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'''Mário Alberto Nobre Lopes Soares''' <small>[[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]] • [[Ordem Militar de Cristo|GCC]]</small> ([[Lisboa]], [[7 de dezembro]] de [[1924]] – [[Lisboa]], [[7 de janeiro]] de [[2017]]) foi um [[político]] | '''Mário Alberto Nobre Lopes Soares''' <small>[[Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito|GColTE]] • [[Ordem da Liberdade|GColL]] • [[Ordem Militar de Cristo|GCC]]</small> ([[Lisboa]], [[7 de dezembro]] de [[1924]] – [[Lisboa]], [[7 de janeiro]] de [[2017]]) foi um [[político]] [[Portugal|português]]. | ||
Político de profissão e vocação, co-fundador do [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], a [[19 de abril]] de [[1973]], o percurso de Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], atividades que levariam o governo de [[Salazar]] a deportá-lo para [[São Tomé (São Tomé e Príncipe)|São Tomé]]<ref>[https://www.portugalpost.de/2014/04/20/25-abril-poucos-recordam-m%C3%A1rio-soares-em-s%C3%A3o-tom%C3%A9-e-a-culpa-%C3%A9-da-pide/ 25 de Abril - Poucos recordam Mário Soares em São Tomé e a culpa é da PIDE]. Portugal Post</ref>, onde permaneceu até o governo de [[Marcello Caetano]] lhe permitir o exílio em [[França]]<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=141 Museu da Presidência da República]</ref>. | Político de profissão e vocação, co-fundador do [[Partido Socialista (Portugal)|Partido Socialista]], a [[19 de abril]] de [[1973]], o percurso de Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao [[Estado Novo (Portugal)|Estado Novo]], atividades que levariam o governo de [[Salazar]] a deportá-lo para [[São Tomé (São Tomé e Príncipe)|São Tomé]]<ref>[https://www.portugalpost.de/2014/04/20/25-abril-poucos-recordam-m%C3%A1rio-soares-em-s%C3%A3o-tom%C3%A9-e-a-culpa-%C3%A9-da-pide/ 25 de Abril - Poucos recordam Mário Soares em São Tomé e a culpa é da PIDE]. Portugal Post</ref>, onde permaneceu até o governo de [[Marcello Caetano]] lhe permitir o exílio em [[França]]<ref>[http://www.museu.presidencia.pt/presidentes_bio.php?id=141 Museu da Presidência da República]</ref>. |
Edição das 16h07min de 14 de março de 2017
Predefinição:Info/Político/Presidente Mário Alberto Nobre Lopes Soares GColTE • GColL • GCC (Lisboa, 7 de dezembro de 1924 – Lisboa, 7 de janeiro de 2017) foi um político português.
Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, o percurso de Mário Soares inicia-se nos grupos de oposição ao Estado Novo, atividades que levariam o governo de Salazar a deportá-lo para São Tomé[1], onde permaneceu até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o exílio em França[2].
No processo de transição democrática subsequente ao 25 de abril de 1974 afirma-se como líder partidário no campo democrático, sendo ainda Ministro de alguns dos governos provisórios. Em seguida foi Primeiro-Ministro dos I, II e IX governos constitucionais, acompanhando o processo de construção de políticas sociais pré-adesão às Comunidades Europeias.
Foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996.
Biografia
Infância
Nascido no número 153 da Rua Gomes Freire, na extinta freguesia do Coração de Jesus, na cidade de Lisboa, foi o segundo filho do professor e pedagogo (que chegou a ser Ministro das Colónias na Primeira República), e antigo sacerdote, João Lopes Soares, natural de Leiria; e de Elisa Nobre Baptista, proprietária de uma pensão na Rua Ivens, natural de Santarém[3].
Quando nasceu, o pai e a mãe já tinham filhos de relações anteriores — Tertuliano, que já tinha 18 anos quando ele nasceu, filho de João Soares e de outra mulher; e Cândido, de 17 anos, que era filho de Elisa Baptista mas de um casamento anterior[4].
Percurso académico e profissional
Soares licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, em 1951, e em Direito, na Faculdade de Direito da mesma universidade, em 1957[5].
