𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Transtorno de personalidade antissocial

Transtorno de personalidade dissocial
E.Kraepelin crop2.jpg
Em 1904, Emil Kraepelin examinou pela primeira vez com metodologia científica os tipos de personalidades similares ao transtorno de personalidade antissocial, e serviu de base para a criação deste diagnóstico.
Frequência Erro de script: Nenhum módulo desse tipo "PrevalenceData".
Classificação e recursos externos
CID-10 F60.2
CID-9 301.7

Sinônimos: Personalidade sociopática

A Wikipédia não é um consultório médico. Leia o aviso médicoPredefinição:Pad
Pessoas com transtorno de personalidade antissocial frequentemente possuem histórico de abuso de substâncias, especialmente álcool.[1]
Já está comprovado que indivíduos diagnosticados com TPA têm maiores chances de reincidir em crimes e portanto deveriam ser melhor vigiados.[2]
Já foi comprovado que a serotonina tem um papel importante no controle da agressividade, impulsividade e comportamento anti-social tanto em humanos quanto em outros animais.[3]

O transtorno de personalidade antissocial (TPA) (português brasileiro) ou perturbação da personalidade antissocial (PPAS) (português europeu), comumente referido como sociopatia, é um transtorno de personalidade descrito no DSM-V, caracterizado pelo comportamento impulsivo do indivíduo afetado, desprezo por normas sociais e indiferença ou desrespeito pelos direitos e pelos sentimentos dos outros. Frequentemente o indivíduo demonstra também baixa consciência ou sentido de moral associado a um histórico de problemas legais e comportamentos agressivos ou impulsivos.[4][5] Na classificação internacional de doenças (CID), é chamado de transtorno de personalidade dissocial (Código: F60.2).[6]

Costuma-se distinguir o conceito de distúrbio da personalidade antissocial do conceito de psicopatia. Muitos pesquisadores argumentam que a psicopatia é um distúrbio que se sobrepõe ao TPA, mas é distinto deste.[7][8][9][10][11]

Na população em geral, as taxas dos transtornos de personalidade podem variar de 0,5% a 3%, subindo para 45-66% entre presidiários.[12]

Características

O transtorno de personalidade antissocial é definido por um desrespeito generalizado e persistente pela moral, pelas normas sociais e pelos direitos e sentimentos dos outros.[13] Embora os comportamentos variem em grau, os indivíduos com esse transtorno de personalidade normalmente têm escrúpulos limitados em explorar os outros de maneira prejudicial para seu próprio ganho ou prazer, e frequentemente manipulam e enganam outras pessoas. Enquanto alguns o fazem através de uma fachada de charme superficial, outros o fazem por meio de intimidação e violência.[14] Eles podem exibir arrogância, pensar humilde e negativamente nos outros, e não ter remorso por suas ações prejudiciais e ter uma atitude insensível em relação àqueles que prejudicaram.[13][15] A irresponsabilidade é uma característica central desse transtorno; a maioria tem dificuldades significativas em manter um emprego estável, bem como cumprir suas obrigações sociais e financeiras, e as pessoas com esse transtorno geralmente levam estilos de vida exploradores, ilegais ou parasitários.[5][15][16][17]

Aqueles com transtorno de personalidade antissocial são muitas vezes impulsivos e imprudentes, deixando de considerar ou desconsiderando as consequências de suas ações. Eles podem repetidamente desconsiderar e colocar em risco sua própria segurança e a segurança de outras pessoas, o que pode colocar a si mesmos e outras pessoas em perigo.[13][15] Eles são frequentemente agressivos e hostis, com temperamentos mal regulados, e podem atacar violentamente quando provocados ou frustrados.[13][18] Os indivíduos são propensos a transtornos por uso de substâncias e dependência, sendo comum o uso não médico de várias substâncias psicoativas nessa população. Esses comportamentos podem, em alguns casos, levar esses indivíduos a conflitos frequentes com a lei, e muitas pessoas com TPA têm extensas históricoss de comportamento antissocial e infrações criminais que remontam à adolescência ou infância.[13][15][16][17]

