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Universidade Federal do Paraná

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Universidade Federal do Paraná
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UFPR
Lema Scientia et Labor
"Ciência e Trabalho"
Fundação 19 de dezembro de 1912 (111 anos)
Tipo de instituição Coat of arms of Brazil.svg Pública Federal
Localização Curitiba, Paraná, Brasil (reitoria)
Reitor(a) Ricardo Marcelo Fonseca
Vice-reitor(a) Graciela Ines Bolzon de Muniz
Docentes 2 428(2016)[1]
Total de estudantes 41 884(2016)[1]
Graduação 28 166(2016)[1]
Pós-graduação 9 982(2016)[1]
Campus Predefinição:Collapsible list
Cores azul Predefinição:Color box branco Predefinição:Color box
Afiliações CRUB, RENEX
Orçamento anual 1.424.514.409,00 (2017)[2]
Página oficial www.ufpr.br

A Universidade Federal do Paraná (UFPR) é a mais antiga[3][4] instituição de ensino com concepção de universidade do Brasil,[5][6] fundada em 19 de dezembro de 1912,[7] inicialmente com o nome de Universidade do Paraná.[8]

Atualmente as instalações da universidade estão distribuídas entre os diversos campi de Curitiba e de outras cidades do Paraná. A instituição oferta cursos de graduação, sendo cursos de licenciatura, bacharelado, tecnólogo, de mestrado, de doutorado, de especialização lato sensu, além de residências médicas, cursos técnicos e à distância.[9]

A UFPR adota desde 2004 em seu vestibular um sistema de cotas próprio que reserva 20% das vagas de cada curso para estudantes oriundos de escolas públicas e 20% para alunos negros e pardos. Em 2013 passou a adotar, concomitantemente, o sistema de cotas instituído pelo governo federal, de maneira que a proporção total deve aumentar para 50% em quatro anos.[10]

História

Em 1892[11] o intelectual paranaense José Francisco da Rocha Pombo colocaria, no Largo Ouvidor Pardinho, a pedra fundamental da Universidade do Paraná. O projeto foi frustrado pelo Movimento Federalista que impediu a criação da universidade.

Vinte anos depois, em 1912, o estado contava com um reduzido número de intelectuais (apenas nove médicos e quatro engenheiros) mas se desenvolvia muito devido a produção da erva-mate. Além disso, a Guerra do Contestado fez com que as lideranças políticas se empenhassem pela criação de uma universidade, de modo a dar uma identidade ao povo paranaense. Na esteira da Reforma Rivadávia, que retirava do Estado a obrigação de oferta de ensino e dava liberdade à iniciativa privada de criar instituições de ensino superior, entre outras medidas polêmicas, Victor Ferreira do Amaral, deputado e diretor de instrução pública do Paraná, e Nilo Cairo da Silva, lideraram a fundação da Universidade do Paraná.[carece de fontes?]

A Universidade do Paraná, uma instituição privada de ensino superior, foi fundada em 19 de dezembro de 1912,[11][ligação inativa] e iniciou suas atividades em 1913, num antigo prédio da rua Comendador Araújo, residência do ervateiro Manoel Miró. Os primeiros cursos ofertados foram os de Ciências Jurídicas e Sociais, Engenharia, Medicina e Cirurgia, Comércio, Odontologia, Farmácia e Bioquímica. O primeiro aluno e primeiro funcionário foi o alagoano Oscar Joseph de Plácido e Silva. Após ter fundado a Universidade do Paraná, Victor Ferreira do Amaral, que foi também o primeiro reitor, deu início à construção do prédio central em um terreno doado pela prefeitura. Então, com a recessão econômica causada pela Primeira Guerra Mundial e com as políticas públicas do governo central vieram as primeiras dificuldades.

Em 1915, em decorrência da promulgação do Decreto 11530/1915[12] as regras para a criação e manutenção de universidades foram alteradas e o governo do país retomou a função de ofertar ensino em todos os níveis. Por conta das novas exigências do governo federal (a obrigatoriedade de a cidade sede de uma universidade ter mais de cem mil habitantes, por exemplo, o que não era o caso de Curitiba), a Universidade do Paraná teve que ser desmembrada em faculdades isoladas para poder continuar funcionando. A situação permaneceu assim até 1946, quando a lei foi novamente alterada e a possibilidade de criação de universidades fora do âmbito público federal voltou a figurar na lei. A recriação da Universidade do Paraná culminou, em 1951, com a "federalização" (transferência da iniciativa privada para a esfera pública). Com a transferência, a Universidade passou a se chamar Universidade Federal do Paraná, usando a sigla UFP. Na década de 1960, a UFP foi notório palco das reformas educacionais do regime militar, devido à ascensão de Flávio Suplicy de Lacerda ao cargo de ministro da Educação do Brasil. A reforma educacional alterou a constituição das universidades brasileiras de modo que o governo tivesse mais controle sobre as comunidades (em especial os estudantes, mais envolvidos na luta pela derrubada do regime e pela redemocratização do país). A reforma enxugou a estrutura da UFP. As faculdades e institutos foram substituídas por setores e a sigla passou a ser UFPR, para não haver confusão com as novas universidades criadas pelo regime em outros estados.

