𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Língua portuguesa: mudanças entre as edições

imported>Chronus
imported>Hallel
(rv. os problemas persistem)
 
(76 revisões intermediárias por 21 usuários não estão sendo mostradas)
Linha 51: Linha 51:
{{legenda|#FFFF40|[[Crioulo de base portuguesa]]}}
{{legenda|#FFFF40|[[Crioulo de base portuguesa]]}}
}}
}}
A '''língua portuguesa''', também designada '''português''', é uma [[Línguas românicas|língua românica]] [[Língua flexiva|flexiva]] ocidental originada no [[Língua galego-portuguesa|galego-português]] falado no [[Reino da Galiza]] e no [[Região do Norte|norte de Portugal]]. Com a criação do [[Reino de Portugal]] em 1139 e a expansão para o sul na sequência da [[Reconquista]], deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as [[Descobrimentos portugueses|descobertas portuguesas]], para o [[Brasil]], [[África]] e outras partes do mundo.<ref>{{citar livro|último = Vázquez Cuesta |primeiro = Pilar |último2 = Mendes da Luz |primeiro2 = Albertina |título= Gramática da língua portuguesa |publicado= Edições 70 |local= Lisboa |ano= 1989 |página= 180 | isbn = }}</ref> O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.<ref>{{Citar web |url=http://www.colonialvoyage.com/pt/asia/lingua/heranca.html# |titulo=Marco Ramerini, A Herança da Língua Portuguesa no Oriente (Ásia) |acessodata=17 de maio de 2012 |arquivourl=https://archive.is/20120729041842/http://www.colonialvoyage.com/pt/asia/lingua/heranca.html# |arquivodata=29 de julho de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>
A '''língua portuguesa''', também designada '''português''', é uma [[Línguas indo-europeias|língua indo-europeia]] [[Línguas românicas|românica]] [[Língua flexiva|flexiva]] ocidental originada no [[Língua galego-portuguesa|galego-português]] falado no [[Reino da Galiza]] e no [[Região do Norte|norte de Portugal]]. Com a criação do [[Reino de Portugal]] em 1139 e a expansão para o sul na sequência da [[Reconquista]], deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as [[Descobrimentos portugueses|descobertas portuguesas]], para o [[Brasil]], [[África]] e outras partes do mundo.<ref>{{citar livro|último = Vázquez Cuesta |primeiro = Pilar |último2 = Mendes da Luz |primeiro2 = Albertina |título= Gramática da língua portuguesa |publicado= Edições 70 |local= Lisboa |ano= 1989 |página= 180 | isbn = }}</ref> O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.<ref>{{Citar web |url=http://www.colonialvoyage.com/pt/asia/lingua/heranca.html# |titulo=Marco Ramerini, A Herança da Língua Portuguesa no Oriente (Ásia) |acessodata=17 de maio de 2012 |arquivourl=https://archive.is/20120729041842/http://www.colonialvoyage.com/pt/asia/lingua/heranca.html# |arquivodata=29 de julho de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>


Durante a [[Era dos Descobrimentos]], marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o [[Império Português]] e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. [[Brasil]] e [[Portugal]] são os dois únicos [[país]]es cuja língua primária é o português. É [[língua oficial]] em antigas colônias portuguesas, nomeadamente, [[Moçambique]], [[Angola]], [[Cabo Verde]], [[Guiné Equatorial]],<ref>{{Citar web |url=http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=10390803&canal=401# |titulo=Guiné-Equatorial anuncia o português como língua oficial do país |acessodata=22 de novembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120112091918/http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=10390803&canal=401# |arquivodata=12 de janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web |url=https://tvi24.iol.pt/portal-iol/guine-equatorial-guine-equatorial-portugues-cplp-africa-tvi24/1179059-5281.html |titulo=TVI24 |acessodata=2021-02-17 |website=tvi24.iol.pt |lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://joaojorgereis.blogspot.com/2011/10/portugues-entre-as-linguas-oficiais-de.html# |titulo=Português entre as línguas oficiais de Guiné Equatorial |acessodata=22 de novembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120103124937/http://joaojorgereis.blogspot.com/2011/10/portugues-entre-as-linguas-oficiais-de.html# |arquivodata=3 de janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref> [[Guiné-Bissau]] e [[São Tomé e Príncipe]], todas na [[África]].<ref name="CPLP">{{citar web|url=https://www.cplp.org/id-2597.aspx|acessodata=7 de fevereiro de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=|título=Estados-membros da CPLP}}</ref> Além disso, por razões históricas, falantes do português, ou de [[Crioulos de base portuguesa|crioulos portugueses]], são encontrados também em [[Macau]] ([[China]]), [[Timor-Leste]], em [[Damão e Diu]] e no estado de [[Goa]] ([[Índia]]), [[Malaca]] ([[Malásia]]), em enclaves na ilha das [[Flores (Indonésia)|Flores]] ([[Indonésia]]), [[Baticaloa]] no ([[Sri Lanka]]) e nas [[ilhas ABC]] no [[Caribe]].<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/place/Sri-Lanka |titulo=Sri Lanka - The Portuguese in Sri Lanka (1505–1658) |acessodata=2021-02-17 |website=Encyclopædia Britannica |lingua=en}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Michael Swan, Bernard Smith|título=Learner English: a Teacher's Guide to Interference and Other Problems|seção=Portuguese Speakers|lingua=Inglês|editora=Cambridge University Press|ano=2001|páginas=378|id=}}</ref>
Durante a [[Era dos Descobrimentos]], marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o [[Império Português]] e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. [[Brasil]] e [[Portugal]] são os dois únicos [[país]]es cuja língua primária é o português. É [[língua oficial]] em antigas colônias portuguesas, nomeadamente, [[Moçambique]], [[Angola]], [[Cabo Verde]], [[Guiné Equatorial]],<ref>{{Citar web |url=http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=10390803&canal=401# |titulo=Guiné-Equatorial anuncia o português como língua oficial do país |acessodata=22 de novembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120112091918/http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=10390803&canal=401# |arquivodata=12 de janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web |url=https://tvi24.iol.pt/portal-iol/guine-equatorial-guine-equatorial-portugues-cplp-africa-tvi24/1179059-5281.html |titulo=TVI24 |acessodata=2021-02-17 |website=tvi24.iol.pt |lingua=pt}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://joaojorgereis.blogspot.com/2011/10/portugues-entre-as-linguas-oficiais-de.html# |titulo=Português entre as línguas oficiais de Guiné Equatorial |acessodata=22 de novembro de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120103124937/http://joaojorgereis.blogspot.com/2011/10/portugues-entre-as-linguas-oficiais-de.html# |arquivodata=3 de janeiro de 2012 |urlmorta=yes }}</ref> [[Guiné-Bissau]] e [[São Tomé e Príncipe]], todas na [[África]].<ref name="CPLP">{{citar web|url=https://www.cplp.org/id-2597.aspx|acessodata=7 de fevereiro de 2017|publicado=|ultimo=|primeiro=|título=Estados-membros da CPLP}}</ref> Além disso, por razões históricas, falantes do português, ou de [[Crioulos de base portuguesa|crioulos portugueses]], são encontrados também em [[Macau]] ([[China]]), [[Timor-Leste]], em [[Damão e Diu]] e no estado de [[Goa]] ([[Índia]]), [[Malaca]] ([[Malásia]]), em enclaves na ilha das [[Flores (Indonésia)|Flores]] ([[Indonésia]]), [[Baticaloa]] no ([[Sri Lanka]]) e nas [[ilhas ABC]] no [[Caribe]].<ref>{{Citar web |url=https://www.britannica.com/place/Sri-Lanka |titulo=Sri Lanka - The Portuguese in Sri Lanka (1505–1658) |acessodata=2021-02-17 |website=Encyclopædia Britannica |lingua=en}}</ref><ref>{{citar livro|autor=Michael Swan, Bernard Smith|título=Learner English: a Teacher's Guide to Interference and Other Problems|seção=Portuguese Speakers|lingua=Inglês|editora=Cambridge University Press|ano=2001|páginas=378|id=}}</ref>
Linha 65: Linha 65:
{{Artigo principal|História da língua portuguesa}}
{{Artigo principal|História da língua portuguesa}}


=== Origem ===
=== Origens e período romano ===
{{VT|Língua galego-portuguesa}}
{{AP|Língua lusitana|Conquista romana da Península Ibérica|Roma antiga|Latim vulgar|Línguas ibero-românicas|Queda do Império Romano do Ocidente|Invasões bárbaras}}
[[Imagem:Linguistic map Southwestern Europe.gif|thumb|[[Mapa]] [[cronologia|cronológico]] mostrando o desenvolvimento das línguas do sudoeste da [[Europa]] entre as quais o português.]]
[[Imagem:Geira Milha XXIX caminho.jpg|esquerda|thumb|Inscrição em [[latim]] em um [[marco miliário]] da [[Via Nova]], [[estrada romana]] que ligava [[Bracara Augusta]] (atual [[Braga]]) a Asturica (atual [[Astorga (Espanha)|Astorga]])]]


O português teve origem no que é hoje a [[Galiza]] e o [[norte de Portugal]], derivada do [[latim vulgar]] que foi introduzido no oeste da [[Península Ibérica]] há cerca de dois mil anos. Tem um [[Estrato (linguística)|substrato]] [[Línguas celtas|céltico]]-[[Língua lusitana|lusitano]],<ref>{{Citar web |url=https://www.csarmento.uminho.pt/page-not-found/ |titulo=csarmento.uminho.pt |acessodata=2021-02-17 |website=Casa de Sarmento |lingua=pt-pt}}</ref> resultante da língua nativa dos [[povos ibéricos pré-romanos]] que habitavam a parte ocidental da Península ([[Galaicos]], [[Lusitanos]], [[Célticos]] e [[Cónios]]). Surgiu no noroeste da [[Península Ibérica]] e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga [[Lusitânia]] e da [[Bética]] romana. O romance [[galaico-português]] nasce do [[latim]] falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contato com o [[latim vulgar]] fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialetos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras [[línguas ibéricas]] através do contato das diferentes línguas nativas locais com o [[latim vulgar]], o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano.<ref>{{Citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/origens_lex_port.pdf |título=Origens e estruturação histórica do léxico português" (1976) |autor= |obra= |data=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://assets.cambridge.org/97805218/17714/sample/9780521817714ws.pdf |título=Bilinguism and the Latin language, J.N. Adams.Cambridge University Press |língua=inglês |autor= |obra= |data=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://ling.cornell.edu/people/Weiss/CGL_34_Language_Contact_5.pdf |título=Comparative Grammar of Latin 34 |língua=inglês |autor= |obra= |data=}}</ref>  
O português teve origem no que é hoje a [[Galiza]] e o [[norte de Portugal]], derivada do [[latim vulgar]] que foi introduzido no oeste da [[Península Ibérica]] há cerca de dois mil anos. Tem um [[Estrato (linguística)|substrato]] [[Línguas celtas|céltico]]-[[Língua lusitana|lusitano]],<ref>{{Citar web |url=https://www.csarmento.uminho.pt/page-not-found/ |titulo=csarmento.uminho.pt |acessodata=2021-02-17 |website=Casa de Sarmento |lingua=pt-pt}}</ref> resultante da língua nativa dos [[povos ibéricos pré-romanos]] que habitavam a parte ocidental da Península ([[Galaicos]], [[Lusitanos]], [[Célticos]] e [[Cónios]]). Surgiu no noroeste da [[Península Ibérica]] e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga [[Lusitânia]] e da [[Bética]] romana. O romance [[galaico-português]] nasce do [[latim]] falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contato com o [[latim vulgar]] fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialetos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras [[línguas ibéricas]] através do contato das diferentes línguas nativas locais com o [[latim vulgar]], o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano.<ref>{{Citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/origens_lex_port.pdf |título=Origens e estruturação histórica do léxico português" (1976) |autor= |obra= |data=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://assets.cambridge.org/97805218/17714/sample/9780521817714ws.pdf |título=Bilinguism and the Latin language, J.N. Adams.Cambridge University Press |língua=inglês |autor= |obra= |data=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://ling.cornell.edu/people/Weiss/CGL_34_Language_Contact_5.pdf |título=Comparative Grammar of Latin 34 |língua=inglês |autor= |obra= |data=}}</ref>
[[Imagem:Linguistic map Southwestern Europe.gif|thumb|esquerda|[[Mapa]] [[cronologia|cronológico]] mostrando o desenvolvimento das línguas do sudoeste da [[Europa]] entre as quais o português.]]


=== Queda de Roma ===
A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras [[línguas românicas]] depois da queda do [[Império Romano]], durante a época das invasões bárbaras no {{séc|V}} quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo {{séc|IX}}, e no {{séc|XV}} tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica. Chegando à [[Península Ibérica]] em {{AC|218|nl}}, os romanos trouxeram com eles o [[latim vulgar]], de que todas as [[línguas românicas]] (também conhecidas como "línguas novilatinas" ou "neolatinas") descendem. Só no fim do {{AC|século I|nl}} os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os [[cónios]] e os [[celtas]], começam o seu processo de [[romanização]]. As [[línguas paleo-ibéricas]], como a [[língua lusitana]] ou a [[Escrita do sudoeste|sul-lusitana]] são substituídas pelo latim.<ref>{{Citar web |url=http://www.arkeotavira.com/Mapas/Iberia/Populi.htm |título=Povos pré-romanos da Península Ibérica, ''Arkeotavira''}}</ref>
{{AP|Queda do Império Romano do Ocidente|Invasões bárbaras}}
[[Imagem:Inscripción de Arronches (16939767606).jpg|thumb|esquerda|Laje votiva em [[língua lusitana]] proveniente do Monte do Coelho, em [[Arronches]], [[Portugal]], escrita no século I a.C. ou II a.C.]]
A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras [[línguas românicas]] depois da queda do [[Império Romano]], durante a época das invasões bárbaras no {{séc|V}} quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo {{séc|IX}}, e no {{séc|XV}} tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica. Chegando à [[Península Ibérica]] em {{AC|218|nl}}, os romanos trouxeram com eles o [[latim vulgar]], de que todas as [[línguas românicas]] (também conhecidas como "línguas novilatinas" ou "neolatinas") descendem. Só no fim do {{AC|século I|nl}} os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os [[cónios]] e os [[celtas]], começam o seu processo de [[romanização]]. As [[línguas paleo-ibéricas]], como a [[língua lusitana]] ou a [[Escrita do sudoeste|sul-lusitana]] são substituídas pelo latim.<ref>{{Citar web |url=http://www.arkeotavira.com/Mapas/Iberia/Populi.htm |título=Povos pré-romanos da Península Ibérica, ''Arkeotavira''}}</ref>  


A partir de {{DC|409|nl}},<ref>{{Citar web |url=http://flaez.ch/hermannus/chronicon.html |título=Hermanni Contracti Chronicon |acessodata=24 de junho de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140601132357/http://flaez.ch/hermannus/chronicon.html# |arquivodata=1 de junho de 2014 |urlmorta=yes }}</ref> enquanto o [[Império Romano]] entrava em colapso, a Península Ibérica era invadida por povos de origem [[Povos germânicos|germânica]] e [[Povos iranianos|iraniana]] ou [[Povos eslavos|eslava]]<ref>Kottzebue, "[http://cvc.cervantes.es/obref/aih/pdf/04/aih_04_2_008.pdf Mas huella eslavas en espana]"</ref> ([[suevos]], [[vândalos]], [[búrios]], [[alanos]], [[visigodos]]), conhecidos pelos romanos como [[bárbaros]] que receberam terras como [[federados (Roma Antiga)|federados]]. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da Península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na [[Idade Média]] e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular continuou a evoluir de forma diferenciada levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou [[Língua galego-portuguesa|proto-galego-português]]).  
A partir de {{DC|409|nl}}, enquanto o [[Império Romano]] entrava em colapso, a Península Ibérica era invadida por povos de origem [[Povos germânicos|germânica]] e [[Povos iranianos|iraniana]] ou [[Povos eslavos|eslava]]<ref>Kottzebue, "[http://cvc.cervantes.es/obref/aih/pdf/04/aih_04_2_008.pdf Mas huella eslavas en espana]"</ref> ([[suevos]], [[vândalos]], [[búrios]], [[alanos]], [[visigodos]]), conhecidos pelos romanos como [[bárbaros]] que receberam terras como [[federados (Roma Antiga)|federados]]. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da Península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na [[Idade Média]] e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular continuou a evoluir de forma diferenciada levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou [[Língua galego-portuguesa|proto-galego-português]]).<ref>{{Citar web |url=http://flaez.ch/hermannus/chronicon.html |título=Hermanni Contracti Chronicon |acessodata=24 de junho de 2008 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140601132357/http://flaez.ch/hermannus/chronicon.html# |arquivodata=1 de junho de 2014 |urlmorta=yes }}</ref>


=== Reconquista ===
=== Influência árabe, Reconquista e Império Português ===
[[Imagem:Cancioneiro da Ajuda 093 8.jpg|thumb|upright|''[[Cancioneiro da Ajuda]]'', coleção de poesias escritas em [[galego-português]] datada do final do [[século XIII]], influenciadas pela [[Língua occitana|lírica occitana]]]]
[[Imagem:Cancioneiro da Ajuda 093 8.jpg|thumb|upright|''[[Cancioneiro da Ajuda]]'', coleção de poesias escritas em [[galego-português]] datada do final do [[século XIII]], influenciadas pela [[Língua occitana|lírica occitana]]]]
{{AP|Invasão muçulmana da Península Ibérica|Reconquista}}
{{AP|Língua galego-portuguesa|Invasão muçulmana da Península Ibérica|Reconquista|Império Português}}
Desde 711, com a invasão islâmica da Península, que também introduziu um pequeno contingente de [[saqaliba]]s, o [[língua árabe|árabe]] tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o [[Língua moçárabe|moçárabe]] nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os [[mouro]]s foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no [[Lista de palavras portuguesas de origem árabe|léxico]], com a introdução de cerca oitocentas palavras através do [[moçárabe]]-lusitano.<ref>{{citar web |url=https://revistas.ufpr.br/letras/article/viewFile/20035/13217&usg=AOvVaw3lmEAfdhyLnO_GvEplbfbC |tiutlo=o romanço moçarâbico lusitano|autor=R. F. Mansur Guérios |acessodata=25 de setembro de 2021 |editor=[[UFPR]]}}</ref>
Desde 711, com a invasão islâmica da Península, que também introduziu um pequeno contingente de [[saqaliba]]s, o [[língua árabe|árabe]] tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o [[Língua moçárabe|moçárabe]] nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os [[mouro]]s foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no [[Lista de palavras portuguesas de origem árabe|léxico]], com a introdução de cerca oitocentas palavras através do [[moçárabe]]-lusitano.<ref>{{citar web |url=https://revistas.ufpr.br/letras/article/viewFile/20035/13217&usg=AOvVaw3lmEAfdhyLnO_GvEplbfbC |titulo=o romanço moçarâbico lusitano|autor=R. F. Mansur Guérios |acessodata=25 de setembro de 2021 |editor=[[UFPR]]}}</ref>


Em 1297, com a conclusão da reconquista, o rei [[Dinis I de Portugal|D. Dinis I]] prossegue políticas em matéria de legislação e centralização do poder, adoptando o português como [[língua oficial]] em Portugal. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando [[Portugal]] estabeleceu um [[Império português|império colonial e comercial]] ([[1415]]-[[1999]]) que se estendeu do [[Brasil]], na [[América]], a [[Goa]], na [[Ásia]] ([[Índia]], [[Macau]] na [[República Popular da China|China]] e [[Timor-Leste]]). Foi utilizada como [[língua franca]] exclusiva na ilha do [[Sri Lanka]] por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas [[Crioulos de base portuguesa|línguas crioulas baseadas no português]] também apareceram em todo o mundo, especialmente na [[África]], na [[Ásia]] e no [[Caribe]].<ref>{{Cite thesis |last=Madeira |first=Sandra Luísa Rodrigues |title=Towards an Annotated Bibliography of Restructured Portuguese in Africa |date=2008 |degree=Master's |publisher=Universidade de Coimbra |url=http://biblioteca.esec.pt/cdi/ebooks/docentes/S_Madeira/Tese%20Mestrado.pdf |language=en}}</ref><ref name="papia">{{Cite journal |last=Jacobs |first=Bart |date=2009 |title=The Upper Guinea Origins of Papiamentu: Linguistic and Historical Evidence |url=http://portaldoconhecimento.gov.cv/bitstream/10961/207/1/Upper%20Guinea%20Origins%20of%20Papiamentu.pdf |journal=Diachronica |language=en |volume=26 |issue=3 |pages=319–379 |doi=10.1075/dia.26.3.02jac |issn=0176-4225 |hdl=10961/207}}</ref>
Em 1297, com a conclusão da reconquista, o rei [[Dinis I de Portugal|D. Dinis I]] prossegue políticas em matéria de legislação e centralização do poder, adoptando o português como [[língua oficial]] em Portugal. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando [[Portugal]] estabeleceu um [[Império português|império colonial e comercial]] ([[1415]]-[[1999]]) que se estendeu do [[Brasil]], na [[América]], a [[Goa]], na [[Ásia]] ([[Índia]], [[Macau]] na [[República Popular da China|China]] e [[Timor-Leste]]). Foi utilizada como [[língua franca]] exclusiva na ilha do [[Sri Lanka]] por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas [[Crioulos de base portuguesa|línguas crioulas baseadas no português]] também apareceram em todo o mundo, especialmente na [[África]], na [[Ásia]] e no [[Caribe]].<ref>{{citar tese|último=Madeira |primeiro=Sandra Luísa Rodrigues |título=Towards an Annotated Bibliography of Restructured Portuguese in Africa |data=2008 |grau=Master's |publicado=Universidade de Coimbra |url=http://biblioteca.esec.pt/cdi/ebooks/docentes/S_Madeira/Tese%20Mestrado.pdf |língua=en}}</ref><ref name="papia">{{citar periódico|último=Jacobs |primeiro=Bart |data=2009 |título=The Upper Guinea Origins of Papiamentu: Linguistic and Historical Evidence |url=http://portaldoconhecimento.gov.cv/bitstream/10961/207/1/Upper%20Guinea%20Origins%20of%20Papiamentu.pdf |periódico=Diachronica |língua=en |volume=26 |número=3 |páginas=319–379 |doi=10.1075/dia.26.3.02jac |issn=0176-4225 |hdl=10961/207}}</ref>


