𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Pedofilia

Disambig grey.svg Nota: Se procura sobre exploração sexual comercial de crianças, veja exploração sexual. Se procura sobre atos de perversão contra menores, veja abuso sexual de menores. Se procura sobre mídias pornográficas com menores, veja pornografia infantil.
Pedofilia
Símbolo de combate ao abuso infantil.jpg
Figura representando uma flor amarela, símbolo do combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes
Frequência Erro de script: Nenhum módulo desse tipo "PrevalenceData".
Classificação e recursos externos
CID-10 F65.4
CID-9 302.2
MeSH Predefinição:Mesh2
A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médicoPredefinição:Pad

Pedofilia (também chamada de paedophilia erotica ) é um transtorno psiquiátrico em que um adulto ou adolescente mais velho sente uma atração sexual primária ou exclusiva por crianças pré-púberes, geralmente abaixo dos 11 anos de idade.[1][2] Tal como um diagnóstico médico, critérios específicos para o transtorno classificam a pré-puberdade até os 13 anos.[1] Uma pessoa que é diagnosticada com pedofilia deve ter ao menos 16 anos de idade, mas adolescentes devem ser pelo menos cinco anos mais velhos que a criança pré-púbere para que a atração possa ser diagnosticada como pedofilia.[1][2] A pedófilia não é uma orientação sexual.

É denominada como "transtorno pedófilo" no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5), que define a pedofilia como uma parafilia em que adultos ou adolescentes com 16 anos de idade ou mais velhos têm impulsos sexuais intensos e recorrentes em relação a crianças.[1] A Classificação Internacional de Doenças (CID-10) define como uma preferência sexual por crianças pré-púberes ou no início da puberdade.[3]

No uso popular, a palavra pedofilia é muitas vezes aplicada a qualquer interesse sexual por crianças ou ao ato de abuso sexual infantil.[4][5] Este uso acaba por fundir a atração sexual (pedofilia) com o ato de abuso (abuso sexual infantil) e não faz distinção entre atração por pré-púberes e púberes ou menores pós-púberes.[6][7] Os pesquisadores recomendam que estes usos imprecisos do termo sejam evitados porque, embora as pessoas que cometem abuso sexual de crianças, por vezes, apresentem o distúrbio,[5][8] o criminoso que comete um abuso sexual infantil não pode ser chamado de pedófilo a menos que tenha um interesse sexual exclusivo por crianças pré-púberes.[6][9][10] Ademais, nem todos os pedófilos molestam crianças.[4][5][11][12]

A pedofilia foi reconhecida e classificada formalmente pela primeira vez no final do século XIX. Uma quantidade significativa de pesquisas na área tem ocorrido desde a década de 1980. Embora na maior parte documentado em homens, há também mulheres que apresentam o distúrbio[13][14] e pesquisadores supõem que as estimativas disponíveis sub-representem o verdadeiro número de pedófilos do sexo feminino.[15] Não existe uma cura para a pedofilia, mas há terapias que podem reduzir a incidência com que um paciente possa cometer um abuso sexual infantil.[5] Nos Estados Unidos, criminosos sexuais que são diagnosticados com algum transtorno mental, particularmente a pedofilia, podem ser alvo de tratamento involuntário permanente.[16] As causas exatas da pedofilia ainda não foram conclusivamente estabelecidas.[17] Alguns estudos sobre o transtorno em agressores sexuais de crianças têm correlacionado com várias anormalidades neurológicas e patologias psicológicas.[18]

Psicologia

Predefinição:Pedofilia A pedofilia é classificada como uma desordem mental e de personalidade do adulto, e também como um desvio sexual, pela Organização Mundial de Saúde.[19] Os atos sexuais entre adultos e crianças (resultantes em coito ou não) são um crime na legislação de inúmeros países. Em alguns países, o assédio sexual a tais crianças, por meio da Internet, também constitui crime. Outras práticas correlatas, como divulgar a pornografia infantil ou fazer sua apologia, também configuram atos ilícitos classificados por muitos países como crime.

A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovada em 1989 pela Assembleia Geral das Nações Unidas, define que os países signatários devem tomar "todas as medidas legislativas, administrativas, sociais e educativas" adequadas à proteção da criança, inclusive no que se refere à violência sexual (artigo 19).[20][21]

Definição da pedofilia

Predefinição:Vertambém Pedofilia é o desvio sexual "caracterizado pela atração por crianças, com os quais os portadores dão vazão ao erotismo pela prática de obscenidades ou de atos libidinosos"[22] (Croce, 1995).

Algumas outras definições de pedofilia requerem uma diferença de idade de no mínimo cinco anos. Estas, porém, tendem a negligenciar a inclinação sexual pedofílica que desenvolve-se durante a puberdade ou a infância, e que tende posteriormente a diminuir e acabar. Alguns sexólogos, porém, como o especialista americano John Money, acreditam que não somente adultos, mas também adolescentes, podem ser qualificados como pedófilos.[23] Na França, esta é a definição dominante.

