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Estados Unidos: mudanças entre as edições

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Edição das 04h58min de 22 de fevereiro de 2006

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United States of America
Estados Unidos da América
Bandeira dos Estados Unidos da América Grande selo dos Estados Unidos da América
(Bandeira) (Grande Selo)
Lemas nacionais:
Latim: E Pluribus Unum (De muitos, um) (1776-)
Inglês: In God We Trust (Em Deus confiamos) (1956-)
LocationUSA.png
Língua oficial Nenhuma a nível federal. O inglês é de facto. Porém, vários Estados especificam o inglês (e mesmo um segundo outro idioma) como idioma oficial do Estado.
Capital Washington, DC
Maior cidade Nova Iorque
Presidente George W. Bush
Área
- Total
- Terra
- % Terra
- Água
- % Água
3º maior
9.629.091 km²
9.417.251 km²
97,8%
211.840,1 km²
2,2%
População
- Estimativa de 2006
- Censo de 2000
- Densidade
3º mais populoso
299.598.000
281.421.906
30/km²
Independência
- Declarada
- Reconhecida
do Reino Unido
4 de Julho de 1776
3 de Setembro de 1783
PIB (base PPC)
 • Total
 • Per capita
10º maior
US$ 12,589 trilhões
US$ 42 367
Moeda Dólar americano (US$ / USD)
Fuso horário UTC -5 a UTC -10
Hino nacional The Star-Spangled Banner
Código Internet .GOV .EDU .MIL .US .UM
Código telefónico 1

Os Estados Unidos da América (em inglês, United States of America, USA ou US; abreviado freqüentemente em português como EUA) são uma república federal composta por 50 Estados e um Distrito Federal. A maior parte dos Estados Unidos localiza-se na região central da América do Norte, possuindo três fronteiras terrestres, dois com o Canadá e um com o México, sendo que o restante do país faz fronteira com o Oceano Pacífico, o Mar de Bering, o Oceano Ártico, o Golfo do México e o Oceano Atlântico. Dos 50 Estados americanos, apenas o Alasca e o Havaí não são contíguos com os outros 48 Estados, nem entre si. Os Estados Unidos também possui diversos territórios, distritos e outras possessões em torno do mundo, primariamente no Caribe e no Oceano Pacífico. Cada Estado possui um alto nível de autonomia local, de acordo com o sistema de federalismo.

Os Estados Unidos celebram seu dia da independência em 4 de julho de 1776, quando as treze colônias britânicas na América do Norte adotaram a Declaração de Independência, rejeitando a autoridade britânica, em favor da autodeterminação. Esta independência foi oficialmente reconhecida pelo Reino Unido no Tratado de Paris. Os Estados Unidos adotaram sua atual Constituição em 1789, que estabeceu a estrutura básica do governo americano. Desde então, a nação gradualmente desenvolveu-se, tornando-se uma superpotência após o fim da Segunda Guerra Mundial, passando a exercer grande influência econômica, política, científica, tecnológica, militar e cultural no mundo.

História

Os atuais Estados Unidos da América se originaram em 13 colônias britânicas estabelecidas na costa atlântica da América do Norte a partir do século XVII. Em 1776, uma revolta foi organizada pela classe dirigente dos colonos e seguiu-se uma Revolução Americana de 1776, que foi uma guerra de independência contra os colonizadores. Em 1789, o país adotou uma constituição e assumiu a forma de uma República Federal, dando grande autonomia para os estados federados. Desde sua efetiva independência do Inglaterra, realizada em 1783, e até meados do século XX, novos territórios e Estados foram sendo incorporados, ampliando as fronteiras até o Oceano Pacífico.

A ocupação do território onde hoje estão os Estados Unidos começa com a migração de humanos da Ásia, através do Estreito de Bering, num período indeterminado (estimativas variam de 10 a 40 mil anos atrás).

Durante o século XVI e o século XVII, exploradores espanhóis exploraram e colonizaram esparsamente as regiões que constituem atualmente o sul da Flórida e da região sul dos Estados Unidos. O primeiro assentamento inglês bem-sucedido foi Jamestown, no atual estado de Virgínia, fundado em 1607. Durante as próximas duas décadas, vários assentamentos neerlandeses foram fundados no que atualmente constitui o Estado de Nova Iorque, incluindo a vila de Nova Amsterdão, que é atualmente a Cidade de Nova Iorque, bem como extensiva colonização inglesa da costa leste dos Estados Unidos, tendo removido os neerlandeses da região por volta da década de 1670.

