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Guarda

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Guarda (desambiguação).
Guarda
Guarda-Se Catedral-04-2011-gje.jpg
Catedral - Sé da Guarda

Brasão de Guarda Bandeira de Guarda

Localização de Guarda
Mapa de Guarda
Gentílico Guardense;
Egitaniense[1]
Área 712,1 km²
População 40 126 hab. (2021)
Densidade populacional 56,3  hab./km²
N.º de freguesias 43
Presidente da
câmara municipal
Sérgio Costa (Pela Guarda, 2021-2025)
Fundação do município
(ou foral)
1199
Região (NUTS II) Centro
Sub-região (NUTS III) Beiras e Serra da Estrela
Distrito Guarda
Província Beira Alta
Orago Nossa Senhora da Assunção
Feriado municipal 27 de Novembro (Foral)
Código postal 6300 e 6301
Sítio oficial www.mun-guarda.pt
Município de Portugal Flag of Portugal.svg
A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

A Guarda é uma cidade portuguesa com 1 056 metros de altitude máxima, sendo a mais alta cidade do país. Com 26 446 habitantes (2021) no seu perímetro urbano, é a capital do Distrito da Guarda, estando situada na região estatística do Centro e sub-região das Beiras e Serra da Estrela.

É sede do município da Guarda com 712,1 km² de área e 40 126 habitantes (censos de 2021), subdividido desde a reorganização administrativa de 2012/2013 em 43 freguesias.[2] O município é limitado a nordeste pelo município de Pinhel, a leste por Almeida, a sudeste pelo Sabugal, a sul por Belmonte e pela Covilhã, a oeste por Manteigas e por Gouveia e a noroeste por Celorico da Beira. O seu distrito tem uma população residente de 173 831 habitantes. Está situada no último contraforte nordeste da Serra da Estrela.

Possui acessos rodoviários importantes, como a A25, que a liga a Aveiro e ao Porto, bem como à fronteira, dando ligação direta a Madrid; a A23, que liga a Guarda a Lisboa e ao Sul de Portugal, bem como o IP2, que liga a Guarda a Trás-os-Montes e Alto Douro, nomeadamente a Bragança.

A nível ferroviário, a cidade da Guarda possui a linha da Beira Baixa (encerrada para obras de modernização com abertura prevista para o ano 2020) e a linha da Beira Alta, que se encontra completamente eletrificada, permitindo a circulação de comboios regionais, nacionais e internacionais, constituindo "o principal eixo ferroviário para o transporte de passageiros e mercadorias para o centro da Europa", com ligação a Hendaye (França, via Salamanca-Valladolid-Burgos).

O ar, historicamente reconhecido pela salubridade e pureza, foi distinguido pela Federação Europeia de Bioclimatismo em 2002, que atribuiu à Guarda o título de primeira "Cidade Bioclimática Ibérica". Além de ser uma cidade histórica e a mais alta de Portugal, a Guarda foi também pioneira na rádio local, sendo mesmo a Rádio Altitude considerada a primeira rádio local de Portugal. As suas origens prendem-se com a existência de um sanatório dedicado à cura da tuberculose.

A cidade da Guarda
A cidade da Guarda

Toda a região é marcada pelo granito, pelo clima contrastado de montanha e pelo seu ar puro e frio que permite a cura e manufatura de fumeiro e queijaria de altíssima qualidade. É também a partir desta região que vertem as linhas de água subsidiarias das maiores bacias hidrográficas que abastecem as três maiores cidades de Portugal: para a bacia do Tejo que abastece Lisboa, para a Bacia do Mondego que abastece Coimbra e para a bacia do Douro que abastece o Porto. Existe mesmo na localidade de Vale de Estrela (a 6 km da cidade da Guarda) um padrão que marca o ponto triplo onde as três bacias hidrográficas se encontram.

História

Nos primeiros séculos da romanização da Península Ibérica habitavam a região da Guarda povos lusitanos. Entre os quais os igeditanos, os lancienses opidanos e os transcudanos. Estes povos unidos sob uma autêntica federação viriam a resistir à romanização durante dois séculos. Ao contrário dos latinizados, estes povos não consumiam vinho, mas antes cerveja de bolota. A sua arma de eleição era a falcata - uma espada curva - que facilmente quebrava os gládios romanos devido à sua superioridade metalúrgica. Os seus deuses pagãos diferiam também dos romanos, podem ainda hoje encontrar-se algumas inscrições religiosas lusitanas em santuários como o Cabeço das Fráguas.