Transtorno de Conduta

Embora o transtorno de personalidade antissocial seja um transtorno mental diagnosticado na idade adulta, ele tem seu precedente na infância.[19] Os critérios do DSM-5 para TPA exigem que o indivíduo tenha problemas de conduta evidentes aos 15 anos de idade.[14] O comportamento antissocial persistente, bem como a falta de consideração pelos outros na infância e adolescência, é conhecido como transtorno de conduta e é o precursor do TPA.[20] Cerca de 25 a 40% dos jovens com transtorno de conduta serão diagnosticados com TPA na idade adulta.[21]

O transtorno de conduta é um transtorno diagnosticado na infância que se assemelha às características encontradas no TPAS e se caracteriza por um padrão de comportamento repetitivo e persistente em que são violados os direitos básicos dos outros ou as principais normas próprias da idade. As crianças com o transtorno geralmente exibem comportamento impulsivo e agressivo, podem ser insensíveis e enganosas e podem se envolver repetidamente em pequenos crimes, como roubo ou vandalismo, ou brigar com outras crianças e adultos.[22]

Comorbidades

Portadores de transtornos de personalidade são mais susceptíveis a apresentarem outros transtornos psiquiátricos. Estima-se que 80% das pessoas com transtornos de personalidade sofram de outros problemas de saúde psicológica, como hiperatividade, síndrome do pânico, depressão maior, transtornos de ansiedade e abuso de drogas.[23] TPA geralmente coexiste com as seguintes condições:[24]

Diagnóstico

De acordo com o DSM-V, para ser diagnosticado com TPA o indivíduo precisa atender os seguintes critérios:[25]

Critério A

Apresentar pelo menos 3 dos seguintes itens, ocorrendo desde pelo menos os 15 anos de idade:

  • repetidamente quebrar a lei/normas sociais
  • repetidamente apresentar comportamento falso (exs: enganar os outros para benefício próprio, mentir compulsóriamente, etc..)
  • ser impulsivo e/ou incapaz de traçar um planejamento realista para o longo prazo
  • ser facilmente irritável ou apresentar agressividade.
  • apresentar total indiferença para com sua segurança ou a de outrem. (ex: dirigir perigosamente a só ou com passageiros)
  • ser consistentemente irresponsável
  • falta de remorso severa

Esses sinais não devem fazer parte de um episódio esquizofrênico ou maníaco – eles devem fazer parte da personalidade cotidiana da pessoa.

Critério B

O indivíduo deve ter pelo menos 18 anos de idade.

Critério C

Deve haver evidência de Transtorno de Conduta antes dos 15 anos, desde a infância.

Teste de psicopatia de Hare (PCL-R)

Para diagnosticar uma pessoa com psicopatia, Robert Hare desenvolveu um famoso teste psicológico, válido somente quando aplicado por um psicólogo ou psiquiatra. Seus critérios diagnósticos abrangem os recursos afetivos, interpessoais e comportamentais. Cada item é avaliado em uma nota de zero (ausente ou leve), um (moderada) ou dois (grave). A soma total determina o grau de psicopatia de uma pessoa.[26]

Fator 1
Antissocial agressivo
  1. Sedutora / Charme superficial
  2. Grandioso senso de auto-estima / egocêntrico
  3. Mentira patológica
  4. Esperteza / Manipulação
  5. Falta de remorso ou culpa
  6. Superficialidade emocional
  7. Insensibilidade / Falta de empatia
  8. Falha em aceitar a responsabilidade por ações próprias
  9. Agressão a animais
Fator 2
Estilo de vida socialmente desviantes
  1. Necessidade por estimulação / tendência ao tédio e depressão
  2. Estilo de vida parasitário tentando ser sustentado e mantido por seus manipulados.
  3. Falta de metas de longo prazo possíveis ou realistas (incapacidade de enxergar as consequências das ações no futuro)
  4. Impulsividade
  5. Irresponsabilidade e desonestidade frequente
Fator 3
Estilo de comportamentos irresponsáveis
  1. Controle comportamental pobre*
  2. Versatilidade criminal*
  3. Delinquência juvenil*
  4. Problemas comportamentais precoces*
  5. Revogação da liberdade condicional*
Traços não correlacionadas com ambos fatores
  1. Várias relações conjugais de curta duração
  2. Promiscuidade

