [[morro]]s e [[maciço]]s isolados, que despontam no [[litoral]] e, em alguns locais, dão origem a costas [[rocha|rochosas]], cujas reentrâncias formam portos naturais, como a [[Baía de Vitória]];<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 37" /> | |||
* as [[planície aluvial|planícies aluviais]] (várzeas), ao longo dos rios, que às vezes terminam em [[Delta|formações deltaicas]], de que é exemplo a embocadura do [[Rio Doce]];<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 37" /> | |||
* a [[Serra Capixaba|serra]], rebordo oriental do [[Planalto Brasileiro]], com uma altura geral de setecentos metros,<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> coroada aqui e ali por [[maciço]]s [[Montanha|montanhosos]], entre os quais a referida [[Serra do Caparaó]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 37" /> | |||
Ao contrário do que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e de [[São Paulo (estado)|São Paulo]], onde constitui um escarpamento quase contínuo, no Espírito Santo o rebordo do [[planalto]] apresenta-se como zona [[montanha|montanhosa]] muito recortada pelo trabalho dos rios, que, nela, abriram profundos [[vale]]s. A partir do centro do estado para [[norte]], esses terrenos perdem altura e a transição entre as [[planície|terras baixas]] do [[litoral]] e as terras altas do [[Sertão (conceito)|interior]] vai se fazendo mais lenta, até alcançar o topo do [[planalto]] no estado de Minas Gerais. Dessa forma, ao norte do [[Rio Doce]], a [[serra]] é substituída por uma faixa de terrenos acidentados, mas de altura reduzida, em meio aos quais despontam picos que formam alinhamentos impropriamente denominados serras.<ref name="BrasilEscola_Geo">{{citar web |url=http://www.brasilescola.com/brasil/aspectos-naturais-espirito-santo.htm |titulo=Aspectos naturais do Espírito Santo |autor=Brasil Escola |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=19 de maio de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110519224932/http://www.brasilescola.com/brasil/aspectos-naturais-espirito-santo.htm }}</ref> | |||
=== Clima e vegetação === | |||
[[Ficheiro:Clima do Espírito Santo (Köppen).svg|miniaturadaimagem|esquerda|upright|Clima do Espírito Santo segundo [[Classificação climática de Köppen-Geiger|Köppen]].]] | |||
Ocorrem no Espírito Santo dois tipos principais de [[clima]]s, o [[Clima tropical úmido|tropical chuvoso]] e o [[Clima mesotérmico úmido|mesotérmico úmido]]. O primeiro domina nas [[Planície|terras baixas]] e caracterizam-se por [[temperatura]]s [[Calor|elevadas]] durante todo o [[ano]] e médias térmicas superiores a 22 °C.<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> O tipo ''Am'', das [[Floresta pluvial tropical|florestas pluviais]], com mais de {{Fmtn|1250}} mm anuais de [[chuva]]s<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> e com uma [[estação seca]] pouco pronunciada, ocorre no litoral [[norte]], no [[Vertente (montanha)|sopé]] da [[serra]] e na região de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]]; o tipo ''Aw'', com cerca de mil mm de [[chuva]]<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> e estação seca bem marcada, ocorre no resto das [[Planície|terras baixas]].<ref name="BrasilEscola_Geo" /> | |||
O [[clima mesotérmico úmido]], sem estação seca, surge na [[Serra do Caparaó|região serrana do sul do estado]]. Caracteriza-se por [[temperatura]]s [[frio|baixas]] no [[inverno]] (média do [[mês]] mais frio abaixo de 18 °C).<ref name="Brasil Escola Geografia Espírito Santo" /> Observam-se, entretanto, bruscas alterações climáticas.<ref>{{citar web |url=http://www.abrh.org.br/novo/i_simp_rec_hidric_norte_centro_oeste48.pdf |titulo=Regionalização hidrológica na região hidrológica na região hidrográfica capixaba, compreendida entre os limites da bacia do Rio Doce e do Rio Itabapoana |autor=ABRH |acessodata=19 de setembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160741/http://www.abrh.org.br/novo/i_simp_rec_hidric_norte_centro_oeste48.pdf |arquivodata=2011-07-06 |urlmorta=yes }}</ref> | |||
O Espírito Santo está incluído em sua totalidade no [[bioma]] da [[Mata Atlântica]], apresentando desde [[fitofisionomia]]s florestais em áreas com altitude menor, até fitofisionomias abertas, em áreas com maior altitude.<ref name="ibgemap">{{citar web|título=Mapa da área de Aplicação da Lei nº 11.428 de 2006|url=ftp://geoftp.ibge.gov.br/mapas_tematicos/mapas_murais/lei11428_mata_atlantica.pdf|publicado=[[IBGE]]|acessodata=14 de novembro de 2015}}</ref><ref name="sos2011">{{citar web|título=Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica - Período 2008-2010|url=http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/atlas_2008-10_relatorio%20final_versao2_julho2011.pdf|publicado=SOS Mata Atlântica|data=2011|acessodata=27 de maio de 2012|arquivodata=11 de junho de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120611223918/http://mapas.sosma.org.br/site_media/download/atlas_2008-10_relatorio%20final_versao2_julho2011.pdf}}</ref> Entre as fitosionomias florestais destacam-se a [[floresta ombrófila densa]], que ocupava quase 70% do estado, e a [[floresta estacional semidecidual]], que ocupava cerca de 23%.<ref name="veg2" /> A [[floresta ombrófila aberta]], mais rara, ocupava cerca de 3% do estado, sendo encontrada no sudeste e noroeste.<ref name="veg2" /> Do ponto de vista geológico, o Espírito Santo é dividido em zona de tabuleiros, zona serrana e planície costeira, com extrema influência na vegetação encontrada nessas zonas.<ref name="veg2">{{citar livro|autor=Vários autores|título=Conservação da Mata Atlântica no Estado do Espírito Santo: Cobertura florestal e Unidades de Conservação|editora=Instituto de Pesquisa da Mata Atlântica|local=Vitória, ES|ano=2005|isbn=85-99058-02-9|páginas=142|url=https://simonprojetos.files.wordpress.com/2013/03/mata-atlantica-do-es.pdf|acesso=2015-11-14|arquivodata=2015-11-17|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151117030642/https://simonprojetos.files.wordpress.com/2013/03/mata-atlantica-do-es.pdf}}</ref> | |||
As florestas úmidas da zona de tabuleiros (abaixo de 300 m de altitude) do norte do Espírito Santo e sul da [[Bahia]] frequentemente são chamadas de "mata de tabuleiro", e apresentam pouca vegetação rasteira, muitas [[epífitas]] e [[liana]]s.<ref name=veg1/> As árvores podem ter até 30 m de altura e a primeira vista, essa floresta apresenta semelhanças com a [[Floresta Amazônica]].<ref name=veg2/> Hoje em dia, a mata de tabuleiro só é encontrada em bom estado de conservação na [[Reserva Biológica de Sooretama]] e na [[Reserva Natural Vale]].<ref name=veg1>{{citar web|título=Corredor Central|url=http://www.aliancamataatlantica.org.br/?p=50|publicado=Aliança para a Conservação da Mata Atlântica|acessodata=14 de novembro de 2015|arquivodata=17 de novembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151117063335/http://www.aliancamataatlantica.org.br/?p=50}}</ref> No litoral, também observa-se a presença de [[restinga]]s e [[mangue]]s, principalmente ao norte do [[rio Doce]].<ref name="ibgemap"/> Muitas vezes, as restingas limitam-se apenas às praias, mas podem avançar para o interior, unindo-se com as matas de tabuleiros.<ref name=veg2/> | |||
[[Imagem:Matilde-002.jpg|thumb|Cachoeira no município de [[Alfredo Chaves (Espírito Santo)|Alfredo Chaves]]|alt=]] | |||
A zona serrana, localizada em terras altas e vales do interior ao sul do rio Doce principalmente, possui desde florestas com muita vegetação rasteira (entre 300 e 2 000 m de altitude), até [[campos de altitude]], acima dos 2 000 m.<ref name=veg2/> Alguns autores denominam essa vegetação de "floresta pluvial atlântica".<ref name=veg2/> Principalmente na [[Serra do Caparaó]], encontra-se uma vegetação aberta denominada [[campo rupestre]], ainda muito pouco estudada pela ciência e que vem se mostrando ser um ecossistema único.<ref name="wwf">{{citar web|título="Campos Rupestres montane savanna". In: Encyclopedia of Earth. Eds. Cutler J. Cleveland (Washington, D.C.: Environmental Information Coalition, National Council for Science and the Environment).|url=http://www.eoearth.org/article/Campos_Rupestres_montane_savanna|autor=World Wildlife Fund (Lead Author);Mark McGinley (Topic Editor)|publicado=Encyclopedia of Earth|data=2012|acessodata=14 de novembro de 2015|arquivodata=23 de maio de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130523164330/http://www.eoearth.org/article/Campos_Rupestres_montane_savanna}}</ref> | |||
Atualmente, a vegetação nativa do Espírito Santo está reduzida a menos de 15% da cobertura original: em 2011, calculava-se que havia apenas 5 107,53 km² de florestas, o que totalizava cerca de 11,07%.<ref name="sos2011"/> Por conta de sua semelhança, principalmente na parte norte do estado, com o sul da Bahia, a Mata Atlântica capixaba está incluída em um projeto de [[corredor ecológico]] que visa integrar as unidades de conservação desse estado com os do sul baiano, o chamado "[[Mata Atlântica#Corredor Central|Corredor Central da Mata Atlântica]]".<ref name="corredorcentral">{{citar livro|autor=LAMAS, I.|numero-autores=etal|título=O Corredor Central da Mata Atlântica|editora=Ministério do Meio Ambiente, Conservação Internacional, SOS Mata Atlântica|local=Brasília, FD|ano=2006|isbn=85-7738-014-9|páginas=46|url=http://www.meioambiente.ba.gov.br/arquivos/File/Publicacoes/Cadernos/CorredorCentraldaMataAtlantica.pdf|acesso=2015-11-14|arquivodata=2016-03-03|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160303174733/http://www.meioambiente.ba.gov.br/arquivos/File/Publicacoes/Cadernos/CorredorCentraldaMataAtlantica.pdf}}</ref> | |||
=== Litoral === | |||
[[Imagem:Simone_Marinho_-_Trindade_-_2010_05_08_edited.jpg|thumb|[[Trindade e Martim Vaz]] é um arquipélago vulcânico localizado no Atlântico Sul, cerca de 1200 quilômetros a leste de Vitória]] | |||
{{artigo principal|[[Litoral do Espírito Santo]]}} | |||
{{anexo|Lista de ilhas do Espírito Santo}} | |||
O litoral capixaba é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e afloramentos graníticos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado com muitas enseadas e baias protegidas por rochas e afloramentos rochosos a beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e extensas dunas, principalmente em [[Itaúnas]] e [[Conceição da Barra]].<ref name="TurismoCapixaba_Litoral"/> | |||
A 1.140 quilômetros da costa, em pleno [[Oceano Atlântico]], encontram-se a [[Trindade e Martim Vaz|Ilha da Trindade]] (12,5 km²) e as [[Ilha de Martim Vaz]], situadas a 30 quilômetros de Trindade. Essas ilhas estão sob a administração do Espírito Santo.<ref name="TurismoCapixaba_Litoral">{{citar web |url=http://www.turismocapixaba.com.br/praias-no-espirito-santo |titulo=Praias no Espírito Santo |autor=Turismo Capixaba |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=24 de agosto de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100824221243/http://www.turismocapixaba.com.br/praias-no-espirito-santo }}</ref> | |||
O estado possui um litoral mais recortado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte das ilhas se concentrarem na parte central do estado, porém o estado possui várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado, sendo 50 localizadas na capital Vitória.<ref name="TurismoCapixaba_Litoral" /> | |||
=== Ecologia === | |||
{{Artigo principal|Ecologia do Espírito Santo}} | |||
[[Imagem:Itaúnas.jpg|esquerda|thumb|[[Parque Estadual de Itaúnas]]]] | |||
No Espírito Santo, o [[Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis]] (IBAMA) administra dezessete [[unidade de conservação|unidades de conservação]]: dois [[parque nacional|parques nacionais]], seis [[reserva biológica|reservas biológicas]], três reservas particulares do patrimônio natural, duas [[área de proteção ambiental|áreas de proteção ambiental]], uma [[estação ecológica]] e três [[floresta nacional|florestas nacionais]].<ref>{{citar web |url=http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2009/06/09/46127-governo-cria-programa-florestal-e-4-reservas-ambientais.html |titulo=Governo cria programa florestal e 4 reservas ambientais |autor=Ambiente Brasil |data=9 de junho de 2009 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=19 de setembro de 2014 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140919200720/http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2009/06/09/46127-governo-cria-programa-florestal-e-4-reservas-ambientais.html }}</ref> | |||
O estado também é conhecido por possuir diversos locais que servem para armazenamento dos ovos de [[Cheloniidae|Tartarugas-marinhas]] (''Cheloniidae''). No estado, o [[Projeto TAMAR|TAMAR]], um projeto conservacionista brasileiro dedicado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção, mantém sete bases do projeto no estado: [[Itaúnas]], [[Guriri]], Pontal do Ipiranga, Povoação, [[Vila de Regência]], [[Ilha de Trindade (Espírito Santo)|Ilha da Trindade]] e [[Anchieta (Espírito Santo)|Anchieta]]. Os trabalhos de monitoramento das praias realizados pelas equipes do TAMAR normalmente são realizados entre os meses de setembro e março, no fim do período reprodutivo. As tartarugas marinhas demoram até 20 anos para chegar à idade reprodutiva e de cada mil filhotes que nascem apenas um chega à fase adulta. Ou seja, das 100 mil tartarugas nascidas no último ano, daqui a vinte anos, provavelmente, estima-se que apenas 100 retornem para desovar.<ref>{{citar web |url=http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=22182&action=news |titulo=Reprodução de tartarugas marinhas no Espírito Santo revela número recorde |autor=Ibama |data=18 de janeiro de 2007 |publicado=360 Graus |acessodata=11 de setembro de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706154613/http://360graus.terra.com.br/ecologia/default.asp?did=22182&action=news }}</ref> | |||
== Demografia == | |||
{{Artigo principal|Demografia do Espírito Santo}} | |||
{{Evolução demográfica do Espírito Santo}} | |||
Segundo o [[censo demográfico]] de 2010 realizado pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|IBGE]], em 2010, o [[Unidades federativas do Brasil|estado]] do Espírito Santo possuía {{fmtn|3512672}} [[habitante]]s, sendo o [[Lista de estados do Brasil por população|décimo quarto estado mais populoso do Brasil]], representando 1,8% da população brasileira.<ref name="IBGE_Pop_2010" /><ref>{{citar web |url=http://www.observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_content&view=article&id=1752%3Acenso-2010-rm-de-vitoria-cresce-acima-da-media-nacional-e-concentra-quase-metade-da-populacao-do-es&lang=pt |título=Censo 2010: RM de Vitória cresce acima da média nacional e concentra quase metade da população do ES | data=17 de agosto de 2011 | obra =Observatório das Metrópoles |acessodata= 19 de outubro de 2011 |arquivodata=1 de maio de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130501120628/http://observatoriodasmetropoles.net/index.php?option=com_content&view=article&id=1752%3Acenso-2010-rm-de-vitoria-cresce-acima-da-media-nacional-e-concentra-quase-metade-da-populacao-do-es&lang=pt }}</ref> Segundo o mesmo censo, {{formatnum:1729670}} habitantes eram homens e {{formatnum:1783002}} habitantes eram mulheres.<ref name="IBGE_Pop_2010" /> Ainda segundo o mesmo censo, {{formatnum:2928993}} habitantes viviam na [[zona urbana]] e {{formatnum:583679}} na [[zona rural]].<ref name="IBGE_Pop_2010">{{citar web |url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/total_populacao_parana.pdf |título=Paraná |obra=Censo Populacional 2010 |publicado=Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=29 de novembro de 2010 |acessodata=11 de dezembro de 2010 |arquivodata= 3 de janeiro de 2012 |arquivourl=https://www.webcitation.org/64P3zch7b?url=http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/total_populacao_parana.pdf}}</ref> Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 13,59%.<ref name="Evolução populacional capixaba">{{citar web|url=http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/04/ibge-atualiza-dados-do-censo-e-diz-que-brasil-tem-190755799-habitantes.html |título=IBGE atualiza dados do Censo e diz que Brasil tem 190.755.799 habitantes|publicado= Globo | obra = G1|data=29 de novembro de 2010 |acessodata= 30 de julho de 2011|arquivodata=30 de agosto de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110830132941/http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/04/ibge-atualiza-dados-do-censo-e-diz-que-brasil-tem-190755799-habitantes.html}}</ref> | |||
Em relação ao ano de 1991, quando a [[população]] era de {{fmtn |2598231}},<ref name= "IBGE 1991">Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo Demográfico de 1991. Rio de Janeiro: IBGE, 1991.</ref> esses números mostram uma [[crescimento demográfico|taxa de crescimento anual]] de 2% ao ano, inferior a do Brasil como um todo (1,6%) para o mesmo período (1991-2000).<ref name="Portal Brasil Espírito Santo Demografia">{{citar web |url= http://www.portalbrasil.net/estados_es.htm|titulo=Espírito Santo|autor=TOSCANO, Fernando| obra =Portal Brasil |acessodata= 12 de julho de 2010|arquivodata=12 de junho de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100612012616/http://portalbrasil.net/estados_es.htm}}</ref> Ainda segundo o [[censo demográfico]] de 2000, o Espírito Santo é o décimo quarto estado mais populoso do Brasil e concentra 1,82% da [[Demografia do Brasil|população brasileira]].<ref name= "Portal Brasil Espírito Santo Demografia" /> Do total da população do estado em 2000, {{fmtn|1562426}} habitantes são mulheres e {{fmtn|1534806}} habitantes são homens.<ref name="sidra.ibge.gov.br">{{citar web|url= http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=17&i=P&c=794|titulo=População recenseada por situação do domicílio, sexo, forma de declaração da idade, idade e relação com a pessoa responsável pelo domicílio|data= 2000 |publicado= Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata= 24 de setembro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150924101828/http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=17&i=P&c=794}}</ref> Para 2006, a estimativa é de {{fmtn|3464285}} [[habitantes]].<ref name= "Portal Brasil Espírito Santo Demografia" /> | |||
Nos últimos anos, o crescimento da população urbana intensificou muito, ultrapassando o total da população rural. Segundo a estimativa de 2000, 67,78 dos [[habitantes]] viviam em cidades.<ref name="sidra.ibge.gov.br" /> Dois municípios capixabas mantêm o [[Pommersch|pomerano]] como segunda língua oficial (além do [[língua portuguesa|português]]): [[Vila Pavão]]<ref>{{citar web | url= http://www.secult.es.gov.br/?id=/aqui_tem_cultura/artigos/materia.php&cd_matia=1371 | título=Vila Pavão, Uma Pomerânia no norte do Espírito Santo | acessodata=2020-11-03 | arquivodata= 2020-10-06 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20201006215210/https://secult.es.gov.br/?id=%2Faqui_tem_cultura%2Fartigos%2Fmateria.php&cd_matia=1371%2F }} acessado em 21 de agosto de 2011</ref> e [[Santa Maria de Jetibá]].<ref>{{Citar web |url=http://www.pmsmj.es.gov.br/cgi-bin/cultura.asp?id=4 |titulo=Cultura de Santa Maria de Jetibá |acessodata=2011-08-22 | publicado = Prefeitura muniipal de Santa Maria de Jetibá | arquivourl= https://web.archive.org/web/20070613155220/http://www.pmsmj.es.gov.br/cgi-bin/cultura.asp?id=4 |arquivodata= 2007-06-13 |urlmorta= yes}}</ref><ref>{{citar web | url= http://governo-es.jusbrasil.com.br/politica/2729562/pomeranos-comemoram-150-anos-no-espirito-santo | título=Pomeranos comemoram 150 anos no Espírito Santo | acessodata=2011-08-22 | arquivodata= 2012-12-09 | arquivourl= https://web.archive.org/web/20121209095632/http://governo-es.jusbrasil.com.br/politica/2729562/pomeranos-comemoram-150-anos-no-espirito-santo}} acessado em 21 de agosto de 2011</ref> Também foi aprovada em agosto de 2011 a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no artigo 182 da [[Constituição|Constituição Estadual]] a [[Pommersch|língua pomerana]], junto com a [[língua alemã]], como patrimônios culturais do Estado.<ref>{{Citar web |url= http://www.rog.com.br/claudiovereza2/mostraconteudos.asp?cod_conteudo=735 |titulo=O povo pomerano no ES |acessodata= 2011-11-22 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20121221183002/http://www.rog.com.br/claudiovereza2/mostraconteudos.asp?cod_conteudo=735 |arquivodata= 2012-12-21 |urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web |url= http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=690 |titulo= Plenário aprova em segundo turno a PEC do patrimônio |acessodata= 2011-11-22 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121120131500/http://www.ipol.org.br/ler.php?cod=690 |arquivodata= 2012-11-20 |urlmorta=yes}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://claudiovereza.files.wordpress.com/2011/06/pec-11-de-2009_1.pdf |titulo=Emenda Constitucional na Íntegra |acessodata=2011-11-22 |arquivodata=2012-01-06 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20120106211109/http://claudiovereza.files.wordpress.com/2011/06/pec-11-de-2009_1.pdf}}</ref><ref>{{Citar web |url= http://www.revistajuridica.com.br/noticia_integra_new.asp?id=187110 |titulo=ALEES – PEC que trata do patrimônio cultural retorna ao Plenário |acessodata=2011-11-22 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131214070838/http://www.revistajuridica.com.br/noticia_integra_new.asp?id=187110 |arquivodata=2013-12-14 | obra = Revista Jurídica |urlmorta= yes}}</ref> A [[densidade demográfica]] no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de {{fmtn |76.23}} habitantes por quilômetro quadrado, sendo a [[Lista de estados do Brasil por densidade demográfica|sétima segunda maior do Brasil]] e com uma densidade comparada à do país asiático [[Malásia]].<ref name="Densidade populacional do estado do Espírito Santo">''Censo Demográfico de 2010''. Rio de Janeiro: IBGE, 2010.</ref> A distribuição da [[Demografia do Espírito Santo|população estadual]] é desigual, apresentando maior concentração na região serrana, no interior. Nessa área, a [[densidade demográfica]] atinge a média de 50 hab./km² e a ultrapassa no extremo [[sudoeste]]. A Baixada Litorânea, faixa que acompanha o litoral, apresenta quase sempre [[densidade]]s inferiores à média estadual. Apenas nas proximidades de Vitória observa-se uma pequena área com mais de 50 hab./km². A parte norte da baixada litorânea é a menos povoada do estado. Sete [[município]]s (Vila Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, São Mateus e Linhares) concentram mais de 45% da [[demografia do Espírito Santo|população do Espírito Santo]] (1975).<ref name= "CasaMarataizes">{{citar web |url=http://casamarataizes.blogspot.com/2010/03/espirito-santo-voce-conhece.html |titulo=Espírito Santo você conhece |autor=Casa Marataises |data=11 de março de 2010 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=8 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110708030431/http://casamarataizes.blogspot.com/2010/03/espirito-santo-voce-conhece.html }}</ref> | |||
[[Imagem:EspiritoSanto DensidadePopulacional.svg|thumb|esquerda|upright|Densidade demográfica do Espírito Santo. | |||
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{{legenda|#FFFFFF|0-25 hab/km²}} | |||
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]] | |||
O [[Índice de Desenvolvimento Humano]] (IDH) do estado, considerado como "elevado" pelo [[Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento]] (PNUD), é de {{formatnum:0.740}}, segundo dados do [[2010|ano de 2010]], sendo naquele período, o [[Lista de estados do Brasil por IDH|sétimo mais alto entre as unidades federativas do Brasil]].<ref name= "atlasbrasil.org.br">{{Citar web |url=http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_uf/espirito-santo |titulo= Espírito santo | ano = 2013 |acessodata= 2015-07-16 |arquivodata=2015-07-17 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150717225915/http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_uf/espirito-santo | obra = Atlas Brasil}}</ref><ref name= "ReferenceA">{{Citar web |url= http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking |titulo= Classificação | obra = Atlas Brasil | ano = 2013 |acessodata= 2015-07-16 |arquivodata= 2015-07-08 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20150708214700/http://atlasbrasil.org.br/2013/pt/ranking}}</ref> Naquele ano, considerando apenas a educação, o [[Lista de estados do Brasil por IDH#Educação|índice era de 0,653]], considerado "médio"; o [[Lista de estados do Brasil por IDH#Esperança de Vida|índice de longevidade era de 0,835]], considerado "muito alto" e o [[Lista de estados do Brasil por IDH#Renda|índice de renda era de 0,743]], considerado como "alto".<ref name="atlasbrasil.org.br"/> A [[renda per capita]] é de {{fmtn |20231}} [[Real (moeda brasileira)|reais]].<ref>{{citar web |url= http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=contasregionais2008 |título=Contas Regionais do Brasil 2004-2008| publicado = IBGE |acessodata=24 de julho de 2011 |arquivodata= 20 de janeiro de 2012|arquivourl= https://web.archive.org/web/20120120145005/http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=contasregionais2008}}</ref> Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na [[educação]], [[Expectativa de vida ao nascer|longevidade]] e [[renda]], critérios utilizados para calcular o índice.<ref name="Evolução do IDH">{{citar web|url= http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH-M%2091%2000%20Ranking%20decrescente%20de%20Estados%20(pelos%20dados%20de%202000).htm |título=Índice de Desenvolvimento Humano Municipal, 1991 e 2000: Todos os Estados do Brasil |data=2012|publicado=Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento |acessodata=30 de julho de 2011|arquivodata=3 de outubro de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20111003192110/http://www.pnud.org.br/atlas/ranking/IDH-M%2091%2000%20Ranking%20decrescente%20de%20Estados%20(pelos%20dados%20de%202000).htm}}</ref> A [[educação]] foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,304 em 1991 para 0,491 em 2000, e em 2010 o valor passou a ser 0,653.<ref name= "atlasbrasil.org.br"/> Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,686, passando para 0,777 em 2000 e 0,835 em 2010.<ref name= "atlasbrasil.org.br" /> E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991, quando era de 0,619, e 2000, ano em que foi calculado como sendo de 0,687,<ref name= "atlasbrasil.org.br" /> avançando para o valor de 0,743 em 2010.<ref name= "atlasbrasil.org.br" /> Quanto ao [[IDH]], que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi significativa, passando de 0,505 em 1991 (considerado como "baixo" pela [[ONU]]) para 0,64 em 2000 (considerado "médio" pela ONU), e para 0,74 em 2010 (considerado "elevado" pela ONU).<ref name= "atlasbrasil.org.br" /> | |||
