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Cuiabá

Disambig grey.svg Nota: Para o rio, veja Rio Cuiabá.
Cuiabá
  Município do Brasil  
Predefinição:Multiple image
Símbolos
Bandeira de Cuiabá
Bandeira
Brasão de armas de Cuiabá
Brasão de armas
Hino
Gentílico cuiabano
Localização
Localização de Cuiabá em Mato Grosso
Localização de Cuiabá em Mato Grosso
Cuiabá está localizado em: Brasil
Cuiabá
Localização de Cuiabá no Brasil
Mapa de Cuiabá
Coordenadas 15° 35' 45" S 56° 05' 49" O
País Brasil
Unidade federativa Mato Grosso
Região metropolitana Vale do Rio Cuiabá
Municípios limítrofes Rosário Oeste (N), Chapada dos Guimarães (NE), Campo Verde (E), Santo Antônio de Leverger (S), Várzea Grande (SW), Acorizal (NW)
Distância até a capital 1 133 km[1]
História
Fundação 8 de abril de 1719 (305 anos)
Emancipação 17 de setembro de 1818 (206 anos)
Administração
Distritos Predefinição:Collapsible list
Prefeito(a) Emanuel Pinheiro (MDB, 2021 – 2024)
Características geográficas
Área total [3] 3 291,816 km²
 • Área urbana  est. Embrapa[4] 126.9 km²
População total (estimativa IBGE/2021[5]) 623 614 hab.
 • Posição BR: 35º/MT: 1º
Densidade 189,4 hab./km²
Clima tropical (Aw)
Altitude 125 m
Fuso horário Hora do Amazonas (UTC−4)
Indicadores
IDH (PNUD/2010[6]) 0,785 alto
 • Posição MT: 1º
Gini (est. IBGE/2003[7]) 0,480
PIB (IBGE/2018[8]) R$ 23 705 265,88 mil
 • Posição BR: 32º
PIB per capita (IBGE/2018[8]) R$ 39 043,32
Sítio www.cuiaba.mt.gov.br (Prefeitura)
www.camaracba.mt.gov.br (Câmara)

Cuiabá é um município brasileiro, capital do estado de Mato Grosso, Região Centro-Oeste do país. Fundado em 1719 por Pascoal Moreira Cabral e descoberto por Miguel Sutil, ambos bandeirantes nascidos na cidade de Sorocaba, São Paulo, ficou praticamente estagnada desde o fim das jazidas de ouro até o início do século XX. Desde então, apresentou um crescimento populacional acima da média nacional, atingindo seu auge nas décadas de 1970 e 1980.

Nos últimos 15 anos, o crescimento diminuiu, acompanhando a queda que ocorreu na maior parte do país. Hoje, além das funções político-administrativas, é o principal pólo industrial, comercial e de serviços do estado. É conhecida como "cidade verde", por causa da grande arborização. Situa-se na margem esquerda do rio de mesmo nome e forma uma conurbação com o seu município vizinho, Várzea Grande.

Segundo estimativas de 2021 feitas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a população de Cuiabá é de 623 614 habitantes, enquanto que a população da conurbação é de 927 362‬; já sua região metropolitana possui 1 041 307 habitantes. A cidade foi umas das doze sedes da Copa do Mundo FIFA de 2014, representando o Pantanal, por estar situada a cerca de cem quilômetros da região pantaneira.