Após a Guerra Franco-Indígena, onde a França perdeu suas colônias que atualmente constituem o leste do Canadá para o Reino Unido, este começou a impor impostos - sendo os custos financeiros uma das principais razões da guerra. Estes impostos tornaram-se extremamente impopulares entre os colonos norte-americanos, que além disso, não dispunham de representação no Parlamento do Reino Unido. As tensões entre as 13 colônias inglesas e entre o Reino Unido cresceram, e as 13 colônias eventualmente rebelariam-se contra os britânicos, na Revolução Americana de 1776, iniciada em 1775, e que perdurou até 1783. A estrutura política original das 13 colônias era uma confederação, ratificada em 1781. Em 1789, os Estados Unidos optaram por tornarem-se uma República Federal.

Mapa mostrando a expansão americana em direção ao oeste.

Desde tempos coloniais, os Estados Unidos enfrentaram falta de mão-de-obra. À época, as diferenças socio-econômicas no país eram enormes, com um norte industrializado e um sul agrário. A falta de mão-de-obra incentivou a imigração européia no Norte e o uso do trabalho escravo no Sul - que fazia uso extensivo de escravos comprados no continente africano. Os Estados industrializados do norte eram contra a escravidão, enquanto o sul achava que a escravidão era indispensável para o contínuo sucesso da agricultura sulista. Estas diferenças foram um dos muitos motivos de tensão política que gradualmente desencadearam a formação dos Estados Confederados da América, e irromperam na Guerra Civil Americana, entre 1861 e 1865, uma guerra civil na qual o número de baixas americanas foi maior do que a soma de todas as baixas americanas sofridas em todas as outras guerras na qual os Estados Unidos envolveram-se, desde sua independência, até a atual Guerra contra o Iraque.

A Confederação foi dissolvida após o fim da guerra, e o poder político dos sulistas no governo do país diminuiu drasticamente. A Guerra Civil Americana acabou efetivamente com a questão dos direitos de um dado estado dos Estados Unidos em sair da União. Após a guerra, o governo federal americano tornou-se efetivamente mais poderoso do que os governos estaduais.

Ao longo do século XIX, vários novos Estados foram adicionados aos 13 originais, à medida que a nação se expandiu na América do Norte. O Destino Manifesto foi uma filosofia política dos Estados Unidos que encorajou a expansão rumo ao Oeste no país. À medida que a população dos estados do Leste norte-americano crescia e um número cada vez maior de imigrantes entrava no país, cada vez mais assentadores passaram a habitar regiões cada vez mais ao Oeste do país. Enquanto isto acontecia, os Estados Unidos acabaram efetivamente com todas as nações indígenas existentes em território norte-americano, e movendo forçadamente a população indígena de seus antigos territórios para reservas indígenas. Esta migração forçada é ainda um assunto muito discutido nos Estados Unidos, com várias tribos indígenas ainda reindivicando terras, e defendendo uma política separatista. Em algumas áreas, os indígenas norte-americanos foram exterminados com doenças infecciosas, desconhecidas pelos indígenas, que foram contaminados através do contato com pessoas de ascendência européia - com os assentadores norte-americanos adquirindo estas terras de ninguém. Ao contrário da maioria dos países europeus, os Estados Unidos nunca foram uma potência colonial, embora, através de várias vitórias militares, diplomacia e acordos externos, os Estados Unidos adquiriram um número de possessões ultra-marinas, desde Cuba até as Filipinas. Embora os Estados Unidos tenham aberto mão destes territórios gradualmente, algumas destas possessões continuam sob controle dos Estados Unidos, seja na forma de territórios (como Porto Rico) ou de estados (como o Havaí).

