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São Paulo (estado)

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja São Paulo (estado) (desambiguação).
Estado de São Paulo
Capital: São Paulo
Área: 248 808,8 km²
12º maior
Habitantes: 39.825.226(jul/2004 IBGE)
1º mais populoso
Densidade pop.: 160,06 hab/km²;
3º mais povoado
Governador: Geraldo Alckmin
Fuso horário: GMT-3
ISO 3166-2: BR-SP
Mapa
Localização do estado de São Paulo
Bandeira
Bandeira do Estado de São Paulo

Estado brasileiro localizado na região Sudeste. Tem como limites: Minas Gerais (N e NE), Rio de Janeiro (NE), oceano Atlântico (L), Paraná (S) e Mato Grosso do Sul (O). Possui 645 municípios e ocupa uma área de 248.808,8 km². Sua capital é a cidade de São Paulo.

Geografia

Suas cidades mais populosas (dados oficiais de julho de 2004) são São Paulo (10.838.581), Guarulhos (1.218.862), Campinas (1.031.887), São Bernardo do Campo (773.099), Osasco (695.879), Santo André (665.923), São José dos Campos (589.050), Sorocaba (552.194), Ribeirão Preto (542.912), Santos (418.255), Mauá (398.482), São José do Rio Preto (398.079), Diadema (383.629), Carapicuíba (375.859), Moji das Cruzes (359.519), Piracicaba (355.039), Bauru (344.258) e Jundiaí (340.907).

Apresenta um relevo relativamente elevado, já que 85% de sua superfície está entre 300 e 900 metros de altitude. Tietê, Paranapanema, Grande, Turvo, Pardo, do Peixe, Paraíba do Sul e Piracicaba são seus rios principais e seu clima varia entre tropical (norte), tropical de altitude (leste - Vale do Paraíba), e subtropical (sul - região de Apiaí, Itapeva).

Principais rios

Tietê, Paranapanema, Grande, Turvo, do Peixe, Paraíba do Sul e Piracicaba

Economia

Estado mais desenvolvido do país, São Paulo tem como base de sua economia a agricultura, a pecuária, o comércio, os serviços e a indústria. Segundo o IBGE, seu Produto Interno Bruto em 2001 foi 400 629 milhões de reais, o que equivale à 33,4% do PIB total do Brasil.


História

Exploração e Ocupação

No ínicio do século XVI o litoral paulista é visitado por navegadores portugueses e espanhóis, mas somente em 1532 se dá a fundação da primeira povoação, São Vicente,na Baixada Santista por Martin Afonso de Sousa.

A procura de metais preciosos levou os portugueses a ultrapassarem a Serra do Mar, pelo antigo caminho índigena do Peabirú e em 1554, no planalto existente após a Serra do Mar, é fundada a vila de São Paulo de Piratininga, pelo padre jesuíta José de Anchieta.

Já nesta data o futuro território paulista seria dividido em duas entidades administrativas: a Capitania de São Vicente, abrangendo a Baixada Santista e o Planalto de São Paulo e a Capitania de Santo Amaro, compreendendo o atual Vale do Paraíba e Litoral Norte.

Até o final do século XVI são fundadas outras vila no entorno do planalto, como Santo André e Santana de Parnaíba, garantindo assim a segurança e subsistência da vila de São Paulo.

As Bandeiras

De clima mais frio que as capitanias nordestinas, dificultando o cultivo da cana de açúcar e sem indícios de metais preciosos, a Capitania de São Vicente desenvolve como principal atividade econômica as bandeiras, grupos de paulistas que saíam de São Paulo e Santana de Parnaíba desbravando territórios desconhecidos a procura de ouro, pedras preciosas e índios para escravizá-los.

Os bandeirantes, tendo como principal figura Antonio Raposo Tavares e Fernão Dias se dirigiram ao Sul, chegando até o atual Rio Grande do Sul e ao oeste, desbravando os futuros estados de Goiás e Mato Grosso, expandindo o território brasileiro e dizimando milhares de tribos indígenas.

O território paulista é também sensívelmente aumentado, com a fundação de cidades como Jundiaí e Sorocaba, com função de servirem de ponto de apoio para as bandeiras, além da ocupação do Vale do Paraíba

Em 1681 é formada a Capitania de São Paulo, com um imenso território compreendendo aproximadamente as áreas atuais dos Estados de São Paulo, Minas Gerais (exceto o vale do Rio São Francisco, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Mato Grosso.

O ciclo do ouro e decadência da Capitania

No final do século XVII, bandeirantes paulistas descobrem ouro na região do Rio das Mortes, nas proximidades da atual São João del Rei.

