Colômbia (em Predefinição:Língua com nome, Predefinição:IPA-tudo), oficialmente República da Colômbia (em castelhano: ? República de Colombia), é uma república constitucional do noroeste da América do Sul. A Colômbia faz fronteira a leste com a Venezuela[4] e Brasil;[5] ao sul com o Equador e Peru;[6] para o norte com o Mar do Caribe, ao noroeste com o Panamá; e a oeste com o Oceano Pacífico. A Colômbia também tem fronteiras marítimas com a Venezuela, Jamaica, Haiti, República Dominicana, Honduras, Nicarágua e Costa Rica.[7] Com uma população de mais de 47 milhões de pessoas, a Colômbia tem a 28ª maior população do mundo e a segunda maior da América do Sul, depois do Brasil. A Colômbia é o terceiro país mais populoso com a língua espanhola como idioma oficial (depois do México e Espanha), e tem a quarta maior comunidade de língua espanhola no mundo depois do México, Estados Unidos e Espanha.[8]
O país é etnicamente muito diverso e a interação entre os descendentes dos primeiros habitantes indígenas, colonos espanhóis, africanos trazidos como escravos e imigrantes do século XX vindos da Europa e do Oriente Médio produziu um rico patrimônio cultural. Isso também foi influenciado pela geografia bastante variada da Colômbia. A maioria dos centros urbanos estão localizados nos Andes, mas o território colombiano também abrange a floresta amazônica, pastagens tropicais e os litorais do Caribe e do Pacífico. Ecologicamente, a Colômbia é um dos 17 países megadiversos do mundo (os de maior biodiversidade por unidade de área).[9]
O território que é hoje a Colômbia foi originalmente habitado por nações indígenas, como os chibchas, quimbaya e tairona. Os espanhóis chegaram em 1499, iniciaram um período de conquista e colonização que resultou na morte ou na escravização de cerca de 90% da população nativa e, em seguida, criaram o Vice-Reino de Nova Granada (que compreendia os territórios atuais de Colômbia, Venezuela, Equador, Panamá e a região noroeste do Brasil), com sua capital em Bogotá.[10] A independência do domínio espanhol foi conquistada em 1819, mas por volta de 1830 a "Grã Colômbia" se fragmentou com a secessão da Venezuela e do Equador. Os atuais países Colômbia e Panamá emergiram então como a República de Nova Granada. A nova nação experimentou um sistema político federalista durante a Confederação Granadina (1858) e, em seguida, nos Estados Unidos da Colômbia (1863), antes da República da Colômbia ser finalmente declarada em 1886.[11] O Panamá se separou em 1903 sob pressão para cumprir as responsabilidades financeiras para com o governo dos Estados Unidos para a construção do Canal do Panamá.
A Colômbia tem uma longa tradição do governo constitucional. Os partidos Liberal e Conservador, fundados em 1848 e 1849, respectivamente, são dois dos mais antigos sobreviventes partidos políticos nas Américas. No entanto, as tensões entre os dois têm frequentemente acabado em violência, principalmente na Guerra dos Mil Dias (1899-1902) e durante La Violencia, começando em 1948. Desde 1960, as forças do governo, os rebeldes de esquerda e paramilitares de direita têm estado envolvidos nos conflitos armados mais duradouros do continente. Alimentado pelo tráfico de cocaína, o conflito cresceu dramaticamente nos anos 1980. No entanto, na década de 2000, a violência diminuiu significativamente. Muitos grupos paramilitares se desmobilizaram como parte de um controvertido processo de paz com o governo, e os guerrilheiros perderam o controle em muitas áreas onde outrora dominavam.[11] A Colômbia, durante muitos anos, teve uma das maiores taxas de homicídio do mundo, sendo reduzida quase pela metade entre 1993 e 2005.[12] Assassinatos de sindicalistas também foram significativamente reduzidos desde a década de 1990, mas os sindicalistas continuam a ser ameaçados e assassinados, embora em um ritmo inferior ao da população geral.[13] Atualmente, o país é uma média potência permanente[14] com a quarta maior economia da América Latina, embora a desigualdade de renda seja prevalente e a riqueza seja mal distribuída. Em 2014, a Colômbia chegou a um coeficiente de Gini de 0,538. Os números oficiais de 2014 indicam que cerca de 28,5% dos colombianos viviam abaixo da linha da pobreza e cerca de 8,1% em "extrema pobreza".[3]
Etimologia
A palavra Colômbia é derivada do antropônimo genealógico Colombo, como uma homenagem ao marinheiro genovês Cristóvão Colombo (1451-1506), significando a Terra de Colombo, e foi concebida por Francisco de Miranda para se referir a todo o Novo Mundo, especialmente aos territórios sob domínio espanhol e português.[15]
Em 17 de dezembro de 1819, passaram a pertencer à Grã-Colômbia (isso para evitar confusões com o nome atual do país sul-americano), cujo nome oficial era República da Colômbia, o Vice-Reino da Nova Granada, a Capitania-Geral da Venezuela e a Real Audiência de Quito. Em 1824, a Grã Colômbia faz a reunião da Colômbia (Distrito del Centro), propriamente dita, da Venezuela (Distrito del Norte) e do Equador (Distrito del Sur). A partir daí, a Colômbia teve vários nomes ao longo de sua história: de 1830 até 1858, recebeu o nome de República de Nova Granada, de 1858 até 1863 passou a se chamar de Confederação Granadina, de 1863 até 1886 foi denominada Estados Unidos da Colômbia, e desde 1886, seu atual nome oficial é República da Colômbia.[15]
Os habitantes naturais da Colômbia são denominados colombianos(as),[16][17] em inglês Colombians,[18] em espanhol e italiano colombiano,[19][20] em francês colombien[21] e em alemão kolumbianisch.[22]
História
Períodos pré-colonial e colonial
De acordo com pesquisas e estudos arqueológicos, o povoamento da atual Colômbia existe há pelo menos vinte mil anos. Essas civilizações provinham de diferentes locais, e levaram para a região diferentes idiomas e culturas. Os primeiros vestígios arqueológicos datam de cerca de 20 000 a.C., no sítio de Pubenza. Em Puerto Hormiga encontram-se formações e vestígios do período arcaico, incluindo a cerâmica mais antiga encontrada na América. Por essa época inicia-se o cultivo de milho em algumas regiões do atual país. Esse viria a crescer tanto que o vegetal ia se tornar parte constante na alimentação dos habitantes do local. As pesquisas mostram que por volta de 1120 a.C., havia próximo ao Rio Magdalena uma ou mais comunidades sedentárias, mais desenvolvidas.[23]
As primeiras explorações na região por parte dos espanhóis aconteceram em 1499, com Alonso de Ojeda, não tendo muito êxito. Em 1525, ocorreu a conquista de Santa Marta, e em 1533, a de Cartagena das Índias. Iniciou-se então a conquista do interior, com a fundação das cidades de Popayán, em 1536, e Santa Fé, atual Bogotá, em 1538. Bogotá torna-se a capital do Vice-Reino de Nova Granada em 1718, este que na época ainda abrangia os países que atualmente são Venezuela, Equador e Panamá.[23]
Independência e republicanismo
Com as crises institucionais na Espanha, por volta de 1808, começaram movimentos pela libertação das colônias espanholas nas Américas. Em 20 de julho de 1810, acontece a primeira tentativa de proclamação da independência. Uma longa guerra pela independência liderada principalmente por Simón Bolívar e Francisco de Paula Santander, terminou em 7 de agosto de 1819, após a Batalha de Boyaca. Neste ano, o Congresso de Angostura fundou a República da Grã-Colômbia.[23]
O país era formado no momento por Nova Granada e Venezuela, tendo o Equador sido incorporado posteriormente. Pouco depois, houve falta de consenso entre federalistas e unionistas. Após vitórias dos primeiros, Venezuela e Equador se separam do país e constituem duas repúblicas separadas.[23]