Etimologia

Há várias versões para a origem do nome "Cuiabá":

  • Uma delas diz que o nome tem origem na palavra bororo ikuiapá, que significa "lugar da ikuia" (ikuia: flecha-arpão, flecha para pescar, feita de uma espécie de cana brava; : lugar). O nome designa uma localidade onde os bororos costumavam caçar e pescar com essa flecha, o córrego da Prainha, afluente da esquerda do rio Cuiabá.[9][10]
  • Outra explicação possível é a de que Cuiabá seria uma aglutinação de kyyaverá (que em guarani significa "rio da lontra brilhante") em cuyaverá, depois cuiavá e finalmente cuiabá.[10]
  • Uma terceira hipótese diz que a origem da palavra está no fato de existirem árvores produtoras de cuia à beira do rio, e que "Cuiabá" seria "rio criador de vasilha" (cuia: vasilha e abá: criador).[10] Martius traduz o vocábulo como "fabricante ou fazedor de cuias". Teodoro Sampaio interpreta, seguindo a origem tupi, como "homem da farinha", o farinheiro. De cuy: farinha e abá: homem.
  • O tupinólogo Eduardo de Almeida Navarro propõe que o nome vem do termo tupi kuîaba, que designa uma variedade de cuia.[11]
  • O nome pode se referir, também, aos índios bororos, que também são conhecidos como "cuiabá".[12]

História

Fundação

Os primeiros indícios dos bandeirantes paulistas na região onde hoje fica a cidade datam de 1673 e 1682, quando da passagem de Manoel de Campos Bicudo. Ele fundou o primeiro povoado da região, onde o rio Coxipó deságua no Cuiabá, batizado de São Gonçalo Beira-Rio.[13]

Em 1718, chegou ao local, já abandonado, a bandeira do sorocabano Pascoal Moreira Cabral. Em busca de indígenas, Moreira Cabral subiu o Coxipó, onde travou uma batalha com os índios coxiponés. Como perderam a batalha, os bandeirantes voltaram e no caminho encontraram ouro, deixando, assim, a captura de índios para se dedicar ao garimpo.

Em 1719, Pascoal Moreira foi eleito, em uma eleição direta em plena selva, comandante da região de Cuiabá. Em 8 de abril de 1719, Pascoal assinou a ata da fundação de Cuiabá no local conhecido como Forquilha, às margens do Coxipó, de forma a garantir os direitos pela descoberta à Capitania de São Paulo. A notícia da descoberta se espalhou e a imigração para a região tornou-se intensa.

Em outubro de 1722, índios escravizados de Miguel Sutil, também bandeirante sorocabano, descobriram às margens do córrego da Prainha grande quantidade de ouro, maior que a encontrada anteriormente na Forquilha. O afluxo de pessoas tornou-se grande e até mesmo a população da Forquilha se mudou para perto deste novo local. Em 1723, já estava erguida a igreja matriz dedicada ao Senhor Bom Jesus de Cuiabá, onde hoje é a Catedral.

Consolidação

Praça da República com Catedral do Senhor Bom Jesus de Cuiabá, construída em 1722 e demolida em 1968. Arquivo Nacional.

Já em 1726, chega, à Cuiabá, o capitão-general governador da Capitania de São Paulo, Rodrigo César de Menezes, como representante do Reino de Portugal.[14] Em 1 de janeiro de 1727, Cuiabá foi elevada à categoria de vila, com o nome de Vila Real do Senhor Bom Jesus de Cuiabá.

Tem-se confundido muito a fundação do arraial da Forquilha por questões ideológicas. Estudos historiográficos há muito já traçaram a diferença entre uma e outra fundação, alegando-se que o 1° de janeiro seria a data de elevação do arraial da Forquilha à categoria de vila, o que é um contrassenso, pois não se pode fundar um município num lugar que só viria a ser descoberto anos depois. Porém, a data de 8 de abril se firmou como data do município, desejosa de ser a primeira do oeste brasileiro. Logo, contudo, as lavras se mostraram menores que o esperado, o que acarretou um abandono de parte da população.