A descoberta das imensas jazidas de ouro provoca uma corrida em direção às Minas Gerais, como eram chamadas na época os ínumeros depósitos de ouro por exploradores advindos tanto de São Paulo quanto de outras partes da colonia.

Como descobridores das minas, os paulistas demandavam exclusividade na exploração do ouro, porém foram vencidos em 1710 com o fim da Guerra dos Emboabas, perdendo o controle das Minas Gerais. O ouro extraído de Minas Gerais seria escoado via Rio de Janeiro.

Como compensação, a vila de São Paulo é elevada para a condição de cidade em 1710.

O êxodo em direção à Minas Gerais provocou decadência econômica na Capitania, e ao longo do século XVIII esta foi perdendo território e dinamismo econômico até ser simplesmente anexada em 1748 à Capitania do Rio de Janeiro.

A restauração e a Província de São Paulo.

Em 1765, pelos esforços de Morgado de Mateus é reinstituida a Capitania de São Paulo e este promove uma política de incentivo à produção de açúcar para garantir o sustento da capitania. A capitania é restaurada entretanto com cerca de um terço de seu território original, compreendendo apenas os atuais estados de São Paulo e Paraná.

Assim, são fundados no leste paulista, região propícia para tal cultivo as vilas de Campinas, Itu e Piracicaba, aonde logo a cana de açúcar se desenvolve. O açúcar é transportado via porto de Santos e atinge seu auge no ínicio do século XIX.

A capitania ganha peso político durante a época da Independência através da figura de José Bonifácio, natural de Santos e em 7 de setembro de 1822 a Independência é proclamada às margens do riacho Ipiranga, em São Paulo, por Dom Pedro I.

Em 1824 a capitania transforma-se em Província.

O Ciclo do Café

Já em 1817 é fundada a primeira fazenda de café de São Paulo no vale do Paraíba e após a Independência o cultivo de café ganha força nas terras do Vale do Paraíba, enriquecendo rapidamente cidades como Guaratinguetá, Bananal, Lorena e Pindamonhangaba.

Nas fazendas cafeeiras do Vale do Paraíba era-se utilizado em grande escala a mão de obra escrava e os grãos escoados via Rio de Janeiro. Assim sendo, o Vale se enriquece rapidamente, gerando uma oligarquia rural, porém o restante da Província continua dependente da cana de açúcar e do comércio que vai se estabelecendo na cidade de São Paulo, impulsionado pela fundação de uma faculdade de Direito em 1827.

Entretanto, a exaustão dos solos do Vale do Paraíba e as crescentes dificuldades impostas ao regime escravocrata levam a uma decadência no cultivo do café a partir de 1860 naquela região. O Vale vai se esvaziando econômicamente enquanto o cultivo do café migra em direção ao Oeste Paulista, adentrando primeiramente na região de Campinas e Itu, substituindo o cultivo da cana-de-açúcar realizado até então.

A migração do café rumo ao oeste provoca grandes mudanças econômicas e sociais na Província. A proibição do Tráfico Negreiro em 1850 leva a necessidade de busca de nova forma de mão-de-obra para os novos cultivos. A imigração de europeus passa a ser incentivada pelo governo Imperial e provincial. O escoamento dos grãos passa a ser feito via porto de Santos, o que leva a fundação da primeira ferrovia paulista, a São Paulo Railway, construída por capitais ingleses e do Visconde de Mauá, ligando Santos à Jundiaí, passando por São Paulo, que começa a se transformar em importante entreposto comercial entre o litoral e o interior cafeeiro.

O café vai adentrando paulatinamente o oeste paulista, passando por Campinas, Rio Claro, Porto Ferreira e em 1870 este encontra a área de maior propício ao seu cultivo, as férteis terras roxas do nordeste paulista, próximas a Ribeirão Preto, aonde surgirão as maiores e mais produtivas fazendas de café do mundo.

Atrás de novas terras para o café, exploradores adentram o até então desconhecido quadrilátero compreendido entre a Serra de Botucatu e os rios Paraná, Tietê e Paranapanema, aonde fundarão cidades como Bauru, Marilia, Araçatuba e Presidente Prudente no final do século XIX e início do século XX.

As divisas atuais paulistas são fixadas com a emancipação do Paraná em 1853. O sul paulista (Vale do Ribeira e região de Itapeva) não atraem o cultivo do cafée sofrem com litigios de divisa entre São Paulo e Paraná, sendo portanto postas a margem do desenvolvimento do resto da província, tornando-se, até nossos dias, as regiões mais pobres do território paulista.

O enriquecimento provocado pelo café e a constante chegada de imigrantes italianos, portugueses, espanhóis, japoneses e árabes à Província, além do desenvolvimento de uma grande rede férrea, trazem prosperidade à São Paulo.

