Depressão pós-parto | |
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Sinónimos | Depressão puerperal |
Especialidade | Psiquiatria |
Sintomas | Tristeza profunda, fadiga, ansiedade, perturbações no sono ou na alimentação, episódios de choro, irritabilidade[1] |
Início habitual | De uma semana a um mês após o parto[1] |
Causas | Pouco claras[1] |
Fatores de risco | Antecedentes de depressão pós-parto, perturbação bipolar, antecedentes familiares depressão, stresse psicológico, complicações da gravidez, falta de apoio, perturbação por abuso de substâncias[1] |
Método de diagnóstico | Baseado nos sintomas[2] |
Condições semelhantes | Tristeza pós-parto[1] |
Tratamento | Psicoterapia, medicação[2] |
Frequência | ~15% dos partos[1] |
Classificação e recursos externos | |
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Depressão pós-parto (DPP) é um tipo de perturbação do humor associada ao parto, podendo afetar ambos os sexos.[1][3] Os sintomas mais comuns são tristeza profunda, fadiga, ansiedade, episódios de choro, irritabilidade e perturbações no sono ou na alimentação.[1] Os sintomas manifestam-se geralmente entre a primeira semana e o primeiro mês a seguir ao parto.[1] A DPP pode também afetar negativamente o recém-nascido.[2]
Embora a causa exata de DPP não seja ainda clara, acredita-se que se deva a uma combinação de fatores físicos e emocionais.[1] Entre estes fatores estão as alterações hormonais e privação de sono.[1] Os fatores de risco incluem episódios anteriores de depressão pós-parto, perturbação bipolar, antecedentes familiares de depressão, stresse psicológico, complicações da gravidez, falta de apoio e perturbação por abuso de substâncias.[1] O diagnóstico tem por base os sintomas.[2] Embora a maior parte das mulheres atravessem um breve período de ansiedade ou tristeza denominado tristeza pós-parto, quando esses sintomas são acentuados e com duração superior a duas semanas deve-se suspeitar de DPP.[1]
Entre as pessoas de risco, fornecer apoio psicossocial pode ajudar a prevenir a DPP.[4] O tratamento da DPP pode incluir psicoterapia ou medicamentos.[2] Entre os tipos de psicoterapia que têm demonstrado ser eficazes estão a terapia interpessoal, terapia cognitivo-comportamental e terapia psicodinâmica.[2] Algumas evidências apoiam a administração de inibidores seletivos de recaptação de serotonina.[2]
A depressão pós-parto afeta cerca de 15% das mulheres por volta do parto.[1][2] Estima-se que afete também entre 1% e 26% dos novos pais.[3] A psicose pós-parto, uma forma mais grave de perturbação de humor pós-parto, afeta 1–2 em cada 1000 mulheres.[5] A psicose pós-parto é uma das principais causas de homicídio de crianças com menos de um ano de idade que, nos Estados Unidos, ocorre em cerca de 8 em cada 100 000 nascimentos.[6]
Referências
- ↑ 1,00 1,01 1,02 1,03 1,04 1,05 1,06 1,07 1,08 1,09 1,10 1,11 1,12 1,13 «Postpartum Depression Facts». NIMH (em English). Consultado em 11 de junho de 2017. Cópia arquivada em 21 de junho de 2017
- ↑ 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 Pearlstein, T; Howard, M; Salisbury, A; Zlotnick, C (abril de 2009). «Postpartum depression.». American Journal of Obstetrics and Gynecology. 200 (4): 357–64. PMC 3918890. PMID 19318144. doi:10.1016/j.ajog.2008.11.033
- ↑ 3,0 3,1 Paulson, James F. (2010). «Focusing on depression in expectant and new fathers: prenatal and postpartum depression not limited to mothers». Psychiatry Times. 27 (2). Cópia arquivada em 5 de agosto de 2012
- ↑ «Perinatal Depression: Prevalence, Screening Accuracy, and Screening Outcomes». Agency for Health Care Research and Quality. Cópia arquivada em 11 de novembro de 2013
- ↑ Seyfried, LS; Marcus, SM (agosto de 2003). «Postpartum mood disorders.». International review of psychiatry (Abingdon, England). 15 (3): 231–42. PMID 15276962. doi:10.1080/09540260305196
- ↑ Spinelli, MG (setembro de 2004). «Maternal infanticide associated with mental illness: prevention and the promise of saved lives.». The American Journal of Psychiatry. 161 (9): 1548–57. PMID 15337641. doi:10.1176/appi.ajp.161.9.1548