De uma pontuação máxima de 40, o ponto de corte para o rótulo de psicopatia é 30 nos Estados Unidos e 25 no Reino Unido.[27][28][29] Uma pontuação de corte de 25 também é usada às vezes para fins de pesquisa.[27]

Apontuação de psicopatia comum para pessoas não-transtornadas é de 5-20 (~20 apenas sendo altamente criminoso, 10 e abaixo sendo relativamente "normal"); 25-30 é onde a curva se inclina para mal-adaptativo, com 30+ sendo psicopata. A maioria dos indivíduos com TPA não são psicopatas e tendem a atingir esse ponto médio (~ 20-25).

Uma nota elevada no Fator 2 está associado com reação agressiva, ansiedade, elevado risco de suicídio, criminalidade e violência por impulsividade. Uma nota elevada no Fator 1 por outro lado indica uma melhor habilidade em conviver socialmente, baixa ansiedade, baixa empatia, baixa tolerância a frustrações e baixa ideação suicida, além de estar associado a sucesso e bem-estar.

Indivíduos com Fator 1 positivo já foi considerado como adaptativo em um ambiente altamente competitivo, por obter resultados tanto para o indivíduo quanto paras as corporações,[30] porém muitas vezes eles causam dano a longo prazo, tanto para seus colegas de trabalho quanto para a organização como um todo, devido ao seu comportamento manipulativo, enganoso, abusivo e, muitas vezes fraudulento.[31] Além disso, essas pessoas geralmente causam extremo sofrimento a seus parceiros amorosos, a seus filhos, familiares e animais domésticos.[32]

Contando até 40 pontos (16+18+6). Se o indivíduo tiro o máximo no Fator 1, ele marcaria 16 pontos ; da mesma forma, para Fator 2, ele pontuaria 18. Deve haver uma compensação para qualquer fator para que a psicopatia seja identificada. Digamos que se tenha pontuação máxima para F1 e média para F2, que é 16 + 9 = 25, ainda não é um psicopata. Ou vice-versa, 18 + 8 = 26, não é um psicopata, mas severamente fora da norma e provavelmente criminoso. Isso significaria que, para qualificar um indivíduo (subclínica e forense) como psicopata, é preciso tirar notas altas em todos os fatores.

Psicopatia

A psicopatia é comumente definida como um transtorno de personalidade caracterizado em parte por comportamento antissocial, capacidade diminuída de empatia e remorso e controles comportamentais inadequados.[33][34][35][36]. Pessoas com transtorno psicopático, durante o período da infância, podem ter sofrido com negligência e autoritarismo por parte de seus cuidadores, sentem-se profundamente isolados e tendem à introversão.[37]. Traços psicopáticos são avaliados usando várias ferramentas de medição, incluindo a lista de verificação de psicopatia do pesquisador canadense Robert D. Hare, revisada (PCL-R).[38] "Psicopatia" não é o título oficial de nenhum diagnóstico no DSM ou CID; nem é um título oficial usado por outras grandes organizações psiquiátricas. O DSM e a CID, no entanto, afirmam que seus diagnósticos antissociais às vezes são chamados (ou incluem o que é referido) como psicopatia ou sociopatia.[33][39][36][40][41]

Apesar de manipuladores, psicopatas têm mais dificuldade em identificar expressões faciais.[42] e verbais[43] que pessoas sem esse transtorno.

O trabalho do psiquiatra americano Hervey Cleckley[44] sobre psicopatia formou a base dos critérios diagnósticos para TPA, e o DSM afirma que TPA é muitas vezes referido como psicopatia.[45][11] No entanto, os críticos argumentam que TPA não é sinônimo de psicopatia, pois os critérios diagnósticos não são os mesmos, uma vez que os critérios relacionados aos traços de personalidade são enfatizados relativamente menos no primeiro.

