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Agricultura: mudanças entre as edições

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{{ver desambig|redir="Colheita"|a pintura|Colheita - Ceifeiras}}
{{ver desambig|redir="Colheita"|a pintura|Colheita - Ceifeiras}}
[[File:Unload wheat by the combine Claas Lexion 584.jpg|thumb|upright=1.7|[[Colheita]] de [[trigo]] com uma [[colheitadeira]] acompanhada por um [[trator]] e um reboque.]]
{{candidato a bom}}
'''Agricultura''' é o conjunto de [[técnica]]s utilizadas para cultivar [[Plantae|plantas]] com o objetivo de obter [[alimento]]s, [[bebida]]s, [[fibra]]s, [[energia (sociedade)|energia]], [[matéria-prima]] para [[roupa]]s, [[Construção|construções]], [[medicamento]]s, [[ferramenta]]s, ou apenas para contemplação [[estética]] ([[paisagismo]]).
{{Agricultura-lateral}}
'''Agricultura''' é a prática de cultivar [[Plantae|plantas]] e criar [[gado]].<ref name="Office1999">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=GtBa6XIW_aQC|page=77}}|título=Safety and health in agriculture|editora=International Labour Organization|ano=1999|isbn=978-92-2-111517-5|citação=defined agriculture as 'all forms of activities connected with growing, harvesting and primary processing of all types of crops, with the breeding, raising and caring for animals, and with tending gardens and nurseries'.|acessodata=13 de setembro de 2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20110722061757/http://books.google.com/books?id=GtBa6XIW_aQC|arquivodata=22 de julho de 2011}}</ref> Foi o principal desenvolvimento na ascensão da [[Civilização|civilização]] [[humana]] [[Sedentarização|sedentária]], por meio da qual o uso de espécies [[Domesticação|domesticadas]] criou [[Excedente econômico|excedentes]] de alimentos que permitiram às pessoas viver nas [[Cidade|cidades]]. A [[história da agricultura]] começou há milhares de anos. Depois de [[Caçador-coletor|coletar]] grãos silvestres por pelo menos 105 mil anos, os primeiros agricultores começaram a plantá-los há cerca de 11,5 mil anos. Animais como [[porco]]s, [[ovelha]]s e [[boi]]s foram domesticados há mais de 10 mil anos. As plantas foram cultivadas independentemente em pelo menos onze regiões do mundo. Desde o século XX, no entanto, a [[agricultura industrial]] baseada na [[monocultura]] em grande escala passou a dominar a produção agrícola, embora cerca de 2 bilhões de pessoas ainda dependiam da [[agricultura de subsistência]].


A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo {{PBPE2|fazendeiro|lavrador}} se aplica ao proprietário de terras [[meio rural|rurais]] onde, normalmente, é praticada a agricultura, a [[pecuária]] ou ambos. A [[ciência]] que estuda as características das plantas e dos [[solo]]s para melhorar as técnicas agrícolas é a [[agronomia]].
Os principais produtos agrícolas podem ser agrupados em [[Alimento|alimentos]], [[Fibra|fibras]], [[Combustível|combustíveis]] e [[Matéria-prima|matérias-primas]] (como a [[borracha]]). As classes de alimentos incluem [[Cereal|cereais]] (grãos), [[Legume|vegetais]], [[Fruto|frutas]], [[Óleo de cozinha|óleos]], [[Carne|carnes]], [[leite]], [[Ovo (alimento)|ovos]] e [[Cogumelo comestível|fungos]]. Mais de um terço dos trabalhadores do mundo estão empregados na agricultura, perdendo apenas para o [[Setor terciário|setor de serviços]], embora nas últimas décadas a tendência global de diminuição do número de trabalhadores agrícolas continue, especialmente nos [[País em desenvolvimento|países em desenvolvimento]] onde a pequena propriedade está sendo superada pela agricultura industrial e pela [[Mecanização agrícola|mecanização]], o que traz um enorme aumento no rendimento das culturas agrícolas.


== Etimologia e terminologia ==
A [[agronomia]] moderna, o [[melhoramento de plantas]], os [[Agroquímico|agroquímicos]], como [[Pesticida|pesticidas]] e [[Fertilizante|fertilizantes]], e os desenvolvimentos tecnológicos aumentaram drasticamente o rendimento das culturas, mas causaram vastos danos ecológicos e ambientais. A [[Seleção artificial|criação seletiva]] e as práticas modernas na [[pecuária]] também aumentaram a produção de carne, mas levantaram preocupações sobre o [[bem-estar animal]] e os danos ambientais, como contribuições para o [[aquecimento global]], esgotamento de [[Aquífero|aquíferos]], [[Desflorestação|desmatamento]], [[Resistência antibiótica|resistência a antibióticos]] e outros tipos de [[poluição agrícola]]. A agricultura é a causa e é sensível à [[degradação ambiental]], como [[Declínio contemporâneo da biodiversidade mundial|perda de biodiversidade]], [[desertificação]], [[degradação do solo]] e [[Mudanças climáticas e agricultura|aquecimento global]], que podem causar diminuições no rendimento das culturas. [[Organismos geneticamente modificados]] são amplamente utilizados, embora alguns sejam proibidos em alguns países.