Os Estados Unidos adotava até a Guerra Civil Americana uma política isolacionista, não procurando intrometer-se em conflitos internacionais. Porém, isto mudou com o fim da guerra. Durante o século XIX, os Estados Unidos tornaram-se uma potência econômica e militar mundial. O crescimento da influência dos Estados Unidos sobre o mundo continuou no século XX, um século que é por vezes chamado de "O século americano", por causa da tremenda influência americana sobre o resto do mundo. O país se tornou o maior pólo de desenvolvimento tecnológico do planeta.

A influência americana sobre o mundo pôde ser vista na Grande Depressão, um período de grande recessão econômica entre 1929 e 1940, que não somente abateu todo o país como o Canadá e os países europeus (especialmente o Reino Unido e a Alemanha). Porém, isto mudou com a entrada do país na Primeira Guerra Mundial e na Segunda Guerra Mundial. Após o fim desta, os Estados Unidos emergiram definitivamente como uma das superpotências mundiais, juntamente com a União Soviética - desencadeando a Guerra Fria. Entre 1945 e 1991, ano do fim da União Soviética e do fim da Guerra Fria, os Estados Unidos tornaram-se muito envolvidos em assuntos externos - especialmente guerra ideológica contra o comunismo - participando ativamente na Guerra da Coréia e da Guerra do Vietnã. Com o colapso da União Soviética, os Estados Unidos emergiu como única superpotência mundial. Passou a envolver-se então em acções de paz, participando da Guerra do Golfo (1991), removendo tropas iraquianas que haviam invadido o Kuwait.

Em 2001, os Estados Unidos sofreram o pior ataque em terras soberanas da história do país, nos Ataques de 11 de setembro, onde quase 3 mil pessoas morreram. Este ataque, um ataque terrorista, desencadeou a Guerra contra o terrorismo, e, posteriomente, a controversa Guerra contra o Iraque, além da caça ao mandante dos atentados, Osama bin Laden.

Geografia

Mapa dos Estados Unidos da América.

Sendo a quarta maior nação do mundo, a paisagem dos Estados Unidos varia de região a região. O país possui grandes florestas temperadas na costa leste e no noroeste, pantanais na Flórida, grandes planícies e o sistema fluvial do Mississippi-Missouri na região central, as Montanhas Rochosas a oeste das planícies, desertos e zonas costeiras a oeste das Montanhas Rochosas e florestas húmidas temperadas no noroeste da costa do Pacífico. As regiões árcticas do Alasca e as ilhas vulcânicas do Havaí aumentam ainda a diversidade geográfica e climática.

O mapa político dos Estados Unidos está dividido em três distintas secções: O Alasca, conectado em terra apenas com o Canadá, à leste; o Havaí, um arquipélago localizado no meio do Oceano Pacífico, e o Estados Unidos Continental, que compreende os 48 Estados localizados na América do Norte. A fronteira dos Estados Unidos Continental com o Canadá é a mais longa fronteira não defendida do mundo.

Clima

Devido à grande extensão territorial dos Estados Unidos, o clima do país varia muito, de região à região. A Flórida possui um clima tropical, enquanto o Alasca possui um clima polar. Vastas porções do país têm um clima continental, com verões tépidos e invernos frios. Algumas partes dos Estados Unidos, em particular partes da Califórnia, têm um clima mediterrânico. No geral, porém, a maior parte dos Estados Unidos possui um clima temperado ou sub-tropical, marcado por 4 distinas estações, com mudanças regulares de temperatura e precipitação.

A temperatura média anual varia de -13ºC graus em Barrow, Alasca, a 25,7 graus, no Vale da Morte, Califórnia. A temperatura mais alta já registrada no país foi no Vale da Morte, Califórnia. A temperatura alcançada, à sombra, foi de 57ºC, em 10 de julho de 1913. A temperatura mais baixa já registrada foi em Barrow, Alasca. A temperatura alcançada foi de -62ºC graus, em 23 de janeiro de 1971. A precipitação média anual varia entre 5 centímetros no Vale da Morte até 1 170 centímetros no Havaí.

Política

Os Estados Unidos são uma República Federal. A nível federal, o principal oficial do Poder Executivo do país é o Presidente, eleito por um colégio eleitoral. O candidato à presidência que obtém a maioria dos votos do colégio eleitoral em uma dada eleição presidencial é o vencedor desta eleição.