Durante muito tempo os historiadores julgaram que a Cividade dos Igeditanos (Egitânia) se localizava na Guarda mas mais recentemente chegou-se à certeza que tal localização era em Idanha-a-Velha. Daqui que o gentílico de egitanienses se enraizou. No entanto, existe dúvida se a Guarda foi realmente Egitânia. Confinando com os terrenos dos igeditanos, a norte estavam os dos lancienses opidanos cuja capital, a Cividade Lância Opidana, foi referida a curta distância da atual localização da Guarda.

Esta teoria foi defendida acerrimamente pelo General João de Almeida (influente militar português, herói das campanhas de África, natural da Guarda), o que levou alguns críticos a menosprezá-la, no entanto, todas as pesquisas seguintes indicam a sua veracidade. Já o nome de Guarda terá sido uma derivação de um castro sobranceiro ao Rio Mondego, o Castro de Tintinolho.

Após o período romano seguiram-se períodos de ocupação por parte dos visigodos, mais tarde pelo reino das Astúrias e também pela civilização islâmica. Só após o processo da reconquista é atribuído o foral, reconfirmando definitivamente a importância da cidade e da região.

O rei Predefinição:Lknb e D. Isabel estiveram na cidade mês e meio após casarem. O rei sancionou os «Costumes da Guarda» e viria a preparar a guerra com Castela, resolvida com o tratado de Alcanizes.

Porta do Sol

«A cidade dos 5 F's»

A explicação mais conhecida e consensual do significado do epíteto de «cidade dos 5 F's» diz que estes significam Forte, Farta, Fria, Fiel e Formosa.[3][4][5][6][7] A explicação destes efes tão adaptados posteriormente a outras cidades é simples:

  1. Forte: a torre do castelo, as muralhas e a posição geográfica demonstram a sua força;
  2. Farta: devido à riqueza do vale do Rio Mondego;
  3. Fria: a proximidade à Serra da Estrela e o facto de estar situada a uma grande altitude explicam este F;
  4. Fiel: porque Álvaro Gil Cabral, Alcaide-Mor do Castelo da Guarda e trisavô de Pedro Álvares Cabral, recusou entregar as chaves da cidade ao Rei João I de Castela durante a Crise dinástica de 1383–1385. Teve ainda fôlego para combater na Batalha de Aljubarrota e tomar assento nas Cortes de Coimbra de 1385, onde elegeu o Mestre de Avis como Rei D. João I de Portugal;
  5. Formosa: pela sua natural beleza.

Ainda relativamente ao «4.º F» da Cidade, é sintomática a gárgula voltada em direção a nascente (ao encontro de Espanha): um traseiro, em claro tom de desafio e desprezo. É comum ver turistas procurando essa gárgula específica, recentemente apelidada de "Fiel".

Guarda, o Berço da Língua Portuguesa

Foi por amor a uma bela mulher - pela qual muitos se apaixonaram - que haveria de se originar a Língua Portuguesa, hoje uma das mais faladas em todo o mundo.

E foi, na cidade da Guarda que se deu o acontecimento que marcou claramente o nascimento da Língua Portuguesa em 1189: aqui se escreveu o primeiro texto literário em Língua Portuguesa, da autoria do trovador galego Paio Soares de Taveirós para sua amada Maria Pais Ribeira ( também conhecia por Ribeirinha), intitulada de Cantiga da Ribeirinha.

A mesma Ribeirinha que acabaria por chamar a atenção do monarca D. Sancho I que também se inspirou a redigir-lhe reais trovas, e com quem haveria de manter uma notória relação extraconjugal, gerando numerosa descendência.

E assim, por amor a uma bela mulher - diziam-na "branca de pele, de fulvos cabelos, bonita, sedutora" - surge na Guarda a Língua Portuguesa, reflexo poderoso de paixões que os séculos não conseguiram apagar.