O [[prefixo]] ''agro'' tem origem no [[verbete]] latino ''agru'' que significa "terra cultivada ou cultivável". A palavra "agricultura" vem do [[latim]] ''agricultūra'', composta por ''ager'' (campo, território) e ''cultūra'' (cultivo), no sentido estrito de cultivo do solo.<ref>Latin Dictionary and Grammar Aid. Disponível em: <http://archives.nd.edu/latgramm.htm>. Acesso em: 12 de agosto de 2011</ref>
== Etimologia e alcance ==
 
A palavra ''agricultura'' é uma adaptação do latim ''{{Lang|la|agricultūra}}'', de {{Lang|la|ager}} 'campo' e {{Lang|la|cultūra}} '[[Lavoura|cultivo]]' ou 'crescimento'.<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/oxforddictionary0000unse_x2z7/page/14|título=The Oxford Dictionary of Word Histories|editora=Oxford University Press|ano=2002|editor-sobrenome=Chantrell, Glynnis|isbn=978-0-19-863121-7}}</ref> Embora agricultura geralmente se refere às atividades humanas, certas espécies de [[formigas]],<ref>{{Citar jornal|ultimo=St. Fleur|primeiro=Nicholas|url=https://www.nytimes.com/2018/10/06/science/ants-fungus-amber.html|titulo=An Ancient Ant-Bacteria Partnership to Protect Fungus|data=6 de outubro de 2018|acessodata=14 de julho de 2020|website=The New York Times|arquivourl=https://ghostarchive.org/archive/20220101/https://www.nytimes.com/2018/10/06/science/ants-fungus-amber.html|arquivodata=2022-01-01}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Convergent evolution of complex structures for ant–bacterial defensive symbiosis in fungus-farming ants |data=2018 |número=42 |ultimo=Li |primeiro=Hongjie |ultimo2=Sosa Calvo |primeiro2=Jeffrey |paginas=10725 |doi=10.1073/pnas.1809332115 |pmc=6196509 |pmid=30282739 |ultimo3=Horn |primeiro3=Heidi A. |ultimo4=Pupo |primeiro4=Mônica T. |ultimo5=Clardy |primeiro5=Jon |ultimo6=Rabeling |primeiro6=Cristian |ultimo7=Schultz |primeiro7=Ted R. |ultimo8=Currie |primeiro8=Cameron R. |volume=115 |doi-access=free |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref> [[Isoptera|cupins]] e [[besouros]] cultivam culturas há até 60 milhões de anos.<ref>{{Citar periódico |titulo=The Evolution of Agriculture in Insects |data=dezembro de 2005 |ultimo=Mueller |primeiro=Ulrich G. |ultimo2=Gerardo |primeiro2=Nicole M. |autorlink2=Nicole Gerardo |paginas=563–595 |doi=10.1146/annurev.ecolsys.36.102003.152626 |ultimo3=Aanen |primeiro3=Duur K. |ultimo4=Six |primeiro4=Diana L. |ultimo5=Schultz |primeiro5=Ted R. |volume=36 |journal=Annual Review of Ecology, Evolution, and Systematics}}</ref> A agricultura é definida com escopos variados, em seu sentido mais amplo, usando os recursos naturais para "produzir mercadorias que mantêm a vida, incluindo alimentos, fibras, produtos florestais, hortaliças e seus serviços relacionados".<ref name="Maine" /> Assim definida, inclui a [[Terra arável|agricultura arvense]], a [[horticultura]], a [[pecuária]] e a [[Engenharia florestal|silvicultura]], mas a horticultura e a silvicultura são, na prática, muitas vezes excluídas.<ref name="Maine">{{Citar web|url=http://www.maine.gov/education/aged/definition.html|titulo=Definition of Agriculture|acessodata=6 de maio de 2013|publicado=State of Maine|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120323075557/http://www.maine.gov/education/aged/definition.html|arquivodata=23 de março de 2012|urlmorta=live}}</ref> Também pode ser amplamente decomposto em '''agricultura de plantas''', que diz respeito ao cultivo de plantas úteis,<ref name="Stevenson1971">{{Citar periódico |titulo=Plant Agriculture Selected and introduced by Janick Jules and Others San Francisco: Freeman (1970), pp. 246, £2.10 |publicado=Cambridge University Press (CUP) |número=4 |ultimo=Stevenson |primeiro=G. C. |ano=1971 |paginas=363 |doi=10.1017/s0014479700023371 |issn=0014-4797 |volume=7 |journal=Experimental Agriculture}}</ref> e '''agricultura animal''', a produção de animais agrícolas.<ref name="Herren2012">{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=-fQIAAAAQBAJ|título=Science of Animal Agriculture|ultimo=Herren|primeiro=R.V.|editora=Cengage Learning|ano=2012|isbn=978-1-133-41722-4|acessodata=2022-05-01}}</ref>
Em [[Língua portuguesa|Português]], a [[palavra]] "agricultura" manteve este sentido estrito e refere-se exclusivamente ao cultivo dos campos, ou seja, relaciona-se à produção de [[vegetal|vegetais]].<ref>FERREIRA, Marina Baird e dos ANJOS, Margarida (coord). '''Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa'''. 4.ª edição. Curitiba: Editora Positivo, 2009</ref> No entanto, em [[Língua inglesa|inglês]], assim como em [[francês]], a [[palavra]] "agriculture" indica de maneira mais genérica as atividades agrícolas tanto de cultivo dos campos quanto de [[Pecuária|criação de animais]].<ref>Cambridge Dictionary Online. Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/dictionary/british/agriculture?q=agriculture>. Acesso em: 12 de agosto de 2011</ref><ref>Dictionary.com. Disponível em: <http://dictionary.reference.com/browse/agriculture>. Acesso em: 12 de agosto de 2011</ref> Uma tradução mais próxima de ''agriculture'' seria, portanto, [[agropecuária]]; trata-se, portanto, de um "cognato enganoso", conceito frequentemente confundido com falso cognato. "[[Cognato]]" significa "de mesma origem ([[Etimologia|etimológica]])", portanto "agriculture" e "agricultura" são cognatos pelo simples fato de terem a mesma origem, independentemente do significado distinto.


