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A revista ''Nature'' declarou, em um seu editorial, que ''Cuba desenvolveu uma considerável capacidade de pesquisa, talvez maior que a de qualquer outro país em desenvolvimento fora do sudeste asiático.''<ref>Nature, vol. 436, issue 7049 (July 2005)http://www.nature.com/nature/journal/v436/n7049/index.html''Socialism in one country: Cuba's scientific community has made substantial progress in addressing social problems.'' Nature; vol. 436, issue 7049 (July 2005); p303.]</ref>. | A revista ''Nature'' declarou, em um seu editorial, que ''Cuba desenvolveu uma considerável capacidade de pesquisa, talvez maior que a de qualquer outro país em desenvolvimento fora do sudeste asiático.''<ref>Nature, vol. 436, issue 7049 (July 2005)http://www.nature.com/nature/journal/v436/n7049/index.html''Socialism in one country: Cuba's scientific community has made substantial progress in addressing social problems.'' Nature; vol. 436, issue 7049 (July 2005); p303.]</ref>. | ||
Cuba conseguiu criar, com grande sucesso, uma indústria de [[biotecnologia]] capaz de inventar drogas modernas e vacinas próprias<ref name=VACINAa>[http://www.utoronto.ca/jcb/home/documents/Cuba.pdf''Cuba—innovation through synergy.''; NATURE BIOTECHNOLOGY; volume 22, suplemento, dezembro de 2004]</ref> e que opera ao lado de uma | Cuba conseguiu criar, com grande sucesso, uma indústria de [[biotecnologia]] capaz de inventar drogas modernas e vacinas próprias<ref name=VACINAa>[http://www.utoronto.ca/jcb/home/documents/Cuba.pdf''Cuba—innovation through synergy.''; NATURE BIOTECHNOLOGY; volume 22, suplemento, dezembro de 2004]</ref> e que opera ao lado de uma fSAFADINNNNNHOOOOr os embargos comerciais impostos pelos [[Estados Unidos]] aos produtos cubanos<ref name=SURVEYa>[http://www.eclac.org/publicaciones/xml/8/15398/Cuba.pdf''Economic Survey of Latin America and the Caribbean 2003-2004.'' pp 287-293; ECLAC ]</ref>. | ||
MARIA GAMBA | |||
== Energia elétrica == | == Energia elétrica == |
Edição das 15h07min de 17 de maio de 2013
Economia de Cuba | ||
---|---|---|
Moeda | Peso cubano | |
Organizações de comércio | OMC | |
Estatísticas [2] | ||
Produto Interno Bruto | US$ 57,49 bilhões (2010) | |
% de cresc. do PIB | 7% (2007) | |
PIB per capita | US$ 4500 (2007) | |
PIB por setor | agricultura 4,6%, indústria 26,1%, comércio e serviços 60,6% (2005) | |
Inflação anual | 3,6% | |
População abaixo da linha de pobreza | N/D | |
Força de trabalho | 4 853 000 | |
Força de trabalho por setor | agricultura 20%, indústria 19,4%, comércio e serviços 60,6% (2006) | |
Desemprego | 1,9% (2007) | |
Parcerias comerciais [3] | ||
Exportações (US$) | 3 231 milhões f.o.b. (2007) | |
Principais produtos exportados | açúcar, níquel, tabaco, peixe, fármacos e equipamentos médicos, cítricos, café | |
Principais mercados | Países Baixos 21,8 %, Canadá 21,6 %, China 18,7 %, Espanha 5,9 %, (2006) | |
Importações (US$) | 10 860 milhões (2007) | |
Principais produtos importados | petróleo, alimentos, máquinas e equipamentos, produtos químicos | |
Principais parceiros | Venezuela 26,6 %, China 15,6 %, Espanha 9,6 %, Alemanha 6,4 %, Canadá 5,6 %, Itália 4,4 %, Estados Unidos 4,3 %, Brasil 4,2 %, (2006) | |
Finanças públicas [4] | ||
Dívida externa | US$ 22,36 bilhões ( mais de 20 bilhões com a Rússia) (2012) | |
Receitas totais (US$) | 35,01 bilhões | |
Despesas (US$) | 36,73 bilhões | |
