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'''Setúbal''' é uma [[cidade]] [[Portugal|portuguesa]], capital do [[distrito de Setúbal]], na região de [[Região de Lisboa|Lisboa]] e sub-região da [[Península de Setúbal]], com cerca de 89 303 | '''Setúbal''' é uma [[cidade]] [[Portugal|portuguesa]], capital do [[distrito de Setúbal]], na região de [[Região de Lisboa|Lisboa]] e sub-região da [[Península de Setúbal]], com cerca de 89 303 pessoas a habitar o seu município<ref>{{Citar web | titulo = UMA POPULAÇÃO QUE SE URBANIZA, Uma avaliação recente - Cidades, 2004 | url = http://www.igeo.pt/atlas/Cap2/Cap2d_2.html | acessomesdia = 21 de Dezembro | accessano = 2007 | publicado = Instituto Geográfico Português }}</ref>. Eclesiasticamente, é desde [[1975]], cabeça de [[Diocese de Setúbal|diocese]]. | ||
Setúbal já existia desde o tempo dos [[romanos]] (sendo na época uma aldeia) tendo a cidade vizinha Palmela sido conquistada por [[Afonso Henriques]] em [[1147]]. Nos descobrimentos tornou-se um grande porto.<ref>http://www.setubalpeninsuladigital.pt/pt/conteudos/historia</ref> | Setúbal já existia desde o tempo dos [[romanos]] (sendo na época uma aldeia) tendo a cidade vizinha Palmela sido conquistada por [[Afonso Henriques]] em [[1147]]. Nos descobrimentos tornou-se um grande porto.<ref>http://www.setubalpeninsuladigital.pt/pt/conteudos/historia</ref> |
Edição das 12h34min de 2 de maio de 2012
Setúbal | |
Estátua do poeta Bocage, Setúbal
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| |
Gentílico | Setubalense, Sadino, Tubalense (poético) |
Área | 170,57 km² |
População | 121 185 hab. (2011) |
Densidade populacional | 710,5 hab./km² |
N.º de freguesias | 8 |
Presidente da câmara municipal |
Maria das Dores Meira (PCP) |
Fundação do município (ou foral) |
1249 |
Região (NUTS II) | Lisboa |
Sub-região (NUTS III) | Península de Setúbal |
Distrito | Setúbal |
Província | Estremadura |
Orago | São Francisco Xavier |
Feriado municipal | 15 de Setembro |
Código postal | 2900, 2910, 2914 ou 2925 |
Sítio oficial | http://www.mun-setubal.pt/ |
Município de Portugal |
Setúbal é uma cidade portuguesa, capital do distrito de Setúbal, na região de Lisboa e sub-região da Península de Setúbal, com cerca de 89 303 pessoas a habitar o seu município[1]. Eclesiasticamente, é desde 1975, cabeça de diocese.
Setúbal já existia desde o tempo dos romanos (sendo na época uma aldeia) tendo a cidade vizinha Palmela sido conquistada por Afonso Henriques em 1147. Nos descobrimentos tornou-se um grande porto.[2]
Geografia
Localização
A cidade está situada 32 km a sudeste de Lisboa, na margem norte da foz do rio Sado, e é ladeada a Oeste pela serra da Arrábida. A área urbanizada é de aproximadamente 10 km².
Setúbal é sede de um concelho de 170,57 km² de área e 124 555 habitantes (2008)[3], subdividido em 8 freguesias. O município é limitado a Norte e Leste pelo município de Palmela, a Oeste por Sesimbra e, a Sul, o estuário do Sado liga-o aos municípios de Alcácer do Sal e Grândola. A península de Troia situa-se em frente da cidade, no litoral do Oceano Atlântico.
Bairros
A cidade possui imensos bairros, destacando-se entre os mais tradicionais o bairro do Troino, as Fontainhas, o Bairro Santos Nicolau e a Fonte Nova, zonas onde vivia grande parte da comunidade de pescadores. As Fontainhas começaram a ser povoadas por volta do século XVII, sobretudo por pessoas oriundas da zona de Aveiro. Depois da construção da Avenida Luísa Todi foi necessária a criação de uma nova doca. A zona é composta por inúmeras travessas, poços e, ao contrário da do Troino, é bastante inclinada. O Museu do Trabalho Michel Giacometti situa-se lá nesta zona da cidade, perto do mirador das Fontainhas.