O Poder legislativo pertence ao Congresso, formado pela Câmara dos Representantes e pelo Senado dos Estados Unidos da América. Cada Estado tem direito a 2 senadores e um número de representantes proporcionais à sua população. O Poder Judiciário pertence aos tribunais federais, dos quais a maior é a Suprema Corte. Cada Estado possui direito a um certo número de votos no colégio eleitoral (que é proporcional à sua população).

Subdivisões

Mapa dos Estados Unidos da América mostrando as fronteiras entre os 50 estados e os diferentes condados do país.

Os Estados Unidos estão divididos em 50 Estados e 1 distrito federal, o Distrito de Columbia. Cada estado, por sua vez, está dividido em condados, com excepção da Louisiana, em que as subdivisões se chamam "paróquias", (parishes, em inglês) e Alasca, em que as subdivisões se chamam "distritos" (boroughs). O Estados Unidos da América são uma República Federal, que dão aos estados federados muitos poderes, que na maioria dos outros países do mundo são exclusivas do governo nacional.

São os governos estaduais que possuem a maior influência sobre o dia-a-dia da população norte-americana. Cada estado possui sua própria Constituição e possui o poder de aprovar suas próprias regras e leis, referentes a certos assuntos como propriedade, crime, saúde e educação. O principal oficial de um Estado é o Governador. Cada Estado também possui uma legislatura bicameral. Os membros desta legislatura são eleitos pela população do estado, exceto no Estado de Nebraska, onde cada condado possui direito a um certo número de membros na leigislatura. Destaca-se a legislatura da Nova Hampshire, que é o terceiro maior Poder Legislativo do mundo anglófono, e possui um representante para cada 3 mil habitantes. Cada Estado possui seu próprio Executivo, Legislativo e Judiciário.

A área, população e/ou produto interno bruto de vários dos Estados dos Estados Unidos podem ser comparados com a de vários países do mundo. A população da Califórnia, por exemplo, é maior do que o do Canadá, e seu produto interno bruto seria o oitavo maior do mundo, caso o Estado fosse um país independente. Já o Alasca seria a décima sétimo maior entidade nacional do mundo, em área, caso fosse um país independente, com área comparável ao do Irã.

As instituições que são responsáveis pelo governo regional são tipicamente Conselhos Municipais - que tomam efeito em cidades (cities ou towns), vilas (village), municipalidades regionais (towns, regional municipality, municipality, hamlet) e condados (counties). Municipalidades regionais e condados são um agrupamento de cidades e vilas. Tais subdivisões regionais aprovam leis que têm efeito nestas subdivisões em particular, lidando com assuntos como trânsito e a venda de álcool. Nas cidades, o maior oficial eleito pela população é o prefeito. Cidades possuem o direito de criar impostos. Em alguns estados, os condados ou municipalidades regionais também possuem o direito de criar leis e impostos que valem para todas as cidades e vilas dentro dos limites do condado. Em outros estados, os condados ou municipalidades regionais possuem pouco ou nenhum poder, servindo apenas como distinções geográficas.

Os Estados Unidos possuem vários territórios e possessões insulares ultra-marítimas. A maior delas é a ilha de Porto Rico. Outras territórios ultra-marítimos de importância incluem a Samoa Americana, Guam, Ilhas Marianas do Norte e as Ilhas Virgens Americanas. A Marinha americana têm ocupado uma base militar na Baía de Guantánamo, desde 1898.

Economia

A economia dos Estados Unidos da América está organizada segundo o modelo capitalista e é marcada por um crescimento constante, baixas taxas de desemprego e de inflação, um grande déficit comercial e rápidos avanços tecnológicos. A sua economia pode ser vista como a mais importante do mundo. Vários países indexaram as suas moedas ao dólar, ou chegam mesmo a usar a moeda americana, e os mercados de capitais americanos são em geral encarados como indicadores da economia mundial.

O país tem enormes recursos minerais, com grandes depósitos de ouro, petróleo, carvão e urânio. Na agricultura, está entre os maiores produtores mundiais de milho, trigo, açúcar e tabaco, entre outras produções. A indústria americana produz automóveis, aviões e produtos eletrônicos. O maior setor econômico, no entanto, é o dos serviços: cerca de três quartos dos habitantes dos EUA trabalham nesse setor.