Em 2010, o município com o maior IDH era a capital, [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], com um valor de 0,845, considerado como "muito elevado" pelo PNUD no período, posicionado na primeira posição entre os municípios capixabas naquele ano e na quarta posição entre todos os municípios do país, empatado com [[Balneário Camboriú]] (SC), e ficando atrás somente de [[São Caetano do Sul]] (SP), [[Águas de São Pedro]] (SP) e [[Florianópolis]] (SC).<ref name= "ReferenceA"/> Já dentre as capitais estaduais do país, [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] foi posicionada naquele período em segundo lugar, perdendo apenas para [[Florianópolis]], [[Santa Catarina]]. Concomitantemente, o município com menor IDH foi [[Ibitirama]],<ref name="ReferenceA"/> situado na [[Mesorregião do Sul Espírito-Santense]], possuindo o índice no valor de 0,622, que possuindo todos os indicadores sociais abaixo da média estadual no período, estava posicionado na 78° e último lugar entre os municípios do estado e no {{Fmtn|3653}}° lugar entre todos os municípios brasileiros, com um IDHM considerado "médio" pelo PNUD.<ref>{{Citar web | ano = 2013 |url= http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/ibitirama_es |titulo= Ibitirama, ES | obra = Atlas Brasil |acessodata=2015-07-16 |arquivodata= 2015-07-20 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150720185603/http://www.atlasbrasil.org.br/2013/pt/perfil_m/ibitirama_es}}</ref> No ano 2000, o município capixaba mais bem avaliado de acordo com o IDH era mais uma vez a capital, [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], com o índice no valor de 0,759,<ref name="ReferenceA"/> considerado como "elevado" no período, estando ranqueado na sétima posição na época entre todos os municípios do Brasil, ficando atrás apenas de [[São Caetano do Sul]] (SP), [[Águas de São Pedro]] (SP), [[Santos]] (SP), [[Balneário Camboriú]] (SC), [[Niterói]] (RJ) e [[Florianópolis]] (SC). No mesmo período, o município com menor valor de IDH era [[Santa Leopoldina]], situado na [[Mesorregião Central Espírito-Santense]], com um índice de 0,468 no período, considerado como "baixo" à época. Já no ano de 1991, o município com melhor IDH do estado era igualmente a capital, [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], com um índice de 0,644, considerado como "médio" pela ONU e sendo posicionado na sexta posição entre todos os municípios do Brasil, ficando atrás somente de [[São Caetano do Sul]] (SP), [[Santos]] (SP), [[Florianópolis]] (SC), [[Niterói]] (RJ) e [[Porto Alegre]] (RS). | |||
O [[coeficiente de Gini]], que mede a [[Desigualdade econômica|desigualdade social]], é de 0,50, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.<ref name="GINI" /> A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de {{formatnum:30.88}}%, o limite inferior da incidência de pobreza é de {{formatnum:29.04}}%, o superior é {{formatnum:32.73}}% e a subjetiva é {{formatnum:28.51}}%.<ref name="GINI">{{citar web|url= http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=mapapobreza2003 |título=Mapa de Pobreza e Desigualdade - Municípios Brasileiros 2003|publicado= IBGE |acessodata= 30 de julho de 2011|arquivodata=20 de janeiro de 2012|arquivourl= https://web.archive.org/web/20120120171924/http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=mapapobreza2003}}</ref> | |||
=== Religião === | |||
Apesar de tradicionalmente o [[Catolicismo]] ser a religião mais professada no Espírito Santo, nas últimas décadas houve grande aumento no número de evangélicos. Segundo o Censo 2010, a [[Igreja Católica]] é a religião de 53,4% dos capixabas. Divide-se administrativamente em uma [[arquidiocese]], a [[Arquidiocese de Vitória do Espírito Santo|Arquidiocese de Vitória]], e três [[diocese]]s sufragâneas: [[Diocese de Cachoeiro de Itapemirim|Cachoeiro de Itapemirim]], [[Diocese de Colatina|Colatina]] e [[Diocese de São Mateus|São Mateus]].<ref>{{citar web|url= http://www.cnbbleste2.org.br/index.php?pagina=diocese&tela=14 |titulo=Arquidioceses e Dioceses| publicado= [[Confederação Nacional dos Bispos do Brasil]]|acessodata=3 de fevereiro de 2015|arquivodata=3 de fevereiro de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150203220553/http://www.cnbbleste2.org.br/index.php?pagina=diocese&tela=14}}</ref> Na [[Igreja Católica]], destaca-se o [[Convento da Penha]],<ref name="Convento da Penha">{{citar web |url= http://www.vilacapixaba.com/Convento/convento.htm |titulo= Lendas da Penha|publicado=Vila Capixaba| primeiro = Luiz Guilherme Santos | último = Neves|acessodata=21 de abril de 2009|arquivodata=21 de abril de 2009 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20090421160341/http://www.vilacapixaba.com/Convento/convento.htm}}</ref> que é um dos principais monumentos históricos do estado<ref name="Convento da Penha" /> e a Basílica de Santo Antônio.<ref>{{citar web |url= http://www.basilicadesantoantonio.com.br/basilica-de-santo-antonio/historia-do-santuario-de-santo-antonio/ |titulo= História do Santuário de Santo Antônio|data= 2010 |publicado= Basílica de Santo Antônio |acessodata= 29 de março de 2011 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20130617200804/http://www.basilicadesantoantonio.com.br/basilica-de-santo-antonio/historia-do-santuario-de-santo-antonio/ |arquivodata=2013-06-17|urlmorta= yes}}</ref> | |||
{{Religião no Espírito Santo}} | |||
Ainda segundo o Censo IBGE 2010, as Igrejas evangélicas são seguidas por 33,1% dos capixabas, o que faz do Espírito Santo o estado mais evangélico do Brasil. São muitas as igrejas evangélicas, sendo a maior a [[Assembleias de Deus (Brasil)|Assembleia de Deus]] em suas várias ramificações, seguida da [[Igreja Cristã Maranata]], fundada no estado há 43 anos e da multifacetada [[Igreja Batista]] e da [[Igreja Universal do Reino de Deus]]. É possível encontrar também praticantes de religiões de origem africana, além de espíritas e outros.<ref>{{citar web |url= http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=7&i=P&c=2094 |titulo=População residente por cor ou raça e religião |data= 2000|publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]|acessodata=19 de setembro de 2010 |arquivodata= 14 de junho de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110614232328/http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?z=cd&o=7&i=P&c=2094}}</ref> O [[luteranismo]] também está presente em todo o estado, mas é nas regiões serranas, onde há maior quantidade de descendentes de alemães e pomeranos, que sua presença é mais forte.<ref>{{citar web|url=http://www.luteranos.com.br/portal/site/conteudo.php?idConteudo=15203 |título= Imigrantes Alemães no Espírito Santo | obra =Portal Luteranos |data=25 de junho de 2012 |acessodata=17 de janeiro de 2013}}</ref> | |||
É no Espírito Santo que se encontra o [[Mosteiro Zen Morro da Vargem]], primeiro da [[América Latina]],<ref name= "Mosteiro Zen da Vargem">{{citar web|url= http://www.mosteirozen.com.br/|titulo=Mosteiro Zen da Vargem |publicado= Templo Zen |acessodata=5 de agosto de 2010|arquivodata=26 de junho de 2010|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100626114302/http://www.mosteirozen.com.br/}}</ref> localizado em [[Ibiraçu]]<ref name= "Mosteiro Zen da Vargem" /> e aberto a visitação, no estado também foram construídos o [[Convento da Penha]], 1º convento do [[Brasil]] em 1555,<ref>{{citar web|url=http://conventodapenha.org.br/historico|titulo=454 anos de história|data=2012 |publicado= Convento da Penha|acessodata=24 de março de 2012|arquivodata=2013-06-17|arquivourl= https://web.archive.org/web/20130617204048/http://conventodapenha.org.br/historico}}</ref> e a primeira igreja luterana da [[América Latina]].<ref>{{citar web|url= http://www.infojovem.org.br/infopedia/tematicas/relacoes-internacionais/imigrantes-no-brasil/ |titulo= Imigrantes no Brasil| último =SOUZA | primeiro = Suzana | obra =InfoJovem |acessodata=19 de setembro de 2010 |arquivodata= 22 de agosto de 2010|arquivourl= https://web.archive.org/web/20100822191628/http://www.infojovem.org.br/infopedia/tematicas/relacoes-internacionais/imigrantes-no-brasil/}}</ref> | |||
De acordo com dados do [[Contagem de população|censo]] de 2010 realizado pelo [[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]] (IBGE), a população do Espírito Santo está composta por: [[Igreja católica|católicos]] (53,4%), [[Protestantismo|evangélicos]] (33,1%), pessoas [[sem religião]] (9,61%), [[Doutrina Espírita|espíritas]] (0,72%), [[Budismo|budistas]] (0,02%), [[Islã|muçulmanos]] (0,00%), [[Umbanda|umbandistas]] (0,14%) e [[Judaísmo|judeus]] (0,01%).<ref name="Religião" /> | |||
=== Composição étnica === | |||
{{Artigo principal|Composição étnica do Espírito Santo}} | |||
O censo do [[IBGE]] de 2010 revelou os seguintes números: 1,7 milhão [[brancos]] (48,6%), 1,5 milhão [[Pardos]] (42,2%), 293 mil [[Afro-brasileiro|Negros]] (8,4%) e 0,8% amarelos (21,9 mil) ou [[Indígenas]] (9 mil).<ref>{{citar livro |url= ftp://ftp.ibge.gov.br/Indicadores_Sociais/Sintese_de_Indicadores_Sociais_2007/Tabelas|título=Síntese de Indicadores Sociais 2007|editora=[[IBGE]]| obra =Espírito Santo, Brasil|isbn=85-240-3919-1|acessodata=2007-07-18|ano= 2007}}</ref> | |||
A população do estado, assim como no resto do Brasil, foi formada por elementos indígenas, africanos e europeus. O Espírito Santo, no {{séc|XIX}}, contava com uma grande população de origem indígena e africana. Depois da colonização portuguesa, a partir do {{séc|XIX}} o estado recebeu levas consideráveis de imigrantes, na maioria italianos, mas também alemães, portugueses e espanhóis.<ref name="Saletto">{{Citation | last = Saletto | first = Nara | title = Sobre a composição étnica da população capixaba | work = Dimensões – Revista de História | publisher = UFES | place = Vitória, ES | volume = 11 | page = 11-364 |date = 2000 |url= http://www.ufes.br/ppghis/dimensoes/artigos/Dimensoes11_NaraSaletto.pdf | accessdate = 20 de julho de 2011 |archive-url= https://web.archive.org/web/20120121151835/http://www.ufes.br/ppghis/dimensoes/artigos/Dimensoes11_NaraSaletto.pdf |archive-date = 2012-01-21 | dead-url = yes}}</ref> | |||
=== Criminalidade === | |||
O Espírito Santo é a décima quinta [[Estado (subdivisão)|unidade federativa]] mais violenta do [[Brasil]], e tem o segundo maior índice de [[criminalidade]] da [[Região Sudeste do Brasil|Região Sudeste do país]], perdendo para o [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]. A [[criminalidade|taxa de homicídios]] é de 32,6 a cada mil (dados de 2016) <ref>{{Citar web |url=https://exame.com/brasil/os-estados-mais-violentos-do-brasil-3/ |titulo=Os estados mais violentos do Brasil |data=2017-11-04 |acessodata=2021-02-18 |website=Exame |lingua= pt-BR}}</ref>. | |||
O [[município]] mais violento do [[Espírito Santo]] por médias móveis, é o de [[Jaguaré]]<ref>{{Citar web | url= https://www.folhavitoria.com.br/policia/noticia/08/2019/atlas-da-violencia-serra-e-o-municipio-com-maior-taxa-de-homicidios-do-espirito-santo |titulo=Atlas da Violência: Serra é o município com maior taxa de homicídios do Espírito Santo |data=2019-08-06 |acessodata= 2021-02-18 |website= Folha Vitória |lingua= pt-br}}</ref> na Região Norte do Espírito Santo, com uma taxa de 93,5 homicídios por mil habitantes. Já o mais violento por números absolutos, é o de [[Serra (Espírito Santo)|Serra]], na [[Região Metropolitana de Vitória]], com 328 homicídios em 2019. O [[município]] com a menor taxa média de [[homicídio]]s é [[Marechal Floriano]], na [[Mesorregião Central Espírito-Santense]], mais precisamente na [[Microrregião de Afonso Cláudio]].<ref>{{citar web |url= http://www.ecodebate.com.br/2008/01/31/homicidios-avancam-em-regioes-de-desmatamento-e-grilagem/ |titulo=Homicídios avançam em regiões de desmatamento e grilagem | obra =Ecodebate |data= 31 de janeiro de 2008 |acessodata= 7 de agosto de 2010 |arquivodata= 6 de julho de 2011 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20110706152216/http://www.ecodebate.com.br/2008/01/31/homicidios-avancam-em-regioes-de-desmatamento-e-grilagem/}}</ref> | |||
===Municípios mais populosos === | |||
{{Anexo|Lista de municípios do Espírito Santo|Lista de municípios do Espírito Santo por população}} | |||
{{Municípios mais populosos do Espírito Santo}} | |||
==Governo e política == | |||
{{ver artigo principal|Política do Espírito Santo}} | |||
{{imagem dupla|left|Palácio Anchieta Vitória Espírito Santo 2019-4649.jpg|220|Assembleia Legislativa do Espírito Santo.jpg|285|[[Palácio Anchieta (Espírito Santo)|Palácio Anchieta]], sede do poder executivo|[[Assembleia Legislativa do Espírito Santo]]}} | |||
O estado do Espírito Santo é governado por três poderes, o [[executivo]], representado pelo [[governador]], o [[legislativo]], representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, e o [[judiciário]], representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo e outros tribunais e [[juízes]]. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de [[referendo]]s e [[plebiscito]]s.<ref>{{citar web |url= http://www.stf.jus.br/portal/legislacaoAnotadaAdiAdcAdpf/verLegislacao.asp?lei=259 |titulo= Lei nº 9.868 de 10 de novembro de 1999 | publicado = Supremo Tribunal Federal (STF) |data=10 de novembro de 1999 |acessodata= 7 de agosto de 2010 |arquivodata= 22 de maio de 2011 |arquivourl= https://www.webcitation.org/5ysLNvFcA?url=http://www.stf.jus.br/portal/legislacaoAnotadaAdiAdcAdpf/verLegislacao.asp?lei=259}}</ref> | |||
A atual constituição do estado do Espírito Santo foi promulgada em 1989,<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo">{{citar web|url=http://www.dhnet.org.br/dados/lex/a_pdf/constituicao_es.pdf|titulo=Constituição do Estado do Espírito Santo| publicado =Assembleia Legislativa do Espírito Santo|data=5 de outubro de 1989| via =Dhnet|acessodata= 16 de fevereiro de 2012|arquivodata=7 de maio de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140507030206/http://www.dhnet.org.br/dados/lex/a_pdf/constituicao_es.pdf}}</ref> acrescida das alterações resultantes de posteriores [[Emenda constitucional|emendas constitucionais]].<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> | |||
O [[Poder Executivo]] capixaba está centralizado no governador do estado,<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> que é eleito em [[sufrágio universal]] e voto direto e secreto,<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> pela população para mandatos de até quatro anos de duração,<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> e podem ser reeleitos para mais um mandato.<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> Sua sede é o ''[[Palácio Anchieta (Espírito Santo)|Palácio Anchieta]]'', que desde o {{séc|XVIII}} é a sede do governo capixaba.<ref>{{citar web|url=http://www.es.gov.br/Governo/paginas/Palacio_Anchieta.aspx|titulo=Palácio Anchieta| data=2012 |publicado= Governo do Estado do Espírito Santo|acessodata=16 de fevereiro de 2012|arquivodata=9 de julho de 2012 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20120709033651/http://www.es.gov.br/Governo/paginas/Palacio_Anchieta.aspx}}</ref> A residência oficial do governador fica na [[Praia da Costa (bairro)|Praia da Costa]],<ref>{{citar web |url= http://www.folhadoes.com/site/pagina_interna.asp?nID=2376&tp=1|titulo=Ricardo Ferraço assume Governo do Estado| obra = Folha do Espírito Santo|data=29 de dezembro de 2009|publicado=Site Oficial do Jornal|acessodata=29 de dezembro de 2009 |arquivodata= 31 de outubro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121031012654/http://www.folhadoes.com/site/pagina_interna.asp?nID=2376&tp=1}}</ref> localizada no município de Vila Velha. | |||
O [[Poder Legislativo]] do Espírito Santo é [[unicameral]], constituído pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, localizado na Enseada do Suá. Ela é constituída por 30 [[deputado estadual|deputados]], que são eleitos a cada 4 anos. No [[Congresso Nacional do Brasil|Congresso Nacional]], a representação capixaba é de 3 senadores e 10 deputados federais.<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> A maior corte do [[Poder Judiciário]] capixaba é o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, localizado na Enseada do Suá. Compõem o poder judiciário os [[desembargador]]es e os [[juiz|juízes de direito]].<ref name="Constituição do Estado do Espírito Santo" /> | |||
O Espírito Santo está dividido politicamente em 78 municípios.<ref>{{citar web|url=http://www.brasil-turismo.com/espirito-santo/geografia.htm|titulo=Geografia do Espírito Santo| publicado=Guia Geográfico|acessodata=6 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101006070433/http://brasil-turismo.com/espirito-santo/geografia.htm}}</ref> O mais populoso deles é Serra, com {{fmtn|536765}} habitantes, segundo dados de 2021 do IBGE.<ref name="IBGE_POP" /> Sua [[Região Metropolitana de Vitória|região metropolitana]] possui aproximadamente 1,7 milhão de habitantes.<ref>{{citar web|url=http://www.vitoria-es-brasil.com/index.php?option=com_content&view=article&id=343&Itemid=417 |titulo=Dados gerais sobre a Região Metropolitana de Vitória | obra =Espírito Santo em Foco |acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=17 de julho de 2011 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20110717224432/http://www.vitoria-es-brasil.com/index.php?option=com_content&view=article&id=343&Itemid=417}}</ref> | |||
==Subdivisões == | |||
{{anexo|Lista de regiões geográficas intermediárias e imediatas do Espírito Santo}} | |||
[[Imagem:Regiões Geográficas do Estado do Espírito Santo.svg|thumb|Divisão das regiões intermediárias em vermelho e imediatas em cinza.]] | |||
Uma região geográfica intermediária é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas [[Mesorregiões do Brasil|mesorregiões]], que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as [[Microrregiões do Brasil|microrregiões]].<ref name="ibge.gov.br">{{citar web|URL= http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_div_int.shtm |título=Divisão Regional do Brasil | publicado = Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data=2017 |acessodata=25 de setembro de 2017 |wayb= 20170925170226}}</ref> Oficialmente, as quatro regiões geográficas intermediarias do estado são: [[Região Geográfica Intermediária de Vitória]]; [[Região Geográfica Intermediária de São Mateus]]; [[Região Geográfica Intermediária de Colatina]] e [[Região Geográfica Intermediária de Cachoeiro de Itapemirim]]<ref name="ibge.gov.br"/> | |||
Além da região geográfica intermediária, existe a [[região geográfica imediata]], que foram instituídas em 2017 para a atualização da divisão regional brasileira e correspondem a uma revisão das antigas [[Mesorregiões e microrregiões do Brasil|microrregiões]].<ref name="IBGE_Divisão">{{citar web|URL=http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/geografia/default_div_int.shtm |título=Divisão Regional do Brasil | publicado =Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |data= 2017 |acessodata=17 de agosto de 2017 |wayb=20170817193241}}</ref> O Espírito Santo é dividido em oito regiões geográficas imediatas. São elas: [[Região Geográfica Imediata de Vitória|Vitória]], [[Região Geográfica Imediata de Afonso Cláudio-Venda Nova do Imigrante-Santa Maria de Jetibá|Afonso Cláudio-Venda Nova do Imigrante-Santa Maria de Jetibá]], [[Região Geográfica Imediata de São Mateus|São Mateus]], [[Região Geográfica Imediata de Linhares|Linhares]], [[Região Geográfica Imediata de Colatina|Colatina]], [[Região Geográfica Imediata de Nova Venécia|Nova Venécia]], [[Região Geográfica Imediata de Cachoeiro de Itapemirim|Cachoeiro de Itapemirim]], [[Região Geográfica Imediata de Alegre|Alegre]]. | |||
Por último, existem os [[município]]s (as menores unidades autônomas da federação), que são circunscrições territoriais dotadas de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa.<ref>{{citar web|url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm|título=Atos decorrentes do disposto no § 3º do art. 5º|data=1988 |acessodata= 13 de novembro de 2012|arquivodata=4 de novembro de 2011|arquivourl=https://www.webcitation.org/62wqysIsY?url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm}}</ref> Em geral, o Espírito Santo está dividido em 78 municípios, sendo a [[Lista de estados brasileiros por número de municípios|vigésima unidade de federação com o maior número de municípios]] e a quarta e última do [[Região Sudeste do Brasil|Sudeste]] (atrás de [[Minas Gerais]], [[São Paulo (estado)|São Paulo]] e [[Rio de Janeiro (estado)|Rio de Janeiro]]).<ref name= "Municípios">{{citar web |url= http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=es|título=Espírito santo |publicado= IBGE Estados |acessodata= 18 de janeiro de 2012| arquivodata=18 de janeiro de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120118000921/http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=es}}</ref> | |||
Durante a década de 2000, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e [[Lista de microrregiões do Espírito Santo|microrregiões do Espírito Santo]].<ref name= "Regioes administrativas" /> As onze regiões administrativas do estado são: Metropolitana (Grande Vitória), Pólo Linhares, Litoral Sul, Pólo Afonso Cláudio (Sudoeste Serrana), Litoral Norte, Extremo Norte, Pólo Colatina, Noroeste 1, Noroeste 2, Pólo Cachoeiro de Itapemirim, Caparaó ([[Microrregião de Alegre]]).<ref name="Regioes administrativas">{{citar web |url=http://www.planejamento.es.gov.br/ARQUIVOS/PDF/AUDIENCIAS%202009/DEMANDAS_2009.PDF |titulo= Espírito Santo |obra=Governo do Espírito Santo |data=2009 |acessodata=14 de julho de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20110706155620/http://www.planejamento.es.gov.br/ARQUIVOS/PDF/AUDIENCIAS%202009/DEMANDAS_2009.PDF}}</ref> | |||
== Economia == | |||
{{Artigo principal|Economia do Espírito Santo}} | |||
[[Imagem:Tree Map-Exportacoes do Espirito Santo (2012).png|thumb|esquerda|upright=1.4|Exportações do Espírito Santo – 2012.<ref name="dataviva.info">{{citar web | titulo=Exportações do Espírito Santo (2012) | obra=Plataforma DataViva | url= http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/es/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012 | acessodata=13 de janeiro de 2014 | arquivodata=16 de janeiro de 2014 | arquivourl= https://web.archive.org/web/20140116095506/http://dataviva.info/apps/builder/tree_map/secex/es/all/all/hs/?depth=hs_6&value_var=val_usd&color_var=color&controls=true&year=2012 }}</ref>]] | |||
Na [[economia]] do Espírito Santo, têm destaque a [[agricultura]], a [[pecuária]] e a [[mineração]].<ref name= "Economia">{{citar web|url=http://www.labin.unilasalle.edu.br/infoedu/siteinfoedu1_03/trabalhos/sitescc/geo/htms/es.html#economia |título=Espírito Santo|autor=Ana Margô Mantovani|data=junho de 2003|publicado=Laboratórios de Informática Unilasalle|acessodata=7 de dezembro de 2011|arquivodata=18 de janeiro de 2012|arquivourl= https://web.archive.org/web/20120118101924/http://www.labin.unilasalle.edu.br/infoedu/siteinfoedu1_03/trabalhos/sitescc/geo/htms/es.html#economia}}</ref> Na produção agrícola, destacam-se a [[cana-de-açúcar]] (2,5 milhões de toneladas), a [[laranja]] (175 milhões de frutos), o [[coco-da-baía]] (148 milhões de frutos) e o [[café]] (1 milhão de toneladas). O total de [[galináceos]] no estado é de aproximadamente 9,2 milhões de [[ave]]s, e o de [[gado bovino]] ultrapassa 1,8 milhão de cabeças. Há reservas importantes de [[granito]] e uma incipiente extração de [[gás natural]] e [[petróleo]]. [[Areia]]s e [[mármore]]s também são importantes produtos do extrativismo capixaba. Embora relativamente pequeno, o [[parque industrial]] do Espírito Santo abriga indústrias [[Indústria química|químicas]], [[Indústria metalúrgica|metalúrgicas]], [[Indústria alimentícia|alimentícias]] e de [[papel]] e [[celulose]].<ref name= "Economia" /> Em 2012, a pauta de exportação do Espírito Santo se baseou em minério de ferro (52,49%), petróleo cru (10,87%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,01%), pedras de cantaria ou construção (5,58%) e café (4,42%).<ref name= "dataviva.info" /> | |||