Ajuda econômica recebida | US$ 87,8 milhões (2005) |
A economia de Cuba recuperou-se lentamente de uma séria recessão provocada pela retirada dos subsídios da antiga União Soviética (cerca de 4 a 6 bilhões de dólares anuais entre 1989 e 1993), o que representou uma perda de, pelo menos, 35% relação ao pico de seu PIB de então[1], causando sérios problemas de abastecimento e provocando rígidos racionamentos, entre 1989 e 1993, anos de grandes privações para todos, no que foi chamado de "Período Especial". As importações feitas por Cuba caíram de US$ 8,1 bilhões em 1989 para US$ 3,5 bilhões em 1991. Só agora o padrão de vida dos cubanos está retornando aos níveis do final dos anos 80. Apesar disso, o índice de pobreza de Cuba era o sexto menor em 2004 dentre os 102 países em desenvolvimento pesquisados pela a Pnud, organismo da ONU[2]
Cuba, que inicialmente ficou dependendo exclusivamente do turismo, da exportação de charutos e de níquel para sobreviver, desenvolveu um vigoroso setor de saúde que poderá transformar a economia do país. Dados do Ministério da Saúde, indicam que a indústria do turismo (avaliada em US$ 1,8 bilhão) será superada em breve pelas empresas de biotecnologia, de exportações de vacinas e pelo fornecimento de serviços de saúde para outros países[3]
Agropecuária: cana-de-açúcar, tabaco, banana, café, frutas cítricas, arroz, legumes e verduras.
Biotecnologia: vacinas, interferon, enzimas industriais farmacêuticas, kits de diagnóstico da dengue e do streptococo do grupo B, células tronco.[4][5] A biotecnologia cubana dispõe atualmente de 38 produtos registrados comercializados em mais de 45 países enquanto o país impulsiona projetos de vacinas terapêuticas, algumas em fase avançada como as da Hepatite C e câncer de próstata.
Mineração: níquel, cromita, ferro, manganês, barro vermelho e pedra calcária. (Cuba detém os maiores depósitos de níquel do mundo, cerca de 34% das reservas mundiais.)
Indústria: açúcar refinado, charutos e cigarros, cimento, fertilizantes, rum, tecidos, tijolos e telhas, industria farmacêutica e biotecnologia.
Exportação: níquel, açúcar refinado, rum, tabaco, charutos e cigarros.
Moeda: peso cubano.
Exportação
Os principais e tradicionais produtos de exportação de Cuba são:
- Açúcar e seus derivados
- Níquel - mais de 71,4 mil toneladas de níquel + cobalto por ano
- Charuto - mais de 248,9 milhões de unidades por ano.
- Café
- Cimento
Entre os produtos não tradicionais de exportação de Cuba que foram duplicadas no período 1996-2000 estão:
- Cítricos frescos industrializados
- Aço
- Produtos de biotecnologia
- Produtos médicos farmacêuticos
- Minérios
- Óleos.
O valor das exportações cubanas atingiu, em 2006, 2,956 milhões de dólares (FOB), distribuídos desta forma: Canadá 18,5%, Holanda 18,5%, China 16%, Bermudas (paraíso fiscal, englobando possíveis reexportações) 14,1%, Espanha 5,1% (2006). O turismo está crescendo aceleradamente e já representa 12% do PIB cubano, gerando 40% de suas divisas cambiais.
O embargo comercial imposto a Cuba pelos Estados Unidos, desde 1962, dificulta enormente a expansão do comércio exterior cubano. Não obstante, Cuba tem conseguido atrair investimentos estrangeiros, ainda que submetidos a regras muito estritas. Grandes investimentos têm sido feitos nas áreas de turismo, energia e telecomunicações; a União Europeia é responsável por cerca da metade dos investimentos estrangeiros feitos em Cuba.
