Predefinição:Formatar referências Predefinição:Mbox Predefinição:Menu lateral ocultável A Política do Brasil funciona sob o modelo de república federativa presidencialista, formada pela União, os estados, o Distrito Federal e os municípios, o exercício do poder é atribuído a órgãos distintos e independentes, submetidos a um sistema de controle para garantir o cumprimento das leis e da Constituição. O Brasil é uma república porque o chefe do Estado é eleito pelo povo, por mandato. É presidencialista porque o presidente da República é chefe de Estado e também chefe de governo. É federativa porque os entes federativos têm autonomia política.
A União está dividida em três poderes, independentes e harmônicos entre si. São eles o legislativo, que elabora leis; o executivo, que atua na execução de programas ou prestação de serviço público; e o judiciário, que soluciona conflitos entre cidadãos, entidades e o Estado.
O Brasil tem um sistema pluripartidário, ou seja, admite a formação legal de vários partidos políticos. Estes são associações voluntárias de pessoas que compartilham os mesmos ideais, interesses, objetivos e doutrinas políticas, que tem como objetivo influenciar e fazer parte do poder político.
Em 1980, o cientista político Sérgio Abranches cunhou a expressão "presidencialismo de coalizão" para definir o mecanismo de funcionamento do regime político-institucional brasileiro. O presidencialismo de coalizão designa a realidade de um país presidencialista em que a fragmentação do poder parlamentar entre vários partidos obriga o executivo a uma prática que costuma ser mais associada ao parlamentarismo. Segundo Abranches, mesmo eleito diretamente, o presidente da República, torna-se refém do Congresso.[1]
Histórico
Em 1494, Portugal convenceu o Papa Alexandre VI a arbitrar entre as duas potências católicas, Espanha e Portugal, no Tratado de Tordesilhas.[2] Sob os termos do tratado, Portugal ficaria com toda a terra no espaço de 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde.[2] Seis anos depois, Pedro Álvares Cabral chegou ao Brasil, que foi colonizado de forma gradual nos quatro séculos seguintes.[2] Rivais como os holandeses, que ocuparam brevemente o Nordeste no século XVII, foram derrotados e escravos foram trazidos da África após os indígenas se mostrarem resistentes ao trabalho manual.[2] Houve surtos de riqueza causados pelo açúcar, ouro e algodão, mas Portugal demorou a encontrar muitas vantagens econômicas em sua colônia sul-americana.[2]
Enquanto uma sociedade semifeudal se consolidava na costa através das capitanias hereditárias, uma sociedade mais dinâmica e sem lei crescia em São Paulo, no Oeste, no Sul e acima dos afluentes do Rio Amazonas, onde a miscigenação era comum.[2] No começo do século XIX, o Brasil juntou-se ao mundo europeu após a invasão de Portugal pelas forças napoleônicas em 1807.[2] Escoltada pela marinha britânica, a corte portuguesa permanecera no Rio de Janeiro de 1808 a 1821.[2] Sobreveio uma onda de modernidade, mas a experiência também destacou as diferenças entre o Brasil e o resto da América Latina.[2] As ideias do Iluminismo e as Revoluções Americana e Francesa desencadearam violentas rebeliões contra a coroa espanhola. No Brasil, o filho mais novo do rei proclamou a independência em 1822, dando início ao conservador Império do Brasil, que fez do Brasil o último país do continente americano a abolir a escravidão.[2] Em 1889, um golpe militar pôs fim ao período.[2]
No início do século XX, a política brasileira era dominada pelo "café com leite".[2] Os estados de São Paulo, com sua vasta lavoura cafeeira e de Minas Gerais, com sua produção leiteira, dominavam a política nacional.[2] O Nordeste era controlado por coronéis, reacionários donos de terra que podiam ou não ter sido outrora oficiais militares.[2] Ao Sul, uma terra sem lei, havia impaciência com a morosidade e a corrupção do governo federal no Rio de Janeiro.[2] A política era elitista, ardilosa e pessoal, e o hábito de conchavos e troca de favores sobrevivia desde o período imperial.[2] O Brasil era majoritariamente agrário, mas nas grandes cidades do Sudeste havia um começo de capitalismo industrial.[2] Em 1904, Francisco Matarazzo abriu sua primeira fábrica têxtil e trinta anos depois as receitas de seus negócios correspondiam a 87,5 % do PIB do estado.[2] O Partido Comunista Brasileiro (PCB) foi fundado em 1922 e a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) seis anos depois.[2]