O maior parceiro comercial dos Estados Unidos é o seu vizinho do norte, o Canadá. Outros grandes parceiros são o México, a União Europeia e nações industrializadas na Ásia, como o Japão, a Índia e a Coreia do Sul. O comércio com a China também é significativo.

Demografia

Raças e etnias

As principais ascendências étnicas dos habitantes dos Estados Unidos.

Os Estados Unidos possuem uma das populações mais multiculturais do mundo, em termos de ascendência étnica e racial. A região que constitui atualmente os Estados Unidos eram inicialmente habitados por povos nativos americanos, como esquimós no Alasca e algonquinos, hurões e iroqueses no nordeste do atual Estados Unidos.

No século XVII e XVIII, o território que altualmente constitui os Estados Unidos foi colonizada por europeus. Colonos ingleses, muitos dos quais fugiam de perseguição religiosa na Europa, constituíam a maioria dos colonos a instalarem-se no atual Estados Unidos, primariamente na região leste do país, mas colonos espanhóis, franceses e neerlandeses também instalaram-se em diversas regiões do atual Estados Unidos. Escravos foram trazidos do continente africano ao longo do século XVII, XVII e do início do XVIII para serem usados como mão-de-obra barata, e atualmente, seus descendentes, conhecidos como afro-americanos constituem uma considerável parcela da população americana, formando 12,9% da população dos Estados Unidos.

A partir de 1850, pessoas de diversas partes do mundo passaram a imigrar para os Estados Unidos. Até o final do século XIX, a maioria dos imigrantes vinham dos países da Europa Ocidental e Setentrional (Alemanha, Irlanda e países escandinavos). italianos, poloneses, gregos, russos e húngaros imigraram em grande quantidade entre o final do século XIX e meados do século XX (até a década de 1970). Os maiores grupos étnicos europeus são alemães (que compõem 15,2% da população americana), irlandeses (10,8%), ingleses (8,7%), italianos (5,6%), escandinavos (3,4%), poloneses (3,2%) e franceses (3%). Brancos constituem no total 77% da população dos Estados Unidos - 69%, excluíndo-se hispânicos, que podem ser tanto brancos quanto negros.

Asiáticos constituem um expressivo grupo racial minoritário dos Estados Unidos, constituindo 4,2% da população do país. Expressiva a partir da década de 1860, a imigração de asiáticos aumentou drasticamente durante a década de 1960, mantendo-se em alta até os dias atuais.

Hispânicos constituem uma considerável parcela da população americana, sendo atualmente a maior minoria étnica dentro dos Estados Unidos, compondo cerca de 13,4% da população americana. Dado a alta imigração de hispânicos para os Estados Unidos, é esperado um crescimento desta percentagem. Boa parte desta imigração é ilegal, porém.

Idioma

Os Estados Unidos nunca tiveram um idioma oficial, embora o inglês tenha sido sempre o idioma predominante no país, e seja falado pela imensa maioria da população, sendo de facto o idioma dos Estados Unidos. Por isso, o inglês é o idioma usado em quaisquer pronunciamentos oficiais, que vão desde tratados até leis e sentenças. Vinte e sete estados norte-americanos adotaram o inglês como idioma oficial. Destes estados, três adotam um segundo idioma oficial: o Havaí, que adota o havaiano como segundo idioma oficial; a Luisiana adota o francês e o Novo México, o espanhol. Nos estados norte-americanos sem idioma oficial, o inglês é adotado em todos serviços públicos, serviços em outros idiomas são fornecidos em áreas com grande população de imigrantes. Já estados onde o inglês (e um segundo idioma) é o idioma oficial não precisam necessariamente fornecer serviços públicos em outros idiomas.

Muitos dos imigrantes que vão aos Estados Unidos têm pouco ou nenhum conhecimento de inglês. A maioria deles aprende inglês o suficiente no país para comunicar-se com outros norte-americanos. Os filhos destes imigrantes, que estudam em escolas norte-americanas, aprendem primariamente inglês nas escolas. Assim, a cada geração, o idioma materno acaba cedendo, gradualmente, lugar ao inglês. Os descendentes diretos destes imigrantes geralmente falam tanto o idioma materno quanto inglês, enquanto muitas vezes os netos dos imigrantes falam apenas inglês.

