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Região hidrográfica do Uruguai

Região hidrográfica do Uruguai representada em amarelo

A região hidrográfica do Uruguai situa-se na porção norte, noroeste e oeste do Rio Grande do Sul, além do sudoeste de Santa Catarina.

Possui uma área de 385 000 km², dos quais 174 412 km² em território brasileiro (2% da área nacional),[1] abrangendo 384 municípios dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, além do países vizinhos Uruguai e Argentina. As principais cidades brasileiras localizadas na bacia são Lages, Chapecó (em SC), Uruguaiana e Erechim (no RS). No Uruguai se destaca Salto, Paysandú e Mercedes. Já na Argentina as principais são Concepción e Concórdia.

Aproximadamente 126.964,24 km² situa-se dentro do Rio Grande do Sul, equivalente a cerca de 45% da área do Estado.

A região hidrográfica do Uruguai apresenta um grande potencial hidrelétrico, com uma capacidade total de produção de 40,5 KW/km², considerando os lados brasileiro e argentino, uma das maiores relações de energia/km² do mundo.

São importantes fontes de contaminação das águas superficiais e subterrâneas na região os efluentes da suinocultura e avicultura no oeste catarinense e os agrotóxicos, utilizados principalmente na rizicultura.

A bacia é formada pelo rio Uruguai e por seus afluentes, desaguando no estuário do rio da Prata já fora do território brasileiro.

Na divisa entre os municípios de Rio dos Índios (Rio Grande do Sul) e Caxambu do Sul (SC), a travessia do rio Uruguai é feita por balsa, sendo percorrida uma distância de aproximadamente 30 km de estrada sem pavimentação asfáltica. Mas logo que chega em território catarinense, percorre-se aproximadamente 3 km e já se acessa o asfalto

O ponto mais elevado na bacia hidrográfica do rio Uruguai é o morro da Boa Vista com 1.823,59 m, sendo também o pico mais elevado de Santa Catarina (na fronteira dos municípios de Bom Retiro e Urubici), fica próximo a nascente do rio Canoas.

Clima

O clima é temperado, apresentando uma regular distribuição intra-anual de chuvas, porém com alguma elevação no período de maio a setembro, coincidindo com o inverno. Segundo o DBR-PNRH, a precipitação média anual é de 1.784 mm, com temperatura média anual variando entre 16 e 20°C, e evapotranspiração média anual de 1.041 mm.[2]

Segundo a classificação climática de Köeppen, o clima da bacia é classificado como Cfa e Cfb. Em ambos os casos comporta-se como uma região de clima temperado, onde a temperatura do mês mais frio oscila entre – 3 º e 18 ºC, apresentando chuvas em todas as estações. Nas áreas nas quais a temperatura do mês mais quente é superior a 22 ºC, áreas de relevo mais baixo, próximas ao rio Uruguai, o clima é classificado como sendo subtropical (Cfa), em contraponto nas áreas de temperatura do mês mais quente inferior a esta, ou seja, nas partes mais altas da bacia, o clima é temperado – Cfb.[2]

Durante a maior parte do ano, há a influência da Massa tropical atlântica sobre as temperaturas. No inverno, entretanto, a Massa polar atlântica assume importância na definição do clima, sendo sua intensidade e inter-relação com a Massa tropical variáveis a cada ano, gerando ora invernos com temperaturas baixas durante grande parte da estação, ora grandes variações climáticas, com contrastes térmicos. No verão, pode haver a influência da Massa equatorial continental, principalmente nas áreas mais ao norte da bacia.[2]

Bacias hidrográficas do Rio Grande do Sul

  • Apuaê-Inhandava, Passo Fundo-Várzea, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Butuí-Piratinim-Icamaquã, Ibicuí, Quarai, Santa Maria, Negro, Ijuí e Comandaí.

Bacias hidrográficas de Santa Catarina

  • Canoas, Chapecó, Peixe, Peperi-Guaçu

Ver também

Referências

  1. Info Escola. «Bacia do Uruguai». Consultado em 13 de julho de 2010 
  2. 2,0 2,1 2,2 «Caderno da Região Hidrográfica do Uruguai» (PDF). Ministério do Meio Ambiente. Novembro de 2006 

Ligações externas

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