PIB - Produto Interno Bruto
Ano e peso, respectivamente em milhões de dólares, do período de 1994 à 2006:
- 1994 - 20.296 ¹Vende arroz
- 1995 - 20.986 ¹
- 1996 - 22.812 ¹
- 1997 - 23.565 ¹
- 1998 - 23.871 ¹
- 1999 - 25.494 ¹
- 2000 - 26.896 ¹
- 94 ¹
- 2002 - 28.118 ¹
- 2003 - 28.948 ¹
- 2005 - 37.240 (Estimado. Equivalência de poder aquisitivo - não comparável com os anos anteriores) U. S. Department of State, Bureau of Western Hemisphere Affairs, May 2007[1]
- 2006 - 96.900 (Estimado. Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2009[6]
- 2007 - 103.900 (2007 est.) Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2009[6]
- 2008 - 108.400 (2008 est.) Equivalência de poder aquisitivo - CIA - The World Factbook: Cuba, 2009[7]
Produto Interno Bruto per capita
Ano e peso, respectivamente em dólares, do período de 1994 à 2006:
- 1994 - 1.872 ¹
- 1995 - 1.926 ¹
- 1996 - 2.085 ¹
- 1997 - 2.140 ¹
- 1998 - 2.164 ¹
- 1999 - 2.300 ¹
- 2000 - 2.416 ¹
- 2001 - 2.477 ¹
- 2002 - 2.504 ¹
- 2003 - 2.569 ¹
- 2004 - 3.059 Equivalência de poder aquisitivo - não comparável com os anteriores
- 2005 - 3.300 Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2004-07[1]
- 2006 - 8.500 (est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2006-08 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA[6]
- 2007 - 9.100 (est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2006-08 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA[6]
- 2008 - 9.500 (est.) Equivalência de poder aquisitivo - só comparável com 2006-08 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA[6]
¹ -[7]
Cuba está entre os 70 países do mundo que ostentam um alto Índice de Desenvolvimento Humano (acima de 0,800); em 2007 o IDH de Cuba foi 0,838 (51° lugar). Na América Latina, em 2007, só ficou aquém do Chile (40º lugar), Uruguai (46º) e Costa Rica (48º). O maior gasto, poporcional ao PIB, do mundo com educação pertence a Cuba (8,96% do PIB), seguida da Dinamarca (8,51% do PIB) e Suécia (7,66% do PIB).[8]
Economia
No período de 1994 a 1999 a economia cubana cresceu uma média anual de 4,5%. Em 1995 o crescimento foi de 6,2%. No ano 2000 o crescimento atingiu 5,6%. Em 2001 o crescimento econômico foi de 3%, não sendo maior em virtude dos fatos ocorridos no cenário internacional que aprofundaram a crise econômica globalizada afetando todos os países. A passagem do furacão Michelle também causou um impacto negativo. A média do crescimento econômico mundial esteve em torno 1,3% e em nível latino-americano atingiu somente 0,5%. Em 2005 o crescimento foi de 5%[1] e em 2006 Cuba teve o maior crescimento econômico de sua história. Nesse ano, segundo as últimas estimativas da CIA seu crescimento teria sido de 11.1% (est.)[6], e segundo a estimativas da CEPAL - que ainda não concluiu o processo de verificação[9] dos dados fornecidos por Cuba[10] - o PIB cubano pode ter crescido 12,5% (estimativa)[9]. A produção industrial cresceu 17.6% em 2006 (est.)[6].
O turismo tem se convertido não só num dos setores que mais contribuem para a economia do país, mas também para o desenvolvimento econômico de Cuba.
Desde 1990 até o ano 2000 a receita tem se multiplicado por oito ao crescer uma média anual de 23%, passando de 243,4 milhões de pesos em 1990 a 1940 milhões de pesos em 2000.