O bairro Salgado era a zona onde, por tradição, vivia a classe burguesa no século XIX, pois este bairro fica bastante próximo do centro da cidade, onde se desenvolve grande parte do comércio. Actualmente, neste bairro encontram-se alguns estabelecimentos ligados à área da saúde, assim como a principal estação rodoviária da cidade.
A zona da Saboaria, assim como a zona das Fontainhas foram, durante o século XX, locais de grande concentração industrial. As fábricas de conservas de peixe de Setúbal eram nacionalmente reconhecidas, tendo-se verificado nos últimos anos alguns esforços de reactivação desta actividade na cidade, a qual atraiu diversos trabalhadores do Alentejo e Algarve durante o seu período de maior dinamismo.
Actualmente, na zona da Saboaria encontram-se instalados diversos restaurantes, com uma oferta gastronómica algo variada. Também nesta zona, situam-se a maioria dos clubes nocturnos e bares da cidade, assim como tem sido feito um esforço de revitalização urbana por parte de empreiteiros e da própria câmara municipal. Entre os projectos já realizados destacam-se o Programa Pólis, que veio reorganizar a Avenida Luísa Todi, a construção da zona residencial da Quinta da Saboaria e o Parque Urbano de Albarquel. Para breve, espera-se a deslocalização dos barcos rebocadores e a demolição de alguns edifícios velhos de fábricas para se dar início à construção da Praia da Saúde.
Para finalizar, existe ainda um sem-número de outros bairros que merecem atenção social, política e cultural. Entre eles poderemos enunciar os bairros do Casal das Figueiras, Fonte Nova, Liceu, Viso, Peixe Frito, Santa Maria da Graça, etc.
História
O topónimo
Desconhece-se a origem do topónimo 'Setúbal'. O topónimo já existe em 'Cetóbriga' (Cetoba ou Cetobra + designação celta briga para povoação). A exemplo de outras cidades ibéricas e do sul da Europa, o topónimo 'Setúbal' pode estar relacionado com o topónimo do rio que banha a povoação, referido pelo geógrafo árabe Edrisi (Muhammad Al-Idrisi), como denominar-se Xetubre (sendo esta a tese do Prof. José Hermano Saraiva). É da autoria do historiador da época filipina Frei Bernardo de Brito a tese que uma das personagens de Bíblia, Tubal neto de Noé, e também o nome com que aí vem referida uma das nações estrangeiras, identificada na História dos Hebreus de Flávio Josefo com os iberos[4], teria dado origem à cidade[5][6]. Seja como for, o topónimo ‘Setúbal’ e a cidade perdem-se no rasto dos tempos.
Do Neolítico à Reconquista cristã
Setúbal nasceu do rio e do mar. Os registos de ocupação humana no território do concelho remontam à pré-história, tendo sido recolhidos, em vários locais, numerosos vestígios desde o Neolítico. Foi visitada por fenícios, gregos e cartagineses, que vinham à Ibéria em procura do sal e do estanho, nomeadamente a Alcácer do Sal, sendo então o rio navegável até esta povoação.
Aquando da ocupação romana, Setúbal experimentou um enorme desenvolvimento. Os romanos instalaram na povoação fábricas de salga de peixe e fornos para cerâmica que desenvolveram igualmente.
A queda do império romano, as invasões bárbaras, a constante pirataria de cabotagem causaram uma estagnação, senão mesmo desaparecimento da povoação entre os séculos VI e XII. Nomeadamente neste último século, não existem quaisquer registos da povoação, ‘entalada’ entre a Palmela cristã e a Alcácer do Sal árabe.
Da Reconquista cristã aos finais do séc. XVI
Alcácer do Sal foi conquistada pelos cristãos em 1217, tendo a povoação de Setúbal sido incorporada e passado a beneficiar da protecção da Ordem de Santiago, momento a partir do qual voltou a prosperar.
Em Março de 1249, Setúbal recebeu foral[7], concedido pela Ordem de Santiago, senhora desta região, e subscrito por D. Paio Peres Correia, Mestre da Ordem de Santiago, e por Gonçalo Peres, comendador de Mértola.
