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Brasília: mudanças entre as edições

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== Gentílico ==
== Gentílico ==
''Brasiliense'' é o nome que se dá a quem nasceu em Brasília. ''Candango'', que geralmente é utilizado para designar os brasilienses, foi originalmente usada para se referir aos trabalhadores que imigravam à futura capital para sua construção. Uma das vertentes diz que o termo é de origem [[África|africana]] e significa "ordinário", "ruim".<ref>{{citar web | url = http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resutados.aspx | titulo = Dicionário Priberian| acessodata = }}</ref> Já segundo o Dicionário de Folclore para Estudantes,<ref>{{citar web | url = http://www.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dic_c.htm | titulo = Dicionário de Folclore para Estudantes| acessodata = }}</ref> "candango" é palavra do dialeto [[Língua quimbundo|quimbundo]], da região da atual [[Angola]], com a qual os africanos [[Escravidão|escravizados]] nomeavam os senhores de engenho.
''Brasiliense'' é o nome que se dá a quem nasceu em Campinas. ''Candango'', que geralmente é utilizado para designar os caipiras, foi originalmente usada para se referir aos trabalhadores que imigravam à futura capital para sua construção. Uma das vertentes diz que o termo é de origem [[África|africana]] e significa "medonho", "ruim".<ref>{{citar web | url = http://www.priberam.pt/dlpo/definir_resutados.aspx | titulo = Dicionário Priberian| acessodata = }}</ref> Já segundo o Dicionário de Folclore para Estudantes,<ref>{{citar web | url = http://www.soutomaior.eti.br/mario/paginas/dic_c.htm | titulo = Dicionário de Folclore para Estudantes| acessodata = }}</ref> "candango" é palavra do dialeto [[Língua quimbundo|quimbundo]], da região da atual [[Angola]], com a qual os africanos [[Escravidão|escravizados]] nomeavam os senhores de engenho.


== Controvérsia ==
== Controvérsia ==

Edição das 14h52min de 9 de setembro de 2010

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Brasília
  Capital do Brasil  
Da esquerda pra direita: Congresso Nacional do Brasil, Ponte JK, Eixo Monumental, Palácio da Alvorada e Catedral de Brasília.
Da esquerda pra direita: Congresso Nacional do Brasil, Ponte JK, Eixo Monumental, Palácio da Alvorada e Catedral de Brasília.
Símbolos
Bandeira de Brasília
Bandeira
Brasão de armas de Brasília
Brasão de armas
Hino
Lema Venturis ventis
"Aos ventos que hão de vir"
Gentílico brasiliense
Localização
Localização de Brasília no Distrito Federal
Localização de Brasília no Distrito Federal
Brasília está localizado em: Brasil
Brasília
Localização de Brasília no Brasil
Mapa de Brasília
Coordenadas 15° 48' S 47° 51' 50" O
País Brasil
Unidade federativa Distrito Federal
Região metropolitana Distrito Federal e Entorno
Municípios limítrofes Águas Lindas de Goiás, Cidade Ocidental, Cristalina, Formosa, Novo Gama, Santo Antônio do Descoberto, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Valparaíso de Goiás e Cabeceira Grande.
km
História
Fundação 21 de abril de 1960 (64 anos)
Características geográficas
Área total 5 801,937 [1] km²
População total (est. IBGE/2009 [2]) 2 606 885 hab.
Densidade 449,31 hab./km²
Clima Tropical de altitude (Cwa)
Altitude 1 000 a 1 200 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (2000[3]) 0,844 muito alto
PIB (IBGE/2007 [4]) R$ 99 450 620 mil
 • Posição BR: 3º
PIB per capita (IBGE/2007 [4]) R$ 40 696,00

Brasília é a capital da República Federativa do Brasil e sua quarta maior cidade. Na última contagem realizada pelo IBGE em 2009, sua população foi estimada em 2 606 885 de habitantes.[2] Brasília também possui o segundo maior PIB per capita do Brasil (40 696,00 reais) entre as capitais, superada apenas por Vitória (60 592,00 reais).[5] Junto com Anápolis (139 km) e Goiânia (209 km), faz do eixo Goiânia-Anápolis-Brasília, a região mais desenvolvida do Centro-Oeste brasileiro.

Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, Brasília é a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. A transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital foi progressiva, com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.

O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, o adequou ao projeto do lago Paranoá, concebido em 1893 pela Missão Cruls.[6] O lago armazena 600 milhões de metros cúbicos de água. Muitas das construções da Capital Federal foram projetadas pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

Gentílico

Brasiliense é o nome que se dá a quem nasceu em Campinas. Candango, que geralmente é utilizado para designar os caipiras, foi originalmente usada para se referir aos trabalhadores que imigravam à futura capital para sua construção. Uma das vertentes diz que o termo é de origem africana e significa "medonho", "ruim".[7] Já segundo o Dicionário de Folclore para Estudantes,[8] "candango" é palavra do dialeto quimbundo, da região da atual Angola, com a qual os africanos escravizados nomeavam os senhores de engenho.

Controvérsia

No Brasil, o conceito de "cidade" é comumente confundido com a sede de um "município". A partir do Estado Novo, pelo decreto-lei nº 311, todas as sedes dos municípios passaram a ser cidades, sendo que, até então, as menores sedes de municípios eram denominadas "vilas". Porém o Distrito Federal é uma clássica exceção a esta concepção: há diversos núcleos urbanos, sendo o principal deles a região administrativa de Brasília, que por sua vez também se confunde com a ideia do Plano Piloto. Quanto aos outros núcleos, há muita discussão sobre se estes seriam cidades distintas, ou se seriam na verdade bairros distantes da capital do país. A constituição do Brasil veda a divisão do Distrito Federal em municípios.

Segundo o geógrafo Aldo Paviani, Brasília é constituída por toda a área urbana do Distrito Federal, e não apenas a parte tombada pela UNESCO ou a região administrativa central, pois a cidade é poli nucleada,[9] constituída por várias regiões administrativas, (RAs) de modo que as regiões periféricas estão articuladas às centrais, especialmente na questão do emprego, e não podem ser entendidas como cidades autônomas.