Cuiabá foi elevada à condição de cidade em 17 de setembro de 1818, tornando-se a capital da então província de Mato Grosso em 28 de agosto de 1835 (antes a capital era Vila Bela da Santíssima Trindade). Entretanto, nem mesmo a mudança da capital para o município foi suficiente para impulsionar seu desenvolvimento. Com a Guerra do Paraguai (1864-1870), Mato Grosso foi invadido. Várias cidades foram atacadas, mas as batalhas não chegaram à capital. A maior baixa se deu com uma epidemia de varíola trazida pelos soldados que retomaram dos paraguaios o município de Corumbá. Metade dos cerca de 12 mil habitantes morreu infectada.[15]

Expansão

Arquivo:Brasil Hoje n. 145 (1976) - Documentário da Agência Nacional sobre a cidade de Cuiabá, Mato Grosso.webm Somente após a Guerra do Paraguai e o retorno da navegação pelas bacias dos rios Paraguai, Cuiabá e Paraná é que o município voltou a crescer. A economia nesse período tinha suas bases na produção da cana-de-açúcar e no extrativismo. Esse momento produtivo não duraria muito e o município voltou a ficar estagnado, desta vez até 1930. A partir daí, o isolamento foi encerrado com as ligações rodoviárias com Goiás e São Paulo e a aviação comercial. A explosão no crescimento deu-se depois da década de 1950, com a transferência da Capital Federal e o programa de povoamento do interior do país.

Nas décadas de 1970 e 1980, o município cresceu muito, mas os serviços e a infraestrutura não acompanharam este ritmo. O agronegócio expandiu-se pelo estado e o município começou a modernizar-se e industrializar-se. Após o ano de 1990, a taxa de crescimento populacional diminuiu e o turismo começou a ser visto como fonte de bons rendimentos. <div class="thumb tnone" style="margin-left: auto; margin-right:auto; width:100%; max-width:Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px;">

Vista panorâmica de Cuiabá em 2007

Geografia

Região do Coxipó

De acordo com a divisão regional vigente desde 2017, instituída pelo IBGE,[16] o município pertence à Região Geográfica Imediata de Cuiabá, que por sua vez é uma das três regiões imediatas da Região Geográfica Intermediária de Cuiabá.[17] Até então, com a vigência das divisões em microrregiões e mesorregiões, fazia parte da microrregião de Cuiabá, que por sua vez estava incluída na mesorregião do Centro-Sul Mato-Grossense.[18]

Cuiabá faz limite com os municípios de Chapada dos Guimarães, Campo Verde, Santo Antônio de Leverger, Várzea Grande, Jangada e Acorizal. É um entroncamento rodoviário-aéreo-fluvial e o centro geodésico da América do Sul, nas coordenadas -15°35'56",80 (latitude ao sul) e -56°06'05",55 (longitude a oeste).[19] Situado na atual praça Pascoal Moreira Cabral, foi determinado por Marechal Cândido Rondon, em 1909 (o correto ponto do centro geodésico já foi contestado, mas cálculos feitos pelo Exército Brasileiro confirmaram as coordenadas do marco calculadas por Rondon).[19]

O quadro geomorfológico do município é, em grande parte, representado pelo Planalto da Casca e pela Depressão Cuiabana. Predominam os relevos de baixa amplitude com altitudes que variam de 146 a 250 metros na área da própria cidade.[20]

O município é cercado por três grandes biomas: a Amazônia, o Cerrado e o Pantanal; está próximo da chapada dos Guimarães e ainda é considerado a porta de entrada da floresta amazônica. A vegetação predominante no município é a do cerrado, desde suas variantes mais arbustivas até as matas mais densas à beira dos cursos d'água.

Cuiabá é abastecida pelo rio Cuiabá, afluente do Rio Paraguai e que divide a capital da vizinha Várzea Grande. O município se encontra no divisor de águas das bacias Amazônica e Platina e é banhado também pelos rios Coxipó-Açu, Pari, Mutuca, Claro, Coxipó, Aricá, Manso, São Lourenço, das Mortes, Cumbuca, Suspiro, Coluene, Jangada, Casca, Cachoeirinha e Aricazinho, além de córregos e ribeirões.