Muitas culturas reconhecem pessoas como tornando-se adultas em variadas idades. Por exemplo, a tradição judaica considera como adultos (membros da sociedade) as mulheres aos 12 e os homens aos 13 anos de idade, sendo a cerimônia de transição chamada Bat Mitzvah para as garotas e Bar Mitzvah para os rapazes. No antigo Egito, o faraó Tutancâmon casou-se quando tinha 10 anos de idade com Anchsenpaaton que tinha a mesma idade talvez um pouco mais velha e assumiu o trono com cerca de 12 anos. No Japão a passagem para a idade adulta é celebrada pelo Seijin Shiki (ou "cerimônia adulta" em tradução literal). No Ritual de puberdade feminina dos índios nambiquara, logo que tem a sua primeira menstruação, a menina púbere (wa’yontãdu, "menina menstruada") deve permanecer em reclusão em uma casa construída pelos seus pais especialmente para este fim. Lá a menina deverá permanecer de um a três meses, ao fim dos quais uma grande festa será feita e os convidados de outras aldeias nambiquara virão para retirá-la da reclusão. A menina (wekwaindu, "menina", "moça") passa, então, a ser considerada uma mulher formada, conforme explicam os Mamaindê.[24]

A puberdade e sexualidade surgem de modos diferentes para o sexo feminino e masculino. Enquanto para as meninas ocorre um crescimento rápido e curto, para os meninos o crescimento é lento e prolongado. É por isso que geralmente as meninas desenvolvem-se fisicamente e mentalmente mais cedo e mais rápido que os meninos. Quando uma pessoa do sexo masculino ou feminino sente-se atraído sexualmente por uma menina ou menino pré-púbere é considerado doente porque esta ainda não tem o corpo de uma mulher e o menino não tem as características de um homem.

A relação sexual entre adultos e adolescentes é regulada pelas leis de cada país referentes à idade de consentimento. Alguns países permitem o relacionamento a partir de uma idade mínima (12 anos em Angola, Filipinas e México, 13 na Espanha e Japão, 14 no Brasil, Portugal, Itália, Alemanha, Áustria e China, 15 na França, Suécia, Dinamarca e Grécia, 16 em Noruega, Reino Unido e Holanda).

O uso do termo pedófilo para descrever criminosos que cometem atos sexuais com crianças é visto como errôneo por alguns indivíduos, especialmente quando tais indivíduos são vistos de um ponto de vista clínico, uma vez que a maioria dos crimes envolvendo atos sexuais contra crianças são realizados por pessoas que não são consideradas clinicamente pedófilas, já que não sentem atração sexual primária por crianças. Mundialmente, apenas um quarto dos abusos sexuais de crianças são praticados por pedofilos. Esses abusos sexuais são praticados por pessoas que simplesmente acharam mais fácil fazer sexo com crianças, seja enganado-as ou utilizando de intimidação ou força.

Alguns especialistas acreditam que a atração sexual por crianças é por si mesma um tipo de orientação sexual. Isto vai contra ao entendimento dominante, pelo qual o termo orientação sexual é categorizado como sendo a atração sexual por pessoas do sexo oposto, do mesmo sexo, ou por ambos os sexos. Os proponentes desta ideia divergente alegam que a heterossexualidade, a homossexualidade e a bissexualidade não são normalmente associados com a atração sexual por crianças, e que estas são suficientemente diferentes dos adultos, seja física ou psicologicamente, para que a pedofilia possa ser categorizada como um tipo de orientação sexual.

Diagnóstico

Predefinição:Aviso médico A Classificação Internacional de Doenças (CID-10), da Organização Mundial da Saúde (OMS), item F65.4, define a pedofilia como "Preferência sexual por crianças, quer se trate de meninos, meninas ou de crianças de um ou do outro sexo, geralmente pré-púberes".[25]

O Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV),[26] da Associação de Psiquiatras Americanos, define uma pessoa como pedófila caso ela cumpra os três quesitos abaixo:

  1. Por um período de ao menos seis meses, a pessoa possui intensa atração sexual, fantasias sexuais ou outros comportamentos de caráter sexual por pessoas com 13 anos de idade ou menos ou que ainda não tenham entrado na puberdade.
  2. A pessoa decide por realizar seus desejos, seu comportamento é afetado por seus desejos, e/ou tais desejos causam estresse ou dificuldades intra e/ou interpessoais.
  3. A pessoa possui mais do que 16 anos de idade e é no mínimo 5 anos mais velha do que a criança.

Este critério não se aplica a indivíduos com 12-13 anos de idade ou mais, envolvidos em um relacionamento amoroso (namoro) com um indivíduo entre 17 e 20 anos de idade ou mais. Haja vista que nesta faixa etária sempre aconteceram e geralmente acontecem diversos relacionamentos entre adolescentes e adultos de idades diferentes. Namoro entre adolescentes e adultos não é considerado pedofilia por especialistas no assunto. (Exemplo: O namoro entre uma adolescente de 14 anos e um jovem de 18 anos)[27][28]

Note que o ato sexual entre pedófilo e criança não precisa estar presente, e que uma pessoa pode ser considerada clinicamente como pedófila apenas pela presença de fantasias ou desejos sexuais, desde que a dada pessoa cumpra todos os três critérios acima.

As fronteiras precisas entre infância e adolescência podem variar em casos individuais, e são difíceis de definir em termos rígidos de idade. A OMS, por exemplo, define adolescência como o período da vida entre 10 e 20 anos de idade,[29][30][31] tendo como referência apenas aspectos biológicos, como a puberdade, a gravidez precoce e a saúde do adolescente. Muitas vezes são levados em conta também aspectos sociais e econômicos, definindo a adolescência como o período da vida entre os 13 anos de idade e a maioridade civil (que geralmente se dá aos 18 anos). No Brasil, a definição legal de adolescente é de pessoa entre os 12 e os 18 anos, conforme artigo 2º do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente).

