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Transtorno depressivo maior

Depressão
Vincent van Gogh, que sofria de depressão e cometeu suicídio, pintou esse quadro em 1890, de um homem que emblematiza o desespero e a falta de esperança sentida na depressão.
Sinónimos Perturbação depressiva major, transtorno depressivo major, depressão clínica, depressão major, depressão unipolar, perturbação unipolar, depressão recorrente
Especialidade Psiquiatria, psicologia
Sintomas Humor depressivo, baixa auto-estima, falta de interesse em atividades normalmente interessantes, falta de energia, dor sem causa definida[1]
Complicações Automutilação, suicídio[2]
Início habitual 20–40 anos de idade[3][4]
Duração > 2 semanas[1]
Causas Fatores genéticos, ambientais e psicológicos[1]
Fatores de risco Antecedentes familiares, alterações profundas na vida pessoal, alguns medicamentos, doenças crónicas, abuso de substâncias[1][3]
Condições semelhantes Perturbação bipolar (PAB), perturbação de hiperatividade com défice de atenção (PHDA), tristeza[3]
Tratamento Aconselhamento psiquiátrico, antidepressivos, eletroconvulsoterapia[1]
Frequência 216 milhões (2015)[5]
Classificação e recursos externos
CID-10 F32, F33
CID-9 296
OMIM 608516
DiseasesDB 3589
MedlinePlus 003213
eMedicine med/532
MeSH Predefinição:Mesh2
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Perturbação depressiva major (PDM) (português europeu) ou transtorno depressivo maior (TDM) (português brasileiro), conhecido simplesmente como depressão, é um distúrbio mental caracterizado por pelo menos duas semanas de depressão que esteja presente na maior parte das situações.[1] É muitas vezes acompanhado de baixa autoestima, perda de interesse em atividades de outra forma aprazíveis, pouca energia e dor sem uma causa definida.[1] As pessoas podem ocasionalmente manifestar delírios ou alucinações.[1] Algumas pessoas apresentam episódios de depressão separados por um intervalo de vários anos em que o comportamento é normal, enquanto outras manifestam sintomas de forma quase permanente.[3] A depressão pode afetar de forma negativa as relações familiares da pessoa, o trabalho, a vida escolar, o sono, as refeições e a saúde em geral.[1][3] Entre 2 a 7% dos adultos com depressão morrem de suicídio[6] e cerca de 60% das pessoas que morrem por suicídio apresentavam depressão ou outro distúrbio de humor.[7]

Acredita-se que a condição seja causada por uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos.[1] Entre os fatores de risco estão história de depressão na família, alterações significativas na vida, determinados medicamentos, problemas de saúde crónicos e consumo de drogas.[1][3] Cerca de 40% do risco aparenta estar relacionado com a genética.[3] O diagnóstico de distúrbio depressivo maior tem por base a descrição das experiências por parte da pessoa e a avaliação do estado mental.[8] Embora não existam exames de laboratório específicos para a doença,[3] podem ser realizados exames para descartar outras condições que causam sintomas semelhantes.[8] A depressão é diferente da tristeza, que é uma parte normal da vida e é menos grave.[3] Um estudo de revisão da Colaboração Cochrane não encontrou evidências suficientes que apoiem o rastreio da doença.[9]

O tratamento consiste geralmente em aconselhamento psiquiátrico e medicamentos antidepressivos.[1] Embora a medicação aparente ser eficaz, o efeito pode ser significativo apenas nos casos graves.[10][11] Não é ainda claro se a medicação afeta o risco de suicídio.[12] Entre os tipos de aconselhamento psiquiátrico estão a terapia cognitivo-comportamental e a terapia interpessoal.[1][13] Se outras medidas não se revelarem eficazes, pode ser considerada a terapia eletroconvulsiva.[1] Em casos em que a pessoa é um risco para si própria, pode ser considerado o internamento hospitalar involuntário.[14]