Foi professor do ensino secundário particular, chegando a gerir o Colégio Moderno, tarefa em que foi sucedido pela sua mulher, Maria de Jesus Barroso Soares e, posteriormente, pela sua filha, Isabel Barroso Soares (Lisboa, 9 de Janeiro de 1951), psicóloga, além de professora do colégio.
Enquanto advogado fez estágio com Leopoldo do Vale, ocupando em seguida um escritório na Rua do Ouro, 87, 2º, em plena Baixa de Lisboa, e mantendo parceria com Gustavo Soromenho e Pimentel Saraiva, especialista em Direito Fiscal. Mais tarde juntar-se-iam Vasco da Gama Fernandes e Manuel Castilho[6]. O seu maior proveito económico como advogado terá sido o litígio de Maria Cristina José de Mello contra os irmãos, na disputa por ações da CUF, em que venceu em juízo o professor Marcello Caetano[7].
Como advogado defensor de presos políticos, participou em numerosos julgamentos, realizados no Tribunal Plenário e no Tribunal Militar Especial. Representou, nomeadamente, Álvaro Cunhal e Octávio Pato, quando acusados de crimes políticos, e a família de Humberto Delgado na investigação do seu alegado assassinato pela PIDE, o que proporcionou a Soares alguma visibilidade internacional[8]. Juntamente com Adelino da Palma Carlos defendeu também a causa dinástica de Maria Pia de Saxe-Coburgo e Bragança[9].
Percurso político
“Sou republicano, socialista e laico.”
Apoiado pelo pai e fortemente influenciado pelo ambiente em que cresceu, de tradição republicana e oposicionista, Mário Soares iniciou muito jovem a sua atividade política.
Por influência de Álvaro Cunhal (que chegou a ser regente de estudos no Colégio Moderno) aderiu em 1943 ao Movimento de Unidade Nacional Antifascista (MUNAF), estrutura ligada ao Partido Comunista Português, e integrou a partir de 1946 a Comissão Central do MUD - Movimento de Unidade Democrática, sob a presidência de Mário de Azevedo Gomes; tendo sido nesse âmbito co-fundador do MUD Juvenil e membro da sua primeira Comissão Central.
Em 1949 foi secretário da Comissão Central da candidatura do general Norton de Matos à Presidência da República, acabando afastado pelo próprio general quando Soares lhe contou que era militante do Partido Comunista e estava na candidatura em representação desse partido[10].
Em princípios dos anos 1950 Soares acaba por romper com o MUD e em definitivo com o PCP, por não se rever nem na linguagem, nem na metodologia. Mais tarde dirá que «ficara imunizado»[11].
Afastado do PCP, fundou em 1955 a Resistência Republicana e Socialista, reunindo outros elementos vindos do PCP (como Fernando Piteira Santos, expulso do PCP em 1949), da União Socialista (como Manuel Mendes, antigo militante do MUD Juvenil), Gustavo Soromenho, Ramos da Costa, José Ribeiro dos Santos, Teófilo Carvalho Santos, José Magalhães Godinho, entre outros[12].
Foi em nome deste grupo que entrou em 1956 para o Directório Democrato-Social, a convite de Armando Adão e Silva, e de que faziam parte António Sérgio, Jaime Cortesão e Azevedo Gomes[12].
Em 1958 pertenceu à comissão de honra da candidatura do General Humberto Delgado à Presidência da República[13].
Em 1961 foi redator e signatário do Programa para a Democratização da República[14]..
Candidatou-se a deputado à Assembleia Nacional do Estado Novo, nas listas da Oposição Democrática, em 1965, pela CDE[15].
Preso 12 vezes, cumprindo um total de cerca de três anos de cadeia, foi deportado sem julgamento para a ilha de São Tomé, em 1968, após divulgar a um jornalista do Sunday Telegraph um caso de prostituição que envolvia membros do Governo e homens de negócios próximos do regime de Salazar, conhecido como Ballet Rose[16]..
É Marcelo Caetano, sucessor de Salazar, quem dita o regresso de Soares à metrópole, onde chega na madrugada de 9 de novembro de 1968[17].