== História ==
== História ==
{{AP|História da agricultura}}


=== Origens ===
=== Origens ===
{{AP|Revolução Neolítica}}
[[Ficheiro:Vavilov-centers_updated.jpg|miniaturadaimagem|upright=1.3|esquerda|[[Centro de diversidade|Centros de origem]], numerados por [[Nikolai Vavilov]] na década de 1930. A área 3 (cinza) não é mais reconhecida como centro de origem, e a [[Nova Guiné]] (área P, laranja) foi identificada mais recentemente.<ref name="Larson2014">{{Citar periódico |titulo=Current perspectives and the future of domestication studies |número=17 |ultimo=Larson |primeiro=G. |ultimo2=Piperno |primeiro2=D. R. |ano=2014 |paginas=6139–6146 |bibcode=2014PNAS..111.6139L |doi=10.1073/pnas.1323964111 |pmc=4035915 |pmid=24757054 |ultimo3=Allaby |primeiro3=R. G. |ultimo4=Purugganan |primeiro4=M. D. |ultimo5=Andersson |primeiro5=L. |ultimo6=Arroyo-Kalin |primeiro6=M. |ultimo7=Barton |primeiro7=L. |ultimo8=Climer Vigueira |primeiro8=C. |ultimo9=Denham |primeiro9=T. |volume=111 |doi-access=free |journal=PNAS}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Origins of Agriculture at Kuk Swamp in the Highlands of New Guinea |número=5630 |ultimo=Denham |primeiro=T. P. |ano=2003 |paginas=189–193 |doi=10.1126/science.1085255 |pmid=12817084 |volume=301 |journal=Science}}</ref>]]
O desenvolvimento da agricultura permitiu que a população humana crescesse muitas vezes mais do que poderia ser sustentado pela [[Caçador-coletor|caça e coleta]].<ref name="Bocquet-Appel">{{Citar periódico |titulo=When the World's Population Took Off: The Springboard of the Neolithic Demographic Transition |data=29 de julho de 2011 |número=6042 |ultimo=Bocquet-Appel, Jean-Pierre |paginas=560–561 |bibcode=2011Sci...333..560B |doi=10.1126/science.1208880 |pmid=21798934 |volume=333 |journal=Science}}</ref> A agricultura começou de forma independente em diferentes partes do mundo<ref name="Stephens 897–902">{{Citar periódico |titulo=Archaeological assessment reveals Earth's early transformation through land use |data=30 de agosto de 2019 |número=6456 |ultimo=Stephens |primeiro=Lucas |ultimo2=Fuller |primeiro2=Dorian |paginas=897–902 |bibcode=2019Sci...365..897S |doi=10.1126/science.aax1192 |issn=0036-8075 |pmid=31467217 |ultimo3=Boivin |primeiro3=Nicole |ultimo4=Rick |primeiro4=Torben |ultimo5=Gauthier |primeiro5=Nicolas |ultimo6=Kay |primeiro6=Andrea |ultimo7=Marwick |primeiro7=Ben |ultimo8=Armstrong |primeiro8=Chelsey Geralda |ultimo9=Barton |primeiro9=C. Michael |volume=365 |journal=Science}}</ref> e incluiu uma gama diversificada de [[Táxon|táxons]], em pelo menos onze [[Centro de diversidade|centros de origem]] independentes.<ref name="Larson2014">{{Citar periódico |titulo=Current perspectives and the future of domestication studies |número=17 |ultimo=Larson |primeiro=G. |ultimo2=Piperno |primeiro2=D. R. |ano=2014 |paginas=6139–6146 |bibcode=2014PNAS..111.6139L |doi=10.1073/pnas.1323964111 |pmc=4035915 |pmid=24757054 |ultimo3=Allaby |primeiro3=R. G. |ultimo4=Purugganan |primeiro4=M. D. |ultimo5=Andersson |primeiro5=L. |ultimo6=Arroyo-Kalin |primeiro6=M. |ultimo7=Barton |primeiro7=L. |ultimo8=Climer Vigueira |primeiro8=C. |ultimo9=Denham |primeiro9=T. |volume=111 |doi-access=free |journal=PNAS}}</ref> Grãos selvagens foram coletados e comidos há pelo menos 105 mil anos.<ref>{{Citar revista|sobrenome=Harmon|primeiro=Katherine|título=Humans feasting on grains for at least 100,000 years|url=http://blogs.scientificamerican.com/observations/humans-feasting-on-grains-for-at-least-100000-years/|urlmorta=live|revista=[[Scientific American]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160917013143/http://blogs.scientificamerican.com/observations/humans-feasting-on-grains-for-at-least-100000-years/|arquivodata=17 de setembro de 2016}}</ref> No [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]] [[paleolítico]], há 23 mil anos, o cultivo de cereais de [[farro]], [[cevada]] e [[Aveia-comum|aveia]] foi observado perto do mar da [[Galileia]].<ref>{{Citar periódico |titulo=The Origin of Cultivation and Proto-Weeds, Long Before Neolithic Farming |data=2015-07-22 |número=7 |ultimo=Snir |primeiro=Ainit |ultimo2=Nadel |primeiro2=Dani |paginas=e0131422 |lingua=en |bibcode=2015PLoSO..1031422S |doi=10.1371/journal.pone.0131422 |issn=1932-6203 |pmc=4511808 |pmid=26200895 |ultimo3=Groman-Yaroslavski |primeiro3=Iris |ultimo4=Melamed |primeiro4=Yoel |ultimo5=Sternberg |primeiro5=Marcelo |ultimo6=Bar-Yosef |primeiro6=Ofer |ultimo7=Weiss |primeiro7=Ehud |volume=10 |doi-access=free |journal=PLOS ONE}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.sciencedaily.com/releases/2015/07/150722144709.htm|titulo=First evidence of farming in Mideast 23,000 years ago: Evidence of earliest small-scale agricultural cultivation|acessodata=2022-04-23|website=ScienceDaily|lingua=en}}</ref> O arroz foi [[Agropecuária na China|domesticado na China]] entre 11.500 e 6.200 a.C. com o cultivo mais antigo conhecido de 5.700 a.C., <ref>{{Citar periódico |titulo=Fire and flood management of coastal swamp enabled first rice paddy cultivation in east China |número=7161 |ultimo=Zong |primeiro=Y. |ultimo2=When |primeiro2=Z. |ano=2007 |paginas=459–462 |bibcode=2007Natur.449..459Z |doi=10.1038/nature06135 |pmid=17898767 |ultimo3=Innes |primeiro3=J. B. |ultimo4=Chen |primeiro4=C. |ultimo5=Wang |primeiro5=Z. |ultimo6=Wang |primeiro6=H. |volume=449 |journal=Nature}}</ref> seguido por feijão [[Vigna radiata|mungo]], [[soja]] e [[Vigna angularis|azuki]]. As ovelhas foram domesticadas na [[Mesopotâmia]] entre 13 mil e 11 mil anos atrás.