A biotecnologia tem contribuído para as exportações cubanas, tendo as vendas de produtos biotecnológicos alcançado, em 1994, a cifra de 400 milhões de dólares. Sua vacina contra hepatite B é vendida em 30 países[11]. Ver o item Biotecnologia, abaixo
A área de Cuba é de 10.920 mil hectares. A população total é de 11 milhões de habitantes. A densidade populacional é de 103 habitantes por km². As reservas ecológicas representam 69,1% do território cubano. São capturadas 101.920 toneladas de pescados por ano. O acesso á água tratada atinge 91% da população, valor acima da média regional e do grupo de renda. O acesso à rede de esgotos atinge 98% da população, valor acima da média regional e do grupo de renda.[12]. A mortalidade infantil em Cuba foi de 6,04 mortes/1.000 nascidos vivos (no Brasil: 27.62/1.000)[6].
A agricultura representa 5,1% do PIB cubano, a indústria 27,2% e os serviços 67,2% (2006). Os empregos são 4,86 milhões, sendo 78% no setor estatal e 22% no setor não estatal (2006). A agricultura emprega 20% da força de trabalho, a indústria 19,4% e os serviços 60,6% (2005). A taxa de desemprego foi de 1,9% (2006).
Hoje já existem em Cuba 117 atividades privadas autorizadas, com 208 mil pessoas registradas. Essas são as atividades que podem ser realizadas por particulares - oficinas, pequenos negócios, prestação de alguns serviços. A atividade que mais se expande é a dos restaurantes, chamados Paladares (nome alusivo a uma telenovela brasileira)[13]. Como uma forma de limitar a iniciativa particular, os paladares somente podem ter 12 cadeiras, e só devem funcionar com mão-de-obra familiar. Foram estabelecidas as Unidades Básicas de Produção Cooperativa (UBCP), em parte das terras ocupadas até então por granjas estatais. Entre setembro de 1993 e agosto de 1995, foram organizadas 3800 UBPCs, com 64% do fundo estatal de terras.
Moeda
Três moedas circulam em Cuba: o dólar, o peso conversível (cotado cerca a de 1,20 pesos por dólar) - e que é utilizado em lojas especiais para turistas, que vendem em dólar, à taxa de um peso conversível por dólar - e o peso tradicional (26 pesos por dólar) utilizado para o pagamento dos salários e para a compra de mercadorias no mercado interno, tais como aluguéis, luz, telefone, roupas e alimentos. Desde 25 de outubro de 2004 foram proibidas na ilha as transações em dólar, que só podem ser legalmente feitas utilizando-se pesos conversíveis[14]
Salários em Cuba
Os salários em Cuba devem analisados em termos de "equivalência de poder aquisitivo" ¹, método recomendado hoje em dia até pela CIA para estudar a economia cubana. Freqüentemente se vê comentários anedóticos na imprensa sobre os "baixos" salários em Cuba, aparentemente irrisórios quando se os converte em dólares norte-americanos ao câmbio turismo. Mas esse método é inadequado. Para que se possa fazer uma análise correta dos salários cubanos é preciso atentar para o que o salário pode efetivamente comprar em Cuba, não em Nova York; ou seja, qual é a real relação salário-aquisição de bens e serviços para o povo cubano¹. Por exemplo: uma cesta básica para uma família de 4 pessoas (inclui um filho menor de 7 anos) e contendo arroz, açúcar, café, pão, leite, batata, custa em Cuba 3 dólares. Nos Estados Unidos custa 138 dólares; o aluguel mensal de uma casa em Cuba custa de 1 a 2 dólares; em Cuba a educação e a assistência médica são totalmente gratuitas, e os cubanos pagam quase que todo o salário em impostos, apesar de que não são assim chamados. os baixos salários são na verdade a sobra do que o governo não retira para manter os valores que serão citados.
Com 1 dólar o povo cubano pode:
- Pagar um mês de aluguel ou,
- dois meses de eletricidade ou,
- três meses de telefone ou,
- comprar a quota de arroz de uma família de 4 pessoas, correspondente a mais de três meses ou,
- assistir a 22 jogos de baseball de grandes ligas ou,
- comprar quase 90 litros de leite para seu filho menor de 7 anos.