== Distribuição geográfica ==
== Distribuição geográfica ==
Linha 111: Linha 109:
O português é a língua da maioria da população de [[Portugal]],<ref name="Special Eurobarometer 243">{{citar web|url=http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf |título=Special Eurobarometer 243 "Europeans and their Languages"|ano=2006|página=6|publicado= Comissão Europeia|acessodata=11/05/2011}} {{en}}</ref> [[Brasil]],<ref>[http://countrystudies.us/brazil/39.htm Portuguese language in Brazil] {{en}}</ref> [[São Tomé e Príncipe]] (98,4%)<ref>{{citar web|língua=en | url = https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/tp.html | título = Sao Tome and Principe in CIA World Factbook | publicado = CIA | acessodata = 16 de dezembro de 2016}}</ref> e, de acordo com o [[Censo demográfico|censo]] de 2014, é a língua habitual de 71,15% da população de [[Angola]],<ref>{{citar web| url = http://observalinguaportuguesa.org/angola-portugues-e-falado-por-7115-de-angolanos/ | título = Angola: português é falado por 71,15% de angolanos | publicado = Observatório da Língua Portuguesa | acessodata = 16 de dezembro de 2016}}</ref> entretanto, cerca de 85% dos angolanos são capazes de falar português, segundo o [[Instituto Nacional de Estatística (Angola)|Instituto Nacional de Estatística]].<ref>{{citar web|url = http://www.africa21online.com/artigo.php?a=10578&e=Política | título = Angola vai avaliar nível de aprendizagem das línguas nacionais | publicado = África 21 online | acessodata = 23 de julho de 2015}}</ref> Apesar de apenas 10,7% da população de [[Moçambique]] ser de falantes nativos do português, o idioma é falado por cerca de 50,4% dos moçambicanos, de acordo com o censo de 2007.<ref>{{citar web| url = http://www.catedraportugues.uem.mz/lib/docs/lusofonia_em_mocambique.pdf | título = Lusofonia em Moçambique | publicado = | acessodata = 30 de maio de 2016}}</ref> A língua também é falada por cerca de 15% da população da [[Guiné-Bissau]],<ref>{{citar web| url = http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.4.c.php | título = A língua portuguesa: Guiné-Bissau | publicado = | acessodata = 11 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web| url = https://www.infoescola.com/linguistica/portugues-na-africa/ | título = Português na África | publicado = Info Escola | acessodata = 2 de março de 2018}}</ref> e por cerca de 25% da população de [[Timor-Leste]].<ref>{{citar web| url = http://www.jndiario.com/opiniaun/lingua-portuguesa-em-timor-leste-o-dilema-entre-a-memoria-e-o-problema-da-identidade/ | título = língua portuguesa em timor leste, o dilema entre a memória e o problema da identidade | publicado = Jornal Nacional Diário | acessodata = 18 de dezembro de 2016}}</ref> Não existem dados disponíveis relativos a [[Cabo Verde]], mas quase toda a população é bilíngue, sendo os cabo-verdianos monolíngues falantes do [[crioulo cabo-verdiano]]. Em [[Macau]], apenas 0,7% da população usa o português como língua nativa e cerca de 4% dos macaenses falam esse idioma.<ref>{{citar web | url = http://www.parabolaeditorial.com.br/blog/entry/portugues-como-segunda-lingua-tema-de-conferencia-em-macau.html | título = Português como segunda língua, tema de conferência em Macau | publicado = Parábola Editorial | acessodata = 17 de dezembro de 2016 |datali=janeiro de 2019}}</ref><ref>{{citar web| url = http://lang-8.com/802077/journals/299034244643170936515806260948944847918 | título = Português como língua oficial em Macau: ensino, aprendizagem e empregabilidade (introdução) | publicado = Lang-8 | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref>
O português é a língua da maioria da população de [[Portugal]],<ref name="Special Eurobarometer 243">{{citar web|url=http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/ebs/ebs_243_en.pdf |título=Special Eurobarometer 243 "Europeans and their Languages"|ano=2006|página=6|publicado= Comissão Europeia|acessodata=11/05/2011}} {{en}}</ref> [[Brasil]],<ref>[http://countrystudies.us/brazil/39.htm Portuguese language in Brazil] {{en}}</ref> [[São Tomé e Príncipe]] (98,4%)<ref>{{citar web|língua=en | url = https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/tp.html | título = Sao Tome and Principe in CIA World Factbook | publicado = CIA | acessodata = 16 de dezembro de 2016}}</ref> e, de acordo com o [[Censo demográfico|censo]] de 2014, é a língua habitual de 71,15% da população de [[Angola]],<ref>{{citar web| url = http://observalinguaportuguesa.org/angola-portugues-e-falado-por-7115-de-angolanos/ | título = Angola: português é falado por 71,15% de angolanos | publicado = Observatório da Língua Portuguesa | acessodata = 16 de dezembro de 2016}}</ref> entretanto, cerca de 85% dos angolanos são capazes de falar português, segundo o [[Instituto Nacional de Estatística (Angola)|Instituto Nacional de Estatística]].<ref>{{citar web|url = http://www.africa21online.com/artigo.php?a=10578&e=Política | título = Angola vai avaliar nível de aprendizagem das línguas nacionais | publicado = África 21 online | acessodata = 23 de julho de 2015}}</ref> Apesar de apenas 10,7% da população de [[Moçambique]] ser de falantes nativos do português, o idioma é falado por cerca de 50,4% dos moçambicanos, de acordo com o censo de 2007.<ref>{{citar web| url = http://www.catedraportugues.uem.mz/lib/docs/lusofonia_em_mocambique.pdf | título = Lusofonia em Moçambique | publicado = | acessodata = 30 de maio de 2016}}</ref> A língua também é falada por cerca de 15% da população da [[Guiné-Bissau]],<ref>{{citar web| url = http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.4.c.php | título = A língua portuguesa: Guiné-Bissau | publicado = | acessodata = 11 de março de 2015}}</ref><ref>{{citar web| url = https://www.infoescola.com/linguistica/portugues-na-africa/ | título = Português na África | publicado = Info Escola | acessodata = 2 de março de 2018}}</ref> e por cerca de 25% da população de [[Timor-Leste]].<ref>{{citar web| url = http://www.jndiario.com/opiniaun/lingua-portuguesa-em-timor-leste-o-dilema-entre-a-memoria-e-o-problema-da-identidade/ | título = língua portuguesa em timor leste, o dilema entre a memória e o problema da identidade | publicado = Jornal Nacional Diário | acessodata = 18 de dezembro de 2016}}</ref> Não existem dados disponíveis relativos a [[Cabo Verde]], mas quase toda a população é bilíngue, sendo os cabo-verdianos monolíngues falantes do [[crioulo cabo-verdiano]]. Em [[Macau]], apenas 0,7% da população usa o português como língua nativa e cerca de 4% dos macaenses falam esse idioma.<ref>{{citar web | url = http://www.parabolaeditorial.com.br/blog/entry/portugues-como-segunda-lingua-tema-de-conferencia-em-macau.html | título = Português como segunda língua, tema de conferência em Macau | publicado = Parábola Editorial | acessodata = 17 de dezembro de 2016 |datali=janeiro de 2019}}</ref><ref>{{citar web| url = http://lang-8.com/802077/journals/299034244643170936515806260948944847918 | título = Português como língua oficial em Macau: ensino, aprendizagem e empregabilidade (introdução) | publicado = Lang-8 | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref>


A [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]] (sigla CPLP) consiste em nove [[país]]es independentes que têm o português como [[língua oficial]]: [[Angola]], [[Brasil]], [[Cabo Verde]], [[Timor-Leste]], [[Guiné-Bissau]], [[Guiné Equatorial]], [[Moçambique]], [[Portugal]] e [[São Tomé e Príncipe]].<ref name="CPLP"/> A [[Guiné Equatorial]] fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010, o que somente é concedido a países que têm o português como idioma oficial.<ref>[http://www.guineaecuatorialpress.com/noticia.php?id=703 El portugués será el tercer idioma oficial de la República de Guinea Ecuatorial - Página Oficial del Gobierno de la República de Guinea Ecuatorial]</ref><ref>[http://www.guineaecuatorialpress.com/imgdb/2010/20-7-2010Decretosobreelportuguescomoidiomaoficial.pdf Decreto sobre el portugues como idioma oficial - Página Oficial del Gobierno de la República de Guinea Ecuatorial]</ref><ref>[http://www.guineaecuatorialpress.com/noticia.php?id=712 El Presidente Obiang asiste a la Cumbre de la CPLP - Página Oficial del Gobierno de la República de Guinea Ecuatorial]</ref> Em 2011, o português foi incluído como sua terceira língua oficial (ao lado do [[Língua espanhola|espanhol]] e do [[Língua francesa|francês]])<ref>{{Citar web|url=http://www.prnewswire.com/news-releases/equatorial-guinea-adds-portuguese-as-the-countrys-third-official-language-131882808.html|titulo=Equatorial Guinea Adds Portuguese as the Country's Third Official Language|data=|acessodata=2017-02-07|obra=|publicado=PR Newswire|ultimo=|primeiro=|lingua=en}}</ref> e, em julho de 2014, o país foi aceito como membro da CPLP.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|titulo=Guiné Equatorial já é membro de pleno direito da CPLP|jornal=Jornal Expresso|doi=|url=http://expresso.sapo.pt/internacional/guine-equatorial-ja-e-membro-de-pleno-direito-da-cplp=f882648#ixzz38JrfSml5|acessodata=7 de fevereiro de 2017|idioma=}}</ref>
A [[Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]] (sigla CPLP) consiste em nove [[país]]es independentes que têm o português como [[língua oficial]]: [[Angola]], [[Brasil]], [[Cabo Verde]], [[Timor-Leste]], [[Guiné-Bissau]], [[Guiné Equatorial]], [[Moçambique]], [[Portugal]] e [[São Tomé e Príncipe]].<ref name="CPLP"/> A [[Guiné Equatorial]] fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010, o que somente é concedido a países que têm o português como idioma oficial.<ref>{{citar web |url=https://www.cplp.org/id-4447.aspx?Action=1&NewsId=1635&currentPage=97&M=NewsV2&PID=10872 |titulo=Missão da CPLP à Guiné Equatorial|data=3 de maio de 2011|acessodata=7 de março de 2022|editor=[[CPLP]]}}</ref> Em 2011, o português foi incluído como sua terceira língua oficial (ao lado do [[Língua espanhola|espanhol]] e do [[Língua francesa|francês]]) e, em julho de 2014, o país foi aceito como membro da CPLP.<ref>{{Citar periódico|ultimo=|primeiro=|titulo=Guiné Equatorial já é membro de pleno direito da CPLP|jornal=Jornal Expresso|doi=|url=http://expresso.sapo.pt/internacional/guine-equatorial-ja-e-membro-de-pleno-direito-da-cplp=f882648#ixzz38JrfSml5|acessodata=7 de fevereiro de 2017|idioma=|data=julho de 2014}}</ref><ref>{{citar web |url=https://brasil.elpais.com/brasil/2014/07/20/internacional/1405852956_098717.html|titulo=A Guiné Equatorial entra na Comunidade de Países de Língua Portuguesa|editor=[[El País]]|data=20 de julho de 2014|acessodata=7 de março de 2022}}</ref>


O português é também uma das línguas oficiais da [[região administrativa especial]] [[República Popular da China|chinesa]] de [[Macau]] (ao lado do [[Língua chinesa|chinês]]) e de várias [[organizações internacionais]] como o [[Mercosul]],<ref>{{Citar web |url=http://actrav.itcilo.org/actrav-english/telearn/global/ilo/blokit/mercopro.htm#Chapter%20VIII |titulo=Official languages of Mercosur as agreed in the ''Protocol of Ouro Preto''. |acessodata=2011-07-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110722053855/http://actrav.itcilo.org/actrav-english/telearn/global/ilo/blokit/mercopro.htm#Chapter%20VIII |arquivodata=2011-07-22 |urlmorta=yes }}</ref> a [[Organização dos Estados Ibero-Americanos]],<ref>{{Citar web |url=https://oei.int/oficinas/secretaria-general |titulo=OEI {{!}} Secretaría General |acessodata=2021-02-17 |website=Organización de Estados Iberoamericanos |lingua=es}}</ref> a [[União de Nações Sul-Americanas]],<ref>{{Citar web |url=http://www.pptunasur.com/downloads/tratado-constitutivo-UNASUR.pdf# |titulo=''Artículo 23'' para língua oficiais |acessodata=19 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111108203623/http://www.pptunasur.com/downloads/tratado-constitutivo-UNASUR.pdf# |arquivodata=8 de novembro de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> a [[Organização dos Estados Americanos]],<ref>Assembleia-geral da OEA, [http://www.oas.org/juridico/english/agres_1737_xxxo00.htm Alterações ao Regimento da Assembleia Geral], 5 de junho de 2000</ref> a [[União Africana]]<ref>{{Citar web |url=http://www.africa-union.org/root/au/Documents/Treaties/Text/Protocol%20on%20Amendments%20to%20the%20Constitutive%20Act.pdf# |titulo=Artigo 11, Protocolo de Emendas ao Ato Constitutivo da União Africana |acessodata=19 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131208183015/http://www.africa-union.org/root/au/Documents/Treaties/Text/Protocol%20on%20Amendments%20to%20the%20Constitutive%20Act.pdf# |arquivodata=8 de dezembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> e da [[União Europeia]].<ref>{{citar web|título=Languages in Europe – Official EU Languages|publicado=EUROPA web portal|url=http://ec.europa.eu/education/languages/languages-of-europe/doc135_en.htm|acessodata=12 de outubro de 2009}}</ref>
O português é também uma das línguas oficiais da [[região administrativa especial]] [[República Popular da China|chinesa]] de [[Macau]] (ao lado do [[Língua chinesa|chinês]]) e de várias [[organizações internacionais]] como o [[Mercosul]],<ref>{{Citar web |url=http://actrav.itcilo.org/actrav-english/telearn/global/ilo/blokit/mercopro.htm#Chapter%20VIII |titulo=Official languages of Mercosur as agreed in the ''Protocol of Ouro Preto''. |acessodata=2011-07-19 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110722053855/http://actrav.itcilo.org/actrav-english/telearn/global/ilo/blokit/mercopro.htm#Chapter%20VIII |arquivodata=2011-07-22 |urlmorta=yes }}</ref> a [[Organização dos Estados Ibero-Americanos]],<ref>{{Citar web |url=https://oei.int/oficinas/secretaria-general |titulo=OEI {{!}} Secretaría General |acessodata=2021-02-17 |website=Organización de Estados Iberoamericanos |lingua=es}}</ref> a [[União de Nações Sul-Americanas]],<ref>{{Citar web |url=http://www.pptunasur.com/downloads/tratado-constitutivo-UNASUR.pdf# |titulo=''Artículo 23'' para língua oficiais |acessodata=19 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111108203623/http://www.pptunasur.com/downloads/tratado-constitutivo-UNASUR.pdf# |arquivodata=8 de novembro de 2011 |urlmorta=yes }}</ref> a [[Organização dos Estados Americanos]],<ref>Assembleia-geral da OEA, [http://www.oas.org/juridico/english/agres_1737_xxxo00.htm Alterações ao Regimento da Assembleia Geral], 5 de junho de 2000</ref> a [[União Africana]]<ref>{{Citar web |url=http://www.africa-union.org/root/au/Documents/Treaties/Text/Protocol%20on%20Amendments%20to%20the%20Constitutive%20Act.pdf# |titulo=Artigo 11, Protocolo de Emendas ao Ato Constitutivo da União Africana |acessodata=19 de julho de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131208183015/http://www.africa-union.org/root/au/Documents/Treaties/Text/Protocol%20on%20Amendments%20to%20the%20Constitutive%20Act.pdf# |arquivodata=8 de dezembro de 2013 |urlmorta=yes }}</ref> e da [[União Europeia]].<ref>{{citar web|título=Languages in Europe – Official EU Languages|publicado=EUROPA web portal|url=http://ec.europa.eu/education/languages/languages-of-europe/doc135_en.htm|acessodata=12 de outubro de 2009}}</ref>
Linha 118: Linha 116:
Poderá acrescentar-se a esse número a imensa [[diáspora]] de cidadãos de nações lusófonas espalhada pelo mundo, estimando-se que ascenda aos 10 milhões (4,5 milhões de [[portugueses]], 3 milhões de [[brasileiros]], meio milhão de [[Cabo Verde|cabo-verdianos]], etc.) mas sobre a qual é difícil obter números reais oficiais, incluindo-se nisso a obtenção de dados porcentuais dessa diáspora que fala efetivamente a língua de [[Camões]], uma vez que uma porção significativa será de cidadãos de países lusófonos nascidos fora de território lusófono descendentes de imigrantes, os quais não necessariamente falam o português. É necessário ter-se igualmente em conta que boa parte das diásporas nacionais já se encontra contabilizada nas populações dos países lusófonos, como por exemplo o grande número de cidadãos emigrantes dos [[Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]] (PALOPs) e brasileiros em Portugal, ou o grande número de cidadãos emigrantes portugueses no Brasil e nos PALOPs.<ref>{{citar web |url=http://www.cchla.ufrn.br/cronos/pdf/8.1/d6.pdf |título=Discursos Pós-Coloniais sobre a Lusofonia: Comparando Agualusa e Saramago |autor=Eunice Cristina do N. C. Seixas |data=Junho de 2007 |editor=[[Universidade de Coimbra]] |acessodata=9 de junho de 2012 |datali=janeiro de 2019}}</ref>
Poderá acrescentar-se a esse número a imensa [[diáspora]] de cidadãos de nações lusófonas espalhada pelo mundo, estimando-se que ascenda aos 10 milhões (4,5 milhões de [[portugueses]], 3 milhões de [[brasileiros]], meio milhão de [[Cabo Verde|cabo-verdianos]], etc.) mas sobre a qual é difícil obter números reais oficiais, incluindo-se nisso a obtenção de dados porcentuais dessa diáspora que fala efetivamente a língua de [[Camões]], uma vez que uma porção significativa será de cidadãos de países lusófonos nascidos fora de território lusófono descendentes de imigrantes, os quais não necessariamente falam o português. É necessário ter-se igualmente em conta que boa parte das diásporas nacionais já se encontra contabilizada nas populações dos países lusófonos, como por exemplo o grande número de cidadãos emigrantes dos [[Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa]] (PALOPs) e brasileiros em Portugal, ou o grande número de cidadãos emigrantes portugueses no Brasil e nos PALOPs.<ref>{{citar web |url=http://www.cchla.ufrn.br/cronos/pdf/8.1/d6.pdf |título=Discursos Pós-Coloniais sobre a Lusofonia: Comparando Agualusa e Saramago |autor=Eunice Cristina do N. C. Seixas |data=Junho de 2007 |editor=[[Universidade de Coimbra]] |acessodata=9 de junho de 2012 |datali=janeiro de 2019}}</ref>


A língua portuguesa, segundo dados de 2021, está no cotidiano de quase 293 milhões de pessoas, distribuídos por nove países e uma [[região administrativa especial]]. Os países com maior população falante da língua portuguesa são o [[Brasil]] (212,56 milhões); [[Angola]] (32,87 milhões); [[Moçambique]] (31,26 milhões) e [[Portugal]] (10,2 milhões).
A língua portuguesa, segundo dados de 2021, está no cotidiano de quase 293 milhões de pessoas, distribuídos por nove países e uma [[região administrativa especial]]. Os países com maior população falante da língua portuguesa são o [[Brasil]] (212,56 milhões); [[Angola]] (32,87 milhões); [[Moçambique]] (31,26 milhões) e [[Portugal]] (10,2 milhões).<ref name="Lusofonia"/>
 