Atualmente, o espanhol é o segundo idioma mais falado dos Estados Unidos. Cerca de 10,8% da população americana possui o espanhol como idioma materno. A maioria dos falantes do espanhol mora nos Estados do oeste e do sul americano (especialmente nos estados da Califórnia, Novo México e Texas). Desde a década de 1950, muitos hispânicos imigraram para os Estados Unidos, vindos do México, Cuba e outros países hispânicos. Muitos desses novos imigrantes aprenderam ou aprendem o inglês, mas outros falam apenas espanhol. Por isso, em cidades ou bairros onde a concentração de hispânicos é alta, pronunciamentos oficiais são dados tanto em inglês quanto em espanhol.

Devido ao fato de que não existe um idioma oficial no país, o domínio do inglês não é de todo indispensável nos Estados Unidos, especialmente nos estados norte-americanos que possuem uma grande população de imigrantes recentes - especialmente hispânicos. Muitas pessoas, porém, acreditam que todo norte-americano deveria saber inglês. Estas pessoas acreditam que é quase impossível para as pessoas sem o domínio do inglês conseguirem emprego fora de bairros com grande presença de imigrantes recentes. Além disso, tais ativistas alegam que um único idioma falado por todos no país é um fator importante para a união como um todo dos Estados Unidos. Por isto, na década de 1980 e na década de 1990, vários estados criaram leis fazendo do inglês como único idioma legal dentro de tais estados.

Urbanismo

Os Estados Unidos são um país altamente urbanizado. Cerca de 80% da população americana vive em cidades. Estas cobrem apenas 2,75% da área total do país. Existem duas grandes megalópoles no país. Uma está localizada na região nordeste dos Estados Unidos, composta principalmente por Nova Jérsei, Nova Iorque, Boston, Filadélfia e Washington, DC, na costa atlântica. A outra está localizado na região sudoeste do país, na costa pacífica, centralizadas nas cidades de Los Angeles, San Francisco e Sacramento.

Grandes subúrbios cercam muitas das cidades dos Estados Unidos. As cidades centrais e cidades vizinhas formam áreas metropolitanas. Existem cerca de 260 áreas metropolitanas no país, das quais as maiores são as regiões metropolitanas de Nova Iorque que possui 21 milhões de habitantes; Los Angeles, que possui 17 milhões de habitantes, e Chicago, que possui 9 milhões de habitantes. A população destes subúrbios é considerável, e muitas vezes superior à população da cidade central. Washington, DC, por exemplo, possui somente cerca de 535 mil habitantes, enquanto sua região metropolitana possui cerca de 4 milhões. Desde 1970, mais americanos vivem nos subúrbios do que nas cidades centrais.

Principais cidades

# Cidade População (cidade) Estado
1. Nova Iorque 8 104 079 Nova Iorque
2. Los Angeles 3 957 875 Califórnia
3. Chicago 2 896 016 Illinois
4. Houston 2 012 626 Texas
5. Filadélfia 1 470 151 Pensilvânia
6. Phoenix 1 416 055 Arizona
7. San Diego 1 305 736 Califórnia
8. Dallas 1 188 580 Texas
9. San Antonio 1 144 646 Texas
10. Detroit 951 270 Michigan
11. San José 944 857 Califórnia
12. Indianapolis 791 926 Indiana
13. San Francisco 776 733 Califórnia
14. Jacksonville 735 617 Flórida
15. Columbus 711 470 Ohio
16. Austin 681 804 Texas
17. Baltimore 651 154 Maryland
18. Memphis 650 100 Tennessee
19. Milwaukee 596 974 Wisconsin
20. Boston 589 141 Massachusetts
21. Washington, DC 572 059 Distrito de Columbia
22. Nashville 569 891 Tennessee
23. El Paso 563 662 Texas
24. Seattle 563 374 Washington
25. Denver 554 636 Colorado



Transportes e telecomunicações

Os Estados Unidos possuem uma extensiva malha rodoviária, ferroviária e hidroviária. De fato, a quilometragem destas malhas são as maiores do mundo em suas respectivas categorias. Existem cerca de 75 mil quilometros de rodovias e vias expressas de alta capacidade. Para cada 100 habitantes, existem cerca de 75 carros. Enquanto isto, caminhões transportam cerca de um quarto de toda a carga transportada no país.