No período subsequente, acentua a sua oposição contra o socialismo totalitário que representava o comunismo e chega a ser acusado de denunciar comunistas à PIDE[18]..
Em 1969 apresentava-se de novo candidato à Assembleia Nacional, no Círculo de Lisboa, pela CEUD - Comissão Democrática de Unidade Eleitoral, agrupando os socialistas anticomunistas da Ação Socialista Portuguesa, monárquicos constitucionais, da Comissão Eleitoral Monárquica, e católicos antifascistas[19].
Em 1970 o governo de Marcello Caetano permite a Soares o exílio em França[20].
Casamento
Foi na prisão, embora com registo na 3.ª Conservatória do Registo Civil de Lisboa, que casou por procuração, a 22 de fevereiro de 1949, com Maria Barroso[21].
Exílio em França
Aquando do seu exílio em França, em 1970, foi chargé de cours nas universidades de Paris VIII (Vincennes) e Paris IV (Sorbonne), e igualmente professor convidado na Faculdade de Letras da Universidade da Alta Bretanha, em Rennes, que décadas depois lhe atribuiu o grau de doutor honoris causa.
Também Manuel Cordo Boullosa lhe deu emprego como consultor jurídico do Banco Franco-Português[22].
A sua intervenção política em França era realizada através da imprensa estrangeira e da captação de apoios internacionais[23]. . Estando ainda nesse país, em 1972, foi à loja maçónica parisiense "Les Compagnons Ardents", da "Grande Loge de France", pedir apoio para a luta política contra o Estado Novo e ingressou na maçonaria, segundo ele próprio[24], optando depois por ficar "adormecido"[25].
Regresso a Portugal
A 28 de abril de 1974, três dias depois do golpe de 25 de Abril, regressou do exílio em Paris, no chamado "Comboio da Liberdade".[26] Soares viajou acompanhado pela mulher, Maria Barroso, e por Manuel Tito de Morais e Francisco Ramos da Costa[27].
Dois dias depois, Soares esteve presente no Aeroporto da Portela, na chegada a Lisboa de Álvaro Cunhal. A 1 de maio de 1974, nas primeiras comemorações do Dia do Trabalhador após o 25 de Abril, e ainda que tivessem ideias políticas diferentes, subiram de braços dados, pela primeira e última vez, as ruas da Baixa Pombalina e a Avenida da Liberdade[28].
Durante o período revolucionário que ficou conhecido como PREC, em que se agudiza o conflito entre os comunistas e democratas não revolucionários, Soares afirma-se como o principal líder civil do campo democrático, tendo conduzido o Partido Socialista à vitória nas eleições para a Assembleia Constituinte de 1975.
Percurso governativo
Foi ministro dos Negócios Estrangeiros, de Maio de 1974 a Março de 1975, e um dos impulsionadores da independência das colónias portuguesas, tendo sido responsável por parte desse processo.
A partir de Março de 1977 colaborou no processo de adesão de Portugal à Comunidade Económica Europeia (CEE), vindo a subscrever, como primeiro-ministro, o Tratado de Adesão, em 12 de junho de 1985.
Foi primeiro-ministro de Portugal nos seguintes períodos:
- I Governo Constitucional entre 1976 e 1977;
- II Governo Constitucional em 1978;
- IX Governo Constitucional entre 1983 e 1985.
Presidente da República
Presidente da República entre 1986 e 1996 (1.º mandato de 9 de Março de 1986 a 9 de Março de 1991; 2.º mandato de 9 de Março de 1991 a 9 de Março de 1996).
Pós-Presidência da República
O percurso político de Mário Soares depois dos dez anos de Presidência da República foram orientados para a intervenção a nível internacional.
Depois de ter assumido, em dezembro de 1995, a presidência da Comissão Mundial Independente Sobre os Oceanos, seria escolhido em setembro de 1997 para a presidência do Comité Promotor do Contrato Mundial da Água.
Também em 1997 assumiu a presidência da Fundação Portugal África — fundada pelo Banco de Fomento e Exterior (posteriormente integrado no Banco Português de Investimento[29]) — e a presidência do Movimento Europeu Internacional, uma ONGD cuja fundação remonta ao pós-Segunda Grande Guerra e que foi impulsionadora da fundação do Conselho da Europa, em 1949[30].