{{panorama|Map of the Portuguese language in the world (SVG).svg|700px|{{Collapsible list
|framestyle = border:none; padding:0;
|title = Idioma português no mundo
|liststyle  = text-align:left; display:none;
|1 = {{legenda|#001E60|Língua materna}}
|2 = {{legenda|#004F96|Língua oficial e administrativa}}
|3 = {{legenda|#0086D8|Língua cultural ou secundária}}
|4 = {{legenda|#00D9EF|Minorias lusófonas}}
|5 = {{legenda|#FFFF3E|[[Crioulo de base portuguesa]]}}}}
|...
}}
{{Países lusófonos}}
{{Países lusófonos}}
{| class="wikitable sortable"
{| class="wikitable sortable"
|+
|+
! País
! País
! População<br>(est. de julho de 2018)<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/335.html|title=The World Factbook – Field Listing – Population – CIA|access-date=2019-03-30|publisher=Central Intelligence Agency}}</ref>
! População<br>(est. de julho de 2018)<ref name="Lusofonia">{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/335.html|título=The World Factbook – Field Listing – Population – CIA|acessodata=2019-03-30|publicado=Central Intelligence Agency}}</ref>
! Mais informações
! Mais informações
! Língua<br>majoritária  
! Língua<br>majoritária
! Falado por  
! Falado por
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Brazil}} [[Brasil]] ||style="text-align:right;"| 208.846.892 || [[Português do Brasil]]||{{ya}}||Vast majority as a native language
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Brazil}} [[Brasil]] ||style="text-align:right;"| 208 846 892 || [[Português do Brasil]]||{{ya}}||Grande maioria como língua nativa
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Angola}} [[Angola]] ||  style="text-align:right;"|30.355.880 || [[Português de Angola]]||{{ya}}||Maioria como língua nativa; grande maioria como uma segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Angola}} [[Angola]] ||  style="text-align:right;"|30 355 880 || [[Português de Angola]]||{{ya}}||Maioria como língua nativa; grande maioria como uma segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Mozambique}} [[Moçambique]] || style="text-align:right;"|27.233.789 || [[Português de Moçambique]]||{{NãoOk}}||Minoria significativa como língua nativa; pequena maioria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Mozambique}} [[Moçambique]] || style="text-align:right;"|27 233 789 || [[Português de Moçambique]]||{{NãoOk}}||Minoria significativa como língua nativa; pequena maioria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Portugal}} [[Portugal]] || style="text-align:right;"|10.355.493 || [[Português de Portugal]]||{{ya}}||Grande maioria como língua nativa  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Portugal}} [[Portugal]] || style="text-align:right;"|10 355 493 || [[Português de Portugal]]||{{ya}}||Grande maioria como língua nativa
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Guinea-Bissau}} [[Guiné-Bissau]] ||style="text-align:right;"| 1.833.247 || [[Português da Guiné-Bissau]]||{{NãoOk}}||Como uma segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Guinea-Bissau}} [[Guiné-Bissau]] ||style="text-align:right;"| 1 833 247 || [[Português da Guiné-Bissau]]||{{NãoOk}}||Como uma segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Timor-Leste}} [[Timor-Leste]] || style="text-align:right;"|1.321.929 || [[Português de Timor-Leste]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como primeira língua; maioria como uma segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Timor-Leste}} [[Timor-Leste]] || style="text-align:right;"|1 321 929 || [[Português de Timor-Leste]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como primeira língua; maioria como uma segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Equatorial Guinea}} [[Guiné Equatorial]]<sup>2</sup>||style="text-align:right;"| 797.457 || [[Português da Guiné Equatorial]]||{{NãoOk}}||Como uma segunda língua
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Equatorial Guinea}} [[Guiné Equatorial]]<sup>2</sup>||style="text-align:right;"| 797 457 || [[Português da Guiné Equatorial]]||{{NãoOk}}||Como uma segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Macau}} [[Macau]]<sup>1</sup>||style="text-align:right;"| 606.340 || [[Português de Macau]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como língua nativa  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Macau}} [[Macau]]<sup>1</sup>||style="text-align:right;"| 606 340 || [[Português de Macau]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como língua nativa
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Cape Verde}} [[Cabo Verde]] || style="text-align:right;"|568.373 || [[Português de Cabo Verde]]||{{NãoOk}}||Como uma segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flagdeco|Cape Verde}} [[Cabo Verde]] || style="text-align:right;"|568 373 || [[Português de Cabo Verde]]||{{NãoOk}}||Como uma segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"|{{flagdeco|São Tomé and Príncipe}} [[São Tomé e Príncipe]]|| style="text-align:right;"|204.454 || [[Português de São Tomé e Príncipe]]||{{ya}}||Grande maioria como língua nativa
| style="text-align:left;"|{{flagdeco|São Tomé and Príncipe}} [[São Tomé e Príncipe]]|| style="text-align:right;"|204 454 || [[Português de São Tomé e Príncipe]]||{{ya}}||Grande maioria como língua nativa
|- class="sortbottom"
|- class="sortbottom"
|style="text-align:left;"| '''Total''' || aprox. '''282 milhões''' ||colspan=3|[[Comunidade de Países de Língua Portuguesa ]]
|style="text-align:left;"| '''Total''' || aprox. '''282 milhões''' ||colspan=3|[[Comunidade de Países de Língua Portuguesa ]]
Linha 153: Linha 161:
<small>Notas:
<small>Notas:


#[[Macau]] é uma das duas [[Região Administrativa Especial]] autônoma da [[República Popular da China]] (sendo a outra [[Língua inglesa|anglófona]] [[Hong Kong]], uma antiga [[Império Britânico|colônia britânica]]).  
#[[Macau]] é uma das duas [[Região Administrativa Especial]] autônoma da [[República Popular da China]] (sendo a outra [[Língua inglesa|anglófona]] [[Hong Kong]], uma antiga [[Império Britânico|colônia britânica]]).
# A [[Guiné Equatorial]] adotou o português como uma das suas línguas oficiais em 2007, sendo admitida na CPLP em 2014. O uso da língua portuguesa neste país é limitado.</small>
# A [[Guiné Equatorial]] adotou o português como uma das suas línguas oficiais em 2007, sendo admitida na CPLP em 2014. O uso da língua portuguesa neste país é limitado.</small>


Linha 168: Linha 176:
=== Língua estrangeira ===
=== Língua estrangeira ===
[[Ficheiro:Rua dos Mercadores.JPG|thumb|esquerda|Placa [[bilíngue]] em [[Macau]], [[China]].]]
[[Ficheiro:Rua dos Mercadores.JPG|thumb|esquerda|Placa [[bilíngue]] em [[Macau]], [[China]].]]
[[Ficheiro:Multilingual_Emergency_Assembly_Area_Sign_in_Oizumi.JPG|thumb|esquerda|Placa em [[Língua japonesa|japonês]], português e [[Língua inglesa|inglês]] em [[Oizumi]], [[Japão]], que tem uma grande comunidade [[lusófona]] devido à imigração de [[nipo-brasileiros]]<ref>{{Cite book| url = https://books.google.com/books?id=7nlxybOVae8C&q=oizumi+brazilians&pg=PT150 | title = Migrants and Identity in Japan and Brazil: The Nikkeijin | isbn = 978-1-135-78765-3 | last1 = Carvalho | first1 = Daniela de | date = 1 de fevereiro de 2013}}</ref>]]
[[Ficheiro:Multilingual_Emergency_Assembly_Area_Sign_in_Oizumi.JPG|thumb|esquerda|Placa em [[Língua japonesa|japonês]], português e [[Língua inglesa|inglês]] em [[Oizumi]], [[Japão]], que tem uma grande comunidade [[lusófona]] devido à imigração de [[nipo-brasileiros]]<ref>{{citar livro| url = https://books.google.com/books?id=7nlxybOVae8C&q=oizumi+brazilians&pg=PT150 |título= Migrants and Identity in Japan and Brazil: The Nikkeijin | isbn = 978-1-135-78765-3 |último1= Carvalho |primeiro1= Daniela de |data= 1 de fevereiro de 2013}}</ref>]]


O ensino obrigatório do português nos currículos escolares é observado no [[Uruguai]]<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultnot/lusa/2007/11/05/ult611u75523.jhtm |título=
O ensino obrigatório do português nos currículos escolares é observado no [[Uruguai]]<ref>{{citar web|url=http://noticias.uol.com.br/ultnot/lusa/2007/11/05/ult611u75523.jhtm |título=
Governo uruguaio torna obrigatório ensino do português |publicado= |data=05/11/2007 |acessodata=13/07/2010}}</ref> e na [[Argentina]].<ref>{{citar web |url=http://portal.educ.ar/noticias/educacion-y-sociedad/el-portugues-sera-materia-obli.php |título=El portugués será materia obligatoria en la secundaria |língua=Spanish |publicado= |data=21/01/2009 |acessodata=13/07/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100106033856/http://portal.educ.ar/noticias/educacion-y-sociedad/el-portugues-sera-materia-obli.php |arquivodata=2010-01-06 |urlmorta=yes }}</ref> Outros países onde o português é ensinado em escolas, ou onde seu ensino está sendo introduzido agora, incluem [[Venezuela]],<ref>{{citar web |url=http://www.letras.etc.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=93:lingua-portuguesa-sera-opcao-no-ensino-oficial-venezuelano&catid=6:noticia&Itemid=13/ |título=Língua portuguesa será opção no ensino oficial venezuelano |publicado= |data=24/05/2009 |acessodata=13/07/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110522092756/https://www.letras.etc.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=93%3Alingua-portuguesa-sera-opcao-no-ensino-oficial-venezuelano&catid=6%3Anoticia&Itemid=13%2F# |arquivodata=22/05/2011 |urlmorta=yes }}</ref> [[Zâmbia]],<ref>{{citar web |url=http://movv.org/2009/05/26/a-zambia-vai-adotar-a-lingua-portuguesa-no-seu-ensino-basico/ |título=Zâmbia vai adotar a língua portuguesa no seu ensino básico. |publicado= |data=26/05/2009 |acessodata=13/07/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090528221719/http://movv.org/2009/05/26/a-zambia-vai-adotar-a-lingua-portuguesa-no-seu-ensino-basico/# |arquivodata=28/05/2009 |urlmorta=yes }}</ref> [[República do Congo]],<ref name="estadao">{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,congo-passara-a-ensinar-portugues-nas-escolas,561666,0.htm/ |título=Congo passará a ensinar português nas escolas. |publicado= |data=04/06/2010 |acessodata=13/07/2010}}</ref> [[Senegal]],<ref name="estadao" /> [[Namíbia]],<ref name="estadao" /> [[Essuatíni]],<ref name="estadao" /> [[Costa do Marfim]]<ref name="estadao" /> e [[África do Sul]].<ref name="estadao" />
Governo uruguaio torna obrigatório ensino do português |publicado= |data=05/11/2007 |acessodata=13/07/2010}}</ref> e na [[Argentina]].<ref>{{citar web |url=http://portal.educ.ar/noticias/educacion-y-sociedad/el-portugues-sera-materia-obli.php |título=El portugués será materia obligatoria en la secundaria |língua=Spanish |publicado= |data=21/01/2009 |acessodata=13/07/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20100106033856/http://portal.educ.ar/noticias/educacion-y-sociedad/el-portugues-sera-materia-obli.php |arquivodata=2010-01-06 |urlmorta=yes }}</ref> Outros países onde o português é ensinado em escolas, ou onde seu ensino está sendo introduzido agora, incluem [[Venezuela]],<ref>{{citar web |url=http://www.letras.etc.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=93:lingua-portuguesa-sera-opcao-no-ensino-oficial-venezuelano&catid=6:noticia&Itemid=13/ |título=Língua portuguesa será opção no ensino oficial venezuelano |publicado= |data=24/05/2009 |acessodata=13/07/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20110522092756/https://www.letras.etc.br/joomla/index.php?option=com_content&view=article&id=93%3Alingua-portuguesa-sera-opcao-no-ensino-oficial-venezuelano&catid=6%3Anoticia&Itemid=13%2F# |arquivodata=22/05/2011 |urlmorta=yes }}</ref> [[Zâmbia]],<ref>{{citar web |url=http://movv.org/2009/05/26/a-zambia-vai-adotar-a-lingua-portuguesa-no-seu-ensino-basico/ |título=Zâmbia vai adotar a língua portuguesa no seu ensino básico. |publicado= |data=26/05/2009 |acessodata=13/07/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090528221719/http://movv.org/2009/05/26/a-zambia-vai-adotar-a-lingua-portuguesa-no-seu-ensino-basico/# |arquivodata=28/05/2009 |urlmorta=yes }}</ref> [[República do Congo]],<ref name="estadao">{{citar web|url=http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer,congo-passara-a-ensinar-portugues-nas-escolas,561666,0.htm/ |título=Congo passará a ensinar português nas escolas. |publicado= |data=04/06/2010 |acessodata=13/07/2010}}</ref> [[Senegal]],<ref name="estadao" /> [[Namíbia]],<ref name="estadao" /> [[Essuatíni]],<ref name="estadao" /> [[Costa do Marfim]]<ref name="estadao" /> e [[África do Sul]].<ref name="estadao" />


Há também significativas comunidades de [[Imigração|imigrantes]] falantes do português em muitos países como [[África do Sul]],<ref>Entre 300 000 e 600 000 de acordo com {{Citation|último=Pina|primeiro=António|contribuição=Portugueses na África do Sul|ano=2001|título=Actualidade das migrações|publicado=Janus|url=http://www.janusonline.pt/2001/2001_3_2_11.html|urlarquivo=https://web.archive.org/web/20130518163649/http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_11.html#|arquivodata=18 de maio de 2013}}</ref> [[Andorra]] (18,6%),<ref>{{ref-web|url=https://www.cultura.ad/images/stories/Llengua/Documents/Coneixements_i_usos_llengua_2014.pdf|título=Coneixements i usos lingüístics de la població d'Andorra|obra=Govern d'Andorra|data=6 de julho de 2015|acessodata=2 de março de 2018}}</ref> [[Austrália]],<ref>0,13% ou 25.779 pessoas falam em casa, no censo de 2006, ver {{citar web |url=http://www.censusdata.abs.gov.au/ABSNavigation/download? |título=Language Spoken at Home from the 2006 census |publicado=Australian Bureau of Statistics}}</ref> [[Bermudas]],<ref>{{citar web| url = http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/portugueses-em-risco-nas-bermudas | título = Portugueses em risco nas Bermudas | publicado = Correio da Manhã | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.worldinfozone.com/country.php?country=Bermuda |título=Bermuda |publicado=World InfoZone |data= |acessodata=21/04/2010}}</ref> [[Canadá]] (0,87% ou {{Fmtn|274670}} pessoas segundo o censo de 2006,<ref>{{citar web|língua=en | url = http://www12.statcan.ca/census-recensement/2006/dp-pd/tbt/Rp-eng.cfm?LANG=E&APATH=3&DETAIL=0&DIM=0&FL=A&FREE=0&GC=0&GID=0&GK=0&GRP=1&PID=89189&PRID=0&PTYPE=88971,97154&S=0&SHOWALL=0&SUB=705&Temporal=2006&THEME=70&VID=0&VNAMEE=&VNAMEF= | título = 2006 Census Topic-based tabulations | publicado = Statistics Canada | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> mas entre 400 mil e 500 mil de acordo com ''Nancy Gomes''),<ref>{{Citation|último=Gomes|primeiro=Nancy|contribuição=Os portugueses nas Américas: Venezuela, Canadá e EUA|ano=2001|título=Actualidade das migrações|publicado=Janus|url=http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html|urlarquivo=https://web.archive.org/web/20121222082935/http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html#|dataarquivo=|arquivodata=22 de dezembro de 2012}}</ref> [[Curaçao]], [[França]],<ref>580 mil estimados para usá-la como língua materna no censo de 1999 e 490.444 cidadãos no censo de 2007, consulte ''[http://www.insee.fr/fr/themes/tableau.asp?reg_id=0&ref_id=etrangersnat Répartition des étrangers par nationalité]''</ref> [[Guernsey]] (2%),<ref>{{citar web|língua=en | url = http://www.bbc.co.uk/voices/multilingual/guernesiais.shtml | título = Voices - Multilingual Nation | publicado = BBC | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{citar web| url = http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/o-garnise-quem-diria-veio-de-guernsey/ | título = O garnisé, quem diria, veio de Guernsey | publicado = Veja | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> [[Japão]],<ref>{{citar web|url=http://www.correiodoestado.com.br/noticias/japao-imigrantes-brasileiros-popularizam-lingua-portuguesa_43355/|título= Japão: imigrantes brasileiros popularizam língua portuguesa|ano=2008}}</ref> [[Jersey]] (4,6%),<ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/je.html 4,6% de acordo com o censo de 2001, ver]</ref> [[Luxemburgo]] (15,7%),<ref>{{citar web|língua=fr | url = http://www.statistiques.public.lu/fr/publications/series/rp2011/2013/17-13-langues/index.html | título = N° 17 La langue principale, celle que l’on maîtrise le mieux | publicado = | acessodata = 16 de dezembro de 2016}}</ref> [[Namíbia]] (5%),<ref>{{citar web|língua=en | url = https://ventosdalusofonia.wordpress.com/2012/08/12/namibia-quer-ser-membro-observador-da-cplp/ | título = Namíbia quer ser membro observador da CPLP | publicado = Ventos da Lusofonia | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref><ref>Portuguese to be introduced in schools<[http://www.namibian.com.na/index.php?id=28&tx_ttnews%5Btt_news%5D=85817&no_cache=1 The Namibian]>Acesso em 6 de abril de 2012.</ref> [[Paraguai]] (10,7% ou 636 mil pessoas),<ref>{{citar web| url=http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=Paraguay |título=Languages of Paraguay}}</ref> [[Suíça]] (3,7%),<ref>{{citar web|língua=en | url = https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sz.html | título = Switzerland in CIA World Factbook | publicado = CIA | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> [[Venezuela]] (1 a 2% ou 254 mil a 480 mil pessoas),<ref>Ver {{citar web |url=http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=VE |título=Languages of Venezuela}} e {{Citation|último=Gomes|primeiro=Nancy|contribuição=Os portugueses nas Américas: Venezuela, Canadá e EUA|ano=2001|título=Actualidade das migrações|publicado=Janus|url=http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html|acessodata=13 de maio de 2011|urlarquivo=https://web.archive.org/web/20121222082935/http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html#|arquivodata=22 de dezembro de 2012}}</ref> [[Uruguai]] (15%)<ref>{{citar web| url = https://www.google.com.br/amp/www.dn.pt/globo/interior/amp/centenas-de-milhares-de-uruguaios-tem-portugues-como-lingua-materna-4751661.html?client=ms-android-om-lge | título = Centenas de milhares de uruguaios têm português como língua materna | publicado = Diário de Notícias | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> e nos [[Estados Unidos]] (0,24% da população ou {{Fmtn|687126}} falantes de acordo com o ''[[American Community Survey]]'' de 2007),<ref>{{Citation |último =Carvalho |primeiro =Ana Maria|contribuição=Portuguese in the USA |ano=2010 |editor-sobrenome = Potowski |editor-nome = Kim |título= Language Diversity in the USA |publicado=Cambridge University Press | isbn=978-0-521-74533-8|páginas=346 }}</ref> principalmente em [[Nova Jersey]],<ref>Hispanic Reading Room of the U.S. Library of Congress Web site, [http://www.loc.gov/rr/hispanic/portam/arrivals.html Twentieth-Century Arrivals from Portugal Settle in Newark, New Jersey],</ref> [[Nova Iorque (estado)|Nova York]]<ref>{{citar web|url=http://www.nyu.edu/classes/blake.map2001/brazil.html |título=Brazucas (Brazilians living in New York) |publicado=Nyu.edu |data= |acessodata=21/04/2010}}</ref> e [[Rhode Island]].<ref>Hispanic Reading Room of the U.S. Library of Congress Web site, [http://www.loc.gov/rr/hispanic/portam/whaling.html Whaling, Fishing, and Industrial Employment in Southeastern New England]</ref>
Há também significativas comunidades de [[Imigração|imigrantes]] falantes do português em muitos países como [[África do Sul]],<ref>Entre 300 000 e 600 000 de acordo com {{Citation|último=Pina|primeiro=António|contribuição=Portugueses na África do Sul|ano=2001|título=Actualidade das migrações|publicado=Janus|url=http://www.janusonline.pt/2001/2001_3_2_11.html|urlarquivo=https://web.archive.org/web/20130518163649/http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_11.html#|arquivodata=18 de maio de 2013}}</ref> [[Andorra]] (18,6%),<ref>{{ref-web|url=https://www.cultura.ad/images/stories/Llengua/Documents/Coneixements_i_usos_llengua_2014.pdf|título=Coneixements i usos lingüístics de la població d'Andorra|obra=Govern d'Andorra|data=6 de julho de 2015|acessodata=2 de março de 2018}}</ref> [[Austrália]],<ref>0,13% ou 25.779 pessoas falam em casa, no censo de 2006, ver {{citar web |url=http://www.censusdata.abs.gov.au/ABSNavigation/download? |título=Language Spoken at Home from the 2006 census |publicado=Australian Bureau of Statistics}}</ref> [[Bermudas]],<ref>{{citar web| url = http://www.cmjornal.pt/portugal/detalhe/portugueses-em-risco-nas-bermudas | título = Portugueses em risco nas Bermudas | publicado = Correio da Manhã | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{citar web|url=http://www.worldinfozone.com/country.php?country=Bermuda |título=Bermuda |publicado=World InfoZone |data= |acessodata=21/04/2010}}</ref> [[Canadá]] (0,87% ou {{Fmtn|274670}} pessoas segundo o censo de 2006,<ref>{{citar web|língua=en | url = http://www12.statcan.ca/census-recensement/2006/dp-pd/tbt/Rp-eng.cfm?LANG=E&APATH=3&DETAIL=0&DIM=0&FL=A&FREE=0&GC=0&GID=0&GK=0&GRP=1&PID=89189&PRID=0&PTYPE=88971,97154&S=0&SHOWALL=0&SUB=705&Temporal=2006&THEME=70&VID=0&VNAMEE=&VNAMEF= | título = 2006 Census Topic-based tabulations | publicado = Statistics Canada | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> mas entre 400 mil e 500 mil de acordo com ''Nancy Gomes''),<ref>{{Citation|último=Gomes|primeiro=Nancy|contribuição=Os portugueses nas Américas: Venezuela, Canadá e EUA|ano=2001|título=Actualidade das migrações|publicado=Janus|url=http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html|urlarquivo=https://web.archive.org/web/20121222082935/http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html#|dataarquivo=|arquivodata=22 de dezembro de 2012}}</ref> [[Curaçao]], [[França]],<ref>580 mil estimados para usá-la como língua materna no censo de 1999 e 490.444 cidadãos no censo de 2007, consulte ''[http://www.insee.fr/fr/themes/tableau.asp?reg_id=0&ref_id=etrangersnat Répartition des étrangers par nationalité]''</ref> [[Guernsey]] (2%),<ref>{{citar web|língua=en | url = http://www.bbc.co.uk/voices/multilingual/guernesiais.shtml | título = Voices - Multilingual Nation | publicado = BBC | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref><ref>{{citar web| url = http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/o-garnise-quem-diria-veio-de-guernsey/ | título = O garnisé, quem diria, veio de Guernsey | publicado = Veja | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> [[Japão]],<ref>{{citar web|url=http://www.correiodoestado.com.br/noticias/japao-imigrantes-brasileiros-popularizam-lingua-portuguesa_43355/|título= Japão: imigrantes brasileiros popularizam língua portuguesa|ano=2008|editor=[[Correio do Estado]]|acessodata=9 de março de 2022}}</ref> [[Jersey]] (4,6%),<ref>[https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/je.html 4,6% de acordo com o censo de 2001, ver]</ref> [[Luxemburgo]] (15,7%),<ref>{{citar web|língua=fr | url = http://www.statistiques.public.lu/fr/publications/series/rp2011/2013/17-13-langues/index.html | título = N° 17 La langue principale, celle que l’on maîtrise le mieux | publicado =Governo de Luxemburgo |data=2013 | acessodata = 16 de dezembro de 2016}}</ref> [[Namíbia]] (5%),<ref>{{citar web|língua=en | url = https://ventosdalusofonia.wordpress.com/2012/08/12/namibia-quer-ser-membro-observador-da-cplp/ | título = Namíbia quer ser membro observador da CPLP | publicado = Ventos da Lusofonia | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref><ref>[http://www.namibian.com.na/index.php?id=28&tx_ttnews%5Btt_news%5D=85817&no_cache=1 Portuguese to be introduced in schools]. ''The Namibian''. Acessado em 6 de abril de 2012.</ref> [[Paraguai]] (10,7% ou 636 mil pessoas),<ref>{{citar web| url=http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=Paraguay |título=Languages of Paraguay|editor=[[Ethnologue]]|acessodata=9 de março de 2022}}</ref> [[Suíça]] (3,7%),<ref>{{citar web|língua=en | url = https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/geos/sz.html | título = Switzerland in CIA World Factbook | publicado = CIA | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> [[Venezuela]] (1 a 2% ou 254 mil a 480 mil pessoas),<ref>Ver {{citar web |url=http://www.ethnologue.com/show_country.asp?name=VE |título=Languages of Venezuela}} e {{Citation|último=Gomes|primeiro=Nancy|contribuição=Os portugueses nas Américas: Venezuela, Canadá e EUA|ano=2001|título=Actualidade das migrações|publicado=Janus|url=http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html|acessodata=13 de maio de 2011|urlarquivo=https://web.archive.org/web/20121222082935/http://janusonline.pt/2001/2001_3_2_5.html#|arquivodata=22 de dezembro de 2012}}</ref> [[Uruguai]] (15%)<ref>{{citar web| url = https://www.google.com.br/amp/www.dn.pt/globo/interior/amp/centenas-de-milhares-de-uruguaios-tem-portugues-como-lingua-materna-4751661.html?client=ms-android-om-lge | título = Centenas de milhares de uruguaios têm português como língua materna | publicado = Diário de Notícias | acessodata = 17 de dezembro de 2016}}</ref> e nos [[Estados Unidos]] (0,24% da população ou {{Fmtn|687126}} falantes de acordo com o ''[[American Community Survey]]'' de 2007),<ref>{{Citation |último =Carvalho |primeiro =Ana Maria|contribuição=Portuguese in the USA |ano=2010 |editor-sobrenome = Potowski |editor-nome = Kim |título= Language Diversity in the USA |publicado=Cambridge University Press | isbn=978-0-521-74533-8|páginas=346 }}</ref> principalmente em [[Nova Jersey]],<ref>Hispanic Reading Room of the U.S. Library of Congress Web site, [http://www.loc.gov/rr/hispanic/portam/arrivals.html Twentieth-Century Arrivals from Portugal Settle in Newark, New Jersey],</ref> [[Nova Iorque (estado)|Nova York]]<ref>{{citar web|url=http://www.nyu.edu/classes/blake.map2001/brazil.html |título=Brazucas (Brazilians living in New York) |publicado=Nyu.edu |data= |acessodata=21/04/2010}}</ref> e [[Rhode Island]].<ref>Hispanic Reading Room of the U.S. Library of Congress Web site, [http://www.loc.gov/rr/hispanic/portam/whaling.html Whaling, Fishing, and Industrial Employment in Southeastern New England]</ref>