Causas

A causa ou causas da pedofilia são desconhecidas.[32] Pensava-se que o histórico de abuso sexual na infância era um forte fator de risco, mas pesquisas recentes não encontraram relação causal, uma vez que a grande maioria das crianças que sofrem abusos não se tornam infratores quando adultos, nem tampouco a maioria dos infratores adultos relatam terem sofrido abuso sexual. O "US Government Accountability Office" concluiu que "a existência de um ciclo de abuso sexual não foi estabelecida." Antes de 1996, havia uma crença generalizada na teoria do "ciclo de violência", porque a maioria das pesquisas feitas eram retrospectivas e baseadas em um grupo pré-definido (Cross-sectional study) — os infratores eram questionados se teriam sofrido abusos no passado. A maioria desses estudos descobriu que a maioria dos adultos infratores relataram não terem sofrido qualquer tipo de abuso durante a infância, mas os estudos variam quanto as estimativas percentuais de infratores com histórico de abusos em relação ao total de infratores, de 0 a 79 por cento. Pesquisa mais recentes, de caráter prospectivo longitudinal, estudando crianças com casos documentados de abuso sexual ao longo de certo período a fim de determinar que percentagem delas se tornaria infratora, tem demonstrado que a teoria do ciclo de violência não constitui uma explicação satisfatória para o comportamento pedófilo.[33]

Recentes estudos, empregando exploração por ressonância magnética, foram feitos na Universidade de Yale e mostraram diferenças significativas na atividade cerebral dos pedófilos. O jornal Biological Psychiatry declarou que, pela primeira vez, foram encontradas provas concretas de diferenças na estrutura de pensamento dos pedófilos. Um psicólogo forense declarou que essas descobertas podem tornar possível o tratamento farmacológico da pedofilia..[34] Continuando nessa linha de pesquisas, o Centro de Vício e Saúde Mental de Toronto, em estudo publicado no Journal of Psychiatry Research, demonstrou que a pedofilia pode ser causada por ligações imperfeitas no cérebro dos pedófilos. Os estudos indicaram que os pedófilos têm significativamente menos matéria branca, que é a responsável por unir as diversas partes do cérebro entre si.[35]

Correlações biológicas

Muitos pesquisadores tem relatado correlações entre a pedofilia e algumas características psicológicas, como baixa auto-estima[36][37] e baixa habilidade social.[38] Até recentemente, muitos pesquisadores acreditavam que a pedofilia fosse causada por essas características. A partir de 2002, outros pesquisadores, em especial os sexólogos canadenses James Cantor e Ray Blanchard junto com seus colegas, começaram a relatar um série de descobertas relacionando a pedofilia (a definição médica da preferência sexual por crianças, não a definição comportamental utilizada por outras fontes) com a estrutura e o funcionamento cerebrais: homens pedófilos (e hebefílicos) possuem QI mais baixo,[39][40][41] pontuação mais baixa em testes de memória,[39] maior proporção de canhotos,[39][41][42][43] taxas mais altas de repetência escolar em proporção com as diferenças de QI,[44] menor estatura[45] maior probabilidade de terem sofrido ferimentos na cabeça acompanhados de perda de consciência,[46][47] e várias diferenças em estruturas cerebrais detectadas através de ressonância magnética nuclear (MRI, em inglês).[48][49][50] Eles relatam que suas descobertas sugerem a existência de uma ou mais características neurológicas congênitas (presentes ao nascer) que causam ou aumentam a probabilidade de se tornar um pedófilo. Evidências de transmissão familiar "sugerem, mas não provam que fatores genéticos sejam responsáveis" pelo desenvolvimento da pedofilia.[51]

Outro estudo, usando ressonância magnética nuclear (MRI) estrutural, mostra que homens pedófilos possuem um menor volume de massa branca do que criminosos não-sexuais.[48]

Imagens de ressonância magnética funcional (fMRI) tem mostrado que pessoas diagnosticados com pedofilia que abusaram de crianças tem ativação reduzida do hipotálamo, em comparação com indivíduos não-pedófilos, ao serem expostos a fotos eróticas de adultos.[52] Um estudo de neuroimagem funcional de 2008 nota que o processamento central de estímulos sexuais em "pacientes pedófilos forenses" heterosexuais podem ser alterados por um distúrbio nas redes pré-frontais, que "podem estar associadas a comportamentos controlados por estímulo, como os comportamentos sexuais compulsivos." As descobertas podem também sugerir "uma disfunção no estágio cognitivo do processamento da excitação sexual."[53]

Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) revisaram a pesquisa que tentou identificar aspectos hormonais de pedófilos.[54] Eles concluíram que há de fato alguma evidência de que homens pedófilos tem menos testoterona do que aqueles no grupo de controle, mas que a pesquisa é pobre e que é difícil tirar qualquer conclusão firme a partir dela.

Apesar de não poderem ser consideradas causas da pedofilia, diagnósticos psiquiáricos adicionais — como distúrbios da personalidade e abuso de substâncias — são fatores de risco para a concretização dos impulsos pedófilos.[5] Blanchard, Cantor e Robichaud (2006) notaram, a respeito do nexo-causal pedofilia-estados psiquiátricos adicionais, que "as implicações teóricas não são tão claras. São os genes específicos ou fatores nocivos no ambiente pré-natal que predispõem um homem a desenvolver distúrbios afetivos e pedofilia, ou a frustração e isolamento causados pelos desejos sexuais socialmente inaceitáveis — ou a sua ocasional satisfação - é que levam à ansiedade e ao desespero?"[54] Eles indicaram que, por terem constatado anteriormente que mães de pedófilos tem maior probabilidade de terem passado por tratamento psiquiátrico,[46] a hipótese genética é mais provável.

Tratamento

Apesar de algumas terapias medicinais para o controle do desejo sexual serem alvo muitas críticas médicas, a castração química[55] judicial é um método de controle que tem mostrado alguns resultados. A parte dos tratamentos impostos por condenação judicial, esses métodos também podem ser voluntariamente utilizados por pessoas que queiram diminuir a sua libido, evitando-se abusos sexuais antes que eles aconteçam. Para o sexo masculino, alguns medicamentos amplamente disponíveis para o câncer de Próstata, além de hormônios femininos, têm eficácia na diminuição da libido masculino. Há de considerar, contudo, que esses métodos induzem a uma feminilização do corpo masculino, podendo ocasionar o crescimento de glândulas mamárias naturais.