No entanto, quanto a este argumento, por todo o Brasil há regiões metropolitanas, onde cidades periféricas acabam articuladas em relação às cidades principais, sem que deixem por isso de ser consideradas cidades. Além disso, outros núcleos urbanos do Distrito Federal, hoje chamados regiões administrativas, sempre foram conhecidos por cidades-satélites. Alguns, atualmente, entendem como Brasília apenas a região administrativa de Brasília (formada por parte do Plano Piloto e pelo Parque Nacional de Brasília), e não todo o Distrito Federal. Convém lembrar também que alguns destes núcleos, como Planaltina e Brazlândia, por exemplo, são mais antigos do que a própria Brasília. Planaltina, inclusive, já chegou a ser município de Goiás, antes de ser incorporado ao Distrito Federal.

Por outro lado, a lei de organização do Distrito Federal é uma Lei orgânica, típica de municípios, e não uma Constituição, como ocorre nos estados da federação brasileira. Ademais, as regiões administrativas do DF não dispõem de autonomia político-administrativa, sendo seus administradores indicados pelo único eleito governador. Também, vale esclarecer que órgãos oficiais de pesquisa, como o IBGE, o Dieese e o IPEA, não distinguem Brasília do Distrito Federal para efeitos de contagem e estatística pois seus dados são sempre elaborados levando-se em conta o município. Como o DF não possui municípios, é considerado um único ente.

Brasília não possui prefeito ou vereadores, pois a Constituição Federal de 1988, artigo 32, proíbe expressamente que o Distrito Federal seja dividido em municípios, sendo considerado uno.[10] Seu último prefeito foi Wadjô da Costa Gomide (1969), quando o cargo foi transformado em Governador.[11] O DF tem status diferente dos municípios e dos estados, possuindo características legais e estruturais híbridas, além de ser custeado em parte pelo Governo Federal.

História

Ver artigo principal: História de Brasília

Em 1761 o Marquês de Pombal, então primeiro-ministro de Portugal, propunha mudar a capital do império português para o interior do Brasil Colônia. O jornalista Hipólito José da Costa, fundador do Correio Braziliense, primeiro jornal brasileiro, editado em Londres, redigiu em 1813 artigos em defesa da interiorização da capital do país, para uma área "próxima às vertentes dos caudalosos rios que se dirigem para o norte, sul e nordeste". José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi a primeira pessoa a se referir à futura capital do Brasil, em 1823, como "Brasília".[12]

Desde a primeira constituição republicana, de 1891, havia um dispositivo que previa a mudança da Capital Federal do Rio de Janeiro para o interior do país, determinando como "pertencente à União, no Planalto Central da República, uma zona de 14.400 quilômetros quadrados, que será oportunamente demarcada, para nela estabelecer-se a futura Capital Federal".[13] Fato interessante dessa época foi o sonho "premonitório" tido pelo padre italiano São João Bosco, no qual disse ter visto uma terra de riquezas e prosperidade situada próxima a um lago e entre os paralelos 15 e 20 do Hemisfério Sul. Acredita-se que o sonho do padre seria a futura capital brasileira, pelo qual o padre, posteriormente canonizado, se tornou o padroeiro de Brasília.[12]

No ano de 1891 foi nomeada a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, liderada pelo astrônomo Luís Cruls e integrada por médicos, geólogos e botânicos, que fizeram um levantamento sobre topografia, o clima, a geologia, a flora, a fauna e os recursos materiais da região do Planalto Central. A área ficou conhecida como Quadrilátero Cruls [14] e foi apresentada em 1894 ao Governo Republicano. A comissão designava Brasília com o nome de "Vera Cruz".[12]

Em 1922, no ano do Centenário da Independência do Brasil, o Deputado Americano do Brasil apresentou um projeto à Câmara incluindo entre as comemorações a serem celebradas o lançamento da Pedra Fundamental da futura Capital, no Planalto Central.[15] O então Presidente da República, Epitácio Pessoa, baixou o decreto nº 4.494 de 18 de janeiro de 1922, determinando o assentamento da Pedra Fundamental e designou para a realização desta missão, o engenheiro Balduino Ernesto de Almeida, Diretor da estrada de ferro de Goiás, com sede em Araguari, Minas Gerais. No dia 7 de setembro de 1922, com uma caravana composta de 40 pessoas, foi assentada a Pedra Fundamental no Morro do Centenário, na Serra da Independência, situada a nove quilômetros da cidade de Planaltina.

Em 1954 o Marechal José Pessoa Cavalcanti de Albuquerque foi convidado pelo presidente Café Filho para ocupar a presidência da Comissão de Localização da Nova Capital Federal, encarregada de examinar as condições gerais de instalação da cidade a ser construída. Em seguida, Café Filho homologou a escolha do sítio da nova capital e delimitou a área do futuro Distrito Federal, determinando que a comissão encaminhasse o estudo de todos. A Comissão de Planejamento e Localização da nova Capital, sob a Presidência de José Pessôa, foi a responsável pela exata escolha do local onde hoje se ergue Brasília.[16]

A idealização do plano-piloto também foi obra da mesma comissão que, em robusto relatório, redigido pelo Marechal José Pessôa, de título "Nova Metrópole do Brasil" e entregue ao Presidente Café Filho, detalhou os pormenores do arrojado planejamento que se realizou.

O Marechal José Pessôa não imaginou o nome da capital como Brasília, mas sim Vera Cruz, caracterizando o sentimento de um povo que nasceu sob o signo da Cruz de Cristo e estabelecendo ligação com o primeiro nome dado pelos descobridores portugueses. O plano elaborado respeitava uma determinada interpretação da História e não descaracterizava as tradições brasileiras. Grandes avenidas chamar-se-iam "Independência", "Bandeirantes" etc., diferentes, portanto, das atuais siglas alfa-numéricas de Brasília, como W-3, SQS, SCS, SMU e outros.[17]

Por discordâncias com o Presidente Juscelino Kubitschek, o Marechal José Pessoa abandonou a presidência da Comissão, tendo sido sucedido pelo Coronel do Exército Ernesto Silva, que era o Secretário da Comissão. Ernesto Silva, que também era médico, foi nomeado na sequência presidente da Comissão de Planejamento da Construção e da Mudança da Capital Federal (1956) e Diretor da Companhia Urbanizadora da Nova Capital - NOVACAP (1956/1961), tendo assinado o Edital do Concurso do Plano Piloto, em 1956, publicado no Diário Oficial da União no dia 30 de setembro de 1956.