O Espírito Santo é sede de importantes [[cooperativa]]s agropecuárias, entre as quais se destacam: a Capil, de [[Itarana]]; a Ceaq, de [[São Domingos do Norte]]; a Cooaprucol de [[Colatina]]; a Coop-Forgrande, de [[Castelo (Espírito Santo)|Castelo]]; a Cocaes, de [[Brejetuba]]; a Cavil, de [[Bom Jesus do Norte]]; e a Coopeves, de [[Vila Velha]].<ref>{{citar web|url=http://www.ocbes.coop.br/ocb/index.php?module=m_cooperativas&pag=inf_cooperativas&id_categoria_cooperativa=2&menu=coop&nm_categoria=Agropecu%E1rio|título=Cooperativas do Ramo: Agropecuário| data= 2011 |publicado= Sindicato e Organização das Cooperativas do Estado do Espírito Santo|acessodata=7 de dezembro de 2011 |arquivodata= 12 de agosto de 2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140812191013/http://www.ocbes.coop.br/ocb/index.php?module=m_cooperativas&pag=inf_cooperativas&id_categoria_cooperativa=2&menu=coop&nm_categoria=Agropecu%E1rio}}</ref> A atividade turística do estado concentra-se no [[Baixada Espírito-Santense|litoral]], onde há belas [[praia]]s, como a de [[Praia de Itaúnas|Itaúnas]] e a de [[Guarapari]]. O [[pico da Bandeira]], terceiro mais alto do país, é outro [[destino turístico]] bastante procurado. Ultimamente, tem ganhado destaque um novo tipo de [[turismo]]: o [[Gastronomia|gastronômico]], em que se aprecia a típica [[culinária]] capixaba, herdeira de diversas culturas.<ref name="Economia" /> O [[Sistema Rodoviário de Classificação|sistema rodoviário]] se organiza a partir da [[BR-101]], que corta o Espírito Santo de [[norte]] a [[sul]], margeando o litoral. O estado possui 30,1 mil quilômetros de [[Rodovia|estradas de rodagem]], mas apenas 10% são pavimentados.<ref name= "Economia" /> | |||
=== Setores === | |||
[[Imagem:Café conilon Timbuí.JPG|thumb|Unidade de referência de [[café]] conilon em [[Timbuí]]]] | |||
[[Imagem:Fábrica da Garoto em Vila Velha.jpg|thumb|[[Fábrica]] da [[Chocolates Garoto|Garoto]] em [[Vila Velha (Espírito Santo)|Vila Velha]]]] | |||
[[Imagem:Tubarão, Porto de.jpg|thumb|[[Porto de Tubarão]], no [[Município]] de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]].]] | |||
O produto agrícola tradicional do estado é o [[café]],<ref name="lavoura permanente">{{citar web|url= http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=t&o=11|titulo=Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura permanente |data=2008|publicado= Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=24 de setembro de 2015|arquivourl=https://web.archive.org/web/20150924101653/http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1613&z=t&o=11}}</ref> cultura que orientou a ocupação de praticamente todo o [[território]] capixaba.<ref name="Revista Cafeicultura">{{citar web|url= http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=3904|titulo=Origem do café no Espírito Santo|data=27 de dezembro de 2005| obra =Revista Cafeicultura|acessodata=3 de agosto de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl= https://web.archive.org/web/20110706154141/http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php?tipo=ler&mat=3904}}</ref> Após uma fase de decadência no estado, o café recuperou uma posição de relativo destaque nacional,<ref name="Revista Cafeicultura" /> ocupando a segunda colocação na produção de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com um volume de produção que varia entre 11,58 e 13,33 milhões de [[saca]]s em 2017.<ref>{{citar web|url= https://g1.globo.com/es/espirito-santo/agronegocios/noticia/espirito-santo-e-2-maior-produtor-de-cafe-do-brasil.ghtml |título= Espírito Santo é 2º maior produtor de café do Brasil|obra= G1 |data=19 de janeiro de 2018 |acessodata= 24 de janeiro de 2018|arquivodata=25 de janeiro de 2018|arquivourl= https://web.archive.org/web/20180125015844/https://g1.globo.com/es/espirito-santo/agronegocios/noticia/espirito-santo-e-2-maior-produtor-de-cafe-do-brasil.ghtml}}</ref> Seguem-se a ele, em ordem de importância, as culturas de [[milho]],<ref name="lavoura temporária">{{citar web|url= http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1612&z=t&o=11|titulo=Área plantada, área colhida, quantidade produzida e valor da produção da lavoura temporária |data=2008|publicado= Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística |acessodata=6 de agosto de 2010 |arquivodata= 24 de setembro de 2015|arquivourl= https://web.archive.org/web/20150924101644/http://www.sidra.ibge.gov.br/bda/tabela/listabl.asp?c=1612&z=t&o=11}}</ref> [[banana]], [[mandioca]], [[feijão]], [[arroz]] e [[cacau]].<ref name= "lavoura permanente" /><ref name= "lavoura temporária" /> | |||
A [[Pecuária bovina|criação de bovinos]] serviu-se de solos virgens no [[norte]] do estado, em terrenos desmatados.<ref name= "Nova Enciclopédia Barsa 38"/> Nessa área cria-se e engorda-se [[Pecuária de corte|gado de corte]], e ali desenvolveu-se a [[Abatedouro|indústria frigorífica]], cuja [[carne]] é enviada principalmente para o Rio de Janeiro, além de abastecer a [[região]] de Vitória. No [[sul]] pratica-se muito a [[pecuária leiteira]], e o [[leite]] é comercializado, por meio de [[cooperativa]]s, nos mercados do [[Rio de Janeiro]] e [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> De desenvolvimento mais recente são a [[silvicultura]] e a [[fruticultura]], com aproveitamento para conservas de [[fruta]]s e para a produção de [[celulose]], destacando-se nessa última atividade alguns projetos de [[reflorestamento]], que poderão compensar em parte o [[desmatamento]] avassalador sofrido pelo estado.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> | |||
O [[subsolo]] do estado é rico em [[mineral|minerais]], inclusive petróleo. Há consideráveis reservas de [[calcário]], [[mármore]], [[manganês]], [[ilmenita]], [[bauxita]], [[zircônio]], [[monazita]]s e terras raras, embora nem todas em exploração. No [[extrativismo mineral]], destaca-se a exploração, na área de Cachoeiro de Itapemirim, de reservas de [[mármore]]s, [[calcário]] e [[dolomita]].<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> | |||
O Espírito Santo tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 37,6 bilhões, equivalente a 2,9% da indústria nacional. Emprega 175 104 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são: Extração de petróleo e gás natural (24,5%), Extração de minerais metálicos (13,9%), Construção (11,4%), Metalurgia (10,8%) e Serviços industriais de utilidade pública, como Energia elétrica e água (7,5%). Estes 5 setores concentram 68,1% da indústria do estado.<ref>{{Citation | url = http://perfildaindustria.portaldaindustria.com.br/estado/mg | obra = Perfil da Indústria | title = Minas Gerais | obra = Portal da indústria}}.</ref> | |||
Nos centros urbanos da capital e de Cachoeiro de Itapemirim concentram-se praticamente todas as principais unidades da [[indústria de transformação]] capixaba. Na [[Região Metropolitana de Vitória|grande Vitória]] localizam-se as [[Indústria siderúrgica|indústrias siderúrgicas]]: Companhia Ferro e Aço de Vitória, usina de pelotização de [[minério de ferro]] da [[Companhia Vale do Rio Doce]]; [[Indústria madeireira|madeireira]], [[Indústria têxtil|têxtil]], de louças, de [[café solúvel]], de [[chocolate]]s e frigorífica. No vale do [[rio Itapemirim]], desenvolvem-se indústrias de [[cimento]], de [[açúcar]] e [[álcool]] e de conservas de frutas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 38" /> | |||
As 10 maiores [[empresa]]s [[Indústria|industriais]] do Espírito Santo são a [[Companhia Vale do Rio Doce]], [[ArcelorMittal]], Samarco Mineração, [[Aracruz Celulose]], Fertilizantes Heringer, [[ArcelorMittal]] [[Brasil]], [[Escelsa]], [[Chocolates Garoto|Garoto]] (a maior [[fábrica]] de [[chocolate]]s da [[América Latina]] e a mais importante [[empresa]] [[Indústria|industrial]] de [[alimento]]s do [[Estado (subdivisão)|estado]]) e Sol Coqueria.<ref>{{citar web|url=http://www.200maiores.com.br/docs/2009/69maisindustriais.html|titulo= As 69 maiores empresas industriais |data= 2009 | obra = 200 Maiores Empresas do Espírito Santo|acessodata=25 de julho de 2010}}</ref> | |||
É deficitário o [[comércio]] do estado com as demais [[unidades federativas do Brasil]]. O valor da [[exportação]] por [[cabotagem]], em junho de 2010, foi da ordem de US$ 1 075 429<ref name="www.desenvolvimento.gov.br">{{citar web |url= http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&refr=1076|titulo=Balança comercial por Unidade da Federação| publicado = Ministério de Estado do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil |data= junho de 2010 |acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=16 de julho de 2010 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20100716090327/http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&refr=1076}}</ref> e o da [[importação]] de US$ 642 997. Quanto ao seu [[comércio exterior]], devido à exportação de [[minério]], a situação é completamente inversa do [[comércio]] por cabotagem. O valor total da exportação para o [[Mundo|exterior]], em 2009, foi de US$ 6 510 241 e a da [[importação]], de US$ 5 484 252.<ref name= "www.desenvolvimento.gov.br" /> | |||
O [[setor terciário]] é pouco desenvolvido em todo o Estado.<ref name="Enciclopédia Mirador Internacional">ANDRADE, Fernando Moretzsohn de; GUIMARÃES, André Passos. Espírito santo. In: ''Enciclopédia Mirador Internacional''. São Paulo: Encyclopædia Britannica do Brasil, 1993. v. 8, p. 4176.</ref> No entanto, a atividade comercial adquire certa importância com as exportações de minério de ferro proveniente de Minas Gerais, através da [[Estrada de Ferro Vitória a Minas]] e é embarcado nos portos de Atalaia e ponta do Tubarão. Por outro lado, a ligação de Cachoeiro de Itapemirim à cidade do Rio de Janeiro, por [[rodovia]] pavimentada, permitiu a incorporação da região à bacia leiteira [[Rio de Janeiro (estado)|fluminense]] e facilitou a exportação de produtos agrícolas, como [[café]], [[milho]], [[mandioca]], [[arroz]] e [[horticultura|horti]][[granja|granjeiros]].<ref name="Enciclopédia Mirador Internacional" /> | |||
===Petróleo === | |||
[[Imagem:Oilfield Installation.jpeg|thumb|esquerda|Instalação petrolífera]] | |||
[[Ficheiro:Bomba Cabeça de Cavalo.jpg|thumb|esquerda|Extração em [[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]]]] | |||
Nos últimos anos, o Espírito Santo vem se destacando na produção de [[petróleo]] e [[gás natural]]. Com várias descobertas realizadas, principalmente pela [[Petrobras]], o Estado saiu da quinta posição no ranking brasileiro de reservas, em 2002, para se tornar a segunda maior província petrolífera do País, com reservas totais de 2,5 bilhões de barris. São cerca de 140 mil barris diários. Os campos petrolíferos se localizam tanto em terra quanto em mar, em águas rasas, profundas e ultraprofundas, contendo óleo leve e pesado e gás não associado.<ref name="GovES_Petróleo">{{citar web |url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/petroleo_gas.aspx |titulo=Petróleo e Gás Natural | publicado = Governo do Espírito Santo |acessodata=11 de setembro de 2010 |arquivodata=11 de maio de 2013 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20130511040845/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/petroleo_gas.aspx}}</ref> | |||
Dentre os destaques da produção está o campo de Golfinho, localizado a norte do estado, com reserva de 450 milhões de barris de óleo leve, considerado o mais nobre. O primeiro módulo de produção do local já está em operação, com o FPSO Capixaba, e o segundo deve iniciar a operação até o final deste ano, com o FPSO Cidade de Vitória.<ref name= "GovES_Petróleo" /> | |||
Há ainda os campos de Jubarte, Cachalote, Baleia Franca, Baleia Azul, Baleia Anã, Caxaréu, Mangangá e Pirambu, que fazem parte do denominado Parque das Baleias, no Sul, que somam uma reserva de 1,5 bilhão de barris. O Espírito Santo é atualmente responsável por 40% das notificações de petróleo e gás natural brasileiras, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) desde sua criação, em janeiro de 1998.<ref name= "GovES_Petróleo" /> | |||
A indústria de petróleo no Espírito Santo possibilita o pagamento de [[Royalty|royalties]] relacionados à exploração de petróleo e gás natural aos municípios nos quais estão localizados os campos produtores e as instalações das empresas. Para beneficiar os 68 municípios capixabas que não recebem royalties petrolíferos, o Governo do Estado criou o Fundo para Redução das Desigualdades Regionais, o primeiro projeto desta natureza aprovado no país. Os recursos são provenientes do repasse de 30% dos royalties creditados no cofre público estadual. Em vigor desde junho de 2006, a distribuição do dinheiro do fundo leva em consideração a população, o percentual de repasses do ICMS e a condição de não ser grande recebedor de royalties. As cidades que têm participação acima de 10% no ICMS e mais de 2% dos royalties não têm acesso aos recursos do Fundo.<ref name="GovES_Petróleo" /> | |||
== Infraestrutura == | |||
===Educação === | |||
[[Imagem:PPGFIS - UFES.JPG|thumb|Prédio do Programa de Pós-Graduação em Física (PPGFIS) da [[Universidade Federal do Espírito Santo]]]] | |||
O Estado dispunha em 2008 de uma rede de de 2.733 [[escola]]s de [[ensino fundamental]], das quais 482 estaduais, 1.986 municipais, 1.157 [[Iniciativa privada|particulares]] e 6 [[República|federais]]. O corpo docente era constituído de 29 282 [[professor]]es, sendo que 6 777 trabalhavam nas escolas [[governo|públicas]] estaduais, 18 146 nas escolas públicas municipais e 4 359 nas escolas [[Iniciativa privada|particulares]]. Estudavam nestas [[escola]]s 553 396 [[aluno]]s, dos quais 491 342 nas escolas públicas e 62 054 nas escolas [[Iniciativa privada|particulares]]. O [[ensino médio]] foi ministrado em 438 estabelecimentos, com a matrícula de 139.984 [[aluno]]s. Dos 139 984 discentes, 119 478 estavam nas escolas públicas e 20 506 nas [[Iniciativa privada|particulares]]. Quanto ao [[ensino superior]], em 2008, o estado possuía 91 [[Universidade|estabelecimentos]], com 6 490 professores e 89 610 [[Aluno|discentes]].<ref name="Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2008">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=educacao2008|titulo=Ensino - matrículas, docentes e rede escolar 2008|data=|publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata=21 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090821165401/http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=educacao2008}}</ref> | |||
Em 2004 a [[taxa de analfabetismo]] no estado era de 9,5%, uma das mais baixas do Brasil. Da população, 21,0% dos capixabas são [[Analfabetismo funcional|analfabetos funcionais]]. O Espírito Santo é a [[Lista de estados do Brasil por IDH|12ª melhor educação do Brasil]], com um [[Índice de Desenvolvimento Humano]] de 0,887.<ref name="Dados do Portal Brasil sobre saneamento básico" /> | |||
As principais [[universidade]]s do Espírito Santo são a [[Universidade Aberta Capixaba]],<ref>{{citar web |url=https://inovacaoedesenvolvimento.es.gov.br/universidades |titulo=UniversidadES |autor=SECTIDES |data=2021}}</ref> o [[Instituto Federal do Espírito Santo]]<ref>{{citar web |url=http://www.ifes.edu.br/institucional |titulo=Institucional |autor=Instituto Federal do Espírito Santo |acessodata=18 de setembro de 2010 |arquivodata=21 de setembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100921181533/http://www.ifes.edu.br/institucional }}</ref> e a [[Universidade Federal do Espírito Santo]].<ref>{{citar web |url=http://portal.ufes.br/historia |titulo=História |autor=Universidade Federal do Espírito Santo |acessodata=18 de setembro de 2010 |arquivodata=21 de setembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100921223440/http://portal.ufes.br/historia }}</ref> | |||
===Saúde === | |||
Em 2005, existiam, no Estado, 1.755 [[Hospital|estabelecimentos hospitalares]], com 7.684 [[cama|leitos]] e 378 [[médico]]s, 35 [[enfermeiro]]s diplomados e 210 [[Auxiliar de Enfermagem|auxiliares de enfermagem]].<ref name="Serviços de saúde 2005">{{citar web|url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=servicossaude|titulo=Serviços de saúde 2005|data=2005|publicado=[[Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística]]|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata=22 de agosto de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090822075456/http://www.ibge.gov.br/estadosat/temas.php?sigla=es&tema=servicossaude}}</ref> Em 2010, dos 1.755 [[Hospital|hospitais]] existentes, 125 eram de [[adulto]]s e [[criança]]s, 88 eram exclusivamente de [[criança]]s, sendo 98 [[Hospital geral|gerais]] e 22 especializados.<ref name="Serviços de saúde 2005" /><ref>{{citar web|url=http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/es.htm|titulo=Cadernos de Informações de Saúde - Espírito Santo|data=2010|publicado=[[DATASUS]]|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata=18 de fevereiro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100218005625/http://tabnet.datasus.gov.br/tabdata/cadernos/es.htm}}</ref> Em 2005, da população, 84,4% dos capixabas tinham acesso à rede de [[água]],<ref name="Dados do Portal Brasil sobre saneamento básico" /> enquanto 75,7% se beneficiam da rede de [[esgoto]] sanitário.<ref name="Dados do Portal Brasil sobre saneamento básico">{{citar web|url=http://www.portalbrasil.net/estados_es.htm|titulo=Portal Brasil - Espírito Santo|autor=TOSCANO, Fernando|data=|publicado=Portal Brasil|acessodata=11 de julho de 2010|arquivodata=12 de junho de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100612012616/http://portalbrasil.net/estados_es.htm}}</ref> | |||
=== Energia === | |||
Atualmente a situação energética do Estado do Espírito Santo é de confiabilidade, por se conectar ao [[Sistema Interligado Nacional|Sistema Interligado Sul/Sudeste/Centro-oeste]] através de um anel de transmissão. O estado produz 33% de suas necessidades, importando, consequentemente, 67% da energia requerida de FURNAS Centrais Elétricas S.A. As concessionárias de distribuição de energia elétrica operando no Espírito Santo são a [[Escelsa|Espírito Santo Centrais Elétricas S/A]] (Escelsa), atualmente uma empresa do grupo [[EDP]], e Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSM).<ref>{{citar web |url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/energia_eletrica.aspx |titulo=Energia Elétrica |autor=Govenrno do Espírito Santo |acessodata=11 de setembro de 2010 |arquivodata=11 de maio de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130511051053/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/energia_eletrica.aspx }}</ref> | |||
Com seu franco desenvolvimento, expansão e a crescente demanda por fontes energéticas que sustentem de maneira consistente este processo, o Espírito Santo vem utilizando como principal [[energia alternativa]] a [[energia eólica]]. O processo consiste na conversão do vento em energia elétrica através de [[aerogerador]]es - gigantes turbinas em forma de cata-vento colocadas em pontos estratégicos onde a ação do vento é intensa.<ref>{{citar web |url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/Paginas/energia_limpa.aspx |titulo=Energia Eólica |autor=Govenrno do Espírito Santo |acessodata=11 de setembro de 2010 |arquivodata=24 de julho de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130724175713/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/Paginas/energia_limpa.aspx }}</ref> | |||
===Comunicações === | |||
Os principais [[jornal|jornais]] diários editados em Vitória são a ''Gazeta'', o mais antigo e de instalações mais modernas; o ''Diário'', ''Diário Oficial do Estado'' e ''A Tribuna''. Em Cachoeiro de Itapemirim, circula o Correio do Sul; em Colatina, a ''Folha do Norte''. As principais [[Emissora de rádio|emissoras de radiodifusão]] da capital são a [[Rádio Espírito Santo]],<ref name="Radios.com.br">{{citar web|url=http://www.radios.com.br/pages/1Brasil/Espirito_Santo/|titulo=Rádios do Espírito Santo|data=|publicado=Rádios.com.br|acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=24 de julho de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100724163338/http://www.radios.com.br/pages/1Brasil/Espirito_Santo/}}</ref> que emite em [[onda média|ondas médias]], [[Onda tropical|tropicais]] e de [[frequência modulada]], a [[Jovem Pan News Vitória]] e a Rádio Capixaba, ambas em ondas médias e curtas. Os municípios de Cariacica, Colatina, [[Mimoso do Sul]] e [[Santa Teresa (Espírito Santo)|Santa Teresa]] também possuem [[Emissora de rádio|emissoras de rádio]].<ref name="Radios.com.br" /> Na capital, funcionam a [[TVE Espírito Santo]],<ref name="www.achetudoeregiao.com.br">{{citar web|url=http://www.achetudoeregiao.com.br/ES/vitoria/redes_de_tv.htm|titulo=Emissoras de TV de Vitória ES|data=|publicado=Emissoras de TV de Vitória ES|acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=20 de maio de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110520180114/http://www.achetudoeregiao.com.br/ES/vitoria/redes_de_tv.htm}}</ref> a [[TV Gazeta Vitória|TV Gazeta]], a [[TV Vitória]], a [[TV Tribuna (Vitória)|TV Tribuna]], a [[TV Capixaba]] e a [[RedeTV! ES]].<ref name="www.achetudoeregiao.com.br" /> Há torres repetidoras de emissoras do Rio de Janeiro.<ref>{{citar web|url=http://reocities.com/MotorCity/street/2973/repetidora.htm|titulo=Repetidoras Brasileiras|data=|publicado=Reocities.com|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=19 de maio de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110519232040/http://reocities.com/MotorCity/street/2973/repetidora.htm}}</ref> | |||
=== Transportes === | |||
[[Imagem:Webysther 20131025132658 - Terceira Ponte.jpg|thumb|esquerda|upright=1.5|[[Terceira Ponte]], ligação entre [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] e [[Vila Velha]]]] | |||
No estado existe apenas um [[aeroporto]] administrado pela [[Infraero]], o [[Aeroporto Eurico de Aguiar Salles]] (Vitória),<ref>{{citar web |url=http://www.infraero.gov.br/index.php/aeroportos/espirito-santo.html |titulo=Infraero Aeroportos - Espírito Santo |acessodata=12 de setembro de 2010 |arquivodata=23 de novembro de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20121123085419/http://www.infraero.gov.br/index.php/aeroportos/espirito-santo.html }}</ref> além dos aeroportos como o [[Aeroporto de Baixo Guandu/Aimorés|de Baixo Guandu/Aimorés]], o [[Aeroporto de Cachoeiro de Itapemirim|de Cachoeiro de Itapemirim]], o [[Aeroporto de Guarapari|de Guarapari]], o [[Aeroporto de Linhares|de Linhares]] e o [[Aeroporto Tancredo de Almeida Neves|Tancredo de Almeida Neves]] ([[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]]), que são de responsabilidade das suas respectivas administrações municipais.<ref>{{citar web|url=https://www.es.gov.br/aeroportos|autor=Governo do Espírito Santo|título=Aeroportos|data=2015|publicado=Governo do Espírito Santo|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=13 de agosto de 2018|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180813011801/https://www.es.gov.br/aeroportos}}</ref> | |||
A [[Estrada de Ferro Vitória a Minas]] escoa minério de ferro de [[Itabira]] (MG) até o porto de Tubarão, e volta com carvão para [[siderurgia]]. Também faz [[transporte]] de passageiros e carga geral no [[vale]] do [[rio Doce]]. A [[Ferrovia Centro-Atlântica]] serve ao sul do estado e comunica Vitória com o estado do Rio de Janeiro. As principais [[rodovia]]s são a [[BR-101]], que corta o estado de norte a sul, pelo litoral, e a [[BR-262]], que liga Vitória a [[Belo Horizonte]] (MG) e ao extremo oeste do país. Outras rodovias importantes são a [[BR-482]], que atravessa [[Alegre (Espírito Santo)|Alegre]] e [[Jerônimo Monteiro]] e entronca com a BR-101 no distrito de Safra; a [[BR-342]], que liga [[Ecoporanga]] a [[Nova Venécia]], no norte do estado; e a [[BR-381]], que liga o município de [[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]] ao município de [[São Paulo]], passando por [[Nova Venécia]] e [[Barra de São Francisco]].<ref name="DNIT">{{citar web|url=http://www.dnit.gov.br/mapas-multimodais/mapas-multimodais/ES.pdf|titulo=Mapa Multimodal do Espírito Santo|autor=DNIT|data=2009|publicado=Site Oficial do DNIT|acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=17 de dezembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111217024616/http://www.dnit.gov.br/mapas-multimodais/mapas-multimodais/ES.pdf}}</ref> O estado possui dois [[porto]]s, ambos na capital: o [[Porto de Vitória|cais comercial de Vitória]] e o [[Porto de Tubarão|porto de exportação de minério de ferro de Tubarão]].<ref name="DNIT" /> | |||