Ocorrência

Não se sabe ao certo a ocorrência da pedofilia. Alguns estudos afirmaram que ao menos um quarto de todos os adultos do sexo masculino podem apresentar algum excitamento sexual em relação a crianças. Um estudo realizado por Hall, G. C. N. da Universidade Estadual de Kent, por exemplo, observou que 32,5% de sua amostra (80 homens adultos) exibiram desde algum excitamento sexual até estímulo pedofílico heterossexual, igual ou maior do que o excitamento obtido com estímulos sexuais adultos[carece de fontes?]. Kurt Freund (1972) notou que "homens que não possuem preferências desviantes mostraram reações sexuais positivas em relação a crianças do sexo feminino entre seis e oito anos de idade[carece de fontes?].

Em 1989, Briere e Runtz[56] conduziram um estudo em 193 estudantes universitários, sobre pedofilia. Da amostra, 21% disseram ter alguma atração sexual para algumas crianças, 9% afirmaram terem fantasias sexuais envolvendo crianças, 5% admitiram masturbarem-se por causa destas fantasias, e 7% concederam alguma probabilidade de realizar ato sexual com uma criança, caso pudessem evitar serem descobertos e punidos por isto. Os autores também notaram que, dado o estigma social existente atrás destas admissões, pode-se hipotetizar que as taxas atuais possam ser ainda maiores.

J. Feierman (1990) estimou que entre 7% a 10% dos homens adultos possuem alguma atração sexual por crianças do sexo masculino[carece de fontes?].

Em abusadores sexuais de crianças

Uma pessoa que pratica um ato sexual com uma criança é, apesar de todas as definições médicas, comumente assumido e descrito como sendo um pedófilo. Porém, existem outras razões que podem levar ao ato (tais como estresse, problemas no casamento, ou a falta de um parceiro adulto), tal como o estupro de pessoas adultas pode ter razões não-sexuais. Por isto, somente o abuso sexual de crianças pode indicar ou não que um abusador é um pedófilo. A maioria dos abusadores em fato não possuem um interesse sexual voltado primariamente para crianças.

Certos pedófilos mantêm uma relação estável com as suas vitimas, que se justifica normalmente pelo atraso mental que as crianças sofrem. Como está descrito no livro Pedofilia Incestuosa escrito pelos peritos americanos Fredcrich Burnay e Beatrisse Ferreira os pedófilos ao tendo relações com os seus parentes sentem "um nível de poder e subjugação que para eles justifica o acto em si". Estima-se que apenas entre 2% a 10% das pessoas que praticaram atos de natureza sexual em crianças sejam pedófilos, tais pessoas são chamadas de pedófilos estruturados, fixados ou preferenciais. Abusadores que não atendem aos critérios regulares de diagnóstico da pedofilia são chamados de abusadores oportunos, regressivos ou situacionais. Um estudo de Abel, G. G, Mittleman, M. S, e Becker, J. V observou que existem geralmente claras distinções características entre abusadores oportunistas e pedófilos estruturados. Abusadores oportunistas tendem a cometer abuso sexual contra crianças em períodos de estresse, possuem poucas vítimas, geralmente, pertencentes à própria família, possuem menos probabilidade de abusar sexualmente de crianças, e possuem preferência sexual para adultos. Abusadores pedófilos, por outro lado, geralmente começam a cometer atos de natureza sexual a crianças em tenra idade, muitas vezes possuem um grande número de menores que são frequentemente extra familiares, cometem mais abusos sexuais com crianças, e possuem valores ou crenças que suportam fortemente um estilo de vida voltado ao abuso. No caso de incesto entre pais e filhos, acredita-se que a maioria dos abusos envolve pais que são abusadores oportunistas, ao invés de pedófilos.

Legislação

A pedofilia era tolerada ou ignorada em muitas legislações dos países, o que foi sendo paulatinamente modificado com a aprovação sucessiva de tratados internacionais, que culminaram com a aprovação, em 1989, pela ONU, da Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança que, em seu artigo 19, expressamente obriga aos estados a adoção de medidas que protejam a infância e adolescência do abuso, ameaça ou lesão à sua integridade sexual.

O ato sexual entre adultos e adolescentes (o que não configura a pedofilia), pode não ser considerado um crime, em hipóteses excepcionais que dependem da idade do adolescente, bem como da legislação local sobre a idade de consentimento (nos países que adoptam este conceito), ou como dirimente penal para casos como o estupro. A emancipação de menores é um instituto não reconhecido pela grande maioria das nações, no tocante à vida sexual. A pedofilia é sempre um crime de ação pública: ou seja, sua prática independe da vontade dos pais ou responsáveis pelo menor - alguns deles envolvidos nos casos de rede internacional de pedofilia já desbaratados.

A pornografia infantil também é considerada crime na grande maioria dos países do mundo. Alguns países possuem leis proibindo o uso da Internet para recrutar menores com a intenção de realizar o ato sexual, virtual ou não.

O abuso sexual, no direito internacional moderno, é considerado como mais uma prática do ilícito pedófilo.

Em alguns países, pessoas com história de atividade sexual com crianças podem ser proibidas, através de decisões judiciais ou de legislação existente, de se encontrarem com as mesmas, ou de terem empregos que as aproximem de crianças ou, ainda, de possuírem computadores e/ou telefones celulares, de usarem a Internet, ou mesmo de possuir brinquedos infantis.

No Brasil

Predefinição:VT O termo "crime de pedofilia" é frequentemente utilizado de forma equivocada pelos meios de comunicação. A lei brasileira não possui o tipo penal "pedofilia". A pedofilia, como contato sexual entre crianças e adultos, se enquadra juridicamente no crime de estupro de vulnerável (art. 217-A do Código Penal) com pena de oito a quinze anos de reclusão e considerados crimes hediondos. Os meios de comunicação de forma insistente invocam como verdade a equiparação de uma condição psicológica com um ato criminoso.