Apenas no ano de 1955, durante um comício na cidade goiana de Jataí, o então candidato à presidência, Juscelino Kubitschek, foi questionado por um eleitor se respeitaria a Constituição, interiorizando a Capital Federal, ao que JK afirmou que iria transferir a capital..[18] Eleito presidente, Juscelino estabeleceu a construção de Brasília como "meta síntese" [19] de seu "Plano de Metas".

O traçado de ruas de Brasília obedece ao plano piloto implantado pela empresa Novacap a partir de um anteprojeto do arquiteto Lucio Costa, escolhido através de concurso público nacional. O arquiteto Oscar Niemeyer projetou os principais prédios públicos da cidade. Para fazer a transferência simbólica da capital do Rio para Brasília, Juscelino fechou solenemente os portões do Palácio do Catete, então transformado em Museu da República, às 9 da manhã do dia 21 de abril de 1960, ao que a multidão reagiu com aplausos. A cidade de Brasília foi fundada no mesmo dia e mês em que se lembra a execução de Joaquim José da Silva Xavier, líder da Inconfidência Mineira, e a fundação de Roma.[12]

Oscar Niemeyer na época da construção de Brasília.

O princípio básico das estratégias políticas de Juscelino Kubitschek, segundo o próprio, era apropriado do moralista francês Joubert, para quem "não devemos cortar o nó que podemos desatar". Com base nessa máxima, Kubitschek viabilizou a construção de Brasília, oferecendo várias benesses à oposição, criando fatos consumados e queimando etapas. Apesar de a cidade ter sido construída em tempo recorde, a transferência efetiva da infraestrutura governamental só ocorreu durante os governos militares, já na década de 1970. Todavia, ainda no início do Século XXI, muitos órgãos do governo federal brasileiro continuam sediados na cidade do Rio de Janeiro.

Um fato que mostra o impacto provocado pelo modernismo da cidade recém-construída foi a frase dita pelo cosmonauta Yuri Gagarin, primeiro homem a viajar para o espaço, que, ao visitar Brasília em 1961, disse: "Tenho a impressão de que estou desembarcando num planeta diferente, não na Terra".[12]

Alguns dos fatores que mais influenciaram a transferência da capital foram a segurança nacional, pois acreditava-se que com a capital no litoral ela estava vulnerável a ataques estrangeiros (argumento militar-estratégico que teve como precursor Hipólito José da Costa), e uma interiorização do povoamento e do desenvolvimento e integração nacional, já que devido a fatores econômicos e históricos a população brasileira concentrou-se na faixa litorânea, ficando o interior do país pouco povoado. Assim, a transferência da capital para o interior forçaria o deslocamento de um contingente populacional e a abertura de rodovias, ligando a capital às diversas regiões do país, o que levaria a uma maior integração econômica.

Planejada para ter uma população de 600 mil habitantes no ano 2000, a população do Distrito Federal já atingia os 2,6 milhões de habitantes em 2009. Brasília, considerando-se todo o Distrito Federal, atualmente é a quarta capital mais populosa do Brasil.

Geografia

Brasília se localiza a 15°50’16" sul, 47°42’48" oeste a uma altitude de 1 000 a 1 200 metros acima do nível do mar no chamado Planalto Central, cujo relevo é na maior parte plano, apresentando algumas leves ondulações. A fauna corresponde à predominantemente típica do domínio do cerrado. Em alguns lugares da cidade é possível observarem-se espécies de gimnospermas, como os pinheiros e também diversos tipos de árvores provenientes de outros biomas brasileiros. As espécies não nativas da região têm sido retiradas pela empresa pública arborizadora da cidade (a Novacap) e substituídas por espécies nativas como ipês.

Clima

O clima é tropical de altitude, com um verão úmido e chuvoso e um inverno seco e relativamente frio. A temperatura média anual é de cerca de 21 °C, [20] podendo chegar aos 29,7 °C de média das máximas em setembro, e aos 12,5 °C de média das mínimas nas madrugadas de inverno em julho. A mínima absoluta histórica foi de 1,6 °C em 1975 (fonte: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) sendo acompanhada de uma geada. A máxima absoluta histórica foi de 35,8 °C em 28 de outubro de 2008 (Fonte: Somar, Inmet). A temperatura, porém, varia de forma significativa nas áreas menos urbanizadas, onde a média das mínimas de inverno cai para cerca de 10 °C a 5 °C. A umidade relativa do ar é de aproximadamente 70%, podendo chegar aos 20% ou menos durante o inverno.

Predefinição:Tabela climática de Brasília

Vegetação

O Distrito Federal é uma região que possui uma grande variedade de vegetação, reunindo 150 espécies. A maioria é nativa, típica do cerrado, e de porte médio, com altura de 15m a 25m.[21] Muitas são tombadas pelo Patrimônio Ecológico do Distrito Federal, para garantir sua preservação..[21] Algumas das principais espécies são as seguintes: pindaíba, paineira, ipê-roxo, ipê-amarelo, pau-brasil e buriti.[22]

A preservação da vegetação no Distrito Federal é um tema recorrente, principalmente pela preocupação em conservar a flora original. O desmatamento provocado pela expansão da agricultura é um dos problemas enfrentados no Distrito Federal, sendo que, segundo a Unesco, desde sua criação, nos anos 1950, 57% da vegetação original não existe mais.[23] Para colaborar com a preservação, são realizados programas de conscientização e de reformas estruturais para diminuir a degradação da vegetação e também da fauna e rios da região.[24]

Vista do Lago Paranoá.

Hidrografia

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Os rios do Distrito Federal estão bem supridos pelos lençóis freáticos, razão pela qual não secam no período de estiagem.[25] A fim de aumentar a quantidade de água disponível para a região, foi realizado o represamento de um dos rios da região, o rio Paranoá, para a construção de um lago artificial, o Lago Paranoá, que tem 40 quilômetros quadrados de extensão, profundidade máxima de 48 metros e cerca de 80 quilômetros de perímetro. O lago possui uma grande marina e é frequentado por praticantes de wakeboard, windsurf e pesca profissional.