População

Número de habitantes[8]
1864 1878 1890 1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011 2021
33 006 36 280 40 205 41 910 44 010 41 909 43 314 47 862 51 468 48 994 39 741 40 360 38 765 43 822 42 541 40 126

(Obs.: Número de habitantes "residentes", ou seja, que tinham a residência oficial neste município à data em que os censos se realizaram.)

Número de habitantes por Grupo Etário[9]
1900 1911 1920 1930 1940 1950 1960 1970 1981 1991 2001 2011
0-14 Anos 14 181 14 816 14 177 14 678 15 799 15 617 14 233 11 105 9 028 7 282 6 809 5 833
15-24 Anos 7 901 8 128 7 563 8 253 8 851 9 814 8 399 6 195 7 219 5 789 6 126 4 409
25-64 Anos 17 016 18 267 17 316 17 659 20 060 21 836 22 076 17 455 18 155 18 846 22 721 23 426
= ou > 65 Anos 2 172 2 337 2 462 2 972 3 114 3 902 4 286 4 490 5 958 6 585 8 166 8 873
> Id. desconh 40 86 212 92 209

(Obs.: De 1900 a 1950 os dados referem-se à população "de facto", ou seja, que estava presente no município à data em que os censos se realizaram. Daí que se registem algumas diferenças relativamente à designada população residente.)

Orago

A Virgem da Assunção é a Padroeira da Guarda.

Não é por acaso que:

  • Por cima da entrada principal, ao centro, está a estátua da Virgem da Assunção, ladeada pelas torres sineiras com a heráldica de D. Pedro Vaz Gavião.
  • O altar-mor (da Sé Catedral), atribuído a João de Ruão e mandado fazer ca. 1553 pelo bispo D. Gregório de Castro, é composto por um retábulo com uma centena de figuras esculpidas (do Antigo e do Novo Testamento) em pedra de Ançã. Um dos painéis centrais é ocupado por uma estátua invocando Nossa Senhora da Assunção.
  • Segundo Adriano Vasco Rodrigues, é uma "“imagem em granito da Senhora da Assunção, padroeira da Guarda.”

(Fonte: ‘A Catedral da Guarda, motivo de orgulho!’, de Adriano Vasco Rodrigues, em GuardaViva Boletim Municipal, Nº 1, página 21)

  • “Fachada principal virada a oeste, sendo visível um primitivo remate em pena angular, sendo rasgada por portal em arco abatido, com cogulhos internos, que se entrelaçam, dando origem a uma nicho com mísula e baldaquino, onde se integra a imagem de Nossa Senhora da Assunção ; é ladeado por dois colunelos finos, assentes em bases altas com toros e escócias, surgindo, nos intercolúnios, mísulas ornadas por folhagem protegidas por baldaquinos; o colunelo exterior prolonga-se sobre o nicho da Virgem, em arco canopial, com cogulhos internos e externos, sendo flanqueado por dois possantes gigantes, constituídos por amplas bases, de onde saem feixes de colunas torsas, rematando em pináculos também torsos e com florão.”
  • “Na Estatística Paroquial, é referido que a paróquia da Sé, de Nossa Senhora da Assunção, era um priorado apresentado pelo bispo local.”

(Fonte: Sistema de Informação para o Património Arquitetónico)

  • "...no centro a Virgem da Assunção, padroeira da cidade da Guarda.”

(Fonte: MONOGRAFIA ARTÍSTICA DA GUARDA, Adriano Vasco Rodrigues, 2ª edição, 1977, página 98, 2º parágrafo)

  • Diocese da Guarda (Diœcesis Ægitaniensis) - Padroeiro: Nª Senhora da Assunção
  • "Num nicho central, vê-se a imagem de Nossa Senhora da Assunção, padroeira da Guarda."

(Fonte: Património & Turismo, Distrito da Guarda 1999 [(REGISTOS: Ministério da Justiça, Empresa Jornalística Nº 222 033, ICS (Titularidade) Nº 122 034] , página 46)

  • "Paróquia: Guarda; Orago: Nossa Senhora da Assunção"

(Fonte: CÚRIA DIOCESANA DA GUARDA - ANUÁRIO CATÓLICO)

Cronologia

Lendas

Segundo uma lenda, no tempo da Reconquista, havia uma jovem Ana apaixonada por Alfonso III das Astúrias que seguiu o rei, vestida de soldado. Depois duma batalha, o rei descobriu o segredo de Ana e emocionado, mandou construir um castelo para Ana viver, tornando-se a guardiã daquelas terras.