No entanto, a psicopatia tem sido proposta como um especificador de um modelo alternativo para TPA. No DSM-5, em "Modelo Alternativo do DSM-5 para Transtornos de Personalidade", o TPA com características psicopáticas é descrito como caracterizado por "falta de ansiedade ou medo e por um estilo interpessoal ousado que pode mascarar comportamentos desadaptativos (por exemplo, fraude) ". Baixos níveis de abstinência e altos níveis de busca de atenção combinados com baixa ansiedade estão associados à "potência social" e "imunidade ao estresse" na psicopatia.[22] Sob o especificador, as características afetivas e interpessoais são comparativamente enfatizadas em relação aos componentes comportamentais.

Apesar de cometerem mais crimes, serem mais violentos e terem maior índice de reincidência, psicopatas ainda recebem liberdade condicional com 2,5 mais frequência que outros presos.[46]

Diferencial

De acordo com o DSM-5-TR, o TPA é frequentemente confundido com outros transtornos de personalidade do Grupo B, no entanto é possível diferencia-lo dos outros apartir das seguintes constatações:[47]

Ao contrário de TPA, transtorno de personalidade narcisista não inclui características de impulsividade, agressão e engano. Além disso, indivíduos com TPA podem não ser tão carentes da admiração e inveja dos outros, e as pessoas com TP narcisista geralmente não têm o histórico de transtorno de conduta na infância ou comportamento criminoso na idade adulta.

Indivíduos com TPA e TP histriônica compartilham a tendência de serem impulsivos, superficiais, em busca de excitação, imprudentes, sedutores e manipuladores, mas pessoas com transtorno de personalidade histriônica tendem a ser mais exageradas em suas emoções e não caracteristicamente se envolvem em comportamentos anti-sociais.

Indivíduos histriônicos e borderline são manipuladores para obter afeto, enquanto antissociais são manipuladores para obter lucro, poder ou alguma outra gratificação material. Indivíduos com TPA tendem a ser menos emocionalmente instáveis ​​e mais agressivos do que aqueles com transtorno de personalidade borderline.

Causas

Pessoas com TPA muitas vezes cresceram em famílias divididas em que o conflito parental é frequente e a paternidade é dura e inconsistente. Como resultado de inadequações dos pais e/ou comportamento difícil da criança, os cuidados da criança são frequentemente interrompidos e transferidos para entidades externas à família (escola, igreja, clubes). Isso, por sua vez, muitas vezes leva à evasão escolar, amizades igualmente delinquentes e uso indevido de substâncias.[48]

Fatores ambientais e psicológicos como condições econômicas precárias, família desestruturada e histórico de violência podem superar fatores genéticos na formação da TPA. Existe grande número de Indivíduos com TPA e psicopatas entre as populações carcerárias. Estes indivíduos vivenciaram, geralmente, situações de desamparo, desprezo e desafeto por suas famílias. Vivências repletas de maus tratos, humilhações, abusos e mais uma série de fatores que, somados, podem levar o indivíduo a uma dessensibilização, emocionalmente superficial e a repetir a violência sofrida em suas relações sociais.[49]

Vários estudos mostram a associação entre lesões pré-frontais e comportamentos impulsivos, agressividade e inadequação social. Um indivíduo saudável apresentando comportamentos dentro dos padrões normais após sofrer um acidente em que o córtex é atingido, pode passar a apresentar comportamentos antissociais, ou seja, uma sociopatia adquirida. Estes dados confirmam o fato de que possa existir um componente cerebral envolvido no comportamento antissocial.[50]

A diminuição da massa cinzenta na área pré-frontal, analisada por neuroimagem, demonstra que uma diminuição do volume do hipocampo posterior e um aumento da matéria branca do corpo caloso contribuem para o aparecimento de comportamentos mais agressivos.[51]