Demografia

Arquivo:Brasilia brasil.jpg
Brasília vista da Estação Espacial Internacional, o Plano Piloto pode ser visto no centro da imagem.

No censo de 1960, havia quase 140 000 habitantes no então novo Distrito Federal; em 1970 este número tinha aumentado para mais de 537 000 habitantes. Em 2000 a população do Distrito Federal superou a marca de dois milhões de pessoas. Brasília tem uma das mais elevadas taxas de crescimento demográfico do Brasil: a sua população aumenta a 2,82% ao ano. O Índice de Desenvolvimento Humano na cidade está a 0,874 e a taxa de analfabetismo é de cerca de 4,35%. Estes dados demonstram um grande desenvolvimento social.

A população de Brasília é formada por migrantes de todas as regiões brasileiras, sobretudo do Sudeste e do Nordeste, além de estrangeiros, que vão trabalhar nas embaixadas espalhadas pela capital federal. Brasília hospeda 119 embaixadas estrangeiras.[26] Dados de 2003 apontavam que mais da metade da população de Brasília não nasceu em Brasília, sendo 1 milhão de brasilienses contra 1,2 milhão vindos de outros locais.[27]

Originalmente, Brasília seria o que hoje se denomina Região Administrativa de Brasília (cuja sigla é RA I), composta em sua parte urbana pelo chamado Plano Piloto. Com cerca de 277.000 habitantes (só o plano piloto, composto pelos bairros Asa Sul e Asa Norte), e uma área de 472,12 quilômetros quadrados, é a 2ª maior RA do Distrito Federal em termos de população, atrás de Ceilândia (com 332.455 habitantes), mas Taguatinga, também é populosa, (com 223.452 habitantes).[28]

A tabela a seguir mostra a evolução da população do Distrito Federal, ou seja, do conjunto de todas as regiões administrativas.[29]

Ano População Ano População
1960 140 165 1996 1 821 946
1970 537 492 2000 2 051 146
1980 1 176 935 2007 2 455 903
1991 1 601 094 2009 2 606 885

Região metropolitana

Conhecida como RIDE, a Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno compreende o Distrito Federal mais os municípios goianos de Novo Gama, Valparaíso, Cidade Ocidental, Luziânia, Cristalina, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas, Alexânia, Abadiânia, Pirenópolis, Corumbá, Cocalzinho, Padre Bernardo, Água Fria, Planaltina de Goiás, Vila Boa, Formosa e Cabeceiras, e os municípios mineiros de Unaí e Buritis. Conta com 3 506 967 habitantes (IBGE/2007).[30]

Segundo a geógrafa Nelba Azevedo Penna do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília, "em consequência dos processos de ordenamento de seu território, ocorreu uma intensa expansão da urbanização para a periferia limítrofe ao Distrito Federal, que deu origem a formação da região metropolitana de Brasília (atualmente institucionalizada como Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno - RIDE)".

Criminalidade

Os índices de criminalidade são altos na capital do Brasil[carece de fontes?] e, principalmente, Entorno de Brasília,[31] já no estado de Goiás, região pouco apoiada tanto pelo governo do estado de Goiás como pelo governo do Distrito Federal.[32] Segundo sociólogos, a criminalidade em Brasília, principalmente nas cidades-satélites, é uma herança do crescimento desordenado, ainda que assentado em núcleos urbanos planejados. Os níveis de criminalidade em Brasília estão entre os maiores do Brasil, chegando ao ponto de haver uma média de até dois assassinatos diários.[33] Existem diversas propostas para tentar diminuir a criminalidade na capital, entre eles um maior policiamento, o que tem levado a uma retração da violência.[32]

Política

Cidades-irmãs

Subdivisões

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Economia

Ver artigo principal: Economia de Brasília
Edifícios modernos no Setor Comercial Norte.

Além de ser centro político, Brasília é um importante centro econômico. A cidade é a 3ª mais rica do Brasil, exibindo um Produto Interno Bruto (PIB) de 99,5 bilhões de reais, o que representa 3,76 % de todo o PIB brasileiro.[4]

A principal atividade econômica da capital federal resulta de sua função administrativa. Por isso seu planejamento industrial é estudado com muito cuidado pelo Governo do Distrito Federal. Por ser uma cidade tombada pela Unesco, o governo de Brasília tem optado em incentivar o desenvolvimento de indústrias não poluentes como a de softwares, do cinema, vídeo, gemologia, entre outras, com ênfase na preservação ambiental e na manutenção do equilíbrio ecológico, preservando o patrimônio da cidade.

Fachada do Brasília Shopping.

A economia de Brasília sempre teve como principais bases a construção civil e o varejo.[34] Foi construída em terreno totalmente livre, portanto ainda existem muitos espaços nos quais se pode construir novos edifícios. à medida que a cidade recebe novos moradores, a demanda do setor terciário aumenta, pelo qual Brasília tem uma grande quantidade de lojas, com destaque para o Shopping Conjunto Nacional, localizado no centro da capital.

A agricultura e a avicultura ocupam lugar de destaque na economia brasiliense. Um cinturão verde na Região Integrada de Desenvolvimento do Distrito Federal e Entorno abastece a cidade e já exporta alimentos para outros locais.

Brasília está hoje entre as áreas urbanas de maior índice de renda "per capita" do Brasil.[35]

Turismo

Brasília é classificada como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco. Recebe um milhão de visitantes por ano [36] e entre suas atrações mais visitadas estão o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, o Palácio do Planalto, sede do Poder Executivo brasileiro, a Praça dos Três Poderes, a Catedral, o Catetinho, a Torre de TV, o Memorial JK, o Panteão da Pátria, o Teatro Nacional Cláudio Santoro, o Santuário Dom Bosco e o Museu Vivo da Memória Candanga. Outra bela obra arquitetônica é a recém-construída ponte Juscelino Kubitschek, premiada internacionalmente, pela beleza de sua arquitetura, já no seu ano de inauguração.

O turismo cívico é valorizado por estarem localizados na capital os órgãos governamentais da administração direta e os representantes dos três poderes republicanos.