Em 2013, o distúrbio depressivo maior afetava aproximadamente 235 milhões de pessoas em todo o mundo (3,6%).[15] A percentagem de pessoas afetadas em determinado momento da vida varia entre 7% no Japão e 21% em França.[4] A taxa ao longo da vida é maior nos países desenvolvidos (15%) do que nos países em vias de desenvolvimento (11%).[4] A doença é a segunda maior causa de anos de vida com incapacidade, apenas atrás da dor de costas.[16] Os sintomas aparecem geralmente entre os 20 e os 40 anos de idade. A doença é duas vezes mais comum entre mulheres do que entre homens.[3][4] As pessoas afetadas podem ser alvo de estigma social.[17] Em 1980, a Associação Americana de Psiquiatria acrescentou o distúrbio depressivo maior ao Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-III),[18] separando-a das neuroses depressivas do DSM-II, que também incluíam as condições atualmente denominadas distimia e distúrbios de adaptação.[18] Predefinição:TOC limit

Sinais e sintomas

Os sintomas depressivos podem ser divididos entre: cognitivos, fisiológicos e comportamentais.[19]

Cognitivos
  • Humor deprimido: desânimo persistente, tristeza, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade, vazio, culpa ou/e irritabilidade;
  • Redução da capacidade de experimentar prazer na maior parte das atividades, antes consideradas como agradáveis;
  • Diminuição da capacidade de pensar, de se concentrar, memorizar ou de tomar decisões;
  • Ideação suicida.
Fisiológicos
  • Fadiga ou sensação de perda de energia;
  • Alterações do sono (mais frequentemente insônia, podendo ocorrer também sonolência excessiva ou sono interrompido);
  • Alterações do apetite (mais comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite);
  • Redução do interesse e prazer sexual;
  • Agitação motora, inquietude;
  • Alterações dos rimos circadianos (dormir fora de hora).[20]
Evidências comportamentais
  • Retraimento social (isolamento social);
  • Chorar mais e com mais frequência;
  • Comportamentos suicidas;
  • Retardo psicomotor e lentificação generalizada, ou agitação psicomotora;
  • Tentativa de suicídio.
  • Comportamento autodestrutivo (automutilação).

Os pacientes costumam aludir ao sentimento de que tudo lhes parece fútil, ou sem real importância. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de sentir alegria ou prazer na vida. Tudo lhes parece vazio e sem graça, o mundo é visto "sem cores", sem matizes de alegria. Em crianças e adolescentes, sobretudo, o humor pode ser irritável, ou "rabugento", ao invés de triste. Certos pacientes mostram-se antes "apáticos" do que tristes, referindo-se muitas vezes ao "sentimento da falta de sentimentos". Constatam, por exemplo, já não se emocionarem com a chegada dos netos, ou com o sofrimento de um ente querido, e assim por diante.[19]

Existem diversos testes psicológicos para medir a presença e intensidade da depressão, dentre elas um dos mais populares é o BDI.

Sintomas psicóticos

Os delírios depressivos incluem um sentimento excessivo e angustiante de culpa, de punição merecida, delírios de ruína (incluindo a sensação de estar apodrecendo, desintegrando ou sendo esmagado) e delírios niilistas (que podem configurar a síndrome de Cotard, quando incluem negação de órgãos e negação da morte). As alucinações congruentes com humor depressivo podem ser por exemplo de pessoas, espíritos ou vozes que condenam o paciente, ameaças de demônios ou choro de defuntos. É raro quando não são congruentes com a depressão e podem indicar a presença de um transtorno psicótico.[19]

Classificação

Segundo a versão atual de classificação internacional de doenças[21] a depressão pode ser classificada como:

  • F32 - Episódio depressivo (caso seja o primeiro episódio):
    • 32.0 - Episódio depressivo leve: Dois ou três sintomas sem grave prejuízo nas atividades diárias;
    • 32.1 - Episódio depressivo moderado: Quatro ou mais sintomas com sério prejuízo nas atividades diárias;
    • 32.2 - Episódio depressivo grave sem sintomas psicóticos: Muitos sintomas muito intensos, severo prejuízo nas atividades diárias, ideação suicida elevada e com ou sem sintomas somáticos;
    • 32.3 - Episódio depressivo grave com sintomas psicóticos: episódio depressivo grave acompanhado de alucinações, ideias delirantes, lentidão psicomotora ou de estupor de uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais tornam-se impossíveis; pode existir o risco de suicídio, de desidratação ou de desnutrição. As alucinações e os delírios podem não corresponder ao caráter dominante do distúrbio afetivo.
  • F33 - Transtorno depressivo recorrente: Caso não seja o primeiro episódio depressivo;
  • F34 - Distimia: Rebaixamento crônico do humor, persistindo ao menos por vários anos;
  • F38 - Episódios depressivos recorrentes breves.

A depressão é muitas vezes classificada como distimia quando os sintomas permanecem por períodos muito longos de tempo (pelo menos seis meses) de forma "leve", enquanto que nas ocorrências graves da depressão os sintomas atingem proporções incontroláveis, impossibilitando as atividades normais do indivíduo e obrigando a internação devido ao alto risco de suicídio.

Do ponto de vista didático, a depressão clínica pode ser dividida em 6 tipos principais.

Depressão maior

Os pacientes com este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir, por um período superior a duas semanas:

  • Desânimo na maioria dos dias e na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da irritabilidade);
  • Falta de prazer nas atividades diárias;
  • Perda do apetite e/ou diminuição do peso;
  • Distúrbios do sono — desde insónia até sono excessivo — durante quase todo o dia;
  • Sensação de agitação ou languidez intensa;
  • Fadiga constante;
  • Sentimento de culpa constante;
  • Dificuldade de concentração;
  • Ideias recorrentes de suicídio ou morte;
  • Começa a se preocupar com os pequenos problemas da vida;
  • Tem dificuldade para tomar banho, ler um livro e até coisas simples como assistir televisão;
  • Automutilação.

Além dos critérios acima, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados anteriormente não devem estar associados a episódios maníacos (como no transtorno bipolar); devem comprometer actividades importantes (como o trabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas, álcool ou qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de vinte semanas.

Os sintomas da depressão em adolescentes podem ser diferentes das dos adultos, incluindo tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades favoritas, teimosia constante, irritabilidade acentuada, queixas frequentes de problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar, desânimo, concentração ruim, alterações nos padrões de sono e de alimentação ou queixas frequentes de não quer ir à aula.

Distimia

Ver artigo principal: distimia

A depressão crônica leve, ou distimia, caracteriza-se por vários sintomas também presentes na depressão maior, mas eles são menos intensos e duram muito mais tempo — pelo menos 2 anos. Os sintomas são descritos como uma "leve tristeza" que se estende na maioria das atividades. Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou no desejo sexual, mania, agitação ou comportamento sedentário. Os distímicos cometem suicídio na mesma proporção dos deprimidos graves. Talvez devido à duração dos sintomas, os pacientes com depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou nas atividades diárias, apesar de se sentirem mais desanimados e desesperançosos, e serem mais pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer episódios de depressão maior (estes casos são conhecidos como depressão dupla).

Depressão atípica

As pessoas com esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas e apresentam um sentimento forte de rejeição.

Depressão pós-parto

Ver artigo principal: Depressão pós-parto

Após o parto é comum ocorrer um forte declínio dos hormônios, resultando em um período de anedonia e apatia conhecido como "Baby blues", que caso persista pode se tornar uma "depressão pós-parto". Essa persistência ocorre em cerca de 6,8 a 16,5% das mulheres adultas e até 26% das adolescentes.[22] E não afeta só as mães, os pais também experienciam o "baby blues" em 25% dos casos.[23]

Este tipo de depressão pode deve-se não só as mudanças hormonais como também à grande ansiedade, desgaste e frustrações comuns na gravidez, sendo mais pro alterações com o nascimento de um bebê. Por vezes surgem desconfortos, mal-estar e dores que podem agravar o estado emocional e hormonal da recente mãe. Quanto mais estressante for uma gravidez mais provável que resulte em depressão.