Durante os vários séculos de apagamento da povoação de Setúbal, Palmela e Alcácer do Sal cresceram em habitantes e importância militar, económica e geográfica, fazendo sucessivas incursões no termo de Setúbal, ocupando-o.
Na primeira metade do século XIV a povoação de Setúbal, com uma extensão territorial relativamente diminuta, teve de afirmar-se, lutando com os concelhos vizinhos de Palmela e de Alcácer do Sal, já então constituídos, iniciando-se uma contenda entre vizinhos que termina pelo acordo de demarcação de termo próprio em 1343 (reinado de D. Afonso IV), tendo sido construída uma rede de muralhas, que deixam de fora os arrabaldes do Troino e Palhais (bairros antigos).
No século que se seguiu, a realeza e a nobreza de então fixaram residência sazonal em Setúbal. A época dos descobrimentos e conquistas em África trouxe a Setúbal um grande desenvolvimento, tendo D. Afonso V e o seu exército, em 1458, partido do porto de Setúbal à conquista de Alcácer Ceguer. Ao longo do século XV, a vila desenvolveu diversas actividades económicas, ligadas sobretudo à indústria naval e ao comércio marítimo, tirando rendimentos elevados com os direitos cobrados pela entrada no porto.
É dos finais do século XV, princípios do século XVI, período de franco desenvolvimento nacional, que data a construção do Convento de Jesus e da sua Igreja, fundado por Dª. Justa Rodrigues Pereira para albergar a Ordem franciscana feminina de Santa Clara, sendo, muito provavelmente, obra arquitectónica do Mestre Diogo Boitaca, o mesmo que se ocupou do Mosteiro dos Jerónimos.
É igualmente no reinado de D. João II (que tinha Setúbal como cidade predilecta) que se iniciou a construção da Praça do Sapal (hoje Praça de Bocage, ex-líbris da cidade), e a construção de um aqueduto, em 1487, que conduzia a água à vila, obras que foram posteriormente terminadas ou ampliadas por D. Manuel I. Este monarca reformou o foral da vila, em 1514, devido ao progresso e aumento demográfico que Setúbal registara ao longo do último século.
O título de "notável villa" é concedido, em 1525, por D. João III. Foi este título que proporcionou a criação, em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de São Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes de São Julião e de Santa Maria.
Em 1580, a vila tomou posição por D. António Prior do Crato, contra a eventual ocupação do trono português por Filipe II de Espanha. Foi então cercada por tropas espanholas do Duque de Alba, sendo esta localidade dois anos depois visitada por Filipe II, o qual deu ordem de construção do Forte de São Filipe (uma obra de Filippo Terzi).
Do séc. XVII à actualidade
No século XVII, Setúbal atingiu o seu auge de prosperidade quando o sal assumiu um papel preponderante como moeda de troca e retribuição da ajuda militar ao apoio fornecido pelos estados europeus a Portugal durante e após as guerras da Restauração da Independência. Em resposta a este incremento, foram construídas após 1640 as novas muralhas de Setúbal, que incluíram novas áreas como a do Troino e Palhais.
Esta prosperidade foi interrompida com o terramoto de 1755, a que se associaram a fúria do mar e do fogo. Foram grandemente afectadas as freguesias de São Julião e Anunciada.
Apenas no Século XIX, Setúbal conheceu o incremento que perdera. Em 1860 chegou o caminho-de-ferro, iniciaram-se também as obras de aterro sobre o rio e a construção da Avenida Luísa Todi. É neste século que teve início a laboração das primeiras fábricas de conservas de sardinha em azeite e, em paralelo, ganharam fama as laranjas e o moscatel de Setúbal. Ainda em 19 de Abril de 1860 foi elevada a cidade por D. Pedro V.
O florescimento de Setúbal durante o século XX, reflecte-se na criação de novos espaços urbanísticos: crescimento da Avenida Luísa Todi, parte da Avenida dos Combatentes e criação dos Bairros Salgado, Monarquina, de São Nicolau, da Conceição, Carmona, do Liceu e Montalvão e no desenvolvimento das indústrias das conservas, dos adubos, dos cimentos, da pasta de papel, naval e metalomecânica pesada.