Tratamento

As formas mais comuns de medicamentos utilizados em pacientes de transtornos de personalidade são os neurolépticos, antidepressivos, lítio, benzodiazepínicos, anticonvulsivantes e psicoestimulantes. Porém tratamentos medicamentosos revelaram ser ineficazes no tratamento de psicopatia, apesar de poucos estudos terem sido realizados adequadamente.[52] Mesmo com poucos testes, sais de lítio são usados frequentemente no tratamento de pacientes psicopatas, pois podem levar a uma redução nos comportamentos impulsivos, explosivos e na instabilidade emocional. Seus principais efeitos colaterais são sedação, tremores e problemas motores.[53]

Há indicativos de que a terapia cognitivo-comportamental possa ser um método eficaz no tratamento de transtornos de personalidade antissocial.[54] A American Psychiatric Association considera a terapia analítico-comportamental como o tratamento de regulacão afetiva mais eficaz e empiricamente suportado para transtornos de personalidade.[55]

Psicoterapias com pacientes com personalidade violenta em liberdade condicional reduziram os índices de reincidência para 20 e 33% comparado com 40 a 52% dos grupos controles. Os autores concluem que a personalidade dos pacientes não mudou, porém eles aprenderam a controlar melhor seus impulsos e pensarem mais nas consequências de seus atos.[56][57][58][59]