Na realidade, hoje existe uma dualidade na economia cubana.A atividade econômica se dá em torno do dólar, do peso conversível (cada peso vale um dólar) e do peso não conversível. O dólar e o peso não conversível são adotados no livre comércio. O peso não conversível é utilizado para o pagamento dos salários dos cubanos e para a compra de produtos básicos consumidos pela população local.
Turismo
O turismo em Cuba vem obtendo um crescimento exponencial desde 1989, quando 270.000 visitaram a ilha. Em 1990, Cuba recebeu cerca de 342 mil visitantes e dispunha de aproximadamente 12 mil apartamentos de hotel adequados ao turismo internacional. Em 1999, Cuba recebeu 1,6 milhão de turistas, o que representou um crescimento médio de 19% em relação ao número de visitantes nos anos 1990 e já contava com 32.260 apartamentos de hotel de classe internacional. Em 2003, Cuba recebeu 1,9 milhão de turistas, que geraram US$ 2 bilhões em receitas. Em 2004, foram 2,05 milhões, gerando US$ 2,25 bilhões. Em 2005, Cuba bateu seu recorde acolhendo 2,3 milhões de turistas, o que representou um incremento de 13,2% em relação a 2004. Em 2006, Cuba bateu seu próprio recorde em receitas obtidas com turismo internacional (US$ 2,4 bilhões), mas houve uma pequena queda no número de visitantes, que somaram 2,2 milhões[15]. Em 2007, Cuba anunciou uma série de medidas para tornar seu turismo mais competitivo no Caribe[16].[17]
Quatro grupos empresariais dominam o mercado de hotéis em Cuba: Gran Caribe, Cubanacan, Gaviota e Habaguanex. Existem 24 joint ventures que estão construindo 11.900 quartos, já possuindo 3.700 em operação. Dentre as empresas que possuem acordos de administração de hotéis em Cuba, destacam-se a Sol Melia (Espanha), o Super Clubs (Jamaica), a Accor (França) e a Barcelo (Espanha)[18]
As estimativas do World Tourism Organization - e projeções simuladas feitas em computador por especialistas em turismo cubano - indicaram que, em 2007, caso fosse levantado o embargo norte-americano, cerca de 4 milhões de turistas poderiam visitar Cuba, representando uma fatia de mercado de 15,9% do turismo na região do Caribe[19]. Esse turismo representaria para Cuba uma receita direta de de US$ 7,5 bilhões, e gerará uma produção adicional, no resto da economia cubana, de US$ 7,650 milhões[19].
Em 2006, a ilha contava com aproximadamente 48.000 leitos de hotel de categoria internacional, capazes de prover cerca de 25.185 mil noites-quarto de hospedagem. A taxa de ocupação dos hotéis cubanos, em 2006, foi de 60,7%, o que representou a venda efetiva de 15.627 mil noites-quarto. A estada média dos turistas em Cuba é estimada em 4,2 dias. Em 2006, o dispêndio total por turista foi de US$ 1.091 e o gasto diário por turista, de US$ 260[17].
A atividade turística em Cuba, em 2007, deu emprego a cerca de 268.000 cubanos, sendo 138.000 empregos diretos (dos quais cerca de 20% de nível universitário) e 130.000 indiretos[19].
Biotecnologia
A revista Nature declarou, em um seu editorial, que Cuba desenvolveu uma considerável capacidade de pesquisa, talvez maior que a de qualquer outro país em desenvolvimento fora do sudeste asiático.[20].