As divisões internas, políticas e territoriais levaram à secessão da Venezuela e de Quito (atual Equador) em 1830. O chamado "Departamento de Cundinamarca" adotou o nome "Nueva Granada",[23] que se manteve até 1856 quando se tornou a "Confederación Granadina" (Confederação Granadina). Depois de uma guerra civil de dois anos, em 1863, os "Estados Unidos da Colômbia" foram criados e duraram até 1886, quando o país finalmente se tornou conhecido como a República da Colômbia. As divisões internas permaneceram entre as forças dos dois partidos políticos, às vezes resultando em guerras civis muito sangrentas, sendo a mais significativa a Guerra dos Mil Dias (1899-1902).[23]
Isto, juntamente com as intenções dos Estados Unidos em influenciar a área (especialmente na construção e no controle do Canal do Panamá), levou à separação do Departamento do Panamá em 1903 e o seu estabelecimento como uma nação. Os Estados Unidos pagaram 25 milhões de dólares para a Colômbia em 1921, sete anos após a conclusão do canal, para reparar o papel do presidente Theodore Roosevelt na criação do Panamá, e a Colômbia reconheceu o Panamá nos termos do Tratado Thomson-Urrutia. A Colômbia foi tragada numa guerra de um ano de duração com o Peru por uma disputa territorial envolvendo o Departamento de Amazonas e sua capital Leticia.[23]
La Violencia e Frente Nacional
Logo depois, a Colômbia alcançou um relativo grau de estabilidade política, que foi interrompida por um conflito sangrento que ocorreu entre os anos 1940 e início dos anos 1950, um período conhecido como La Violencia ("A Violência"). Sua causa foram tensões, principalmente entre os dois principais partidos políticos, que se desencadearam após o assassinato do candidato liberal à presidência Jorge Eliécer Gaitán em 9 de abril de 1948. Este assassinato causou distúrbios em Bogotá e se tornou conhecido como Bogotazo. A violência desses protestos espalhou-se por todo o país e causou a morte de pelo menos 180 mil colombianos.[23]
Em meio a uma verdadeira guerra civil, o candidato conservador Laureano Gómez ganhou as eleições e tomou posse em 1950. Em 1953, o Partido Conservador propôs uma nova Constituição que previa a imposição de um regime totalitário ao estilo do espanhol Francisco Franco. Os liberais e os conservadores moderados se opuseram a esse projeto, e uma junta militar derrubou o governo. Nomeou-se o general Gustavo Rojas Pinilla como presidente provisório; em 1954, a Convenção Constitucional o elegeu para mais um período de quatro anos e ele governou por meio de decretos. Embora louvado como paladino da justiça, Rojas Pinilla foi ainda mais arbitrário que seu antecessor. Numa tentativa de restauração do poder civil, liberais e conservadores constituíram uma Frente Nacional, alternando-se no poder, enquanto se expandia uma guerrilha de inspiração marxista.[23]
Conflitos armados e narcotráfico
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Um novo golpe de Estado derrotou Rojas Pinilla em 1957 e um plebiscito incorporou os acordos da Frente Nacional à Constituição, para repartir os cargos de governo e alternar os dois partidos hegemônicos na presidência. Nos anos seguintes, a impossibilidade de romper esse esquema levou muitas lideranças da oposição a aderir aos grupos guerrilheiros, que operavam no país desde La Violencia (1948-1958) e adquiriram definição ideológica de esquerda nos anos 1960, sob a influência da Revolução Cubana.[23]
Apesar da coligação liberal-conservadora, o governo caía em períodos de semiparalisia. No ano de 1958, o presidente Alberto Lleras Camargo instituiu a reforma agrária. Em 1960, a Colômbia passou a fazer parte da ALALC (Associação Latino-Americana de Livre Comércio). Em 1962 assumiu a presidência Guillermo León Valencia. O general Rojas Pinilla foi preso em 1963 sob a acusação de conspirar contra o regime. A crise econômica levou o Congresso a conceder poderes extraordinários a Valencia. A situação continuou a agravar-se no plano político, culminando com a reimplantação do estado de sítio em 1965, após distúrbios estudantis.[23]
Em 1966 começou a gestão de Carlos Lleras Restrepo, talvez a mais bem-sucedida da história colombiana. A economia recuperou-se com base num planejamento correto e em reformas políticas essenciais. Ao final de seu governo, a economia apresentava um crescimento anual de 6,9%. Na eleição de 1970, Misael Pastrana Borrero sagrou-se vencedor, derrotando o ex-ditador Rojas Pinilla. Na eleição de 1974, a presidência passou para Alfonso López Michelsen, também liberal, cujo governo enfrentou problemas econômicos. Ainda assim, em 1978 foi eleito outro liberal, Julio Turbay Ayala, contra quem se aliaram manifestações de descontentamento popular e a violência dos movimentos guerrilheiros de esquerda. O agravamento da situação provocou a adoção do estado de emergência.[23]
Em 1982, o candidato conservador Belisario Betancur Cuartas ganhou as eleições presidenciais. Neste mesmo ano, foram anistiados os presos políticos da guerrilha de esquerda. A campanha de pacificação nacional do presidente Belisário Betancur foi obstada pelo poder dos traficantes de tóxicos, o chamado cartel de Medellín, que em 1970 se implantara no país como poder paralelo. O ministro da justiça da Colômbia foi assassinado em 1984 por ter dado início à campanha antidroga. Mesmo assim, o presidente em exercício deu um grande impulso a esta campanha que levou ao desaparecimento do seu ministro; entretanto, durante o ano de 1985, as guerrilhas recuperaram a força e a luta contra o narcotráfico foi perdendo o ímpeto. Em 1985, o país foi abalado por duas tragédias: a invasão do Palácio da Justiça por sediciosos, com a morte de mais de 90 pessoas entre sequestradores e sequestrados, e a erupção do Nevado del Ruiz, que levou à morte cerca de 25 mil pessoas.[23]
Em 1986 foi o fim da Frente Nacional. O Partido Liberal venceu as eleições e o presidente Virgilio Barco Vargas declarou uma gigantesca ofensiva contra os traficantes de cocaína do cartel de Medellín, após os assassinatos de um ministro do Supremo Tribunal e do principal candidato à eleição de 1990, Luis Carlos Galán Sarmiento.[23] Depois de uma campanha em que foram assassinados os três candidatos presidenciais, César Gaviria Trujillo, do Partido Liberal, foi eleito presidente em 1990. Gaviria apoiou a Assembleia Constitucional, que elaborou uma nova Carta, a qual entrou em vigor em 1991. Seguiu-se um acordo com alguns grupos guerrilheiros (principalmente o conhecido M-19) para desmobilização, a fim de fazerem parte do processo político. Em julho de 1991, foi descoberto um grande campo petrolífero.[23]
Uma campanha bombista foi levada a cabo pelos barões da droga em retaliação pelo confisco de propriedades e extradição para os Estados Unidos de membros dos cartéis. O presidente norte-americano George Bush foi um dos aliados antidroga na Colômbia, em 1990. Vários líderes ligados ao tráfico de entorpecentes renderam-se às autoridades e foram presos. Esta onda de prisões incluiu o líder da cocaína de Medellín, Pablo Escobar, que conseguiu evadir-se da prisão, em julho de 1992, mas foi morto em um tiroteio quando era caçado por soldados e policiais em 1993. O estado de emergência foi declarado em 1994 com o intuito de controlar a situação.[23]