Brasília ainda é conhecida por suas comunidades espiritualistas (como o Vale do Amanhecer, em Planaltina (DF), a Cidade Eclética e a Cidade da Paz) localizadas nos seus arredores e também por modernistas templos religiosos, como o Templo da Boa Vontade da LBV. Brasília também oferece ecoturismo por estar localizada a 1 000 metros acima do nível do mar, no imenso platô do Planalto Central, de onde nascem quase todas as grandes bacias hidrográficas brasileiras.[37] A cidade ainda conta com várias áreas verdes, como o Parque da Cidade Sarah Kubitschek, o Parque Nacional de Brasília, mais conhecido como Água Mineral e o Jardim Botânico.

Setor Hoteleiro Sul.

O turismo histórico na capital federal não se restringe ao período posterior à fundação, mas também resgata locais e fatos anteriores a 1960, como a Estrada Geral do Sertão, com mais de 3 000 quilômetros, aberta em 1736 para ligar a cidade de Salvador a Vila Bela, antiga capital do Mato Grosso.[38]

O governo do Distrito Federal criou uma empresa estatal, a Brasíliatur, para tratar especificamente do desenvolvimento do turismo em Brasília, com potencial para aumentar o tempo de permanência dos visitantes, que em boa parte se dirigem à capital federal a serviço. Além dessa iniciativa, uma série de ações estratégicas tem sido tomada para divulgar a imagem da cidade no Brasil e no exterior, como a instalação do primeiro voo direto Brasília-Lisboa, e a preparação para os cinquenta anos da fundação, em 2010.

Estrutura urbana

Saúde

A Região Administrativa de Brasília possui diversos hospitais públicos, como o Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), o Hospital Regional da Asa Norte (HRAN), o Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), pertencentes ao Governo do Distrito Federal, além do Hospital Universitário de Brasília, da Universidade de Brasília (UnB). Algumas das demais RAs também possuem hospitais públicos da Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em um total de 12. O sistema de saúde pública da capital recebe diferentes reclamações e críticas (como é comum no Brasil), principalmente por casos de mau atendimento, desigualdade entre negros e brancos e ineficiência.[39] Por outro lado, Brasília tem um dos maiores projetos de informatização do sistema de saúde no Brasil,[40] algo que colabora com a melhoria da assistência realizada aos pacientes.

Quanto a doenças comuns, o Distrito Federal teve 3.147 ocorrências de dengue de janeiro a agosto de 2008, quase duas vezes mais do que o registrado no mesmo período de 2007.[41] Brasília tem uma das maiores taxas de ocorrência de câncer do Brasil. Em 2005, o Distrito Federal foi o recordista nacional de mortes de mulheres por câncer de mama, e os novos casos não diminuiram no ano seguinte.[42] Também são numerosos os casos de câncer de pulmão, devido aos altos índices de tabagismo.[43]

Educação

A educação de Brasília, no período de construção da capital, tinha como propósito se diferenciar da educação no restante do Brasil. Sob os pressupostos do movimento Escola Nova, comandado pelo educador Anísio Teixeira e seguido, em especial, pelo antropólogo Darcy Ribeiro, o qual priorizava o desenvolvimento do intelecto em detrimento da memorização, as escolas primárias foram divididas entre escolas-classe e escolas-parque. Nas primeiras, as crianças passariam quatro horas diárias aprendendo conteúdos e nas segundas, mais quatro horas praticando atividades extracurriculares: artes e esportes, por exemplo.[44] Esse modelo, como em outras estruturas de poder na capital federal, se concentra significativamente no Plano Piloto.

Em Brasília, as escolas secundárias estão localizadas na L2, W4 e W5.[45] A cidade possui duas universidades públicas, a Universidade de Brasília, instituição federal reconhecida internacionalmente por seu pioneirismo na implantação da política de cotas para negros, em 2003, e a Escola Superior de Ciências da Saúde, mantida pelo governo distrital. Na área de educação privada, as maiores instituições são a Universidade Católica de Brasília e o Centro Universitário de Brasília.

Há uma concentração extrema de instituições de ensino superior no Plano Piloto. Em 2006, foi instalado um novo campus da Universidade de Brasília em Planaltina. Existem também núcleos da UnB nas regiões administrativas de Ceilândia e Gama.[46]

O número de bibliotecas não é proporcional ao tamanho da população na área central. As principais bibliotecas públicas do Distrito Federal se localizam no Plano Piloto, como a biblioteca da Universidade de Brasília, a Biblioteca da Câmara e do Senado e a Biblioteca Demonstrativa de Brasília. Há ainda a Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola, também conhecida como Biblioteca Nacional de Brasília, inaugurada em 2006.

Principais instituições de ensino

Transportes

Brasília, por estar localizada no centro do Brasil, serve como ligação terrestre e aérea para o país. O Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek é o terceiro em número de passageiros do Brasil. Há uma ferrovia que liga Brasília a São Paulo, mas o transporte de passageiros está desativado.

A atual conjuntura do sistema de transportes do Distrito Federal gera um quadro de pouca mobilidade urbana, com um serviço de ônibus notadamente caro e ineficiente, e uma infraestrutura que privilegia o automóvel particular. Isso gera uma tendência de aumento no número de carros a níveis para os quais a cidade não foi projetada.

Em março de 2008 a frota do DF chegou a 995 903 veículos,[47] correspondente a uma taxa de motorização de 390 veículos por cada 1 000 habitantes, e esta taxa é ainda maior na área central de Brasília (Plano Piloto, Sudoeste, Lago Sul e Norte). Começaram a surgir inúmeros engarrafamentos na cidade e alguns lugares se tornam intransitáveis na hora de pico (rush). Os ônibus transportam pouco mais de 14 milhões de passageiros por mês,[48] mas a maior parte da frota já ultrapassou os sete anos limite impostos por lei.[49]

Para tentar amenizar esse quadro, foi construído um metrô, mas devido à sua extensão limitada e ao próprio crescimento da cidade, ele não alterou significativamente o problema de trânsito na cidade e desde o início da sua construção em 1991, gera prejuízos da ordem de 60 milhões de reais anuais ao governo.[49] Das 29 estações planejadas, 24 estão em funcionamento, ligando o centro do Plano Piloto (rodoviária) ao Guará, Águas Claras, Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. O Metrô de Brasília transporta cerca de 150 mil usuários por dia.[50] Em 1º de fevereiro de 2009, entrou em funcionamento a integração dos sistemas de micro-ônibus e metrô, com bilhetes eletrônicos.[51] Ainda estão em implementação a criação de corredores especiais para ônibus e integração destes com o metropolitano.