Subsequentemente, em 1999, três anos depois de terminar o seu mandato como Presidente, Mário Soares foi o cabeça-de-lista do PS às eleições europeias de 1999. Uma vez eleito foi logo de seguida candidato a presidente do Parlamento Europeu, mas perdeu a eleição para Nicole Fontaine, a quem não teve pejo em afirmar que tinha «um discurso de dona de casa», no sentido pejorativo do termo[31].
Essa derrota na corrida à presidência do Parlamento Europeu acabou por retirar expetativa à ambição de Soares em desempenhar um cargo importante na política internacional.
Candidato a um terceiro mandato como Presidente da República
Longe da política ativa, sem deixar de assumir como figura de maior referência do PS, Soares surpreendeu o país ao aceitar, em 2005, um regresso à disputa pelo cargo de Presidente da República. Foi assim, aos 81 anos, o segundo candidato anunciado — após Jerónimo de Sousa, candidato apoiado pelo PCP — o que seria um inédito terceiro mandato.
O motivo da sua entrada na corrida era nem mais nem menos do que impedir que José Sócrates, então secretário-geral do PS tivesse de apoiar o candidato Manuel Alegre, após algumas crispações deste histórico do PS com as hostes do seu próprio partido — de resto, Alegre havia sido adversário de Sócrates nas eleições internas do PS em 2004, representando uma corrente ideológica completamente oposta à de Sócrates.
Na eleição presidencial, realizada a 22 de Fevereiro de 2006, Soares obteve apenas o terceiro lugar, com 14% dos votos, ficando inclusive atrás da candidatura (que acabou por não ter apoio partidário) de Manuel Alegre.
As eleições foram vencidas com maioria absoluta (e, portanto, à primeira volta) por Aníbal Cavaco Silva.
Pós-Presidenciais de 2006
Em 2007 foi nomeado presidente da Comissão de Liberdade Religiosa. Também presidia ao Júri do Prémio Félix Houphouët-Boigny, da UNESCO, desde 2010, e era patrono do International Ocean Institute, desde 2009 e até à sua morte.
No dia 11 de Outubro de 2010 recebeu o Doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa aquando das comemorações do centenário da mesma, coincidindo com as comemorações do centenário da República Portuguesa (5 de Outubro).
Com 89 anos foi eleito a personalidade do ano 2013 pela imprensa estrangeira, radicada em Portugal.[32]
Em 25 de abril de 2016, recebeu a chave da cidade de Lisboa, do presidente da CML, Fernando Medina, a mais alta distinção atribuída pelo município a personalidades com relevância nacional e internacional.[33]
Faleceu às 15h28m de 7 de janeiro de 2017, aos 92 anos de idade, no Hospital da Cruz Vermelha, em São Domingos de Benfica, Lisboa, onde estava internado, em coma profundo, desde 13 de dezembro de 2016, após um longo período de doença, que se agudizou após a morte da mulher, Maria Barroso.[34]
Fundação Mário Soares
Fundador da Fundação Mário Soares em 1991.
Família
Mário Soares é pai de João Barroso Soares e de Isabel Barroso Soares, bem como tio paterno por afinidade do cronista e antigo deputado e secretário de Estado Alfredo Barroso e tio materno por afinidade do cineasta Mário Barroso (chamado Mário Alberto em sua homenagem e por ser seu padrinho) do médico-cirurgião Eduardo Barroso e da bailarina Graça Barroso.
Morte
Mário Soares morreu às 15h28m de 7 de Janeiro de 2017, depois de ter estado mais de duas semanas internado no Hospital da Cruz Vermelha, em São Domingos de Benfica, em coma profundo.
O Governo decretou 3 dias de luto nacional e um funeral de Estado.