Em junho de 1998, foi eleito presidente o conservador Andrés Pastrana, que fez sua campanha prometendo uma profunda reforma das instituições do Estado. Assim que foi empossado, Pastrana conseguiu que os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) aceitassem sentar à mesa de negociações para discutir a pacificação do país. Para isso, foi necessário aceitar algumas condições, como reconhecer o controle das FARC sobre vários municípios, o que provocou resistências e protestos no seio das forças armadas regulares. Assim mesmo, Pastrana foi adiante e se deixou fotografar no meio da floresta com o veterano líder das FARC, Manuel Marulanda Vélez, conhecido como "Tirofijo" por sua lendária pontaria.[23]
Século XXI
A administração do presidente Álvaro Uribe (2002-10), adotou a política de segurança democrática que incluiu uma campanha integrada de antiterrorismo e contrainsurgência.[24] O plano econômico do governo também promoveu confiança nos investidores.[25] Como parte de um polêmico processo de paz, as Autodefesas Unidas da Colômbia (paramilitares de direita), enquanto uma organização formal, deixou de funcionar.[11] Em fevereiro de 2008, milhões de colombianos protestaram contra as FARC e outros grupos ilegais.[26]
Após negociações de paz em Cuba, o governo colombiano do presidente Juan Manuel Santos e a guerrilha das FARC-EP anunciaram um acordo final para acabar com o conflito.[27] No entanto, um referendo para ratificar o acordo não teve êxito.[28][29] Em novembro de 2016, no entanto, o governo colombiano e as FARC assinaram um acordo de paz revisado,[30] que o Congresso colombiano aprovou.[31] Em 2016, o presidente Santos recebeu o Prêmio Nobel da Paz.[32] O governo iniciou um processo de atenção e uma reparação abrangente das vítimas do conflito.[33][34] A Colômbia mostrou progressos modestos na luta pela defesa dos direitos humanos, como apontou a Human Rights Watch.[35] Foi criada uma "Jurisdição Especial para a Paz" para investigar, esclarecer, perseguir e punir as graves violações dos direitos humanos e as violações graves do direito humanitário internacional ocorridas durante o conflito armado e para satisfazer o direito das vítimas à Justiça.[36] Durante sua visita à Colômbia, o Papa Francisco fez homenagem às vítimas do conflito.[37]
Em termos de relações internacionais, a Colômbia e a Venezuela concordaram em restaurar as relações diplomáticas.[38] Todavia, as autoridades colombianas estão preparando um plano de contingência de emergência devido à instabilidade política e econômica na Venezuela.[39] A América Latina, com uma longa memória de intervenções dos Estados Unidos, como a infame Operação Condor, rejeita qualquer ameaça militar de estadunidenses contra a Venezuela.[40] O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia disse que todos os esforços para resolver a crise venezuelana devem ser pacíficos e respeitar a soberania do país.[41] A Colômbia propôs a ideia dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e um documento final foi adotado pelas Nações Unidas.[42] A Colômbia, com uma matriz de geração de eletricidade muito limpa, também reafirmou seu apoio ao Acordo Climático de Paris.[43]
Geografia
A Colômbia está localizada na América do Sul, precisamente no noroeste do subcontinente. Sua superfície territorial é de 1 141 748 km², fazendo deste o 25.º maior país do mundo. Faz fronteira a leste com a Venezuela e Brasil; ao sul com o Equador e Peru, ao norte com Panamá e Mar do Caribe e a oeste com Equador e Oceano Pacífico. Seu maior limite territorial é com a Venezuela, compartilhando com esta 2 219 quilômetros de fronteira, seguido do Brasil e Peru, com 1 645 e 1 626 quilômetros de fronteira, respectivamente. O país possui, ainda 2 900 quilômetros de costa litorânea. A menor fronteira é registrada com o Panamá, com 266 quilômetros fronteiriços. A Colômbia reivindica três distritos especiais e as ilhas de San Andrés e Providencia, disputadas com a Nicarágua.[44][45]
Parte do Círculo de fogo do Pacífico, uma região do mundo sujeita a terremotos e erupções vulcânicas, a Colômbia é dominada pelas montanhas dos Andes. Além do Maciço Colombiano (nos departamentos do sudoeste de Cauca e Nariño), estas são divididas em três ramos conhecidos como cordilheiras: a Cordilheira Ocidental, junto à costa do Pacífico, incluindo a cidade de Cali, a Cordilheira Central, entre os vales dos rios Cauca e Magdalena (a oeste e a leste, respectivamente) e incluindo as cidades de Medellín, Manizales, Pereira, Armênia e Quindío, e a Cordilheira Oriental, que se estende de nordeste da Península de La Guajira e inclui Bogotá, Bucaramanga e Cúcuta. Os picos na Cordilheira Occidental excedem 3 962 metros, enquanto a Cordilheira Central e a Cordilheira Oriental atingem 5 486 metros.[46] Com 2 591 metros de altitude, Bogotá é a cidade mais alta de seu tamanho no mundo.[47]
A leste dos Andes está a savana do Llanos, parte da bacia do rio Orinoco, e, no extremo leste do sul, a selva da floresta amazônica. Juntas, essas planícies constituem mais de metade do território da Colômbia, mas elas contêm menos de 3% da população do país. O norte da costa do Caribe, que abriga 20% da população e onde se localizam as importantes cidades portuárias de Barranquilha e Cartagena, geralmente consiste de baixas planícies, mas também contém a Sierra Nevada de Santa Marta, que inclui os picos mais altos do país (Pico Cristóbal Colón e o Pico Simón Bolívar), e o deserto de Guajira. Em contrapartida, as estreitas e descontínuas planícies costeiras do Pacífico, apoiadas pelas montanhas da Serra de Baudó, estão cobertas de uma densa vegetação e são pouco povoadas. O principal porto do Pacífico é o de Buenaventura. O território colombiano também inclui uma série de ilhas do Caribe e do Pacífico.[48]
Os vales de Magdalena, Cauca e Atrato-San Juan se destacam por sua extensão entre os diferentes vales da Colômbia. Quanto a planícies, são notáveis as do Pacífico, a Amazônica, do Caribe e as da Orinoquia.[48] As montanhas periféricas, apesar da proximidade geográfica, não fazem parte das cordilheiras andinas. O sistema que forma tais montanhas é composto pelos montes de María, pelas montanhas de la Guajira e pelas serras de la Macarena, Piojó, Santa Marta e del Darién, sendo que esta última está situada na fronteira do país com o Panamá.[48]
Clima
O clima da Colômbia caracteriza-se por ser tropical, mas apresenta variações dentro de seis regiões naturais, cujas características dependem de altitude, temperatura, umidade, ventos e chuvas.[49] A diversidade das zonas climáticas na Colômbia é caracterizada por florestas tropicais, savanas, estepes, desertos e clima alpino.[49]
O clima de montanha é uma das características únicas dos Andes e outros relevos de altitude, onde o clima é determinado pela elevação. Abaixo de 1 000 metros de altitude é a zona altitudinal quente, onde as temperaturas estão acima de 24 °C. Cerca de 82,5% da área total do país está na zona altitudinal quente.[49]
A zona altitudinal de clima temperado, localizada entre 1 001 e 2 000 metros, caracteriza-se por apresentar uma temperatura média entre 17 e 24 °C. O clima frio está presente entre 2 001 e 3 000 metros e as temperaturas variam entre 12 e 17 °C. Além da terra fria, há condições alpinas em uma zona florestada e, em seguida, pastagens sem árvores dos páramos. Acima de 4 000 metros, onde as temperaturas estão abaixo do frio, o clima é glacial, uma zona de neve e gelo permanentes.[49]
Regiões naturais e áreas de conservação