Setúbal foi elevada, em 1926, a sede de distrito e, em 1975, a sede de diocese.
Geografia
Demografia
População do município de Setúbal (1801 – 2011) | ||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
1801 | 1849 | 1900 | 1930 | 1960 | 1981 | 1991 | 2001 | 2011 | ||
15 442 | 15 060 | 35 990 | 50 456 | 56 344 | 98 366 | 103 634 | 113 934 | 121 185 |
Freguesias
Património
Património militar
- Forte de São Filipe de Setúbal (Castelo de São Filipe)
- Forte de Santiago do Outão
- Forte de Albarquel
- Forte de Santa Maria da Arrábida
- Muralhas de Setúbal
- Forte de São Luís Gonzaga
- Casa do Corpo da Guarda
- Baluarte da Conceição (Quartel do 11)
Património religioso
- Igreja de Santa Maria da Graça
- Igreja de S. Julião
- Igreja de S.Lourenço, Azeitão
- Igreja de S.Simão, Azeitão
- Igreja da Boa Hora (ou dos Grilos)
- Igreja de São Sebastião
- Capela de Nossa Senhora dos Anjos
- Igreja da Anunciada
- Convento de Jesus
- Convento da Arrábida
- Convento de Brancanes
- Casa do Corpo Santo
Património arqueológico
- Estação arqueológica do Creiro, na Arrábida
- Estação arqueológica do Pedrão, na Serra de São Luís
- Fábrica romana de Salga
- Via romana do Viso
Outro património
- Casa das Quatro Cabeças
- Casa de Bocage
- Escola Superior de Educação de Setúbal
- Fórum Municipal Luísa Todi
- Moinho de Maré da Mourisca
- Palácio Fryxell
- Palácio da Comenda
- Pelourinho de Setúbal
Cultura
Terra onde nasceram alguns dos grandes nomes do campo artístico português: Luísa Todi (cantora lírica) e Bocage (poeta).
Museus
- Museu de Setúbal / Convento de Jesus - Galeria de Pintura Quinhentista [1]
- Exposição permanente: Retábulo de pintura da Igreja de Jesus (primeira metade do século XVI); pintura dos séculos XV, XVI e XVII; ourivesaria sacra.
- Núcleos do Museu de Setúbal:
- Casa de Bocage
- Exposição permanente: documentos, livros e peças de arte sobre Bocage e Arquivo Municipal de Fotografia Américo Ribeiro
- Casa do Corpo Santo / Museu do Barroco
- Exposição permanente: Colecção de instrumentos de ciência náutica doada por Irineu Cruz
- Museu Sebastião da Gama [2]
- Casa de Bocage
- Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal
- Museu Oceanográfico Luís Saldanha [3]
- Museu do Trabalho Michel Giacometti [4]
- Exposição permanente: A indústria conserveira (da lota à lata - a cadeia operatória)
Instituições
- Sociedade Musical Capricho Setubalense, fundada em 22 de Novembro de 1867.
- AHBVS-Associação Humanitária Bombeiros Voluntários de Setúbal, fundada 19 Outubro 1883. [5]
- AMBA - Associação de Moradores do Bairro da Anunciada, fundada em 13 de Março de 1980.
- Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense.
- Sociedade Filarmónica Providência.
- Sociedade Musical de Brejos de Azeitão.