===Segurança pública === | |||
As principais unidades das [[Forças Armadas]] com sede no Espírito Santo são: no [[Exército Brasileiro]], o Espírito Santo integra a [[1ª Região Militar]] (juntamente com o estado do Rio de Janeiro) destacando aí o 38º Batalhão de Infantaria;<ref>{{citar web|url=http://www.exercito.gov.br/web/guest/1240|titulo=38º Batalhão de Infantaria - Batalhão Tiburcio|autor=Exército Brasileiro|data=|publicado=Site Oficial do Exército Brasileiro|acessodata=19 de março de 2010|arquivodata=2011-01-28|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110128232143/http://www.exercito.gov.br/web/guest/1240}}</ref> na [[Marinha do Brasil]], o Espírito Santo faz parte do 1º Distrito Naval (com [[Capital|sede]] no Rio de Janeiro),<ref>{{citar web|url=https://www.com1dn.mar.mil.br/index.php?page=historico|titulo=Síntese Histórica|data=|publicado=Site Oficial do 1º Distrito Naval|acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160744/https://www.com1dn.mar.mil.br/index.php?page=historico}}</ref> destacando-se no Estado a [[Escola de Aprendizes-Marinheiros do Espírito Santo|Escola de Aprendizes-Marinheiros]]; e na [[Força Aérea Brasileira]], o Espírito Santo integra o [[3º Esquadrão de Transporte Aéreo|III Comando Aéreo Regional]], com sede na cidade do Rio de Janeiro,<ref>{{citar web|url=http://www.comar3.aer.mil.br/index.php/institucional|titulo=PECULIARIDADES DO III COMAR|data=|publicado=Site Oficial do III COMAR|acessodata=6 de agosto de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160623/http://www.comar3.aer.mil.br/index.php/institucional}}</ref> destacando-se o Estado como parte integrante do [[Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo|Cindacta I]], que forma o quadrilátero com as [[cidade]]s do Rio de Janeiro, [[São Paulo (estado)|São Paulo]], [[Belo Horizonte]] e [[Brasília]].<ref>{{citar web|url=http://www.decea.gov.br/unidades/cindacta-i/|titulo=Estrutura|autor=ALVES, Roberto de Almeida|data=|publicado=1º Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=2 de julho de 2012|arquivourl=https://www.webcitation.org/68qfzukAz?url=http://www.decea.gov.br/unidades/cindacta-i/}}</ref> | |||
[[Imagem:Polícia Civil - Espírito Santo.jpg|thumb|Viatura da [[Polícia Civil do Estado do Espírito Santo]]]] | |||
A [[Polícia Militar do Estado do Espírito Santo]] (PMES) é uma das forças de polícia militar do Brasil, sendo responsável pelo [[policiamento ostensivo]] no Estado do Espírito Santo. Seu Quartel do Comando Geral (QCG) é situado na Avenida Maruípe, na cidade de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], capital do Estado.<ref>{{citar web |url=http://sites.google.com/site/pmes20082009/noticias-diversas/aulainauguralcfsd2009noccv-noticiaretiradadositedapmes |titulo=Aula Inaugural CFSd 2009 no CCV - Notícia retirada do site da PMES |autor=DCBES |data=18 de setembro de 2009 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=19 de maio de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110519115144/http://sites.google.com/site/pmes20082009/noticias-diversas/aulainauguralcfsd2009noccv-noticiaretiradadositedapmes }}</ref> | |||
O [[Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo]] (CBMES) é uma Corporação cuja missão primordial consiste na execução de atividades de [[defesa civil]], prevenção e combate a [[incêndio]]s, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado do Espírito Santo. Ele é Força Auxiliar e Reserva do [[Exército Brasileiro]], e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos Estados pela [[Constituição Federal de 1988]], assim como os membros da [[Polícia Militar do Estado do Espírito Santo]].<ref>{{citar web |url=http://www.cb.es.gov.br/conteudo/institucional/historia/default.aspx |titulo=Institucional - História |autor=Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=1 de setembro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100901141023/http://www.cb.es.gov.br/conteudo/institucional/historia/default.aspx }}</ref> | |||
A [[Polícia Civil do Estado do Espírito Santo]] é uma das polícias do Espírito Santo, Brasil, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da [[Constituição Federal]] e ressalvada competência específica da União, as funções de [[polícia judiciária]] e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.<ref>{{Citar web |url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm#art144 |titulo=Constituição Federal, artigo 144 - Da Segurança Pública |acessodata=2014-07-04 |arquivodata=2011-11-04 |arquivourl=https://www.webcitation.org/62wqysIsY?url=http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm#art144 }}</ref> As principais [[Presídio|instituições penitenciárias]] do estado são o Instituto de Readaptação Social (em Vila Velha) e Colônia Penal (em Viana).<ref>{{citar web |url=http://governoservico.es.gov.br/LeisES/documentos/0125171970.doc |titulo=Lei nº 2.517 |autor=Governo do Estado do Espírito Santo |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155619/http://governoservico.es.gov.br/LeisES/documentos/0125171970.doc }}</ref> | |||
A Superintendência do [[Departamento de Polícia Federal]] no Espírito Santo está localizada no [[bairro]] [[Vila Velha|vilavelhense]] do São Torquato e é responsável pelo cadastro de [[passaporte brasileiro|passaportes brasileiros]] de capixabas e outras pessoas residentes no [[Estado (subdivisão)|Estado]], controles de passageiros nacionais e estrangeiros no [[aeroportos internacionais]] e defesa mútua e obrigatória das [[fronteiras do Brasil]] como outros [[país]]es [[América do Sul|sul-americanos]] ao lado do [[Exército Brasileiro]], da [[Marinha do Brasil]] e da [[Força Aérea Brasileira]].<ref>{{citar web|url=http://www.dpf.gov.br/institucional/pf-pelo-brasil/espirito-santo|título=Espírito Santo|data=|publicado=Departamento de Polícia Federal|acessodata=21 de maio de 2011|arquivodata=17 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110817192618/http://www.dpf.gov.br/institucional/pf-pelo-brasil/espirito-santo}}</ref> | |||
== Cultura == | |||
===Instituições culturais === | |||
[[Imagem:VitoriaTeatroCG.jpg|thumb|esquerda|[[Theatro Carlos Gomes (Vitória)|Theatro Carlos Gomes]], no centro de Vitória.]] | |||
[[Imagem:Museu de Biologia Prof. Mello Leitão 01.jpg|thumb|esquerda|[[Museu de Biologia Professor Mello Leitão]]]] | |||
As principais entidades culturais do estado encontram-se na [[Vitória (Espírito Santo)|capital]]: a [[Universidade Federal do Espírito Santo]] (UFES),<ref>{{Citar web |url=http://portal.ufes.br/ |titulo=Site Oficial da Universidade Federal do Espírito Santo |acessodata=2010-09-15 |arquivodata=2010-09-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100912102342/http://portal.ufes.br/ }}</ref> o [[Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo|Instituto Histórico e Geográfico]], a [[Associação Brasileira de Imprensa|Associação Espírito-Santense de Imprensa]], a [[Academia Brasileira de Letras|Academia Espírito-Santense de Letras]], a Associação Espírito-Santense de Juristas, a Arcádia Espírito-Santense, a Associação Médica do Espírito Santo, a Academia Feminina de Letras, o Instituto dos Advogados, o Centro Capixaba de Folclore e o Instituto Espírito-Santense de História, Geografia e Arte Religiosa.<ref name="www.brasilchannel.com.br">{{citar web|url=http://www.brasilchannel.com.br/estados/index.asp?nome=Esp%EDrito+Santo&area=infra-estrutura|titulo=Espírito Santo: Infraestrutura|data=|publicado=Brasil Channel|acessodata=14 de setembro de 2010|arquivodata=20 de novembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101120135522/http://brasilchannel.com.br/estados/index.asp?nome=Esp%EDrito+Santo&area=infra-estrutura}}</ref> Em [[Cachoeiro de Itapemirim]] há a Academia Cachoeirense de Letras.<ref name="www.brasilchannel.com.br" /> | |||
A capital conta com as [[biblioteca]]s [[Estado (subdivisão)|Estadual]], [[Município|Municipal]], do [[Tribunal de Justiça]], dos [[Comércio|Comerciários]], Embaixador Macedo Soares (da delegacia da Fundação [[IBGE]]), Central da [[Universidade Federal do Espírito Santo]] e da [[Companhia Vale do Rio Doce]], entre outras.<ref name="www.brasilchannel.com.br" /> Em [[Cachoeiro de Itapemirim]] destacam-se as Bibliotecas Municipal, do Centro Espírita Fraternidade e Luz, do Colégio Estadual Muniz Freire e da Casa dos Braga — pequeno museu dedicado aos irmãos escritores [[Newton Braga|Newton]] e [[Rubem Braga]], na casa onde nasceram.<ref name="www.brasilchannel.com.br" /> Muitos outros municípios do interior possuem também pequenas bibliotecas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43">{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo: Cultura |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil Publicações Ltda. |local=São Paulo |volume= 6 |páginas=43 }}</ref> | |||
O teatro mais relevante da capital é o [[Theatro Carlos Gomes (Vitória)|Theatro Carlos Gomes]], inaugurado em 1927 e inovado em 1970, sob a responsabilidade da Fundação Cultural do Espírito Santo, com 311 [[poltrona]]s e 40 [[camarote]]s.<ref>{{citar web|url=http://www.secult.es.gov.br/?id=/espacos_culturais/hotsites/teatrocarlosgomes/oteatro/|titulo=O Teatro|data=|publicado=Site Oficial do Teatro Carlos Gomes|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155633/http://www.secult.es.gov.br/?id=%2Fespacos_culturais%2Fhotsites%2Fteatrocarlosgomes%2Foteatro%2F}}</ref> | |||
Na [[Vitória (Espírito Santo)|capital]], o museu histórico mais relevante é o [[Museu Solar Monjardim]], antigo Museu de Arte e História e Museu Capixaba, anteriormente vinculado à [[Universidade Federal do Espírito Santo]] e na atualidade, administrado pelo [[Instituto Brasileiro de Museus]] (Ibram).<ref name="GAZETA_SOLAR">{{citar web | titulo=Museu Solar Monjardim abrirá nos finais de semana de dezembro | publicado=[[Gazeta Online]] | data=3 de dezembro de 2009 | url=http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/12/572202-museu+solar+monjardim+abrira+nos+finais+de+semana+de+dezembro.html | acessodata=24 de outubro de 2013 | arquivodata=29 de outubro de 2013 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20131029202938/http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2009/12/572202-museu+solar+monjardim+abrira+nos+finais+de+semana+de+dezembro.html }}</ref> O museu encontra-se instalado no Solar Monjardim, tombado pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]] e antiga Casa-Grande da Fazenda, hoje bairro, de Jucutuquara.<ref name="IPHAN">{{Citar livro|autor=Secretaria de Produção e Difusão Cultural da Universidade Federal do Espírito Santo|título=Museu Solar Monjardim|editora=Ufes/Iphan|local=Vitória|ano=1997}}</ref> No centro histórico da capital encontram-se o [[Museu de Arte do Espírito Santo|Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio del Santo]] (Maes)<ref>{{citar web | titulo=Maes reabre com três exposições | publicado=[[G1]] | data=15 de agosto de 2013 | url=http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/08/noticias/cultura/1455172-maes-reabre-com-tres-exposicoes.html | acessodata=30 de outubro de 2013 | arquivodata=1 de novembro de 2013 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20131101144834/http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2013/08/noticias/cultura/1455172-maes-reabre-com-tres-exposicoes.html }}</ref> e o [[Museu Capixaba do Negro|Museu Capixaba do Negro Verônica da Paz]] (Mucane).<ref>{{citar web | titulo=Museu do Negro abre inscrições para aulas de teatro e dança no ES | publicado=[[Gazeta Online]] | data=1 de agosto de 2013 | url=http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/08/museu-do-negro-abre-inscricoes-para-aulas-de-teatro-e-danca-no-es.html | acessodata=30 de outubro de 2013 | arquivodata=1 de novembro de 2013 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20131101145419/http://g1.globo.com/espirito-santo/noticia/2013/08/museu-do-negro-abre-inscricoes-para-aulas-de-teatro-e-danca-no-es.html }}</ref> No município vizinho de [[Vila Velha (Espírito Santo)|Vila Velha]], o [[Museu Ferroviário Vila Velha|Museu Ferroviário da Vale]], na antiga sede da [[Estação Pedro Nolasco]], oferece vista para o centro de Vitória.<ref>{{citar web | titulo=Museu da Vale, em Vila Velha, é o melhor lugar para admirar a paisagem do Centro de Vitória | publicado=[[O Globo]] | data=25 de setembro de 2009 | url=http://oglobo.globo.com/boa-viagem/museu-da-vale-em-vila-velha-o-melhor-lugar-para-admirar-paisagem-do-centro-de-vitoria-3143903 | acessodata=30 de outubro de 2013 | arquivodata=1 de novembro de 2013 | arquivourl=https://web.archive.org/web/20131101172747/http://oglobo.globo.com/boa-viagem/museu-da-vale-em-vila-velha-o-melhor-lugar-para-admirar-paisagem-do-centro-de-vitoria-3143903 }}</ref> | |||
Em [[Santa Teresa (Espírito Santo)|Santa Teresa]], há o [[Museu de Biologia Professor Mello Leitão]], instituição criada pelo ilustre naturalista capixaba [[Augusto Ruschi]] em sua própria residência, onde também existe uma das melhores [[biblioteca]]s do mundo especializadas na fauna e na flora do país.<ref>{{citar web|url=http://www.melloleitao.iphan.gov.br/museuHistoria.asp|titulo=História do Museu de Biologia Professor Mello Leitão|data=|publicado=Site Oficial do Museu de Biologia Professor Mello Leitão|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=10 de outubro de 2009|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091010192758/http://www.melloleitao.iphan.gov.br/museuHistoria.asp}}</ref> Ruschi ainda fundou no município de [[Aracruz]] uma grande reserva natural que além de oferecer atividades educacionais e recuperação da flora, possuí um extenso arquivo público aberto para consulta, a [[Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi]] (EBMAR).<ref>{{citar web|url=https://www.ebmar.com.br/HistoricoEBMAR.html|titulo=Histórico EBMAR|acessodata=15-06-2022|website=[[Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi]]}}</ref><ref name=":1">{{Citar web|url=https://dibrarq.arquivonacional.gov.br/index.php/estacao-biologia-marinha-augusto-ruschi|titulo=Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi - Dibrarq|acessodata=2022-06-10|website=[[Arquivo Nacional (Brasil)|Arquivo Nacional]]}}</ref><ref>{{Citation|title=Bom Dia ES {{!}} Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi oferece atrações da natureza aos turistas no ES {{!}} Globoplay|url=https://globoplay.globo.com/v/6463058/|accessdate=2022-06-15|language=pt-br}}</ref> | |||
=== Monumentos === | |||
[[Imagem:Convento da Penha - Vila Velha - panoramio.jpg|thumb|[[Convento da Penha]]]] | |||
São tombados pelo [[Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional]] os seguintes monumentos: a igreja de Nossa Senhora da Assunção (1587) e residência contígua, em [[Anchieta (Espírito Santo)|Anchieta]], onde morou o clérigo [[José de Anchieta]];<ref>{{citar web|url=http://www.colegioweb.com.br/geografia/igreja-de-nossa-senhora-da-assuncao|titulo=Igreja de Nossa Senhora da Assunção|data=|publicado=Colégio WEB|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=25 de março de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100325062345/http://www.colegioweb.com.br/geografia/igreja-de-nossa-senhora-da-assuncao}}</ref> a igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em [[Viana (Espírito Santo)|Viana]];<ref>{{citar web|url=http://www.viana.es.gov.br/VerPontoTuristico.aspx?nv=Pontos%20Tur%C3%ADsticos;Igreja%20Nossa%20Senhora%20da%20Ajuda%20&no=1&on=true|titulo=Igreja de Nossa Senhora da Ajuda|data=|publicado=Site Oficial do Município de Viana|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155633/http://www.viana.es.gov.br/VerPontoTuristico.aspx?nv=Pontos%20Tur%C3%ADsticos;Igreja%20Nossa%20Senhora%20da%20Ajuda%20&no=1&on=true}}</ref> a igreja dos Reis Magos (1558) e residência contígua, em [[Nova Almeida]], município da [[Serra]].<ref>{{citar web|url=http://www.novaalmeida.com/na_igreja.php|titulo=Igreja dos Reis Magos|data=|publicado=Site Turístico do Distrito Serrano de Nova Almeida|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=4 de setembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100904031331/http://www.novaalmeida.com/na_igreja.php}}</ref> Em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], está localizados o Solar de Monjardim,<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> a igreja de São Gonçalo Garcia (1766),<ref>{{citar web|url=http://www.vitoria.es.gov.br/turismo.php?pagina=igrejadesaogoncalo|titulo=Igreja de São Gonçalo é bem tombado desde 1948|data=|publicado=Site Oficial do Município de Vitória|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160101/http://www.vitoria.es.gov.br/turismo.php?pagina=igrejadesaogoncalo}}</ref> a [[Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Vila Velha)|igreja de Nossa Senhora do Rosário]] (1765)<ref>{{citar web|url=http://www.vitoria.es.gov.br/turismo.php?pagina=igrejansradorosario|titulo=Nossa Senhora do Rosário mantém características originais|data=|publicado=Site Oficial do Município de Vitória|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155927/http://www.vitoria.es.gov.br/turismo.php?pagina=igrejansradorosario}}</ref> e a igreja de Santa Luzia (1547).<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> Em [[Vila Velha]], o célebre [[Convento da Penha|convento e igreja de Nossa Senhora da Penha]],<ref>{{citar web|url=http://atenasnoticias.com.br/site/conteudo.asp?codigo=4162|titulo=Convento da Penha espera receber 500 mil fiéis na Festa da Penha 2006|data=|publicado=Atenas Notícias|acessodata=16 de fevereiro de 2012}}</ref> localizado a 135m de altura sobre a entrada da [[baía de Vitória]],<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> e a igreja matriz de Nossa Senhora do Santo Rosário, todos do {{séc|XVI}}.<ref>{{citar web|url=http://www.vilavelha.org/pontos-turisticos.php|titulo=Pontos Turísticos de Vila Velha|data=|publicado=Guia Turístico de Vila Velha|acessodata=19 de setembro de 2010|arquivodata=16 de outubro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101016224544/http://www.vilavelha.org/pontos-turisticos.php}}</ref> | |||
=== Folclore === | |||
Em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], as festas populares tradicionais mais distintas são as de [[Nossa Senhora da Penha]],<ref>{{citar web|url=http://www.vilacapixaba.com/Convento/conv_nsenhora.htm|titulo=Nossa Senhora da Penha|data=|publicado=VilaCapixaba.com|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=4 de março de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100304115449/http://www.vilacapixaba.com/Convento/conv_nsenhora.htm}}</ref> as comemorações católicas de Santo Antônio, em 13 de junho,<ref>{{citar web|url=http://www.vitoria.es.gov.br/secom.php?pagina=noticias&idNoticia=3751|titulo=Festa de Santo Antônio terá shows, missas e tradicional bênção dos pãezinhos|data=|publicado=Site Oficial do Município de Vitória|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706160020/http://www.vitoria.es.gov.br/secom.php?pagina=noticias&idNoticia=3751}}</ref> de [[São Pedro]] dos Pescadores, na praia do Suá, em 29 de junho,<ref>{{citar web|url=http://www.vitoria.es.gov.br/secom.php?pagina=noticias&idNoticia=3834|titulo=[[Festa de São Pedro]] tem shows populares e tradicional procissão marítima|data=|publicado=Site Oficial do Município de Vitória|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155845/http://www.vitoria.es.gov.br/secom.php?pagina=noticias&idNoticia=3834}}</ref> e de [[Nossa Senhora da Vitória]], em 8 de setembro.<ref>{{citar web|url=http://www.cademeusanto.com.br/NS_da_Vitoria.htm|titulo=Nossa Senhora da Vitoria|data=|publicado=Cadê Meu Santo|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=6 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706151652/http://www.cademeusanto.com.br/NS_da_Vitoria.htm}}</ref> Em [[Guarapari]] e [[Conceição da Barra]], realizam-se as festas de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de outubro,<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> e o alardo, realizada no ciclo de [[Natal]] ou nos dias [[19 de janeiro|19]] e 20 de janeiro.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> Em [[Cachoeiro de Itapemirim]], o Dia de Cachoeiro, 29 de junho,<ref>{{citar web|url=http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/06/651121-dia+de+cachoeiro+confira+a+programacao+da+festa+da+cidade.html|titulo=Dia de Cachoeiro: confira a programação da festa da cidade|data=28 de junho de 2010|publicado=TV Gazeta Sul|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=11 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110711101734/http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/06/651121-dia+de+cachoeiro+confira+a+programacao+da+festa+da+cidade.html}}</ref> é celebrado com uma semana de eventos em que ocorrem exposição agropecuária, bailes, shows populares, desfiles e caxambu da ilha da Luz.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> Em diversas cidades e aldeias litorâneas, como [[Guarapari]], [[Marataízes]], [[Anchieta (Espírito Santo)|Anchieta]], [[Piúma]] e [[Conceição da Barra]], o [[dia de São Pedro]], 29 de junho, padroeiro dos pescadores, é festejado também com procissões marítimas.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> Em [[Conceição da Barra]], acontece a festa do Reis de Bois, no ciclo natalino.<ref>{{citar web|url=http://www.jangadabrasil.com.br/revista/dezembro61/especial24.asp|titulo=Um Reis-de-boi em Conceição da Barra|data=1951|publicado=Jangada Brasil|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=23 de dezembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101223141655/http://www.jangadabrasil.com.br/revista/dezembro61/especial24.asp}}</ref> | |||
===Pontos turísticos === | |||
[[Ficheiro:Pedra Azul Milky Way.jpg|alt=O Parque da Pedra Azul é um dos pontos turísticos mais conhecidos do estado.|miniaturadaimagem|esquerda|[[Parque Estadual da Pedra Azul]]]] | |||
As [[praia]]s de [[areia monazítica]] de [[Guarapari]], aconselhadas para a cura de [[reumatismo]] e [[artrose]],<ref>{{citar web|url=http://www.guaraparivirtual.com.br/areia_m.asp|titulo=Guarapari Virtual :: Areias Monazíticas - Radioativas - Areia Preta - Poder Medicinal - Saúde|data=|publicado=Guarapari Virtual|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=2 de dezembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101202172154/http://guaraparivirtual.com.br/areia_m.asp}}</ref> e o [[Convento da Penha|convento de Nossa Senhora da Penha]], em [[Vila Velha]], são os maiores pontos turísticos do estado.<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> Em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]], são locais importantes o [[Palácio Anchieta (Espírito Santo)|palácio Anchieta]], prédio onde funciona o governo estadual;<ref>{{citar web|url=http://www.brasilviagem.com/pontur/?CodAtr=3524|titulo=Palácio Anchieta|data=|publicado=BrasilViagem.com|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=8 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110708091342/http://www.brasilviagem.com/pontur/?CodAtr=3524}}</ref> as igrejas tombadas de Santa Luzia, do [[Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Vila Velha)|Rosário]] e de São Gonçalo Garcia;<ref name="Nova Enciclopédia Barsa 43" /> o [[Parque Moscoso]], com concha acústica com capacidade para atrair 400 espectadores sentados;<ref>{{citar web|url=http://www.vitoria.es.gov.br/semmam.php?pagina=moscoso|titulo=Parque Moscoso foi o primeiro parque da Capital|data=|publicado=Site Oficial do Município de Vitória|acessodata=|arquivodata=2010-07-27|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100727040156/http://www.vitoria.es.gov.br/semmam.php?pagina=moscoso}}</ref> o porto, com seu terminal de exportação de minério; as praias: [[Praia Comprida|Comprida]], Suá, [[Praia de Camburi|Camburi]] e do [[Praia do Canto|Canto]];<ref name="rotasdoes.com.br">{{citar web|url=http://www.rotasdoes.com.br/praias.htm|titulo=Espírito Santo - Praias|data=|publicado=RotasDoES|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=30 de agosto de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100830103917/http://www.rotasdoes.com.br/praias.htm}}</ref> | |||
A costa capixaba é margeada de belas [[praia]]s, que recebem muitos turistas — principalmente mineiros que aproveitam o [[sol]] e a [[água do mar]] e que são trajados de [[sunga]] e [[biquíni]] — no [[verão]], sobressaindo-se [[Ilha de Guriri|Guriri]], em [[São Mateus (Espírito Santo)|São Mateus]], [[Praia de Marataízes|Marataízes]], [[Guarapari]], [[Piúma]], [[Iriri (Anchieta)|Iriri]], [[Anchieta (Espírito Santo)|Anchieta]] e [[Conceição da Barra]], onde se situam as célebres [[duna]]s da barra do [[rio Itaúnas]].<ref name="rotasdoes.com.br" /> | |||