Em algumas partes do que era a [[Estado Português da Índia|Índia Portuguesa]], como [[Goa]]<ref>{{citar web |url=http://www.colaco.net/1/port.htm |título=Portuguese Language in Goa |publicado=Colaco.net |data= |acessodata=21/04/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20010529163919/http://www.colaco.net/1/port.htm# |arquivodata=29/05/2001 |urlmorta=yes }}</ref> e [[Damão]] e [[Diu]],<ref>{{citar web |url=http://www.rjmacau.com/english/rjm1996n3/ac-mary/portuguese.html |título=The Portuguese Experience: The Case of Goa, Daman and Diu |publicado=Rjmacau.com |data= |acessodata=21/04/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090826163207/https://www.rjmacau.com/english/rjm1996n3/ac-mary/portuguese.html# |arquivodata=26/08/2009 |urlmorta=yes }}</ref> o português ainda é falado, embora esteja em vias de desaparecimento. Segundo estimativas da [[UNESCO]], o português é um dos idiomas que mais crescem entre as [[Línguas da Europa|línguas europeias]] após o [[Língua inglesa|inglês]] e o [[Língua espanhola|espanhol]]. O português é o idioma que tem o maior potencial de crescimento como língua internacional na [[África Austral]] e na [[América do Sul]].<ref name="The Portugal News">{{citar web|url= http://www.theportugalnews.com/cgi-bin/article.pl?id=906-9|título= Portuguese language gaining popularity |publicado= Anglopress Edicões e Publicidade Lda |data=05/05/2007 |acessodata=18/05/2011}}</ref> Espera-se que os países africanos falantes da língua portuguesa tenham uma população combinada de 83 milhões de pessoas até 2050. No total, os países de língua portuguesa terão por volta de 400 milhões de pessoas no mesmo ano.<ref name="The Portugal News"/><ref>{{citar web|URL=http://portuguese-american-journal.com/lisbon-portuguese-language-to-expand-to-400-million-speakers-globally-portugal/|título=Lisbon: Portuguese language to expand to 400 million speakers globally – Portugal|autor=Carolina Matos|data=17 de novembro de 2016|publicado=Portuguese American Journal|acessodata=20 de novembro de 2017}}</ref>
Em algumas partes do que era a [[Estado Português da Índia|Índia Portuguesa]], como [[Goa]]<ref>{{citar web |url=http://www.colaco.net/1/port.htm |título=Portuguese Language in Goa |publicado=Colaco.net |data= |acessodata=21/04/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20010529163919/http://www.colaco.net/1/port.htm# |arquivodata=29/05/2001 |urlmorta=yes }}</ref> e [[Damão]] e [[Diu]],<ref>{{citar web |url=http://www.rjmacau.com/english/rjm1996n3/ac-mary/portuguese.html |título=The Portuguese Experience: The Case of Goa, Daman and Diu |publicado=Rjmacau.com |data= |acessodata=21/04/2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090826163207/https://www.rjmacau.com/english/rjm1996n3/ac-mary/portuguese.html# |arquivodata=26/08/2009 |urlmorta=yes }}</ref> o português ainda é falado, embora esteja em vias de desaparecimento. Segundo estimativas da [[UNESCO]], o português é um dos idiomas que mais crescem entre as [[Línguas da Europa|línguas europeias]] após o [[Língua inglesa|inglês]] e o [[Língua espanhola|espanhol]]. O português é o idioma que tem o maior potencial de crescimento como língua internacional na [[África Austral]] e na [[América do Sul]].<ref name="The Portugal News">{{citar web|url= http://www.theportugalnews.com/cgi-bin/article.pl?id=906-9|título= Portuguese language gaining popularity |publicado= Anglopress Edicões e Publicidade Lda |data=05/05/2007 |acessodata=18/05/2011}}</ref> Espera-se que os países africanos falantes da língua portuguesa tenham uma população combinada de 83 milhões de pessoas até 2050. No total, os países de língua portuguesa terão por volta de 400 milhões de pessoas no mesmo ano.<ref name="The Portugal News"/><ref>{{citar web|URL=http://portuguese-american-journal.com/lisbon-portuguese-language-to-expand-to-400-million-speakers-globally-portugal/|título=Lisbon: Portuguese language to expand to 400 million speakers globally – Portugal|autor=Carolina Matos|data=17 de novembro de 2016|publicado=Portuguese American Journal|acessodata=20 de novembro de 2017}}</ref>
Linha 184: Linha 192:
|+
|+
! País
! País
! População<ref>{{cite web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2119.html|title=The World Factbook – Field Listing – Population – CIA|access-date=2015-03-07|publisher=Central Intelligence Agency}}</ref><br>(est. de julho de 2017)
! População<ref>{{citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2119.html|título=The World Factbook – Field Listing – Population – CIA|acessodata=2015-03-07|publicado=Central Intelligence Agency}}</ref><br>(est. de julho de 2017)
! Mais informações
! Mais informações
! Ensino obrigatório
! Ensino obrigatório
! Falado por
! Falado por
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Uruguai}} ||style="text-align: right"| 3.444.006 || [[Português uruguaio|Português no Uruguai]]||{{ya}}||Minoria significativa como língua nativa  
| style="text-align:left;"| {{flag|Uruguai}} ||style="text-align: right"| 3 444 006 || [[Português uruguaio|Português no Uruguai]]||{{ya}}||Minoria significativa como língua nativa
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Argentina}} || style="text-align: right"|43.847.430 || [[:es:Portugués en América|Português na Argentina]]||{{ya}}||Minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|Argentina}} || style="text-align: right"|43 847 430 || [[Português na Argentina]]||{{ya}}||Minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Paraguai}} || style="text-align: right"| 7.052.984 || [[:es:Portugués en América|Português no Paraguay]]||{{NãoOk}}||Minoria significativa como língua nativa  
| style="text-align:left;"| {{flag|Paraguai}} || style="text-align: right"| 7 052 984 || [[Português no Paraguai]]||{{NãoOk}}||Minoria significativa como língua nativa
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Venezuela}} ||  style="text-align: right"|31,568,179 || [[:es:Portugués en América|Português na Venezuela]]||{{ya}}||Minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|Venezuela}} ||  style="text-align: right"|31 568 179 || [[Português na Venezuela]]||{{ya}}||Minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|África do Sul}} || style="text-align: right"| 57.725.600 || [[Língua portuguesa em África|Português na África do Sul]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|África do Sul}} || style="text-align: right"| 57 725 600 || [[Língua portuguesa em África|Português na África do Sul]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Namíbia}} ||  style="text-align: right"|2.606.971 || [[Língua portuguesa em África|Português na Namíbia]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|Namíbia}} ||  style="text-align: right"|2 606 971 || [[Língua portuguesa em África|Português na Namíbia]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|República do Congo}} ||  style="text-align: right"|5.125.821 || [[Língua portuguesa em África|Português no Congo]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|República do Congo}} ||  style="text-align: right"|5 125 821 || [[Língua portuguesa em África|Português no Congo]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Zâmbia}} ||  style="text-align: right"|16.591.390 || [[Língua portuguesa em África|Português na Zâmbia]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|Zâmbia}} ||  style="text-align: right"|16 591 390 || [[Língua portuguesa em África|Português na Zâmbia]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Senegal}} || style="text-align: right"| 15.411.614 || [[Língua portuguesa em África|Português no Senegal]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua  
| style="text-align:left;"| {{flag|Senegal}} || style="text-align: right"| 15 411 614 || [[Língua portuguesa em África|Português no Senegal]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua
|-
|-
| style="text-align:left;"| {{flag|Essuatíni}} || style="text-align: right"| 1.343.098 || [[Língua portuguesa em África|Português em Essuatíni]]||{{NãoOk}}||Small minority as a second language
| style="text-align:left;"| {{flag|Essuatíni}} || style="text-align: right"| 1 343 098 || [[Língua portuguesa em África|Português em Essuatíni]]||{{NãoOk}}||Pequena minoria como segunda língua
|}
|}


== Carcaterísticas ==
== Características ==
{{Artigo principal|Diferenças entre o castelhano e o português|Diferenças entre o galego e o português}}
{{Artigo principal|Diferenças entre o castelhano e o português|Diferenças entre o galego e o português}}
[[Imagem:リオの幻想図書館 Real Gabinete Portugues de Leitura (8735773218).jpg|esquerda|thumb|Interior do [[Real Gabinete Português de Leitura]], fundado em 1837 no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].]]
[[Imagem:リオの幻想図書館 Real Gabinete Portugues de Leitura (8735773218).jpg|esquerda|thumb|Interior do [[Real Gabinete Português de Leitura]], fundado em 1837 no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]].]]
O português é uma [[línguas indo-europeias|língua indo-europeia]], do grupo das [[língua românica|línguas românicas]] (ou latinas), as quais descendem do latim, pertencente ao ramo [[Línguas indo-europeias#Línguas itálicas|itálico]] da família indo-europeia. Comparado com as outras línguas da Península Ibérica, excluindo o galego e o mirandês, considera-se ter maiores parecenças com o sistema vocálico [[Língua catalã|catalão]], mas também existem algumas similitudes entre o português e os falares pirenaicos centrais. Como factor decisivo para a evolução do português considera-se frequentemente a influência de um marcado substrato [[celta]]. Os fonemas vocálicos nasais estabelecem uma similitude com o ramo [[Línguas galo-românicas|galo-românico]] (especialmente com o francês antigo).<ref>[http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/lexicon2.pdf Lexikon der Romanistischen Linguistik (LRL)]</ref>
O português é uma [[línguas indo-europeias|língua indo-europeia]], do grupo das [[língua românica|línguas românicas]] (ou latinas), as quais descendem do latim, pertencente ao ramo [[Línguas indo-europeias#Línguas itálicas|itálico]] da família indo-europeia. Comparado com as outras línguas da Península Ibérica, excluindo o galego e o mirandês, considera-se ter maiores parecenças com o sistema vocálico [[Língua catalã|catalão]], mas também existem algumas similitudes entre o português e os falares pirenaicos centrais. Como factor decisivo para a evolução do português considera-se frequentemente a influência de um marcado substrato [[celta]]. Os fonemas vocálicos nasais estabelecem uma similitude com o ramo [[Línguas galo-românicas|galo-românico]] (especialmente com o francês antigo).<ref>{{citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/lexicon2.pdf |titulo=Lexikon der Romanistischen Linguistik (LRL)|editor=[[Instituto Camões]]|data=1994|acessodata=7 de março de 2022}}</ref>


Enquanto os falantes de português têm um nível notável de compreensão do castelhano, os falantes castelhanos têm, em geral, maior dificuldade de entendimento. Isto acontece porque o português, apesar de ter sons em comum com o castelhano, também tem sons particulares. No português, por exemplo, há vogais e ditongos nasais (provavelmente herança das línguas célticas).<ref>{{Citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/gramhist/fonetica.html |título=Fonética histórica |autor= |obra= |data=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.arkeotavira.com/Mapas/Iberia/Populi.htm |título=Povos pré-romanos da Península Ibérica (aproximadamente 200 a.C.) |autor= |obra= |data=}}</ref>  
Enquanto os falantes de português têm um nível notável de compreensão do castelhano, os falantes castelhanos têm, em geral, maior dificuldade de entendimento. Isto acontece porque o português, apesar de ter sons em comum com o castelhano, também tem sons particulares. No português, por exemplo, há vogais e ditongos nasais (provavelmente herança das línguas célticas).<ref>{{Citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/gramhist/fonetica.html |título=Fonética histórica |editor=[[Instituto Camões]] |data=|acessodata=7 de março de 2022}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.arkeotavira.com/Mapas/Iberia/Populi.htm |título=Povos pré-romanos da Península Ibérica (aproximadamente 200 a.C.) |autor= |obra=arkeotavira.com |data=|acessodata=7 de março de 2022}}</ref>


Há muitas línguas de contato derivadas do ou influenciadas pelo português, como por exemplo o [[patuá macaense]] de [[Macau]]. No Brasil, destacam-se o [[lanc-patuá]] (derivado do [[Língua francesa|francês]]), os vários dialetos [[quilombola]]s, como o [[cupópia]] do [[Quilombo Cafundó]] (de [[Salto de Pirapora]], no [[Estados do Brasil|estado]] [[brasil]]eiro de [[São Paulo (estado)|São Paulo]]) e ainda o [[talian]] (uma mescla de português com italiano).<ref name = "OESP">Em Cafundó, esforço para salvar identidade. São Paulo, SP: O Estado de S. Paulo, 2006 dezembro 24, p. A8.</ref>
Há muitas línguas de contato derivadas do ou influenciadas pelo português, como por exemplo o [[patuá macaense]] de [[Macau]]. No Brasil, destacam-se o [[lanc-patuá]] (derivado do [[Língua francesa|francês]]), os vários dialetos [[quilombola]]s, como o [[cupópia]] do [[Quilombo Cafundó]] (de [[Salto de Pirapora]], no [[Estados do Brasil|estado]] [[brasil]]eiro de [[São Paulo (estado)|São Paulo]]) e ainda o [[talian]] (uma mescla de português com italiano).<ref name = "OESP">Em Cafundó, esforço para salvar identidade. São Paulo, SP: O Estado de S. Paulo, 2006 dezembro 24, p. A8.</ref>
Linha 242: Linha 250:
Foi, entretanto, concluído pela Professora Maria Regina Rocha, que através das regras do Acordo Ortográfico de 1990, foram unificados 569 vocábulos, {{Fmtn|2691}} palavras que apresentavam diferenças entre as ortografias portuguesa/africana/asiática e brasileira assim se mantiveram após a reforma ortográfica, {{Fmtn|1235}} passaram a ter uma grafia diferente e, assim, {{Fmtn|3926}} vocábulos ficam com diferenças gráficas entre ambos os lados do Atlântico.<ref>{{Citar web |url=https://ilcao.cedilha.net/arquivo/9253 |titulo=«A falsa unidade ortográfica» [Maria Regina Rocha, PÚBLICO, 19.01.2013] - ILC contra o Acordo Ortográfico |acessodata=2021-02-18 |lingua=pt-PT}}</ref>
Foi, entretanto, concluído pela Professora Maria Regina Rocha, que através das regras do Acordo Ortográfico de 1990, foram unificados 569 vocábulos, {{Fmtn|2691}} palavras que apresentavam diferenças entre as ortografias portuguesa/africana/asiática e brasileira assim se mantiveram após a reforma ortográfica, {{Fmtn|1235}} passaram a ter uma grafia diferente e, assim, {{Fmtn|3926}} vocábulos ficam com diferenças gráficas entre ambos os lados do Atlântico.<ref>{{Citar web |url=https://ilcao.cedilha.net/arquivo/9253 |titulo=«A falsa unidade ortográfica» [Maria Regina Rocha, PÚBLICO, 19.01.2013] - ILC contra o Acordo Ortográfico |acessodata=2021-02-18 |lingua=pt-PT}}</ref>


A língua portuguesa tem grande variedade de [[dialecto]]s, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão seja no Brasil ou em Portugal.<ref>{{Citar livro |título=Dicionário da Ilha-Falar e Falares da Ilha de Santa Catarina}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.criticaliteraria.com/9726105803 |título=Dicionário dos Falares de Trás-os-Montes |autor= |obra= |data=}}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.criticaliteraria.com/9726109043 |título=Dicionário de Falares Alentejanos |autor= |obra= |data=}}</ref> Tais diferenças, entretanto, não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.<ref>{{citar web |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44501998000200005 |título=As diferenças rítmicas entre o português europeu e o português brasileiro: uma abordagem otimalista e minimalista |autor=Maria Bernadete ABAURRE e Charlotte GALVES |editor=[[Universidade Estadual de Campinas]] |data=1998 |acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>
A língua portuguesa tem grande variedade de [[dialecto]]s, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão seja no Brasil ou em Portugal. Tais diferenças, entretanto, não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.<ref>{{citar web |url=http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-44501998000200005 |título=As diferenças rítmicas entre o português europeu e o português brasileiro: uma abordagem otimalista e minimalista |autor=Maria Bernadete ABAURRE e Charlotte GALVES |editor=[[Universidade Estadual de Campinas]] |data=1998 |acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>