- Centro de Estudo Bocageanos (CEB), fundado em 1999. [6]
- Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA), fundada em 1955 [7]
- Ateneu Setubalense, fundado a 19 de Maio de 1914
- Círculo Cultural de Setúbal - Fundado em 1969
- Grupo Autónomo Experimental " Sobe e Desce " - Fundado em 1974 [8]
- Coral Luisa Todi, desde 25 de Outubro de 1961
- Cruz Vermelha Portuguesa, Delegação Local de Setúbal. [9]
Meios de Comunicação
Jornais
- Correio de Setúbal
- Jornal de Azeitão
- Jornal da Região (Setúbal-Palmela)
- Jornal de Setúbal
- O Setubalense
- Sem Mais Jornal
Jornais electrónicos
Rádios locais
- Radiodifusão em FM:
- Rádio Azul - 98.9 MHz
- Rádio Amália Setúbal - 100.6 MHz
- Rádio Jornal de Setúbal - 88.6 MHz
Televisão Online
Gastronomia
Devido ao envolvimento histórico com o estuário do rio Sado e à proximidade dos portos de Setúbal e de Sesimbra ao oceano Atlântico, a gastronomia da região de Setúbal faz um forte aproveitamento de pratos à base de peixe e de produtos que se desenvolvem favoravelmente no clima da região. Aliás, foi a proximidade da sua fonte de peixe um importante motor económico, nomeadamente na indústria conserveira na cidade de Setúbal, mas que no entretanto definhou a partir de meados da década de 1970 até à sua total deslocalização para outros locais do país. Apesar de a maior parte da gastronomia local assentar em pratos de peixe, a migração de população das regiões do Alentejo e Algarve trouxe alterações à gastronomia com a introdução de novos pratos de carnes e aves, e de açordas que se adaptaram a mariscos e peixes. Fazem ainda parte do repertório gastronómico da cidade bebidas espirituosas (vinho moscatel e licores), queijos, frutos e doçaria tradicional típica da região.
A cidade de Setúbal é reconhecida pela gastronomia baseada em pratos de peixe assado, cozido ou grelhado. É muito comum encontrar restaurantes da região que servem sardinhas assadas, normalmente servidas com acompanhamento de batata cozida e salada de alface temperada com azeite e vinagre. Também é possível encontrar pratos de peixe grelhado ou cozido, como por exemplo salmonete grelhado temperado com molho feito do fígado do peixe. Grande parte dos restaurantes desta zona têm como especialidade da casa Choco frito, que é choco, envolto em pão ralado e ovo que é depois frito e servido acompanhado com batatas fritas e salada sendo um dos pratos mais procurados pelos visitantes da cidade sadina.
Outros pratos à base de produtos do mar incluem: feijoadas e saladas à base de choco e polvo; pratos à base de marisco do rio Sado (santola, sapateira, navalheira); pratos à base de moluscos (amêijoas "à Bulhão Pato", ostras, lamejinhas, berbigão, navalhas, vieiras, caracóis do mar); caldeiradas de peixe ou de marisco, feitas agora com maior frequência em cataplanas (uma herança da cultura árabe); e também massas de cherne ou outros peixes.
A produção vinícola da região de Setúbal deu origem a produtos reconhecidos internacionalmente, com uma variedade de vinhos tintos e brancos de qualidade, obtidos a partir de uvas maturadas nas encostas da Serra da Arrábida. Entre estes produtos deve destacar-se o Moscatel de Setúbal, um renomeado vinho licoroso de origem demarcada centrada em Azeitão. O licor Arrabidine, menos conhecido do público, era originalmente produzido pelos frades que habitavam o Convento de Nossa Senhora da Arrábida, mas mais recentemente é produzido por uma família da freguesia da Quinta do Anjo. Na produção deste licor, cuja confecção, iniciada no século XIX, está envolta em secretismo, sabe-se que são usados frutos silvestres colhidos durante o mês de Dezembro na Serra da Arrábida bem como outros ingredientes únicos da região. O licor Arrabidine é engarrafado e necessita de estagiar cerca de 15 anos antes de ser consumido.
Do repertório da doçaria tradicional da região de Setúbal fazem parte as queijadas, as tortas, e os "esses de Azeitão" — biscoitos com a forma da letra "S", feitos com farinha, açúcar, margarina, ovos e canela. De Setúbal destacam-se também os barquilhos de "casca" de laranja, confeccionados a partir de laranjas produzidas na região. Por fim, salienta-se a produção de queijos como uma das significativas actividades artesanais e económicas desta região da Costa Azul.
Lazer
Praias
Uma das fortes atracções que a cidade tem para oferecer a quem a visita, são as suas praias.
Setúbal possui um conjunto de praias bastante diferentes entre si, mas com uma característica em comum: estão todas inseridas no Parque Natural da Arrábida, com excepção de Tróia, do outro lado do Sado, o que as tornas únicas.