A Revolução de 1930 elevou Getúlio Vargas ao poder.[2] Vargas fora presidente da província do Rio Grande do Sul e concorrera na eleição daquele ano pela Aliança Liberal.[2] Recebeu apoio dos presidentes das províncias de Minas Gerais e da Paraíba, mas o voto não era secreto e as eleições eram fixadas por meio da divisão de espólios entre máquinas políticas estaduais.[2] O presidente Washington Luís declarou que seu candidato, Júlio Prestes, havia ganho a disputa com o dobro de votos.[2] Com a crise de 1929, a produção de café, principal produto de exportação do país, entrou em crise.[2] O capital estrangeiro fugiu do Brasil e as reservas em ouro do governo haviam caído para zero no final de 1930.[2] Além disso, a insatisfação de jovens oficiais do Exército causou o fenômeno conhecido como tenentismo.[2] Estava pronto o cenário para a revolução.[2] A insurreição obteve sucesso em menos de um mês.[2]
Vargas foi a principal figura da política brasileira até seu suicídio em 1954.[2] Ele derrotou uma rebelião em São Paulo em 1932, uma tentativa de golpe comunista em 1935 e ficou aprisionado durante um quase bem-sucedido golpe dos integralistas em 1938.[2] Instaurou uma ditadura personalista de estilo fascista em 1937 e levou o Brasil à Segunda Guerra Mundial ao lado dos Aliados em 1942.[2] Na Europa, a ideologia fascista fizera pouco pelos trabalhadores além de destruir os sindicatos, mas no Brasil foi reinterpretada pelo Estado Novo para dar aos operários sindicalizados uma participação na sociedade.[2] A abordagem era paternalista e clientelista, com muito poder investido ao Ministério do Trabalho e pouca liberdade aos operários se organizarem.[2] As greves foram proscritas pela Constituição de 1937, mas com um salário mínimo em algumas categorias, os pobres que saíam do campo para a sociedade industrial tinham alguma assistência.[2]
Indicadores
De acordo com o Índice de Democracia de 2015, compilado pela revista britânica The Economist, o Brasil possui uma nota geral de (nota 6,96), estando na categoria de "democracia imperfeita".[3] O país possui nota acima da média em relação ao resto do mundo, que tem nota média de (nota 5,55).[3] De acordo com dados de 2010,[4] o desempenho do Brasil em participação política é comparável ao de Malauí e Uganda, considerados "regimes híbridos", enquanto o desempenho em cultura política é comparável ao de Cuba, considerado um regime autoritário.[4] No entanto, a média geral do país é inferior somente à do Uruguai (nota 8,17), do Chile (nota 7,84) e da Argentina (nota 7,02) na América do Sul.[4] Dentre os BRICS, a Índia (nota 7,74) e a África do Sul (nota 7,56) possuem desempenho melhor.[4] De fato, em relação aos BRICS, a revista já havia elogiado a democracia do país anteriormente, afirmando que "em alguns aspectos, o Brasil é o mais estável dos BRICS. Diferentemente da China (nota 3,14) e da Rússia (nota 3,31), é uma democracia genuína; diferentemente da Índia, não possui nenhum conflito sério com seus vizinhos".[5]
O Brasil é percebido como um país extremamente corrupto, ocupando o 79.° lugar no Índice de Percepções de Corrupção de 2016, sendo o primeiro menor, a Dinamarca. Perde para países africanos como Botsuana (35.°), Namíbia (53.°) e Ruanda (50.°) e está relativamente distante do Chile (24.°), o mais bem colocado na América do Sul.[6] Porém encontra-se em posição melhor que alguns outros países sul-americanos como Colômbia (90.°), Argentina (95.°), Bolívia (113.°) e Venezuela (166.°), esta a pior da América Latina.[6] Em relação aos países do BRICS, o Brasil está empatado com a China e a Índia, perde para a África do Sul, que está na 64.° posição, porém vence da Rússia, que está em 131.°.[6]
Ideologia
Segundo pesquisa do instituto Datafolha sobre as inclinações ideológicas da população brasileira, o brasileiro médio possui valores comportamentais de direita, mas manifesta acentuadas tendências de esquerda no campo econômico.[7] Os entrevistados responderam a perguntas sobre 16 temas; 41% deles deram respostas identificadas às ideias de esquerda, enquanto 39% deles deram respostas identificadas com os valores da direita.[7] Quase 70% dos brasileiros defendem que o governo deve ser o principal responsável pelo crescimento econômico do país; 58% entendem que as instituições governamentais precisam atuar com força na economia para evitar abusos das empresas; 57% dizem que o governo tem obrigação de salvar as empresas nacionais que enfrentam risco de falência e 54% associam a CLT mais à defesa dos trabalhadores do que à ideia de empecilho ao crescimento das empresas.[7] Todas essas visões coincidem com a política econômica defendida por partidos historicamente ligados à esquerda. Nas questões de comportamento, no entanto, o brasileiro mostra-se mais à direita do que à esquerda (numa proporção de 49% à direita e 29% à esquerda): quase 90% acham que acreditar em Deus torna alguém melhor e 83% são a favor da proibição das drogas,[7] ideias essas historicamente defendidas por partidários da direita.