Os primeiros estudos sobre os dialectos do português europeu começaram a ser registados por [[Leite de Vasconcelos]] no começo do {{séc|XX}}.<ref>{{Citar web |url=http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol02/opusculos02.html |título=Dialectologia. |autor=José Leite de Vasconcelos |obra=Opúsculos |data= |acessodata=16 de dezembro de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011204014/http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol02/opusculos02.html# |arquivodata=11 de outubro de 2007 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06.html |título=Dialectologia (Parte II) |autor=José Leite de Vasconcelos |obra=Opúsculos. Volume VI |data= |acessodata=16 de dezembro de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011204117/http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06.html# |arquivodata=11 de outubro de 2007 |urlmorta=yes }}</ref> Mesmo assim, todos os aspectos e sons de todos os dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O português africano, em especial o português são-tomense, tem muitas semelhanças com o português do Brasil. Ao mesmo tempo, os dialetos do sul de Portugal (chamados "meridionais") apresentam muitas semelhanças com o falar brasileiro, especialmente, o uso intensivo do [[gerúndio]] (e. g. falando, escrevendo, etc.). Na Europa, os dialectos transmontano e alto-minhoto apresentam muitas semelhanças com o galego.<ref>{{Citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06_1_110.pdf |título=Dialecto transmontano (Parte I) |autor=José Leite de Vasconcelos |obra=Opúsculos. Volume VI |data= |acessodata=23-12-2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140218234506/http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06_1_110.pdf# |arquivodata=18-02-2014 |urlmorta=yes }}</ref> Um dialecto já quase desaparecido é o [[português oliventino]] ou [[português alentejano oliventino]], falado em [[Olivença]] e em [[Táliga]].<ref>{{citar web |url=http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?article=205157&tm=&layout=121&visual=49 |título=Olivença quer evitar a "morte" do português oliventino |editor=[[RTP]] |data=27 de fevereiro de 2009 |acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>
Os primeiros estudos sobre os dialectos do português europeu começaram a ser registados por [[Leite de Vasconcelos]] no começo do {{séc|XX}}.<ref>{{Citar web |url=http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol02/opusculos02.html |título=Dialectologia. |autor=José Leite de Vasconcelos |obra=Opúsculos |data= |acessodata=16 de dezembro de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011204014/http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol02/opusculos02.html# |arquivodata=11 de outubro de 2007 |urlmorta=yes }}</ref><ref>{{Citar web |url=http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06.html |título=Dialectologia (Parte II) |autor=José Leite de Vasconcelos |obra=Opúsculos. Volume VI |data= |acessodata=16 de dezembro de 2007 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071011204117/http://www.instituto-camoes.pt/cvc/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06.html# |arquivodata=11 de outubro de 2007 |urlmorta=yes }}</ref> Mesmo assim, todos os aspectos e sons de todos os dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O português africano, em especial o português são-tomense, tem muitas semelhanças com o português do Brasil. Ao mesmo tempo, os dialetos do sul de Portugal (chamados "meridionais") apresentam muitas semelhanças com o falar brasileiro, especialmente, o uso intensivo do [[gerúndio]] (e. g. falando, escrevendo, etc.). Na Europa, os dialectos transmontano e alto-minhoto apresentam muitas semelhanças com o galego.<ref>{{Citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06_1_110.pdf |título=Dialecto transmontano (Parte I) |autor=José Leite de Vasconcelos |obra=Opúsculos. Volume VI |data= |acessodata=23-12-2009 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140218234506/http://cvc.instituto-camoes.pt/bdc/etnologia/opusculos/vol06/opusculos06_1_110.pdf# |arquivodata=18-02-2014 |urlmorta=yes }}</ref> Um dialecto já quase desaparecido é o [[português oliventino]] ou [[português alentejano oliventino]], falado em [[Olivença]] e em [[Táliga]].<ref>{{citar web |url=http://tv1.rtp.pt/noticias/index.php?article=205157&tm=&layout=121&visual=49 |título=Olivença quer evitar a "morte" do português oliventino |editor=[[RTP]] |data=27 de fevereiro de 2009 |acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>
Linha 267: Linha 275:
[[Imagem:Academia brasileira de letras 1.JPG|thumb|A sede da [[Academia Brasileira de Letras]] no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]].]]
[[Imagem:Academia brasileira de letras 1.JPG|thumb|A sede da [[Academia Brasileira de Letras]] no [[Rio de Janeiro (cidade)|Rio de Janeiro]], [[Brasil]].]]
[[Imagem:Biblioteca Nacional de Portugal 9296.jpg|thumb|Sede da [[Biblioteca Nacional de Portugal]] em [[Lisboa]].]]
[[Imagem:Biblioteca Nacional de Portugal 9296.jpg|thumb|Sede da [[Biblioteca Nacional de Portugal]] em [[Lisboa]].]]
[[Imagem:Palácio de Mafra - Biblioteca.jpg|thumb|Biblioteca do [[Palácio Nacional de Mafra]], em Portugal.]]
[[Imagem:Biblioteca - Palacio Nacional de Mafra.jpg|thumb|Biblioteca do [[Palácio Nacional de Mafra]], em Portugal.]]


O português padrão tem duas variantes reconhecidas internacionalmente: como em Portugal e nos restantes países do mundo lusófono à exceção do Brasil; e como no Brasil. Empregado por cerca de 85% dos falantes do português, o padrão brasileiro é hoje o mais falado, escrito, lido e estudado do mundo. É, ademais, amplamente estudado nos países da [[América do Sul]], devido à grande importância econômica do [[Brasil]] no [[Mercosul]]. As diferenças entre as variedades do português da Europa e do Brasil estão no vocabulário, na pronúncia e na sintaxe, especialmente nas variedades vernáculas, enquanto nos textos formais essas diferenças diminuem bastante. As diferenças não são maiores que entre o [[língua inglesa|inglês]] dos [[Estados Unidos]] e do [[Reino Unido]] ou o [[língua francesa|francês]] da [[França]] e de [[Québec]].<ref>{{Citar web |url=http://www.province-quebec.com/langue_quebecoise.php |título=Língua Quebequense *francês |autor= |obra= |data= |acessodata=2008-04-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080905071857/http://www.province-quebec.com/langue_quebecoise.php |arquivodata=2008-09-05 |urlmorta=yes }}</ref>  
O português padrão tem duas variantes reconhecidas internacionalmente: como em Portugal e nos restantes países do mundo lusófono à exceção do Brasil; e como no Brasil. Empregado por cerca de 85% dos falantes do português, o padrão brasileiro é hoje o mais falado, escrito, lido e estudado do mundo. É, ademais, amplamente estudado nos países da [[América do Sul]], devido à grande importância econômica do [[Brasil]] no [[Mercosul]]. As diferenças entre as variedades do português da Europa e do Brasil estão no vocabulário, na pronúncia e na sintaxe, especialmente nas variedades vernáculas, enquanto nos textos formais essas diferenças diminuem bastante. As diferenças não são maiores que entre o [[língua inglesa|inglês]] dos [[Estados Unidos]] e do [[Reino Unido]] ou o [[língua francesa|francês]] da [[França]] e de [[Québec]].<ref>{{Citar web |url=http://www.province-quebec.com/langue_quebecoise.php |título=Língua Quebequense *francês |autor= |obra= |data= |acessodata=2008-04-12 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20080905071857/http://www.province-quebec.com/langue_quebecoise.php |arquivodata=2008-09-05 |urlmorta=yes }}</ref>


Ambas as variedades são, sem dúvida, dialectos da mesma língua e os falantes de ambas as variedades podem entender-se apenas com pequenas dificuldades pontuais. Essas diferenças entre as variantes são comuns a todas as línguas naturais, ocorrendo em maior ou menor grau, dependendo do caso. Com um oceano entre Brasil e Portugal, e ao longo de quinhentos anos, a língua evoluiu de maneira diferente em ambos os países, dando origem a dois padrões de [[linguagem]] simplesmente diferentes, não existindo um padrão que seja mais correto em relação ao outro. É importante salientar que dentro daquilo a que se convencionou chamar "português do Brasil" e "português europeu" há um grande número de variações regionais.{{carece de fontes}}
Ambas as variedades são, sem dúvida, dialectos da mesma língua e os falantes de ambas as variedades podem entender-se apenas com pequenas dificuldades pontuais. Essas diferenças entre as variantes são comuns a todas as línguas naturais, ocorrendo em maior ou menor grau, dependendo do caso. Com um oceano entre Brasil e Portugal, e ao longo de quinhentos anos, a língua evoluiu de maneira diferente em ambos os países, dando origem a dois padrões de [[linguagem]] simplesmente diferentes, não existindo um padrão que seja mais correto em relação ao outro. É importante salientar que dentro daquilo a que se convencionou chamar "português do Brasil" e "português europeu" há um grande número de [[Dialetos da língua portuguesa|variações regionais]].<ref>{{citar web |url=http://www.linguaportuguesa.ufrn.br/pt_3.1.php |titulo=A língua portuguesa - O mundo lusófono |acessodata=26 de outubro de 2021|editor=[[Universidade Federal do Rio Grande do Norte]]|data=2006|autor=Adelardo A. D. Medeiros}}</ref>


Um dos traços mais importantes do português brasileiro é o seu conservadorismo em relação à variante europeia, sobretudo no aspecto fonético. Um português do {{séc|XVI}} mais facilmente reconheceria a fala de um brasileiro do {{séc|XX}} como sua do que a fala de um português.<ref>{{citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/cpp/acessibilidade/capitulo1_2.html |ligação inativa= |título=A Pronúncia do Português Europeu |acessodata=14 de novembro de 2010|publicado=[[Instituto Camões]]}}</ref>  
Um dos traços mais importantes do português brasileiro é o seu conservadorismo em relação à variante europeia, sobretudo no aspecto fonético. Um português do {{séc|XVI}} mais facilmente reconheceria a fala de um brasileiro do {{séc|XX}} como sua do que a fala de um português.<ref>{{citar web |url=http://cvc.instituto-camoes.pt/cpp/acessibilidade/capitulo1_2.html |ligação inativa= |título=A Pronúncia do Português Europeu |acessodata=14 de novembro de 2010|publicado=[[Instituto Camões]]}}</ref>


{| {{Tabela bonita}}
{| {{Tabela bonita}}
Linha 303: Linha 311:
Durante muitos anos, Portugal (até 1975, [[Império Português|incluía as suas colónias]]) e o Brasil tomaram decisões unilateralmente e não chegaram a um acordo comum, legislando sobre a língua.<ref name="Reformas">{{citar web |url=http://pessoas.hsw.uol.com.br/reforma-ortografica.htm |título=Como funciona a reforma ortográfica do português |editor=[[HowStuffWorks]] |acessodata=9 de junho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120510204717/http://pessoas.hsw.uol.com.br/reforma-ortografica.htm# |arquivodata=10 de maio de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>
Durante muitos anos, Portugal (até 1975, [[Império Português|incluía as suas colónias]]) e o Brasil tomaram decisões unilateralmente e não chegaram a um acordo comum, legislando sobre a língua.<ref name="Reformas">{{citar web |url=http://pessoas.hsw.uol.com.br/reforma-ortografica.htm |título=Como funciona a reforma ortográfica do português |editor=[[HowStuffWorks]] |acessodata=9 de junho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20120510204717/http://pessoas.hsw.uol.com.br/reforma-ortografica.htm# |arquivodata=10 de maio de 2012 |urlmorta=yes }}</ref>


Existiram pelo menos cinco acordos ortográficos: [[Acordo Ortográfico de 1911]], [[Acordo Ortográfico de 1943]], [[Acordo Ortográfico de 1945]], [[Acordo Ortográfico de 1971]] e o [[Acordo Ortográfico de 1990]]. Todos eles estiveram envolvidos em polémicas e divergências entre os países signatários.<ref name="Reformas"/>  
Existiram pelo menos cinco acordos ortográficos: [[Acordo Ortográfico de 1911]], [[Acordo Ortográfico de 1943]], [[Acordo Ortográfico de 1945]], [[Acordo Ortográfico de 1971]] e o [[Acordo Ortográfico de 1990]]. Todos eles estiveram envolvidos em polémicas e divergências entre os países signatários.<ref name="Reformas"/>


Os mais significativos foram o Acordo Ortográfico de 1943 que esteve em vigor apenas no Brasil entre 12 de agosto de 1943 e 31 de dezembro de 2008 (com algumas alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de 1971) e o Acordo Ortográfico de 1945, em vigor em Portugal e todas as colónias portuguesas da época, desde 8 de dezembro de 1945 até à entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, que ainda não entrou em vigor em todos os países signatários.<ref name="Reformas"/>
Os mais significativos foram o Acordo Ortográfico de 1943 que esteve em vigor apenas no Brasil entre 12 de agosto de 1943 e 31 de dezembro de 2008 (com algumas alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de 1971) e o Acordo Ortográfico de 1945, em vigor em Portugal e todas as colónias portuguesas da época, desde 8 de dezembro de 1945 até à entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, que ainda não entrou em vigor em todos os países signatários.<ref name="Reformas"/>
Linha 310: Linha 318:
{{Artigo principal|Acordo ortográfico de 1990}}
{{Artigo principal|Acordo ortográfico de 1990}}


O [[Acordo Ortográfico de 1990]] foi proposto para criar uma norma ortográfica única, de que participaram na altura todos os países de língua oficial portuguesa, e em que esteve presente uma delegação não oficial de observadores da Galiza. Os signatários que ratificaram o acordo original foram Portugal (1991), Brasil (1995), Cabo Verde (1998) e São Tomé e Príncipe (2006).<ref name="Acordo">{{Citar web |url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=acordo&version=1990 |título=Acordo Ortográfico de 1990 no Portal da Língua Portuguesa, MCTES}}</ref>
O [[Acordo Ortográfico de 1990]] foi proposto para criar uma norma ortográfica única, de que participaram na altura todos os países de língua oficial portuguesa, e em que esteve presente uma delegação não oficial de observadores da Galiza. Os signatários que ratificaram o acordo original foram Portugal (1991), Brasil (1995), Cabo Verde (1998) e São Tomé e Príncipe (2006).<ref name="Acordo">{{Citar web |url=http://www.portaldalinguaportuguesa.org/index.php?action=acordo&version=1990 |título=Acordo Ortográfico de 1990 no Portal da Língua Portuguesa, MCTES|editor=Portal da Língua Portuguesa|data=1990|acessodata=9 de março de 2022}}</ref>


{| class="infobox bordered" cellpadding="4" cellspacing="0" style="width:250px; font-size:95%; float:right;"
{| class="infobox bordered" cellpadding="4" cellspacing="0" style="width:250px; font-size:95%; float:right;"
Linha 333: Linha 341:
=== Gramática ===
=== Gramática ===
{{Artigo principal|Gramática da língua portuguesa}}
{{Artigo principal|Gramática da língua portuguesa}}
[[Ficheiro:Grammatica da lingua portuguesa.jpg|thumb|esquerda|upright|Frontispício da ''[[Grammatica da Língua Portuguesa]]'', publicada em 1540.]]


A [[gramática]], a [[Morfologia (linguística)|morfologia]] e a [[sintaxe]] do idioma português é semelhante à gramática das demais [[línguas românicas]], especialmente à do [[Língua espanhola|espanhol]], língua com a qual compartilha 89% de semelhança lexical,<ref>{{citar livro|autor=Guus Extra, e Kutlay Yaǧmur|título=Urban Multilingualism in Europe: Immigrant Minority Languages at Home and School|editora=Multilingual Matters|ano=2004|páginas=428|isbn= 9781853597787}}</ref> e ainda mais à do [[Língua galega|galego]]. O português é um idioma relativamente [[Línguas sintéticas|sintético]] e [[Língua flexiva|flexivo]].<ref name="Gramática">{{citar web |url=http://www.professordiego.com/cursos/downloads/gramatica01.pdf |título=Gramática da Língua Portuguesa |autor=Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante |acessodata=9 de junho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111125084455/http://www.professordiego.com/cursos/downloads/gramatica01.pdf# |arquivodata=25 de novembro de 2011 |urlmorta=yes }}</ref><ref name="Gramática 2">{{citar web |url=http://www.flip.pt/FLiP-On-line/Gramatica/Introducao.aspx |título=Gramática - Introdução |editor=[[FLIP]] |acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>
A [[gramática]], a [[Morfologia (linguística)|morfologia]] e a [[sintaxe]] do idioma português é semelhante à gramática das demais [[línguas românicas]], especialmente à do [[Língua espanhola|espanhol]], língua com a qual compartilha 89% de semelhança lexical,<ref>{{citar livro|autor=Guus Extra, e Kutlay Yaǧmur|título=Urban Multilingualism in Europe: Immigrant Minority Languages at Home and School|editora=Multilingual Matters|ano=2004|páginas=428|isbn= 9781853597787}}</ref> e ainda mais à do [[Língua galega|galego]]. O português é um idioma relativamente [[Línguas sintéticas|sintético]] e [[Língua flexiva|flexivo]].<ref name="Gramática">{{citar web |url=http://www.professordiego.com/cursos/downloads/gramatica01.pdf |título=Gramática da Língua Portuguesa |autor=Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante |acessodata=9 de junho de 2012 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111125084455/http://www.professordiego.com/cursos/downloads/gramatica01.pdf# |arquivodata=25 de novembro de 2011 |urlmorta=yes }}</ref><ref name="Gramática 2">{{citar web |url=http://www.flip.pt/FLiP-On-line/Gramatica/Introducao.aspx |título=Gramática - Introdução |editor=[[FLIP]] |acessodata=9 de junho de 2012}}</ref>
Linha 343: Linha 352:


=== Fonologia ===
=== Fonologia ===
[[File:WIKITONGUES-_Sara_speaking_Portuguese.webm|thumb|Sara, uma oradora nativa do [[Português europeu]]]]
[[File:2JOB Brasilândia.ogg|thumb|falado [[Português brasileiro]]]]
{{Artigo principal|Fonologia da língua portuguesa}}
{{Artigo principal|Fonologia da língua portuguesa}}
[[Imagem:European Portuguese vowel chart.svg|upright=1.4|thumb|Plano de [[monotongo]]s do Português de Lisboa.]]
[[Imagem:WIKITONGUES-_Sara_speaking_Portuguese.webm|thumb|Sara, uma oradora nativa do [[português europeu]]]]
[[Imagem:Brazilian Portuguese vowel chart.svg|thumb|upright=1.4|Plano de monotongos do Português de São Paulo, {{Harvcoltxt|Barbosa|Albano|2004|p=229}}]]
[[Imagem:2JOB Brasilândia.ogg|thumb|[[Português brasileiro]] falado]]
[[Imagem:European Portuguese vowel chart.svg|thumb|Plano de [[monotongo]]s do Português de Lisboa.]]
[[Imagem:Brazilian Portuguese vowel chart.svg|thumb|Plano de monotongos do Português de São Paulo, {{Harvcoltxt|Barbosa|Albano|2004|p=229}}]]


A língua portuguesa contém alguns sons únicos para falantes de outras línguas, tornando-se, por isso, necessário que estes lhes prestem especial atenção quando os aprendem. O português tem uma das [[fonologia]]s mais ricas das [[línguas românicas]], com [[Vogal|vogais]] orais e nasais, [[ditongo]]s nasais e dois ditongos nasais duplos. As vogais semifechadas {{IPA|/e/, /o/}} e as vogais semiabertas {{IPA|/ɛ/, /ɔ/}} são quatro fonemas separados, ao invés do espanhol, e o contraste entre elas é usado para [[apofonia]]. O [[português europeu]] também possui duas vogais centrais, uma das quais tende a ser omitida na fala como o ''e caduc'' do [[língua francesa|francês]]. Há, no português, um máximo de nove vogais orais e 19 consoantes, embora algumas variedades da língua tenham menos [[fonema]]s (o [[português brasileiro]] é geralmente analisado como tendo sete vogais orais). Há também cinco vogais nasais, que alguns linguistas consideram como [[alofone]]s das vogais orais, dez [[ditongo]]s orais e cinco ditongos nasais. No total, o português do Brasil tem 13 fonemas vogais.<ref name="Fonologia">''Handbook of the International Phonetic Association'' pg. 126–130; a referência aplica-se à toda a seção.</ref>
A língua portuguesa contém alguns sons únicos para falantes de outras línguas, tornando-se, por isso, necessário que estes lhes prestem especial atenção quando os aprendem. O português tem uma das [[fonologia]]s mais ricas das [[línguas românicas]], com [[Vogal|vogais]] orais e nasais, [[ditongo]]s nasais e dois ditongos nasais duplos. As vogais semifechadas {{IPA|/e/, /o/}} e as vogais semiabertas {{IPA|/ɛ/, /ɔ/}} são quatro fonemas separados, ao invés do espanhol, e o contraste entre elas é usado para [[apofonia]]. O [[português europeu]] também possui duas vogais centrais, uma das quais tende a ser omitida na fala como o ''e caduc'' do [[língua francesa|francês]]. Há, no português, um máximo de nove vogais orais e 19 consoantes, embora algumas variedades da língua tenham menos [[fonema]]s (o [[português brasileiro]] é geralmente analisado como tendo sete vogais orais). Há também cinco vogais nasais, que alguns linguistas consideram como [[alofone]]s das vogais orais, dez [[ditongo]]s orais e cinco ditongos nasais. No total, o português do Brasil tem 13 fonemas vogais.<ref name="Fonologia">''Handbook of the International Phonetic Association'' pg. 126–130; a referência aplica-se à toda a seção.</ref>