A Colômbia possui cinco regiões naturais, por seus diferentes relevos, ecossistemas e climas: Amazônia, Andina, Caribe, Insular, Orinoco e o Pacífico.[50] A região Amazônica é a mais extensa e menos povoada. Apresenta elevada umidade, pluviosidade e calor e faz parte da Bacia Amazônica.[50] A região Andina inclui os vales dos rios Cauca e Magdalena, sendo a mais povoada do país. O Caribe colombiano compreende os grupos caribenhos e montanhosos fora do Andes, como os montes de María, as montanhas de Sierra Nevada de Santa Marta e as serras de la Macarena, Piojó e la Guajira. O clima nesta região é quente, chegando ao semiárido em grande parte de La Guajira.[50]
A região insular é formada pelas ilhas do arquipélago de Santo André, Providência e Santa Catarina, no Mar do Caribe, e as ilhas de Malpelo e Gorgona, no Oceano Pacífico, apresentando ecossistemas de corais e uma alta diversidade de espécies aquáticas.[51] Já a região do Orinoco está localizada no nordeste da Colômbia, constituindo-se numa área plana, de baixa altitude, parte da bacia rio Orinoco e pouco habitada.[50] O Pacífico colombiano forma-se de planícies costeiras e montanhas da região, que não pertencem à Cordilheira dos Andes, incluindo as montanhas de Baudó. Possui, ainda, abundantes manguezais e florestas densas, com uma região úmida e de maior precipitação.[50]
Há 56 parques nacionais na Colômbia, administrados pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas, cobrindo 11,28% do território continental e marítimo do país. Através da Lei nº 165, de 1994, a Colômbia assinou um acordo de biodiversidade, que se caracteriza na Política Nacional da Biodiversidade, o qual resultou na criação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação e Áreas Protegidas. As áreas protegidas pelo órgão consistem em 11 santuários e 41 parques nacionais, além de uma área natural única e duas reservas naturais. Estas áreas são importantes para a proteção dos ecossistemas, biodiversidade e gerenciamento dos recursos hídricos. Estima-se que a o volume de água existente nessas áreas é responsável pelo abastecimento de 25 milhões de pessoas.[52][53][54]
Biodiversidade
A Colômbia é considerado um dos países megadiversos do mundo,[56] classificado em terceiro lugar em número de espécies vivas e em primeiro em número de espécies de aves.[57][58] O país tem entre 40 mil e 45 mil espécies de plantas diferentes, o equivalente a 10 ou 20% de todas as espécies do mundo, o que é ainda mais notável dado que a Colômbia é considerada um país de tamanho intermediário, com cerca de 1/9 do tamanho do território dos Estados Unidos, por exemplo. A Colômbia é o segundo país mais biodiverso do mundo, atrás somente do Brasil, que é aproximadamente 8 vezes maior.[59]
A Colômbia é o país do planeta mais caracterizado por seu grau elevado de biodiversidade, com a maior taxa de espécies por unidade de área em todo o mundo e com o maior número de espécies endêmicas (espécies que não são encontradas naturalmente em outro lugar) de qualquer país. Cerca de 10% das espécies da Terra vivem no território colombiano, incluindo mais de 1 800 espécies de aves, mais do que a Europa e a América do Norte combinadas. O país é o lar de 10% das espécies de mamíferos, 14% das espécies de anfíbios e 18% da espécies de aves do mundo.[60]
O país tem cerca de duas mil espécies de peixes marinhos e 1 450 espécies de peixes de água doce, além de ter o maior número de espécies endêmicas de borboletas, de orquídeas e mais de 250 mil variedades de besouros. A Colômbia é o primeiro em número de espécies de anfíbios, além de concentrar mais de 30% das espécies de tartarugas marinhas e 25% das espécies de crocodilos do planeta. Existem 34 espécies de primatas, 270 espécies de cobras e, de acordo com estimativas, 300 mil espécies de invertebrados no país, que ainda possui 32 biomas terrestres e 314 tipos de ecossistemas diferentes.[61][62]
De acordo com um relatório do World Wide Fund for Nature (WWF), quase metade dos ecossistemas da Colômbia está em condições críticas ou em perigo de extinção. Além disso, das 1 853 espécies de plantas avaliadas, 665 (36%) estão ameaçadas de extinção, enquanto das 284 espécies de animais terrestres avaliadas, 41 estão criticamente ameaçadas, 112 estão ameaçadas e 131 estão vulneráveis. Segundo o WWF, a degradação ambiental na Colômbia se deve à extração de petróleo e minerais e muitas empresas responsáveis são estrangeiras.[63]
Hidrografia
Há quatro bacias hidrográficas na Colômbia: a do Pacífico, a costa caribenha, do Catatumbo e a Costa Atlântica. O Maciço colombiano é de grande importância para o país, pois ali nascem os rios Caquetá (chamado de Japurá no Brasil), Patía, Cauca e Magdalena. Em Sierra Nevada de Santa Marta estão as nascentes dos rios Don Diego, Ranchería e Dibulla, os quais desembocam no mar do Caribe e formam a área hidrográfica do Caribe. O rio Atrato, que faz parte desta região hidrográfica, é um dos maiores rios do mundo no que diz respeito ao tamanho de sua bacia.[64]
A bacia do Pacífico é formada pelos rios da parte oriental do país que, por sua vez, nascem em um local conhecido como Nudo de los Pastos - também chamado de maciço de Huaca. Uma característica que o diferencia das demais bacias do Pacífico na América do Sul, é que este possui dois rios de grande porte: o San Juan, o mais caudaloso, e o Patia, o mais longo. O rio Amazonas e o rio Orinoco formam a bacia da Costa Atlântica, que cobre uma área de 670 000 km². Os rios que formam o rio Orinoco nascem na região Orinoquia, e seu fluxo varia conforme a mudança climática. Na Amazônia colombiana, há inúmeros rios caudalosos, devido à elevada pluviosidade na área, sendo que as mudanças nas vazões também sofrem efeitos das variações climáticas. O Catatumbo abrange uma área de 18 500 km², compreendendo os rios Zulia, Sardinata, Táchira e Cucutilla, além do rio Catatumbo, que desemboca no lago de Maracaibo, na Venezuela. Pântanos e lagoas na Colômbia estão localizados nas cadeias de montanhas onde há várzeas.[64][65]
Demografia
Na Colômbia, a demografia é estudada pelo Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE), órgão oficial vinculado ao Poder Executivo. Com uma estimativa de 50 milhões de habitantes em 2020, a Colômbia é o quarto país mais populoso das Américas, depois dos Estados Unidos, Brasil e México. A Colômbia tem a quarta maior população de língua espanhola no mundo depois do México, Estados Unidos e Espanha.[8]
Segundo o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE), 51,2% da população colombiana são mulheres, enquanto 48,8% são homens. 22,6% da população possui até 14 anos de idade; 68,2% da população possui entre 15 e 65 anos de idade e 9,1% possui mais de 65 anos de idade, conforme estimativas de 2019.[66]
No que diz respeito à emigração, o Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE) estima que cerca de 3,3 milhões de colombianos vivem no exterior, principalmente nos Estados Unidos, Espanha, Chile e Canadá.[67][68] Os mais propensos a emigrar são os do interior do país, destacando um importante contingente de intelectuais e pessoas talentosas que fazem parte do fenômeno chamado fuga de cérebros.[69]
Composição étnica e línguas
Predefinição:VT De acordo com um estudo genético de DNA autossômico, realizado em 2008, pela Universidade de Brasília (UnB) a composição da população da Colômbia é a seguinte: 33,80% de contribuição indígena, 45,90% de contribuição europeia e 20,30% de contribuição africana.[70]
O idioma oficial da Colômbia é o castelhano, mas existem no país cerca de 500 mil falantes de idiomas indígenas.[71] Há 101 idiomas listados no país, sendo oitenta deles vivos e 21 extintos. O catalão (ou valenciano) é falado por imigrantes espanhóis. Há também uma língua crioula, o palenquero, falado em Mahates por cerca de 2 500 pessoas.