Geografia

A Guarda é sobranceira ao Vale do Mondego, insere-se no último contraforte Norte da Serra da Estrela é a cidade mais alta de Portugal, quanto à altitude da área urbana do município, com altitude máxima de 1 056 metros.

Fruto desta altitude é também o curioso facto de esta região pertencer a três bacias hidrográficas - Mondego, Douro e Tejo, contribuindo desta forma para os recursos hídricos das regiões de Lisboa, Porto e Coimbra. O Ponto de confluência das três bacias localiza-se na povoação de Vale de Estrela nas imediações da Guarda.

Clima

O clima na cidade da Guarda é temperado, com influência mediterrânica, visto que no verão há uma curta estação seca. O mês mais quente é Julho, com temperatura média de 19,7 °C, e o mês mais frio é Janeiro, com média de 4 °C. O mês mais chuvoso é Dezembro, com pluviosidade média de 150,6 mm, e o mês mais seco é Agosto, com média de escassos 10,4 mm. A temperatura média anual é de 11,1 °C e a pluviosidade média anual é de 914,2 mm. É considerada uma das cidades mais frias de Portugal, experimentando algumas vezes por ano precipitações de neve.

As temperaturas inferiores a -10 °C ocorrem com alguma frequência, havendo inclusivamente registos históricos datados de Janeiro de 1829 que parecem indicar temperaturas inferiores a -20 °C (ver secção cronologia).

Predefinição:Tabela/Clima

Organização administrativa

Até 2013, a cidade da Guarda era oficialmente constituída pelas freguesias urbanas da , São Vicente e São Miguel, entretanto unidas numa só (Freguesia da Guarda).

Freguesias

Freguesias do município da Guarda

Desde a reorganização administrativa de 2012/2013,[2] o município da Guarda está dividido em 43 freguesias:

Até 1 de janeiro de 2002, fazia também parte do município a freguesia do Vale de Amoreira, a qual entretanto foi transferida para o vizinho município de Manteigas.

Cidades geminadas

A cidade da Guarda está geminada com cinco cidades:[11]

Política

Eleições autárquicas [12]

Data % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V % V Participação
PS CDS-PP PPD/PSD APU/CDU PCTP/ MRPP AD PPM PRD BE PSD-CDS MPT IND CH
colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" | colspan="2" style="background:#Predefinição:RGBpol;" |
1976 33,56 3 31,22 2 21,66 2 4,89 - 1,81 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
1979 54,28 4 AD AD 3,00 - 1,77 - 37,17 3 AD Predefinição:Info/Partido político/lugares
1982 57,34 5 4,15 - 1,26 - 32,81 2 Predefinição:Info/Partido político/lugares
1985 52,44 4 31,75 3 3,53 - 0,75 - 7,52 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
1989 52,81 4 6,47 - 33,43 3 2,67 - 0,63 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
1993 52,34 4 5,30 - 34,49 3 3,25 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
1997 56,29 4 4,08 - 32,12 3 2,98 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
2001 47,65 4 2,97 - 42,46 3 1,98 - 0,82 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
2005 52,51 4 4,55 - 33,84 3 1,78 - 0,59 - 1,99 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
2009 55,79 5 5,15 - 28,33 2 2,68 - 0,70 - 2,89 - Predefinição:Info/Partido político/lugares
2013 30,39 2 PSD CDS 3,89 - 2,42 - 3,66 - 51,43 5 Predefinição:Info/Partido político/lugares
2017 23,35 2 5,59 - 61,20 5 2,11 - CDS 3,04 - CDS Predefinição:Info/Partido político/lugares
2021 17,98 1 2,69 - 33,68 3 1,31 - 1,60 - 36,22 3 2,69 - Predefinição:Info/Partido político/lugares