=== Vogais ===  
==== Vogais ====  
Para as sete vogais do [[latim vulgar]], o [[português europeu]] acrescentou duas [[Vogal|vogais]] centrais próximas, uma das quais tende a ser [[Elisão|elidida]] na fala rápida. A carga funcional destas duas vogais adicionais é muito baixa. As vogais altas {{IPA|/e o/}} e as vogais baixas {{IPA|/ɛ ɔ/}} são quatro fonemas distintos e eles se alternam em várias formas de [[apofonia]]. Como o [[Língua catalã|catalão]], o português usa qualidade da vogal para contrastar sílabas estressadas com sílabas átonas: vogais isoladas tendem a ser levantadas, e em alguns casos, centralizadas, quando átonas. Ditongos nasais ocorrem principalmente nas extremidades das palavras.<ref name="Fonologia"/>
Para as sete vogais do [[latim vulgar]], o [[português europeu]] acrescentou duas [[Vogal|vogais]] centrais próximas, uma das quais tende a ser [[Elisão|elidida]] na fala rápida. A carga funcional destas duas vogais adicionais é muito baixa. As vogais altas {{IPA|/e o/}} e as vogais baixas {{IPA|/ɛ ɔ/}} são quatro fonemas distintos e eles se alternam em várias formas de [[apofonia]]. Como o [[Língua catalã|catalão]], o português usa qualidade da vogal para contrastar sílabas estressadas com sílabas átonas: vogais isoladas tendem a ser levantadas, e em alguns casos, centralizadas, quando átonas. Ditongos nasais ocorrem principalmente nas extremidades das palavras.<ref name="Fonologia"/>


==== Consoantes ====
==== Consoantes ====
{| class="wikitable"
{| class="wikitable"
|+caption | Fonemas consonantais do português<ref name="ReferenceA">{{Harvcoltxt|Cruz-Ferreira|1995|p=91}}</ref><ref>{{Harvcoltxt|Barbosa|Albano|2004|pp=228–229}}</ref>
|+caption | Fonemas consonantais do português{{HarvRef|Cruz-Ferreira|1995|p=91}}{{HarvRef|Barbosa|Albano|2004|pp=228–229}}
|-
|-
!
!
Linha 489: Linha 498:
{{Dividir em colunas fim}}
{{Dividir em colunas fim}}


{{Notas e referências}}
{{referências}}
 
=== Bibliografia ===
{{refbegin|2}}
* [[Antônio Houaiss]] (2000), ''[[Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa]]''
* [[Aurélio Buarque de Holanda Ferreira]], ''[[Novo Dicionário da Língua Portuguesa]]''
* ''A Língua Portuguesa'' in [https://web.archive.org/web/20020526102021/http://linguaportuguesa.ufrn.br/ Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Brazil]
* {{cite journal
|last1 = Barbosa
|first1 = Plínio A.
|last2 = Albano
|first2 = Eleonora C.
|year= 2004
|title=Brazilian Portuguese
|journal=Journal of the International Phonetic Association
|volume=34
|issue=2
|pages=227–232
|doi=10.1017/S0025100304001756
|doi-access=free
|ref=harv}}
* Bergström, Magnus & Reis, Neves ''Prontuário Ortográfico'' Editorial Notícias, 2004.
* {{citation
|last=Bisol
|first=Leda
|year=2005
|title=Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro
|location = Porto Alegre – Rio Grande do Sul
|publisher=EDIPUCRS
|language = pt
|isbn = 978-85-7430-529-5
|url = https://books.google.com/books?id=TFzWAq-S7I0C&pg=PA215
|ref=harv}}
* ''Carta de dotação e fundação da Igreja de S. Miguel de Lardosa, a.D. 882 (o mais antigo documento latino-português original conhecido)'' [http://www.fcsh.unl.pt/philologia/CARTA882.html] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20190910141848/http://www.fcsh.unl.pt/philologia/CARTA882.html |date=10 de setembro de 2019 }}
* Cook, Manuela. Portuguese Pronouns and Other Forms of Address, from the Past into the Future – Structural, Semantic and Pragmatic Reflections, Ellipsis, vol. 11, APSA, www.portuguese-apsa.com/ellipsis, 2013
* {{cite journal |last=Cook |first=Manuela |title = Uma Teoria de Interpretação das Formas de Tratamento na Língua Portuguesa |journal=Hispania |volume=80|issue=3|year=1997|pages=451–464|doi=10.2307/345821|jstor=345821|ref=harv}}
* Cook, Manuela. On the Portuguese Forms of Address: From ''Vossa Mercê'' to ''Você'', Portuguese Studies Review 3.2, Durham: University of New Hampshire, 1995
* {{cite journal
|last=Cruz-Ferreira
|first=Madalena
|year= 1995
|title=European Portuguese
|journal=Journal of the International Phonetic Association
|volume=25
|issue=2
|pages=90–94
|doi=10.1017/S0025100300005223
|ref=harv}}
* {{citation
|last=Grønnum
|first=Nina
|year=2005
|title=Fonetik og fonologi, Almen og Dansk
|edition=3rd
|publisher=Akademisk Forlag
|location=Copenhagen
|isbn = 978-87-500-3865-8
|url = https://books.google.com/books?id=9RtCAgAAQBAJ
|ref=harv}}
* ''História da Lingua Portuguesa'' – [http://cvc.instituto-camoes.pt/conhecer/bases-tematicas/historia-da-lingua-portuguesa.html/ Instituto Camões website]
* Lindley Cintra, Luís F. [http://cvc.instituto-camoes.pt/hlp/biblioteca/novaproposta.pdf ''Nova Proposta de Classificação dos Dialectos Galego- Portugueses''] (PDF) Boletim de Filologia, Lisboa, Centro de Estudos Filológicos, 1971.
* {{Citation
|last1=Mateus
|first1=Maria Helena
|last2=d'Andrade
|first2=Ernesto
|year= 2000
|title=The Phonology of Portuguese
|publisher=Oxford University Press
|url = https://books.google.com/books?id=Onr9OFylajYC&pg=PP1
|isbn = 978-0-19-823581-1
|ref=harv}}
* {{citation
|type        = thesis
|last        = Rodrigues
|first        = Marisandra Costa
|date        = 2012
|title        = Encontros Vocálicos Finais em Português: Descrição e Análise Otimalista
|publisher    = Universidade Federal do Rio de Janeiro
|url          = http://www.letras.ufrj.br/posverna/doutorado/GomesMCR.pdf
|access-date  = 25 de dezembro de 2015
|archive-url  = https://web.archive.org/web/20171011052326/http://www.letras.ufrj.br/posverna/doutorado/GomesMCR.pdf
|archive-date = 11 de outubro de 2017
|urlmorta = dead
|ref=harv}}
* {{Citation
|first=Earl W.
|last=Thomas
|title = A Grammar of Spoken Brazilian Portuguese
|publisher = Vanderbilt University Press
|location = Nashville, TN
|year=1974
|isbn = 978-0-8265-1197-3
|url = https://books.google.com/books?id=Gm8yS1ZKJ5gC
|ref=harv}}
 
{{refend}}


== Ligações externas ==
== Ligações externas ==
Linha 514: Linha 619:
}}
}}


{{Portal3|Linguística|Angola|Brasil|Cabo Verde|Guiné-Bissau|Guiné Equatorial|Moçambique|Portugal|São Tomé e Príncipe|Timor-Leste}}
{{Portal3|Linguística|Lusofonia|Angola|Brasil|Cabo Verde|Guiné-Bissau|Guiné Equatorial|Moçambique|Portugal|São Tomé e Príncipe|Timor-Leste}}
{{Controle de autoridade|OmegaWiki=6064|}}
{{Controle de autoridade|OmegaWiki=6064|}}



Edição atual tal como às 00h16min de 26 de agosto de 2022

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Língua portuguesa (desambiguação).
Português
Falado(a) em: Ver geografia da língua portuguesa
Total de falantes: Nativa: 250 milhões
Total: 273 milhões
Posição: 5.ª como língua nativa[1][2]
6.ª como língua nativa e segunda língua
Família: Predefinição:Info língua/genética
 Itálica
  Românica
   Ítalo-ocidental
    Românica ocidental
     Galo-ibérica
      Ibero-românica
       Ibero-ocidental
        Galaico-portuguesa
         Português
Escrita: Alfabeto latino
Estatuto oficial
Língua oficial de: Predefinição:Collapsible list
Predefinição:Collapsible list
Predefinição:Collapsible list
Várias organizações internacionais
Regulado por: Predefinição:Collapsible list
Códigos de língua
ISO 639-1: pt
ISO 639-2: por
ISO 639-3: por
Map of the portuguese language in the world.svg
  Língua materna
  Língua oficial e administrativa
  Língua cultural ou de importância secundária
  Comunidades de minorias lusófonas

A língua portuguesa, também designada português, é uma língua indo-europeia românica flexiva ocidental originada no galego-português falado no Reino da Galiza e no norte de Portugal. Com a criação do Reino de Portugal em 1139 e a expansão para o sul na sequência da Reconquista, deu-se a difusão da língua pelas terras conquistadas e mais tarde, com as descobertas portuguesas, para o Brasil, África e outras partes do mundo.[3] O português foi usado, naquela época, não somente nas cidades conquistadas pelos portugueses, mas também por muitos governantes locais nos seus contatos com outros estrangeiros poderosos. Especialmente nessa altura a língua portuguesa também influenciou várias línguas.[4]

Durante a Era dos Descobrimentos, marinheiros portugueses levaram o seu idioma para lugares distantes. A exploração foi seguida por tentativas de colonizar novas terras para o Império Português e, como resultado, o português dispersou-se pelo mundo. Brasil e Portugal são os dois únicos países cuja língua primária é o português. É língua oficial em antigas colônias portuguesas, nomeadamente, Moçambique, Angola, Cabo Verde, Guiné Equatorial,[5][6][7] Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe, todas na África.[8] Além disso, por razões históricas, falantes do português, ou de crioulos portugueses, são encontrados também em Macau (China), Timor-Leste, em Damão e Diu e no estado de Goa (Índia), Malaca (Malásia), em enclaves na ilha das Flores (Indonésia), Baticaloa no (Sri Lanka) e nas ilhas ABC no Caribe.[9][10]

É uma das línguas oficiais da União Europeia, do Mercosul, da União de Nações Sul-Americanas, da Organização dos Estados Americanos, da União Africana e dos Países Lusófonos. Com aproximadamente 280 milhões de falantes, o português é a 5.ª língua mais falada no mundo, a 3.ª mais falada no hemisfério ocidental e a mais falada no hemisfério sul do planeta.[11] O português é conhecido como "a língua de Camões" (em homenagem a uma das mais conhecidas figuras literárias de Portugal, Luís Vaz de Camões, autor de Os Lusíadas) e "a última flor do Lácio" (expressão usada no soneto Língua Portuguesa, do escritor brasileiro Olavo Bilac).[12] Miguel de Cervantes, o célebre autor espanhol, considerava o idioma "doce e agradável".[13] Em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa, um museu interativo sobre o idioma, foi fundado em São Paulo, Brasil, a cidade com o maior número de falantes do português em todo o mundo.[14]

O Dia Internacional da Língua Portuguesa é comemorado em 5 de maio.[15] A data foi instituída em 2009, no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), com o propósito de promover o sentido de comunidade e de pluralismo dos falantes do português. A comemoração propicia também a discussão de questões idiomáticas e culturais da lusofonia, promovendo a integração entre os povos desses nove países.[16]

Predefinição:TOC-limitado

História

Ver artigo principal: História da língua portuguesa

Origens e período romano

Inscrição em latim em um marco miliário da Via Nova, estrada romana que ligava Bracara Augusta (atual Braga) a Asturica (atual Astorga)

O português teve origem no que é hoje a Galiza e o norte de Portugal, derivada do latim vulgar que foi introduzido no oeste da Península Ibérica há cerca de dois mil anos. Tem um substrato céltico-lusitano,[17] resultante da língua nativa dos povos ibéricos pré-romanos que habitavam a parte ocidental da Península (Galaicos, Lusitanos, Célticos e Cónios). Surgiu no noroeste da Península Ibérica e desenvolveu-se na sua faixa ocidental, incluindo parte da antiga Lusitânia e da Bética romana. O romance galaico-português nasce do latim falado, trazido pelos soldados romanos, colonos e magistrados. O contato com o latim vulgar fez com que, após um período de bilinguismo, as línguas locais desaparecessem, levando ao aparecimento de novos dialetos. Assume-se que a língua iniciou o seu processo de diferenciação das outras línguas ibéricas através do contato das diferentes línguas nativas locais com o latim vulgar, o que levou ao possível desenvolvimento de diversos traços individuais ainda no período romano.[18][19][20]

Mapa cronológico mostrando o desenvolvimento das línguas do sudoeste da Europa entre as quais o português.

A língua iniciou a segunda fase do seu processo de diferenciação das outras línguas românicas depois da queda do Império Romano, durante a época das invasões bárbaras no século V quando surgiram as primeiras alterações fonéticas documentadas que se reflectiram no léxico. Começou a ser usada em documentos escritos pelo século IX, e no século XV tornara-se numa língua amadurecida, com uma literatura bastante rica. Chegando à Península Ibérica em 218 a.C., os romanos trouxeram com eles o latim vulgar, de que todas as línguas românicas (também conhecidas como "línguas novilatinas" ou "neolatinas") descendem. Só no fim do século I a.C. os povos que viviam a sul da Lusitânia pré-romana, os cónios e os celtas, começam o seu processo de romanização. As línguas paleo-ibéricas, como a língua lusitana ou a sul-lusitana são substituídas pelo latim.[21]

A partir de Predefinição:DC, enquanto o Império Romano entrava em colapso, a Península Ibérica era invadida por povos de origem germânica e iraniana ou eslava[22] (suevos, vândalos, búrios, alanos, visigodos), conhecidos pelos romanos como bárbaros que receberam terras como federados. Os bárbaros (principalmente os suevos e os visigodos) absorveram em grande escala a cultura e a língua da Península; contudo, desde que as escolas e a administração romana fecharam, a Europa entrou na Idade Média e as comunidades ficaram isoladas, o latim popular continuou a evoluir de forma diferenciada levando à formação de um proto-ibero-romance "lusitano" (ou proto-galego-português).[23]

Influência árabe, Reconquista e Império Português

Cancioneiro da Ajuda, coleção de poesias escritas em galego-português datada do final do século XIII, influenciadas pela lírica occitana

Desde 711, com a invasão islâmica da Península, que também introduziu um pequeno contingente de saqalibas, o árabe tornou-se a língua de administração das áreas conquistadas. Contudo, a população continuou a usar as suas falas românicas, o moçárabe nas áreas sob o domínio mouro, de tal forma que, quando os mouros foram expulsos, a influência que exerceram na língua foi relativamente pequena. O seu efeito principal foi no léxico, com a introdução de cerca oitocentas palavras através do moçárabe-lusitano.[24]

Em 1297, com a conclusão da reconquista, o rei D. Dinis I prossegue políticas em matéria de legislação e centralização do poder, adoptando o português como língua oficial em Portugal. O idioma se espalhou pelo mundo nos séculos XV e XVI quando Portugal estabeleceu um império colonial e comercial (1415-1999) que se estendeu do Brasil, na América, a Goa, na Ásia (Índia, Macau na China e Timor-Leste). Foi utilizada como língua franca exclusiva na ilha do Sri Lanka por quase 350 anos. Durante esse tempo, muitas línguas crioulas baseadas no português também apareceram em todo o mundo, especialmente na África, na Ásia e no Caribe.[25][26]

Distribuição geográfica

Ver artigos principais: Geografia da língua portuguesa e Lusofonia

Idioma oficial

Predefinição:VT Predefinição:Gráfico circular O português é a língua da maioria da população de Portugal,[27] Brasil,[28] São Tomé e Príncipe (98,4%)[29] e, de acordo com o censo de 2014, é a língua habitual de 71,15% da população de Angola,[30] entretanto, cerca de 85% dos angolanos são capazes de falar português, segundo o Instituto Nacional de Estatística.[31] Apesar de apenas 10,7% da população de Moçambique ser de falantes nativos do português, o idioma é falado por cerca de 50,4% dos moçambicanos, de acordo com o censo de 2007.[32] A língua também é falada por cerca de 15% da população da Guiné-Bissau,[33][34] e por cerca de 25% da população de Timor-Leste.[35] Não existem dados disponíveis relativos a Cabo Verde, mas quase toda a população é bilíngue, sendo os cabo-verdianos monolíngues falantes do crioulo cabo-verdiano. Em Macau, apenas 0,7% da população usa o português como língua nativa e cerca de 4% dos macaenses falam esse idioma.[36][37]

A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (sigla CPLP) consiste em nove países independentes que têm o português como língua oficial: Angola, Brasil, Cabo Verde, Timor-Leste, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe.[8] A Guiné Equatorial fez um pedido formal de adesão plena à CPLP em junho de 2010, o que somente é concedido a países que têm o português como idioma oficial.[38] Em 2011, o português foi incluído como sua terceira língua oficial (ao lado do espanhol e do francês) e, em julho de 2014, o país foi aceito como membro da CPLP.[39][40]

O português é também uma das línguas oficiais da região administrativa especial chinesa de Macau (ao lado do chinês) e de várias organizações internacionais como o Mercosul,[41] a Organização dos Estados Ibero-Americanos,[42] a União de Nações Sul-Americanas,[43] a Organização dos Estados Americanos,[44] a União Africana[45] e da União Europeia.[46]

Poderá acrescentar-se a esse número a imensa diáspora de cidadãos de nações lusófonas espalhada pelo mundo, estimando-se que ascenda aos 10 milhões (4,5 milhões de portugueses, 3 milhões de brasileiros, meio milhão de cabo-verdianos, etc.) mas sobre a qual é difícil obter números reais oficiais, incluindo-se nisso a obtenção de dados porcentuais dessa diáspora que fala efetivamente a língua de Camões, uma vez que uma porção significativa será de cidadãos de países lusófonos nascidos fora de território lusófono descendentes de imigrantes, os quais não necessariamente falam o português. É necessário ter-se igualmente em conta que boa parte das diásporas nacionais já se encontra contabilizada nas populações dos países lusófonos, como por exemplo o grande número de cidadãos emigrantes dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOPs) e brasileiros em Portugal, ou o grande número de cidadãos emigrantes portugueses no Brasil e nos PALOPs.[47]

A língua portuguesa, segundo dados de 2021, está no cotidiano de quase 293 milhões de pessoas, distribuídos por nove países e uma região administrativa especial. Os países com maior população falante da língua portuguesa são o Brasil (212,56 milhões); Angola (32,87 milhões); Moçambique (31,26 milhões) e Portugal (10,2 milhões).[48] <div class="thumb tnone" style="margin-left: auto; margin-right:auto; width:...

max-width
Erro de expressão: Caractere de pontuação "[" não reconhecido.px;">

Predefinição:Países lusófonos

País População
(est. de julho de 2018)[48]
Mais informações Língua
majoritária
Falado por
Brasil 208 846 892 Português do Brasil Predefinição:Ya Grande maioria como língua nativa
Predefinição:Country data Angola Angola 30 355 880 Português de Angola Predefinição:Ya Maioria como língua nativa; grande maioria como uma segunda língua
Predefinição:Country data Mozambique Moçambique 27 233 789 Português de Moçambique Predefinição:NãoOk Minoria significativa como língua nativa; pequena maioria como segunda língua
Predefinição:Country data Portugal Portugal 10 355 493 Português de Portugal Predefinição:Ya Grande maioria como língua nativa
Predefinição:Country data Guinea-Bissau Guiné-Bissau 1 833 247 Português da Guiné-Bissau Predefinição:NãoOk Como uma segunda língua
Predefinição:Country data Timor-Leste Timor-Leste 1 321 929 Português de Timor-Leste Predefinição:NãoOk Pequena minoria como primeira língua; maioria como uma segunda língua
Predefinição:Country data Equatorial Guinea Guiné Equatorial2 797 457 Português da Guiné Equatorial Predefinição:NãoOk Como uma segunda língua
Predefinição:Country data Macau Macau1 606 340 Português de Macau Predefinição:NãoOk Pequena minoria como língua nativa
Predefinição:Country data Cape Verde Cabo Verde 568 373 Português de Cabo Verde Predefinição:NãoOk Como uma segunda língua
Predefinição:Country data São Tomé and Príncipe São Tomé e Príncipe 204 454 Português de São Tomé e Príncipe Predefinição:Ya Grande maioria como língua nativa
Total aprox. 282 milhões Comunidade de Países de Língua Portuguesa

Notas:

  1. Macau é uma das duas Região Administrativa Especial autônoma da República Popular da China (sendo a outra anglófona Hong Kong, uma antiga colônia britânica).
  2. A Guiné Equatorial adotou o português como uma das suas línguas oficiais em 2007, sendo admitida na CPLP em 2014. O uso da língua portuguesa neste país é limitado.