Pornografia infantil é crime no Brasil, passível de pena de prisão de dois a seis anos e multa. Artigo 241, do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/90): Apresentar, produzir, vender, fornecer, divulgar ou publicar, por qualquer meio de comunicação, inclusive rede mundial de computadores (internet), fotografias ou imagens com pornografia ou cenas de sexo explícito envolvendo criança ou adolescente. Em novembro de 2003, a abrangência da lei aumentou, para incluir também a divulgação de links para endereços contendo pornografia infantil como crime de igual gravidade.[57] O Ministério Público do país mantém parceria com a ONG SaferNet que recebe denuncias de crimes contra os Direitos Humanos na Internet e mantém o sítio SaferNet, que visa a denúncia anônima de casos suspeitos de pornografia infantil na internet.

Arie Scher, que exercia as funções de cônsul para assuntos administrativos e consulares no Consulado Geral de Israel no Rio de Janeiro, foi denunciado, em julho de 2000, pela prática do crime de pedofilia.[58] A polícia civil do estado encontrou, no seu apartamento, na zona sul da cidade, 154 fotos pornográficas de crianças e de um adolescente, além de 12 fitas de vídeo.[59] Segundo o cônsul-geral de Israel no Rio de Janeiro, Eitan Surkis, o cônsul-adjunto, Scher, deixou o Brasil a pedido do Ministério das Relações Exteriores de Israel para prestar esclarecimento a uma comissão especial formada para apurar a denúncia.[60][61]

A partir de 2007 os Conselhos Estaduais da Criança e do Adolescente, com a coordenação nacional da Secretaria dos Direitos Humanos, lançou uma ampla campanha para coibir a prática de crimes contra menores, através de denúncias anônimas feitas através do telefone 100. Em todo o país este número serve para receber as denúncias de abusos de toda a ordem - e os sexuais são a maioria dos casos.[62]

Em 20 de dezembro de 2007 a Polícia Federal do Brasil, em conjunto com a Interpol, o FBI e outras agências de investigação desvendou o uso da Internet como meio para divulgação de material - para tanto usando da identificação dos IPs anônimos - tendo efetuado três prisões em flagrante e mais de quatrocentas apreensões pelo país - sendo esta a primeira operação onde foi possível identificar usuários da rede mundial de computadores para a prática pedófila no Brasil[63]

No mundo

Em 2007, ocorreu a busca por um criminoso que aparecia em várias fotos abusando de menores. Cerca de duzentas imagens com seu rosto digitalmente alterado foram divulgadas na Internet. Numa busca que envolveu especialistas em edição de imagens, a fim de restaurar a imagem do rosto do procurado, o canadense Christopher Neil, 32 anos, foi preso e acusado por abuso sexual infantil na província de Nakhon Ratchasima, em Korat, a cerca de 250 km a norte da capital Bangcoc, uma área turística da Tailândia. A captura começou quando investigadores captaram um telefonema de uma travesti tailandesa com quem Neil teve contatos no passado. A travesti, de 25 anos, que já alugou uma casa com Neil em outra região da Tailândia, colaborou com as investigações levando os policiais até a residência do acusado.[64] No mesmo dia a instrutora de tênis britânica, Claire Lyte, 29 anos, foi condenada pelo mesmo crime ao ser considerada culpada de manter relações sexuais com sua aluna de apenas 13 anos. Lyte deve receber a sentença pela condenação dentro de um mês.[65]

Nas entidades religiosas

A Revista Veja, da Editora Abril, edição nº 1982, ano 39, nº 45, de 15 de novembro de 2006, publicou uma reportagem nas páginas 112/114, sobre dois advogados norte-americanos, John Aretakis, de Nova Iorque e Jeff Anderson, de Minnesota, recordistas de clientes vítimas de abusos sexuais, tendo o primeiro patrocinado 250 ações, com indenizações no valor de um milhão de dólares obtidas da Igreja Católica e o segundo patrocinado mil ações, com indenizações no valor de 150 milhões de dólares, também, obtidas da mesma instituição religiosa. O caso mais famoso foi o do padre Mark Haight, de Albany, que estuprou um menino, diariamente, durante seis anos. Seguem-se os casos do padre James Porter, que molestou 28 crianças e foi condenado em 1993 a 28 anos de prisão, do padre Paul Shanley, que molestou uma menina durante três anos e foi condenado a doze anos de cadeia, do padre John Geoghan, molestador de mais de cem crianças, foi condenado a dez anos de prisão e do padre Rudolph Kos, que molestou onze crianças e a sua diocese pagou indenizações no valor de trinta milhões de dólares às vítimas. Anderson afirmou à Revista Veja: "luteranos, mórmons, testemunhas de Jeová, evangélicos…Diga-me o nome de qualquer grupo religioso e eu provavelmente já o processei".

Cláudio Hummes, cardeal prefeito da Congregação para o Clero do Vaticano, reconheceu que casos de pedofilia afetam 4% dos padres católicos, o que representaria cerca de 20 mil sacerdotes em todo o mundo.[66]

Os jornalistas do jornal Boston Globe investigaram um caso na cidade de Boston, que descobriu mais de 70 padres que cometiam abusos sexuais com crianças. Com a repercussão, o caso foi até para as telas do cinema. O filme Spotlight conta a história da equipe de jornalistas e como descobriram os casos. O elenco conta com Michael Keaton, Rachel McAdams e Mark Ruffalo.[67]

História

Um pretenso ativismo pedófilo teria surgido nos Países Baixos, no final dos anos 1950, pelo trabalho do neerlandês Frits Bernard, que fundou um grupo tolerado naquele país, tendo se desenvolvido a partir da Revolução sexual dos anos 1970 e até o início dos anos 1980, sobretudo na Europa Ocidental e Estados Unidos.