Clima

Predefinição:Maiores acumulados de precipitação em Cuiabá

O clima é tropical e úmido. O índice pluviométrico anual é de aproximadamente 1 450 milímetros (mm). As chuvas se concentram de outubro a abril, com intensidade máxima em janeiro, fevereiro e março, enquanto que no resto do ano, entre maio e setembro, as massas de ar seco sobre o centro do Brasil inibem as formações chuvosas. Quando as frentes frias se dissipam, o calor, associado à fumaça produzida pelas constantes queimadas nessa época, faz com que a umidade relativa do ar caia a níveis impressionantes, às vezes abaixo de 15%, aumentando a ocorrência de doenças respiratórias.

Cuiabá é famosa por seu forte calor, com temperatura podendo chegar aos 40 °C nos meses mais quentes, embora, esporadicamente, a temperatura no outono e inverno possa cair para abaixo de 10 °C, devido principalmente às frentes frias que vêm do sul, podendo isso durar apenas um dia ou até uma semana, para logo voltar ao calor habitual. A temperatura média em Cuiabá gira em torno dos 26 °C. É bom mencionar que as temperaturas mais baixas são registradas enquanto o sol não aparece, pela madrugada.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), desde 1931 a menor temperatura registrada em Cuiabá foi de 1,2 °C em 22 de junho de 1933 e a maior atingiu os 44 °C em 30 de setembro de 2020,[21][22] sendo esta uma das maiores temperaturas já observadas no Brasil.[23] O maior acumulado de precipitação em 24 horas foi de 144,7 mm em 1° de janeiro de 1951.[21] Predefinição:Tabela climática de Cuiabá

Demografia

Predefinição:Evolução demográfica de Cuiabá Sua população é de 623 614 habitantes de acordo com estimativa de população realizada em 2021 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. O número de eleitores em maio de 2012 era de 402 751, representando 18,596% do total de eleitores do estado.

O município viveu tranquilamente até a década de 1960, quando um fluxo de imigrantes começou a vir para o estado, principalmente nas décadas de 1970 e 1980. Nesse período, a população passou de 56 204 habitantes em 1960 para 100 865 em 1970, 213 151 em 1980, 402 813 em 1991 e 483 346 em 2000, caracterizando 19,3% da população total do estado.

Região metropolitana

No ano de 2009, foi criada a Região Metropolitana do Vale do Rio Cuiabá, somando mais de 1 000 000 de habitantes, com o objetivo de desenvolver integralmente os municípios da região, que, com exceção da capital e de Várzea Grande, permaneciam estagnados economicamente devido à proximidade com o maior centro urbano do estado.

Religiões

Igrejas do Rosário e São Benedito e do Senhor dos Passos.

Semelhante ao que ocorre em todo território nacional, Cuiabá é predominantemente povoada por cristãos, sendo na sua maioria católicos e uma fração menor dividida em inúmeras denominações evangélicas, contando ainda com a presença de religiões afro-brasileiras.

A Catedral Metropolitana foi inaugurada em 1973. A atual catedral foi construída sobre os escombros da antiga, uma joia do período colonial que foi demolida num episódio até hoje não esclarecido.

A Igreja do Bom Despacho foi inaugurada em 1919, mas ainda está inacabada. Seu estilo gótico, inédito em boa parte do país, foi definido por um arquiteto francês.

A Igreja do Rosário e Capela de São Benedito é a única igreja barroca de Cuiabá. Foi fundada por escravos em 1764. É local da tradicional festa de São Benedito, que acontece sempre no mês de julho.

Governo e política

Ver artigo principal: Lista de prefeitos de Cuiabá

Símbolos

Palácio Alencastro, sede da Prefeitura de Cuiabá.