Visibilidade

Existe um número crescente de pessoas que falam português, nos média e na Internet, que estão apresentando tal situação à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e outras organizações para a realização de um debate na comunidade lusófona, com o objetivo de apresentar uma petição para tornar o português uma das línguas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU). Em outubro de 2005, durante a convenção internacional do Elos Clube Internacional da Comunidade Lusíada, realizada em Tavira (Portugal), uma petição cujo texto pode ser encontrado na Internet com o título "Petição para tornar o idioma português oficial na ONU" foi redigida e aprovada por unanimidade.[49] Rômulo Alexandre Soares, presidente da Câmara Brasil - Portugal, destaca que o posicionamento do Brasil no cenário internacional como uma das potências emergentes do século XXI, pelo tamanho de sua população, e a presença da sua variante do português em todo o mundo, fornece uma justificação legítima para a petição enviada à ONU, e assim tornar o português uma das línguas oficiais da organização.[50] Esta é actualmente uma das causas do Movimento Internacional Lusófono.[51]

Em África, o português é língua oficial em Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau, Moçambique e Angola.[52] Finalmente, na Ásia, encontra-se Timor-Leste uma nação lusófona.[8]

Em março de 1994 foi fundado o Bosque de Portugal, na cidade sul-brasileira de Curitiba; o parque abriga o Memorial da Língua Portuguesa, que homenageia os imigrantes portugueses e os países que adotam a língua portuguesa; originalmente eram sete as nações que estavam representadas em pilares, mas com a independência de Timor-Leste, este também foi homenageado com um pilar construído em 2007.[53] Em março de 2006, fundou-se em São Paulo o Museu da Língua Portuguesa.[54]

Língua estrangeira

Placa bilíngue em Macau, China.
Placa em japonês, português e inglês em Oizumi, Japão, que tem uma grande comunidade lusófona devido à imigração de nipo-brasileiros[55]

O ensino obrigatório do português nos currículos escolares é observado no Uruguai[56] e na Argentina.[57] Outros países onde o português é ensinado em escolas, ou onde seu ensino está sendo introduzido agora, incluem Venezuela,[58] Zâmbia,[59] República do Congo,[60] Senegal,[60] Namíbia,[60] Essuatíni,[60] Costa do Marfim[60] e África do Sul.[60]

Há também significativas comunidades de imigrantes falantes do português em muitos países como África do Sul,[61] Andorra (18,6%),[62] Austrália,[63] Bermudas,[64][65] Canadá (0,87% ou 274 670 pessoas segundo o censo de 2006,[66] mas entre 400 mil e 500 mil de acordo com Nancy Gomes),[67] Curaçao, França,[68] Guernsey (2%),[69][70] Japão,[71] Jersey (4,6%),[72] Luxemburgo (15,7%),[73] Namíbia (5%),[74][75] Paraguai (10,7% ou 636 mil pessoas),[76] Suíça (3,7%),[77] Venezuela (1 a 2% ou 254 mil a 480 mil pessoas),[78] Uruguai (15%)[79] e nos Estados Unidos (0,24% da população ou 687 126 falantes de acordo com o American Community Survey de 2007),[80] principalmente em Nova Jersey,[81] Nova York[82] e Rhode Island.[83]

Em algumas partes do que era a Índia Portuguesa, como Goa[84] e Damão e Diu,[85] o português ainda é falado, embora esteja em vias de desaparecimento. Segundo estimativas da UNESCO, o português é um dos idiomas que mais crescem entre as línguas europeias após o inglês e o espanhol. O português é o idioma que tem o maior potencial de crescimento como língua internacional na África Austral e na América do Sul.[86] Espera-se que os países africanos falantes da língua portuguesa tenham uma população combinada de 83 milhões de pessoas até 2050. No total, os países de língua portuguesa terão por volta de 400 milhões de pessoas no mesmo ano.[86][87]

Desde 1991, quando o Brasil assinou no mercado econômico do Mercosul com outros países sul-americanos, como Argentina, Uruguai e Paraguai, tem havido um aumento no interesse pelo estudo do português nas nações da América do Sul. O peso demográfico do Brasil no continente continuará a reforçar a presença do idioma na região.[88][89]

Embora no início do século XXI, depois de Macau ter sido cedida à China, o uso de português estivesse em declínio na Ásia, está novamente se tornando uma língua relativamente popular por lá, principalmente por causa do aumento dos laços diplomáticos e financeiros chineses com os países de língua portuguesa.[90]

País População[91]
(est. de julho de 2017)
Mais informações Ensino obrigatório Falado por
 Uruguai 3 444 006 Português no Uruguai Predefinição:Ya Minoria significativa como língua nativa
 Argentina 43 847 430 Português na Argentina Predefinição:Ya Minoria como segunda língua
 Paraguai 7 052 984 Português no Paraguai Predefinição:NãoOk Minoria significativa como língua nativa
 Venezuela 31 568 179 Português na Venezuela Predefinição:Ya Minoria como segunda língua
Predefinição:Country data África do Sul 57 725 600 Português na África do Sul Predefinição:NãoOk Pequena minoria como segunda língua
Predefinição:Country data Namíbia 2 606 971 Português na Namíbia Predefinição:NãoOk Pequena minoria como segunda língua
Predefinição:Country data República do Congo 5 125 821 Português no Congo Predefinição:NãoOk Pequena minoria como segunda língua
Predefinição:Country data Zâmbia 16 591 390 Português na Zâmbia Predefinição:NãoOk Pequena minoria como segunda língua
Predefinição:Country data Senegal 15 411 614 Português no Senegal Predefinição:NãoOk Pequena minoria como segunda língua
Predefinição:Country data Essuatíni 1 343 098 Português em Essuatíni Predefinição:NãoOk Pequena minoria como segunda língua

Características

Interior do Real Gabinete Português de Leitura, fundado em 1837 no Rio de Janeiro.

O português é uma língua indo-europeia, do grupo das línguas românicas (ou latinas), as quais descendem do latim, pertencente ao ramo itálico da família indo-europeia. Comparado com as outras línguas da Península Ibérica, excluindo o galego e o mirandês, considera-se ter maiores parecenças com o sistema vocálico catalão, mas também existem algumas similitudes entre o português e os falares pirenaicos centrais. Como factor decisivo para a evolução do português considera-se frequentemente a influência de um marcado substrato celta. Os fonemas vocálicos nasais estabelecem uma similitude com o ramo galo-românico (especialmente com o francês antigo).[92]

Enquanto os falantes de português têm um nível notável de compreensão do castelhano, os falantes castelhanos têm, em geral, maior dificuldade de entendimento. Isto acontece porque o português, apesar de ter sons em comum com o castelhano, também tem sons particulares. No português, por exemplo, há vogais e ditongos nasais (provavelmente herança das línguas célticas).[93][94]

Há muitas línguas de contato derivadas do ou influenciadas pelo português, como por exemplo o patuá macaense de Macau. No Brasil, destacam-se o lanc-patuá (derivado do francês), os vários dialetos quilombolas, como o cupópia do Quilombo Cafundó (de Salto de Pirapora, no estado brasileiro de São Paulo) e ainda o talian (uma mescla de português com italiano).[95]

Dialetos

Ver artigo principal: Dialetos da língua portuguesa

Predefinição:Vertambém

Predefinição:Imagem múltipla

Assim como os outros idiomas, o português sofreu uma evolução histórica, sendo influenciado por vários idiomas e dialetos, até chegar ao estágio conhecido atualmente. Deve-se considerar, porém, que o português de hoje compreende vários dialetos e subdialetos, falares e subfalares, muitas vezes bastante distintos, além de dois padrões reconhecidos internacionalmente (o português brasileiro e o português europeu). No momento atual, o português é a única língua do mundo ocidental falada por mais de cem milhões de pessoas com duas ortografias oficiais (é notado que a língua inglesa tem diferenças de ortografia pontuais mas não ortografias oficiais divergentes). Esta situação deve ser resolvida pelo Acordo Ortográfico de 1990.[96]

Foi, entretanto, concluído pela Professora Maria Regina Rocha, que através das regras do Acordo Ortográfico de 1990, foram unificados 569 vocábulos, 2 691 palavras que apresentavam diferenças entre as ortografias portuguesa/africana/asiática e brasileira assim se mantiveram após a reforma ortográfica, 1 235 passaram a ter uma grafia diferente e, assim, 3 926 vocábulos ficam com diferenças gráficas entre ambos os lados do Atlântico.[97]

A língua portuguesa tem grande variedade de dialectos, muitos deles com uma acentuada diferença lexical em relação ao português padrão seja no Brasil ou em Portugal. Tais diferenças, entretanto, não prejudicam muito a inteligibilidade entre os locutores de diferentes dialectos.[98]

Os primeiros estudos sobre os dialectos do português europeu começaram a ser registados por Leite de Vasconcelos no começo do século XX.[99][100] Mesmo assim, todos os aspectos e sons de todos os dialectos de Portugal podem ser encontrados nalgum dialecto no Brasil. O português africano, em especial o português são-tomense, tem muitas semelhanças com o português do Brasil. Ao mesmo tempo, os dialetos do sul de Portugal (chamados "meridionais") apresentam muitas semelhanças com o falar brasileiro, especialmente, o uso intensivo do gerúndio (e. g. falando, escrevendo, etc.). Na Europa, os dialectos transmontano e alto-minhoto apresentam muitas semelhanças com o galego.[101] Um dialecto já quase desaparecido é o português oliventino ou português alentejano oliventino, falado em Olivença e em Táliga.[102]

Após a independência das antigas colônias africanas, o português padrão de Portugal tem sido o escolhido pelos países africanos de língua portuguesa. Logo, o português tem apenas dois dialetos de aprendizagem, o europeu e o brasileiro. Note-se que na língua portuguesa europeia há uma variedade prestigiada que deu origem à norma-padrão: a variedade de Lisboa.[103] No Brasil, a maior quantidade de falantes se encontra na região sudeste do país, essa região foi alvo de intensas migrações internas, graças ao seu poder econômico. O Distrito Federal apresenta um destaque devido ao seu dialeto próprio, pelas várias hordas de migração interna. Os dialectos europeus e americanos do português apresentam problemas de inteligibilidade mútua (dentro dos dois países), devido, sobretudo, a diferenças culturais, fonéticas, lexicais. Nenhum pode, no entanto, ser considerado como intrinsecamente melhor ou perfeito.[104]

Algumas comunidades cristãs falantes de português na Índia, Sri Lanka, Malásia e Indonésia preservaram a sua língua mesmo depois de terem ficado isoladas de Portugal. A língua foi muito alterada nessas comunidades e, em muitas, nasceram crioulos de base portuguesa, alguns dos quais ainda persistem, após séculos de isolamento.[105] Também é percebível uma variedade de palavras originadas do português no tétum. Palavras de origem portuguesa entraram no léxico de várias outras línguas, como o japonês, o suaíli, o indonésio e o malaio.[106]

Léxico

Ver artigo principal: Léxico da língua portuguesa
  1. REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT

O Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, com cerca de 228 500 entradas, 376 500 acepções, 415 500 sinónimos, 26 400 antónimos e 57 000 palavras arcaicas, é um exemplo da riqueza léxica da língua portuguesa. Segundo um levantamento feito pela Academia Brasileira de Letras, a língua portuguesa tem atualmente cerca de 356 mil unidades lexicais. Essas unidades estão dicionarizadas no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa.[108]

A maior parte do léxico do português é derivado do latim, já que o português é uma língua românica. No entanto, por causa da origem celtibera,[109][110] as migrações dos povos germânicos,[111] a ocupação moura da Península Ibérica durante a Idade Média e a participação de Portugal na Era dos Descobrimentos, adotou palavras de todo o mundo. No século XIII, por exemplo, o léxico do português tinha cerca de 80% das suas palavras com origem latina e 20% com origem pré-romana, celta, germânica e árabe. Atualmente, a língua portuguesa ostenta no seu vocabulário termos provenientes de diferentes idiomas como o provençal, o holandês, o hebraico, o persa, o quíchua, o chinês, o turco, o japonês, o alemão e o russo, além de idiomas bem mais próximos, como o inglês, o francês, o espanhol e o italiano. Também houve influência de algumas línguas africanas.[112][113]

A maioria das palavras em português que podem ter sua origem rastreada até aos habitantes pré-romanos de Portugal, que incluíam os iberos, galaicos, lusitanos, célticos, túrdulos velhos, cónios e outros, é celta,[114] existindo muito pouco léxico ibérico. No século V, a Península Ibérica (a Hispânia romana) foi conquistada pelos germânicos suevos e visigodos. Esses povos contribuíram com algumas palavras ao léxico português, principalmente nas relacionadas à guerra. Entre os séculos IX e XIII, o português adquiriu cerca de 800 palavras do árabe, devido a influência moura na Iberia. No século XV, as explorações marítimas portuguesas levaram à introdução de estrangeirismos de muitas das línguas asiáticas. Do século XVI ao XIX, por causa do papel de Portugal como intermediário no comércio de escravos no Atlântico e o estabelecimento de grandes colónias portuguesas em Angola, Moçambique e Brasil, o português sofreu várias influências de idiomas africanos e ameríndios.[112][113]

Ortografia

Ver artigo principal: Ortografia da língua portuguesa
Biblioteca do Palácio Nacional de Mafra, em Portugal.

O português padrão tem duas variantes reconhecidas internacionalmente: como em Portugal e nos restantes países do mundo lusófono à exceção do Brasil; e como no Brasil. Empregado por cerca de 85% dos falantes do português, o padrão brasileiro é hoje o mais falado, escrito, lido e estudado do mundo. É, ademais, amplamente estudado nos países da América do Sul, devido à grande importância econômica do Brasil no Mercosul. As diferenças entre as variedades do português da Europa e do Brasil estão no vocabulário, na pronúncia e na sintaxe, especialmente nas variedades vernáculas, enquanto nos textos formais essas diferenças diminuem bastante. As diferenças não são maiores que entre o inglês dos Estados Unidos e do Reino Unido ou o francês da França e de Québec.[115]

Ambas as variedades são, sem dúvida, dialectos da mesma língua e os falantes de ambas as variedades podem entender-se apenas com pequenas dificuldades pontuais. Essas diferenças entre as variantes são comuns a todas as línguas naturais, ocorrendo em maior ou menor grau, dependendo do caso. Com um oceano entre Brasil e Portugal, e ao longo de quinhentos anos, a língua evoluiu de maneira diferente em ambos os países, dando origem a dois padrões de linguagem simplesmente diferentes, não existindo um padrão que seja mais correto em relação ao outro. É importante salientar que dentro daquilo a que se convencionou chamar "português do Brasil" e "português europeu" há um grande número de variações regionais.[116]

Um dos traços mais importantes do português brasileiro é o seu conservadorismo em relação à variante europeia, sobretudo no aspecto fonético. Um português do século XVI mais facilmente reconheceria a fala de um brasileiro do século XX como sua do que a fala de um português.[117]

Europa e África pré-Acordo acção acto contacto direcção eléctrico óptimo adopção
Brasil pré e pós-Acordo ação ato contato direção elétrico ótimo adoção

Nota: no Brasil mantêm-se quando pronunciadas, como em facção, compactar, intelectual, aptidão, característica etc. Também ocorriam diferenças de acentuação devido a pronúncias diferentes. No Brasil, em palavras como acadêmico, anônimo e bidê usa-se o acento circunflexo por tratar-se de vogais fechadas, enquanto nos restantes países lusófonos estas vogais são abertas: académico, anónimo e bidé respectivamente. Nesses casos, o Acordo Ortográfico de 1990, assinado por todos os países membros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), instituiu duplas grafias para o mundo lusófono (Base XI, 3º).

Reformas ortográficas

Ver artigo principal: Reforma ortográfica

Durante muitos anos, Portugal (até 1975, incluía as suas colónias) e o Brasil tomaram decisões unilateralmente e não chegaram a um acordo comum, legislando sobre a língua.[118]

Existiram pelo menos cinco acordos ortográficos: Acordo Ortográfico de 1911, Acordo Ortográfico de 1943, Acordo Ortográfico de 1945, Acordo Ortográfico de 1971 e o Acordo Ortográfico de 1990. Todos eles estiveram envolvidos em polémicas e divergências entre os países signatários.[118]

Os mais significativos foram o Acordo Ortográfico de 1943 que esteve em vigor apenas no Brasil entre 12 de agosto de 1943 e 31 de dezembro de 2008 (com algumas alterações introduzidas pelo Acordo Ortográfico de 1971) e o Acordo Ortográfico de 1945, em vigor em Portugal e todas as colónias portuguesas da época, desde 8 de dezembro de 1945 até à entrada em vigor do Acordo Ortográfico de 1990, que ainda não entrou em vigor em todos os países signatários.[118]

Acordo de 1990
Ver artigo principal: Acordo ortográfico de 1990

O Acordo Ortográfico de 1990 foi proposto para criar uma norma ortográfica única, de que participaram na altura todos os países de língua oficial portuguesa, e em que esteve presente uma delegação não oficial de observadores da Galiza. Os signatários que ratificaram o acordo original foram Portugal (1991), Brasil (1995), Cabo Verde (1998) e São Tomé e Príncipe (2006).[96]

Variedades ortográficas
Países lusófonos à exceção do Brasil antes do OA1990 Mundo lusófono pós-OA1990
direcção direção
óptimo ótimo

Em julho de 2004 foi aprovado, em São Tomé e Príncipe, o Segundo Protocolo Modificativo, durante a Cúpula dos Chefes de Estado e de governo da CPLP. O Segundo Protocolo vem permitir que o acordo possa vigorar com a ratificação de apenas três países, sem a necessidade de aguardar que todos os demais membros da CPLP adotem o mesmo procedimento, e contemplava também a adesão de Timor-Leste, que ainda não era independente em 1990. Assim, tendo em vista que o Segundo Protocolo Modificativo foi ratificado pelo Brasil (2004), Cabo Verde (2005) e São Tomé e Príncipe (2006), e que o Acordo passaria automaticamente a vigorar um mês após a terceira ratificação necessária, tecnicamente, o novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa está em vigor, na ordem jurídica internacional e nos ordenamentos jurídicos dos três Estados acima indicados, desde 1º de Janeiro de 2007.[119]

Depois de muita discussão, no dia 29 de julho de 2008, o parlamento português ratificou o Segundo Protocolo Modificativo, aprovado a 25 de julho do mesmo ano,[120] estabelecendo um prazo de até seis anos para que a reforma ortográfica fosse totalmente implantada. A nova e a antiga ortografia coexistiram em Portugal[121] entre 13 de maio de 2009 e 13 de maio de 2015, data em que o Acordo Ortográfico de 1990 passou a vigorar obrigatoriamente em Portugal.[122]

No Brasil, houve a vigência desde janeiro de 2009, tendo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinado legislação sobre o acordo no segundo semestre de 2008. Porém, até 2012 as duas ortografias estiveram vigentes.[123]

Gramática

Ver artigo principal: Gramática da língua portuguesa
Frontispício da Grammatica da Língua Portuguesa, publicada em 1540.