<ref>{{Citar livro|título=Sheep and Goat Science|ultimo=Ensminger|primeiro=M. E.|ultimo2=Parker, R. O.|editora=Interstate Printers and Publishers|ano=1986|isbn=978-0-8134-2464-4|edition=Fifth}}</ref> O gado foi domesticado a partir dos [[Auroque|auroques]] selvagens nas áreas da moderna [[Turquia]] e [[Paquistão]] há cerca de 10,5 mil anos.<ref name="McTavish">{{Citar periódico |titulo=New World cattle show ancestry from multiple independent domestication events |número=15 |ultimo=McTavish, E. J. |ultimo2=Decker, J. E. |ano=2013 |paginas=E1398–1406 |bibcode=2013PNAS..110E1398M |doi=10.1073/pnas.1303367110 |pmc=3625352 |pmid=23530234 |ultimo3=Schnabel, R.D. |ultimo4=Taylor, J. F. |ultimo5=Hillis, D. M. |volume=110 |doi-access=free |journal=PNAS}}</ref> A [[Porco doméstico|domesticação de suínos]] surgiu na Eurásia, incluindo Europa, Leste Asiático e Sudoeste Asiático,<ref>{{Citar periódico |titulo=Worldwide Phylogeography of Wild Boar Reveals Multiple Centers of Pig Domestication |data=11 de março de 2005 |número=5715 |ultimo=Larson |primeiro=Greger |ultimo2=Dobney |primeiro2=Keith |autorlink2=Keith Dobney |paginas=1618–1621 |bibcode=2005Sci...307.1618L |doi=10.1126/science.1106927 |pmid=15761152 |ultimo3=Albarella |primeiro3=Umberto |ultimo4=Fang |primeiro4=Meiying |ultimo5=Matisoo-Smith |primeiro5=Elizabeth |ultimo6=Robins |primeiro6=Judith |ultimo7=Lowden |primeiro7=Stewart |ultimo8=Finlayson |primeiro8=Heather |ultimo9=Brand |primeiro9=Tina |volume=307 |journal=Science}}</ref> onde [[Javali|o javali]] foi domesticado pela primeira vez há cerca de 10,5 mil anos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Ancient DNA, pig domestication, and the spread of the Neolithic into Europe |data=25 de setembro de 2007 |número=39 |ultimo=Larson |primeiro=Greger |ultimo2=Albarella |primeiro2=Umberto |paginas=15276–15281 |bibcode=2007PNAS..10415276L |doi=10.1073/pnas.0703411104 |pmc=1976408 |pmid=17855556 |ultimo3=Dobney |primeiro3=Keith |ultimo4=Rowley-Conwy |primeiro4=Peter |ultimo5=Schibler |primeiro5=Jörg |ultimo6=Tresset |primeiro6=Anne |ultimo7=Vigne |primeiro7=Jean-Denis |ultimo8=Edwards |primeiro8=Ceiridwen J. |ultimo9=Schlumbaum |primeiro9=Angela |volume=104 |doi-access=free |journal=PNAS}}</ref> Nos [[Andes]] da [[América do Sul]], a [[batata]] foi domesticada entre 10 mil e 7 mil anos atrás, junto com [[feijão]], [[coca]], [[Lhama|lhamas]], [[Alpaca|alpacas]] e [[Porquinho-da-índia|porquinhos-da-índia]]. A [[cana-de-açúcar]] e alguns [[tubérculos]] foram domesticados na [[Nova Guiné]] há cerca de 9 mil anos. O [[Sorghum|sorgo]] foi domesticado na região do [[Sahel]], na [[África]], há 7 mil anos. O algodão foi domesticado no [[Peru]] há 5,6 mol anos<ref name="Broudy1979">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=shN5_-W1RzcC|page=81}}|título=The Book of Looms: A History of the Handloom from Ancient Times to the Present|ultimo=Broudy|primeiro=Eric|editora=UPNE|ano=1979|isbn=978-0-87451-649-4|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180210232500/{{google books|plainurl=y|id=shN5_-W1RzcC|page=81}}|arquivodata=10 de fevereiro de 2018}}</ref> e também foi domesticado independentemente na Eurásia. Na [[Mesoamérica]], o [[Zea|teosinto]] selvagem foi criado em milho há 6 mil anos.<ref>Johannessen, S.; Hastorf, C. A. (eds.) ''Corn and Culture in the Prehistoric New World'', Westview Press, Boulder, Colorado.</ref> Estudiosos ofereceram várias hipóteses para explicar as origens históricas da agricultura. Estudos sobre a transição de sociedades [[Caçador-coletor|caçadoras-coletoras]] para sociedades agrícolas indicam um período inicial de intensificação e aumento do [[Sedentarização|sedentarismo]]; exemplos são a [[cultura natufiana]] no [[Levante (Mediterrâneo)|Levante]] e o [[neolítico]] chinês primitivo na China. Então, plantas silvestres antes colhidas começaram a ser plantadas e, aos poucos, foram domesticadas.<ref>Hillman, G. C. (1996) "Late Pleistocene changes in wild plant-foods available to hunter-gatherers of the northern Fertile Crescent: Possible preludes to cereal cultivation". In D. R. Harris (ed.) ''The Origins and Spread of Agriculture and Pastoralism in Eurasia'', UCL Books, London, pp. 159–203. {{ISBN|9781857285383}}</ref><ref>Sato, Y. (2003) "Origin of rice cultivation in the Yangtze River basin". In Y. Yasuda (ed.) ''The Origins of Pottery and Agriculture'', Roli Books, New Delhi, p. 196</ref><ref name="b1">{{Citar livro|título=Encyclopedia of Global Archaeology|ultimo=Gerritsen, R.|data=2008|editora=Archaeopress|páginas=29–30|capitulo=Australia and the Origins of Agriculture|doi=10.1007/978-1-4419-0465-2_1896|isbn=978-1-4073-0354-3}}</ref>
=== Civilizações ===
[[Imagem:Old_bull_cart.jpg|thumb|Modelo em barro e madeira de um [[carro de bois]] transportando produtos agrícolas em grandes vasos, [[Mohenjo-daro]]. O local foi abandonado no [[século XIX a.C.]]]]