Os partos traumáticos (sejam eles naturais, normais ou cirúrgicos) que por alguma razão fizeram com que a mulher passasse por uma experiência de violência obstétrica, como partos mau sucedidos, forçados, prematuros ou que teve uma má orientação dos profissionais de saúde e posteriormente obrigaram a mãe a passar por outros procedimentos pós-parto que foram desconfortáveis podem estar na origem de depressões de causas físicas.

Distúrbio afetivo sazonal (DAS)

Este distúrbio caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou o inverno, que podem desaparecer na primavera ou no verão, quando então tendem a apresentar uma fase maníaca.

Este distúrbio tem como principal fator a falta de sol, sendo bem comum nos países onde a luz solar dura poucas horas. É menos comum em países onde a temperatura gira em torno de 20 a 30 °C.

O A D.A.S. (S.A.D. em inglês) atinge cerca de 7% da população da Inglaterra.

Outros sintomas incluem fadiga, tendência a comer muito doce e dormir demais no inverno, mas uma minoria come menos do que o costume e sofre de insônia.

Dentre os tratamentos recomendados, deve-se ficar próximo às janelas durante o período diurno, sair para locais abertos com frequência durante o dia, decorar quartos, mesas, salas com itens coloridos, e fototerapia.

Tensão pré-menstrual (TPM)

Ver artigo principal: Tensão pré-menstrual

Há depressão acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruação. Afeta entre 40 a 75% das mulheres em idade fértil. O diagnóstico baseia-se na presença de pelo menos 5 dos sintomas descritos no tópico depressão maior na maioria dos ciclos menstruais, havendo uma piora dos sintomas cerca de uma semana antes da chegada do fluxo menstrual, melhorando logo após a passagem da menstruação.

Pesar

O pesar, também conhecido como reação de luto, não é um tipo de depressão, mas ambas possuem muito em comum. Na verdade, pode ser difícil diferenciá-los. O pesar, contudo, é considerado uma resposta emocional saudável e importante quando se lida com perdas. Normalmente é limitado. Nas pessoas sem outros distúrbios emocionais, o sentimento de aflição dura entre três e seis meses. A pessoa passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação, solidão, desespero, alienação social e raiva. O período de recuperação consome outros 3 a 6 meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar ainda é muito intenso, ele pode afetar a saúde da pessoa ou predispô-la ao desenvolvimento de uma depressão propriamente dita.

São encontrados no pesar os mesmos sintomas da depressão:

  • Perda de vontade para realizar as atividades diárias;
  • Alterações de humor;
  • Alteração no sono;
  • Alterações no apetite;
  • Luto constante;
  • Ideia fixa em relação a perda;
  • Introspecção (sentimento de inferioridade, "recolher-se ao seu próprio mundo" e etc.).

Causas

As causas da depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.

Sabe-se hoje que a depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias químicas no cérebro e os principais medicamentos antidepressivos têm por função principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas substâncias, principalmente a serotonina.

Fatores psicossociais

As pessoas que já experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo pesar. Também a falta de amigos, que pode ocorrer devido a vários factores, desde a rejeição, até à falta de interesses em comum, leva à solidão indesejada e é um factor de risco que frequentemente leva à depressão, principalmente durante a adolescência. Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um ente querido, ou mesmo eventuais mudanças de cidade, podem causar uma depressão profunda, sendo necessário um longo período de recuperação. A maioria das pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas pessoas. A existência ou a ausência de uma forte rede social ou familiar também influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.

Algumas pessoas podem sofrer com a doença pelo fato de trocar de uma cidade muito boa, para uma pior e que não oferece nada em troca. É um grande fator de risco, por exemplo, uma pessoa que tem vários amigos ir para outra cidade que não tenha ninguém. As pessoas afetadas criam um bloqueio de aceitação. Desse modo acabam se desanimando das atividades comuns do dia-a-dia e com o passar do tempo o desânimo aumenta, a pessoa perde a motivação da vida, e isso gera uma grande tristeza. Esse é um fator comum que afeta mais os jovens e os adultos.