Ver também

Referências

  1. Fountoulaskis KN, Leucht S, Kaprinis GS. Personality disorders and violence. Curr Opin Psychiatry. 2008;21(1):84-92. Review
  2. MORANA, H. C. Subtypes of antisocial personality disorder and the implications for forensic research: issues in personality disorder assessment. Internal Medicine, v.6, p. 187-99. 1999.
  3. Gollan JK, Lee R, Coccaro EF (2005). "Developmental psychopathology and neurobiology of aggression". Development and Psychopathology 17 (4): 1151–71. PMID 16613435.
  4. KNAPP, Paulo. Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Artmed Editora, 2009.
  5. 5,0 5,1 «Overview - Antisocial personality disorder - Mayo Clinic». www.mayoclinic.org. Consultado em 12 de abril de 2016 
  6. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DE SAÚDE (OMS) (Ed.). Classificação de transtornos mentais e de comportamento da CID -10: Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1993.
  7. Patrick, Christopher (2005). Handbook of Psychopathy. [S.l.]: Guilford Press. ISBN 9781606238042. Consultado em 18 de julho de 2013 
  8. "Psychopathy and Antisocial Personality Disorder: A Case of Diagnostic Confusion". Robert D. Hare, PhD Psychiatric Times. Vol. 13 No. 2. 1 February 1996.
  9. Hare, R.D., Hart, S.D., Harpur, T.J. Psychopathy and the DSM—IV Criteria for Antisocial Personality Disorder (PDF).
  10. Semple, David (2005). The Oxford Handbook of Psychiatry. USA: Oxford University Press. pp. 448–449. ISBN 0-19-852783-7 
  11. 11,0 11,1 Skeem, J. L.; Polaschek, D. L. L.; Patrick, C. J.; Lilienfeld, S. O. (15 de dezembro de 2011). «Psychopathic Personality: Bridging the Gap Between Scientific Evidence and Public Policy». Psychological Science in the Public Interest. 12 (3): 95–162. doi:10.1177/1529100611426706 
  12. Marcos Hirata Soares. Estudos sobre transtornos de personalidade Antissocial e Borderline. Acta Paul Enferm 2010;23(6):852-8.
  13. 13,0 13,1 13,2 13,3 13,4 Mayo Clinic Staff (2 April 2016). "Overview- Antisocial personality disorder". Mayo Clinic. Retrieved 12 April 2016.
  14. 14,0 14,1 "Antisocial Personality Disorder". Psychology Today. New York City: Sussex Publishers. Retrieved 18 February 2018.
  15. 15,0 15,1 15,2 15,3 Berger FK (29 July 2016). "Antisocial personality disorder: MedlinePlus Medical Encyclopedia". MedlinePlus. Retrieved 1 November 2016.
  16. 16,0 16,1 "Antisocial personality disorder". NHS. Retrieved 11 May 2016.
  17. 17,0 17,1 "Antisocial personality disorder: prevention and management". NICE. March 2013. Retrieved 11 May 2016.
  18. "Antisocial personality disorder: prevention and management". NICE. March 2013. Retrieved 11 May 2016.
  19. McCallum D (2001). Personality and dangerousness : genealogies of antisocial personality disorder. Cambridge, England: Cambridge University Press. ISBN 978-0521008754. OCLC 52493285.
  20. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (4th ed.). Washington, DC: American Psychiatric Association. 2000.
  21. Zoccolillo M, Pickles A, Quinton D, Rutter M (November 1992). "The outcome of childhood conduct disorder: implications for defining adult personality disorder and conduct disorder". Psychological Medicine. Cambridge University Press. 22 (4): 971–86. doi:10.1017/s003329170003854x. PMID 1488492.
  22. 22,0 22,1 Kupfer D, Regier D, eds. (2013). Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5 ed.). Washington, DC: American Psychiatric Association. ISBN 978-0890425558.
  23. Barnes I. Understanding the challenges of personality disorders. Can Nurs Home. 2007;18(1):28-32.
  24. Internet Mental Health – antisocial personality disorder Archived 4 June 2013 at the Wayback Machine. Mentalhealth.com. Retrieved on 7 December 2011.
  25. American Psychiatric Association (2013), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.), Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 659, ISBN 978-0890425558
  26. Hare, R. D. (2003). Manual for the Revised Psychopathy Checklist (2nd ed.). Toronto, ON, Canada: Multi-Health Systems.
  27. 27,0 27,1 Skeem, J. L.; Polaschek, D. L. L.; Patrick, C. J.; Lilienfeld, S. O. (2011). "Psychopathic Personality: Bridging the Gap Between Scientific Evidence and Public Policy". Psychological Science in the Public Interest. 12 (3): 95–162. doi:10.1177/1529100611426706. PMID 26167886. S2CID 8521465
  28. Semple, David (2005). The Oxford Handbook of Psychiatry. Oxford University Press. pp. 448–9. ISBN 978-0-19-852783-1.
  29. Starr, Michelle (October 28, 2017). "Study Says That Psychopaths With Their Lack of Empathy Can Actually Be Useful For Society". ScienceAlert. Retrieved February 28, 2018.
  30. Babiak, P. Psychopathic manipulation in organizations: Pawns, patrons, and patsies
  31. Verona, E., Patrick, C. J., & Joiner, T. E. (2001). "Psychopathy, Antisocial Personality, and Suicide Risk". Journal of Abnormal Psychology 110 (3): 462–470. doi:10.1037/0021-843X.110.3.462. PMID 11502089.