Religião
O Departamento Administrativo Nacional de Estatística (DANE) não recolhe estatísticas religiosas, e relatórios precisos são difíceis de obter. No entanto, com base em vários estudos, mais de 95% da população do país adere ao cristianismo, a grande maioria dos quais (entre 81% e 90%) é de católicos romanos. Cerca de 1% dos colombianos participa de religiões indígenas e menos de 1% segue o judaísmo, islamismo, hinduísmo e budismo. No entanto, apesar do alto número de adeptos, cerca de 60% dos entrevistados de uma pesquisa feita pelo El Tiempo informaram que não são praticantes ativos de sua fé.[72]
Como o resto da América Latina, a Colômbia está passando por um aumento contínuo de adeptos do protestantismo, sendo a maioria deles convertidos do catolicismo. Atualmente os protestantes constituem entre 10 a 13% da população colombiana.[73] Embora a Colômbia continue sendo um país de maioria católica, a Constituição colombiana 1991 garante a liberdade e a igualdade de religião.[74] Predefinição:Gráfico circular Os grupos religiosos do país facilmente obtém reconhecimento como associações organizadas, apesar de alguns pequenos terem enfrentado dificuldade em obter o reconhecimento adicional necessário para oferecer serviços de capelania em estabelecimentos públicos e para realizar casamentos legalmente reconhecidos.[72] Antes de a Constituição garantir a liberdade de religião, o catolicismo era a religião oficial do Estado. Após a promulgação da Constituição de 1991, houve uma separação entre a Igreja e o Estado, embora a Igreja Católica ainda detenha uma posição privilegiada dentro do país.
Atualmente na Colômbia há alguma perseguição religiosa contra os líderes protestantes evangélicos vindos de organizações de guerrilha esquerdistas, principalmente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC). Eles perseguem os líderes protestantes especialmente em áreas rurais impedindo o ensino bíblico.[73]
Urbanização
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
A população está concentrada nas montanhas dos Andes e na costa do Caribe. Os nove departamentos da planície oriental, que compreendem cerca de 54% da área da Colômbia, têm menos de 3% da população e uma densidade populacional inferior a uma pessoa por quilômetro quadrado. O movimento rural para as áreas urbanas foi muito intenso em meados do século XX, e a Colômbia é hoje um dos países mais urbanizados da América Latina. A população urbana aumentou de 31% do total em 1938 para 60% em 1975, e em 2005 esse número foi para 72,7%.[75][76]
A população de Bogotá aumentou de pouco mais de 300 mil habitantes em 1938 para cerca de 7 milhões atualmente. No total, atualmente trinta cidades do país têm uma população superior a 100 mil pessoas. A Colômbia tem uma das maiores taxas de deslocados internos do mundo, estimada em cerca de 4,3 milhões de pessoas.[77] Predefinição:Cidades mais populosas da Colômbia
Política
A Colômbia é uma república presidencial democrática representativa, tal como estabelecido na Constituição de 1991. Em conformidade com o princípio da separação dos poderes, o governo é dividido em três poderes: o executivo, o legislativo e o judiciário.
O chefe do poder executivo é o Presidente da Colômbia, que serve tanto como chefe de Estado quanto como chefe de governo, seguido pelo vice-presidente e pelo Conselho de Ministros. O presidente é eleito por voto popular para mandatos de quatro anos e está atualmente limitado a um máximo de dois mandatos. Ao nível provincial o poder executivo é exercido pelos governadores de departamentos, prefeitos municipais e os administradores locais para pequenas subdivisões administrativas, tais como corregedores para corregimientos.
O ramo legislativo do governo é composto pelo Senado e pela Câmara dos Deputados. Os 102 assentos do Senado são nacionais e os representantes são eleitos por cada região e grupos minoritários.[78] Os membros de ambas as câmaras são eleitos dois meses antes do presidente, também por votação popular e para mandatos de quatro anos. Ao nível provincial o Poder Legislativo é representado por conjuntos de departamento e conselhos municipais.[79] Todas as eleições regionais são realizadas um ano e cinco meses depois da eleição presidencial.[80][81]
O poder judiciário é liderado pelo Supremo Tribunal, composto de 23 juízes divididos em três câmaras (Penal, Civil e Agrário e do Trabalho). O poder judiciário também inclui o Conselho de Estado, que tem a responsabilidade especial de direito administrativo e também presta assessoria jurídica ao executivo, o Tribunal Constitucional, responsável por garantir a integridade da Constituição colombiana, e o Conselho Superior da Magistratura, responsável pela auditoria do Poder Judiciário.[82]
Apesar de uma série de controvérsias, principalmente em relação a escândalos políticos, as melhorias na segurança pública e continuidade do forte desempenho econômico do país garantiram que o ex-presidente Uribe se mantivesse popular entre os colombianos, com seu índice de aprovação chegando a 85%, de acordo com uma sondagem em julho de 2008.[83] No entanto, depois de dois mandatos, ele foi constitucionalmente impedido de tentar outra reeleição em 2010. Nas eleições de 30 de maio de 2010, o ex-ministro da Defesa, Juan Manuel Santos, recebeu 46% dos votos.[84] Um segundo turno foi necessário uma vez que nenhum candidato recebeu o mínimo de 50% dos votos. No dia 20 de junho de 2010, Santos venceu o segundo candidato mais popular, Antanas Mockus, que marcou 21% dos votos.[84]
Forças armadas
O ramo executivo do governo é responsável pela gestão da defesa do território colombiano, sendo o presidente do país o comandante-em-chefe das forças armadas. O Ministério da Defesa exerce controle do dia-a-dia das forças armadas e da Polícia Nacional da Colômbia. De acordo com o Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU, a Colômbia tem 209 mil militares[85] e, em 2005, investiu 3,7% do seu PIB em despesas militares, o que em ambos os casos coloca o país no 21º lugar no mundo. Dentro da América Latina, as forças armadas da Colômbia são a terceira maior, atrás das forças do Brasil e do México, e recebem a segunda maior proporção do PIB, depois do Chile.[86]
As forças armadas estão divididas em três ramos: o Exército Nacional da Colômbia, a Força Aérea Colombiana e a Marinha da Colômbia. A Polícia Nacional atua como polícia e opera de forma independente do serviço militar como uma agência de aplicação da lei em todo o território nacional. Cada uma delas opera com o seu próprio aparato de inteligência separada da agência nacional de inteligência, o Departamento Administrativo de Segurança. O Exército Nacional é formado por divisões, regimentos e unidades especiais, a Armada Nacional pela Infantaria Naval colombiano , a Força Naval do Caribe, a Força Naval do Pacífico, a Força Naval do Sul, Guarda Costeira da Colômbia, Aviação Naval, o comando específico de San Andrés y Providencia e a Força Aérea por 13 unidades de ar. A Polícia Nacional tem presença em todos os municípios.