As praias que se destacam são:
- Albarquel
- Figueirinha
- Galapos
- Galapinhos
- Coelhos
- Monte Branco
- Creiro
- Portinho da Arrábida
- Alpertuche
- Praia da Saúde (que nascerá na actual zona dos estaleiros navais de Setúbal, após o desmantelamento dos mesmos)
De igual beleza, mas mais pequenas, a Praia da Maria Esguelha e a Praia da Rainha, ambas localizadas junto à Praia de Albarquel.
Parques e jardins
- Jardim do Bonfim
- Parque Verde da Algodeia
- Parque Urbano de Albarquel
- Parque de Vanicelos
- Parque Dr. Manuel Constantino Goes, Lanchoa
- Jardim Camilo Castelo Branco, Escarpas de São Nicolau
- Parque do Monte Belo
- Parque Verde da Bela Vista
- Jardim General Luís Domingos, Quebedo e Palhais
- Jardim Afonso Costa
- Jardim Praça da República
- Parque Urbano de Sant´Iago
Heráldica
Os elementos heráldicos que compõem o brasão da cidade de Setúbal, em uso desde 1922, são o escudo, repartido de azul e ouro, e a coroa mural, de prata de cinco torres.
Sobre o campo azul espelha-se um castelo de prata, encimado por duas cruzes, a púrpura, da Ordem de Santiago, em campo de ouro. Entre as cruzes, também em púrpura, está uma vieira. O castelo está sobre ondas aguadas de verde e prata onde vogam duas barcas afrontadas, de mastreação singular e velame amarrado, ladeando a porta do castelo. Deslocando-se sobre o mar ondeado, três peixes de prata afrontados. Listel branco com a legenda “Cidade de Setúbal”, a negro. Todos os elementos composicionais descritos estão limitados a negro.
Setubalenses
- Agostinho da Cruz, poeta
- Américo Ribeiro, fotógrafo
- Ana Marques, jornalista e apresentadora de televisão
- António Maria Eusébio ("o Calafate"), poeta popular
- Carlos Manitto Torres, engenheiro, ferroviário e político
- Charles Correia, escultor
- Clemente, cantor
- Cristina Cavalinhos, actriz
- Duarte Victor, actor
- Fernando dos Santos, pintor
- Francisco Augusto Flamengo, pintor e autor teatral
- Frederico Nascimento, violoncelista e professor de Harmonia
- Helena Coelho, modelo e apresentadora de televisão
- João Cabeçadas, velejador
- João Vaz, pintor
- Joaquim Silvestre Serrão, sacerdote, compositor, organista
- José Mourinho, treinador de futebol
- Lima de Freitas, pintor
- Luciano Santos, pintor e autor teatral
- Luís Aleluia, actor
- Luís Buchinho, estilista
- Luísa de Aguiar Todi, cantora lírica
- Manuel Francisco Pacheco (Fran Paxeco), escritor, jornalista, diplomata
- Manuel Maria Barbosa du Bocage, poeta
- Manuel Maria Portela, jornalista, poeta e estudioso da história de Setúbal
- Marcos Santos, tenor
- Olga de Morais Sarmento, escritora e conferencista
- Mário Contumélias, jornalista, escritor
- Mário Nascimento, jornalista e pintor-cenógrafo
- Pedro Fernandes Sardinha, bispo
- Rui de Carvalho Nascimento, problemista de xadrez
- Sabrina, cantora
- Sara Prata, actriz e modelo
- Sebastião da Gama, poeta
- Sofia Vitória, cantora
- Telma Santos, modelo e Miss Portugal 2001
- Toy, cantor e compositor
- Vasco Mouzinho de Quebedo, escritor e advogado
Organização política e administrativa
Presidência da Câmara: Maria das Dores Meira - PCP
Vereadores
- André Martins - PEV
- Carlos Rabaçal - PCP
- Manuel Pisco - PCP
- Carla Guerreiro - PCP
- Jorge Santana - Independente PSD
- Fátima Lopes - PS
- José Luis Barão - PS
- Fernando José - PS