O percentual de pessoas identificadas com a esquerda aumentou significativamente em dois meses — de 4%[8] para 10% na esquerda e de 26%[8] para 31% na centro-esquerda — devido à inclusão de temas econômicos na sondagem. Entre os 10% que são identificados com a esquerda a média de idade é de 35 anos.[9] A idade aumenta conforme a ideologia se distancia da esquerda; os de centro-esquerda têm média de 38 anos, os de centro têm média de 39, os de centro-direita têm média de 41 e os de direita têm média de 46.[9] No quesito escolaridade, o grupo da esquerda é o único onde mais de 20% das pessoas possui formação superior e o que possui o menor número de pessoas com formação fundamental (30%).[9] Na direita, por sua vez, 52% tem formação fundamental.[9] Por outro lado, este grupo reúne a maior parcela de pessoas com renda familiar mensal acima de 6 780 reais na comparação com os outros quatro grupos.[9] Ao mesmo tempo, reúne a maior parcela de pessoas com renda de até 1 365 reais.[9] A esquerda é um pouco mais intensa no Nordeste e um pouco menos intensa no Sul; com a direita ocorre o oposto.[9] Segundo pesquisa anterior do mesmo instituto, a inclinação ideológica da população tem pouca influência na hora do voto, visto que a ex-presidente Dilma Rousseff do PT, de esquerda, lidera a intenção de voto entre eleitores identificados com a direita e a centro-direita.[8]
Uma pesquisa publicada em 2019 coordenada pela Universidade Vanderbilt, nos Estados Unidos, que contou com o apoio da Fundação Getulio Vargas (FGV) e do Ibope, aponta que 39% dos brasileiros se declaram de direita,enquanto 28% dos brasileiros se declaram de esquerda.[carece de fontes]
Organização política
O Estado brasileiro é dividido primordialmente em três esferas de poder: o Poder Executivo, o Legislativo e o Judiciário.
O chefe do Poder Executivo é o presidente da República, eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos, renovável por mais quatro. Na esfera estadual o Executivo é exercido pelos governadores dos estados; e na esfera municipal pelos prefeitos.
O Poder Legislativo é composto, em âmbito federal, pelo Congresso Nacional, sendo este bicameral: dividido entre a Câmara dos Deputados e o Senado. Para a Câmara, são eleitos os deputados federais para dividirem as cadeiras em uma razão de modo a respeitar ao máximo as diferenças entre as vinte e sete Unidades da Federação, para um período de quatro anos. Já no Senado, cada estado é representado por três senadores para um mandato de oito anos cada.
Em âmbito estadual, o Legislativo é exercido pelas Assembleias Legislativas Estaduais pelos deputados estaduais; e em âmbito municipal, pelas Câmaras Municipais exercido pelos vereadores.
Sistema federativo
O Brasil possui vinte e seis estados e um Distrito Federal, indissolúveis, cada qual com um Governador eleito pelo voto direto para um mandato de quatro anos renovável por mais quatro, assim como acontece com os Prefeitos. Tanto os estados quanto os municípios têm apenas uma casa parlamentar: no nível estadual os deputados estaduais são eleitos para quatro anos na Assembleia Legislativa e no nível municipal, os vereadores são eleitos para a Câmara Municipal para igual período.