Cuiabá possui três símbolos oficiais: brasão, bandeira e hino. O brasão foi oficializado pela Lei 592, de 13 de setembro de 1961, assinada pelo prefeito Aecim Tocantins, a partir do original, criado em Lisboa quando da sua fundação em 1 de janeiro de 1727. Segue inscrição extraída da Ata de Fundação do município: "declarou que sejam as Armas, de que usasse, um escudo dentro com campo verde e nele um morro ou monte todo salpicado com folhetos e granetos de ouro; e, por timbre, em cima do escudo, uma fênix".

A bandeira foi criada pelo Sr. Nilton Benedito de Santana, que contou com o apoio do jornalista Pedro Rocha Jucá, e oficializada pelo prefeito José Villanova Torres, através do Decreto nº 241, de 29 de dezembro de 1972, que diz no Artigo 1º: "Fica oficializada a Bandeira Municipal de Cuiabá, com as seguintes características: a- um retângulo verde e branco; b- em primeiro plano, com as bordaduras ou círculo na cor amarelo ouro, com a inscrição em letras vermelhas: "Vila Real do Bom Jesus de Cuiabá - 1719". c- no centro, o marco estereotipado na cor verde, representando o centro geográfico da América do Sul: logo abaixo, geometricamente triangulado, os vértices do marco representando um monte de ouro, símbolo da riqueza mineral de Cuiabá".

O hino foi oficializado pela Lei 633, de 10 de abril de 1962. O seu artigo segundo, que nem sempre é cumprido, diz: "Será obrigatório em todas as solenidades da Prefeitura Municipal que houver participação musical, quando o encerramento se der com o toque do Hino de Cuiabá".

Cidades-irmãs

Economia

Exportações de Cuiabá - (2012)[24]
Atividades econômicas em Cuiabá - (2012)[25]

A economia de Cuiabá, hoje, está concentrada no comércio e na indústria. No comércio, a representatividade é varejista, constituída por casas de gêneros alimentícios, vestuário, eletrodomésticos, de objetos e artigos diversos. O setor industrial é representado, basicamente, pela agroindústria. Muitas indústrias, principalmente aquelas que devem ser mantidas longe das áreas populosas, estão instaladas no Distrito Industrial de Cuiabá, criado em 1978. Na agricultura, cultivam-se lavouras de subsistência e hortifrutigranjeiros.

O município, com um produto interno bruto de 12,4 bilhões de reais em 2011, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, respondeu por 17,4% do total do produto interno bruto estadual, ocupando a primeira posição no ranking mas ainda estando a baixo de Campo Grande e Goiânia . Contudo, possui um PIB per capita de R$23.690,82, correspondendo como a 10° maior entre as capitais do país e a melhor entre as capitais do Centro-Oeste (com exceção do Distrito Federal).

Cuiabá gera boa parte da energia elétrica consumida pelo estado. Próximo ao Distrito Industrial, funciona a Usina Termelétrica de Cuiabá. Concluída em 2002 e abastecida com gás natural boliviano, através de um ramal do Gasoduto Brasil-Bolívia. Esta usina possui potência instalada de 480 megawatts, respondendo em 2005 por 23,13 por cento,[26] do total da potência instalada do estado. Quanto a sua pauta de exportações ela foi, em 2012, baseada principalmente em soja (37,04%), milho (25,77%), farelo de soja (14,70%), algodão cru (8,83%) e carne bovina congelada (5,66%)[24].

Vista do centro da cidade
Calçadão da rua Cândido Mariano, em Cuiabá.
Imagem aérea de Cuiabá.

A cidade conta com importantes centros comerciais, como o calçadão no centro histórico e alguns shoppings.[27][28] Está em construção o Shopping Estação Cuiabá, localizado na Av. Miguel Sutil entre o trevo do Santa Rosa e do Círculo Militar, que será voltado para a classe A e B e tem inauguração prevista para o final de 2015.[29] O Shopping Goiabeiras foi reformado e largamente ampliado, tendo seu tamanho triplicado e passando de três andares para nove, além também do aumento da capacidade do estacionamento. O Goiabeiras é conhecido como sendo o Shopping da elite cuiabana.[28]

Turismo

Cuiabá tem diversos atrativos turísticos por estar situada em uma região de variadas paisagens naturais, como a Chapada dos Guimarães e o Pantanal, e por ser um município muito antigo, com um patrimônio histórico importante. O turismo de eventos também é crescente no município.