A República do Café com Leite

É em São Paulo que se desenvolvem os primeiros movimentos republicanos brasileiros, através da burguesia cafeeira do Oeste Paulista.

Desejosos do fim da escravidão, participação política e maior autonômia para as províncias, representantes da elite cafeeira fundam em Itu o Partido Republicano Paulista (PRP) em 1873.

Com a Proclamação da República em 1889 a burguesia paulista chegam ao poder político da nação, o consolidando em 1894 com a eleição de Prudente de Morais para a Presidência da República.

Para garantir a permanência no poder e os privilégios à cafeicultura, é estabelecido um sistema político que iria consolidar a Primeira República até 1930: o café-com-leite, um pacto com Minas Gerais, maior estado em população na época, aonde haveria a alternância entre um presidente paulista e mineiro.

A riqueza concentrada pelo café em São Paulo, a relativa estabilidade política, e a constante imigração levaria a um grande crescimento da cidade de São Paulo. A elite construia novos bairros, como o Jardim Américae investia seus lucros em atividades bancárias e indústrias, enquanto imigrantes se estabeleciam em bairros como Brás e Mooca e se tornavam operários nas indústrias que floreciam na cidade. A antiga vila do planalto rapidamente se transformava em grande centro industrial e comercial.

A Industrialização e Metropolização

Após a Primeira Guerra Mundial, o cultivo do café começa a enfrentar crises de excesso de oferta e concorrência de outros países. O cultivo começa a ser controlado pelo governo, a fim de evitar crises e fazendas fecham, levando imigrantes em direção a São Paulo, aonde se tornam operários.

Pressões políticas demandando o fim do predomínio da elite cafeeira paulista surgem e movimentos artisticos como a Semana de 1922 propagam novas ideias sociais e econômicas. A imigração externa começa a se enfraquecer e greves anarquistas e comunistas rebentam em São Paulo enquanto impérios industriais como o de Matarazzo são formados.

Em 1930 o café entra em sua derradeira crise com o crash da Bolsa de Nova York no ano anterior, o colapso dos preços externos dos grãos e a Revolução de 1930, que retira os paulistas do poder.

Dois anos depois, em 1932, São Paulo combate Getúlio Vargas na Revolução Constitucionalista, em uma tentativa de retomar o poder perdido, porém é derrotado militarmente. A crise do café se amplifica e o êxodo rural em direção à São Paulo esvazia o interior do Estado.

A Segunda Guerra Mundial interrompe as importações de produtos e a industria paulista inicia um processo de substituição de importações, passando a produzir no Estado os produtos até então importados. O processo se intensifica no governo de Juscelino Kubitschek, que lança as bases da indústria automotiva no ABC paulista.

Para suprir a mão-de-obra necessária, o Estado passa a receber milhões de nordestinos, vindos principalmente dos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco e Paraíba, que substituem os antigos imigrantes, agora compondo a classe média paulista, como operários. Estes se fixam principalmente na periferia de São Paulo e nas cidades vizinhas, como Osasco e Guarulhos. Este rápido aumento populacional promove um processo de metropolização, aonde São Paulo se aglomera com as cidades vizinhas, formando a Região Metropolitana de São Paulo.

Em 1960, a cidade de São Paulo torna-se a maior cidade brasileira e principal polo econômico do país, superando o Rio de Janeiro.

Industrialização do Interior e Esvaziamento Economico

Nas décadas de 1960 e 1970 o governo estadual promove diversas obras que alavacam a economia do interior do estado, esvaziado desde a quebra do café em 1930.

A abertura e duplicação da Via Dutra (BR-116) recupera e industrializa o Vale do Paraíba, que se concentra em torno da indústria aeronáutica de São José dos Campos.

Para o Oeste, a implantação do Aeroporto Internacional de Viracopos, a criação da Unicamp (Universidade de Campinas) a abertura de rodovias como a Rodovia Anhanguera e o implemento de tecnicas modernas de produção, em especial da cana-de-açúcar e de seu subproduto, o álcool combustivel, levam novamente o progresso às regiões de Campinas, Sorocaba e Ribeirão Preto.

Este processo de recuperação econômica do interior se intensifica a partir da década de 1980, quando inúmeros problemas urbanos, como violência, poluição e ocupação desordenada afligem a Região Metropolitana de São Paulo. Entre 1980 e 2000 a grande maioria dos investimentos realizados no Estado é feito fora da Capital, que passa de uma metropole industrial para um polo de serviços e finanças. O interior, em especial o eixo entre Campinas - Ribeirão Preto e São José dos Campos - Taubaté se torna industrializado e próspero.