Nas [[Serra Capixaba|serras capixabas]] também são encontrados pontos de grande atração turística,<ref>{{citar web|url=http://www.pacoteturismo.com/2009/11/09/domingos-martins-turismo-na-serra-capixaba-agrada-romanticos/|titulo=Domingos Martins – Turismo na Serra Capixaba agrada Românticos|data=|publicado=PacoteTurismo.com|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=19 de novembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101119164856/http://www.pacoteturismo.com/2009/11/09/domingos-martins-turismo-na-serra-capixaba-agrada-romanticos/}}</ref> sobressaindo-se [[Domingos Martins (Espírito Santo)|Domingos Martins]], [[Santa Teresa (Espírito Santo)|Santa Teresa]], [[Rio Novo]] e [[Venda Nova do Imigrante]].No interior, junto à divisa com [[Minas Gerais]], localiza-se o [[Parque Nacional do Caparaó]].<ref>{{citar web|url=http://www.portaldocaparao.com/parna.html|titulo=O Parque|data=|publicado=Site Turístico do Parque Nacional da Serra do Caparaó|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=23 de maio de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100523222854/http://www.portaldocaparao.com/parna.html}}</ref> O [[pico do Itabira]] e as pedras do Frade e da Freira (310m), em [[Cachoeiro de Itapemirim]], são o símbolo maior da cidade,<ref>{{citar web|url=http://www.seculodiario.com/exibir_not.asp?id=5891|titulo=Em Cachoeiro, apatia toma o lugar da efervescência política|autor=Amaral, Rossini|data=5 de junho de 2010|publicado=Século Diário|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=16 de julho de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110716030620/http://www.seculodiario.com/exibir_not.asp?id=5891}}</ref> onde se pode visitar também a tradicional fábrica de pios de pássaros em madeira.<ref>{{citar web|url=http://www.piocoelho.com.br/historico.asp|título=Histórico|autor=Fábrica de Pios de Aves "Maurílio Coelho"|data=2012|publicado=Fábrica de Pios de Aves "Maurílio Coelho"|acessodata=8 de maio de 2012|arquivodata=8 de novembro de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111108172032/http://www.piocoelho.com.br/historico.asp}}</ref> | |||
=== Culinária === | |||
[[Imagem:Moqueca capixaba1.jpg|thumb|Uma [[moqueca capixaba]] feita em [[casa]] em [[panela de barro]].]] | |||
O prato típico mais lembrado do estado é a [[Torta Capixaba|torta capixaba]],<ref>{{citar web|url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/torta_capixaba.aspx|titulo=Receita da Torta Capixaba|data=|publicado=Site Oficial do Estado do Espírito Santo|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=24 de março de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130324040259/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/torta_capixaba.aspx}}</ref> feita tradicionalmente nas casas de [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]] durante a [[semana santa]], mas também oferecida durante todo o ano aos turistas nos melhores [[restaurante]]s da capital. Sobressai-se ainda a [[moqueca capixaba]], de [[peixe]]s e [[frutos do mar]] cozidos em panelas de barro artesanais, ao molho de urucum.<ref>{{citar web|url=http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/moqueca_capixaba.aspx|titulo=Receita da Moqueca Capixaba|data=|publicado=Site Oficial do Estado do Espírito Santo|acessodata=16 de setembro de 2010|arquivodata=10 de maio de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130510224939/http://www.es.gov.br/EspiritoSanto/paginas/moqueca_capixaba.aspx}}</ref> | |||
=== Música === | |||
O [[congo capixaba]] é o ritmo musical típico do estado, com origem indígena também teve a participação dos negros. Realizado nas regiões litorâneas do Espírito Santo. As bandas de congo cantam e tocam em festas religiosas como as de São Benedito, São Pedro, São Sebastião e Nossa Senhora da Penha (padroeira do Estado). Os instrumentos utilizados são com pau oco, barricas, taquaras, peles de animais, folha-de-flandres e ferro torcido, assim como tambores, caixas, cuícas, chocalhos, casacas, ferrinhos ou triângulos e pandeiros. Principalmente pelos tambores e casaca que é um instrumento musical espécie de reco-reco com cabeça esculpida.<ref>{{citar web |url= https://www.es.gov.br/cultura/folclore |titulo= Folclore |editor= Governo do Espírito Santo |acessodata= 20 de fevereiro de 2018 |arquivodata= 19 de fevereiro de 2018 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20180219150717/https://www.es.gov.br/cultura/folclore }}</ref> | |||
=== Festivais === | |||
A cultura do estado sofre forte influência de alemães, italianos e afro-descendentes, o que gera diversas manifestações culturais e festas singulares. Os principais eventos no estado, são de entretenimento, culturais e musicais, o maior evento do estado é a Vitória Stone Fair, maior exposição de Rochas Ornamentais do mundo, porém existem vários outros de importância quase igual, voltados ao setor agropecuário e ao setor alimentício.<ref name="Eventos" /> A maioria dos eventos, de pequeno, médio e grande porte, ocorre no Pavilhão de Carapina, espaço construído pelo governo do estado, para sediar eventos, no município de Serra.<ref name="Eventos">{{Citar web |url=http://redeculturajovem.com.br/agentes/diario-bordo-fernanda/files/2010/07/CALENDARIO-OFICIAL-DE-EVENTOS-2010.pdf |título=Calendário de Eventos de 2010 |obra=Rede Cultura Jovem |data= |acessodata=19 de março de 2011 |arquivodata=2011-07-06 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706154124/http://redeculturajovem.com.br/agentes/diario-bordo-fernanda/files/2010/07/CALENDARIO-OFICIAL-DE-EVENTOS-2010.pdf }}</ref> | |||
Existe em [[Itapemirim]] a Tradicional Festa do Atum e do Dourado, sendo uma das principais festas da cultura pesqueira do Brasil, onde há anexado a festa o Festival de Frutos do Mar Capixaba, no distrito de Itaipava. Reúne mais de 50 mil pessoas por dia, onde tem a oportunidade de experimentar tradicionais pratos em frente ao mar, além da tradicional volta dos barcos, em que percorrem a ilha dos Franceses e o preparo do Peixe no Rolete.<ref name="PortalES_Calendário">{{citar web |url=http://www.vitoria-es-brasil.com/index.php |titulo=Calendário de eventos |autor=Portal ES |data=20 de dezembro de 2008 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=5 de agosto de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100805103325/http://www.vitoria-es-brasil.com/index.php }}</ref> Há também a tradicional festa de [[Corpus Christi]], realizada por volta dos meses de maio e junho, onde em [[Castelo (Espírito Santo)|Castelo]] são confeccionados tapetes artesanais em um perímetro aproximado de um quilômetro pelo entorno do centro da cidade. Esse tapetes com vários quadro e passadeiras de desenho e muito colorido são de inspiração religiosa e feitos basicamente de flores, serragem colorida e grãos. Outro importante evento é a Festa do Cafona, em Colatina, evento que reúne pessoas de todo o Brasil, que se vestem de forma inusitada e propositalmente ridícula para ouvir músicas com letras provocativas e também ridículas e fazerem coisas bizarras e obscenas. Também há o Festival de Alegre, na cidade de [[Alegre (Espírito Santo)|Alegre]], importante evento do cenário musical nacional, reúne as maiores e mais populares bandas brasileiras e as vezes, até bandas estrangeiras. Há também a tradicional e italiana Festa da Polenta realizada em [[Venda Nova do Imigrante]]. O maior rodeio do estado é o de [[Ibiraçu]], onde a um encontro de música sertaneja. O Festival de Inverno de [[Domingos Martins (Espírito Santo)|Domingos Martins]] e a Festa do Vinho, são os maiores eventos da região serrana do estado.<ref name="PortalES_Calendário" /> | |||
[[Imagem:Desfile Escolas de Samba Vitória 2009.jpg|thumb|direita|[[Carnaval de Vitória]] 2009]] | |||
Há também várias manifestações culturais importantes, como a festa de Exposição Municipal Afonso-Claudense e a festa do Afonso-Claudense Ausente e Presente, que comemora o aniversário do município de [[Afonso Cláudio]];<ref>{{citar web |url=http://www.afonsoclaudio.es.gov.br/home/ver_materia.asp?ID=343 |titulo=Festa do Afonso-Claudense |autor=Departamento de Comunicação de Afonso Cláudio |publicado=Prefeitura de Afonso Cláudio |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155624/http://www.afonsoclaudio.es.gov.br/home/ver_materia.asp?ID=343 }}</ref> o Boi Pintadinho, em [[Muqui]];<ref>{{citar web |url=http://www.overmundo.com.br/agenda/entressafra-do-boi-pintadinho |titulo=Entressafra do Boi Pintadinho |autor=Ériton Berçaco |data=6 de dezembro de 2007 |publicado=Over Mundo |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=20 de maio de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110520194430/http://www.overmundo.com.br/agenda/entressafra-do-boi-pintadinho }}</ref> a Sömmerfest em [[Domingos Martins (Espírito Santo)|Domingos Martins]];<ref>{{citar web |url=http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/01/593780-domingos+martins+preparada+para+realizar+a+xxi+sommerfest.html |titulo=Domingos Martins preparada para realizar a XXI Sommerfest |autor=Gazeta Online |data=25 de janeiro de 2010 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=29 de janeiro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100129062835/http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2010/01/593780-domingos+martins+preparada+para+realizar+a+xxi+sommerfest.html }}</ref> a Festa do Imigrante em [[Santa Teresa (Espírito Santo)|Santa Teresa]];<ref>{{citar web |url=http://www.santateresa.es.gov.br/portal1/intro.asp?iIdMun=100132064 |titulo=Informe Municipal |autor=Prefeitura de Santa Tereza |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20070612064754/http://www.santateresa.es.gov.br/portal1/intro.asp?iIdMun=100132064 |arquivodata=2007-06-12 |urlmorta=yes }}</ref> a Festa do Morango em [[Domingos Martins (Espírito Santo)|Domingos Martins]];<ref>{{citar web |url=http://www.agronline.com.br/agronoticias/noticia.php?id=7248 |titulo=ES - Festa do morango em Domingos Martins/ES |autor=Globo Rural |data=31 de julho de 2009 |publicado=Agronline |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706150811/http://www.agronline.com.br/agronoticias/noticia.php?id=7248 }}</ref> a Festa de São Benedito, na cidade de [[Serra (Espírito Santo)|Serra]];<ref>{{citar web |url=http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2008/12/40182-festa+de+sao+benedito+traz+a+dupla+cesar+menotti+e+fabiano.html |titulo=Festa de São Benedito traz a dupla César Menotti e Fabiano |data=9 de dezembro de 2008 |autor=Gazeta Online |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=11 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110711101727/http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2008/12/40182-festa+de+sao+benedito+traz+a+dupla+cesar+menotti+e+fabiano.html }}</ref> e a Festa da Penha, maior festa religiosa do estado que reúne cerca de 900 mil fiéis durante a Semana Santa, no [[Convento da Penha]] em Vila Velha, durante o período são celebradas muitas missas e romarias.<ref>{{citar web |url=http://www.vilavelha.es.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=1:Geral&id=11108:vila-velha-se-prepara-para-receber-a-festa-da-penha |titulo=Vila Velha se prepara para receber a Festa da Penha |autor=Maíra Vannucci |data=9 de abril de 2009 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155632/http://www.vilavelha.es.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&catid=1:Geral&id=11108:vila-velha-se-prepara-para-receber-a-festa-da-penha }}</ref> | |||
Na capital acontece o desfile das escolas de samba capixabas, que reúne no Sambão do Povo, como é conhecido o Sambódromo Capixaba, mais de cinquenta mil pessoas, fora os que desfilam, prestigiam as 14 escolas da [[Grande Vitória]] que desfilam em três dias de muita festa e animação. O desfile das escolas de samba capixabas acontece sempre uma semana antes do carnaval oficial e tem como atual campeã a [[GRES Independente de Boa Vista|Independentes de Boa Vista]].<ref>{{citar web |url=http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/02/09/espirito-santo-ja-teve-desfiles-de-escolas-de-samba-resultado-sai-hoje-915820121.asp |titulo=Espírito Santo já teve desfiles de escolas de samba e resultado sai hoje |autor=O Globo |data=9 de fevereiro de 2010 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=12 de fevereiro de 2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100212132018/http://oglobo.globo.com/cidades/mat/2010/02/09/espirito-santo-ja-teve-desfiles-de-escolas-de-samba-resultado-sai-hoje-915820121.asp }}</ref> A [[Liga Espírito-santense de Escolas de Samba]] (LIESES) é o órgão organizador dos desfiles em parceria com a prefeitura. Depois de dois anos em grupo único, os desfiles voltarão, em 2011, a serem divididos em dois grupos que desfilarão em 3 dias distintos.<ref>{{citar web |url=http://www.mpes.gov.br/conteudo/interna/noticia.asp?cod_noticia_evento=1640&tipo=1 |titulo=MPES, PMV e escolas de samba discutem TAC para Carnaval 2011 |autor=Ministério Público do Estado do Espírito Santo |data=25 de janeiro de 2010 |acessodata=7 de agosto de 2010 |arquivodata=6 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110706155815/http://www.mpes.gov.br/conteudo/interna/noticia.asp?cod_noticia_evento=1640&tipo=1 }}</ref> | |||
=== Esportes === | |||
No setor esportivo, a secretaria responsável por atuar nessa área é a ''Secretaria de Esportes e Lazer'',<ref name= "Secretaria de Esportes e Lazer">{{citar web|url=http://www.sesport.es.gov.br/default.asp?pagina=17737|título= Apresentação |data=2012|publicado=Secretaria de Estado de Esportes e Lazer Governo do Espírito Santo|acessodata=8 de maio de 2012|arquivodata=4 de março de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160304092638/http://www.sesport.es.gov.br/default.asp?pagina=17737}}</ref> que tem como secretário Vanderson Alonso Leite,<ref name= "Secretaria de Esportes e Lazer" /> apelidado de Vandinho, natural de [[Baixo Guandu]] e formado em [[administração]] com ênfase em [[análise de sistemas]].<ref>{{citar web|url=http://www.al.es.gov.br/sptl/frmDeputado.aspx?id=22|título=Deputado Vandinho Leite |data= 2012 |publicado= Assembleia Legislativa do Espírito Santo |acessodata=8 de maio de 2012}}{{Ligação inativa|1={{subst:DATA}} }}</ref> O estado é sede de diversos clubes de futebol conhecidos nacionalmente, como, por exemplo, o [[Rio Branco Atlético Clube]], a [[Desportiva Ferroviária]], [[Sociedade Desportiva Serra Futebol Clube]] e o [[Vitória Futebol Clube (Espírito Santo)|Vitória Futebol Clube]].<ref>{{citar web|url= http://www.futebolnarede.com/espec/clubes/clubes_es.php|título= Clubes de futebol do Espírito Santo |data= 2012|publicado=Futebol na Rede|acessodata=8 de maio de 2012|arquivodata=19 de maio de 2012 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20120519030952/http://futebolnarede.com/espec/clubes/clubes_es.php}}</ref> O [[Campeonato Capixaba de Futebol]] é organizado pela [[Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo]] e realizado ininterruptamente desde 1917, sendo um dos mais antigos torneios de futebol organizados no Brasil.<ref>{{citar web |url= http://www.clerioborges.com.br/futcapixaba.html|título=Futebol Capixaba|autor=Clério Borges|data=2012|publicado=Página pessoal do autor|acessodata=8 de maio de 2012|arquivodata=30 de abril de 2012|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120430015621/http://www.clerioborges.com.br/futcapixaba.html}}</ref> O estado possui diversos estádios de futebol, como o [[Estádio Salvador Venâncio da Costa|Salvador Venâncio da Costa]], o [[Estádio Governador Bley|Governador Bley]] (todos em [[Vitória (Espírito Santo)|Vitória]]), o [[Estádio Mário Monteiro|Mário Monteiro]] (em [[Cachoeiro do Itapemirim]]), o [[Estádio Engenheiro Alencar Araripe|Engenheiro Alencar de Araripe]] (em [[Cariacica]]), o [[Estádio Municipal Justiniano de Mello e Silva|Municipal Justiniano de Mello e Silva]] (em [[Colatina]]), entre muitos outros.<ref>{{citar web|url=http://mavalem.sites.uol.com.br/es.htm|título=Templos de futebol|acessodata= 8 de maio de 2012|arquivodata=6 de agosto de 2011|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110806041410/http://mavalem.sites.uol.com.br/es.htm}}</ref> Em 2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol, o estado aparece na décima-quinta colocação no ranking nacional das federações estaduais.<ref>{{citar web|arquivodata=2011-05-26 |arquivourl= https://www.webcitation.org/5yy3CzyM1?url=http://www.cbf.com.br/media/30704/ranking.pdf|url=http://www.cbf.com.br/media/30704/ranking.pdf|título=Ranking Nacional das Federações 2011| publicado = Confederação Brasileira de Futebol |acessodata=17 de maio de 2011|urlmorta=yes}}</ref> | |||
Outros esportes também têm popularidade no estado. No [[vôlei]], o órgão responsável pela atuação no esporte é a Federação Espírito-Santense de Voleibol, que possui diversos clubes filiados e organiza todos os torneios oficiais que envolvam as equipes do estado.<ref>{{citar web|url=http://www.apontador.com.br/local/es/vitoria/esportes/2N238B86/federacao_espirito_santense_de_voleibol.html|título=Federação Espírito-Santense de Voleibol|data=2012|publicado= Apontador |acessodata=8 de maio de 2012|arquivodata=3 de novembro de 2020|arquivourl=https://web.archive.org/web/20201103175009/https://www.apontador.com.br/local/es/vitoria/sindicatos_e_federacoes/SW7XQ2X6/federacao_de_jiu_jitsu_do_espirito_santo.html}}</ref> No [[basquetebol|basquete]], a federação responsável é a [[Federação Capixaba de Basquetebol]].<ref>{{citar web|url=http://www.fecaba.com.br/historia.asp |título=História| publicado =Federação Capixaba de Basquetebol|data=2012 |acessodata= 1 de dezembro de 2012 |arquivodata= 16 de março de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120316231738/http://www.fecaba.com.br/historia.asp}}</ref> No [[skate]], existe a Associação Capixaba de Skate (ACSK) responsável pela organização de eventos e afins relacionados ao esporte.<ref>{{citar web|url=http://cemporcentoskate.uol.com.br/fiksperto.php?id=4260 |título= Praça dos Namorados, em Vitória - ES, volta a ter piso de granilite| primeiro =Marcos | último = Hiroshi |data= 2 de fevereiro de 2009 |obra= Cem por Cento Skate|publicado=Universo Online|acessodata=3 de março de 2015 |arquivodata= 8 de abril de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150408011731/http://cemporcentoskate.uol.com.br/fiksperto.php?id=4260}}</ref> Todos os anos, o estado realiza os "Jogos Escolares do Espírito Santo", evento da secretaria de esportes do governo estadual, que reúne diversas modalidades esportivas.<ref>{{citar web|url=http://www.pmbsf.es.gov.br/jescolares1-12/Calendario%20JEES%202012.pdf |título= Calendário dos Jogos Escolares do Espírito Santo 2012 |data= 2012 |publicado= Prefeitura Municipal de Barra do São Francisco |acessodata= 8 de maio de 2012 | arquivodata= 7 de abril de 2015 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20150407164126/http://www.pmbsf.es.gov.br/jescolares1-12/Calendario%20JEES%202012.pdf}}</ref> | |||
No estado nasceram os medalhistas olímpicos [[Esquiva Falcão]] e [[Yamaguchi Falcão]] no boxe,<ref>{{Citation | url = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/esquiva-falcao-florentino/ | type = Perfil | publisher = COB | title = Esquiva}}</ref><ref>{{Citation | url = https://www.cob.org.br/pt/cob/time-brasil/atletas/yamaguchi-falcao-florentino/ | type = perfil | publisher = COB | title = Yamaguchi}}.</ref> os medalhistas em Mundiais de Natação [[João Gomes Júnior]] e [[Daiene Dias]],<ref>{{Citation | url = https://swimswam.com/bio/daiene-dias/ | type = perfil | work = Swim Swam | title = Daiene Dias}}.</ref><ref>{{Citation | url = https://swimswam.com/bio/joao-gomes/ | type = perfil | work = Swim Swam | title = João Gomes}}.</ref> além do três vezes finalista da NBA [[Anderson Varejão]], no basquete.<ref>{{Citation | url = https://www.cbb.com.br/selecao-masculina/26/anderson-varejao | type = perfil | publisher = CBB | title = Varejão}}.</ref> | |||
{{panorama|Estadiokleberandrade5.JPG|800px|[[Estádio Kleber Andrade|Estádio Estadual Kleber José de Andrade]]}} | |||
=== Feriados === | |||
No Espírito Santo há dois [[feriado]]s estaduais: o dia da Colonização do solo espírito-santense, no dia 23 de maio, e o dia do Servidor Público, no dia 28 de outubro.<ref>{{citar web |url= http://www.calendario2014.org/feriados-estaduais.htm |titulo= Feriados Estaduais 2014 |acessodata= 28 de junho de 2014 |trabalho= Calendário 2014 |arquivodata = 25 de junho de 2014 |arquivourl= https://web.archive.org/web/20140625111941/http://calendario2014.org/feriados-estaduais.htm}}</ref> | |||
==Ver também== | |||
*[[:Categoria:Capixabas|Capixabas]] | |||
*[[Capitanias do Brasil]] | |||
*[[Lista de governadores do Espírito Santo]] | |||
*Listas de municípios do Espírito Santo | |||
**[[Lista de municípios do Espírito Santo|Por ordem alfabética]] | |||
**[[Lista de municípios do Espírito Santo por área|Por área territorial]] | |||
**[[Lista de municípios do Espírito Santo por área urbana|Por área urbana]] | |||
**[[Lista de municípios do Espírito Santo por população|Por população]] | |||
**[[Lista de municípios do Espírito Santo por IDH-M|Por IDH-M]] | |||
{{Referências|colwidth= 32em}} | |||
=== Bibliografia === | |||
*{{Citation | year =2008 | title = História e Geografia do Espírito Santo | first1 =Thais Helena | last1 = Moreira | first2 = Adriano | last2 = Perrone | place = Espírito Santo | edition = 9}} | |||
*{{citar enciclopédia|ano=1998 |titulo =Espírito Santo (estado) |enciclopédia=Nova Enciclopédia Barsa |publicado= Encyclopædia Britannica do Brasil |local=São Paulo |volume=6 |página= 36–44}} | |||
*{{citar enciclopédia|ano=1993 |titulo = Espírito Santo, Estado do |enciclopédia=Enciclopédia Mirador Internacional |publicado= Encyclopædia Britannica do Brasil |local=São Paulo |volume=8 |página= 4171–76}} | |||
*{{citar enciclopédia|ano=1973 |titulo = Espírito Santo |enciclopédia=Enciclopédia Barsa |publicado=Encyclopædia Britannica do Brasil |local=São Paulo |volume=5 |páginas= 455–65}} | |||
*{{citar enciclopédia |enciclopédia=Enciclopédia Delta Universal |titulo=Espírito Santo | ano=1982 |publicado= Delta |volume=6 |local=Rio de Janeiro |páginas= 2978–89}} | |||
==Ligações externas== | |||
{{Correlatos | |||
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}} | |||
*{{Link2 |url=http://www.es.gov.br |título=Portal do Governo do Estado do Espírito Santo |desc=Website oficial |acessadoem=30 de outubro de 2014}} | |||
*{{Link2 |url=http://www.sogeografia.com.br/Conteudos/Estados/EspiritoSanto |título=Espírito Santo |desc=Pequeno artigo educativo a respeito do ES, no portal de ensino ''Só Geografia'' |acessadoem=30 de outubro de 2014}} | |||
*{{Link2 |url=http://www.ijsn.es.gov.br |título=Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) |desc=Website oficial do IJSN, uma entidade pública estadual que elabora, implementa e disponibiliza estudos, pesquisas, planos, programas de ação etc. voltados ao desenvolvimento socioeconômico do ES |acessadoem=30 de outubro de 2014}} | |||
*{{Link2 |url=http://www.ibge.gov.br/estadosat/perfil.php?sigla=es |título=Espírito Santo |desc=Página do Espírito Santo no website do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) |acessadoem=30 de outubro de 2014}} | |||
*{{Link2 |url=http://www.setur.es.gov.br |título=Secretaria de Turismo do Estado do Espírito Santo (SETUR) |desc=Website oficial |acessadoem=30 de outubro de 2014}} | |||
*{{Link2 |url=http://www.wdl.org/pt/item/3256/ |título=Os Colonos Alemães no Estado Brasileiro do Espírito Santo |desc=Livro digital a respeito da colonização alemã no ES. Disponibilizado pela Biblioteca Digital Mundial (WDL) |acessadoem=30 de outubro de 2014}} | |||
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[[Categoria:Espírito Santo (estado)| ]] | |||
[[Categoria:Fundações no Brasil em 1889]] |
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O Espírito Santo é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está localizado na região Sudeste. Faz divisa com o oceano Atlântico a leste, com a Bahia ao norte, com Minas Gerais a oeste e com o estado do Rio de Janeiro ao sul. Sua área é de 46 095,583 km². É o quarto menor estado do Brasil, maior apenas que Sergipe, Alagoas e Rio de Janeiro.[7] Sua capital é Vitória, porém Serra é o município mais populoso. O Espírito Santo é, ao lado de Santa Catarina, um dos únicos entre os estados do Brasil no qual a capital não é o município mais populoso de seu estado. O gentílico do estado é capixaba ou espírito-santense.[7]
Em 1535, os colonizadores portugueses chegaram na Capitania do Espírito Santo e desembarcaram na região da Prainha. Naquela época, teve início a construção do primeiro povoado que recebeu o nome de Vila do Espírito Santo. Por causa dos índios terem atacado a Vila do Espírito Santo, o líder Vasco Fernandes Coutinho fundou outra vila, naquela vez em uma das ilhas. Esta vila passou a ser chamada de Vila Nova do Espírito Santo, atual Predefinição:BR-ES-Vitória. Enquanto isso, a antiga recebeu o nome de Vila Velha. Houve um tempo, que poucas pessoas conhecem, em que houve a anexação do Espírito Santo à Bahia. Isso ocorreu no ano de 1715. Então, a capital da extinta Capitania do Espírito Santo passou a ser Salvador.[8] A Capitania do Espírito Santo somente recuperou sua autonomia da Capitania da Bahia em 1809. Com a proclamação da Independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822, o seu status foi alterado para província, permanecendo assim até a Proclamação da República Brasileira, em 15 de novembro de 1889, quando se transformou no atual estado do Espírito Santo.