Sede histórica

A construção localizada na Praça Santos Andrade iniciou-se em 1913, um ano depois da fundação da Universidade. O projeto do engenheiro militar Baeta de Faria consta de apenas um bloco de cinco andares e uma cúpula central. A inauguração deu-se em 1915.

Prédio histórico da Universidade Federal do Paraná, na praça Santos Andrade, em Curitiba.

Sete anos depois, em 1923, houve a ampliação com a construção das blocos laterais, conforme o projeto original. O setor direito fica pronto em 1925 e passou a abrigar o curso de Engenharia. No ano seguinte foi concluído o setor esquerdo, que recebeu o curso de Odontologia, que daria origem após alguns anos à chamada Associação Brasileira de Odontologia (Secção Paraná). Novas ampliações foram realizadas no lado direito e o prédio recebeu uma nova pintura em 1940. Foram feitas mais obras estendendo o prédio no sentido da rua XV de Novembro que ficaram prontas em 1951. Um ano depois, novas obras no setor direito obrigaram a demolição de parte da fachada lateral construída em 1940.

Em 1954 o edifício passou a ocupar uma quadra inteira, entre a Praça Santos Andrade, rua XV de Novembro, rua Presidente Faria e Travessa Alfredo Bufren. As últimas modificações foram feitas, após tantas ampliações uma nova fachada com muitas colunas e uma ampla escadaria foi projetada e a cúpula coberta foi retirada. A inauguração da obra com 17 mil metros quadrados em estilo neoclássico, ocorreu em 1955.

No ano de 1999 a prefeitura de Curitiba assinou uma lei que transformou o edifício no símbolo oficial da cidade, através de uma votação popular para a escolha do símbolo.[13]

Reputação

A UFPR aparece em diversos rankings como uma das melhores instituições de ensino superior do Brasil, uma das poucas a ser mencionada também em classificações internacionais. No Ranking Universitário Folha de 2013, conquistou o 9º lugar geral e o 6º lugar em inovação.[14] Já na edição 2013 do QS World University Rankings, situa-se entre as 651-700 melhores universidades do mundo[15] e em 37º lugar entre as instituições latino-americanas.[16]

Na pós-graduação, segundo avaliação CAPES 2010–2012, sete de seus programas foram classificados como de excelência e nível internacional, com conceito 6 (Física, Entomologia, Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, Bioquímica, Química, Direito e Desenvolvimento Econômico), treze com conceito 5 (muito bom) e os demais com conceitos 4 e 3, perfazendo 66 programas avaliados no total.[17]

Pesquisa

A UFPR é uma das principais instituições de pesquisa no Brasil, estando entre as 15 universidades brasileiras que, segundo a Clarivate Analytics, mais colaboraram para a produção científica entre 2013 e 2018, correspondendo em conjunto a cerca de 60% do total produzido no país.[18]

Divulgação científica

A instituição mantém uma série de periódicos científicos das mais variadas áreas e linhas de pesquisa. As publicações podem ser acessadas por meio de sua Biblioteca Digital de Periódicos, de acesso livre.[19] Também edita a revista de jornalismo científico, “Ciência UFPR”, voltada à popularização da ciência, com matérias sobre a produção científica da instituição em linguagem acessível ao público não especializado.[20]

Setores

A UFPR mantém 14 setores acadêmicos, que são as principais divisões da instituição e organizam unidades que integram desde cursos de graduação e pós-graduação, como também laboratórios, núcleos e grupos de pesquisa.[21]

Lista de Setores da UFPR

  • Setor de Artes, Comunicação e Design – AC
  • Setor de Ciências Agrárias – AG
  • Setor de Ciências Biológicas – BL
  • Setor de Ciências Sociais Aplicadas – SA
  • Setor de Ciências Exatas – ET
  • Setor de Ciências Jurídicas – JD
  • Setor de Ciências da Saúde – SD
  • Setor de Ciências Humanas – CH
  • Setor de Ciências da Terra – CT
  • Setor de Educação Profissional e Tecnológica – EP
  • Setor de Educação – ED
  • Setor Litoral – SL
  • Setor Palotina – SP
  • Setor de Tecnologia – TC