Trens transportam cerca de 35% de toda a carga transportada no país, enquanto respondem por apenas 1% dos passageiros movimentados. O contrário acontece com as linhas aéreas americanas, que transportam 18% dos passageiros mas menos de 1% da carga no país. O mercado americano de passageiros no setor aéreo é a maior do mundo. Chicago, Atlanta, Los Angeles, Dallas, Nova Iorque, San Francisco e Orlando destacam-se como grandes centros aeroportuários.

Cerca de 15% de toda a carga transportada no país é transportada via hidrovias como rios e lagos, além de mares e oceanos. Los Angeles-Long Beach, Nova Iorque-Nova Jérsei, Filadélfia, San Francisco, New Orleans, Miami e Houston destacam-se como grandes centros portuários. O porto mais movimentado do país por número de navios atendidos é o de New Orleans, enquanto o porto mais movimentado segundo tonelagem de carga movimentada é o de Los Angeles-Long Beach.

São publicadas diaramente no Estados Unidos cerca de 60 milhões de jornais. No país, são publicadas milhares de jornais diários ou semanais. Existem também no país milhares de estações de rádio e televisão. Praticamente toda residência americana possui um rádio, e a grande maioria possui uma televisão.

Cultura

A cultura dos Estados Unidos tem uma grande influência no resto do mundo, e em especial no mundo ocidental. A música americana é ouvida em todo o mundo e os filmes e programas televisivos americanos podem ser vistos quase em todo o lado. Há aqui um contraste muito grande com os primeiros tempos da república, quando o país era visto como um território agrícola com pouco a oferecer aos centros culturalmente avançados do mundo da Ásia e Europa.

A maioria das grandes cidades dos Estados Unidos oferecem instalações e actuações de música clássica e popular, centros de pesquisa histórica, científica e artística e museus, actuações de dança, musicais e peças de teatro, além de eventos ao ar livre e arquitectura de significado internacional. Este desenvolvimento é resultado de contribuições quer de filantropos privados, quer de fundos governamentais.

A maioria da população norte-americana possui uma razoável quantidade de tempo livre (dedicado à recreação) disponível. Os esportes são os principais passatempos da população norte-americana. Milhões de norte-americanos passam seu tempo livre jogando esportes com amigos ou assistindo jogos profissionais em estádios ou na televisão. Outros métodos de recreação muito populares no país incluem filmes, sitcoms, shows musicais e o teatro. Cerca de 95% da população norte-americana possui uma televisão em casa. Em média, a televisão de uma dada residência fica ligada 7 horas por dia.

Hobbies ocupam muito do tempo recreativo de muitos norte-americanos. Jardinagem, colecionamento de certos produtos (selos, moedas, etc), tricotagem, fotografia, artesanato e aeromodelismo são alguns dos mais famosos no país.

Esportes

Alguns esportes que foram criados ou desenvolvidos nos Estados Unidos da América tornaram-se mundialmente famosos. Tais esportes incluem o basquete, o basebol, o boliche e o futebol americano. Tais esportes são também os esportes mais praticados no país. Poucos esportes estrangeiros conseguiram popularizar-se no país. O esporte canadense hóquei sobre o gelo é também razoavelmente famoso nos Estados Unidos, especialmente como um esporte de inverno. O futebol é famoso como um passatempo coloquial, especialmente entre descendentes de europeus e latino-americanos, mas as tentativas da criação de uma liga profissional do esporte falharam ou passaram por grandes dificuldades, e o futebol ainda não é um esporte reconhecido profissionalmente no país. Outros esportes famosos no país incluem golfe, tênis, natação, corridas automobilísticas e esportes radicais.

Os Estados Unidos sedia várias das principais competições internacionais de esportes do mundo - como o Masters de golfe, o US Open de tênis e o NASCAR e a Fórmula Indy. Os Estados Unidos sediaram a Copa do Mundo em 1994, e por oito vezes os Jogos Olímpicos, mais do que qualquer outro país. Os Estados Unidos geralmente possui muito bons resultados nas Olimpíadas. Em 2004, os Estados Unidos conseguiram um total de 103 medalhas, das quais 35 eram de ouro.