Atualmente, a capital Vitória é um importante porto exportador de minério de ferro. Na agricultura, merecem destaque os seguintes produtos econômicos: o café, arroz, cacau, cana-de-açúcar, feijão, frutas e milho. Na pecuária, há criação de gado de corte e leiteiro. Na indústria, são fabricados produtos alimentícios, madeira, celulose, têxteis, móveis e siderurgia.[8] O estado também possui festas famosas. Entre elas podemos citar: a Festa da Polenta em Venda Nova do Imigrante, a Festa da Penha em Vila Velha e o Festival de Arte e Música de Alegre. O Vital (carnaval fora de época, em novembro) foi extinto.[8]
O nome do estado é uma denominação dada pelo donatário Vasco Fernandes Coutinho que ali desembarcou em 1535, num domingo dedicado ao Espírito Santo.[9] Como curiosidade dessa etimologia, merece destaque o Convento de Nossa Senhora da Penha, símbolo da religiosidade capixaba que abriga em seu acervo a tela mais antiga da América Latina, a imagem de Nossa Senhora das Alegrias.[10]
Etimologia
Em junho de 1534 foram concedidas cinquenta léguas de litoral entre os rios Mucuri e Itapemirim. A concessão foi feita pelo rei de Portugal Dom João III, entregando o lote da capitania ao fidalgo português Vasco Fernandes Coutinho, veterano das Índias, que participara de forma vitoriosa em batalhas na Ásia e na África. O fidalgo donatário desembarcou no território da capitania a 23 de maio de 1535 e fundou uma vila, denominada Vila do Espírito Santo, por ser domingo do Pentecostes (atualmente é a cidade de Vila Velha).[11] Em 1535, a vila deu o nome à capitania, transferindo o nome à província, em 1822, e ao estado, em 1889.[12]. Assim, 35 anos após o Descobrimento do Brasil, nascia um dos estados mais antigos do Brasil.[11]
Os habitantes naturais do estado do Espírito Santo são denominados capixabas (ou espírito-santenses). O gentílico foi dado aos futuros cidadãos do Espírito Santo devido às roças de milho que ficavam na ilha de Vitória. As roças pertenciam aos índios, os primeiros habitantes da região quando os portugueses aí chegaram. Tudo leva a crer que a referida assertiva intelectual ajuda a evitar a confusão do nome da unidade federativa brasileira com o nome da terceira pessoa da Santíssima Trindade.[13]
História
Período pré-cabralino
Inicialmente, a região era habitada por diversas tribos indígenas,[14] todas pertencentes ao tronco Tupi; as tribos do interior eram chamadas de Botocudos,[14] sendo-lhes atribuído comportamento hostil e belicoso, além da prática de antropofagia.[15] No litoral, as tribos também eram hostis, porém de hábitos um pouco diferentes.[14]
Na região Sul do actual estado e na região da serra do Caparaó, as tribos não eram hostis,[14] e o seu nome deriva de seu hábito de levar os visitantes para "ouvir o silêncio" da Serra do Castelo.[14] As demais tribos eram os aimorés e os goitacás.[14]
Colonização europeia
Em 23 de maio de 1535, o fidalgo português Vasco Fernandes Coutinho, veterano das campanhas da África e da Índia, aportou em terras da capitania, que lhe destinara o rei D. João III.[16] Como era um domingo do Espírito Santo, chamou de vila do Espírito Santo a povoação que mandou construir nas terras que lhe couberam: cinquenta léguas de costa, entre os rios Mucuri e Itapemirim,[17] com outro tanto de largo, sertão adentro, a partir do ponto em que terminava, ao norte, o quinhão concedido a Pero de Campos Tourinho, donatário da capitania de Porto Seguro.[18] A Vila do Espírito Santo é hoje a cidade de Vila Velha.[19] Ainda em 1535, a vila passou à capitania, em 1822 província e em 1889 a estado.
A fixação da vila foi uma história de lutas, pois os índios não entregaram aos portugueses, sem resistência, suas roças e malocas. Recuaram até a floresta, onde se concentraram para iniciar uma luta de guerrilhas que se prolongou, com pequenas tréguas, até meados do século XVII.[18] Foi assim das mais duras a empresa cometida a Vasco Fernandes Coutinho. Para o patriarca do Espírito Santo a capitania foi um prêmio que se transformou em castigo; teve de empenhar todos os haveres para conservar sua vila; acabou por morrer pobre e desvalido.[18]
Além da insubmissão dos indígenas, o donatário teve de enfrentar as dissensões entre os portugueses. A seus companheiros Jorge de Meneses e Duarte Lemos concedera extensas sesmarias, usando os poderes que recebera juntamente com a carta de doação. Com isso, criou dois rivais implacáveis.[18]
Duarte de Lemos fundou Vitória — chamada de Vila Nova — na ilha de Santo Antônio, em posição estratégica, mais vantajosa que Vila Velha para a defesa contra os constantes ataques dos silvícolas. Para lá se transferiu a sede da capitania. À mesma época, chegaram os missionários jesuítas, empenhados na catequese, o que provocou choques com os colonos, que preferiam a dominação do gentio pela escravidão. A presença do padre José de Anchieta deu um sentido muito especial à ação dos padres da Companhia de Jesus em terras do Espírito Santo. Desde 1561, Anchieta elegera para seu refúgio a aldeia de Reritiba, de onde teve de se afastar constantemente, em virtude de seus encargos, ora em São Paulo, no Rio de Janeiro ou na Bahia. Dois poemas escreveu ele em Reritiba: "De Beata Virgine dei Marte Maria" ("Da Santa Virgem Maria Mãe de Deus") e "De gestis Mendi de Saa" ("Dos feitos de Mem de Sá"). Neste último, está descrita a epopeia de uma esquadra enviada da Bahia por Mem de Sá, governador-geral do Brasil, em socorro a Vasco Fernandes Coutinho e sua gente, que estavam sob cerco dos tamoios na ilha de Vitória. A maior força dos gentios estava concentrada numa aldeia forrificada junto ao rio Cricaré. Ali ocorreu a batalha decisiva, em 22 de maio de 1558. Os portugueses, embora vitoriosos, sofreram pesadas baixas. Entre os mortos estavam o próprio filho de Mem de Sá, Fernão de Sá, que comandava a esquadra; e dois filhos de Caramuru (Diogo Álvares Correia) com a índia Paraguaçu.[20]
A posição estratégica da capitania, dada a proximidade com o Rio de Janeiro, ocasionou algumas tentativas estrangeiras de invasão. Em 1592, os capixabas rechaçaram uma investida dos ingleses, sob o comando de Thomas Cavendish. Em 1625, o donatário Francisco de Aguiar Coutinho enfrentou a primeira investida dos holandeses, comandados por Pieter Pieterszoon Heyn,[20] luta em que se destacou a heroína capixaba Maria Ortiz.[21] Em 1640, com sete navios, os holandeses atacaram novamente o Espírito Santo, sob o comando do coronel Koin. Conseguiram desembarcar 400 homens, mas foram repelidos pelo capitão-mor João Dias Guedes e não se firmaram em Vitória. Atacaram então Vila Velha, de onde foram também rechaçados. O governo colonial, diante de tão repetidos ataques, resolveu destacar para Vitória quarenta infantes da tropa regular.[20] Nessa oportunidade a capitania progride e Koin captura duas naus carregadas de açúcar que, atingidas pelo fogo de terra, ficam com a carga quase toda avariada.[20]
O esgotamento da população, que nos primeiros tempos, por diversas vezes, ameaçara desertar a capitania, bem como a incapacidade de dar seguimento a sua incipiente agricultura, denunciavam a fraqueza dos alicerces em que se baseava a colonização local. Também aí os recursos particulares revelaram-se insuficientes para manter empresa tão árdua e onerosa.[20]
Em 1627, morreu o donatário Francisco de Aguiar Coutinho, cujo sucessor, Ambrósio de Aguiar Coutinho, não se interessou pelo senhorio e continuou como governador nos Açores. Sucederam-se os capitães-mores, com frequentes e sérias divergências entre eles e os oficiais da câmara. Ao atingir a maioridade, em 1667, Antônio Luís Gonçalves da Câmara Coutinho, último descendente do primeiro donatário, conseguiu a nomeação para capitão-mor de Antônio Mendes de Figueiredo, governante operoso e estimado. Em 1674 efetuou-se a compra do território ao último donatário da família Câmara Coutinho pelo fidalgo baiano Francisco Gil de Araújo, por quarenta mil cruzados, transação confirmada por carta régia de 18 de março de 1675.[20]
Esmeraldas
No governo do novo donatário, o comércio e a lavoura se desenvolveram, mas foi totalmente frustrado o motivo principal da compra da capitania: o descobrimento das "pedras verdes" — as esmeraldas. Essa busca começara por iniciativa do governo-geral. As expedições iniciais, denominadas por alguns historiadores "ciclo espírito-santense", incluem-se na categoria das entradas.[22] Na verdade, o ciclo limitou-se a poucas expedições relevantes, cuja importância está menos nos resultados obtidos, do que na dinamização do interesse pela área e em um maior conhecimento do interior. Entre as mais destacadas, contam-se as de Diogo Martins Cão (1596), Marcos de Azeredo (1611) e Agostinho Barbalho de Bezerra (1664), que vasculharam as imediações do rio Doce. Francisco Gil de Araújo fundou a vila de Nossa Senhora de Guarapari e construiu os fortes do Monte do Carmo e de São Francisco Xavier; o de São João, encontrado em ruínas, foi reconstruído.[22]
Gil de Araújo promoveu 14 entradas através do rio Doce, dirigidas à serra das Esmeraldas, as quais podem ter travado contato com os paulistas de Fernão Dias Pais. Da grande atividade e do vultoso emprego de capital realizados por Francisco Gil não resultou qualquer descoberta metalífera, embora se tenham produzido alguns frutos na valorização das terras, pelo estabelecimento de povoadores e criação de novos engenhos.[22] Os lucros, de qualquer modo, não compensaram o investimento feito. Seu filho e herdeiro, talvez por esse motivo, preferiu conservar-se ausente do senhorio e, por morte deste, a capitania tornou-se devoluta, sendo vendida à coroa por Cosme Rolim de Moura, primo do último donatário. Em consequência, ficou o Espírito Santo submetido à jurisdição da Bahia, e seu governo sempre a cargo de displicentes capitães-mores.[22]
Durante o século XVIII ainda perdurou o interesse pela mineração, reanimado pela descoberta de Antônio Rodrigues Arzão de pequena quantidade de ouro no rio Doce, em 1692. Seguiram-se numerosas entradas, dando início à abertura do caminho para as Minas Gerais, enquanto as jazidas do Castelo e outras atraíam moradores de capitanias vizinhas.[22] Assistiu-se a um novo impulso de conquista e ocupação do interior, e as concessões de sesmarias favoreceram a fixação dos colonos mais empreendedores. O movimento despertou a atenção das autoridades baianas, e acabou prejudicado pelos cuidados do monopólio real e receio de invasão estrangeira às Minas Gerais a partir do Espírito Santo. Tomaram-se então medidas para fortificar melhor a capitania, enquanto por ordem do rei ficou proibido o prosseguimento das explorações. Impediu-se a abertura de entradas para as minas. A capitania defendia-se de surpresas marítimas e ficava isolada pelas defesas naturais: florestas cerradas e selvagens inimigos.[22] A colonização, portanto, continuou sem maiores progressos, embora em 1741 fosse criada a comarca de Vitória, que abrangia São Salvador de Campos e São João da Barra. Em 1747 o ouvidor Manuel Nunes Macedo assim descrevia a situação de Vitória:[22]
“ | Aqui não há cadeia nem Casa de Câmara, por terem caído de todo e não cuidarem os meus antecessores na sua reedificação (...) pois a Câmara não tem rendimento algum. |
” |
— Manuel Nunes Macedo.
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É certo que a obstinação dos mineradores e as melhorias efetuadas no sistema de defesa acabaram por diminuir o rigor das proibições e, em 1758, de acordo com ordem régia, abriu-se um caminho para as minas e estabeleceu-se um posto de quitação na vila de Campos.[22]
Em 1797, o regente D. João dirigiu-se ao governador da Bahia nesses termos:
“ | Sendo-me devido em particular o reanimar a quase extinta capitania do Espírito Santo, confiada até agora a ignorantes e pouco zelosos capitães-mores, fui servido nomear para a mesma governador particular, que ora vos fica subalterno, e escolher um nome de conhecidas luzes e préstimo na pessoa do capitão de fragata Antônio Pires da Silva Pontes.[23] | ” |
— Dom João VI.
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O novo governador assumiu o cargo em 29 de março de 1800. A obra de recuperação teve como objetivo principal melhores comunicações com a de Minas Gerais. Em 8 de outubro do mesmo ano, Silva Pontes assinou o auto, conjuntamente com o representante do governo de Minas, que regulou a cobrança de impostos entre as duas capitanias. Interessou-se também pela navegação do rio Doce, por abertura de estradas, pela ampliação dos cultivos e pelo povoamento da terra.[22] Em 1810 a capitania tornou-se autônoma em relação à Bahia, e passou a depender diretamente do governo-geral. Governou na época Manuel Vieira de Albuquerque Tovar, que não se afastou do programa de Silva Pontes. Deu o nome de Linhares às antigas ruínas da aldeia de Coutins.[22]
O período colonial encerrou-se sob melhores auspícios, sobretudo em função da diligência de Francisco Alberto Rubim, nomeado governador em 1812. Rubim foi o autor da "Memória estatística da capitania do Espírito Santo", realizada em 1817, na qual afirmou haver na época na capitania 24.587 habitantes, seis vilas, oito povoados e oito freguesias. Consolidara-se a ocupação do território e ampliara-se a base demográfica. Em face das dificuldades enfrentadas, esses dados revelam um progresso nada desprezível.[24]
Em 20 de março de 1820 foi empossado como governador Baltazar de Sousa Botelho de Vasconcelos, a quem coube enfrentar os dias agitados da independência e passar a administração à junta do governo provisório. Antes mesmo de promulgada a constituição do império, foi nomeado presidente da província o ouvidor Inácio Acióli de Vasconcelos.[24]
Independência do Brasil
Durante o movimento de independência, em março e abril de 1821, ocorreram várias comoções políticas no Espírito Santo, enquanto se procedia à escolha de seus representantes às cortes de Lisboa. Após a proclamação da autonomia brasileira, foi dado total apoio à nova realidade política, e em 1 de outubro de 1822, reconhecido imediatamente D. Pedro na condição de imperador do Brasil.[24]
O governo provincial enfrentou séria crise econômica nos primeiros anos da década de 1820, ocasionada pelo estrangulamento da produção agrícola em razão da prolongada estiagem. Mesmo assim, iniciou a cultura cafeeira. Para tanto, incentivou o aproveitamento de terras por colonos estrangeiros, o que se deu simultaneamente à chegada de fazendeiros fluminenses, mineiros e paulistas.[24] A exemplo das demais províncias do sul, no Espírito Santo essa experiência colonizadora baseou-se na pequena propriedade agrícola, que logo se estendeu ao longo da zona serrana central, em contraste com as áreas do sul daquela região, onde predominava a grande propriedade.[24]
Em 1846 fundou-se a colônia de Santa Isabel (Campinho) com imigrantes alemães de Hunsrück e em 1855 uma sociedade particular — depois encampada pelo governo — criou a colônia do Rio Novo com famílias suíças, alemãs, holandesas e portuguesas. Entre 1856 e 1862 houve considerável afluência de imigrantes alemães para a colônia de Santa Leopoldina, que tinha por sede o porto de Cachoeiro de Itapemirim, no rio Itapemirim, a cinquenta quilômetros da foz, no sul do estado.[24] Rapidamente as antigas áreas de pastoreio pontilharam-se de pequenos estabelecimentos agrícolas, que demonstraram grande força expansiva. As colônias de Santa Isabel e Santa Leopoldina,por exemplo, criaram desdobramenros através de todo o planalto, entre os rios Jucu e Santa Maria, e mais tarde atravessaram o rio Doce.[24]
No processo de colonização enfrentaram os imigrantes, a par de outras dificuldades, o sério problema indígena na região do rio Doce. Malgrado os esforços de aldeamento e as tentativas de utilização de sua mão de obra, sucediam-se os choques com os colonos,[24] e chegou mesmo a verificar-se grave contenda entre índios e moradores de Cachoeiro de Itapemirim,[24] como elevado número de mortos e feridos, em 1825. Duas décadas depois, o comendador e futuro barão de Itapemirim, Joaquim Marcelino da Silva Lima, ainda tentou organizar um grande aldeamento à base de terras devolutas.[24]
Século XIX
Os canaviais haviam sido substituídos pelos cafeeiros. Ainda não tinha sido fundada nenhuma usina. Os engenhos centrais pouco a pouco desapareciam. Além de fazendeiros capixabas, que passam a cultivar o café, vieram também, com o mesmo propósito, fluminenses, mineiros e até paulistas, como o barão de Itapemirim.[24]
Graças ao trabalho profícuo desses colonos, quando se aboliu a escravidão dos negros — o que derrocou as grandes fazendas, de imediato ou não — a economia do Espírito Santo resistiu e proporcionou aos seus presidentes, depois de proclamada a república, os meios necessários para empreendimentos como a construção de estradas de ferro, expansão do ensino e organização de planos urbanos, com Muniz Freire; instalação de água, luz, esgoto, bondes elétricos, de um parque industrial, de uma usina elétrica e de uma usina de açúcar em Cachoeiro de Itapemirim e na vila de Itapemirim, de uma fazenda-modelo em Cariacica, além de reforma da instrução pública e construção de grupos escolares e de pontes entre Vitória e o litoral e Colatina e o norte do rio Doce. Essas e outras obras foram realizadas com recursos provenientes sobretudo do café produzido pelas colônias de imigrantes europeus organizadas desde a monarquia.[24]
Com a irradiação ferroviária que o café suscitou em meados do século XIX, o Espírito Santo beneficiou-se da rede de leitos, cujo centro estava em Campos dos Goitacases e que estabelecia comunicações entre duas importantes áreas cafeeiras: a Zona da Mata, em Minas, e o sul capixaba. Apesar de situada fora da região de cultivo, a cidade de Vitória foi a que mais progrediu sob o surto daquela lavoura, e já em 1879 processaram-se os primeiros estudos destinados à construção do porto, que deveria escoar toda a produção da província. Atendendo às novas exigências, em meados do século começou a funcionar a imprensa capixaba,[24][25] com a circulação do jornal O Correio da Vitória,[25] de propriedade de Pedro Antônio de Azeredo,[25] a partir de 1849.[25]
Em 1850 a configuração territorial do Espírito Santo já assinalava a existência de dez municípios: Vitória, Serra, Nova Almeida, Linhares, São Mateus, Espírito Santo, Guarapari, Benevente (hoje Anchieta) e Itapemirim.[25] Pouco antes a província perdera parte de suas terras, em virtude da desanexação de Campos dos Goitacases e São João da Barra, restituídas ao Rio de Janeiro em 1832.[25]
No final do século XIX, os capixabas, sobretudo a intelectualidade, aderiram ao movimento abolicionista. A exemplo do que aconteceu nas demais províncias, surgiram associações ligadas à emancipação, como a Sociedade Abolicionista do Espírito Santo (1869) ao lado de acirrada campanha jornalística e parlamentar. No próprio edifício da Câmara Municipal de Vitória fundou-se uma sociedade libertadora (1883). Durante a propaganda, evocava-se a crueldade dos castigos infligidos aos escravos, como sucedera após a insurreição de cerca de 200 negros no distrito de Queimados, em 1849.[25]
A abolição da escravatura, no entanto, conduziu os grandes proprietários à ruína, em virtude da privação da tradicional mão de obra. Assim, com o advento da república, o primeiro governador do estado não encontrou condições materiais para levar a efeito os planos preconizados pela propaganda republicana. As finanças da antiga província encontravam-se exauridas.[25]
Ainda no final do século XIX, coincidindo com a fixação da constituição estadual (1891 e 1892), o governador eleito recorreu a reformas e incentivos econômicos que deram novo impulso ao estado. A fim de assegurar uma receita mais sólida, levantou empréstimos externos, que favoreceram a lavoura cafeeira e permitiram maiores investimentos agrícolas. O Espírito Santo obteve assim uma arrecadação cinco vezes mais alta que a da antiga província. Efetuou-se o saneamento de Vitória e em 1895 foi inaugurado o primeiro trecho da Estrada de Ferro Sul do Espírito Santo, entre Porto de Argolas e Jabaeté.[25]
Séculos XX e XXI
A ocupação do norte do Espírito Santo só começou nas primeiras décadas do século XX, e ganhou novo impulso depois da construção da ponte de Colatina sobre o rio Doce, inaugurada em 1928. A economia capixaba contou com a migração de contingentes do sul e do centro do país para aquela área, e assim firmou-se o cultivo do café, que respondeu por 95% da receita em 1903. Durante a primeira guerra mundial, o porto de Vitória figurava como o segundo grande exportador nacional.[25]
Com a Revolução de 1930 assumiu a direção do estado, na qualidade de interventor, João Punaro Bley, mantido pelo Estado Novo até 1943, e sob cuja administração se iniciaram obras para ampliar o porto de Vitória e para construção de cais de minério, este arrendado em 1942 pela Companhia Vale do Rio Doce. No governo de Jones dos Santos Neves, em 1945, foi criada a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), primeira iniciativa referente ao ensino superior no estado.[25] Para ampliar a exportação de minério de ferro oriundo de Minas Gerais, a Companhia Vale do Rio Doce construiu o porto de Tubarão, em Vitória, com capacidade para estocar um milhão de toneladas de minério, receber navios de até cem mil toneladas e carregá-los a um ritmo de seis mil toneladas por hora. As obras foram iniciadas em 1966 e terminadas em tempo recorde. Situado dez quilômetros ao norte da capital, é um dos maiores portos de minério do mundo. Com a transferência para Tubarão da maior parte da exportação de minério de ferro, o porto de Vitória ficou liberado para outras aplicações.[25]
Com a instalação de Tubarão a região foi dotada de uma infraestrutura que propiciou o surgimento de um novo complexo industrial, do qual faz parte uma usina de pelotização de minério de ferro, com capacidade de produção de dois milhões de toneladas anuais.[25] Inaugurada em 1976, entrou em atividade em 29 de novembro de 1983, dez anos depois de iniciadas as obras, a Usina Siderúrgica de Tubarão, que representou um investimento total de três bilhões de dólares. A fase foi marcada por um intenso esforço de industrialização provomido pela Companhia de Desenvolvimento Econômico do Espírito Santo (Codes), mais tarde transformada no Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes). No início da década de 70 foi criado o FUNDAP (Fundo de Desenvolvimento para Atividades Portuárias) que consistia de um incentivo financeiro para a instalação de empresas importadoras, incentivando as atividades portuárias. Instalaram-se fábricas de café solúvel, massas alimentícias, chocolates, azulejos e conservas de frutas, e aprovaram-se projetos para a implantação de fábricas de laticínios, calçados, material elétrico, óleos comestíveis e sucos cítricos.[25]
Em novembro de 2007, é inaugurada a expansão da siderúrgica Arcelor Mittal Tubarão (ex-Companhia Siderúrgica de Tubarão) para ampliar a produção anual de placas de aço de 5 milhões para 7,5 milhões de toneladas.[26] O estado é o maior produtor de placas de aço do país.[27]
Em abril de 2008, a Polícia Federal realiza a Operação Auxílio-Sufrágio, que desmantela uma quadrilha especializada em fraudes contra a Previdência Social no estado.[28] O deputado estadual Wolmar Campostrini (PDT) é acusado de ser líder do esquema.[29] Por causa de trâmites burocráticos, as investigações ainda não foram concluídas e Campostrini mantém o cargo.[29] Em outubro do mesmo ano, o prefeito da capital, João Coser (PT) é reeleito em primeiro turno.[30] Em 2010, Renato Casagrande (PSB) é eleito governador no primeiro turno, com 82,3% dos votos.[31] Em 2014, Paulo Hartung[32][33] (PMDB)[32][34] foi eleito governador do estado e César Colnago[33][35] (PSDB)[33] eleito vice-governador.