Cuba conseguiu criar, com grande sucesso, uma indústria de biotecnologia capaz de inventar drogas modernas e vacinas próprias[21] e que opera ao lado de uma fSAFADINNNNNHOOOOr os embargos comerciais impostos pelos Estados Unidos aos produtos cubanos[22]. MARIA GAMBA
Energia elétrica
Até 2004, o fornecimento de energia elétrica em Cuba esteve extremamente deficiente, com frequentes blecautes que chegavam a durar 16 horas seguidas[23]. Desde então, o governo cubano vem investindo na expansão da geração e distribuição de energia elétrica, enquanto busca aumentar a eficiência, para conseguir atender ao aumento do consumo, que cresce em média 7% ao ano. Em agosto de 2005, o Ministério da Indústria Pesada cubano anunciou a proibição do uso de lâmpadas incandescentes em Cuba e lançou a operação Economiza Energia, que visava a trocar 1,2 milhão dessas lâmpadas pelas eficientes fluorescentes compactas, que consomem menos de 20% da energia anteriormente usada. Essa campanha, iniciada por Fidel, espalhou-se pelo mundo e está sendo adotada pela Austrália, Canadá e até pela Califórnia[24]. Fidel Castro declarou o ano de 2006 o "ano da revolução da energia elétrica" e se comprometeu a pôr fim aos blecautes até 1° de maio daquele ano[25]. Em 2006, foram acrescentados 1.300 megawatts à capacidade de geração cubana. No início de 2007, foram adicionados mais 711.811 kW, quando se instalaram os 4.158 geradores convencionais a diesel, adquiridos em 2006 ao custo de US$ 800 milhões[26]. A partir de 1º de junho de 2007 Cuba restringiu a entrada de equipamentos de alto consumo de energia elétrica, como aparelhos de ar-condicionado, e liberou a importação de geradores elétricos.
Uma análise técnica, minuciosa e completa da situação energética de Cuba pode ser encontrada no estudo feito por D. Pérez, I. López e I. Berdellans para o Centro de Gestión de la Información y Desarrollo de la Energía, CUBAENERGIA, em convênio com a United Nations Department of Economic and Social Affairs (UN DESA)[27]
Divida Externa
A divida externa Cubana encontra-se em U$ $15,15 bilhões (moedas conversíveis), mais 15-20 bilhões devidos à Rússia (2006 est.). As reservas em ouro e moedas fortes representam US$ 2.618 bilhões (2006 est.).
Reformas na economia
Eliminação do Ministério do Açucar
Em 29/09/2011 informou o jornal "Granma" (oficial) que o presidente de Cuba, Raúl Castro, suprimiu o Ministério do Açúcar como parte de uma ampla reestruturação para tentar tornar mais eficiente este setor.
Segundo um relatório do órgão de imprensa do Partido Comunista (PCC): "foi tomada a decisão de extinguir o Ministério do Açúcar, pois atualmente não cumpre com nenhuma função estatal".
Para substituir o ministério, surgido em 1964, o Governo criou o Grupo Empresarial da Agroindústria Açucareira, a fim de se tornar eficiente e com capacidade de "gerar com suas exportações divisas para financiar os gastos próprios", explicou o jornal.[28]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 1,2 1,3 Background Note: Cuba. Washington: U.S. Dept. of State, maio 2007
- ↑ GARAVELLO, Murilo. Regime de Fidel cerceou democracia e direitos humanos, mas melhorou qualidade de vida. São Paulo: Especial Cuba, Últimas Notícias, UOL, 19 de fevereiro de 2008, acessado às 14:06
- ↑ Medicina é nova locomotiva da economia de Cuba. Biotecnologia, Biotech Brasil, 31 de Janeiro de 2006 às 10h01
- ↑ Cuba e China avançam na biotecnologia. Conselho de Informações Sobre Biotecnologia, 23 de dezembro de 2005. Fonte: Chicago Tribune, 19 December 2005 e Chicago Tribune e Crop Biotech, 16 December 2005
- ↑ Cuba realiza primeiro transplante com células-tronco em sistema nervoso. 2 de julho de 2007, Fonte: JB Online, 30 de junho de 2007
- ↑ 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 The World Factbook: Cuba, 2009, CIA
- ↑ 7,0 7,1 World Population, GDP and Per Capita GDP, 1-2003 AD(Last update: August 2007, copyright Angus Maddison).