Culinária

Não existe uma culinária nacional, original do país - a atual culinária norte-americana é altamente diversificada, variando de região a região, dependendo da população e da cultura da região.

Alimentos comuns do café da manhã (ou pequeno almoço) norte-americano são ovos batidos, bacon, panquecas, cereais e pães com pasta de amendoim, acompanhados com café ou suco, na maioria das vezes, de laranja. O almoço do norte-americano é leve - as razões são o pouco tempo disponível para almoço para os trabalhadores e estudantes. Um almoço pode ser simples ao ponto de ser constituído de apenas um único sanduíche, e só. O jantar é para a maioria das famílias norte-americanas o principal prato do dia.

Os Estados Unidos são o maior consumidor de café do mundo. Muitos norte-americanos tomam café logo pela manhã, e vários tomam café durante o trabalho. Além disso, o Estados Unidos também é o maior consumidor de refrigerantes do mundo.

Os Estados Unidos são famosos mundialmente pelas suas redes de fast-foods. Os norte-americanos almoçam muitas vezes em fast-foods, justamente por causa do pouco tempo disponível dos trabalhadores para almoço - bem por causa dos baixos preços dos produtos oferecidos.

Cinema

O cinema dos Estados Unidos da América, além de uma forma de expressão cultural específica de um povo, é também uma das mais bem sucedidas indústrias de entretenimento do mundo. Apesar de nem todos os filmes dos Estados Unidos serem produzidos em Hollywood, a localidade tornou-se sinónimo desta indústria nacional. A influência do cinema norte-americano no resto do mundo é avassaladora e permanece, geralmente, como líderes de audiência em vários países do mundo.

Literatura

Edgar Allan Poe, escritor e poeta pioneiro da literatura norte-americana.

A literatura americana pode ser considerada como fazendo parte da Literatura inglesa ou como um ramo literário distinto. A literatura norte-americana inicial deve muito às formas e estilos originários da Europa. por exemplo, "Wieland" e outros romances de Charles Brockden Brown (1771-1810) inspiram-se directamente nos romances góticos que então eram escritos na Inglaterra. Mesmo as narrativas impecavelmente urdidas por Washington Irving (1783-1859) - principalmente Rip Van Winkle e The Legend of Sleepy Hollow - parecem claramente europeias apesar de a acção se desenrolar no Novo Mundo.

Teatro

O teatro americano é baseado na tradição ocidental, na sua maioria emprestado dos estilos de performance que prevaleciam na Europa na época de sua introdução no país. Hoje em dia, está fortemente interligado com a literatura, filmes, televisão e música norte-americana e não é incomum uma mesma história ser recontada em todas estas formas. Regiões com cenários musicais significativos freqüentemente possuem fortes tradições teatrais e de comédia também. O teatro musical pode ser a forma mais popular: é certamente uma forma mais viva de teatro e as coreografias de sucesso dos palcos acabam indo para a televisão e filmes.

Feriados

Data Nome em português Nome local Observações
1 de Janeiro Ano Novo New Year's Day Início do novo ano civil
Janeiro, terceira segunda feira Dia de Martin Luther King, Jr. Day Martin Luther King, Jr. Day Em memória do líder cívico pelos direitos das minorias
Fevereiro, terceira segunda feira Dia do Presidente Presidents' Day Em honra de antigos Presidentes, em especial Washington e Lincoln
Maio, última segunda feira Dia da Memória Memorial Day Em honra dos que morreram em serviço da nação
4 de Julho Dia da Independência Independence Day Celebra a declaração da Independência
Setembro, primeira segunda feira Dia do trabalho Labor Day
Outubro, segunda segunda feira Dia de Colombo Columbus Day Assinala a descoberta da América por Cristóvão Colombo
11 de Novembro Dia dos Veteranos Veteran's Day Traditionalmente, às 11 horas da manhã observa-se um momento de silêncio pelos que lutaram pela paz
Novembro, quarta quinta feira Acção de Graças Thanksgiving
25 de Dezembro Natal Christmas Nascimento de Jesus Cristo

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