Em 1979, uma petição apoiada por grupos não-pedófilos (sexólogos, homossexuais, feministas, trabalhistas) chegou a ser apresentada ao Parlamento neerlandês, sem sucesso. Várias alegadas entidades foram fundadas onde a legislação era tolerante ou omissa. A reação social passou a desmascarar as intenções dos indivíduos que utilizavam o discurso pró-pedofilia, o que levou os grupos de pedófilos neles imiscuídos a serem expulsos, a partir de 1994, da ILGA, a confederação mundial de grupos GLBT, que então proclamou oficialmente a dissociação de pedofilia e homossexualidade, rechaçando expressamente os portadores daquela anomalia. Novos grupos, em países como Alemanha e Países Baixos, sobreviveram, centrando sua ação basicamente na Internet, dificultando sua captura e identificação.

Embora essas siglas pretendam existir e divulgar a pedofilia como algo normal, as polícias do mundo cada vez mais se unem no combate e prisão dos praticantes desse crime, desbaratando as redes internacionais de pedofilia.

Ativismo pedófilo

Predefinição:Vertambém O ativismo pró-pedofilia é um movimento que teve seu período mais ativo entre os anos 1950 e início dos anos 1990 e atualmente é mantido em sua maior parte através de sites na Internet.[68][69][70][71] Os seus objetivos passam pela abolição ou redução da idade de consentimento, legalização da pornografia infantil e, sobretudo, a aceitação da pedofilia como uma orientação sexual ao invés de um distúrbio psicológico.[72]

Ativismo antipedofilia

Ver artigo principal: Ativismo antipedofilia

O ativismo antipedófilo abrange oposição aos pedófilos, ativismo pró-pedófilo e outros fenômenos tidos como relacionados à pedofilia, como a pornografia infantil e abuso sexual de menores.[73] Muitas ações diretas classificadas como antipedófila envolvem demonstrações contra acusados de crimes de natureza sexual,[74] grupos que advogam a legalização da atividade sexual entre adultos e crianças,[75] usuários de internet que solicitam sexo a adolescentes.