Entretanto, mesmo com o enriquecimento e industrialização do interior, o Estado de São Paulo começa a se desenvolver menos que a média geral do Brasil e vêm perdendo espaço econômico para estados com melhores condições de vida e investimentos, notadamente para a Região Sul.

Atualmente, mesmo reduzindo a intensidade de seu crescimento e sofrendo concorrência de outros Estados, São Paulo é o principal polo econômico e industrial da América do Sul, sendo o maior mercado consumidor do Brasil e polo político da nação.

Hino

Veja Hino do Estado de São Paulo


Veja também

http://www.saopaulo.sp.gov.br - Site do Governo do Estado de São Paulo. http://www.prefeitura.sp.gov.br - Site da Prefeitura do município de São Paulo

Municípios do Estado de São Paulo

Agrupados por meso e microrregiões do IBGE.


Mesorregião Araçatuba

Microrregião Andradina

Microrregião Araçatuba

Microrregião Birigüi


Mesorregião Araraquara

Microrregião Araraquara

Microrregião São Carlos


Mesorregião Assis

Microrregião Assis

Microrregião Ourinhos

Mesorregião Bauru

Microrregião Avaré

Microrregião Bauru

Microrregião Botucatu

Microrregião Jaú

Microrregião Lins

Mesorregião Campinas

Microrregião Amparo

Microrregião Campinas

Microrregião Moji-Mirim

Microrregião Pirassununga

Microrregião São João da Boa Vista


Mesorregião Itapetininga

Microrregião Itapeva

Microrregião Itapetininga

Microrregião Tatuí

Microrregião Capão Bonito

Mesorregião Litoral Sul Paulista

Microrregião Itanhaém

Microrregião Registro


Mesorregião Marília

Microrregião Marília

Microrregião Tupã

Mesorregião Macrometropolitana Paulista

Microrregião Bragança Paulista

Microrregião Jundiaí

Microrregião Piedade

Microrregião Sorocaba

Mesorregião Metropolitana de São Paulo

Microrregião Franco da Rocha

Microrregião Guarulhos

Microrregião Itapecerica da Serra

Microrregião Moji das Cruzes

Microrregião Osasco

Microrregião Santos

Microrregião São Paulo


Mesorregião Piracicaba

Microrregião Limeira

Microrregião Piracicaba

Microrregião Rio Claro


Mesorregião Presidente Prudente

Microrregião Adamantina

Microrregião Dracena

Microrregião Presidente Prudente


Mesorregião Ribeirão Preto

Microrregião Barretos

Microrregião Batatais

Microrregião Franca

Microrregião Ituverava

Microrregião Jaboticabal

Microrregião Ribeirão Preto

Microrregião São Joaquim da Barra


Mesorregião São José do Rio Preto

Microrregião Auriflama

Microrregião Catanduva

Microrregião Fernandópolis

Microrregião Jales

Microrregião Nhandeara

Microrregião Novo Horizonte

Microrregião São José do Rio Preto

Microrregião Votuporanga


Mesorregião Vale do Paraíba Paulista

Microrregião Bananal

Microrregião Campos do Jordão

Microrregião Caraguatatuba

Microrregião Guaratinguetá

Microrregião Paraibuna/Paraitinga

Microrregião São José dos Campos

Divisão administrativa

Desde 1970, por sucessivas leis estaduais, foram criadas e alteradas regiões administrativas e regiões de governo, estabelecidas com o objetivo de centralizar a atividades das secretarias estaduais. Seus limites nem sempre coincidem com os das meso e microrregiões.

Atualmente, as regiões administrativas do Estado de São Paulo são as seguintes:

Registro (corresponde ao Vale do Ribeira)

Região Metropolitana da Baixada Santista

São José dos Campos (inclui as sub-regiões de Taubaté, Guaratinguetá, Cruzeiro e Caraguatatuba)

Sorocaba (inclui as sub-regiões de Itapetininga, Itapeva, Avaré e Botucatu)

Campinas (inclui a Região Metropolitana de Campinas, e as sub-regiões administrativas de Jundiaí, Bragança Paulista, Piracicaba, Limeira, Rio Claro e São João da Boa Vista)

Ribeirão Preto

Bauru (inclui Jaú e Lins)

São José do Rio Preto (inclui Catanduva, Votuporanga, Fernandópolis e Jales)

Araçatuba (inclui Andradina)

Presidente Prudente (inclui Adamantina e Dracena)

Marília (inclui Tupã, Ourinhos e Assis)

Central (constituída pelas sub-regiões de Araraquara e São Carlos)

Barretos

Franca (inclui São Joaquim da Barra)

e finalmente a Região Metropolitana de São Paulo.

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