Resultados eleitorais
Eleições presidenciais de 1986
Primeira volta
26 de Janeiro de 1986
Candidato | votos | % |
Freitas do Amaral | 2 629 597 | 46,31 % |
Mário Soares | 1 443 683 | 25,43 % |
Salgado Zenha | 1 185 867 | 20,88 % |
Maria de Lourdes Pintasilgo | 418 961 | 7,38 % |
Ângelo Veloso | desistiu | -- |
Segunda volta
16 de Fevereiro de 1986
Candidato | votos | % |
Mário Soares | 3 010 756 | 50,71 % |
Freitas do Amaral | 2 872 064 | 48,37 % |
Eleições presidenciais de 1991
Única volta
13 de Janeiro de 1991
Candidato | votos | % |
Mário Soares | 3 459 521 | 70,35 % |
Basílio Horta | 696 379 | 14,16 % |
Carlos Carvalhas | 635 373 | 12,92 % |
Carlos Marques | 126 581 | 2,57 % |
Eleições presidenciais de 2006
Candidato | votos | % (as percentagens dos candidatos não têm em conta a abstenção) |
---|---|---|
Abstenção | 3 303 972 | 37,39 % |
Aníbal Cavaco Silva | 2 746 689 | 50,6 % |
Manuel Alegre | 1 125 077 | 20,72 % |
Mário Soares | 778 781 | 14,34 % |
Jerónimo de Sousa | 466 507 | 8,59 % |
Francisco Louçã | 288 261 | 5,31 % |
Garcia Pereira | 23 622 | 0,44 % |
Obras publicadas
- As Ideias Políticas e Sociais de Teófilo Braga, com prefácio de Vitorino Magalhães Godinho, Centro Bibliográfico, Lisboa, 1950.
- A Justificação Jurídica da Restauração e a Teoria da Origem Popular do Poder Político, Jornal do Foro, Lisboa, 1954.
- Escritos Políticos, 4 edições do Autor, Lisboa, 1969.
- Destruir o sistema, construir uma nova vida – relatório do Secretário Geral do PS aprovado no Congresso de Maio de 1973, Roma, 1973.
- Portugal Amordaçado, Lisboa, 1974; tradução francesa condensada (Le Portugal bailloné) publicada em Paris pela Calman-Levy em 1972; e depois traduzida em inglês com o título Portugal’s struggle for Liberty, em 1973; em alemão, 1973; em espanhol, com um prólogo de Raul Morodo, em 1974; na Venezuela em 1973; em grego, em 1974; e em chinês, em 1993.
- Caminho Difícil: do salazarismo ao caetanismo, Rio de Janeiro, 1973
- Escritos do Exílio, Livraria Bertrand, Lisboa, 1975
- Democratização e Descolonização, publicações D. Quixote, Lisboa, 1975
- Portugal: quelle révolution? Entretiens avec Dominique Pouchin, Calman-Lévy, Paris, 1976; traduzido em português em 1976 ; em alemão, 1976; em italiano, 1976 e em espanhol, Caracas, 1976.
- PS, fronteira da Liberdade – do Gonçalvismo às eleições intercalares, prefácio e selecção de Alfredo Barroso, Lisboa, 1974
- Entre Militantes PS (1975)
- Escritos do Exílio (1975)
- A Europa Connosco (1976)
- Crise e Clarificação (1977)
- O Futuro Será o Socialismo Democrático (1979)
- A árvore e a floresta , Lisboa, 1985
- Intervenções, dez volumes: textos do Presidente da República, Março de 1986 a Março de 1996, Lisboa, Imprensa Nacional.
- Mário Soares e Fernando Henrique Cardoso: o mundo em português - um diálogo, publicado em Lisboa e em São Paulo em 1998 e traduzido em espanhol, México, e em romeno, 2000.
