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Cabaça

Cabaças penduradas na província de Fukushima, no Japão

Cabaça (do árabe kara bassasa, "abóbora lustrosa")[1] é a designação popular dos frutos das plantas dos gêneros Lagenaria e Cucurbita. Outros nomes incluem porongo[2] ou poranga (do quíchua poronco, "vaso de barro com o gargalo estreito e comprido", através do espanhol rioplatense),[3][4] cuia (do tupi antigo (e)kuîa),[5][6] jamaru[7][8] (do tupi yama'ru)[9] etc. O termo cabaço também é utilizado,[6] mas este possui adicionalmente os significados alternativos de "virgindade feminina"[10] ou de "alguém novato, simplório ou ingênuo".[11]

Origem

A cabaça foi uma das primeiras plantas cultivadas no mundo, não apenas para uso na alimentação, mas para ser utilizada como um recipiente de água. A cabaça pode ter sido levada da África para a Ásia, Europa e Américas no curso da migração humana,[12] ou por sementes que flutuaram através dos oceanos dentro da cabaça. Provou-se que estava no Novo Mundo antes da chegada de Cristóvão Colombo ao mesmo, em 1492.[13]

Utilização

O porongo é utilizado nos estados do Sul do Brasil e países vizinhos (Argentina e Uruguai) para se fazer a cuia, recipiente usado para servir o chimarrão, bebida feita pela infusão da erva-mate.[14] A cabaça também é utilizada para fins de ornamentação de residências e festas folclóricas em geral.

Ver também

Referências

  1. Adalberto Alves (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. INCM. p. 337. ISBN 978-972-27-2179-0.
  2. Paulo Monteiro. Passo Fundo História e Cultura. Projeto Passo Fundo. p. 26. ISBN 978-85-8326-034-9.
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 1 368.
  4. PAULO EIRO GONSALVES (2013). Alimentos Que Curam. IBRASA. p. 41. ISBN 978-85-348-0039-6.
  5. NAVARRO, E. A. Dicionário de tupi antigo: a língua indígena clássica do Brasil. São Paulo. Global. 2013. p. 97.
  6. 6,0 6,1 Marlene Milan Acayaba; Museu da Casa Brasileira (2000). Equipamentos, usos e costumes da casa brasileira: Objetos. EdUSP. p. 188. ISBN 978-85-86297-06-9.
  7. Enciclopédia agrícola brasileira: I-M. EdUSP. 1995. p. 146. ISBN 978-85-314-0719-2.
  8. Luís da Câmara Cascudo (2013). Literatura Oral no Brasil. Global Editora. p. 116. ISBN 978-85-260-1731-3.
  9. FERREIRA, A. B. H. Novo dicionário da língua portuguesa. 2ª edição. Rio de Janeiro. Nova Fronteira. 1986. p. 981.
  10. Mário Prata (1996). Mas será o Benedito?: dicionário de provérbios, expressões e ditos populares. Editora Globo. p. 163. ISBN 978-85-250-1609-6.
  11. Cândido de Figueiredo (1937). Novo dicionário da língua portuguesa. Library of Alexandria. pp. 1485–. ISBN 978-1-4655-6829-8.
  12. Erickson, David L.; Smith, Bruce D.; Clarke, Andrew C.; Sandweiss, Daniel H.; Tuross, Noreen (20 de dezembro de 2005). «An Asian origin for a 10,000-year-old domesticated plant in the Americas». PNAS. 102 (51). pp. 18315–18320. PMC 1311910Acessível livremente. PMID 16352716. doi:10.1073/pnas.0509279102. Consultado em 7 de outubro de 2014 
  13. «Cucurbitaceae--Fruits for Peons, Pilgrims, and Pharaohs». University of California at Los Angeles. Consultado em 7 de outubro de 2014 
  14. Bisognin DA, Lopes da Silva AL, Horbach MA, Girotto J,, Barriquello CJ (2008). «Germinação e propagação in vitro de porongo». Ciência Rural. 38 (2): 332-339. doi:10.1590/S0103-84782008000200006 
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