Um novo terminal rodoviário interestadual foi inaugurado em julho de 2010, ao lado da Estação Shopping do metrô.

Cultura

Predefinição:Info/Sítio do Patrimônio Mundial Os principais museus da cidade estão localizados no Eixo Monumental. O Panteão da Pátria Tancredo Neves, projetado por Oscar Niemeyer em forma de pomba e inaugurado em 1986 traz o Livro dos Heróis da Pátria com a história daqueles que teriam lutado pela união da nação. O Memorial JK apresenta diversos objetos pessoais (fotos, presentes, cartas) e o próprio túmulo do idealizador da cidade. O Memorial dos Povos Indígenas tem como objetivo mostrar um pouco da riqueza das culturas indígenas nacionais. Em 15 de dezembro de 2006, foi inaugurado o Complexo Cultural da República, um centro cultural localizado ao longo do Eixo Monumental, formado pela Biblioteca Nacional de Brasília e pelo Museu Nacional da República. A Biblioteca Nacional de Brasília ocupa uma área de 14 000 m², contando com salas de leitura e estudo, auditório e uma coleção de mais de 300 000 itens. O Museu Nacional da República é constituído por uma área de 14 500 m², dois auditórios com capacidade de 780 lugares e um laboratório. O espaço é usado principalmente para exibir arte exposições temporárias. composto pelo Museu Nacional Honestino Guimarães e pela Biblioteca Nacional Leonel de Moura Brizola.

Fora do Eixo Monumental, existe ainda o Museu de Arte de Brasília que conta com exposição permanente voltada para a arte moderna e o Museu de Valores do Banco Central.

No Setor de Diversões Norte, em forma de uma grande pirâmide irregular, está localizado o principal teatro da cidade, o Teatro Nacional Cláudio Santoro com três salas - nomeadas em homenagem a Villa-Lobos, Martins Pena e Alberto Nepomuceno.

Entretanto, é irregular a distribuição dos aparelhos culturais no Distrito Federal, como teatros e salas de cinema, altamente concentrados do Plano Piloto, o que dificulta o acesso da população mais carente, moradora da periferia de Brasília, a gozar livremente desses bens culturais.

Além disso, como a população de Brasília é formada por pessoas vindas de várias regiões do Brasil, isso se reflete no caráter diverso da cultura produzida na capital, abrangendo diferentes manifestações culturais em várias áreas.

Em Barcelona, no dia 12 de dezembro de 2007, o Bureau Internacional de Capitais Culturais [52] nomeou Brasília como a Capital Americana da Cultura para o ano de 2008, sucedendo Cuzco. O Bureau promoveu uma votação popular que elegeu as sete maravilhas do Patrimônio Cultural Material de Brasília: a Catedral, o Congresso Nacional, o Palácio da Alvorada, o Palácio do Planalto, o Templo da Boa Vontade, o Santuário Dom Bosco e a Ponte JK.[53]

Monumentos e lugares históricos

O Eixo Monumental é uma área aberta no centro de Brasília onde se situa a Esplanada dos Ministérios. O gramado retangular da área é cercado por duas amplas pistas, que formam a principal avenida da cidade, onde muitos edifícios públicos, monumentos e memoriais estão localizados. Este é o corpo principal do "avião" que forma da cidade, como previsto por Lúcio Costa. O Eixo Monumental assemelha-se ao National Mall, em Washington, DC.

O Congresso Nacional do Brasil é bicameral, constituído pelo Senado do Brasil (câmara alta) e pela Câmara dos Deputados do Brasil (Câmara Baixa). Desde a década de 1960, o Congresso Nacional tem a sua sede em Brasília. Tal como acontece com a maioria dos edifícios oficiais na cidade, foi projetado por Oscar Niemeyer seguindo o estilo da arquitetura moderna brasileira. Vistas desde o Eixo Monumental, a calota à esquerda é a sede do Senado e a da direita é a sede da Câmara dos Deputados. Entre eles há duas torres de escritórios. O Congresso também ocupa em torno outros edifícios, alguns deles interligados por um túnel. O edifício principal está localizado no meio do Eixo Monumental, a principal avenida da capital. Na frente dele há um grande gramado e refletindo um lago. O edifício está voltado para a Praça dos Três Poderes, onde o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal estão localizados.

O Palácio da Alvorada é a residência oficial do Presidente do Brasil. O palácio foi concebido por Oscar Niemeyer e foi inaugurado em 1958. Uma das primeiras estruturas construídas na nova capital da república, o "Alvorada" recai sobre uma península nas margens do Lago Paranoá. O espectador tem uma sensação de olhar para uma caixa de vidro, aterrada suavemente sobre o solo, com o apoio externo de finas colunas. O edifício tem uma área de 7000 m² e três pisos: o térreo e o primeiro e segundo andar. O auditório, cozinha, lavanderia, centro médico e a administração estão localizados no térreo. As salas utilizadas pela Presidência para recepções oficiais estão no primeiro andar. Há quatro suítes, dois apartamentos privados e de outras salas no segundo andar que é a parte residencial do palácio. O prédio tem também uma biblioteca, uma piscina olímpica aquecida, sala de música, duas salas de jantar e várias salas de reunião. Não é apenas por ser o primeiro prédio do Plano Piloto a se postar ante ao nascer do Sol que o palácio recebeu esse nome. Quando perguntado por que batizara o palácio de "alvorada", o presidente Juscelino Kubitschek retrucou: "Que é Brasília, senão a alvorada de um novo dia para o Brasil?"