Ver também

Wikiquote
O Wikiquote possui citações de ou sobre: Pedofilia

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 «Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, 5th Edition». American Psychiatric Publishing. 2013. Consultado em 25 de julho de 2013 
  2. 2,0 2,1 «The ICD-10 Classification of Mental and Behavioural Disorders Diagnostic criteria for research World» (PDF). World Health Organization/ICD-10. 1993. Consultado em 10 de outubro de 2012 
  3. «International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems 10th Revision (ICD-10) Version for 2010». ICD-10. Consultado em 17 de novembro de 2012 
  4. 4,0 4,1 Seto, Michael (2008). Pedophilia and Sexual Offending Against Children. Washington, DC: American Psychological Association. p. vii 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 Fagan, P.J.; et al. «Pedophilia». Journal of the American Medical Association. 2002 Nov 20;288(19):2458-65 
  6. 6,0 6,1 Ames MA, Houston DA (agosto de 1990). «Legal, social, and biological definitions of pedophilia». Arch Sex Behav. 19 (4): 333–42. PMID 2205170. doi:10.1007/BF01541928 
  7. Lanning, Kenneth (2010). «Child Molesters: A Behavioral Analysis» (PDF). National Center for Missing & Exploited Children. Consultado em 29 de junho de 2015. Arquivado do original (PDF) em 24 de dezembro de 2010 
  8. Hall RC, Hall RC (2007). «A profile of pedophilia: definition, characteristics of offenders, recidivism, treatment outcomes, and forensic issues». Mayo Clin. Proc. 82 (4): 457–71. PMID 17418075. doi:10.4065/82.4.457 
  9. Blaney, Paul H.; Millon, Theodore (2009). Oxford Textbook of Psychopathology (Oxford Series in Clinical Psychology) 2nd ed. [S.l.]: Oxford University Press, USA. p. 528. ISBN 0-19-537421-5. Some cases of child molestation, especially those involving incest, are committed in the absence of any identifiable deviant erotic age preference. 
  10. Edwards, M. (1997) "Treatment for Paedophiles; Treatment for Sex Offenders". Paedophile Policy and Prevention, Australian Institute of Criminology Research and Public Policy Series (12), 74-75.
  11. Feelgood S, Hoyer J (2008). «Child molester or paedophile? Sociolegal versus psychopathological classification of sexual offenders against children». Journal of Sexual Aggression. 14 (1): 33–43. doi:10.1080/13552600802133860 
  12. Seto MC (2009). «Pedophilia». Annual Review of Clinical Psychology. 5: 391–407. PMID 19327034. doi:10.1146/annurev.clinpsy.032408.153618 
  13. Seto, Michael (2008). Pedophilia and Sexual Offending Against Children. Washington, DC: American Psychological Association. pp. 72–74 
  14. Goldman, Howard H. (2000). Review of General Psychiatry. [S.l.]: McGraw-Hill Professional Psychiatry. p. 374. ISBN 0-8385-8434-9 
  15. Lisa J. Cohen, PhD and Igor Galynker, MD, PhD (8 de junho de 2009). «Psychopathology and Personality Traits of Pedophiles». Psychiatric Times. Consultado em 7 de março de 2014 
  16. Seto, Michael (2008). Pedophilia and Sexual Offending Against Children. Washington, DC: American Psychological Association. p. xii, 186 
  17. Seto, Michael (2008). Pedophilia and Sexual Offending Against Children. Washington, DC: American Psychological Association. p. 101 
  18. Seto, Michael (2008). «Pedophilia: Psychopathology and Theory». In: Laws, D. Richard. Sexual Deviance: Theory, Assessment, and Treatment, 2nd edition. [S.l.]: The Guilford Press. p. 168 
  19. «ICD10online» (em English) 
  20. «dc conv sobre dc» 
  21. (em English) http://www.unhchr.ch/html/menu3/b/k2crc.htm  Em falta ou vazio |título= (ajuda)
  22. Croce, Delton, et alli, Manual de Medicina Legal, Saraiva, São Paulo, 1995
  23. «Título ainda não informado (favor adicionar)» 
  24. [1]
  25. «CID-10, F65.4 - português» 
  26. No separador DSM-IV diz:"A. Over a period of at least 6 months, recurrent, intense sexually arousing fantasies, sexual urges, or behaviors involving sexual activity with a prepubescent child or children (generally age 13 years or younger). B. The person has acted on these sexual urges, or the sexual urges or fantasies cause marked distress or interpersonal difficulty. C. The person is at least age 16 years and at least 5 years older than the child or children in Criterion A. Note: Do not include an individual in late adolescence involved in an ongoing sexual relationship with a 12- or 13- year-old."
  27. O Olhar Adolescente - Os Incríveis Anos de Transição Para a Vida Adulta, Publicação especial da Revista Mente e Cérebro, Editora Ediouro, Segmento-Duetto Editorial Ltda, com conteúdo internacional fornecido pela Gehim&Geist, sob licença da Scientific American, Inc. São Paulo, Edição número 1, 2007. ISBN 978-85-99535-40-0
  28. «Medical Library». www.medem.com. Consultado em 8 de julho de 2009 
  29. «Título ainda não informado (favor adicionar)». Arquivado do original em 28 de dezembro de 2006 
  30. «Título ainda não informado (favor adicionar)». Arquivado do original em 1 de maio de 2007 
  31. «[PDF]» (PDF). Arquivado do original (PDF) em 31 de dezembro de 2006 
  32. «"Pedophilia"». Psychology Today. Sussex Publishers, LLC. 7 de setembro de 2006. Consultado em 13 de julho de 2008. Arquivado do original em 19 de fevereiro de 2008 
  33. E L Rezmovic; D Sloane; D Alexander; B Seltser; T Jessor (1996). «Cycle of Sexual Abuse: Research Inconclusive About Whether Child Victims Become Adult Abusers» (PDF). US Government Accountability Office General Government Division United States 
  34. «Paedophiles' brains 'different', BBC News, 24 September 2007, 00:01 GMT 01:01 UK» 
  35. «Brain wiring link to paedophilia. BBC News, 28 November 2007, 16:10 GMT» 
  36. Marshall, W. L. (1997). The relationship between self-esteem and deviant sexual arousal in nonfamilial child molesters. Behavior Modification, 21, 86–96.
  37. Marshall, W., L., Cripps, E., Anderson, D., & Cortoni, F. A. (1999). Self-esteem and coping strategies in child molesters. Journal of Interpersonal Violence, 14, 955–962.
  38. Emmers-Sommer, T. M., Allen, M., Bourhis, J., Sahlstein, E., Laskowski, K., Falato, W. L., et al. (2004). A meta-analysis of the relationship between social skills and sexual offenders. Communication Reports, 17, 1–10.
  39. 39,0 39,1 39,2 Cantor, J. M., Blanchard, R., Christensen, B. K., Dickey, R., Klassen, P. E., Beckstead, A. L., Blak, T., & Kuban, M. E. (2004). Intelligence, memory, and handedness in pedophilia. Neuropsychology, 18, 3–14.
  40. Cantor, J. M., Blanchard, R., Robichaud, L. K., & Christensen, B. K. (2005). Quantitative reanalysis of aggregate data on IQ in sexual offenders. Psychological Bulletin, 131, 555–568.