Sistema judiciário
O Poder Judiciário,[10] cuja instância máxima é o Supremo Tribunal Federal (STF),[11] responsável por interpretar a Constituição Federal e composto por onze ministros indicados pelo Presidente sob referendo do Senado, dentre indivíduos de renomado saber jurídico. A composição dos ministros do STF não é completamente renovada a cada mandato presidencial: o presidente somente indica um novo ministro quando um deles se aposenta ou vem a falecer. A idade para a aposentadoria compulsória é de setenta anos. No entanto, os ministros podem se aposentar antes disso, caso queiram. O salário recebido pelos membros da corte (28 059,29 reais em 2013) é o mais alto do funcionalismo público.
Sistema eleitoral-partidário
Em 1980, voltou a existir o pluripartidarismo no país, sendo inicialmente criados 5 partidos políticos. Atualmente, há mais de 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Segundo dados do TSE, os dez maiores partidos do país são:
- O Movimento Democrático Brasileiro (MDB), a antiga oposição permitida pelo regime militar, que desde o fim dessa era participou de todos os governos (à exceção da breve presidência de Fernando Collor de Mello entre 1990 e 1992) e vem sendo a força dominante no Congresso Nacional desde então. Também é o sucessor legal do PSD de 1945 (legenda dos presidentes Eurico Gaspar Dutra e Juscelino Kubitschek), que existiu de 1945 a 1964. O partido possui uma política centrista, sendo um dos grandes "partidos pega-tudo" brasileiros, incluindo desde políticos conservadores como Eduardo Cunha, a liberais convictos como Pedro Simon, além de nomes da esquerda progressista como Roberto Requião, populistas como Iris Rezende, nacionalistas/municipalistas como Orestes Quércia, líderes empresariais como Paulo Skaf e Ibaneis Rocha. É a legenda dos ex-presidentes José Sarney (1985-1990), Itamar Franco (1992-1994) e Michel Temer (2016–2018);
- O Partido dos Trabalhadores (PT), partido fundado por militantes de oposição à Ditadura Militar, sindicalistas, intelectuais, artistas e católicos ligados à Teologia da Libertação, no ano de 1980.[12] O partido foi fruto da aproximação entre os movimentos sindicais da região do ABC, que organizaram grandes greves entre 1978 e 1980, e militantes antigos da esquerda brasileira, entre eles ex-presos políticos e exilados que tiveram seus direitos devolvidos pela lei da anistia. Desde a fundação, o partido assumiu a defesa do socialismo democrático.[13] É a legenda dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2010) e Dilma Rousseff (2011-2016);
- O Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), partido fundado por um grupo de dissidentes do MDB capitaneados por políticos dos estados de São Paulo e Minas Gerais.[14]. Embora primariamente social-democrata, o PSDB, segundo os críticos, é tido como "neoliberal" desde seus primórdios por ter adotado medidas da Terceira via,[15] mesmo tendo diferentes facções internas no partido, como a social-democracia, liberais sociais, conservadores e democratas cristãos.[15] É a legenda do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003);
- O Progressistas (PP), partido cujas origens mais remotas está relacionada com a ditadura militar, quando surgiu a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), e com o processo de redemocratização do país, quando a então ARENA foi renomeada Partido Democrático Social (PDS). Através da ARENA também é sucessor da UDN (que existiu entre 1945-1965) e do PRP (1873-1937), dissidência do Partido Liberal de 1831 (1831-1889), como também do PR (1945-1965) e através deste do PRM (1888-1937) e do Partido Conservador (1836-1889). Em 1993, o PDS fundiu-se com o Partido Democrata Cristão, surgindo o Partido Progressista Reformador (PPR). Em 1995, o PPR promoveu nova fusão, agora com o Partido Progressista (PP). Nascia, então, o Partido Progressista Brasileiro (PPB), que após processos de renomeações adotou o atual nome Progressistas.[16] Apesar de ter sido diversas vezes renomeado (incluindo aí as fusões) é o sucessor da antiga ARENA e PDS, legendas dos presidentes Humberto de Alencar Castelo Branco, Artur da Costa e Silva, Pedro Aleixo[17], Emílio Garrastazu Médici, Ernesto Geisel e João Figueiredo. É a legenda do atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira;