Feriado Municipal
- Dia de Bocage - 15 de Setembro
Relações Externas
Setúbal encontra-se irmanada com[8]:
- Predefinição:Country data Portugal Leiria, Portugal, desde Maio de 1982
- Predefinição:Country data France Beauvais, França, desde Junho de 1982
- Predefinição:Country data France Pau, França, desde Setembro de 1991
- Magdeburgo, Alemanha, desde Março de 1993
- Predefinição:Country data Romania Galaţi, Roménia, desde Janeiro de 1994
- Predefinição:Country data Spain Tordesilhas, Espanha, desde Setembro de 1994
- Predefinição:Country data Mozambique Maxixe, Moçambique, desde Agosto de 1999
- Predefinição:Country data Mozambique Nacala Porto, Moçambique, desde Agosto de 1999
- Predefinição:Country data Hungary Debrecen, Hungria, desde Novembro de 2000
- Porto Seguro, Brasil, desde Março de 2001
- Predefinição:Country data Morocco Safim, Marrocos, desde Abril de 2001
- Predefinição:Country data Mozambique Quelimane, Moçambique, desde Agosto de 2005
Setúbal tem protocolos internacionais de cooperação com:
- Predefinição:Country data Cape Verde Tarrafal, Cabo Verde, desde Julho de 2001
- Predefinição:Country data France Bobigny, França, desde Outubro de 2004
Localidades na vizinhança
O diagrama seguinte representa as localidades num raio de 35 km ao redor de Setúbal.
Erro de script: Nenhum módulo desse tipo "Wikidata/Referências".
- Braga, Paulo Drumond. Setúbal Medieval: Séculos XIII a XV. Setúbal: Câmara Municipal de Setúbal, 1998.
- Quintas, Maria da Conceição. Setúbal: Economia, Sociedade e Cultura Operária. Lisboa: Livros Horizonte, 1998.
- Aa. vv. Setúbal na História. Setúbal: Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão, 1990.
Ver também
Ligações externas
- Fotografias Aéreas de Setúbal
- Câmara Municipal de Setúbal
- Portal de Setúbal - História, Eventos, Notícias, Classificados
- Instituto Politécnico de Setúbal
- Escola Profissional de Setúbal
- Porto de Setúbal
- Páginal Oficial do Vitória Futebol Clube
- Diocese de Setúbal
- Setúbal na Rede
- Tortas de Azeitão
- Aves de Portugal - Serra da Arrábida
- Travel Images - Setúbal
- Museu Virtual do Porto de Setúbal
am:ሴቱባል an:Setúbal ar:شطوبر br:Setúbal ca:Setúbal da:Setúbal de:Setúbal el:Σετούμπαλ en:Setúbal eo:Setubal es:Setúbal eu:Setúbal fa:ستوبال fi:Setúbal fr:Setúbal gl:Setúbal - Setubal he:סטובל hr:Setúbal id:Setúbal it:Setúbal ja:セトゥーバル ka:სეტუბალი ko:세투발 la:Caetobriga lt:Setubalis lv:Setubala ms:Setúbal nl:Setúbal (stad) nn:Setúbal pl:Setúbal pnb:سیتوبال ro:Setúbal ru:Сетубал sh:Setúbal sk:Setúbal (okres) sr:Сетубал sv:Setúbal sw:Setúbal tr:Setúbal uk:Сетубал vo:Setúbal war:Setúbal zh:塞图巴尔
- ↑ Erro em Lua em package.lua na linha 80: module 'Módulo:Citação/CS1/Sugestões' not found.
- ↑ http://www.setubalpeninsuladigital.pt/pt/conteudos/historia
- ↑ INE 2006
- ↑ Flávio Josefo. «História dos Hebreus, capítulo 6 número 30». Consultado em 23 de agosto de 2010
- ↑ Frei Bernardo de Brito (1597). Monarchia Lusitana Tomo I. [S.l.: s.n.] 28 páginas
- ↑ «Monarchia Lusitana Tomo I». Cervantes Virtual. Consultado em 23 de agosto de 2010
- ↑ Cf. Portugaliae Monumenta Historica, Leges et Consuetudines, Lisboa, Academia das Ciências de Lisboa, 1856, vol I, p. 634 (consultar o texto)
- ↑ Câmara Municipal de Setúbal, «Geminações», Página visitada em 31 de Março de 2012.