A partir de 2006, a precariedade dos presídios passou a ser noticiada, pois provocou rebeliões, assassinatos e até esquartejamentos (na Casa de Custódia de Viana); em 2009, presos são mantidos em contêineres de aço, sem ventilação adequada, por falta de celas.[36] Em março de 2010, essa situação é discutida em um painel na Comissão de Direitos Humanos das Nações Unidas.[37] Cumprindo parcialmente compromissos assumidos, o governo desativa as celas metálicas e demole a Casa de Custódia de Viana, em maio de 2010.[38] Em outubro, sete penitenciárias foram vistoriadas por uma comissão liderada pelo Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana e da Ordem dos Advogados do Brasil.[27] O relatório, a ser entregue à Procuradoria Geral da República, sugere providências urgentes e intervenção federal no sistema penitenciário do estado.[27]
Geografia
O estado do Espírito Santo ocupa uma área de 46 095,583 km² no litoral do Brasil, localiza-se a oeste do Meridiano de Greenwich e a sul da Linha do Equador e com fuso horário de menos três horas em relação à hora mundial GMT. No Brasil, o estado faz parte da região Sudeste, fazendo divisa com os estados de Minas Gerais, Bahia e Rio de Janeiro. O estado é banhado pelo oceano Atlântico.[39]
Cerca de 40% do território do estado encontra-se em uma faixa de planície,[40] porém a variação das altitudes é bem grande. O relevo apresenta-se dividido em duas regiões distintas: A Baixada Espírito-Santense e a Serra do Castelo, na qual fica o Pico da Bandeira com 2.892 m, na serra de Caparaó.[41] Seu clima predominante é o tropical de Altitude do tipo Cwb.[42] O bioma (dominío morfoclimático) do estado são os chamados "Mares de Morros" caracterizados pela vegetação tropical, em climas mais amenos, formados por serras fortemente erodidas.[43] Os principais rios capixabas são o Doce, o São Mateus, o Itaúnas, o Itapemirim e o Jucu. Os cinco integram as Bacias Costeiras do Sudeste.[39]
O clima é tropical litorâneo úmido, influenciado pela massa de ar tropical atlântica. As chuvas concentram-se no verão. A temperatura média varia entre 22 °C e 24 °C, e a pluviosidade, entre 1 000 mm e 1 500 mm anuais.[39] Os principais rios do estado são, de norte para o sul,[44] o Itaúnas,[44] o São Mateus,[44] o Doce[44] e o Itapemirim,[44] que correm de oeste para leste, isto é, da serra para o litoral. O mais importante deles é o Doce,[44] que nasce em Minas Gerais[44] e divide o território espírito-santense em duas partes quase iguais.[45] Em seu delta formam-se numerosas lagoas, das quais a mais importante é a de Juparanã.[45]
Relevo
A maior parte do estado caracteriza-se como um planalto, parte do maciço Atlântico.[44] A altitude média é de seiscentos a setecentos metros, com topografia bastante acidentada e terrenos arqueozoicos, onde são comuns os picos isolados, denominados pontões e os pães-de-açúcar. Na região fronteiriça com Minas Gerais, transforma-se em área serrana, com altitudes superiores a 1 000 metros, na região onde se eleva a Serra do Caparaó[44] ou da Chibata. Aí, se ergue um dos pontos culminantes do Brasil, o Pico da Bandeira, com 2 890m.[41]
De forma mais esquemática, pode-se compor um quadro morfológico do relevo em cinco unidades:
- a baixada litorânea,[44] formada por extensos areais, praias e restingas;[46]
- os tabuleiros areníticos, faixa de terras planas com cerca de cinquenta metros de altura, que se ergue ao longo da baixada e a domina com uma escarpa abrupta, voltada para leste;[45]
- os morros e maciços isolados, que despontam no litoral e, em alguns locais, dão origem a costas rochosas, cujas reentrâncias formam portos naturais, como a Baía de Vitória;[45]
- as planícies aluviais (várzeas), ao longo dos rios, que às vezes terminam em formações deltaicas, de que é exemplo a embocadura do Rio Doce;[45]
- a serra, rebordo oriental do Planalto Brasileiro, com uma altura geral de setecentos metros,[44] coroada aqui e ali por maciços montanhosos, entre os quais a referida Serra do Caparaó.[45]
Ao contrário do que ocorre nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, onde constitui um escarpamento quase contínuo, no Espírito Santo o rebordo do planalto apresenta-se como zona montanhosa muito recortada pelo trabalho dos rios, que, nela, abriram profundos vales. A partir do centro do estado para norte, esses terrenos perdem altura e a transição entre as terras baixas do litoral e as terras altas do interior vai se fazendo mais lenta, até alcançar o topo do planalto no estado de Minas Gerais. Dessa forma, ao norte do Rio Doce, a serra é substituída por uma faixa de terrenos acidentados, mas de altura reduzida, em meio aos quais despontam picos que formam alinhamentos impropriamente denominados serras.[47]
Clima e vegetação
Ocorrem no Espírito Santo dois tipos principais de climas, o tropical chuvoso e o mesotérmico úmido. O primeiro domina nas terras baixas e caracterizam-se por temperaturas elevadas durante todo o ano e médias térmicas superiores a 22 °C.[44] O tipo Am, das florestas pluviais, com mais de 1 250 mm anuais de chuvas[44] e com uma estação seca pouco pronunciada, ocorre no litoral norte, no sopé da serra e na região de Vitória; o tipo Aw, com cerca de mil mm de chuva[44] e estação seca bem marcada, ocorre no resto das terras baixas.[47]
O clima mesotérmico úmido, sem estação seca, surge na região serrana do sul do estado. Caracteriza-se por temperaturas baixas no inverno (média do mês mais frio abaixo de 18 °C).[44] Observam-se, entretanto, bruscas alterações climáticas.[48]
O Espírito Santo está incluído em sua totalidade no bioma da Mata Atlântica, apresentando desde fitofisionomias florestais em áreas com altitude menor, até fitofisionomias abertas, em áreas com maior altitude.[49][50] Entre as fitosionomias florestais destacam-se a floresta ombrófila densa, que ocupava quase 70% do estado, e a floresta estacional semidecidual, que ocupava cerca de 23%.[51] A floresta ombrófila aberta, mais rara, ocupava cerca de 3% do estado, sendo encontrada no sudeste e noroeste.[51] Do ponto de vista geológico, o Espírito Santo é dividido em zona de tabuleiros, zona serrana e planície costeira, com extrema influência na vegetação encontrada nessas zonas.[51]
As florestas úmidas da zona de tabuleiros (abaixo de 300 m de altitude) do norte do Espírito Santo e sul da Bahia frequentemente são chamadas de "mata de tabuleiro", e apresentam pouca vegetação rasteira, muitas epífitas e lianas.[52] As árvores podem ter até 30 m de altura e a primeira vista, essa floresta apresenta semelhanças com a Floresta Amazônica.[51] Hoje em dia, a mata de tabuleiro só é encontrada em bom estado de conservação na Reserva Biológica de Sooretama e na Reserva Natural Vale.[52] No litoral, também observa-se a presença de restingas e mangues, principalmente ao norte do rio Doce.[49] Muitas vezes, as restingas limitam-se apenas às praias, mas podem avançar para o interior, unindo-se com as matas de tabuleiros.[51]
A zona serrana, localizada em terras altas e vales do interior ao sul do rio Doce principalmente, possui desde florestas com muita vegetação rasteira (entre 300 e 2 000 m de altitude), até campos de altitude, acima dos 2 000 m.[51] Alguns autores denominam essa vegetação de "floresta pluvial atlântica".[51] Principalmente na Serra do Caparaó, encontra-se uma vegetação aberta denominada campo rupestre, ainda muito pouco estudada pela ciência e que vem se mostrando ser um ecossistema único.[53]
Atualmente, a vegetação nativa do Espírito Santo está reduzida a menos de 15% da cobertura original: em 2011, calculava-se que havia apenas 5 107,53 km² de florestas, o que totalizava cerca de 11,07%.[50] Por conta de sua semelhança, principalmente na parte norte do estado, com o sul da Bahia, a Mata Atlântica capixaba está incluída em um projeto de corredor ecológico que visa integrar as unidades de conservação desse estado com os do sul baiano, o chamado "Corredor Central da Mata Atlântica".[54]
Litoral
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
O litoral capixaba é rochoso ao sul, com falésias de arenito, e também na parte central, com grandes morros e afloramentos graníticos a beira mar, o litoral sul-central é muito recortado com muitas enseadas e baias protegidas por rochas e afloramentos rochosos a beira mar, é arenoso ao norte, com praias cobertas por uma vegetação rasteira e extensas dunas, principalmente em Itaúnas e Conceição da Barra.[55]
A 1.140 quilômetros da costa, em pleno Oceano Atlântico, encontram-se a Ilha da Trindade (12,5 km²) e as Ilha de Martim Vaz, situadas a 30 quilômetros de Trindade. Essas ilhas estão sob a administração do Espírito Santo.[55]
O estado possui um litoral mais recortado no centro-sul, e mais mar aberto no norte, o que faz a maior parte das ilhas se concentrarem na parte central do estado, porém o estado possui várias ilhas. Ao todo, são 73 ilhas localizadas na costa do estado, sendo 50 localizadas na capital Vitória.[55]
Ecologia
No Espírito Santo, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) administra dezessete unidades de conservação: dois parques nacionais, seis reservas biológicas, três reservas particulares do patrimônio natural, duas áreas de proteção ambiental, uma estação ecológica e três florestas nacionais.[56]
O estado também é conhecido por possuir diversos locais que servem para armazenamento dos ovos de Tartarugas-marinhas (Cheloniidae). No estado, o TAMAR, um projeto conservacionista brasileiro dedicado à preservação de espécies de tartarugas-marinhas ameaçadas de extinção, mantém sete bases do projeto no estado: Itaúnas, Guriri, Pontal do Ipiranga, Povoação, Vila de Regência, Ilha da Trindade e Anchieta. Os trabalhos de monitoramento das praias realizados pelas equipes do TAMAR normalmente são realizados entre os meses de setembro e março, no fim do período reprodutivo. As tartarugas marinhas demoram até 20 anos para chegar à idade reprodutiva e de cada mil filhotes que nascem apenas um chega à fase adulta. Ou seja, das 100 mil tartarugas nascidas no último ano, daqui a vinte anos, provavelmente, estima-se que apenas 100 retornem para desovar.[57]
Demografia
Predefinição:Evolução demográfica do Espírito Santo Segundo o censo demográfico de 2010 realizado pelo IBGE, em 2010, o estado do Espírito Santo possuía 3 512 672 habitantes, sendo o décimo quarto estado mais populoso do Brasil, representando 1,8% da população brasileira.[58][59] Segundo o mesmo censo, 1 729 670 habitantes eram homens e 1 783 002 habitantes eram mulheres.[58] Ainda segundo o mesmo censo, 2 928 993 habitantes viviam na zona urbana e 583 679 na zona rural.[58] Em dez anos, o estado registrou uma taxa de crescimento populacional de 13,59%.[60]
Em relação ao ano de 1991, quando a população era de 2 598 231,[61] esses números mostram uma taxa de crescimento anual de 2% ao ano, inferior a do Brasil como um todo (1,6%) para o mesmo período (1991-2000).[62] Ainda segundo o censo demográfico de 2000, o Espírito Santo é o décimo quarto estado mais populoso do Brasil e concentra 1,82% da população brasileira.[62] Do total da população do estado em 2000, 1 562 426 habitantes são mulheres e 1 534 806 habitantes são homens.[63] Para 2006, a estimativa é de 3 464 285 habitantes.[62]
Nos últimos anos, o crescimento da população urbana intensificou muito, ultrapassando o total da população rural. Segundo a estimativa de 2000, 67,78 dos habitantes viviam em cidades.[63] Dois municípios capixabas mantêm o pomerano como segunda língua oficial (além do português): Vila Pavão[64] e Santa Maria de Jetibá.[65][66] Também foi aprovada em agosto de 2011 a PEC 11/2009, emenda constitucional que inclui no artigo 182 da Constituição Estadual a língua pomerana, junto com a língua alemã, como patrimônios culturais do Estado.[67][68][69][70] A densidade demográfica no estado, que é uma divisão entre sua população e sua área, é de 76,23 habitantes por quilômetro quadrado, sendo a sétima segunda maior do Brasil e com uma densidade comparada à do país asiático Malásia.[71] A distribuição da população estadual é desigual, apresentando maior concentração na região serrana, no interior. Nessa área, a densidade demográfica atinge a média de 50 hab./km² e a ultrapassa no extremo sudoeste. A Baixada Litorânea, faixa que acompanha o litoral, apresenta quase sempre densidades inferiores à média estadual. Apenas nas proximidades de Vitória observa-se uma pequena área com mais de 50 hab./km². A parte norte da baixada litorânea é a menos povoada do estado. Sete municípios (Vila Velha, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Colatina, São Mateus e Linhares) concentram mais de 45% da população do Espírito Santo (1975).[72]
O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do estado, considerado como "elevado" pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,740, segundo dados do ano de 2010, sendo naquele período, o sétimo mais alto entre as unidades federativas do Brasil.[73][74] Naquele ano, considerando apenas a educação, o índice era de 0,653, considerado "médio"; o índice de longevidade era de 0,835, considerado "muito alto" e o índice de renda era de 0,743, considerado como "alto".[73] A renda per capita é de 20 231 reais.[75] Entre 1991 e 2000, o estado registrou uma forte evolução tanto no seu IDH geral quanto na educação, longevidade e renda, critérios utilizados para calcular o índice.[76] A educação foi o critério que mais evoluiu em nove anos, de 0,304 em 1991 para 0,491 em 2000, e em 2010 o valor passou a ser 0,653.[73] Depois da educação, vem a longevidade, que em 1991 tinha um valor de 0,686, passando para 0,777 em 2000 e 0,835 em 2010.[73] E, por último, vem a renda, o critério que menos evoluiu entre 1991, quando era de 0,619, e 2000, ano em que foi calculado como sendo de 0,687,[73] avançando para o valor de 0,743 em 2010.[73] Quanto ao IDH, que é uma média aritmética dos três subíndices, a evolução também foi significativa, passando de 0,505 em 1991 (considerado como "baixo" pela ONU) para 0,64 em 2000 (considerado "médio" pela ONU), e para 0,74 em 2010 (considerado "elevado" pela ONU).[73]
Em 2010, o município com o maior IDH era a capital, Vitória, com um valor de 0,845, considerado como "muito elevado" pelo PNUD no período, posicionado na primeira posição entre os municípios capixabas naquele ano e na quarta posição entre todos os municípios do país, empatado com Balneário Camboriú (SC), e ficando atrás somente de São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP) e Florianópolis (SC).[74] Já dentre as capitais estaduais do país, Vitória foi posicionada naquele período em segundo lugar, perdendo apenas para Florianópolis, Santa Catarina. Concomitantemente, o município com menor IDH foi Ibitirama,[74] situado na Mesorregião do Sul Espírito-Santense, possuindo o índice no valor de 0,622, que possuindo todos os indicadores sociais abaixo da média estadual no período, estava posicionado na 78° e último lugar entre os municípios do estado e no 3 653° lugar entre todos os municípios brasileiros, com um IDHM considerado "médio" pelo PNUD.[77] No ano 2000, o município capixaba mais bem avaliado de acordo com o IDH era mais uma vez a capital, Vitória, com o índice no valor de 0,759,[74] considerado como "elevado" no período, estando ranqueado na sétima posição na época entre todos os municípios do Brasil, ficando atrás apenas de São Caetano do Sul (SP), Águas de São Pedro (SP), Santos (SP), Balneário Camboriú (SC), Niterói (RJ) e Florianópolis (SC). No mesmo período, o município com menor valor de IDH era Santa Leopoldina, situado na Mesorregião Central Espírito-Santense, com um índice de 0,468 no período, considerado como "baixo" à época. Já no ano de 1991, o município com melhor IDH do estado era igualmente a capital, Vitória, com um índice de 0,644, considerado como "médio" pela ONU e sendo posicionado na sexta posição entre todos os municípios do Brasil, ficando atrás somente de São Caetano do Sul (SP), Santos (SP), Florianópolis (SC), Niterói (RJ) e Porto Alegre (RS).
O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,50, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor.[78] A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 30,88%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 29,04%, o superior é 32,73% e a subjetiva é 28,51%.[78]
Religião
Apesar de tradicionalmente o Catolicismo ser a religião mais professada no Espírito Santo, nas últimas décadas houve grande aumento no número de evangélicos. Segundo o Censo 2010, a Igreja Católica é a religião de 53,4% dos capixabas. Divide-se administrativamente em uma arquidiocese, a Arquidiocese de Vitória, e três dioceses sufragâneas: Cachoeiro de Itapemirim, Colatina e São Mateus.[79] Na Igreja Católica, destaca-se o Convento da Penha,[80] que é um dos principais monumentos históricos do estado[80] e a Basílica de Santo Antônio.[81] Predefinição:Religião no Espírito Santo
Ainda segundo o Censo IBGE 2010, as Igrejas evangélicas são seguidas por 33,1% dos capixabas, o que faz do Espírito Santo o estado mais evangélico do Brasil. São muitas as igrejas evangélicas, sendo a maior a Assembleia de Deus em suas várias ramificações, seguida da Igreja Cristã Maranata, fundada no estado há 43 anos e da multifacetada Igreja Batista e da Igreja Universal do Reino de Deus. É possível encontrar também praticantes de religiões de origem africana, além de espíritas e outros.[82] O luteranismo também está presente em todo o estado, mas é nas regiões serranas, onde há maior quantidade de descendentes de alemães e pomeranos, que sua presença é mais forte.[83]
É no Espírito Santo que se encontra o Mosteiro Zen Morro da Vargem, primeiro da América Latina,[84] localizado em Ibiraçu[84] e aberto a visitação, no estado também foram construídos o Convento da Penha, 1º convento do Brasil em 1555,[85] e a primeira igreja luterana da América Latina.[86]
De acordo com dados do censo de 2010 realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do Espírito Santo está composta por: católicos (53,4%), evangélicos (33,1%), pessoas sem religião (9,61%), espíritas (0,72%), budistas (0,02%), muçulmanos (0,00%), umbandistas (0,14%) e judeus (0,01%).[87]
Composição étnica
O censo do IBGE de 2010 revelou os seguintes números: 1,7 milhão brancos (48,6%), 1,5 milhão Pardos (42,2%), 293 mil Negros (8,4%) e 0,8% amarelos (21,9 mil) ou Indígenas (9 mil).[88]
A população do estado, assim como no resto do Brasil, foi formada por elementos indígenas, africanos e europeus. O Espírito Santo, no século XIX, contava com uma grande população de origem indígena e africana. Depois da colonização portuguesa, a partir do século XIX o estado recebeu levas consideráveis de imigrantes, na maioria italianos, mas também alemães, portugueses e espanhóis.[89]
Criminalidade
O Espírito Santo é a décima quinta unidade federativa mais violenta do Brasil, e tem o segundo maior índice de criminalidade da Região Sudeste do país, perdendo para o Rio de Janeiro. A taxa de homicídios é de 32,6 a cada mil (dados de 2016) [90].
O município mais violento do Espírito Santo por médias móveis, é o de Jaguaré[91] na Região Norte do Espírito Santo, com uma taxa de 93,5 homicídios por mil habitantes. Já o mais violento por números absolutos, é o de Serra, na Região Metropolitana de Vitória, com 328 homicídios em 2019. O município com a menor taxa média de homicídios é Marechal Floriano, na Mesorregião Central Espírito-Santense, mais precisamente na Microrregião de Afonso Cláudio.[92]
Municípios mais populosos
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Predefinição:Municípios mais populosos do Espírito Santo
Governo e política
O estado do Espírito Santo é governado por três poderes, o executivo, representado pelo governador, o legislativo, representado pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, e o judiciário, representado pelo Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo e outros tribunais e juízes. Também é permitida a participação popular nas decisões do governo através de referendos e plebiscitos.[93]
A atual constituição do estado do Espírito Santo foi promulgada em 1989,[94] acrescida das alterações resultantes de posteriores emendas constitucionais.[94]
O Poder Executivo capixaba está centralizado no governador do estado,[94] que é eleito em sufrágio universal e voto direto e secreto,[94] pela população para mandatos de até quatro anos de duração,[94] e podem ser reeleitos para mais um mandato.[94] Sua sede é o Palácio Anchieta, que desde o século XVIII é a sede do governo capixaba.[95] A residência oficial do governador fica na Praia da Costa,[96] localizada no município de Vila Velha.
O Poder Legislativo do Espírito Santo é unicameral, constituído pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, localizado na Enseada do Suá. Ela é constituída por 30 deputados, que são eleitos a cada 4 anos. No Congresso Nacional, a representação capixaba é de 3 senadores e 10 deputados federais.[94] A maior corte do Poder Judiciário capixaba é o Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, localizado na Enseada do Suá. Compõem o poder judiciário os desembargadores e os juízes de direito.[94]
O Espírito Santo está dividido politicamente em 78 municípios.[97] O mais populoso deles é Serra, com 536 765 habitantes, segundo dados de 2021 do IBGE.[2] Sua região metropolitana possui aproximadamente 1,7 milhão de habitantes.[98]
Subdivisões
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Uma região geográfica intermediária é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais. Foi criada pelo IBGE e é utilizada para fins estatísticos e não constitui, portanto, uma entidade política ou administrativa. As regiões geográficas intermediárias foram apresentadas em 2017, com a atualização da divisão regional do Brasil, e correspondem a uma revisão das antigas mesorregiões, que estavam em vigor desde a divisão de 1989. As regiões geográficas imediatas, por sua vez, substituíram as microrregiões.[99] Oficialmente, as quatro regiões geográficas intermediarias do estado são: Região Geográfica Intermediária de Vitória; Região Geográfica Intermediária de São Mateus; Região Geográfica Intermediária de Colatina e Região Geográfica Intermediária de Cachoeiro de Itapemirim[99]
Além da região geográfica intermediária, existe a região geográfica imediata, que foram instituídas em 2017 para a atualização da divisão regional brasileira e correspondem a uma revisão das antigas microrregiões.[100] O Espírito Santo é dividido em oito regiões geográficas imediatas. São elas: Vitória, Afonso Cláudio-Venda Nova do Imigrante-Santa Maria de Jetibá, São Mateus, Linhares, Colatina, Nova Venécia, Cachoeiro de Itapemirim, Alegre.