- Português e Europeu , Círculo de Leitores, Temas e Debates, Lisboa 2000
- Porto Alegre e Nova Iorque: um mundo dividido?, Lisboa, 2002
- Mémoire Vivante - Mário Soares - Entretien, Flammarion, 2002
- Mário Soares - Memória Viva, com prefácio e anexos inéditos exclusivos para a edição portuguesa, Edições Quasi, Janeiro 2003
- Incursões Literárias, Temas e Debates, 2003
- Um Mundo Inquietante, Temas e Debates, 2003
- Um Mundo Inquietante, Círculo de Leitores, 2003
- Mário Soares e Sérgio Sousa Pinto - Diálogo de Gerações , Temas e Debates, 2004
- Poemas da Minha Vida, Público, 2004
- A Crise. E agora?, Temas e Debates, 2005
- Mário Soares: Um Político Assume-se: Ensaio Autobiográfico, Político e Ideológico. Lisboa: Temas e Debates, 2011. ISBN 978-989-644-146-3
Obras em que colaborou
- Victor Cunha Rego e Friedhelm Merz, Liberdade para Portugal Com a colaboração de Mário Soares, Willy Brandt e Bruno Kreisky, Livraria Bertrand, 1976. Edição original alemã: Freiheit für den Sieger, Zurique, 1976
- Soares: Portugal e a Liberdade, depoimentos diversos, Morais Editores, 1984
- Hans Janitschek, Mário Soares, with a foreword by Edward Kennedy – Weidenfeld and Nicolson, London, 1985
- Teresa de Sousa, Mário Soares, Nova Cultural, 1988
- Maria Fernanda Rollo e J. M. Brandão de Brito, Mário Soares - uma fotobiografia, Bertrand Editora, 1995
- Maria João Avilez, Soares, 3 volumes: I: Ditadura e Revolução; II: Democracia; III: O Presidente, Círculo de Leitores, 1996
- Entrevistas com Mário Bettencourt Resendes: I-Moderador e Árbitro, 1995, II-Dois anos depois, 1998, III-A Incerteza dos Tempos, 2003, Editorial Notícias.
Condecorações
Ordens nacionais:[35]
- Grã-Cruz da Ordem Militar de Cristo de Portugal (9 de Abril de 1981)
- Grande-Colar da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito de Portugal (9 de Março de 1991)
- Grande-Colar da Ordem da Liberdade de Portugal (9 de Março de 1996)
Ordens estrangeiras:[36]
Distinção | Ordem | País | Data |
---|---|---|---|
Cavaleiro | Ordem Real do Serafim | Suécia | 28 de Janeiro de 1987 |
Grande Estrela | Ordem do Mérito | Áustria | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem de Isabel a Católica | Espanha | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem de Carlos III | Espanha | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem do Falcão | Islândia | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul | Brasil | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem de Santo Olavo | Noruega | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem do Mérito | Predefinição:BRDb Alemanha Ocidental | 10 de Março de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem de Mérito de Duarte Sánchez Melo | República Dominicana | 10 de Março de 1987 |
Grande-Colar | Ordem do Congresso Nacional | Brasil | 13 de Abril de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem do Ipiranga | Brasil | 13 de Abril de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem de Mérito do Serviço Diplomático | Coreia do Sul | 23 de Abril de 1987 |
Colar | Ordem do Libertador | Venezuela | 10 de Novembro de 1987 |
Grande-Colar | Ordem Nacional do Cruzeiro do Sul | Brasil | 10 de Novembro de 1987 |
Grã-Cruz | Ordem do Salvador | Grécia | 20 de Novembro de 1987 |
Colar | Ordem de Mérito da Bahía | Brasil | 30 de Março de 1988 |
Colar | Ordem de Carlos III | Espanha | 30 de Março de 1988 |
Grã-Cruz | Ordem Nacional do Mérito | Brasil | 30 de Março de 1988 |
Faixa | Ordem da Estrela | Jugoslávia | 30 de Abril de 1988 |