Dentre os fatores psicossociais causadores de depressão, problemas relacionados à convivência e relacionamento no ambiente de trabalho também têm fundamental importância para o desenvolvimento da doença em questão.

Para o behaviorismo um dos fatores correlacionados com a depressão é o desamparo aprendido, que é a diminuição de comportamentos saudáveis resultante de várias punições que aconteciam não importando o que o indivíduo fizesse (punições não-contingentes).[24]

Fatores biológicos

Alterações nos níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, adrenalina e noradrenalina) relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda, atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal) responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são responsáveis por distúrbios depressivos importantes.

Na Mania por outro lado, quando existe excesso desses neurotransmissores, os sintomas são de euforia, sensação de energia ilimitada, necessidade de poucas horas de sono, pensamentos acelerados, impulsividade, irritabilidade e dificuldade de se controlar.

Evidências neurobiológicas mostram uma forte relação entre depressão com transtornos de ansiedade. Aproximadamente 85% dos pacientes com depressão tem sintomas de ansiedade significativos e 90% dos pacientes com transtornos de ansiedade experienciam depressão em algum momento.[25]

Um estudo, em 2016, utilizando os registros médicos eletrônicos e dados de ADN associados de mais de 28 mil indivíduos, mostra que o DNA Neanderthal produziu efeitos pequenos, mas significativos, sobre os riscos de desenvolvimento depressão, lesões de pele, e coagulação sanguínea excessiva.[26]

Fatores Físicos (Traumatismos)

Em algumas depressões podem ser encontradas causas físicas para a sua existência. Há muito que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam registados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do acidente traumatismo.

Isto cria situações somato emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram a pessoa por completo em termos emocionais. São bem conhecidos os resultados de diversas terapias dirigidas ao físico que fazem libertação somato emocional e alteram por completo o estado emocional da pessoa.

  • Em algumas situações problemas físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiado grande sobre o corpo e sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo. Nestas situações devem-se corrigir os diversos problemas físicos. Infelizmente muitas das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes costumam passar completamente despercebidos.

Outros fatores relacionados ao desenvolvimento de depressão

Medicamentos como betabloqueadores, benzodiazepínicos, corticosteroides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianos podem causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo prazo. Vários estudos científicos[27][28][29][30][31][32] têm encontrado correlações estatísticas entre alguns defensivos agrícolas e depressão.

Alguns tipos de drogas podem levar a depressão crônica ou a não crônica. A benzoilmetilecgonina (Cocaína) e o Erythroxylon Coca (Extrato de Coca ou Pasta Base de Coca), são as principais que possivelmente podem levar a depressão crônica, capazes de alterar completamente o sistema nervoso em menos de 15 segundos após o uso. Já a depressão não crônica, vem geralmente de genética ou causada por distúrbios perante a vida.

Diagnóstico

Caso a depressão seja intercalada com um ou mais episódio maníaco passa a ser denominado como transtorno bipolar de humor ou como ciclotimia dependendo da duração dos episódios.

A esquizofrenia e outros transtornos do tipo psicótico com predomínio de sintomas negativos frequentemente são confundidos com uma depressão severa.

Caso o humor depressivo seja tão duradouro que se torne parte da personalidade da pessoa, e não apenas um episódio, então passa a ser considerado um transtorno de personalidade como o transtorno de personalidade esquiva ou transtorno de personalidade esquizoide.

Muitas doenças endócrinas também podem levar a um quadro depressivo, dentre elas:[33]

Transtornos neurológicos como acidente vascular cerebral, demência vascular, Alzheimer e mal de Parkinson também frequentemente geram quadros depressivos sérios. Mesmo algumas doenças infecciosas como AIDS e mononucleose também já foram correlacionadas com sintomas depressivos.[34]

Tratamento

A cultura popular associa depressão como um estado de humor da pessoa e que ela pode se curar sozinha. Isso faz com que as pessoas não encarem a depressão como uma doença e não procurem ajuda médica