A arquitetura da área urbana inicial de Cuiabá, como em outras cidades históricas brasileiras, é tipicamente colonial,[30] com modificações e adaptações a outros estilos (como o neoclássico e o eclético) com o tempo. Ela foi bem preservada até meados do século XX, mas, depois dessa época, o crescimento demográfico e o desenvolvimento econômico afetaram o patrimônio arquitetônico e paisagístico do centro histórico. Vários prédios foram demolidos, entre eles a antiga igreja matriz, demolida em 1968 para dar lugar à atual.

Somente na década de 1980 ações para a preservação desse patrimônio foram tomadas. Em 1987, o centro foi tombado provisoriamente como patrimônio histórico nacional pelo IPHAN e, em 1992, esse tombamento foi homologado pelo Ministério da Cultura do Brasil. Desde então vários prédios foram restaurados, entre os quais estão as Igrejas do Rosário e São Benedito, do Bom Despacho e do Nosso Senhor dos Passos, o Palácio da Instrução (hoje museu histórico e biblioteca), o antigo Arsenal da Guerra (hoje centro cultural mantido pelo SESC), o mercado de peixes (atualmente Museu do Rio Cuiabá) e um sobrado onde hoje funciona o Museu da Imagem e do Som de Cuiabá (o MISC). A área tombada pelo IPHAN é a que mais preserva as feições originais. As antigas ruas de Baixo, do Meio e de Cima (hoje, respectivamente, as ruas Galdino Pimentel, Ricardo Franco e Pedro Celestino) e suas travessas ainda mantêm bem preservadas as características arquitetônicas das casas e sobrados.

Além dos locais já citados, há vários outros para se visitar, como o zoológico, o Museu Rondon (com artefatos indígenas) e o Museu de Arte e Cultura Popular, no campus da Universidade Federal de Mato Grosso, o obelisco e o marco do centro geodésico da América do Sul, a atual Catedral Metropolitana, a Igreja de São Gonçalo no bairro do Porto, a Mesquita de Cuiabá, os parques Mãe Bonifácia, Massairo Okamura, Zé Bolo Flô e o Parque Urbano da Vila Militar, com áreas para exercícios físicos e pistas de caminhada e ciclismo, o Horto Florestal, na confluência do rio Cuiabá com o Coxipó e o Estádio José Fragelli, conhecido como Verdão. É possível também visitar as comunidades ribeirinhas, onde se pode conhecer o modo de vida da população local e os artesanatos fabricados por eles, bem como os rios e baías frequentados para banho e pesca.

Infraestrutura

Educação

Palácio da Instrução

Cuiabá é um importante centro educacional no estado do Mato Grosso. A cidade é sede do IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso), que oferece ensino médio, cursos técnicos e cursos tecnológicos, e da UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso).

Entre as principais instituições de ensino superior estão Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso (IFMT), Universidade de Cuiabá (UNIC), Centro Universitário Cândido Rondon (UNIRONDON), Faculdade Católica Dom Aquino (FAC) e Faculdade de Cuiabá (FAUC).

Transportes

Estação Alencastro terminal de transporte coletivo na cidade.