  32. Hare, Robert D. Without Conscience: The Disturbing World of Psychopaths Among Us, (New York: Pocket Books, 1993) pg 2.
  33. 33,0 33,1 Skeem JL, Polaschek DL, Patrick CJ, Lilienfeld SO (December 2011). "Psychopathic Personality: Bridging the Gap Between Scientific Evidence and Public Policy". Psychological Science in the Public Interest. 12 (3): 95–162. doi:10.1177/1529100611426706. PMID 26167886. S2CID 8521465.
  34. Blair RJ (January 2003). "Neurobiological basis of psychopathy". The British Journal of Psychiatry. 182: 5–7. doi:10.1192/bjp.182.1.5. PMID 12509310
  35. Merriam-Webster Dictionary. "Definition of psychopathy". Retrieved 15 May 2013
  36. 36,0 36,1 Encyclopedia of Mental Disorders. "Hare Psychopathy Checklist". Retrieved 15 May 2013.
  37. DAS, J., RUITER, C.; DORELEIJERS, T. Reliability and validity of the Psychopathy Checklist: Youth Version in Dutch female adolescents. International Journal of Law and Psychiatry, v. 31, p. 219-228. 2008.
  38. Hare RD (2003). Manual for the Revised Psychopathy Checklist (2nd ed.). Toronto, ON, Canada: Multi-Health Systems.
  39. "Dissocial personality disorder – International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems 10th Revision (ICD-10)". Archived from the original on 11 September 2013. Retrieved 8 April 2020.
  40. DSM-IV-TR: Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (Fourth ed.). United States: American Psychiatric Association Press Inc. 2000. ISBN 978-0-89042-025-6.
  41. "International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems" (10th ed.). World Health Organization. 2016.
  42. Kosson DS, Suchy Y, Mayer AR, Libby J (December 2002). "Facial affect recognition in criminal psychopaths" Emotion 2 (4): 398–411. doi:10.1037/1528-3542.2.4.398. PMID 12899372.
  43. Blair RJ, Mitchell DG, Richell RA, et al. (November 2002). "Turning a deaf ear to fear: impaired recognition of vocal affect in psychopathic individuals". Journal of Abnormal Psychology 111 (4): 682–6. doi:10.1037/0021-843X.111.4.682. PMID 12428783.
  44. Horley J (2014). "The emergence and development of psychopathy". History of the Human Sciences. 27 (5): 91–110. doi:10.1177/0952695114541864. S2CID 145719285.
  45. Patrick CJ (2005). Handbook of Psychopathy. Guilford Press. ISBN 9781606238042.
  46. Porter, Stephen; Ten Brinke, Leanne; Wilson, Kevin (2009). "Crime profiles and conditional release performance of psychopathic and non-psychopathic sexual offenders". Legal and Criminological Psychology 14: 109. doi:10.1348/135532508X284310.
  47. American Psychiatric Association (2022), Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (5th ed.) - Text Revision (TR), Arlington: American Psychiatric Publishing, pp. 752, ISBN 0890425760
  48. Antisocial personality disorder: prevention and management Clinical guideline [CG77]Published: 28 January 2009
  49. GOMES, Cema Cardona e ALMEIDA, Rosa Maria Martins de. Psychopathy in men and women. Arq. bras. psicol. [online]. 2010, vol.62, n.1 [citado 2011-05-30], pp. 13-21 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672010000100003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1809-5267.
  50. RAINE, A.; BUCHSBAUMB, M. S.; STANLEY, J.; LOTTENBERG, S.; ABEL, L.; STODDARD, J. Selective reductions in prefrontal metabolism in murders. Society of Biological Psychiatry, v. 36, p. 365-373. 1994.
  51. BLAIR, R. J. Neurobiological basis of psychopathy. Journal of psychiatry, v. 182, n. 1, p. 5-7. 2003.
  52. Sheard, M. H., Marini, J. L. & Bridges, C. I. (1976) The effect of lithium on unipolar aggressive behaviour in men. American Journal of Psychiatry, 133, 1409-1413.
  53. Stein, G. (1993) Drug treatment of the personality disorders. In Personality Disorder Reviewed (eds.Tyrer, P. & Stein, G.). London: Gaskell.
  54. Arntz A. Do personality disorders exist? On the validity of the concept and its cognitive-behavioral formulation and treatment. Behav Res Ther. 1999;37 Suppl 1:S97-134.
  55. American Psychiatric Association. Treating personality disorder: a quick reference guide. Washington:American Psychiatric Association; 2004.
  56. Carney, F. L. (1981) Residential treatment programs for antisocial personality disorders. In The Treatment of Antisocial Syndromes (ed. W. H. Reid). Van Nostrand Reinhold.
  57. Copas, J. B. & Whiteley, S. (1976) Predicting success in the treatment of psychopaths. British Journal of Psychiatry, 129, 388-392.
  58. Cullen, E. (1992) The Grendon reconvictoin study. Unpublished document, Psychology Department, HMP Grendon.
  59. Firestone P, Bradford JM, Greenberg DM, Larose MR (1998). "Homicidal sex offenders: psychological, phallometric, and diagnostic features". The Journal of the American Academy of Psychiatry and the Law 26 (4): 537–52. doi:10.1177/0093854806288176. PMID 9894211.

Predefinição:DSM-TP

talvez você goste