Palácio do Planalto é o nome não oficial do Palácio dos Despachos. É o local onde está localizado o Gabinete do Presidente do Brasil. O prédio também abriga a Casa Civil, a Secretaria-Geral e o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. É a sede do Poder Executivo do Governo Federal brasileiro e está localizado na Praça dos Três Poderes. O Palácio do Planalto faz parte do projeto do Plano Piloto da cidade e foi um dos primeiros edifícios construídos na capital. A construção do Palácio do Planalto começou em 10 de julho de 1958 e obedeceu a projeto arquitetônico elaborado por Oscar Niemeyer em 1956. A obra foi concluída a tempo de tornar o Palácio o centro das festividades da inauguração da nova Capital, em 21 de abril de 1960. Até então a Presidência da República funcionava em uma construção provisória de madeira conhecida popularmente como Palácio do Catetinho, inaugurada em 31 de outubro de 1956 e hoje localizada na região administrativa do Park Way.

O Palácio Itamaraty, também conhecido como Palácio dos Arcos, foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer no estilo modernista. O Palácio foi inaugurado em 21 de abril de 1970. É onde está localizado o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), um órgão do Poder Executivo, responsável pelo assessoramento do Presidente da República na formulação, desempenho e acompanhamento das relações do Brasil com outros países e organismos internacionais. Atualmente três edifícios compõem a sede do Ministério: o Palácio, o Anexo I e o Anexo II, conhecido popularmente como "Bolo de Noiva".

A Ponte Juscelino Kubitschek, também conhecida como Ponte JK, está situada em Brasília, ligando o Lago Sul, Paranoá e São Sebastião à parte central do Plano Piloto, através do Eixo Monumental, atravessando o Lago Paranoá. Inaugurada em 15 de dezembro de 2002, a estrutura da ponte tem um comprimento de travessia total de 1 200 metros, largura de 24 metros com duas pistas, cada uma com três faixas de rolamento, duas passarelas nas laterais para uso de ciclistas e pedestres com 1,5 metro de largura e comprimento total dos vãos de 720 metros. Seu nome é uma homenagem a Juscelino Kubitschek de Oliveira, ex-presidente do Brasil. Ela foi projetada pelo arquiteto Alexandre Chan e estruturada pelo engenheiro Mário Vila Verde. Chan ganhou a Medalha Gustav Lindenthal por este projeto. A ponte é constituída por três arcos de aço assimétricos de 60 metros de altura que se cruzam em diagonal. Com um comprimento de 1.200 metros, foi concluída em 2002 a um custo de US$ 56,8 milhões.

A Praça dos Três Poderes. Em primeiro plano a escultura "Os Candangos" com o Palácio do Planalto ao fundo.

A Praça dos Três Poderes é um amplo espaço aberto entre os três edifícios monumentais que representam os três poderes da República: o Palácio do Planalto (Executivo), o Supremo Tribunal Federal (Judiciário) e o Congresso Nacional (Legislativo). Como em quase todos os logradouros de Brasília, a parte urbanística foi idealizada por Lúcio Costa e as construções foram projetadas por Oscar Niemeyer. Localizada no extremo leste do Plano Piloto, a praça é um espaço aberto que mede aproximadamente 120 x 220 metros, de sorte que os prédios representativos dos poderes não se sobressaíssem um diante dos outros, em atenção ao princípio de que os poderes são harmônicos e independentes e, portanto, têm o mesmo peso. Além dos palácios, a Praça dos Três Poderes inclui as esculturas Os Guerreiros, de Bruno Giorgi, considerado um símbolo de Brasília, e A Justiça, de Alfredo Ceschiatti, em frente ao Supremo Tribunal Federal. Pode-se ver ainda a Pira da Pátria e o Marco Brasília, em homenagem ao ato da Unesco que considerou a cidade Patrimônio Cultural da Humanidade.

A Catedral de Brasília na capital da República Federativa do Brasil, é uma obra do arquiteto Oscar Niemeyer. Em 12 de Setembro de 1958 foi lançada a pedra fundamental da Catedral Metropolitana Nossa Senhora Aparecida, mais conhecida como Catedral de Brasília. Teve sua estrutura pronta em 1960, onde aparecia somente a área circular de 70m de diâmetro da qual se elevam 16 colunas de concreto (pilares de secção parabólica), que pesam 90 toneladas. Em 31 de maio de 1970 foi inaugurada de fato, já com os vidros externos transparentes. Na praça de acesso ao templo, encontram-se quatro esculturas em bronze com três metros de altura, representando os evangelistas; as esculturas foram realizadas com o auxílio do escultor Dante Croce, em 1968. No interior da nave, estão as esculturas de três anjos, suspensos por cabos de aço.

Música

No final dos anos 1970 predominavam os ritmos regionais como o forró e a música sertaneja; nessa época despontava no grupo Secos e Molhados o cantor Ney Matogrosso, que fora profissional da área de saúde na capital federal. No começo dos anos 1980 surgiram várias bandas de rock vindas de Brasília que despontaram no cenário nacional, como Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude, todas com influência punk. Na mesma época, um carioca criado em Minas Gerais, Oswaldo Montenegro, se tornava conhecido na cidade, montando espetáculos de cujo elenco fazia parte Cássia Eller.

Interior de edifício do Complexo Cultural da República.

Nesta mesma época surgiu, paralelamente ao cenário rock, o reggae de Renato Matos, e outros movimentos culturais que criaram o Projeto Cabeças, de onde surgiram vários artistas de Brasília. Na década seguinte, despontaram o hardcore dos Raimundos e o reggae do Natiruts.

Alguns músicos e cantores que moraram em Brasília durante esse período foram Legião Urbana, Ney Matogrosso, Zélia Duncan e membros dos Paralamas do Sucesso.

Atualmente, Brasília conta com o Festival Porão do Rock,[54] que tenta revelar novas bandas no cenário nacional. Este evento, lançado em 1998 na Concha Acústica a partir de um grupo de músicos que se reunia no subsolo de uma das quadras na Asa Norte, ganhou em 2000 sua primeira versão no estacionamento do Estádio Mané Garrincha onde é realizado desde então. Também é realizado na cidade anualmente o Brasília Music Festival.[55]

Mais recentemente, o choro vem ganhando adeptos em Brasília, resultando na criação de clubes de choro, como o Clube de Choro de Brasília [56]

Brasília também tem se firmado no hip hop. A região administrativa Ceilândia é conhecida pela sua participação na produção da música hip hop com grupos como: Câmbio Negro, Viela 17, Guind'art 121, entre outros. Nessa área se destacam os rappers como GOG. Nessa região está localizada a Casa do Cantador, projetada por Oscar Niemeyer.