O transporte público é feito por ônibus coletivos e táxis, além de micro-ônibus e moto-táxi, já regulamentados pela Câmara Municipal de Cuiabá. A cidade conta com uma frota de cerca de 400 ônibus e 80 micro-ônibus. No seu aglomerado urbano junto com o município de Várzea Grande, possui em torno de 600 ônibus, com 15 a 20% deles com ar-condicionado e rampa de acessibilidade, além de vários ônibus com motorização traseira que eleva ainda mais a qualidade do transporte.[31]

A cidade ainda não dispõe de ônibus articulado, mas recentemente fizeram testes em Cuiabá com um modelo que sera implantado na cidade no novo sistema de transporte, serão duas linhas de veículo leve sobre trilhos, uma ligando o aeroporto até a região do CPA, numa extensão de 15 km e outra ligando o a região do Coxipó ate o Centro, numa extensão de 7 km podendo ser ampliado até o Distrito Industrial, obras essa que tem previsão de início em 2012. Também existe o Terminal Rodoviário de Cuiabá que liga a cidade aos demais estados através de ônibus.

Segundo o Detran do Mato Grosso, a frota de Cuiabá e Várzea Grande é composta por um total de 284 498 veículos (195 053 e 89 445 respectivamente), sendo que 183 252 são automóveis (141 807 e 41 445 respectivamente) e 77 274 são motocicletas/motonetas (53 246 e 24 028 respectivamente) (2009). Ficam de fora as caminhonetes que se somados as duas cidade dão um total de 30 925 caminhonetes, 23 630 e 7 295 respectivamente, que somados ao total de veículos é de aproximadamente 315 423 veículos.

Apesar de recentemente modernizado, o Aeroporto Internacional Marechal Rondon ainda padece de muitas deficiências para que possa suportar o fluxo de passageiros previsto durante a realização da Copa do Mundo de Futebol de 2014 - para a qual a cidade foi escolhida para ser uma das sub-sedes.A primeira parte que foi entregue ja esta saturada, ha projetos para que até 2014 o aeroporto tenha capacidade para 2.6 milhões de passageiros. Há um projeto do governo do estado para que seja construído outro terminal na mesma área.

Localizado no município vizinho de Várzea Grande, Cuiabá usufrui do Aeroporto Internacional Marechal Rondon (Marechal Rondon), que foi recentemente modernizado, e no ano de 2014 teve fluxo de 3 300 489 passageiros. Atualmente, o complexo conta com um terminal de passageiros, com dois pisos, praça de alimentação, lojas, Serviço de Taxi, juizado de menores, câmbio, terraço panorâmico, Correios, locadoras, lanchonetes, elevadores, escadas rolantes e climatização. Há também o terminal de logística de carga, o TECA, que movimentou cerca de 5 111 304 toneladas em 2009. Grande parte deve ao grande fluxo de turistas que visitam as belezas naturais e culturais da capital e do estado.

Mídia

Os principais meios de comunicação são a internet, as rádios, os jornais impressos, a televisão e as companhias de telefonia fixa e móvel. As principais empresas responsáveis pela telefonia fixa na capital mato-grossense são a Embratel, GVT e a Oi. Já a telefonia móvel fica a cargo da Vivo, a Tim, a Claro e a Oi. Os principais jornais, por ordem cronológica de fundação, são: Diário de Cuiabá, A Gazeta, Folha do Estado e outros de menor circulação como: Correio Várzea-grandense Página Única, Tribuna da Cidade, Correio da Semana, Extra e os jornais on-line 24 Horas News, Mídia News, Olhar Direto e Grande Cuiabá.

Cultura

SESC Arsenal

Boa parte das tradições cuiabanas se deveu, em parte, ao isolamento sofrido pelo município com a decadência econômica.[32] Outro fator que explica parte das características das manifestações culturais é o convívio de várias culturas desde a fundação de Cuiabá, como os índios que ali viviam, os bandeirantes paulistas e os negros levados para lá como escravos.[33] Todos esses fatores se refletem na gastronomia, nas danças, no modo de falar e nos artesanatos.