Por último, existem os municípios (as menores unidades autônomas da federação), que são circunscrições territoriais dotadas de personalidade jurídica e com certa autonomia administrativa.[101] Em geral, o Espírito Santo está dividido em 78 municípios, sendo a vigésima unidade de federação com o maior número de municípios e a quarta e última do Sudeste (atrás de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro).[102]
Durante a década de 2000, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões de gestão e planejamento, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das mesorregiões e microrregiões do Espírito Santo.[103] As onze regiões administrativas do estado são: Metropolitana (Grande Vitória), Pólo Linhares, Litoral Sul, Pólo Afonso Cláudio (Sudoeste Serrana), Litoral Norte, Extremo Norte, Pólo Colatina, Noroeste 1, Noroeste 2, Pólo Cachoeiro de Itapemirim, Caparaó (Microrregião de Alegre).[103]
Economia
Na economia do Espírito Santo, têm destaque a agricultura, a pecuária e a mineração.[105] Na produção agrícola, destacam-se a cana-de-açúcar (2,5 milhões de toneladas), a laranja (175 milhões de frutos), o coco-da-baía (148 milhões de frutos) e o café (1 milhão de toneladas). O total de galináceos no estado é de aproximadamente 9,2 milhões de aves, e o de gado bovino ultrapassa 1,8 milhão de cabeças. Há reservas importantes de granito e uma incipiente extração de gás natural e petróleo. Areias e mármores também são importantes produtos do extrativismo capixaba. Embora relativamente pequeno, o parque industrial do Espírito Santo abriga indústrias químicas, metalúrgicas, alimentícias e de papel e celulose.[105] Em 2012, a pauta de exportação do Espírito Santo se baseou em minério de ferro (52,49%), petróleo cru (10,87%), pastas químicas de madeira à soda ou sulfato (10,01%), pedras de cantaria ou construção (5,58%) e café (4,42%).[104]
O Espírito Santo é sede de importantes cooperativas agropecuárias, entre as quais se destacam: a Capil, de Itarana; a Ceaq, de São Domingos do Norte; a Cooaprucol de Colatina; a Coop-Forgrande, de Castelo; a Cocaes, de Brejetuba; a Cavil, de Bom Jesus do Norte; e a Coopeves, de Vila Velha.[106] A atividade turística do estado concentra-se no litoral, onde há belas praias, como a de Itaúnas e a de Guarapari. O pico da Bandeira, terceiro mais alto do país, é outro destino turístico bastante procurado. Ultimamente, tem ganhado destaque um novo tipo de turismo: o gastronômico, em que se aprecia a típica culinária capixaba, herdeira de diversas culturas.[105] O sistema rodoviário se organiza a partir da BR-101, que corta o Espírito Santo de norte a sul, margeando o litoral. O estado possui 30,1 mil quilômetros de estradas de rodagem, mas apenas 10% são pavimentados.[105]
Setores
O produto agrícola tradicional do estado é o café,[107] cultura que orientou a ocupação de praticamente todo o território capixaba.[108] Após uma fase de decadência no estado, o café recuperou uma posição de relativo destaque nacional,[108] ocupando a segunda colocação na produção de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com um volume de produção que varia entre 11,58 e 13,33 milhões de sacas em 2017.[109] Seguem-se a ele, em ordem de importância, as culturas de milho,[110] banana, mandioca, feijão, arroz e cacau.[107][110]
A criação de bovinos serviu-se de solos virgens no norte do estado, em terrenos desmatados.[18] Nessa área cria-se e engorda-se gado de corte, e ali desenvolveu-se a indústria frigorífica, cuja carne é enviada principalmente para o Rio de Janeiro, além de abastecer a região de Vitória. No sul pratica-se muito a pecuária leiteira, e o leite é comercializado, por meio de cooperativas, nos mercados do Rio de Janeiro e Vitória.[18] De desenvolvimento mais recente são a silvicultura e a fruticultura, com aproveitamento para conservas de frutas e para a produção de celulose, destacando-se nessa última atividade alguns projetos de reflorestamento, que poderão compensar em parte o desmatamento avassalador sofrido pelo estado.[18]
O subsolo do estado é rico em minerais, inclusive petróleo. Há consideráveis reservas de calcário, mármore, manganês, ilmenita, bauxita, zircônio, monazitas e terras raras, embora nem todas em exploração. No extrativismo mineral, destaca-se a exploração, na área de Cachoeiro de Itapemirim, de reservas de mármores, calcário e dolomita.[18]
O Espírito Santo tinha em 2018 um PIB industrial de R$ 37,6 bilhões, equivalente a 2,9% da indústria nacional. Emprega 175 104 trabalhadores na indústria. Os principais setores industriais são: Extração de petróleo e gás natural (24,5%), Extração de minerais metálicos (13,9%), Construção (11,4%), Metalurgia (10,8%) e Serviços industriais de utilidade pública, como Energia elétrica e água (7,5%). Estes 5 setores concentram 68,1% da indústria do estado.[111]
Nos centros urbanos da capital e de Cachoeiro de Itapemirim concentram-se praticamente todas as principais unidades da indústria de transformação capixaba. Na grande Vitória localizam-se as indústrias siderúrgicas: Companhia Ferro e Aço de Vitória, usina de pelotização de minério de ferro da Companhia Vale do Rio Doce; madeireira, têxtil, de louças, de café solúvel, de chocolates e frigorífica. No vale do rio Itapemirim, desenvolvem-se indústrias de cimento, de açúcar e álcool e de conservas de frutas.[18]
As 10 maiores empresas industriais do Espírito Santo são a Companhia Vale do Rio Doce, ArcelorMittal, Samarco Mineração, Aracruz Celulose, Fertilizantes Heringer, ArcelorMittal Brasil, Escelsa, Garoto (a maior fábrica de chocolates da América Latina e a mais importante empresa industrial de alimentos do estado) e Sol Coqueria.[112]
É deficitário o comércio do estado com as demais unidades federativas do Brasil. O valor da exportação por cabotagem, em junho de 2010, foi da ordem de US$ 1 075 429[113] e o da importação de US$ 642 997. Quanto ao seu comércio exterior, devido à exportação de minério, a situação é completamente inversa do comércio por cabotagem. O valor total da exportação para o exterior, em 2009, foi de US$ 6 510 241 e a da importação, de US$ 5 484 252.[113]
O setor terciário é pouco desenvolvido em todo o Estado.[114] No entanto, a atividade comercial adquire certa importância com as exportações de minério de ferro proveniente de Minas Gerais, através da Estrada de Ferro Vitória a Minas e é embarcado nos portos de Atalaia e ponta do Tubarão. Por outro lado, a ligação de Cachoeiro de Itapemirim à cidade do Rio de Janeiro, por rodovia pavimentada, permitiu a incorporação da região à bacia leiteira fluminense e facilitou a exportação de produtos agrícolas, como café, milho, mandioca, arroz e hortigranjeiros.[114]
Petróleo
Nos últimos anos, o Espírito Santo vem se destacando na produção de petróleo e gás natural. Com várias descobertas realizadas, principalmente pela Petrobras, o Estado saiu da quinta posição no ranking brasileiro de reservas, em 2002, para se tornar a segunda maior província petrolífera do País, com reservas totais de 2,5 bilhões de barris. São cerca de 140 mil barris diários. Os campos petrolíferos se localizam tanto em terra quanto em mar, em águas rasas, profundas e ultraprofundas, contendo óleo leve e pesado e gás não associado.[115]
Dentre os destaques da produção está o campo de Golfinho, localizado a norte do estado, com reserva de 450 milhões de barris de óleo leve, considerado o mais nobre. O primeiro módulo de produção do local já está em operação, com o FPSO Capixaba, e o segundo deve iniciar a operação até o final deste ano, com o FPSO Cidade de Vitória.[115]
Há ainda os campos de Jubarte, Cachalote, Baleia Franca, Baleia Azul, Baleia Anã, Caxaréu, Mangangá e Pirambu, que fazem parte do denominado Parque das Baleias, no Sul, que somam uma reserva de 1,5 bilhão de barris. O Espírito Santo é atualmente responsável por 40% das notificações de petróleo e gás natural brasileiras, conforme levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) desde sua criação, em janeiro de 1998.[115]
A indústria de petróleo no Espírito Santo possibilita o pagamento de royalties relacionados à exploração de petróleo e gás natural aos municípios nos quais estão localizados os campos produtores e as instalações das empresas. Para beneficiar os 68 municípios capixabas que não recebem royalties petrolíferos, o Governo do Estado criou o Fundo para Redução das Desigualdades Regionais, o primeiro projeto desta natureza aprovado no país. Os recursos são provenientes do repasse de 30% dos royalties creditados no cofre público estadual. Em vigor desde junho de 2006, a distribuição do dinheiro do fundo leva em consideração a população, o percentual de repasses do ICMS e a condição de não ser grande recebedor de royalties. As cidades que têm participação acima de 10% no ICMS e mais de 2% dos royalties não têm acesso aos recursos do Fundo.[115]
Infraestrutura
Educação
O Estado dispunha em 2008 de uma rede de de 2.733 escolas de ensino fundamental, das quais 482 estaduais, 1.986 municipais, 1.157 particulares e 6 federais. O corpo docente era constituído de 29 282 professores, sendo que 6 777 trabalhavam nas escolas públicas estaduais, 18 146 nas escolas públicas municipais e 4 359 nas escolas particulares. Estudavam nestas escolas 553 396 alunos, dos quais 491 342 nas escolas públicas e 62 054 nas escolas particulares. O ensino médio foi ministrado em 438 estabelecimentos, com a matrícula de 139.984 alunos. Dos 139 984 discentes, 119 478 estavam nas escolas públicas e 20 506 nas particulares. Quanto ao ensino superior, em 2008, o estado possuía 91 estabelecimentos, com 6 490 professores e 89 610 discentes.[116]
Em 2004 a taxa de analfabetismo no estado era de 9,5%, uma das mais baixas do Brasil. Da população, 21,0% dos capixabas são analfabetos funcionais. O Espírito Santo é a 12ª melhor educação do Brasil, com um Índice de Desenvolvimento Humano de 0,887.[117]
As principais universidades do Espírito Santo são a Universidade Aberta Capixaba,[118] o Instituto Federal do Espírito Santo[119] e a Universidade Federal do Espírito Santo.[120]
Saúde
Em 2005, existiam, no Estado, 1.755 estabelecimentos hospitalares, com 7.684 leitos e 378 médicos, 35 enfermeiros diplomados e 210 auxiliares de enfermagem.[121] Em 2010, dos 1.755 hospitais existentes, 125 eram de adultos e crianças, 88 eram exclusivamente de crianças, sendo 98 gerais e 22 especializados.[121][122] Em 2005, da população, 84,4% dos capixabas tinham acesso à rede de água,[117] enquanto 75,7% se beneficiam da rede de esgoto sanitário.[117]
Energia
Atualmente a situação energética do Estado do Espírito Santo é de confiabilidade, por se conectar ao Sistema Interligado Sul/Sudeste/Centro-oeste através de um anel de transmissão. O estado produz 33% de suas necessidades, importando, consequentemente, 67% da energia requerida de FURNAS Centrais Elétricas S.A. As concessionárias de distribuição de energia elétrica operando no Espírito Santo são a Espírito Santo Centrais Elétricas S/A (Escelsa), atualmente uma empresa do grupo EDP, e Empresa Luz e Força Santa Maria (ELFSM).[123]
Com seu franco desenvolvimento, expansão e a crescente demanda por fontes energéticas que sustentem de maneira consistente este processo, o Espírito Santo vem utilizando como principal energia alternativa a energia eólica. O processo consiste na conversão do vento em energia elétrica através de aerogeradores - gigantes turbinas em forma de cata-vento colocadas em pontos estratégicos onde a ação do vento é intensa.[124]
Comunicações
Os principais jornais diários editados em Vitória são a Gazeta, o mais antigo e de instalações mais modernas; o Diário, Diário Oficial do Estado e A Tribuna. Em Cachoeiro de Itapemirim, circula o Correio do Sul; em Colatina, a Folha do Norte. As principais emissoras de radiodifusão da capital são a Rádio Espírito Santo,[125] que emite em ondas médias, tropicais e de frequência modulada, a Jovem Pan News Vitória e a Rádio Capixaba, ambas em ondas médias e curtas. Os municípios de Cariacica, Colatina, Mimoso do Sul e Santa Teresa também possuem emissoras de rádio.[125] Na capital, funcionam a TVE Espírito Santo,[126] a TV Gazeta, a TV Vitória, a TV Tribuna, a TV Capixaba e a RedeTV! ES.[126] Há torres repetidoras de emissoras do Rio de Janeiro.[127]
Transportes
No estado existe apenas um aeroporto administrado pela Infraero, o Aeroporto Eurico de Aguiar Salles (Vitória),[128] além dos aeroportos como o de Baixo Guandu/Aimorés, o de Cachoeiro de Itapemirim, o de Guarapari, o de Linhares e o Tancredo de Almeida Neves (São Mateus), que são de responsabilidade das suas respectivas administrações municipais.[129]
A Estrada de Ferro Vitória a Minas escoa minério de ferro de Itabira (MG) até o porto de Tubarão, e volta com carvão para siderurgia. Também faz transporte de passageiros e carga geral no vale do rio Doce. A Ferrovia Centro-Atlântica serve ao sul do estado e comunica Vitória com o estado do Rio de Janeiro. As principais rodovias são a BR-101, que corta o estado de norte a sul, pelo litoral, e a BR-262, que liga Vitória a Belo Horizonte (MG) e ao extremo oeste do país. Outras rodovias importantes são a BR-482, que atravessa Alegre e Jerônimo Monteiro e entronca com a BR-101 no distrito de Safra; a BR-342, que liga Ecoporanga a Nova Venécia, no norte do estado; e a BR-381, que liga o município de São Mateus ao município de São Paulo, passando por Nova Venécia e Barra de São Francisco.[130] O estado possui dois portos, ambos na capital: o cais comercial de Vitória e o porto de exportação de minério de ferro de Tubarão.[130]
Segurança pública
As principais unidades das Forças Armadas com sede no Espírito Santo são: no Exército Brasileiro, o Espírito Santo integra a 1ª Região Militar (juntamente com o estado do Rio de Janeiro) destacando aí o 38º Batalhão de Infantaria;[131] na Marinha do Brasil, o Espírito Santo faz parte do 1º Distrito Naval (com sede no Rio de Janeiro),[132] destacando-se no Estado a Escola de Aprendizes-Marinheiros; e na Força Aérea Brasileira, o Espírito Santo integra o III Comando Aéreo Regional, com sede na cidade do Rio de Janeiro,[133] destacando-se o Estado como parte integrante do Cindacta I, que forma o quadrilátero com as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte e Brasília.[134]
A Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES) é uma das forças de polícia militar do Brasil, sendo responsável pelo policiamento ostensivo no Estado do Espírito Santo. Seu Quartel do Comando Geral (QCG) é situado na Avenida Maruípe, na cidade de Vitória, capital do Estado.[135]
O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Espírito Santo (CBMES) é uma Corporação cuja missão primordial consiste na execução de atividades de defesa civil, prevenção e combate a incêndios, buscas, salvamentos e socorros públicos no âmbito do estado do Espírito Santo. Ele é Força Auxiliar e Reserva do Exército Brasileiro, e integra o Sistema de Segurança Pública e Defesa Social do Brasil. Seus integrantes são denominados Militares dos Estados pela Constituição Federal de 1988, assim como os membros da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo.[136]
A Polícia Civil do Estado do Espírito Santo é uma das polícias do Espírito Santo, Brasil, órgão do sistema de segurança pública ao qual compete, nos termos do artigo 144, § 4º, da Constituição Federal e ressalvada competência específica da União, as funções de polícia judiciária e de apuração das infrações penais, exceto as de natureza militar.[137] As principais instituições penitenciárias do estado são o Instituto de Readaptação Social (em Vila Velha) e Colônia Penal (em Viana).[138]
A Superintendência do Departamento de Polícia Federal no Espírito Santo está localizada no bairro vilavelhense do São Torquato e é responsável pelo cadastro de passaportes brasileiros de capixabas e outras pessoas residentes no Estado, controles de passageiros nacionais e estrangeiros no aeroportos internacionais e defesa mútua e obrigatória das fronteiras do Brasil como outros países sul-americanos ao lado do Exército Brasileiro, da Marinha do Brasil e da Força Aérea Brasileira.[139]
Cultura
Instituições culturais
As principais entidades culturais do estado encontram-se na capital: a Universidade Federal do Espírito Santo (UFES),[140] o Instituto Histórico e Geográfico, a Associação Espírito-Santense de Imprensa, a Academia Espírito-Santense de Letras, a Associação Espírito-Santense de Juristas, a Arcádia Espírito-Santense, a Associação Médica do Espírito Santo, a Academia Feminina de Letras, o Instituto dos Advogados, o Centro Capixaba de Folclore e o Instituto Espírito-Santense de História, Geografia e Arte Religiosa.[141] Em Cachoeiro de Itapemirim há a Academia Cachoeirense de Letras.[141]
A capital conta com as bibliotecas Estadual, Municipal, do Tribunal de Justiça, dos Comerciários, Embaixador Macedo Soares (da delegacia da Fundação IBGE), Central da Universidade Federal do Espírito Santo e da Companhia Vale do Rio Doce, entre outras.[141] Em Cachoeiro de Itapemirim destacam-se as Bibliotecas Municipal, do Centro Espírita Fraternidade e Luz, do Colégio Estadual Muniz Freire e da Casa dos Braga — pequeno museu dedicado aos irmãos escritores Newton e Rubem Braga, na casa onde nasceram.[141] Muitos outros municípios do interior possuem também pequenas bibliotecas.[142]
O teatro mais relevante da capital é o Theatro Carlos Gomes, inaugurado em 1927 e inovado em 1970, sob a responsabilidade da Fundação Cultural do Espírito Santo, com 311 poltronas e 40 camarotes.[143]
Na capital, o museu histórico mais relevante é o Museu Solar Monjardim, antigo Museu de Arte e História e Museu Capixaba, anteriormente vinculado à Universidade Federal do Espírito Santo e na atualidade, administrado pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).[144] O museu encontra-se instalado no Solar Monjardim, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e antiga Casa-Grande da Fazenda, hoje bairro, de Jucutuquara.[145] No centro histórico da capital encontram-se o Museu de Arte do Espírito Santo Dionísio del Santo (Maes)[146] e o Museu Capixaba do Negro Verônica da Paz (Mucane).[147] No município vizinho de Vila Velha, o Museu Ferroviário da Vale, na antiga sede da Estação Pedro Nolasco, oferece vista para o centro de Vitória.[148]
Em Santa Teresa, há o Museu de Biologia Professor Mello Leitão, instituição criada pelo ilustre naturalista capixaba Augusto Ruschi em sua própria residência, onde também existe uma das melhores bibliotecas do mundo especializadas na fauna e na flora do país.[149] Ruschi ainda fundou no município de Aracruz uma grande reserva natural que além de oferecer atividades educacionais e recuperação da flora, possuí um extenso arquivo público aberto para consulta, a Estação Biologia Marinha Augusto Ruschi (EBMAR).[150][151][152]
Monumentos
São tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional os seguintes monumentos: a igreja de Nossa Senhora da Assunção (1587) e residência contígua, em Anchieta, onde morou o clérigo José de Anchieta;[153] a igreja de Nossa Senhora da Ajuda, em Viana;[154] a igreja dos Reis Magos (1558) e residência contígua, em Nova Almeida, município da Serra.[155] Em Vitória, está localizados o Solar de Monjardim,[142] a igreja de São Gonçalo Garcia (1766),[156] a igreja de Nossa Senhora do Rosário (1765)[157] e a igreja de Santa Luzia (1547).[142] Em Vila Velha, o célebre convento e igreja de Nossa Senhora da Penha,[158] localizado a 135m de altura sobre a entrada da baía de Vitória,[142] e a igreja matriz de Nossa Senhora do Santo Rosário, todos do século XVI.[159]
Folclore
Em Vitória, as festas populares tradicionais mais distintas são as de Nossa Senhora da Penha,[160] as comemorações católicas de Santo Antônio, em 13 de junho,[161] de São Pedro dos Pescadores, na praia do Suá, em 29 de junho,[162] e de Nossa Senhora da Vitória, em 8 de setembro.[163] Em Guarapari e Conceição da Barra, realizam-se as festas de Nossa Senhora da Conceição, em 8 de outubro,[142] e o alardo, realizada no ciclo de Natal ou nos dias 19 e 20 de janeiro.[142] Em Cachoeiro de Itapemirim, o Dia de Cachoeiro, 29 de junho,[164] é celebrado com uma semana de eventos em que ocorrem exposição agropecuária, bailes, shows populares, desfiles e caxambu da ilha da Luz.[142] Em diversas cidades e aldeias litorâneas, como Guarapari, Marataízes, Anchieta, Piúma e Conceição da Barra, o dia de São Pedro, 29 de junho, padroeiro dos pescadores, é festejado também com procissões marítimas.[142] Em Conceição da Barra, acontece a festa do Reis de Bois, no ciclo natalino.[165]
Pontos turísticos
As praias de areia monazítica de Guarapari, aconselhadas para a cura de reumatismo e artrose,[166] e o convento de Nossa Senhora da Penha, em Vila Velha, são os maiores pontos turísticos do estado.[142] Em Vitória, são locais importantes o palácio Anchieta, prédio onde funciona o governo estadual;[167] as igrejas tombadas de Santa Luzia, do Rosário e de São Gonçalo Garcia;[142] o Parque Moscoso, com concha acústica com capacidade para atrair 400 espectadores sentados;[168] o porto, com seu terminal de exportação de minério; as praias: Comprida, Suá, Camburi e do Canto;[169]
A costa capixaba é margeada de belas praias, que recebem muitos turistas — principalmente mineiros que aproveitam o sol e a água do mar e que são trajados de sunga e biquíni — no verão, sobressaindo-se Guriri, em São Mateus, Marataízes, Guarapari, Piúma, Iriri, Anchieta e Conceição da Barra, onde se situam as célebres dunas da barra do rio Itaúnas.[169]
Nas serras capixabas também são encontrados pontos de grande atração turística,[170] sobressaindo-se Domingos Martins, Santa Teresa, Rio Novo e Venda Nova do Imigrante.No interior, junto à divisa com Minas Gerais, localiza-se o Parque Nacional do Caparaó.[171] O pico do Itabira e as pedras do Frade e da Freira (310m), em Cachoeiro de Itapemirim, são o símbolo maior da cidade,[172] onde se pode visitar também a tradicional fábrica de pios de pássaros em madeira.[173]
Culinária
O prato típico mais lembrado do estado é a torta capixaba,[174] feita tradicionalmente nas casas de Vitória durante a semana santa, mas também oferecida durante todo o ano aos turistas nos melhores restaurantes da capital. Sobressai-se ainda a moqueca capixaba, de peixes e frutos do mar cozidos em panelas de barro artesanais, ao molho de urucum.[175]
Música
O congo capixaba é o ritmo musical típico do estado, com origem indígena também teve a participação dos negros. Realizado nas regiões litorâneas do Espírito Santo. As bandas de congo cantam e tocam em festas religiosas como as de São Benedito, São Pedro, São Sebastião e Nossa Senhora da Penha (padroeira do Estado). Os instrumentos utilizados são com pau oco, barricas, taquaras, peles de animais, folha-de-flandres e ferro torcido, assim como tambores, caixas, cuícas, chocalhos, casacas, ferrinhos ou triângulos e pandeiros. Principalmente pelos tambores e casaca que é um instrumento musical espécie de reco-reco com cabeça esculpida.[176]
Festivais
A cultura do estado sofre forte influência de alemães, italianos e afro-descendentes, o que gera diversas manifestações culturais e festas singulares. Os principais eventos no estado, são de entretenimento, culturais e musicais, o maior evento do estado é a Vitória Stone Fair, maior exposição de Rochas Ornamentais do mundo, porém existem vários outros de importância quase igual, voltados ao setor agropecuário e ao setor alimentício.[177] A maioria dos eventos, de pequeno, médio e grande porte, ocorre no Pavilhão de Carapina, espaço construído pelo governo do estado, para sediar eventos, no município de Serra.[177]
Existe em Itapemirim a Tradicional Festa do Atum e do Dourado, sendo uma das principais festas da cultura pesqueira do Brasil, onde há anexado a festa o Festival de Frutos do Mar Capixaba, no distrito de Itaipava. Reúne mais de 50 mil pessoas por dia, onde tem a oportunidade de experimentar tradicionais pratos em frente ao mar, além da tradicional volta dos barcos, em que percorrem a ilha dos Franceses e o preparo do Peixe no Rolete.[178] Há também a tradicional festa de Corpus Christi, realizada por volta dos meses de maio e junho, onde em Castelo são confeccionados tapetes artesanais em um perímetro aproximado de um quilômetro pelo entorno do centro da cidade. Esse tapetes com vários quadro e passadeiras de desenho e muito colorido são de inspiração religiosa e feitos basicamente de flores, serragem colorida e grãos. Outro importante evento é a Festa do Cafona, em Colatina, evento que reúne pessoas de todo o Brasil, que se vestem de forma inusitada e propositalmente ridícula para ouvir músicas com letras provocativas e também ridículas e fazerem coisas bizarras e obscenas. Também há o Festival de Alegre, na cidade de Alegre, importante evento do cenário musical nacional, reúne as maiores e mais populares bandas brasileiras e as vezes, até bandas estrangeiras. Há também a tradicional e italiana Festa da Polenta realizada em Venda Nova do Imigrante. O maior rodeio do estado é o de Ibiraçu, onde a um encontro de música sertaneja. O Festival de Inverno de Domingos Martins e a Festa do Vinho, são os maiores eventos da região serrana do estado.[178]
Há também várias manifestações culturais importantes, como a festa de Exposição Municipal Afonso-Claudense e a festa do Afonso-Claudense Ausente e Presente, que comemora o aniversário do município de Afonso Cláudio;[179] o Boi Pintadinho, em Muqui;[180] a Sömmerfest em Domingos Martins;[181] a Festa do Imigrante em Santa Teresa;[182] a Festa do Morango em Domingos Martins;[183] a Festa de São Benedito, na cidade de Serra;[184] e a Festa da Penha, maior festa religiosa do estado que reúne cerca de 900 mil fiéis durante a Semana Santa, no Convento da Penha em Vila Velha, durante o período são celebradas muitas missas e romarias.[185]
Na capital acontece o desfile das escolas de samba capixabas, que reúne no Sambão do Povo, como é conhecido o Sambódromo Capixaba, mais de cinquenta mil pessoas, fora os que desfilam, prestigiam as 14 escolas da Grande Vitória que desfilam em três dias de muita festa e animação. O desfile das escolas de samba capixabas acontece sempre uma semana antes do carnaval oficial e tem como atual campeã a Independentes de Boa Vista.[186] A Liga Espírito-santense de Escolas de Samba (LIESES) é o órgão organizador dos desfiles em parceria com a prefeitura. Depois de dois anos em grupo único, os desfiles voltarão, em 2011, a serem divididos em dois grupos que desfilarão em 3 dias distintos.[187]
Esportes
No setor esportivo, a secretaria responsável por atuar nessa área é a Secretaria de Esportes e Lazer,[188] que tem como secretário Vanderson Alonso Leite,[188] apelidado de Vandinho, natural de Baixo Guandu e formado em administração com ênfase em análise de sistemas.[189] O estado é sede de diversos clubes de futebol conhecidos nacionalmente, como, por exemplo, o Rio Branco Atlético Clube, a Desportiva Ferroviária, Sociedade Desportiva Serra Futebol Clube e o Vitória Futebol Clube.[190] O Campeonato Capixaba de Futebol é organizado pela Federação de Futebol do Estado do Espírito Santo e realizado ininterruptamente desde 1917, sendo um dos mais antigos torneios de futebol organizados no Brasil.[191] O estado possui diversos estádios de futebol, como o Salvador Venâncio da Costa, o Governador Bley (todos em Vitória), o Mário Monteiro (em Cachoeiro do Itapemirim), o Engenheiro Alencar de Araripe (em Cariacica), o Municipal Justiniano de Mello e Silva (em Colatina), entre muitos outros.[192] Em 2010, segundo a Confederação Brasileira de Futebol, o estado aparece na décima-quinta colocação no ranking nacional das federações estaduais.[193]
Outros esportes também têm popularidade no estado. No vôlei, o órgão responsável pela atuação no esporte é a Federação Espírito-Santense de Voleibol, que possui diversos clubes filiados e organiza todos os torneios oficiais que envolvam as equipes do estado.[194] No basquete, a federação responsável é a Federação Capixaba de Basquetebol.[195] No skate, existe a Associação Capixaba de Skate (ACSK) responsável pela organização de eventos e afins relacionados ao esporte.[196] Todos os anos, o estado realiza os "Jogos Escolares do Espírito Santo", evento da secretaria de esportes do governo estadual, que reúne diversas modalidades esportivas.[197]
No estado nasceram os medalhistas olímpicos Esquiva Falcão e Yamaguchi Falcão no boxe,[198][199] os medalhistas em Mundiais de Natação João Gomes Júnior e Daiene Dias,[200][201] além do três vezes finalista da NBA Anderson Varejão, no basquete.[202] <div class="thumb tnone" style="margin-left: auto; margin-right:auto; width:100%; max-width:Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px;">
Feriados
No Espírito Santo há dois feriados estaduais: o dia da Colonização do solo espírito-santense, no dia 23 de maio, e o dia do Servidor Público, no dia 28 de outubro.[203]
Ver também
- Capixabas
- Capitanias do Brasil
- Lista de governadores do Espírito Santo
- Listas de municípios do Espírito Santo
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