Relações exteriores
As relações exteriores da Colômbia são dirigidas pelo presidente, como chefe de Estado, e gerido pelo Ministro das Relações Exteriores.[87] O país tem missões diplomáticas em todos os continentes.[88]
A Colômbia foi um dos 12 membros fundadores da União de Nações Sul-Americanas (UNASUL), que tem como objetivo seguir o modelo da União Europeia e desenvolver acordos de livre comércio, livre circulação de pessoas, uma moeda comum e também um passaporte comum entre os países membros. Além da UNASUL, a Colômbia também é membro da Comunidade Andina de Nações, da Aliança do Pacífico, da Organização dos Estados Americanos (OEA), entre outras organizações internacionais.[89][90][91]
Subdivisões
A Colômbia é dividida em 32 departamentos e um distrito capital, que é tratado como um departamento (Bogotá também serve como a capital do departamento de Cundinamarca). Os departamentos são divididos em municípios, por sua vez subdivididos em corregimientos. Cada departamento tem um governo local com governador e assembleia eleitos por sufrágio universal para um mandato de quatro anos. Cada município é dirigido por um prefeito e um conselho e cada corregimiento por um corregedor eleito ou líder local.
Além da capital, nove outras cidades foram designadas distritos (municípios com efeito especial), com base em características distintivas especiais. Trata-se de Barranquilha, Cartagena, Santa Marta, Cúcuta, Popayán, Bucaramanga, Tunja, Turbo, Buenaventura e Tumaco. Alguns departamentos têm subdivisões administrativas locais, onde as cidades têm uma grande concentração de população e municípios estão próximos uns dos outros (por exemplo, em Antioquia e Cundinamarca).
Economia
Historicamente uma economia agrária, a Colômbia se urbanizou rapidamente no século XX. Ao final do século, apenas 22,7% dos trabalhadores eram empregados na agricultura, gerando apenas 11,5% do PIB da nação. 18,7% dos trabalhadores estão empregados na indústria, e 58,5% nos serviços, sendo responsáveis por 36% e 52,5% do PIB, respectivamente.[11] Os principais parceiros comerciais do país são os Estados Unidos (o controverso acordo de livre comércio com os Estados Unidos está atualmente aguardando aprovação pelo Congresso dos Estados Unidos), Venezuela e China.[11] Todas as importações, exportações e o saldo total de comércio estão em níveis recordes, e a entrada de dólares de exportação resultou em uma substancial revalorização do peso colombiano. A economia colombiana cresceu de forma constante na última parte do século XX, com o produto interno bruto (PIB) crescendo a uma taxa média de mais de 4% ao ano entre 1970 e 1998. O país sofreu uma recessão em 1999 (primeiro ano de crescimento negativo desde a Grande Depressão) e a recuperação foi longa e dolorosa. No entanto, o crescimento nos últimos anos tem sido impressionante, atingindo 8,2% em 2007, uma das maiores taxas de crescimento na América Latina. Enquanto isso, a Bolsa de Valores da Colômbia subiu de 1 000 pontos desde sua criação em julho de 2001 para mais de 7.300 pontos em novembro de 2008.[92]
De acordo com estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), em 2007 o PIB nominal da Colômbia foi de 202,6 bilhões de dólares (37º maior do mundo e o quarto maior da América do Sul). Ajustado pela paridade do poder de compra (PPC), o PIB per capita está em US$ 7 968, colocando a Colômbia na 82ª posição no mundo. Entretanto, na prática, essa riqueza é desigualmente distribuída entre a população do país, o que é muito comum na América Latina, tendo a Colômbia uma alta pontuação no coeficiente de Gini, com números da ONU colocando o país na 119ª posição entre 126 países. Em 2003, os 20% mais ricos da população tinham uma quota de 62,7% do rendimento/consumo e os 20% mais pobres apenas 2,5%.[75] Os gastos do governo respondem por 37,9% do PIB.[11] Quase um quarto desse montante vai para a relativamente elevada dívida governamental do país, estimada em 52,8% do PIB em 2007.[11][75] Outros problemas enfrentados pela economia incluem a fraca demanda interna e externa, o financiamento do sistema de pensões do país e a taxa de desemprego (10,8% em novembro de 2008).[92] A inflação permaneceu relativamente baixa nos últimos anos, situando-se em 5,5% em 2007.[11]
O desempenho econômico foi impulsionado por reformas liberais introduzidas nos anos 1990 e continuou durante a presidência de Álvaro Uribe, cujas políticas incluem medidas destinadas a reduzir o déficit público abaixo de 2,5% do PIB. Em 2008, a Heritage Foundation avaliou a economia colombiana como 61,9% livre, um aumento de 2,3% desde 2007, colocando-a na 67ª posição do mundo e na 15ª entre os 29 países das Américas Central e do Sul.[94] A economia da Colômbia melhorou nos últimos anos, o investimento aumentou, passando de 15% do PIB em 2002 para 26% em 2008, e empresas privadas foram reequipadas. Entretanto, o desemprego em 9,1% e a taxa de pobreza em 28,5% em 2014.[3]
A Colômbia é rica em recursos naturais e suas principais exportações incluem petróleo, carvão, café e outros produtos agrícolas e ouro.[95] Está entre os cinco maiores produtores mundiais de café, abacate e óleo de palma e é um dos 10 maiores produtores mundiais de cana-de-açúcar, banana, abacaxi e cacau.[96] Na pecuária, a Colômbia é um dos 20 maiores produtores do mundo de carne bovina e carne de frango, além de outras produções consideráveis. [97] Em 2019, tinha a 46ª indústria mais valiosa do mundo (U $ 35,4 bilhões), de acordo com o Banco Mundial [98], voltada à produção de alimentos, roupas, bebidas, máquinas e ao setor de transportes. Em 2018 o país foi o 14º maior produtor mundial de cerveja.[99]
Em 2020, o país era o 20º maior produtor de petróleo do mundo, extraindo 791 mil barris/dia. [100][101][102]. O país foi o 19º maior exportador de petróleo do mundo em 2015 (681 mil barris/dia). [100] Na produção de carvão, o país foi o 12º maior do mundo em 2018: 89,4 milhões de toneladas.[103] O país foi o 5º maior exportador de carvão do mundo em 2018, com 84 milhões de toneladas.[104][105][106] A produção de ouro do país já era considerável até 2007, quando cresceu mais de 300%, colocando o país entre os 25 maiores produtores de ouro do mundo. [107] A Colômbia também é conhecida como a principal fonte mundial de esmeraldas,[108] enquanto mais de 70% das flores importadas pelos Estados Unidos são colombianas.[109]
Turismo
Durante muitos anos, graves conflitos internos armados dissuadiram os turistas de visitarem a Colômbia, com alertas oficiais de governos contra viagens ao país. No entanto, nos últimos anos, o número de turistas tem aumentado acentuadamente, graças às melhorias na segurança resultantes da estratégia "segurança democrática" do presidente Uribe, que incluiu aumentos significativos na força militar e na presença da polícia em todo o país e empurrou os grupos rebeldes para longe das grandes cidades, estradas e locais turísticos capazes de atrair visitantes internacionais. Estima-se que as visitas de turistas estrangeiros aumentaram de 0,5 milhão em 2003 para 1,3 milhão em 2007,[110] enquanto a Lonely Planet escolheu a Colômbia como um dos seus dez principais destinos mundiais de 2006.[111] O Ministro da Indústria, do Comércio e do Turismo da Colômbia, Luis Guillermo Plata, disse que seu país recebeu 2.348.948 visitantes em 2008. Ele estava esperando 2 650 000 turistas para 2009.[112][113]