Grã-Cruz | Ordem Real do Dannebrog | Dinamarca | 30 de Março de 1988 |
Grã-Cruz | Ordem Nacional do Mérito | França | 26 de Maio de 1988 |
Cavaleiro | Ordem do Leão de Ouro da Casa de Nassau | Luxemburgo | 26 de Maio de 1988 |
Grande-Colar | Ordem de Boyaca | Colômbia | 27 de Maio de 1988 |
Colar | Ordem Pro Merito Melitensi | Predefinição:Country data SMOM Ordem Soberana e Militar de Malta | 9 de Maio de 1989 |
Grande-Colar | Ordem Nacional do Mérito | Equador | 12 de Setembro de 1989 |
Grã-Cruz | Ordem do Mérito | Predefinição:Country data CGO Congo | 12 de Setembro de 1989 |
Grande-Colar | Ordem Nacional do Leopardo | Zaire | 4 de Dezembro de 1989 |
Grande Estrela | Ordem da Grande Estrela | Jugoslávia | 24 de Abril de 1990 |
Grã-Cruz | Ordem Nacional da Legião de Honra | França | 7 de Maio de 1990 |
Grande-Colar | Ordem de Macários | Chipre | 29 de Maio de 1990 |
Grã-Cruz | Ordem Nacional | Costa do Marfim | 1 de Junho de 1990 |
Grã-Cruz | Ordem do Mérito | Itália | 18 de Julho de 1990 |
Grande-Colar | Ordem Piana | Vaticano/Santa Sé | 8 de Janeiro de 1991 |
Grande-Colar | Ordem do Mérito | Itália | 8 de Janeiro de 1991 |
Grã-Cruz Classe Especial | Ordem do Mérito | Alemanha | 8 de Janeiro de 1991 |
Grã-Cruz com Colar | Ordem da Rosa Branca | Finlândia | 8 de Março de 1991 |
Grã-Cruz | Ordem do Leão Neerlandês | Holanda | 26 de Setembro de 1991 |
Grã-Cruz | Ordem do Le Port du Ouissam Mohammadi | Marrocos | 6 de Fevereiro de 1992 |
Grande-Colar | Ordem da Grande Condecoração do Nilo | Predefinição:EGIb Egipto | 4 de Abril de 1992 |
Colar | Ordem do Mérito | Chile | 22 de Julho de 1992 |
Cavaleiro | Ordem do Elefante | Dinamarca | 3 de Agosto de 1992 |
Grã-Cruz | Ordem do Mérito da República da Hungria | Hungria | 25 de Janeiro de 1993 |
Grã-Cruz | Ordem de 7 de Setembro | Tunísia | 16 de Fevereiro de 1993 |
Grã-Cruz | Ordem do Mérito | Polónia | 21 de Maio de 1993 |
Grande-Colar | Ordem do Falcão | Islândia | 29 de Julho de 1993 |
Grã-Cruz com Placa | Ordem de Santa Maria Madalena | Polónia | 19 de Agosto de 1993 |
Insígnia | Ordem da Estrela da Palestina | Palestina | 18 de Novembro de 1993 |
Grã-Cruz com Colar | Ordem do Banho | Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | 19 de Maio de 1994 |
Grã-Cruz | Ordem da Polónia Restituta | Polónia | 26 de Outubro de 1994 |
Grã-Cruz com Banda | Ordem de Stara Planina | Bulgária | 26 de Outubro de 1994 |
Grande-Colar | Ordem do Le Port du Ouissam Mohammadi | Marrocos | 20 de Fevereiro de 1995 |
Colar Mariscal Fernando Solano López | Ordem Nacional do Mérito | Paraguai | 18 de Dezembro de 1995 |
Grã-Cruz | Ordem da Coroa de Carvalho | Luxemburgo | 28 de Fevereiro de 1996 |
Grã-Cruz | Ordem do Mérito | Senegal | 28 de Fevereiro de 1996 |
Grã-Cruz | Ordem de São Miguel e São Jorge | Grã-Bretanha e Irlanda do Norte | 28 de Fevereiro de 1996 |
1.º Grau | Ordem de Amílcar Cabral | Cabo Verde | 5 de Janeiro de 2001 |
Grã-Cruz (Banda) | Ordem da Águia Asteca | México | 16 de Janeiro de 2003 |
Cronologia sumária