- O Partido Democrático Trabalhista (PDT), fundado em 1979, logo após o início do processo de abertura política do regime militar, e alinhado às ideologias trabalhista, socialista democrática[18] e social-democrata. Com a morte do presidente João Goulart durante o período ditatorial, Leonel Brizola surgiu naturalmente como o principal líder do antigo PTB e, após sua chegada ao país, tentou reorganizar a legenda. Porém, foi surpreendido pela ação concorrente de Ivete Vargas, que também reivindicou, para si, o controle da legenda PTB. Após disputas judiciais, o TSE decidiu, finalmente, conceder a legenda ao grupo liderado por Ivete Vargas. Inconformados com tal atitude, o grupo liderado por Leonel Brizola foi obrigado a formar um novo partido, o Partido Democrático Trabalhista – PDT. Também é sucessor de facto, somente no estado do Rio Grande do Sul, do PRR (1882-1937)
- União Brasil (UNIÃO), partido político que foi fundado no ano de 2021, a partir da fusão do Partido Social Liberal (PSL) e do Democratas (DEM)[19][20][21][22][23][24][25]. O Democratas (DEM), fora um partido fundado em 1985 como Partido da Frente Liberal (PFL), fruto de uma dissidência do Partido Democrático Social (PDS, atual PP), por causa das articulações que ao fim elegeram Tancredo Neves à presidência da República após vinte e um anos do Regime Militar. Com o apoio do PFL, Tancredo Neves foi eleito presidente da república. Em 2007, o PFL mudou seu nome para Democratas.[26] Já o PSL foi historicamente um partido alinhado ao social-liberalismo[27]. O partido foi fundado pelo empresário pernambucano Luciano Bivar em 1994, tendo sido registrado oficialmente em 1998. O União Brasil segue as ideologia do Conservadorismo e do Liberalismo[28]
- O Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), partido fundado pelo presidente Getúlio Vargas,[7], tendo existido durante dois períodos: no período democrático de 1945 a 1965 e sendo recriado após a Abertura do Regime Militar. É também sucessor legal, somente no estado do Rio Grande do Sul, do PRR (1882-1937). Houve então uma acirrada disputa pelo nome, pela sigla e pela legenda do PTB, entre o grupo de Brizola e o grupo liderado pela ex-deputada Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio Vargas, tendo o Tribunal Superior Eleitoral dado ganho de causa ao grupo de Ivete em 1980; Atualmente é considerado um partido de Direita a Extrema-direita[29][30][31][32][33][34]
- O Partido Liberal (PL), anteriormente conhecido como Partido da República (PR),[7]. O Partido Liberal surgiu a partir da fusão de dois partidos: o Partido Liberal de 1985 (PL, fundado por Álvaro Valle) e o Partido de Reedificação da Ordem Nacional (PRONA, fundado por Enéas Carneiro).[35]. O partido segue as ideologias do Conservadorismo[36] e do Liberalismo econômico[37] É a legenda do atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro.
- O Partido Socialista Brasileiro (PSB), um partido que segue as ideologias socialista democrática e social-democrata. Foi fundado por João Mangabeira em 1947 a partir da Esquerda Democrática, até ser extinto por força do Ato Institucional nº 2, de 1965. Em 1985, com a redemocratização no Brasil, foi recriado. Duas lideranças do partido que se destacaram neste novo período histórico do Brasil foram Miguel Arraes e Eduardo Campos. O PSB utiliza, como símbolo, uma pomba carregando uma folha, e suas cores são o vermelho e o amarelo.