A gramática, a morfologia e a sintaxe do idioma português é semelhante à gramática das demais línguas românicas, especialmente à do espanhol, língua com a qual compartilha 89% de semelhança lexical,[124] e ainda mais à do galego. O português é um idioma relativamente sintético e flexivo.[125][126]

Substantivos, adjetivos, pronomes e artigos são moderadamente flexionados: existem dois gêneros (masculino e feminino) e dois números (singular e plural). O caso gramatical da sua língua ancestral, o latim, foi perdido, mas os pronomes pessoais são ainda divididos em três tipos principais de formas: sujeito, objeto do verbo e objeto da preposição. A maioria dos substantivos e adjetivos pode levar muitos sufixos diminutivos ou aumentativos derivacionais e a maioria dos adjetivos podem ter sufixo derivacional "superlativo". Normalmente os adjetivos seguem o substantivo.[125][126]

Os verbos são altamente flexionados: existem três tempos (passado, presente e futuro), três modos (indicativo, subjuntivo, imperativo), três aspectos (perfectivo, imperfectivo e progressiva), duas vozes (ativa e passiva) e um infinitivo flexionado. Tempos mais que perfeitos e imperfeitos são sintéticos, totalizando 11 paradigmas de conjugação, enquanto todos os tempos progressivos e construções passivas são perifrásticos. Como em outras línguas românicas, existe também uma construção impessoal passiva, onde o agente substituído por um pronome indefinido. O português é basicamente uma língua SVO, embora a sintaxe SOV possa ocorrer com alguns poucos pronomes e a ordem das palavras geralmente não seja tão rígida quanto no inglês, por exemplo. É uma linguagem de sujeito nulo, com uma tendência de queda dos objetos de pronomes, bem como das variedades coloquiais. O português tem dois verbos de ligação.[125][126]

A língua portuguesa tem várias características gramaticais que a distinguem da maioria das outras línguas românicas, como um pretérito mais-que-perfeito sintético, verbo no futuro do subjuntivo, infinitivo flexionado e um presente perfeito com um sentido iterativo. Um recurso exclusivo do idioma português é a mesóclise, a infixação de pronomes clíticos em algumas formas verbais.[125][126]

Fonologia

Ver artigo principal: Fonologia da língua portuguesa

Arquivo:WIKITONGUES- Sara speaking Portuguese.webm Arquivo:2JOB Brasilândia.ogg

Plano de monotongos do Português de Lisboa.
Plano de monotongos do Português de São Paulo, Predefinição:Harvcoltxt

A língua portuguesa contém alguns sons únicos para falantes de outras línguas, tornando-se, por isso, necessário que estes lhes prestem especial atenção quando os aprendem. O português tem uma das fonologias mais ricas das línguas românicas, com vogais orais e nasais, ditongos nasais e dois ditongos nasais duplos. As vogais semifechadas Predefinição:IPA e as vogais semiabertas Predefinição:IPA são quatro fonemas separados, ao invés do espanhol, e o contraste entre elas é usado para apofonia. O português europeu também possui duas vogais centrais, uma das quais tende a ser omitida na fala como o e caduc do francês. Há, no português, um máximo de nove vogais orais e 19 consoantes, embora algumas variedades da língua tenham menos fonemas (o português brasileiro é geralmente analisado como tendo sete vogais orais). Há também cinco vogais nasais, que alguns linguistas consideram como alofones das vogais orais, dez ditongos orais e cinco ditongos nasais. No total, o português do Brasil tem 13 fonemas vogais.[127]

Vogais

Para as sete vogais do latim vulgar, o português europeu acrescentou duas vogais centrais próximas, uma das quais tende a ser elidida na fala rápida. A carga funcional destas duas vogais adicionais é muito baixa. As vogais altas Predefinição:IPA e as vogais baixas Predefinição:IPA são quatro fonemas distintos e eles se alternam em várias formas de apofonia. Como o catalão, o português usa qualidade da vogal para contrastar sílabas estressadas com sílabas átonas: vogais isoladas tendem a ser levantadas, e em alguns casos, centralizadas, quando átonas. Ditongos nasais ocorrem principalmente nas extremidades das palavras.[127]

Consoantes

Fonemas consonantais do portuguêsPredefinição:HarvRefPredefinição:HarvRef
Bilabial Labio-
dental
Dental/
Alveolar
Palato-
alveolar
Palatal Velar Uvular/
Glotal
Nasal Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Oclusiva Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Fricativa Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Lateral Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Vibrante Predefinição:IPA

Exemplo de pronúncias diferentes

Excerto do épico nacional português Os Lusíadas, de Luís de Camões (I, 33)

Original IPA (Lisboa) IPA (Rio de Janeiro) IPA (São Paulo)
Sustentava contra ele Vénus bela, Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Afeiçoada à gente Lusitana, Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Por quantas qualidades via nela Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Da antiga tão amada sua Romana; Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Nos fortes corações,
na grande estrela,
Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Que mostraram na terra Tingitana, Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
E na língua, na qual quando imagina, Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA
Com pouca corrupção crê que é a Latina. Predefinição:IPA Predefinição:IPA Predefinição:IPA[128]

Ver também

Referências

  1. Schütz, Ricardo (4 de agosto de 2003). «A Presença do Inglês e do Português no Mundo». Consultado em 5 de julho de 2011 
  2. «The 30 Most Spoken Languages of the World». KryssTal. Consultado em 5 de julho de 2011 
  3. Vázquez Cuesta, Pilar; Mendes da Luz, Albertina (1989). Gramática da língua portuguesa. Lisboa: Edições 70. p. 180 
  4. «Marco Ramerini, A Herança da Língua Portuguesa no Oriente (Ásia)». Consultado em 17 de maio de 2012. Arquivado do original em 29 de julho de 2012 
  5. «Guiné-Equatorial anuncia o português como língua oficial do país». Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2012 
  6. «TVI24». tvi24.iol.pt (em português). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  7. «Português entre as línguas oficiais de Guiné Equatorial». Consultado em 22 de novembro de 2011. Arquivado do original em 3 de janeiro de 2012 
  8. 8,0 8,1 8,2 «Estados-membros da CPLP». Consultado em 7 de fevereiro de 2017 
  9. «Sri Lanka - The Portuguese in Sri Lanka (1505–1658)». Encyclopædia Britannica (em English). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  10. Michael Swan, Bernard Smith (2001). Learner English: a Teacher's Guide to Interference and Other Problems (em Inglês). [S.l.]: Cambridge University Press. 378 páginas 
  11. Alexandra Carita (20 de julho de 2012). «O português vai ser uma língua internacional?». Expresso. Consultado em 23 de Setembro de 2015 
  12. «Língua Portuguesa, de Olavo Bilac» 🔗. Consultado em 24 de agosto de 2006. Arquivado do original em 7 de outubro de 2008 
  13. «Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes. Se reunió Cervantes a su antiguo tercio.» (em espanhol) 
  14. «Notícias da CPLP | Noticias da Comunidade de Países de Língua Portuguesa». www.noticiaslusofonas.com. Consultado em 4 de maio de 2021 
  15. «Dia da Língua Portuguesa e da Cultura da CPLP». Consultado em 29 de janeiro de 2011. Arquivado do original em 4 de dezembro de 2010 
  16. Rede Brasil Cultural. Ministério das Relações Exteriores (Brasil). Divisão de Promoção da Língua Portuguesa. 5 de Maio é o Dia Internacional da Língua Portuguesa
  17. «csarmento.uminho.pt». Casa de Sarmento (em português). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  18. «Origens e estruturação histórica do léxico português" (1976)» (PDF) 
  19. «Bilinguism and the Latin language, J.N. Adams.Cambridge University Press» (PDF) (em inglês) 
  20. «Comparative Grammar of Latin 34» (PDF) (em inglês) 
  21. «Povos pré-romanos da Península Ibérica, Arkeotavira» 
  22. Kottzebue, "Mas huella eslavas en espana"
  23. «Hermanni Contracti Chronicon». Consultado em 24 de junho de 2008. Arquivado do original em 1 de junho de 2014 
  24. R. F. Mansur Guérios. UFPR, ed. «o romanço moçarâbico lusitano». Consultado em 25 de setembro de 2021 
  25. Predefinição:Citar tese
  26. Jacobs, Bart (2009). «The Upper Guinea Origins of Papiamentu: Linguistic and Historical Evidence» (PDF). Diachronica (em English). 26 (3): 319–379. ISSN 0176-4225. doi:10.1075/dia.26.3.02jac. hdl:10961/207 
  27. «Special Eurobarometer 243 "Europeans and their Languages"» (PDF). Comissão Europeia. 2006. p. 6. Consultado em 11 de maio de 2011  (em inglês)
  28. Portuguese language in Brazil (em inglês)
  29. «Sao Tome and Principe in CIA World Factbook» (em English). CIA. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  30. «Angola: português é falado por 71,15% de angolanos». Observatório da Língua Portuguesa. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  31. «Angola vai avaliar nível de aprendizagem das línguas nacionais». África 21 online. Consultado em 23 de julho de 2015 
  32. «Lusofonia em Moçambique» (PDF). Consultado em 30 de maio de 2016 
  33. «A língua portuguesa: Guiné-Bissau». Consultado em 11 de março de 2015 
  34. «Português na África». Info Escola. Consultado em 2 de março de 2018 
  35. «língua portuguesa em timor leste, o dilema entre a memória e o problema da identidade». Jornal Nacional Diário. Consultado em 18 de dezembro de 2016 
  36. «Português como segunda língua, tema de conferência em Macau». Parábola Editorial. Consultado em 17 de dezembro de 2016 [ligação inativa] 
  37. «Português como língua oficial em Macau: ensino, aprendizagem e empregabilidade (introdução)». Lang-8. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  38. CPLP, ed. (3 de maio de 2011). «Missão da CPLP à Guiné Equatorial». Consultado em 7 de março de 2022 
  39. «Guiné Equatorial já é membro de pleno direito da CPLP». Jornal Expresso. Julho de 2014. Consultado em 7 de fevereiro de 2017 
  40. El País, ed. (20 de julho de 2014). «A Guiné Equatorial entra na Comunidade de Países de Língua Portuguesa». Consultado em 7 de março de 2022 
  41. «Official languages of Mercosur as agreed in the Protocol of Ouro Preto. Consultado em 19 de julho de 2011. Arquivado do original em 22 de julho de 2011 
  42. «OEI | Secretaría General». Organización de Estados Iberoamericanos (em español). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  43. «Artículo 23 para língua oficiais» (PDF). Consultado em 19 de julho de 2011. Arquivado do original (PDF) em 8 de novembro de 2011 
  44. Assembleia-geral da OEA, Alterações ao Regimento da Assembleia Geral, 5 de junho de 2000
  45. «Artigo 11, Protocolo de Emendas ao Ato Constitutivo da União Africana» (PDF). Consultado em 19 de julho de 2011. Arquivado do original (PDF) em 8 de dezembro de 2013 
  46. «Languages in Europe – Official EU Languages». EUROPA web portal. Consultado em 12 de outubro de 2009 
  47. Eunice Cristina do N. C. Seixas (Junho de 2007). Universidade de Coimbra, ed. «Discursos Pós-Coloniais sobre a Lusofonia: Comparando Agualusa e Saramago» (PDF). Consultado em 9 de junho de 2012 [ligação inativa] 
  48. 48,0 48,1 «The World Factbook – Field Listing – Population – CIA». Central Intelligence Agency. Consultado em 30 de março de 2019 
  49. «ONU: Petição para tornar português língua oficial». Consultado em 7 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 9 de janeiro de 2009 
  50. «Português pode ser língua oficial na ONU». Consultado em 7 de dezembro de 2008. Arquivado do original em 10 de janeiro de 2009 
  51. «Movimento Internacional Lusófono» 
  52. Universidade Federal do Rio Grande do Norte (ed.). «A língua portuguesa». Consultado em 9 de junho de 2012 
  53. «Bosque ganha pilar em homenagem ao Timor». Sítio oficial da Câmara Municipal de Curitiba. 12 de junho de 2007. Consultado em 5 de outubro de 2007 
  54. Governo do Estado de São Paulo (ed.). «Museu da Língua Portuguesa». Consultado em 19 de fevereiro de 2015 
  55. Carvalho, Daniela de (1 de fevereiro de 2013). Migrants and Identity in Japan and Brazil: The Nikkeijin. [S.l.: s.n.] ISBN 978-1-135-78765-3 
  56. «Governo uruguaio torna obrigatório ensino do português». 5 de novembro de 2007. Consultado em 13 de julho de 2010 
  57. «El portugués será materia obligatoria en la secundaria» (em Spanish). 21 de janeiro de 2009. Consultado em 13 de julho de 2010. Arquivado do original em 6 de janeiro de 2010 
  58. «Língua portuguesa será opção no ensino oficial venezuelano». 24 de maio de 2009. Consultado em 13 de julho de 2010. Arquivado do original em 22 de maio de 2011 
  59. «Zâmbia vai adotar a língua portuguesa no seu ensino básico.». 26 de maio de 2009. Consultado em 13 de julho de 2010. Arquivado do original em 28 de maio de 2009 
  60. 60,0 60,1 60,2 60,3 60,4 60,5 «Congo passará a ensinar português nas escolas.». 4 de junho de 2010. Consultado em 13 de julho de 2010 
  61. Entre 300 000 e 600 000 de acordo com Pina, António (2001), «Portugueses na África do Sul», Actualidade das migrações, Janus, cópia arquivada em 18 de maio de 2013 
  62. Predefinição:Ref-web
  63. 0,13% ou 25.779 pessoas falam em casa, no censo de 2006, ver «Language Spoken at Home from the 2006 census». Australian Bureau of Statistics 
  64. «Portugueses em risco nas Bermudas». Correio da Manhã. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  65. «Bermuda». World InfoZone. Consultado em 21 de abril de 2010 
  66. «2006 Census Topic-based tabulations» (em English). Statistics Canada. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  67. Gomes, Nancy (2001), «Os portugueses nas Américas: Venezuela, Canadá e EUA», Actualidade das migrações, Janus, cópia arquivada em 22 de dezembro de 2012 
  68. 580 mil estimados para usá-la como língua materna no censo de 1999 e 490.444 cidadãos no censo de 2007, consulte Répartition des étrangers par nationalité
  69. «Voices - Multilingual Nation» (em English). BBC. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  70. «O garnisé, quem diria, veio de Guernsey». Veja. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  71. Correio do Estado, ed. (2008). «Japão: imigrantes brasileiros popularizam língua portuguesa». Consultado em 9 de março de 2022 
  72. 4,6% de acordo com o censo de 2001, ver
  73. «N° 17 La langue principale, celle que l'on maîtrise le mieux» (em français). Governo de Luxemburgo. 2013. Consultado em 16 de dezembro de 2016 
  74. «Namíbia quer ser membro observador da CPLP» (em English). Ventos da Lusofonia. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  75. Portuguese to be introduced in schools. The Namibian. Acessado em 6 de abril de 2012.
  76. Ethnologue (ed.). «Languages of Paraguay». Consultado em 9 de março de 2022 
  77. «Switzerland in CIA World Factbook» (em English). CIA. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  78. Ver «Languages of Venezuela»  e Gomes, Nancy (2001), «Os portugueses nas Américas: Venezuela, Canadá e EUA», Actualidade das migrações, Janus, consultado em 13 de maio de 2011, cópia arquivada em 22 de dezembro de 2012 
  79. «Centenas de milhares de uruguaios têm português como língua materna». Diário de Notícias. Consultado em 17 de dezembro de 2016 
  80. Carvalho, Ana Maria (2010), «Portuguese in the USA», in: Potowski, Kim, Language Diversity in the USA, ISBN 978-0-521-74533-8, Cambridge University Press 
  81. Hispanic Reading Room of the U.S. Library of Congress Web site, Twentieth-Century Arrivals from Portugal Settle in Newark, New Jersey,
  82. «Brazucas (Brazilians living in New York)». Nyu.edu. Consultado em 21 de abril de 2010 
  83. Hispanic Reading Room of the U.S. Library of Congress Web site, Whaling, Fishing, and Industrial Employment in Southeastern New England
  84. «Portuguese Language in Goa». Colaco.net. Consultado em 21 de abril de 2010. Arquivado do original em 29 de maio de 2001 
  85. «The Portuguese Experience: The Case of Goa, Daman and Diu». Rjmacau.com. Consultado em 21 de abril de 2010. Arquivado do original em 26 de agosto de 2009 
  86. 86,0 86,1 «Portuguese language gaining popularity». Anglopress Edicões e Publicidade Lda. 5 de maio de 2007. Consultado em 18 de maio de 2011 
  87. Carolina Matos (17 de novembro de 2016). «Lisbon: Portuguese language to expand to 400 million speakers globally – Portugal». Portuguese American Journal. Consultado em 20 de novembro de 2017 
  88. Universidade Federal Fluminense, ed. (2009). «A expansão do português na América Latina» (PDF). Consultado em 9 de junho de 2012. Arquivado do original (PDF) em 17 de outubro de 2012 
  89. José Jorge Peralta (2009). Portal da Lusofonia, ed. «O Brasil na América do Sul». Consultado em 9 de junho de 2012 
  90. Leach, Michael (2007), «talking Portuguese; China and East Timor», Arena Magazine, consultado em 18 de maio de 2011 
  91. «The World Factbook – Field Listing – Population – CIA». Central Intelligence Agency. Consultado em 7 de março de 2015 
  92. Instituto Camões, ed. (1994). «Lexikon der Romanistischen Linguistik (LRL)» (PDF). Consultado em 7 de março de 2022 
  93. Instituto Camões (ed.). «Fonética histórica». Consultado em 7 de março de 2022 
  94. «Povos pré-romanos da Península Ibérica (aproximadamente 200 a.C.)». arkeotavira.com. Consultado em 7 de março de 2022 
  95. Em Cafundó, esforço para salvar identidade. São Paulo, SP: O Estado de S. Paulo, 2006 dezembro 24, p. A8.
  96. 96,0 96,1 Portal da Língua Portuguesa, ed. (1990). «Acordo Ortográfico de 1990 no Portal da Língua Portuguesa, MCTES». Consultado em 9 de março de 2022 
  97. ««A falsa unidade ortográfica» [Maria Regina Rocha, PÚBLICO, 19.01.2013] - ILC contra o Acordo Ortográfico» (em português). Consultado em 18 de fevereiro de 2021 
  98. Maria Bernadete ABAURRE e Charlotte GALVES (1998). Universidade Estadual de Campinas, ed. «As diferenças rítmicas entre o português europeu e o português brasileiro: uma abordagem otimalista e minimalista». Consultado em 9 de junho de 2012 
  99. José Leite de Vasconcelos. «Dialectologia.». Opúsculos. Consultado em 16 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 11 de outubro de 2007 
  100. José Leite de Vasconcelos. «Dialectologia (Parte II)». Opúsculos. Volume VI. Consultado em 16 de dezembro de 2007. Arquivado do original em 11 de outubro de 2007 
  101. José Leite de Vasconcelos. «Dialecto transmontano (Parte I)» (PDF). Opúsculos. Volume VI. Consultado em 23 de dezembro de 2009. Arquivado do original (PDF) em 18 de fevereiro de 2014 
  102. RTP, ed. (27 de fevereiro de 2009). «Olivença quer evitar a "morte" do português oliventino». Consultado em 9 de junho de 2012 
  103. Universidade Federal de Pernambuco (ed.). «O Português no mundo». Consultado em 10 de junho de 2012 
  104. Renata Costa. Revista Nova Escola, ed. «Como surgiram os diferentes sotaques do Brasil?». Consultado em 9 de junho de 2012. Arquivado do original em 2 de junho de 2012 
  105. Dulce Pereira. Instituto Camões, ed. «Crioulos de base portuguesa». Consultado em 10 de junho de 2012 
  106. Marco Ramerini. «A herança da língua portuguesa na ásia». Consultado em 9 de junho de 2012. Arquivado do original em 29 de julho de 2012 
  107. Fundação Biblioteca Nacional (ed.). «cervantesvirtual.com». Consultado em 9 de junho de 2012 
  108. Academia Brasileira de Letras (ed.). «Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa». Consultado em 9 de junho de 2012 
  109. «Investigadores debatem legado celta na Península Ibérica». PÚBLICO (em português). Consultado em 17 de fevereiro de 2021 
  110. Varela, José Manuel Vázquez; Quintela, Marco V. García (1998). A vida cotiá na Galicia castrexa (em galego). [S.l.]: Univ Santiago de Compostela 
  111. patrimoniocultural.gov - pdf
  112. 112,0 112,1 CARDOSO, Wilton & CUNHA, Celso Ferreira da (2007). «Aspectos da construção do léxico português». Consultado em 9 de junho de 2012 
  113. 113,0 113,1 Joseph-Maria PIEL (1989). «"Origens e estruturação histórica do léxico português"» (PDF). Consultado em 9 de junho de 2012 
  114. Salgado, Benigno Fernández (2000). Os rudimentos da lingüística galega: un estudio de textos lingüísticos galegos de principios do século XX (1913-1936) (em galego). [S.l.]: Univ Santiago de Compostela 
  115. «Língua Quebequense *francês». Consultado em 12 de abril de 2008. Arquivado do original em 5 de setembro de 2008 
  116. Adelardo A. D. Medeiros (2006). Universidade Federal do Rio Grande do Norte, ed. «A língua portuguesa - O mundo lusófono». Consultado em 26 de outubro de 2021 
  117. «A Pronúncia do Português Europeu». Instituto Camões. Consultado em 14 de novembro de 2010 
  118. 118,0 118,1 118,2 HowStuffWorks (ed.). «Como funciona a reforma ortográfica do português». Consultado em 9 de junho de 2012. Arquivado do original em 10 de maio de 2012 
  119. «Cf. Nota da CPLP». Consultado em 24 de junho de 2007. Arquivado do original em 6 de junho de 2007 
  120. «DetalheIniciativa». www.parlamento.pt (em português). Consultado em 7 de setembro de 2018 
  121. Ciberdúvidas/ISCTE-IUL. «Acordo Ortográfico em vigor em Portugal desde 13 de maio de 2009 - Ciberdúvidas da Língua Portuguesa». ciberduvidas.iscte-iul.pt (em português). Consultado em 7 de setembro de 2018 
  122. «Reunião Plenária». Assembleia da República. 16 de maio de 2008. Consultado em 6 de janeiro de 2010 
  123. «Presidente promulga acordo ortográfico». MEC. Consultado em 9 de junho de 2012 
  124. Guus Extra, e Kutlay Yaǧmur (2004). Urban Multilingualism in Europe: Immigrant Minority Languages at Home and School. [S.l.]: Multilingual Matters. 428 páginas. ISBN 9781853597787 
  125. 125,0 125,1 125,2 125,3 Pasquale Cipro Neto & Ulisses Infante. «Gramática da Língua Portuguesa» (PDF). Consultado em 9 de junho de 2012. Arquivado do original (PDF) em 25 de novembro de 2011 
  126. 126,0 126,1 126,2 126,3 FLIP (ed.). «Gramática - Introdução». Consultado em 9 de junho de 2012 
  127. 127,0 127,1 Handbook of the International Phonetic Association pg. 126–130; a referência aplica-se à toda a seção.
  128. White, Landeg. (1997). The Lusiads—English translation. Oxford World's Classics. Oxford University Press. ISBN 0-19-280151-1

Bibliografia

Predefinição:Refbegin

Predefinição:Refend

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Wikilivros Livros e manuais no Wikilivros
Commons Categoria no Commons

talvez você goste