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at:1924 text:Nasce em Lisboa, 7 de Dezembro at:1942 text:Entra na Universidade de Lisboa at:1946 text:É preso pela PIDE pela primeira vez at:1949 shift:(25,-4) text:É preso pela segunda vez. Casa com Maria Barroso na prisão at:1951 text:Licenciatura em Ciências Histórico Filosóficas. Abandona o Partido Comunista at:1957 shift: (25,-4) text:Licenciatura em Direito at:1958 text:Candidatura presidencial de Humberto Delgado at:1964 shift:(25,-10) text:Funda a Acção Socialista Portuguesa at:1968 shift:(25,-13) text:Novamente preso. Degredado para São Tomé at:1969 shift:(25,-8) text:Participa activamente na campanha eleitoral da CEUD at:1970 shift:(25,-4) text:Passa a viver em Roma e depois em Paris at:1973 shift:(25,-6) text:Funda o Partido Socialista at:1974 text:Regressa a Portugal após o 25 de Abril from:1976 till:1978 color:red text:Primeiro-ministro from:1983 till:1985 color:red text:Primeiro-ministro from:1986 till:1996 shift:(25,-14) text:Presidente da República at:1991 text:Cria a Fundação Mário Soares at:1999 text:Eleito para o Parlamento Europeu. Candidata-se a presidente do Parlamento e perde. at:2004 shift:(25,-5) text:Anuncia que abandona definitivamente a política activa at:2005 shift:(25,5) text:Candidata-se a PR. Perde para Aníbal Cavaco Silva. at:2017 text:Morre em Lisboa, a 7 de Janeiro. </timeline>
Referências
- ↑ 25 de Abril - Poucos recordam Mário Soares em São Tomé e a culpa é da PIDE. Portugal Post
- ↑ Museu da Presidência da República
- ↑ Observador
- ↑ Observador
- ↑ Ver [1] (consultado em 20 de Fevereiro de 2009)
- ↑ ECO
- ↑ ECO
- ↑ ECO
- ↑ SOARES, Mário; Portugal amordaçado: depoimento sobre os anos do fascismo. Lisboa: Arcádia, 1974, pp. 274–278.
- ↑ Sábado
- ↑ Expresso
- ↑ 12,0 12,1 POLITIPÉDIA – Repertório Português de Ciência Política
- ↑ Diário de Notícias
- ↑ Jornal de Notícias
- ↑ POLITIPÉDIA – Repertório Português de Ciência Política
- ↑ Jornal de Notícias
- ↑ Jornal de Notícias
- ↑ Jornal de Notícias
- ↑ Diário de Notícias
- ↑ Jornal de Notícias
- ↑ «Maria Barroso podia ter sido Presidente. A rainha Sofia lançou-lhe o repto». Expresso. 7 de julho de 2015
- ↑ RTP
- ↑ RTP
- ↑ Soares revela, finalmente, discurso na maçonaria francesa, por J.C.S., Diário de Notícias, 28.11.2014
- ↑ Soares defende que políticos devem assumir se pertencem à Maçonaria se for essa a sua vontade, Jornal de Notícias, publicado em 2012-01-10
- ↑ Mário Mesquita escreveu: "Na visão de Victor Cunha Rego, a política é sempre altamente personalizada. Nesse momento zero da Revolução de Abril, cita um único nome, na reportagem da primeira página da Folha de S.Paulo do dia 26 de abril de 1974. Poderia ter sido Spínola, mas não foi. Refere apenas o (ainda) exilado secretário-geral do Partido Socialista: ‘Mário Soares, embora sem participação oficial na conjura, parece ser um dos nomes que serão importantes na política portuguesa.' Cf. [2] (consultado em 26 de dezembro de 2009
- ↑ RTP
- ↑ ECO
- ↑ Fundação Portugal África
- ↑ Movimento Europeu
- ↑ Expresso
- ↑ Agência Lusa (17 de dezembro de 2013). «Mário Soares eleito personalidade do ano». Notícias ao minuto. Consultado em 18 de maio de 2014
- ↑ «Mário Soares recebeu de Fernando Medina chave da cidade de Lisboa»
- ↑ Morreu Mário Soares, JN 07.01.2017
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Mário Alberto Nobre Lopes Soares". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de maio de 2014
- ↑ «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Mário Alberto Nobre Lopes Soares". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 18 de maio de 2014
Ver também
Ligações externas
- Mário Soares no sítio oficial da Presidência da República Portuguesa. (consultado em 14 de março de 2012)
- Biografia no sítio da Fundação Mário Soares. (consultado em 2 de dezembro de 2010)
- Sítio da Fundação Mário Soares
- «Mário Soares - Especial da DW África» (em português)
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