Na Eurásia, os [[Suméria|sumérios]] começaram a viver em aldeias por volta de 8000 a.C., contando com os [[Rio Tigre|rios Tigre]] e [[Rio Eufrates|Eufrates]] e um sistema de canais para irrigação. Os arados aparecem em [[Pictograma|pictogramas]] por volta de 3000 a.C.; arados de sementes por volta de 2300 a.C.. Os agricultores cultivavam trigo, cevada, vegetais como lentilhas e cebolas e frutas, incluindo tâmaras, uvas e figos.<ref name="BritMus">{{Citar web|url=http://www.mesopotamia.co.uk/staff/resources/background/bg08/home.html|titulo=Farming|acessodata=15 de junho de 2016|publicado=[[British Museum]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160616222522/http://www.mesopotamia.co.uk/staff/resources/background/bg08/home.html|arquivodata=16 de junho de 2016|urlmorta=dead}}</ref> A [[agricultura egípcia antiga]] dependia do [[rio Nilo]] e de suas inundações sazonais. A agricultura começou no período pré-dinástico no final do [[Paleolítico]], após 10.000 a.C. As culturas alimentares básicas eram grãos, como trigo e cevada, ao lado de culturas de manufaturas, como [[linho]] e [[papiro]].<ref name="Janick">{{Citar periódico |url=https://www.hort.purdue.edu/newcrop/Hort_306/text/lec06.pdf |titulo=Ancient Egyptian Agriculture and the Origins of Horticulture |ultimo=Janick, Jules |paginas=23–39 |volume=583 |journal=Acta Hort.}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/ancientegyptcult0000kees|título=Ancient Egypt: A Cultural Topography|ultimo=Kees, Herman|data=1961|editora=University of Chicago Press|isbn=9780226429144}}</ref> Na [[Índia]], trigo, cevada e [[jujuba]] foram domesticados por volta de 9000 a.C., logo seguidos por ovelhas e cabras.<ref name="gupta">{{Citar periódico |url=http://repository.ias.ac.in/21961/1/333.pdf |titulo=Origin of agriculture and domestication of plants and animals linked to early Holocene climate amelioration |número=1 |ultimo=Gupta, Anil K. |ano=2004 |pagina=59 |jstor=24107979 |volume=87 |journal=Current Science}}</ref> Gado, ovelhas e cabras foram domesticados na cultura [[mergar]] por 8000-6000 a.C.<ref name="Baber">Baber, Zaheer (1996). ''The Science of Empire: Scientific Knowledge, Civilization, and Colonial Rule in India''. State University of New York Press. 19. {{ISBN|0-7914-2919-9}}.</ref><ref name="harrisandgosden385">Harris, David R. and Gosden, C. (1996). ''The Origins and Spread of Agriculture and Pastoralism in Eurasia: Crops, Fields, Flocks And Herds''. Routledge. p. 385. {{ISBN|1-85728-538-7}}.</ref><ref name="Possehl">Possehl, Gregory L. (1996). ''Mehrgarh'' in ''Oxford Companion to Archaeology'', Ed. Brian Fagan. Oxford University Press.</ref> O algodão foi cultivado pelo V-IV milênio a.C.<ref>Stein, Burton (1998). ''A History of India''. Blackwell Publishing. p. 47. {{ISBN|0-631-20546-2}}.</ref> Evidências arqueológicas indicam um [[arado]] puxado por animais de 2500 a.C. na [[Civilização do Vale do Indo]].<ref name="lal">{{Citar periódico |titulo=Thematic evolution of ISTRO: transition in scientific issues and research focus from 1955 to 2000 |data=2001 |número=1–2 |ultimo=Lal |primeiro=R. |paginas=3–12 |doi=10.1016/S0167-1987(01)00184-2 |volume=61 |journal=Soil and Tillage Research}}</ref>
Na [[China]], a partir do século V a.C. havia um sistema de [[Celeiro|celeiros]] em todo o país e uma [[Sericicultura|agricultura de seda]] generalizada.<ref>[[Agricultura#Needham|Needham]], Vol. 6, Part 2, pp. 55–57.</ref> Moinhos de grãos movidos a água estavam em uso no século I a.C.,<ref>[[Agricultura#Needham|Needham]], Vol. 4, Part 2, pp. 89, 110, 184.</ref> seguidos pela irrigação.<ref>[[Agricultura#Needham|Needham]], Vol. 4, Part 2, p. 110.</ref> No final do século II, [[Arado|arados pesados]] foram desenvolvidos com arados de ferro e [[Arado|aivecas]].<ref name="greenberger 2006 11-12">Greenberger, Robert (2006) ''The Technology of Ancient China'', Rosen Publishing Group. pp. 11–12. {{ISBN|1404205586}}</ref><ref>[[Wang Zhongshu]], trans. by K. C. Chang and Collaborators, ''Han Civilization'' (New Haven and London: Yale University Press, 1982).</ref> Estes se espalharam para o oeste através da Eurásia.<ref>{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=SaJlbWK_-FcC|page=270}}|título=Medieval Science, Technology And Medicine: An Encyclopedia|ultimo=Glick, Thomas F.|editora=Psychology Press|ano=2005|series=Volume 11 of The Routledge Encyclopedias of the Middle Ages Series|isbn=978-0-415-96930-7}}</ref> O arroz asiático foi domesticado entre 8,2 mil e 13,5 mil anos atrás – dependendo da estimativa do [[relógio molecular]] que é usado<ref name="pnas1">{{Citar periódico |titulo=Molecular evidence for a single evolutionary origin of domesticated rice |número=20 |ultimo=Molina |primeiro=J. |ultimo2=Sikora |primeiro2=M. |ano=2011 |paginas=8351–8356 |bibcode=2011PNAS..108.8351M |doi=10.1073/pnas.1104686108 |pmc=3101000 |pmid=21536870 |ultimo3=Garud |primeiro3=N. |ultimo4=Flowers |primeiro4=J. M. |ultimo5=Rubinstein |primeiro5=S. |ultimo6=Reynolds |primeiro6=A. |ultimo7=Huang |primeiro7=P. |ultimo8=Jackson |primeiro8=S. |ultimo9=Schaal |primeiro9=B. A. |volume=108 |doi-access=free |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences}}</ref> – no [[Rio das Pérolas]] no [[sul da China]] com uma única origem genética do arroz selvagem ''[[Oryza rufipogon]]''.<ref name="nature1">{{Citar periódico |titulo=A map of rice genome variation reveals the origin of cultivated rice |número=7421 |ultimo=Huang |primeiro=Xuehui |ultimo2=Kurata |primeiro2=Nori |ano=2012 |paginas=497–501 |bibcode=2012Natur.490..497H |doi=10.1038/nature11532 |pmc=7518720 |pmid=23034647 |ultimo3=Wei |primeiro3=Xinghua |ultimo4=Wang |primeiro4=Zi-Xuan |ultimo5=Wang |primeiro5=Ahong |ultimo6=Zhao |primeiro6=Qiang |ultimo7=Zhao |primeiro7=Yan |ultimo8=Liu |primeiro8=Kunyan |ultimo9=Lu |primeiro9=Hengyun |numero-autores=8 |volume=490 |doi-access=free |journal=Nature}}</ref> Na [[Grécia Antiga|Grécia]] e em [[Agricultura romana|Roma]], os principais cereais eram trigo, [[esmeril]] e cevada, juntamente com vegetais, incluindo ervilhas, feijões e azeitonas. Ovinos e caprinos eram criados principalmente para produtos lácteos.<ref name="koester 1995 p76-77">Koester, Helmut (1995), ''History, Culture, and Religion of the Hellenistic Age'', 2nd edition, Walter de Gruyter, pp. 76–77. {{ISBN|3-11-014693-2}}</ref><ref name="White">White, K. D. (1970), ''Roman Farming''. Cornell University Press.</ref>
[[Ficheiro:Tomb_of_Nakht_(2).jpg|esquerda|miniaturadaimagem|upright|Cenas agrícolas de debulha, comércio e colheita de grãos com [[Foice|foices]], escavação, corte de árvores e aração do [[antigo Egito]]. Tumba de [[Nakht]], século XV a.C.]]