- ↑ Renda Per Capita dos Países, Fevereiro 15, 2007
- ↑ 9,0 9,1 CEPAL, Anuario estadístico de América Latina y el Caribe, 2006, Estadísticas económicas, P. 86
- ↑ Economia latino-americana crescerá 5,3% em 2006, segundo relatório da Cepal. Últimas Notícias, UOL News, 14 de dezembro de 2006 - 17h22
- ↑ DIETRICH, Heinz. CUBA: O milagre biotecnológico
- ↑ Cuba: Environment at a glance 2004, World Bank
- ↑ Restaurantes y Paladares de La Habana, Cuba. paseos por la habana .com
- ↑ HABEL, Janette. Le castrisme après Fidel Castro : une répétition générale, RISAL, 29 décembre 2006.
- ↑ Unos 194.102 turistas españoles visitaron Cuba en 2005, 33% más pese a los huracanes. Fontes: Fuente: Agencias/EP; Actualidad 24 Horas.com; 26 de janeiro de 2006
- ↑ FRANK, Marc. Cuba takes steps to spruce up tourism appeal. Havana: uk.reuters.com, 27 de junho de 2007 19:12 BST
- ↑ 17,0 17,1 Cuba Reports Millions in Tourist Revenues. 17 de setembro de 2007.
- ↑ TURKEL,, Stanley. CUBA: Tourism Thriving Despite the U.S. Trade Embargo. Hotel Interactive, 10 de abril de 2006.
- ↑ 19,0 19,1 19,2 CRESPO, Nicolás e DIAZ, Santos Negrón. Cuban Tourism in 2007: Economic Impact; Cuba in Transition - ASCE 1997
- ↑ Nature, vol. 436, issue 7049 (July 2005)http://www.nature.com/nature/journal/v436/n7049/index.htmlSocialism in one country: Cuba's scientific community has made substantial progress in addressing social problems. Nature; vol. 436, issue 7049 (July 2005); p303.]
- ↑ Cuba—innovation through synergy.; NATURE BIOTECHNOLOGY; volume 22, suplemento, dezembro de 2004
- ↑ Economic Survey of Latin America and the Caribbean 2003-2004. pp 287-293; ECLAC
- ↑ Cuba-Électricité - consommation (milliards kWh) 1998-2004. Fonte: CIA World Factbook, versão de 1º de janeiro de 2007
- ↑ Green light for Australian ban on old-style bulb. International, The Guardian, 21 de fevereiro de 2007, p. 24
- ↑ Cuba's energy revolution. The Economist, 27 de abril de 2006
- ↑ Bright prospects for Brazilian utilities. The MoneyWeek; 28 de setembro de 2007
- ↑ PÉREZ D., LÓPEZ, I. e BERDELLANS, I. Energy Indicators for Sustainable Development: Country Studies on Brazil, Cuba, Lithuania, Mexico, Russian Federation, Slovakia and Thailand, United Nations Department of Economic and Social Affairs (UN DESA), Capítulo 4, pp. 83 - 127
- ↑ [1]
Ver também
Ligações externas
- «Governo da Répública de Cuba». ((em castelhano)
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at position 17 (ajuda)
- «Assembleia Nacional do Poder Popular da República de Cuba» (em español)
- «Ministério das Relações exteriores de Cuba». ((em castelhano)
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at position 17 (ajuda)
- «Ministério da Cultura» (em español)
- «Ministério do Trabalho e da Segurança Nacional». (em castelhano)
- «Oficina Nacional de Estatísticas» (em español)
- «Centro de Gestión de la Información y Desarrollo de la Energía, CUBAENERGIA» (PDF). (em inglês)
- «Cuba: Environment at a glance 2004, World Bank» (PDF) (em English)
- «The World Factbook: Cuba, 2007, CIA». (em inglês)
- Cuba—innovation «through synergy.; NATURE BIOTECHNOLOGY; volume 22, suplemento, dezembro de 2004» (em English). (acesso gratuito através da Universidade de Toronto aqui)