  41. 41,0 41,1 Blanchard, R., Kolla, N. J., Cantor, J. M., Klassen, P. E., Dickey, R., Kuban, M. E., & Blak, T. (2007). IQ, handedness, and pedophilia in adult male patients stratified by referral source. Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment, 19, 285-309.
  42. Cantor, J. M., Klassen, P. E., Dickey, R., Christensen, B. K., Kuban, M. E., Blak, T., Williams, N. S., & Blanchard, R. (2005). Handedness in pedophilia and hebephilia. Archives of Sexual Behavior, 34, 447–459.
  43. Bogaert, A. F. (2001). Handedness, criminality, and sexual offending. Neuropsychologia, 39, 465–469.
  44. Cantor, J. M., Kuban, M. E., Blak, T., Klassen, P. E., Dickey, R., & Blanchard, R. (2006). Grade failure and special education placement in sexual offenders’ educational histories. Archives of Sexual Behavior, 35, 743–751.
  45. Cantor, J. M., Kuban, M. E., Blak, T., Klassen, P. E., Dickey, R., & Blanchard, R. (2007). Physical height in pedophilia and hebephilia. Sexual Abuse: A Journal of Research and Treatment, 19, 395–407.
  46. 46,0 46,1 Blanchard, R., Christensen, B. K., Strong, S. M., Cantor, J. M., Kuban, M. E., Klassen, P., Dickey, R., & Blak, T. (2002). Retrospective self-reports of childhood accidents causing unconsciousness in phallometrically diagnosed pedophiles. Archives of Sexual Behavior, 31, 511–526.
  47. Blanchard, R., Kuban, M. E., Klassen, P., Dickey, R., Christensen, B. K., Cantor, J. M., & Blak, T. (2003). Self-reported injuries before and after age 13 in pedophilic and non-pedophilic men referred for clinical assessment. Archives of Sexual Behavior, 32, 573–581.
  48. 48,0 48,1 Cantor, J. M., Kabani, N., Christensen, B. K., Zipursky, R. B., Barbaree, H. E., Dickey, R., Klassen, P. E., Mikulis, D. J., Kuban, M. E., Blak, T., Richards, B. A., Hanratty, M. K., & Blanchard, R. (2008). Cerebral white matter deficiencies in pedophilic men. Journal of Psychiatric Research, 42, 167–183.
  49. Schiffer, B., Peschel, T., Paul, T., Gizewski, E., Forsting, M., Leygraf, N., Schedlowski, M., Krueger, T. H. C. (2007). Structural brain abnormalities in the frontostriatal system and cerebellum in pedophilia. 'Journal of Psychiatric Research, 41, 753–762
  50. Schiltz, K., Witzel, J., Northoff, G., Zierhut, K., Gubka, U., Fellman, H., Kaufmann, J., Tempelmann, C., Wiebking, C., & Bogerts, B. (2007). Brain pathology in pedophilic offenders: Evidence of volume reduction in the right amygdala and related diencephalic structures. Archives of General Psychiatry, 64, 737–746.
  51. «Is there familial transmission of pedophilia? [J Nerv Ment Dis. 1984] - PubMed Result» 
  52. Walter et al. (2007). "Pedophilia Is Linked to Reduced Activation in Hypothalamus and Lateral Prefrontal Cortex During Visual Erotic Stimulation." Biological Psychiatry. 62.
  53. Schiffer, B., Paul, T., Gizewski, E., Forsting, M., Leygraf, N., Schedlowski, M., Kruger, T. H. (2008). «Functional brain correlates of heterosexual paedophilia». Neuroimage. 41 (1): 80–91. PMID 18358744. doi:10.1016/j.neuroimage.2008.02.008 
  54. 54,0 54,1 Blanchard, R., Cantor, J. M., & Robichaud, L. K. (2006). Biological factors in the development of sexual deviance and aggression in males. In H. E. Barbaree & W. L. Marshall (Eds.), The juvenile sex offender (2nd ed., pp. 77–104). New York: Guilford.
  55. Agência ANSA (19 de outubro de 2007). «Grã-Bretanha já tem 'castração química' para pedófilo» 
  56. [Briere, J., & Runtz, M. (1989). University males' sexual interest in children: Predicting potential indices of "pedophilia" in a nonforensic sample. Child Abuse and Neglect, 13, 65-75. http://web.uvic.ca/psyc/runtz/CANpaper1989.pdf]
  57. «Lei n.º 10.764, de 12/11/2003 - alterou o art. 241 do ECA.» 
  58. «Pedofilia na diplomacia». ISTOÉ 
  59. http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=61037
  60. «Cópia arquivada». Consultado em 17 de outubro de 2015. Arquivado do original em 10 de setembro de 2017 
  61. http://www.jb.com.br/internacional/noticias/2007/03/12/embaixador-envolvido-em-escandalo/
  62. «- pesquisado em 26 de maio de 2007, às 22:12». Arquivado do original em 24 de novembro de 2007 
  63. «notícia, pesquisada em 21 de dezembro de 2007, às 05:30» 
  64. «Travesti ajudou a capturar pedófilo mais procurado do mundo». 19 de outubro de 2007. Consultado em 19 de outubro de 2007. Arquivado do original em 6 de novembro de 2012 
  65. «Instrutora de tênis é condenada por sexo com aluna». 19 de outubro de 2007. Consultado em 19 de outubro de 2007 
  66. «Un cardenal brasileño reconoce que la pedofilia afecta al 4% de los sacerdotes» (em espanhol). El periódico.com. 25 de maio de 2009. Consultado em 26 de junho de 2009 
  67. «Em Veneza, filme 'Spotlight' mostra escândalo sexual da Igreja». G1. 4 de setembro de 2015. Consultado em 29 de setembro de 2016 
  68. Stanton, Domna C. (1992). Discourses of Sexuality: From Aristotle to AIDS. [S.l.]: University of Michigan Press. p. 405. ISBN 0472065130. not many people have been prepared to support the emancipatory potential of the pedophile movement. 
  69. Hagan, Domna C.; Sussman, Marvin B. (1988). Deviance and the family. [S.l.]: Haworth Press. p. 131. ISBN 0866567267. …marginal liberation ideologies promoted by the Sexual Freedom League, Rene Guyon Society, North American Man Boy Love Association, and Pedophile advocacy groups… 
  70. Jenkins, Philip (1992). Intimate Enemies: Moral Panics in Contemporary Great Britain. [S.l.]: Aldine Transaction. p. 75. ISBN 0202304361. In the 1970s, the pedophile movement was one of several fringe groups whose cause was to some extent espoused in the name of gay liberation. 
  71. Jenkins, Philip (2006). Decade of Nightmares: The End of the Sixties and the Making of Eighties America. [S.l.]: Oxford University Press. p. 120. ISBN 0195178661. at the fringes of the gay movement, some voices were pushing for more radical changes, including the abolition of the age of consent, and were extolling 'man-boy love.' 
  72. Dr. Frits Bernard,. «The Dutch Paedophile Emancipation Movement». Paidika: The Journal of Paedophilia. volume 1 number 2, (Autumn 1987), p. 35-4. Heterosexuality, homosexuality, bisexuality and paedophilia should be considered equally valuable forms of human behavior. 
  73. «Global Crime Report | INVESTIGATION | Child porn and the cybercrime treaty part 2 |BBC World Service» 
  74. «Families flee paedophile protests» (em English). 9 de agosto de 2000. Consultado em 24 de janeiro de 2008 
  75. «Dutch paedophiles set up political party». 30 de maio de 2006. Consultado em 1 de Janeiro de 2008 

Predefinição:Parafilia

talvez você goste