Movimentos estudantis

As organizações estudantis têm presença bastante significativa na vida acadêmica da UFPR. Entre elas, estão os centros acadêmicos, que representam os alunos de cada curso individualmente, seja na proposição de atividades acadêmicas extra-curriculares como debates, discussões, palestras, semanas temáticas, recepção de calouros e realização de projetos de extensão, seja no encaminhamento, mobilização e organização de reivindicações e ações políticas dos estudantes. Elas também são responsáveis pela mediação de negociações e conflitos individuais e coletivos entre estudantes e a faculdade. Os centros acadêmicos da UFPR são vinculados à estrutura da Universidade, portanto sofrem a interferência da instituição, todavia sem maiores prejuízos às suas atividades. Existe ainda o Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal do Paraná (DCE-UFPR), que se apresenta como entidade independente da Universidade, mas com substancial atuação junto aos órgãos da Administração, visando a melhoria e a qualidade no ensino e das condições dos acadêmicos.

Controvérsias

Predefinição:Controvérsias Como não há título em caráter oficial (emitido pelo Estado Brasileiro) de instituição de ensino superior mais antiga no Brasil,[nota 1] A Universidade Federal do Paraná alega ser a primeira instituição reconhecida como universidade no país, em 27 março de 1913.[22] Já a Universidade Federal do Amazonas obteve o título de universidade três meses depois, em 13 de julho de 1913, mas sua constituição como instituição de ensino superior é advinda de 1909.[23] Embora há outras instituições de ensino superior mais antigas, porém, que não gozavam do título de universidade.

Ver também

Predefinição:Notas

Referências

  1. 1,0 1,1 1,2 1,3 «Relatório de Atividades 2016» (PDF). Universidade Federal do Paraná. Consultado em 22 de junho de 2017 
  2. Coplad aprova por unanimidade orçamento para 2017 - acessado em 13 de maio de 2018
  3. Legislativo celebra 100 anos da UFPR com solenidade Câmara Legislativa de Curitiba - acessado em 2 de outubro de 2019
  4. UFPR completa 100 anos - Universidade mais antiga do país promove hoje dois eventos para marcar a data Portal de Notícias Band - acessado em 2 de outubro de 2019
  5. Mais antiga do Brasil, UFPR chega aos 103 anos Portal Paraná-Online - Atualização em 20 de dezembro de 2015
  6. Qual é a universidade mais antiga do Brasil? Portais - acessado em 10 de março de 2017
  7. A mais antiga universidade pública do Brasil manifesta-se contra as alterações do Código Florestal Centro de Estudos Ambientais - acessado em 10 de março de 2017
  8. A mais antiga do Brasil UFPR - acessado em 10 de março de 2017
  9. Relatório 2012 PROPLAN - Relatório de Atividades UFPR 2012 -Documento acessado em 27 de outubro de 2013
  10. UFPR divulga como cotas serão preenchidas Jornal Gazeta do Povo - acessado em 10 de março de 2017
  11. 11,0 11,1 «UFPR: Histórico». Universidade Federal do Paraná. Consultado em 19 de fevereiro de 2008 
  12. «Decreto 11530/1915». Câmara dos Deputados. Consultado em 27 de outubro de 2013 
  13. Para a eternidade Portal GRPCOM (Gazeta do Povo) - acessado em 3 de abril de 2011
  14. Ranking Universitário Folha 2013 Folha - acessado em 10 de março de 2017
  15. QS World University Ranking 2013 Topuniversities - acessado em 10 de março de 2017
  16. QS Latin American University Ranking 2013 Topuniversities - acessado em 10 de março de 2017
  17. Planilha notas Avaliação Trienal 2013 Docs Google - Documento acessado em 30 de dezembro de 2013
  18. «15 universidades públicas produzem 60% da ciência brasileira». Jornal da USP (em português). 5 de setembro de 2019. Consultado em 20 de outubro de 2021 
  19. «Biblioteca Digital de Periódicos da UFPR» (em português). Consultado em 20 de outubro de 2021 
  20. «Ciência UFPR - Universidade Federal do Paraná». Ciência UFPR (em português). Consultado em 20 de outubro de 2021 
  21. «Setores». Universidade Federal do Paran� (em português). Consultado em 20 de outubro de 2021  replacement character character in |website= at position 30 (ajuda)
  22. «Universidade mais antiga do Brasil». Consultado em 3 de outubro de 2019 
  23. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas UFAM Histórico

Ligações externas

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