As atrações turísticas mais populares incluem o distrito histórico de Candelaria no centro de Bogotá, a cidade murada e as praias de Cartagena, as cidades coloniais de Santa Fe de Antioquia, Popayán, Villa de Leyva e Santa Cruz de Mompox, o Santuário de Las Lajas Sé e Catedral de Sal de Zipaquirá. Os turistas também são atraídos por inúmeros festivais na Colômbia, como o Festival de Flores de Medellín, o Carnaval de Barranquilla, o Carnaval de Negros e Brancos em Pasto e o Festival de Teatro Ibero-Americano em Bogotá. Também por causa do melhor estado da segurança no país, os navios de cruzeiro do Caribe, agora param em Cartagena e Santa Marta. A grande variedade de geografia, flora e fauna em toda a Colômbia também resultou no desenvolvimento de uma indústria de ecoturismo, concentrados em parques nacionais do país. Os destinos ecoturísticos mais populares incluem: o litoral do Caribe, o Parque Nacional Natural Tayrona na Sierra Nevada de Santa Marta e na Serra do Cabo de la Vela na ponta da Península de La Guajira, o vulcão Nevado del Ruiz, vale Cocora e o deserto Tatacoa na região central andina; o Parque Nacional de Amacayacu na bacia do rio Amazonas, e as ilhas do Pacífico Malpelo e Gorgona. A Colômbia é o lar de sete Patrimônios Mundiais da UNESCO. <div class="thumb tnone" style="margin-left: auto; margin-right:auto; width:100%; max-width:Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px;">
Infraestrutura
Transportes
A Colômbia tem uma rede de estradas nacionais mantida pelo Instituto Nacional de Vias (INVIAS), órgão do governo no âmbito do Ministério dos Transportes. A Rodovia Pan-americana percorre a Colômbia, ligando o país com a Venezuela a leste e com o Equador ao sul. Em 2021 a Colômbia tinha 204.389 km de rodovias, sendo 32.280 km pavimentados.[114] No final de 2017 o país possuía cerca de 2100 km de rodovias duplicadas.[115]
O principal aeroporto da Colômbia é o Aeroporto Internacional El Dorado, em Bogotá. É o aeroporto mais movimentado da América Latina em número de voos e em peso das mercadorias transportadas.[116] Várias companhias aéreas nacionais (Avianca, AeroRepública, AIRES, Satena e EasyFly), e as companhias aéreas internacionais (como a Iberia, American Airlines, Varig, Copa Airlines, Continental Airlines, Delta Airlines, Air Canada, Air France, Aerolíneas Argentinas, Aerogal, TAME, TACA) operam a partir de El Dorado. Devido à sua localização central na Colômbia e na América, é preferido pelos prestadores Nacional de Transportes Terrestres, bem como fornecedores nacionais de transporte aéreo internacional.
Saúde
A expectativa de vida ao nascer em 2005 foi de 72,3 anos; 2,1% da população não atinge a idade de 5 anos e 9,2% não chega aos 40 anos de idade.[75] As condições de saúde na Colômbia têm melhorado muito desde a década de 1980. A reforma de 1993 transformou a estrutura do financiamento da saúde pública, a inversão do ónus da subvenção dos fornecedores para os usuários. Como resultado, os empregados têm sido obrigados a pagar planos de saúde em que os empregadores também contribuem. Embora este novo sistema tenha ampliado a cobertura da população pelo sistema de segurança social e de saúde de 21% (pré-1993) para 56% em 2004 e 66% em 2005, persistem disparidades de saúde, com os pobres continuando a sofrer as taxas de mortalidade relativamente elevadas. Em 2002, a Colômbia tinha 58 761 médicos, 23 950 enfermeiros e 33 951 dentistas; estes números equivalem a 1,35 médicos, 0,55 enfermeiros e 0,78 dentistas por mil habitantes, respectivamente. Em 2005, a Colômbia tinha apenas 1,1 médicos por mil habitantes, em comparação com a média latino-americana de 1,5. O setor da saúde teria se deteriorado pela corrupção, incluindo a má alocação de recursos e evasão de contribuições para o fundo de saúde.[117]
Educação
O Ministério da Educação da Colômbia é o órgão responsável pela coordenação do sistema nacional de educação e as secretarias de educação das regiões são responsáveis pela administração do serviço e supervisão.[118][119] A educação formal é composta por níveis de educação pré-escolar (três graus), básicos (nove graus), o ensino médio (duas séries) e ensino superior, que é assumido em parte pelo Estado, através de várias organizações, como a chamada "Cidades Universitárias" localizadas nas grandes cidades, embora cerca de 70% das instituições de ensino superior existentes na Colômbia sejam privadas.[120] O sistema incorpora também as escolas militares, onde os homens e as mulheres podem obter um diploma do ensino médio, dando-lhes formação militar de reservistas, comandados por oficiais em formação e/ou oficiais não comissionados das Forças Armadas nos últimos três anos do ensino médio.[121]
A ciência e a tecnologia são desenvolvidas principalmente por universidades públicas na Colômbia e ao nível do Estado, sob os auspícios do governo colombiano por meio do Departamento de Administração de Ciência e Tecnologia, o Colciencias.[122] A Colômbia não investe o suficiente em ciência e tecnologia para fazer uma impacto significativo sobre a economia,[123] no entanto, há o interesse em desenvolver este setor a nível local através da criação de parques tecnológicos em áreas como energia, saúde, software, agronegócio (em Portugal, agroindústria) e biotecnologia.[124]
A taxa total de alfabetização da população adulta em 2018 foi de aproximadamente 95,09%, sendo 94,85% para os homens e 95,32% para as mulheres. A taxa de alfabetização entre a população jovem chega a 98,85%, sendo 99,07% entre mulheres jovens e 98,63% entre homens jovens. Na classificação da taxa de alfabetização, a Colômbia é o 68º país no ranking da taxa de alfabetização.[125] A Colômbia ficou em 57º lugar entre 70 nações avaliadas nos testes PISA em 2015.[126]
O ensino superior é ministrado em dois níveis: graduação e pós-graduação. A graduação tem, por sua vez, três níveis de formação: nível técnico profissional (relacionado aos programas técnicos profissionais), nível tecnológico (relacionado aos programas tecnológicos), nível profissional (relacionado aos programas profissionais universitários). Na pós-graduação são reconhecidas especializações, mestrados e doutorados. 182 O ensino superior é avaliado por meio dos Testes Saber (ICFES). Os Testes T&T Saber avaliam as competências genéricas e as competências específicas comuns de alunos de programas técnicos e tecnológicos que passaram em 75% dos créditos acadêmicos. O Saber Pro Tests é um exame que testa as competências dos alunos que estão cursando o último ano dos programas de graduação em instituições de ensino superior.[127][128]
Telecomunicações
O setor de telecomunicações na Colômbia é regulamentado pelo Ministério das Tecnologias da Informação e das Comunicações da Colômbia, através do Regulamento de Comunicações (CRC). Em 2012, havia 6,291 milhões de linhas fixas reportadas e, em 2011, 47 800 000 assinantes de telefonia móvel, o que equivale a uma cobertura de 103% da população.[129][130] O domínio de topo de código do país (ccTLD) sobre a Internet é .co, sendo que este foi gerido pela Universidade dos Andes entre 1991 e 2004, quando o Conselho de Estado determinou que o gerenciador de domínio colombiano deve ser elaborado pelo Ministério das Comunicações. Em setembro de 2009, ele foi premiado com um contrato de concessão a.CO Internet SAS, a fim de gerenciar o domínio. Em 2011, o número de usuários de Internet no país foi estimado em 25 milhões, com uma taxa de 56% de participação do total da população, a terceira maior da América Latina. Da mesma forma, o número de assinantes de internet de banda larga chegou a 2,3 milhões, uma taxa de 5,1% de adesão.