Cinema

Patrícia Pillar, atriz brasiliense da Rede Globo.

Na produção local de cinema, destaca-se o diretor Afonso Brazza,[57] que se tornou cult graças a seus filmes policiais de baixo orçamento. Outro cineasta radicado na capital do país e muito conhecido não só na cidade mas em todo país é o documentarista Vladimir Carvalho, professor de cinema da Universidade de Brasília, que produziu 21 filmes documentários, parte deles sobre a própria história e realidades sócio-cultural e política do Distrito Federal e Goiás.

Além disso, acontece anualmente o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Realizado desde 1965, quando se chamava Semana do Cinema Brasileiro, firmou-se como um dos mais prestigiados do Brasil, sendo comparável ao Festival do Cinema Brasileiro de Gramado, porém sempre preservando a tradição de somente inscrever e premiar filmes brasileiros, princípio que nos momentos mais críticos da história cinematográfica brasileira foi abandonado por Gramado

Alguns filmes brasileiros ambientados em Brasília são: O sonho não acabou, Momento Trágico, Palco dos Sonhos, As Vidas de Maria, Doces Poderes, Redentor, O Casamento de Louise, Celeste e Estrela, Brasília 18%, Vestibular 70, A Concepção, Brasília segundo Feldman, Brasília: contradições de uma cidade nova, Barra 68 e Conterrâneos Velhos de Guerra.

Atores e atrizes como Patrícia Pillar, Maria Paula, Murilo Rosa, Mateus Solano, Rosanne Mulholland, Rafaela Mandelli e Rafael Almeida são nascidos na cidade.

Moda

No campo da moda, acontece a Capital Fashion Week, evento que segue o exemplo do São Paulo Fashion Week e tenta divulgar nacionalmente as marcas e modelos da região Centro-Oeste do Brasil e de Brasília.[58]

Esportes

O Distrito Federal é sede de dois clubes de futebol reconhecidos nacionalmente:[59][60] o Brasiliense Futebol Clube (de Taguatinga), e a Sociedade Esportiva do Gama (ou simplesmente Gama), que chegaram a participar da primeira divisão do Campeonato Brasileiro de Futebol, sem contar que o Brasiliense chegou a ser vice-campeão da Copa do Brasil na edição de 2002.

Os principais estádios de futebol são o Estádio Mané Garrincha, o Serejão e o recém-reformado Bezerrão. Brasília é uma das 12 cidades sede dos jogos da Copa do Mundo FIFA de 2014, da qual o Brasil será o anfitrião. O estádio a ser utilizado é o Mané Garrincha, que passará por uma grande reforma.[61] Ao lado do estádio se encontra o Ginásio Nilson Nelson, que já recebeu partidas da Seleção Brasileira de Vôlei e do Campeonato Mundial de Futsal de 2008. Brasília foi candidata à sede dos Jogos Olímpicos de Verão de 2000, mas teve sua candidatura retirada.[12]

Por ser uma cidade localizada em altitude superior a 1000 metros do nível do mar, Brasília tem revelado atletas de alto nível, corredores de fundo e meio fundo como: Joaquim Cruz e Hudson de Souza (800 e 1500 mts rasos); Carmem de Oliveira e Lucélia Peres (5000, 10 000 e maratona); Valdenor Pereira dos Santos (5000 e 10 000 m); Marilson Gomes dos Santos (5000, 10 000, meia-maratona e maratona).

No tênis o principal torneio é o Aberto de Brasília, disputado em oito quadras da Academia de Tênis Resort, às margens do lago Paranoá. O torneio faz parte do ATP Challenger Tour, circuito que acontece em cerca de 40 países, com 178 eventos atuais.[62]

Brasília é também a sede do Universo/BRB/Brasília, um dos maiores times do basquete nacional e atual campeão brasileiro.

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Ver também

Predefinição:Portal-Br

Referências

  1. IBGE. «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 10 de outubro de 2002 
  2. 2,0 2,1 «Estimativas da população para 1º de julho de 2009» (PDF). Estimativas de População. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 14 de agosto de 2009. Consultado em 16 de agosto de 2009 
  3. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  4. 4,0 4,1 4,2 «Produto Interno Bruto dos Municípios 2003-2007» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 16 de dezembro de 2009. Consultado em 16 de dezembro de 2009 
  5. «Administração pública é responsável por mais de um terço da economia em quase 34% dos municípios brasileiros». IBGE. 16 de dezembro de 2009. Consultado em 16 de dezembro de 2009 
  6. Predefinição:Referência a livro
  7. «Dicionário Priberian» 
  8. «Dicionário de Folclore para Estudantes» 
  9. «SOS-Monuments» 
  10. «Tudorádio.com» 
  11. A História de Brasília - Prefeitos
  12. 12,0 12,1 12,2 12,3 12,4 12,5 Predefinição:Referência a livro
  13. «Brasiliatur» 
  14. «Tudoradio» 
  15. «Câmara Municipal de Silvânia». Consultado em 23 de outubro de 2008 
  16. http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/JK/biografias/jose_pessoa
  17. http://veja.abril.com.br/especiais/brasilia/redescoberta-brasil-p36.html
  18. Erro em Lua em package.lua na linha 80: module 'Módulo:Citação/CS1/Sugestões' not found.
  19. «Secretaria de Estado de Cultura do DF». Consultado em 23 de outubro de 2008 
  20. «Weatherbase» (em inglês) 
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  24. Erro em Lua em package.lua na linha 80: module 'Módulo:Citação/CS1/Sugestões' not found.
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  32. 32,0 32,1 «Correio Braziliense». Consultado em 22 de novembro de 2008 
  33. «Áreas nobres sob o manto do medo». Consultado em 17 de setembro de 2009 
  34. «Clipping Brasília». Consultado em 6 de novembro de 2008 
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  50. Estrutura do metrô do Distrito Federal
  51. «Integração metrô/micro-ônibus começa neste domingo» 
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Ligações externas

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