Nas [[Américas]], as culturas domesticadas na [[Mesoamérica]] (além do [[Zea|teosinto]]) incluem [[abóbora]], feijão e [[cacau]].<ref name="Murphy2011">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=etQsieKuRH8C|page=153}}|título=Plants, Biotechnology and Agriculture|ultimo=Murphy, Denis|editora=CABI|ano=2011|isbn=978-1-84593-913-7}}</ref> O cacau estava sendo domesticado pela cultura mayo-chinchipe do alto Amazonas por volta de 3000 a.C.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Davis|primeiro=Nicola|url=https://www.theguardian.com/science/2018/oct/29/origin-of-chocolate-shifts-1400-miles-and-1500-years-cacao-ecuador|titulo=Origin of chocolate shifts 1,400 miles and 1,500 years|data=29 de outubro de 2018|acessodata=31 de outubro de 2018|website=[[The Guardian]]}}</ref> O [[Peru-doméstico|peru]] provavelmente foi domesticado no atual [[México]] ou no [[sudoeste dos Estados Unidos]].<ref name="Speller">{{Citar periódico |titulo=Ancient mitochondrial DNA analysis reveals complexity of indigenous North American turkey domestication |data=2010 |número=7 |ultimo=Speller |primeiro=Camilla F. |paginas=2807–2812 |bibcode=2010PNAS..107.2807S |doi=10.1073/pnas.0909724107 |pmc=2840336 |pmid=20133614 |numero-autores=etal |volume=107 |doi-access=free |journal=PNAS}}</ref> Os [[Civilização asteca|astecas]] desenvolveram sistemas de irrigação, formaram encostas em [[Terraceamento|terraços]], fertilizaram seu solo e desenvolveram [[Chinampa|chinampas]] ou ilhas artificiais. Os [[Civilização maia|maias]] usaram extensos canais e sistemas de campo elevados para cultivar pântanos de 400 a.C.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.nature.com/news/2010/101105/full/news.2010.587.html |titulo=Mayans converted wetlands to farmland |data=5 de novembro de 2010 |ultimo=Mascarelli, Amanda |doi=10.1038/news.2010.587 |journal=Nature}}</ref><ref>{{Citar periódico |titulo=Invisible Artifacts: Uncovering Secrets of Ancient Maya Agriculture with Modern Soil Science |data=6 de novembro de 2013 |número=6 |ultimo=Morgan, John |pagina=3 |doi=10.2136/sh2012-53-6-lf |volume=53 |doi-access=free |journal=Soil Horizons}}</ref><ref name="Spooner 2005 14694–99">{{Citar periódico |titulo=A single domestication for potato based on multilocus amplified fragment length polymorphism genotyping |número=41 |ultimo=Spooner |primeiro=David M. |ultimo2=McLean |primeiro2=Karen |ano=2005 |paginas=14694–14699 |bibcode=2005PNAS..10214694S |doi=10.1073/pnas.0507400102 |pmc=1253605 |pmid=16203994 |ultimo3=Ramsay |primeiro3=Gavin |ultimo4=Waugh |primeiro4=Robbie |ultimo5=Bryan |primeiro5=Glenn J. |volume=102 |doi-access=free |journal=[[Proceedings of the National Academy of Sciences|PNAS]]}}</ref><ref name="online">{{Citar livro|url=http://www.nap.edu/openbook.php?isbn=030904264X&page=92|título=Lost Crops of the Incas: Little-Known Plants of the Andes with Promise for Worldwide Cultivation|ultimo=Office of International Affairs|data=1989|doi=10.17226/1398|isbn=978-0-309-04264-2}}</ref><ref name="John Michael Francis 2005">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=OMNoS-g1h8cC|page=867}}|título=Iberia and the Americas|ultimo=Francis, John Michael|editora=[[ABC-CLIO]]|ano=2005|isbn=978-1-85109-426-4}}</ref> A [[coca]] foi domesticada nos [[Andes]], assim como o [[amendoim]], o [[tomate]], o [[tabaco]] e o [[Ananás|abacaxi]].<ref name="Murphy2011" /> O [[algodão]] foi domesticado no [[Peru]] por volta de 3.600 a.C.<ref name="Broudy1979 p81">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=shN5_-W1RzcC|page=81}}|título=The Book of Looms: A History of the Handloom from Ancient Times to the Present|ultimo=Broudy|primeiro=Eric|editora=UPNE|ano=1979|isbn=978-0-87451-649-4}}</ref> Animais como [[Lhama|lhamas]], [[Alpaca|alpacas]] e [[Porquinho-da-índia|porquinhos-da-índia]] também foram domesticados lá.<ref name="RischkowskyPilling2007">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=Skpj197tU0oC|page=10 }}|título=The State of the World's Animal Genetic Resources for Food and Agriculture|ultimo=Rischkowsky|primeiro=Barbara|ultimo2=Pilling|primeiro2=Dafydd|editora=Food & Agriculture Organization|ano=2007|isbn=978-92-5-105762-9}}</ref> Na [[América do Norte]], os povos indígenas orientais domesticaram culturas como [[girassol]], tabaco,<ref>{{Citar periódico |titulo=On possible sources of the tobacco of prehistoric Eastern North America |ultimo=Heiser Jr |primeiro=Carl B. |ano=1992 |paginas=54–56 |doi=10.1086/204032 |volume=33 |journal=Current Anthropology}}</ref> abóbora e ''[[Chenopodium]]''.<ref>{{Citar livro|url=https://books.google.com/books?id=eeuzAAAAIAAJ|título=Prehistoric Food Production in North América|ultimo=Ford, Richard I.|editora=University of Michigan, Museum of Anthropology, Publications Department|ano=1985|isbn=978-0-915703-01-2}}</ref><ref>Adair, Mary J. (1988) ''Prehistoric Agriculture in the Central Plains.'' Publications in Anthropology 16. University of Kansas, Lawrence.</ref> Alimentos selvagens, incluindo [[Zizania|arroz selvagem]] e açúcar de bordo, eram colhidos.<ref name="Smith2013">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=DOJMAgAAQBAJ|page=1}}|título=The Oxford Encyclopedia of Food and Drink in America|ultimo=Smith|primeiro=Andrew|editora=OUP USA|ano=2013|isbn=978-0-19-973496-2}}</ref> O [[morango]] domesticado é um híbrido de uma espécie chilena e norte-americana, desenvolvida por cruzamentos na Europa e na América do Norte.<ref>{{Citar web|ultimo=Hardigan|primeiro=Michael A.