- O Republicanos. Fundado em 2003 por partidários de José Alencar, então presidente honorário do Partido Liberal (PL) e vice-presidente da República. Dois anos depois, em 25 de agosto de 2005, foi renomeado como Partido Municipalista Renovador (PMR). Em 2006, o partido mudou novamente de nome para Partido Republicano Brasileiro (PRB).[38] Em 2019, adotou o atual nome "Republicanos".[39][40][41] O partido está ligado à Igreja Universal do Reino de Deus, sendo o seu presidente, Marcos Pereira, um bispo da igreja.[42]
Além destes partidos, outros partidos que se destacam na preferência do eleitorado brasileiro são os:
- O Partido Social Democrático (PSD). O partido foi fundado por políticos dissidentes do DEM, PP, PSDB, entre outros, encabeçados pelo então ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab,[43]. A escolha do nome do partido é uma homenagem ao presidente Juscelino Kubitschek, filiado ao homônimo Partido Social Democrático, que existiu entre 1945 e 1965.[44] Nas eleições municipais de 2020 foi a 3ª maior legenda em relação a candidatos eleitos nas prefeituras e câmaras municipais dos municípios brasileiros [45][46]. É a legenda do atual presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco.
- O Partido Novo (NOVO), partido alinhado às ideias do liberalismo econômico.[47][48] Fundado em 2011 por 181 pessoas sem carreira política,[49][50][51] teve seu registro deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 15 de Setembro de 2015 e tem o 30 como número eleitoral.[52]. Segundo o partido, seu principal posicionamento consiste na defesa da democracia e das liberdades individuais, com incentivo ao empreendedorismo.
- O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), um partido fundado em junho de 2004.[53] Obteve registro definitivo na Justiça Eleitoral no dia 15 de setembro de 2005. Tem, como logotipo principal, um sol sorridente desenhado por Ziraldo. O PSOL defende o socialismo democrático. Sua criação foi impulsionada por dissidências do Partido dos Trabalhadores.[54][55] (PT) que alegavam discordar das políticas do partido,[56] Luciana Genro, Heloísa Helena, Babá e João Fontes discordaram de políticas do governo Lula e, por isso, foram expulsos do PT numa reunião do diretório nacional.[57]
- O Partido Comunista do Brasil (PCdoB), partido baseado ideologicamente nos princípios do marxismo. Foi criado em 1958[58] como uma dissidência alinhada ao stalinismo dentro do Partido Comunista Brasileiro (PCB), que, àquela época, apoiava as reformas defendidas por Nikita Khrushchov durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética em 1956 e que, mais tarde, ficaram conhecidas como desestalinização. Nos anos 1960, adotou a linha maoista (alinhando-se com o Partido Comunista Chinês) e passa a praticar a tática de guerrilhas (o PCdoB é famoso pela atuação na Guerrilha do Araguaia). Em 1978, passou a reivindicar o comunismo da Albânia (Hoxhaísmo).[59]
Apesar de 65% dos brasileiros declararem não ter preferência partidária, 15,8% indicam preferência ao PT, 5,5% ao PSL, 2,1% ao NOVO e 11% a outros partidos (PDT, PSOL, MDB, PSDB, PC do B, DEM, PSB e outros).[60]
Estado brasileiro
Estrutura
A hierarquia dentro de cada um dos poderes obedece à seguinte ordem (decrescente) de autoridade:
Poderes Públicos > Órgãos Independentes > Órgãos Autônomos > Órgãos Superiores > Órgãos Subalternos
Órgãos Independentes
São os órgãos de atividade política que representam a cúpula do Estado, criados pela Constituição Federal, submetem-se ao controle externo, possuem capacidade processual próprio. São eles:
- Poder Executivo:
- Poder Legislativo:
- Poder Judiciário, dividido em dois ramos, a saber:
- Justiça Comum:
- Supremo Tribunal Federal (4ª e última instância e tribunal constitucional),
- Conselho Nacional de Justiça (ausência de função jurisdicional, somente funções administrativas)
- Superior Tribunal de Justiça (3ª instância da Justiça Federal), Tribunais Regionais Federais (2ª instância da Justiça Federal), Juízes Federais (1ª instância da Justiça Federal, titular de uma Seção Judiciária/Vara Federal, que podem ser Varas Cíveis, Varas de Execução Fiscal, Criminais e Juizados Especiais Federais)
- Tribunais de Justiça Estaduais (2ª instância da Justiça Estadual), Juízes de Direito (que atuam nos Fóruns e Varas Estaduais, que podem ser Varas Cíveis, Varas de Execução Fiscal, Criminais e Juizados Especiais Estaduais) e os Tribunais do Júri; É comum a existência de uma Vara Única nos municípios menores. Isso significa que apenas um magistrado atende a todos os assuntos judiciários do local.