Eleições legislativas

Data %
CDS PS PSD PCP UDP AD APU/

CDU

FRS PRD PSN BE PAN PàF L CH IL
1976 32,13 30,32 18,64 3,55 1,23
1979 AD 36,73 APU 0,82 49,51 5,49
1980 FRS 0,78 51,23 4,82 35,15
1983 18,78 46,20 23,27 0,34 4,84
1985 16,46 30,28 27,44 0,82 5,15 13,00
1987 5,44 29,41 53,28 CDU 0,25 3,15 2,12
1991 5,42 36,29 48,61 2,39 0,81 1,80
1995 10,49 52,62 30,69 0,41 2,12 0,35
1999 10,35 47,71 33,22 3,44 1,45
2002 9,86 39,83 42,50 2,35 1,79
2005 6,89 51,79 27,27 3,00 4,71
2009 11,48 36,44 30,78 3,55 10,99
2011 13,34 28,59 41,35 3,89 4,68 0,81
2015 PàF 33,83 PàF 4,11 10,23 1,51 41,73 0,63
2019 4,76 36,14 32,12 2,93 10,77 2,25 0,70 1,52 0,81

Património arquitetónico e arqueológico

A cidade tem vários monumentos arquitetónicos, na sua maioria situados no centro histórico:

Sé da Guarda e estátua de D. Sancho I

No centro histórico da Guarda encontram-se vários edifícios com marcas mágico-religiosas: um estudo de Novembro de 2006, editado pela Sociedade Pólis Guarda e pela autarquia local, identifica 48 marcas cruciformes em edifícios da zona da Judiaria.

Património natural

Centro da cidade da Guarda com um nevão

Encontram-se classificadas como árvores de interesse nacional:


Mais património natural da região:

  • Cão da Serra da Estrela - sem dúvida um dos mais interessantes canídeos de Portugal;
  • Teixos da Serra da Estrela;
  • Lobo Ibérico - as últimas alcateias livres a sul do Douro situam-se nesta região;
  • Vale Glaciar de Manteigas;
  • Orografia granítica, com afloramentos frequentes e por vezes com dimensões monumentais;
  • Carvalhais de Carvalho Negral;
  • Soutos e Castinçais;
  • Possível cratera de 35  km de diâmetro;[10]
  • Linha de festo tago-duriense que define as vertentes das bacias hidrográficas do Tejo e do Douro, na freguesia de Panoias de Cima .[13]

O município encontra-se parcialmente inserido no Parque Natural da Serra da Estrela

Associações recreativas e desportivas

Durante muitos anos, o principal clube desportivo da cidade, com notório ecletismo, foi a Associação Desportiva da Guarda.

Foi criado o clube Guarda Desportiva Futebol Clube, que se dedicou apenas ao futebol.


Outros clubes que se têm destacado neste desporto são o Mileu-Guarda Sport Clube e o NDS (Núcleo Desportivo e Social), este sobretudo nas camadas jovens. Clubes que se têm destacado fora do âmbito do futebol são o Clube de Montanhismo da Guarda, e o Centro de Desporto e Cultura do Pinheiro no atletismo.

A cidade tem ainda diversas associações culturais e recreativas, dentre as quais, a Associação de Desenvolvimento Carapito S. Salvador.

Existe ainda o Grupo Desportivo e Recreativo das Lameirinhas (GDRL) que se destaca no âmbito do futsal, no escalão nacional de seniores, possuindo também uma equipa B e escalões de iniciação. O clube tem também escalões juvenis de basquetebol feminino.

Infraestruturas e acessibilidades

O município é servido por uma boa rede viária:

Ferrovias

Na Guarda passam ainda as seguintes linhas ferroviárias:

Após o abandono do projeto do TGV português devido à crise económica mundial, o governo português anunciou em 2011 a requalificação da linha da beira alta para bitola europeia de forma a permitir a circulação de mercadorias em velocidade alta a partir dos portos do norte de Portugal para o centro da Europa.

Plataforma logística e outras

No município existe a PLIE - Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma área infraestruturada de raiz com cerca de 100 hectares, de cariz logístico-industrial onde a atividade de armazenagem e produção tem condições ótimas do ponto de vista da distribuição Ibérica, não só pela confluência das várias vias rodoviárias e ferroviárias, mas também pela posição intermédia entre Lisboa-Madrid e Aveiro-Madrid, sendo de todas as passagens fronteiriças aquela que proporciona o menor e mais rápido trajeto em direção ao centro da Europa.