|url=https://pag.confex.com/pag/xxvi/meetingapp.cgi/Paper/28409|titulo=P0653: Domestication History of Strawberry: Population Bottlenecks and Restructuring of Genetic Diversity through Time|acessodata=28 de fevereiro de 2018|publicado=Pland & Animal Genome Conference XXVI 13–17 January 2018 San Diego, California}}</ref> Os povos indígenas do Sudoeste e do [[Noroeste Pacífico|Noroeste do Pacífico]] praticavam a [[jardinagem florestal]] e a [[Agricultura de vara de fogo|agricultura com varas de fogo]] . Os nativos controlavam o fogo em escala regional para criar uma [[Ecologia do fogo|ecologia de fogo]] de baixa intensidade que [[Agricultura sustentável|sustentava uma agricultura de baixa densidade]] em rotação solta; uma espécie de [[permacultura]] "selvagem".<ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/firecaliforniase00sugi|título=Fire in California's Ecosystems|editora=University of California Press|ano=2006|editor-sobrenome=Sugihara, Neil G.|capitulo=17|isbn=978-0-520-24605-8|editor-sobrenome2=Van Wagtendonk, Jan W.|editor-sobrenome3=Shaffer, Kevin E.|editor-sobrenome4=Fites-Kaufman, Joann|editor-sobrenome5=Thode, Andrea E.}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Before the Wilderness: Environmental Management by Native Californians|editora=Ballena Press|ano=1993|editor-sobrenome=Blackburn, Thomas C.|isbn=978-0-87919-126-9|editor-sobrenome2=Anderson, Kat}}</ref><ref name="Cunningham2010">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=nuYuYGHwCygC|page=135 }}|título=State of Change: Forgotten Landscapes of California|ultimo=Cunningham|primeiro=Laura|editora=Heyday|ano=2010|páginas=135, 173–202|isbn=978-1-59714-136-9}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/tendingwildnativ0000ande|título=Tending the Wild: Native American Knowledge And the Management of California's Natural Resources|ultimo=Anderson|primeiro=M. Kat|editora=University of California Press|ano=2006|isbn=978-0-520-24851-9}}</ref> Um sistema de [[Plantas companheiras|plantio companheiro]] chamado [[Três Irmãs (agricultura)|Três Irmãs]] foi desenvolvido na América do Norte. As três culturas eram abobrinha, milho e feijão.<ref name="wilson">{{Citar livro|url=http://www.bookdepository.com/publishers/Dodo-Press|título=Agriculture of the Hidatsa Indians: An Indian Interpretation|ultimo=Wilson|primeiro=Gilbert|editora=Dodo Press|ano=1917|páginas=25 and passim|isbn=978-1-4099-4233-7|ref=wilson1917|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160314055513/http://www.bookdepository.com/publishers/Dodo-Press|arquivodata=14 de março de 2016}}</ref><ref name="landon">{{Citar periódico |url=http://digitalcommons.unl.edu/cgi/viewcontent.cgi?article=1039&context=nebanthro |titulo=The "How" of the Three Sisters: The Origins of Agriculture in Mesoamerica and the Human Niche |ultimo=Landon |primeiro=Amanda J. |ano=2008 |paginas=110–124 |journal=Nebraska Anthropologist}}</ref>
Os [[indígenas australianos]], há muito tempo considerados como [[Caçador-coletor|caçadores-coletores nômades]], praticavam queimadas sistemáticas possivelmente para aumentar a produtividade natural na agricultura com varas de fogo.<ref>{{Citar periódico |titulo=Fire-stick Farming |número=3 |ultimo=Jones |primeiro=R. |ano=2012 |paginas=3–8 |doi=10.1007/BF03400623 |volume=8 |doi-access=free |journal=Fire Ecology}}</ref> Estudiosos apontaram que os caçadores-coletores precisam de um ambiente produtivo para apoiar a coleta sem cultivo. Como as florestas da [[Nova Guiné]] têm poucas plantas alimentícias, os primeiros humanos podem ter usado "queimadas seletivas" para aumentar a produtividade das árvores frutíferas selvagens de [[Pandanus julianettii|karuka]] para sustentar o modo de vida caçador-coletor.<ref>MLA Rowley-Conwy, Peter, and Robert Layton. “Foraging and farming as niche construction: stable and unstable adaptations.” Philosophical transactions of the Royal Society of London. Series B, Biological sciences vol. 366,1566 (2011): 849-62. {{DOI|10.1098/rstb.2010.0307}}</ref>
Os [[gunditjmara]] e outros grupos desenvolveram sistemas de criação de [[enguias]] e captura de peixes há cerca de 5 mil anos.<ref>{{Citar periódico |titulo=Complex Hunter-Gatherers: A Late Holocene Example from Temperate Australia |ultimo=Williams |primeiro=Elizabeth |ano=1988 |volume=423 |journal=Archaeopress Archaeology}}</ref> Há evidências de 'intensificação' em todo o continente durante esse período.<ref>{{Citar livro|título=Continent of Hunter-Gatherers: New Perspectives in Australian Prehistory|ultimo=Lourandos|primeiro=Harry|editora=Cambridge University Press|ano=1997}}</ref> Em duas regiões da Austrália, a costa centro-oeste e centro-leste, os primeiros agricultores cultivavam inhame, milheto nativo e cebolas do mato, possivelmente em assentamentos permanentes.<ref name="b1">{{Citar livro|título=Encyclopedia of Global Archaeology|ultimo=Gerritsen, R.|data=2008|editora=Archaeopress|páginas=29–30|capitulo=Australia and the Origins of Agriculture|doi=10.1007/978-1-4419-0465-2_1896|isbn=978-1-4073-0354-3}}</ref><ref>{{Citar livro|url={{google books |plainurl=y |id=aUddY9fGkNMC}}|título=The Biggest Estate on Earth: How Aborigines made Australia|ultimo=Gammage|primeiro=Bill|data=outubro de 2011|editora=Allen & Unwin|páginas=281–304|isbn=978-1-74237-748-3|autorlink=Bill Gammage}}</ref>
=== Revolução ===
[[Ficheiro:Crescenzi_calendar.jpg|miniaturadaimagem| Calendário agrícola, c. 1470, de um manuscrito de [[Pietro de' Crescenzi|Pietro de Crescenzi]]]]