- Justiça Especializada:
- Superior Tribunal Militar (3ª instância da Justiça Militar), Tribunais de Justiça Militar Estaduais (2ª instância da Justiça Militar), Auditorias Militares (1ª instância da Justiça Militar)
- Tribunal Superior Eleitoral (3ª instância da Justiça Eleitoral), Tribunais Regionais Eleitorais (2ª instância da Justiça Eleitoral), Juízes e Juntas Eleitorais (1ª instância da Justiça Eleitoral)
- Tribunal Superior do Trabalho (3ª instância da Justiça do Trabalho), Tribunais Regionais do Trabalho (2ª instância da Justiça do Trabalho) e Varas do Trabalho (1ª instância da Justiça do Trabalho).
- Observações em relação ao Poder Judiciário:
- Comarca: A comarca representa a área em que um Juiz desempenha sua jurisdição. Uma comarca pode ser constituída de uma ou mais cidades e pode ter um ou mais juízes. É uma designação territorial, não um orgão.
- Entrância: Se uma Comarca possui uma Vara Única, como mencionado acima, a Comarca é de primeira entrância. As Comarcas que possuem mais de uma Vara, as quais são consideradas intermediárias, são de segunda entrância. Há, ainda, Comarcas de terceira entrância (ou Comarcas de entrância especial), as quais possuem mais de 4 Varas, levando em consideração os Juizados Especiais. Tais Comarcas representam um maior número de pessoas, ou seja, estão nas capitais ou cidades maiores. Vale ressaltar que não há subordinação entre as entrâncias.
- Justiça Comum:
Órgãos Autônomos
São os órgãos da cúpula administrativa (de Governo), abaixo dos órgãos independentes e subordinados hierarquicamente aos seus chefes. Têm autonomia técnica, financeira e administrativa. São eles:
- Advocacia-Geral da União
- Defensoria Pública da União
- Ministérios
- Secretarias Estaduais
- Secretarias Municipais
Órgãos Superiores
São órgãos que detêm o comando dos assuntos sob sua alçada, mas estão sempre sujeitos à subordinação a uma chefia mais alta, pois não detêm autonomia financeira nem administrativa.
São eles: os gabinetes, as secretarias-gerais, as inspetorias-gerais, as procuradorias administrativas e judiciais, as coordenadorias, os departamentos (como o Departamento de Polícia Federal e as divisões administrativas).
Órgãos Subalternos
São as escolas, portarias do governo, hospitais, órgãos que são comandados pelo governo.
Ver também
- Governo do Brasil
- Congresso Nacional do Brasil
- Câmara dos Deputados do Brasil
- Senado Federal do Brasil
Referências
- ↑ Costa, Sylvio (26 de julho de 2013). «O presidencialismo de coalizão». congressoemfoco.uol.com.br. Congresso em Foco
- ↑ 2,00 2,01 2,02 2,03 2,04 2,05 2,06 2,07 2,08 2,09 2,10 2,11 2,12 2,13 2,14 2,15 2,16 2,17 2,18 2,19 2,20 2,21 2,22 2,23 2,24 2,25 2,26 2,27 2,28 2,29 2,30 2,31 2,32 2,33 BOURNE, Richard (2009). Luiz Fernando Emediato, ed. Lula do Brasil. A história real, do Nordeste ao Planalto (em português) 1 ed. São Paulo: Geração Editorial. p. 28-33. 360 páginas. ISBN 978-85-61501-24-2
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; Nome ":0" definido várias vezes com conteúdo diferente Erro de citação: Etiqueta inválida<ref>
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Ligações externas
- «Sistema Político» (em português). Portal Brasil [ligação inativa]
- «Câmara dos Deputados do Brasil» (em português)
- «Senado Federal do Brasil» (em português)
- «Presidência do Brasil» (em português)
- «Transparência Brasil» (em português)
- «Parlamentares em exercício no país» (em português). no Projeto Excelências da Transparência Brasil
- «"Excesso de partidos não explica crise política, mas é parte dela", diz cientista político» (em português). texto do Nexo Jornal de Leonardo Avritzer e Lilian Venturini de 04/12/2016 (arquivo)
- «Liberalismo econômico ainda é tabu no Brasil, diz 'Economist'» (em português)
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