𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Ilha de Marajó

Disambig grey.svg Nota: "Marajó" redireciona para este artigo. Para o automóvel produzido pela Chevrolet na década de 1980, veja Chevrolet Marajó.
Ilha do MarajóPredefinição:LangIfPredefinição:LangIf
Predefinição:Info/AuxMapa
Marajó Short-tailed Opossum area.png

No detalhe (azul), a Ilha de Marajó.
0° 58' S 49° 34' O
Geografia física
País  Brasil
Localização Pará
Arquipélago Arquipélago do Marajó
Altitude média Predefinição:Formatnumif
Área Predefinição:Formatnumif
Perímetro Predefinição:Formatnumif
Largura Predefinição:Formatnumif
Comprimento Predefinição:Formatnumif
Geografia humana
Gentílico marajoara[1]
População Predefinição:Formatnumif (2015/IBGE)
Mouths of amazon geocover 1990.png
A desembocadura do rio Amazonas e a Ilha de Marajó.

A Ilha de Marajó (inicialmente chamada de Marinatambal)[2] é uma ilha costeira do tipo fluviomarítima situada na Área de Proteção Ambiental do arquipélago do Marajó, no estado do Pará, na região norte do Brasil.[3][4][5] Considerada a maior ilha fluviomarítima do planeta.[6]

A ilha de Marajó está separada do continente pelo delta do Amazonas, pelo complexo estuário do rio Pará e pela baía do Marajó.

Etimologia

Conforme Pe. Giovanni Gallo (1997:108):[7]

Que quer dizer Marajó? (m-bará-yó) é o tirado do mar e também o tapa mar. Mbará pode variar em mará e pará. E assim temos Pará o mar. Batista Caetano vai mais longe nos diz que pará deriva de y-pá-rá: as águas colhe, o colecionador das águas.

Marajó é dédalo de igarapés (igará-apé: caminho da canoa). Canoa é y-g-yara, dona da água, superior à água. Igapó (yg-apó) a água que invade.

História

Detalhe da Ilha de Marajó.

Ancestralmente, a ilha era chamada de Marinatambal pelos indígenas (confirmado por Walter Raleigh no século XVI), e na época colonial foi denominada Ilha Grande de Joannes.[2]

A ilha do Marajó, entre os anos de 400 e 1300, era ocupada por cerca de 40 mil habitantes, residentes em casas de chão batido sobre palafitas de terra, em uma sociedade de linhagem materna. Desde a infância, as marajoaras desenvolviam a arte de modelagem da argila, produção da cerâmica marajoara e o cultivo e manejo da mandioca. No início da adolescência, as marajoaras tinham os corpos pintados e usavam uma tanga de cerâmica decorada com traços referentes aos genitais.[8][9][10][11][12][13]

Em 23 de dezembro de 1665, o rei Dom Afonso VI de Portugal outorga a António de Sousa Macedo, seu secretário de Estado, a donataria da Capitania da Ilha Grande de Joanes, constituída pelo território da atual Ilha de Marajó. Em 1754, a coroa portuguesa compra as terras da capitania e reverte sua administração ao Estado do Grão-Pará e Maranhão.

Geografia

Com uma área de 40.100 km², é a maior ilha costeira do Brasil e a maior ilha fluviomarítima do planeta (banhada ao mesmo tempo tanto por águas fluviais quanto por oceânicas),[6] banhada pelo rio Amazonas a oeste e noroeste, pelo oceano Atlântico ao norte e nordeste e pelo rio Pará a leste, sudeste e sul.

Clima

A classificação climática dada à região, conforme Köppen, é do tipo Ami, cujo regime pluviométrico anual define uma estação seca, porém com total pluviométrico suficiente para manter este período, não caracterizando a presença de um déficit hídrico na região. A subdivisão climática da região, segundo a classificação bioclimática da Amazônia de Bagnoul e Gaussen, caracteriza-a como sub-região eutermaxérica que compreende um clima equatorial com temperatura média do mês mais frio superior a 20 ºC e temperatura média anual de 26ºC. A precipitação anual é sempre maior que 2 000 milímetros. As estações são inexistentes ou pouco acentuadas. A amplitude térmica é muito fraca e os dias têm a mesma duração das noites. A umidade relativa do ar é alta (> 80%), com ausência total de período seco. Nesta região, predomina o centro de massa de ar equatorial e surgem, também, bolsões de ar na foz do rio Amazonas.[14]