Cultura
Música
A Colômbia é berço de diversos gêneros musicais, tais como a Cúmbia, o Bambuco, e o Vallenato. Os diferentes gêneros de música popular da Colômbia são influenciados por elementos espanhóis, ameríndios e africanos, bem como outras correntes da América Latina que têm feito da música colombiana uma das mais ricas da região, levando ao reconhecimento vários de seus artistas. A música colombiana é promovida principalmente pelo apoio de grandes gravadoras, empresas independentes e, em menor medida, o governo da Colômbia, através do Ministério da Cultura. De forma descentralizada, o Sistema Nacional de Cultura, por meio do Conselho Nacional de Música, aconselha o Governo sobre assuntos musicais e em nome de cada uma das seis regiões do país.[131]
A Sociedade de Autores e Compositores da Colômbia (SAYCO) e a Associação Colombiana de intérpretes e produtores de fonogramas (Acinpro) são as organizações responsáveis pela coleta e distribuição de direitos econômicos, causadas pelo uso das obras, para os seus membros e autores estrangeiros, que são filiados à Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores (CISAC).[132] Muitos gêneros musicais estrangeiros têm alcançado sucesso comercial no país, o que os torna bastante difundidos, através de estações de rádio nacionais. Entre esses gêneros, podem ser citados o merengue, salsa, rock, pop, lambada, entre outros.[133] Apesar da origem estrangeira de tais gêneros, culturalmente estes tem tido influência significativa na Colômbia. Nesse sentido, esses gêneros musicais têm representantes em atividade no país. O gênero de origem colombiana que alcançou maior sucesso comercial, até hoje, é o vallenato.[134]
A partir de fusões entre muitos desses gêneros, existem novos gêneros no país, como o tropipop e champeta. O jazz é um gênero que aparece no país desde a década de 1920, com especial importância em cidades como Barranquilla, Cartagena, Bogotá, Cali e Medellin, através da rádio, cinema e clubes sociais.[135] Os países tem diversos festivais de jazz, como o Jazz no Parque, que acontece em Bogotá desde 1996,[136] o Barranquijazz, de Barranquilla,[137] o Festival Internacional de Jazz em Medellin, entre outros.[138]
Literatura
A Colômbia é pátria de diversos escritores de renome internacional, destacando-se entre estes Gabriel García Márquez, Prêmio Nobel da Literatura, autor de livros como Cem Anos de Solidão, Crônica de uma Morte Anunciada e O Amor nos Tempos do Cólera. Também são importantes na literatura do país autores como Jorge Isaacs (autor de poemas, poesias e apenas um romance) e José María Vargas Vila. Jesus Martín-Barbero é escritor espanhol, mas vive no país desde 1963, aos 26 anos de idade.
Cinema
O cinema colombiano tem suas origens voltadas ao ano de 1897, sendo pouco rentável e com um destaque modesto ao longo de sua história.[139] Durante as primeiras décadas do século XX, algumas empresas mantiveram um nível constante de produção, mas a falta de apoio financeiro e a forte concorrência estrangeira contribuíram para uma diminuição significativa nas iniciativas de produções nacionais. A Compañía de Fomento Cinematográfico (Focine) foi criada na década de 1980, permitindo que algumas produções colombianas fossem realizadas. No entanto, a organização teve de ser fechada no início dos anos 1990.[140] Uma lei de incentivo à produção cinematográfica nacional, aprovada em 2003, tem garantido a manutenção da indústria de cinema no país, assim como a realização e produção de filmes e curta-metragens.[141]
Culinária
A culinária colombiana tem forte presença do milho além de outros tubérculos. Uma fruta comum nos pratos do país é o abacate. Os pratos típicos também levam maior quantidade de temperos, porém não tanto como nas culinárias indiana ou mexicana, por exemplo. A mandioca também está presente em diversos pratos. A bebida mais comum e a marca da culinária no país é o café. A gastronomia colombiana varia em cada uma de suas regiões. Na região amazônica, a culinária é caracterizada por ser à base de peixe, sendo o pirarucu um dos mais consumidos. Um dos pratos mais representativos desta região é a patarashca, um filé de peixe temperado com alho, pimentão e cebola e assado envolto em folhas de bananeira; quase sempre acompanhada por banana frita e farinha de mandioca.[142]
Na região de Paisa, o prato típico principal é a bandeja paisa, se destacando também a antioquia sancocho, hogao, antioquia tripe e pegao,[143] enquanto que em Valle del Cauca, o ensopado de frango, o arroz atolado e o pandebono são mais consumidos.[144]
Esportes
Alguns dos esportes mais praticados na Colômbia são a patinação e o futebol, sendo este o desporto mais popular. A melhor participação do país em Olimpíadas, foi em 2000, quando María Isabel Urrutia ganhou o ouro no halterofilismo, na categoria 75 quilos. A Seleção de futebol representa o país nas competições da FIFA e da CONMEBOL. A Colômbia venceu a Copa América em 2001. Também nasceu na Colômbia o ex-piloto de Formula 1, Juan Pablo Montoya. No futebol colombiano, destacam-se muitos jogadores tais como Carlos Valderrama, René Higuita, Falcão García e James Rodríguez que disputou o prêmio de melhor do mundo de 2014 e James Rodriguez que é considerado um dos melhores jovens futebolistas, além do árbitro da FIFA Óscar Ruiz. <div class="thumb tnone" style="margin-left: auto; margin-right:auto; width:100%; max-width:Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px;">
Feriados
Data | Nome em português | Nome local | Observações |
---|---|---|---|
1 de Janeiro | Ano novo | Año Nuevo | Feriado internacional |
1 de Maio | Dia do trabalhador | Día del Trabajo | Feriado internacional |
20 de Julho | Independência | Grito de Independencia | |
7 de Agosto | Batalha de Boyacá | Batalla de Boyacá | |
25 de Dezembro | Natal | Navidad | Feriado internacional |
Ver também
- Colombianos
- Protestos na Colômbia em 2021
- Lista de Estados soberanos
- Lista de Estados soberanos e territórios dependentes da América
- Império colonial espanhol
- Independência da Colômbia
- Seleção Colombiana de Futebol
- Bandeira da Colômbia
- Lista de presidentes da Colômbia
- Música da Colômbia
- Missões diplomáticas da Colômbia
Referências
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Ligações externas
- Órgãos
Páginas relacionadas a órgãos ligados à Colômbia dentro e fora do país:
- «Presidência da República da Colômbia» (em español)
- «Embaixada da Colômbia no Brasil» (em español)
- «Ministério do comérico, indústria e turismo» (em español)
- Outros
- «Página sobre a Colômbia no World Factbook» (em English)