No município existe a barragem do Caldeirão, importante infraestrutura para o abastecimento de água e produção de energia. A barragem foi também feita com o intuito de ser um pólo de atração turística.

Economia

Antes do 25 de Abril, a grande maioria da população do município habitava em aldeias e vivia da agricultura de subsistência. Com a democracia, começou a haver uma deslocalização dos meios rurais para a cidade e as pessoas começaram a trabalhar no sector dos serviços e da indústria. Houve grandes fábricas, como a Renault e a Gartêxtil, ambas já desaparecidas.

Os 14 municípios do distrito da Guarda possuirão um total de 15 521 empresas, das quais 4 189 estarão sediadas no município da Guarda.[14]

Atualmente (2010), a crise paira na indústria desta cidade gerando milhares de desempregados: a principal empregadora a Delphi, fechou em 31 de dezembro de 2010,despedindo os últimos 321 trabalhadores (chegou a ter cerca de 3 mil trabalhadores). No entanto existem outras empresas do mesmo sector que poderão absorver alguns desses trabalhadores. Outros exemplos de empresas relevantes são a GELGURTE, Coficab, Dura Automotive, SODECIA metalurgia entre outras.

A boa situação geográfica do município e as boas acessibilidades fazem da Guarda um excelente local para o armazenamento e transporte de mercadorias de Portugal para o resto da Europa (e vice-versa), nesse sentido entidades privadas em conjunto com a Câmara Municipal criaram a Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial (PLIE) que é uma plataforma transfronteiriça que procura dinamizar a economia regional e a captação de fluxos e investimentos industriais.

Turismo e gastronomia

O turismo é também uma aposta da Guarda. Os principais pontos turísticos da cidade são:

Atualmente, o município tem vários hotéis que aproveitam a proximidade com a Serra da Estrela, com as Aldeias Históricas e com a região do vinícola do Douro que posicionam a Guarda como base ideal para a descoberta desses destinos. A gastronomia do município é muito diversificada, com destaque para o Caldo de Grão, o Bacalhau à Conde da Guarda, Bacalhau à Lagareiro, o Cabrito Assado, as Morcelas da Guarda e o Arroz Doce.

Política

Presidentes da Câmara após o 25 de Abril:

Guardenses ilustres

O município da Guarda foi o berço de várias personalidades, entre as quais:

Filhos adotivos da Guarda

A Guarda, ao longo dos tempos, foi acolhendo individualidades que, pela sua relevância e ligação à Cidade, perduram na alma Guardense.

Educação

Na Guarda, existem vários estabelecimentos de ensino, entre os quais:

Ensino superior

  • IPG (Instituto Politécnico da Guarda) (público)
  • Instituto Superior de Administração, Comunicação e Empresas (privado)

Ensino secundário

  • Escola Secundária c/ 3º CEB da Sé
  • Escola Secundária Afonso de Albuquerque

Ensino privado

  • Ensiguarda
  • Instituto de S. Miguel
  • Colégio da Cerdeira
  • Conservatório de Música de S. José da Guarda

A cidade da Guarda tem um total de 21 escolas.

Gentílico

Alguns autores acham que o gentílico da Guarda não é guardense, mas egitaniense. A palavra deriva de Egitânia, o nome latino de Idanha, e tem a ver com o facto de a diocese da Idanha (atualmente a pequena aldeia de Idanha-a-Velha, município de Idanha-a-Nova), ter sido transferido para a Guarda.

Referências

Ver também

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Ligações externas

Municípios do Distrito da Guarda Localização do distrito de Guarda
Aguiar da Beira
Almeida
Celorico da Beira
Figueira de Castelo Rodrigo
Fornos de Algodres
Gouveia
Guarda
Manteigas
Mêda
Pinhel
Sabugal
Seia
Trancoso
Vila Nova de Foz Coa
Aguiar da Beira Almeida Celorico da Beira Figueira de Castelo Rodrigo Fornos de Algodres Gouveia Guarda Manteigas Mêda Pinhel Sabugal Seia Trancoso Vila Nova de Foz Côa

Predefinição:Concelhos da Beira Interior

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