Economia

Outro destaque da ilha: é o lugar de maior rebanho de búfalos do Brasil, cerca de 600 mil cabeças.[15]

Búfalo no município de Salvaterra - PA

Divisão política e estatística

O território do arquipélago do Marajó, com 104 606,90 quilômetros quadrados, é dividido em dezesseis municípios distribuídos em duas regiões geográficas imediatas (Região Geográfica Imediata de Breves e Região Geográfica Imediata de Soure-Salvaterra). As duas regiões formam a Região Geográfica Intermediária de Breves.

Antigamente, também era dividida em dezesseis municípios, que integravam a entidade estatística extinta denominada Mesorregião do Marajó. Esta era dividida em três microrregiões:[16]

A ilha do Marajó propriamente dita, com 40 100 quilômetros quadrados, possui 12 sedes de municípios: Santa Cruz do Arari, Afuá, Anajás, Breves, Cachoeira do Arari, Chaves, Curralinho, Muaná, Ponta de Pedras, Salvaterra, São Sebastião da Boa Vista e Soure, que formam as Microrregiões do Arari e do Furo de Breves. Já a microrregião de Portel é formada em boa parte por territórios no continente em si[17].[carece de fontes?]

Unidades de conservação

Estão inclusos e sobrepostos na Área de Proteção Ambiental do Arquipélago do Marajó os seguintes locais:

Ver também

Referências

  1. Dicionário Aulete
  2. 2,0 2,1 Cultura, igarapés e búfalos garantem passeio exótico dentro do Brasil na Ilha de Marajó Arquivado em 23 de março de 2012, no Wayback Machine., UOL Viagem.
  3. Emil August Göldi, Maravilhas da natureza na Ilha de Marajó. (Rio Amazonas), 1902. OCLC 81508027
  4. Jurandyr Luciano Sanches Ross, Geografia do Brasil, EdUSP, 1996 ISBN 8-531-40242-5
  5. Coelho, Lorena (30 de julho de 2015). «Multicampi avança para fortalecer a educação no Marajó». Assessoria de Comunicação. UFPA. Consultado em 14 de novembro de 2016. Arquivado do original em 15 de novembro de 2016 
  6. 6,0 6,1 «Qual é a maior ilha do mundo?». Revista Mundo Estranho. Grupo Abril 
  7. GALLO, G. Marajó, a ditadura da água. 3. ed. Cachoeira do Arari: Museu do Marajó, 1997.
  8. DIDONÊ, Débora, O Brasil antes do Brasil Arquivado em 16 de setembro de 2014, no Wayback Machine. , ano XXIII, n. 212, maio, 2008.
  9. Eduardo Neves, Arqueologia da amazônia, Zahar, 2006 ISBN 8-571-10919-2
  10. Edithe Pereira, Arte rupestre na Amazônia: Pará, UNESP, 2004 ISBN 8-571-39505-5
  11. Loredana Ribeiro, Brasil rupestre: arte pré-histórica brasileira, Zencrane Livros, 2006 ISBN 8-560-47500-1
  12. Walter A. Neves, Luís Beethoven Piló, O povo de Luzia: em busca dos primeiros americanos, Editora Globo, 2008 ISBN 8-525-04418-0
  13. Helen C. Palmatary, Pottery of Marajo Island, Brazil: Transactions, APS, American Philosophical Society, 2008 ISBN 1-422-37709-1 (em inglês)
  14. Brasil. (2007): “Plano de Desenvolvimento Territorial Sustentável do Arquipélago do Marajó. Presidência da República”. Casa Civil. Grupo Executivo Interministerial. Grupo executivo do Estado do Pará. 2007. 296p.
  15. «Paraturismo». Consultado em 5 de agosto de 2009. Arquivado do original em 21 de agosto de 2009 
  16. Arquipélago Do MaraJó[ligação inativa]
  17. «Eumednet». www.eumed.net (em English). Consultado em 13 de julho de 2018 [ligação inativa]

Ligações externas

O Commons possui uma categoria com imagens e outros ficheiros sobre Ilha de Marajó

talvez você goste