Museus e teatros

Museu Histórico de Mato Grosso
  • Museu do Morro da Caixa D'Água
  • Museu da Imagem e do Som
  • Museu do Rio Cuiabá e Aquário Municipal
  • Museu da Educação
  • Museu de História Natural Casa Dom Aquino
  • Museu de Arte Sacra de Cuiabá
  • Museu da História do Mato Grosso
  • Museu Marechal Rondon
  • Museu Couto Magalhães
  • Museu das Pedras
  • Museu de Antropologia Mato-grossense
  • Museu do Índio
  • Museu do Coxipó
  • Museu do Ouro
  • Museu Barão de Melgaço
  • Museu do Pantanal
  • Cine Teatro Cuiabá e Museu do Cinema
  • Teatro do Sesc Arsenal
  • Teatro da UFMT
  • Anfiteatro do Liceu Cuiabano
  • Anfiteatro da EE Pres. Médici

Culinária

Vendedor de pequi, nas ruas de Cuiabá

A base da culinária local são os peixes, pescados nos rios da região (pacu, pintado, caxara, dourado e outros) e consumidos de várias maneiras, acompanhados de farinha de mandioca, abóbora e banana, em pratos como a Maria Isabel, a farofa de banana e o pirão. Um dos principais pratos típicos é a mujica, prato à base de peixe. A culinária cuiabana assim como a brasileira, tem suas raízes nas cozinhas indígenas, portuguesa, espanhola e africana.

Frutos, como o pequi, são adicionados a pratos a base de arroz e frango, a mandioca, a manga e o caju, o charque, peixes frescos ou secos. Pacu assado, piraputanga na brasa, mojica de pintado, arroz com pacu seco, moqueca cuiabana, caldo de piranha, ventrecha de pacu frita, dourado ou piraputanga na folha de bananeira e caldeirada de bagre, são pratos nascidos nas barrancas do rio Cuiabá e nas baias do Pantanal.

A "maria isabel" é o combinado de arroz e charque, popularmente conhecido também como arroz carreteiro, prato exclusivo da culinária local, a paçoca de pilão feita com carne de charque e farinha de mandioca temperada, o furrundum, doce preparado com mamão verde, rapadura e canela, o pixé elaborado com milho torrado e socado com canela e açúcar, o bolo de arroz cuiabano, o francisquito, os doces de caju e manga, o licor de pequi e o guaraná de ralar.

Esportes

Cuiabá foi anunciada como sede da Copa do Mundo FIFA 2014, em 31 de Maio de 2009, representando o Pantanal. As obras da Arena Pantanal começaram em Abril de 2010. Em 2011 começaram as obras de mobilidade urbana, dentre elas a da duplicação da Ponte Mário Andreazza, em 2012 o município consegue aprovar o Modal de Transporte Urbano, a cidade implantará metrô de superficíe, modelo VLT (Veículo Leve sobre trilhos) estimado em mais de 1 bilhão de reais. Cuiabá recebeu quatro jogos, todos da fase de grupos.

A cidade também é sede de diversos clubes, como o Operário, Mixto (máximo campeão do Campeonato mato-grossense de futebol), e o Cuiabá, que representa o Mato Grosso na Série A do Brasileirão.

Carnaval

Entre as principais agremiações carnavalescas de Cuiabá, estão a escola de samba Imperatriz da Portuária e bloco carnavalesco Banana da Terra.[34] Além disso, foi enredo da Mangueira no carnaval 2013.[35]

Música

Ver também

Referências

  1. Atlas Geográfico do Brasil. «Capitais dos estados». Consultado em 1 de janeiro de 2011. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2017 
  2. Enciclopédia dos Municípios Brasileiros (2007). «Cuiabá - Histórico» (PDF). Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 27 de setembro de 2013. Cópia arquivada (PDF) em 30 de outubro de 2017 
  3. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (15 de janeiro de 2013). «Áreas dos Municípios». Consultado em 30 de outubro de 2017. Cópia arquivada em 30 de outubro de 2017 
  4. Embrapa Monitoramento por Satélite. «Urbanização das cidades brasileiras». Consultado em 30 de julho de 2008. Cópia arquivada em 2 de outubro de 2013 
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Bibliografia

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