A maioria das pessoas que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva, receitada por pelo menos 12 meses para evitar recaídas, e algumas vezes acompanhada de psicoterapia. Em 2015, pesquisadores da "UT Southwestern Medical Center" descobriram que o aumento dos níveis de uma molécula de sinalização encontrada no cérebro podem alterar positivamente a resposta ao estresse, revelando um potencial novo alvo terapêutico para o tratamento da depressão.[35]

A eletroconvulsoterapia (ECT) é utilizada para indivíduos com depressão grave e que não tiveram resposta satisfatória ao tratamento medicamentoso. A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) ou em inglês Repetitive transcranial magnetic stimulation (rTMS) pode ser uma alternativa para os pacientes resistentes aos medicamentos.

Sabe-se também que praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão, além de outros benefícios para a saúde.

São exemplos de tratamentos para a depressão:

Psicoterapia assistida por psilocibina para o tratamento da depressão está sendo pesquisada.[36][37] Em 2018 a Food and Drug Administration aprovou um grande estudo de Fase 2 sobre a psilocibina no tratamento da depressão resistente ao tratamento e outorgou o status de Breakthrough Therapy.[38]

Medicação

Os antidepressivos mais usados no tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina como a Fluoxetina, a Paroxetina e a Sertralina.

Outros antidepressivos usados são os Antidepressivos tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores da recaptação de dopamina, Inibidores da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidores da recaptação de serotonina-noradrenalina e Antidepressivos tetracíclicos.

O principal mecanismo de ação dos antidepressivos é provocando o aumento de neurotransmissores, como as aminas biogênicas (serotonina, dopamina e noradrenalina). Apesar do nome, alguns antidepressivos também são usados com sucesso em tratamento de diversos outros transtornos, como os de ansiedade, fobias, transtorno obsessivo-compulsivo e migrânea.

Quanto mais específicos em sua ação, menos efeitos colaterais eles apresentam.

Correlação entre processos inflamatórios e Depressão

A teoria das citocinas é certamente a fronteira na ajuda à pacientes com depressão grave. Desta forma, a associação entre inflamação e depressão fornecerá alvos importantes para o desenvolvimento de novos antidepressivos, podendo representar uma esperança a muitas pessoas. Durante vários anos, já vem sido estabelecido que citocinas pró-inflamatórias induzem não apenas sintomas de doenças inflamatórias, mas também estão presentes em transtornos depressivos graves.[39]

O impacto do sistema inflamatório na ocorrência de depressão foi reconhecido pela primeira vez em meados de 1990.[40] Há uma grande similaridade entre sinais inflamatórios e sintomas depressivos, como exaustão, dificuldade cognitiva, distúrbios do sono e diminuição da neuroplasticidade.[41]

Epidemiologia

Estima-se que cerca de 15 a 20% da população mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais, problemas na escola, sexualidade, rejeição e principalmente bullying. A prevalência-ano para a depressão maior, é de 0,4 a 3,0% em crianças e de 3,3 a 12,4% em adolescentes.[42]

Em alguns países como a Austrália, uma em cada quatro mulheres e cerca de um em cada oito homens já sofreu de depressão. O início dos estudos sobre a depressão começou na década de 1920. Foi reportado que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países da Europa.

Segundo a OMS, em 2020, a depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença, após doenças cardíacas.[43] Pessoas deprimidas têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doenças com mais alta taxa de mortalidade.[carece de fontes?]

Estima-se que o risco de desenvolver depressão, ao longo da vida, seja de 10% para os homens e de 20% para as mulheres.[44][45] É mais frequente em países frios.

História

Hipócrates criou a teoria dos 4 humores corporais (sangue, fleugma ou pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que o equilíbrio ou desequilíbrio era responsável pela saúde (eucrasia) ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que a influência de Saturno levava o baço humano a segregar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo e escurecendo-o, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e colis=bíle).

Galeno redescreveu a melancolia. Aureliano falou da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à depressão.

Ver também

Ver também

Referências

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Ligações externas

  • «Clinical-Depression». Website com informação importante sobre as causas, os sintomas e o tratamento da depressão. 

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