Na [[Idade Média]], em comparação com o período romano, a agricultura na [[Europa Ocidental]] tornou-se mais voltada para a [[autossuficiência]]. A população agrícola sob o sistema do [[feudalismo]] era tipicamente organizada em [[Senhoria|senhorias]] que consistiam em várias centenas de [[Acre (unidade)|acres]] de terra presidida por um [[senhor feudal]] com uma igreja [[Igreja Católica|católica romana]] e um padre.<ref name="NatGeographic2015">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=h2Q5BgAAQBAJ|page=126}}|título=Food Journeys of a Lifetime|ultimo=National Geographic|editora=[[National Geographic Society]]|ano=2015|isbn=978-1-4262-1609-1}}</ref>
Graças ao intercâmbio com o [[Al-Andalus|Al-Andalus,]] onde a revolução agrícola árabe estava em curso, a agricultura europeia se transformou com técnicas aprimoradas e a difusão de plantas agrícolas, como a introdução de açúcar, arroz, algodão e árvores frutíferas (como a [[laranja]]).<ref name="Watson">{{Citar periódico |titulo=The Arab Agricultural Revolution and Its Diffusion, 700–1100 |data=1974 |número=1 |ultimo=Watson |primeiro=Andrew M. |paginas=8–35 |doi=10.1017/s0022050700079602 |volume=34 |journal=The Journal of Economic History}}</ref>


{{Principal|Revolução Neolítica|História da agricultura}}
Depois de 1492, a [[Intercâmbio colombiano|troca colombiana]] trouxe para a Europa culturas do [[Novo Mundo]], como milho, batata, tomate, [[batata-doce]] e [[mandioca]], e culturas do [[Velho Mundo]], como trigo, cevada, arroz e [[Nabo|nabos]], além do gado (incluindo cavalos, gado, ovelhas e cabras) para as Américas.<ref>{{Citar web|ultimo=Crosby, Alfred|url=http://www.gilderlehrman.org/history-by-era/american-indians/essays/columbian-exchange|titulo=The Columbian Exchange|acessodata=11 de maio de 2013|publicado=The Gilder Lehrman Institute of American History|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130703092537/http://www.gilderlehrman.org/history-by-era/american-indians/essays/columbian-exchange|arquivodata=3 de julho de 2013|urlmorta=live}}</ref>
{{AP|vt=s|Agricultura tradicional}}


{{Imagem múltipla
A [[irrigação]], a [[rotação de culturas]] e os [[Fertilizante|fertilizantes]] avançaram a partir do século XVII com a [[Revolução agrícola britânica|Revolução Agrícola Britânica]], permitindo que a população global aumentasse significativamente. Desde 1900, a agricultura nas nações desenvolvidas e, em menor grau, no mundo em desenvolvimento, tem passado por grandes aumentos na produtividade à medida que a [[Mecanização agrícola|mecanização]] substitui o trabalho humano e auxiliada por [[Fertilizante|fertilizantes sintéticos]], pesticidas e [[Seleção artificial|reprodução seletiva]]. O [[Síntese de Haber-Bosch|método Haber-Bosch]] permitiu a síntese de fertilizante de [[nitrato de amônio]] em escala industrial, aumentando consideravelmente o [[Rendimentos das colheitas|rendimento das colheitas]] e sustentando um aumento adicional da população global.<ref>{{Citar web|ultimo=Janick, Jules|url=http://www.hort.purdue.edu/newcrop/hort_306/text/lec32.pdf|titulo=Agricultural Scientific Revolution: Mechanical|acessodata=24 de maio de 2013|publicado=Purdue University|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130525074054/http://www.hort.purdue.edu/newcrop/Hort_306/text/lec32.pdf|arquivodata=25 de maio de 2013|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://www.nae.edu/Publications/Bridge/52548/52645.aspx |titulo=The Impact of Mechanization on Agriculture |data=2011 |número=3 |ultimo=Reid, John F. |arquivourl=https://web.archive.org/web/20131105033809/http://www.nae.edu/Publications/Bridge/52548/52645.aspx |arquivodata=5 de novembro de 2013 |volume=41 |journal=The Bridge on Agriculture and Information Technology}}</ref> A agricultura moderna levantou ou encontrou questões ecológicas, políticas e econômicas, incluindo [[poluição da água]], [[Biocombustível|biocombustíveis]], [[organismos geneticamente modificados]], [[Taxa alfandegária|tarifas]] e [[Subsídio agrícola|subsídios agrícolas]], levando a abordagens alternativas.<ref name="motherjones1">{{Citar revista|sobrenome=Philpott|primeiro=Tom|título=A Brief History of Our Deadly Addiction to Nitrogen Fertilizer|url=https://www.motherjones.com/tom-philpott/2013/04/history-nitrogen-fertilizer-ammonium-nitrate|urlmorta=live|revista=Mother Jones|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130505115125/https://www.motherjones.com/tom-philpott/2013/04/history-nitrogen-fertilizer-ammonium-nitrate|arquivodata=5 de maio de 2013}}</ref><ref name="smh.com.au">{{Citar periódico |url=http://www.smh.com.au/world/ten-worst-famines-of-the-20th-century-20110815-1iu2w.html |titulo=Ten worst famines of the 20th century |data=15 de agosto de 2011 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20140703063152/http://www.smh.com.au/world/ten-worst-famines-of-the-20th-century-20110815-1iu2w.html |arquivodata=3 de julho de 2014 |journal=Sydney Morning Herald}}
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</ref> Na década de 1930, houve o [[Dust Bowl]] nos [[Estados Unidos]] com consequências trágicas para a economia local.<ref>{{Citar periódico |titulo=The role of conservation agriculture in sustainable agriculture |data=12 de fevereiro de 2008 |número=1491 |ultimo=Hobbs |primeiro=Peter R |ultimo2=Sayre |primeiro2=Ken |paginas=543–555 |doi=10.1098/rstb.2007.2169 |pmc=2610169 |pmid=17720669 |ultimo3=Gupta |primeiro3=Raj |volume=363 |journal=Philosophical Transactions of the Royal Society B: Biological Sciences}}</ref>
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| width    = 250
| image1    = Vavilov-centers updated.jpg
| caption1  = [[Centro de diversidade]], conforme classificado por [[Nikolai Vavilov]] nos anos 1930. Área 3 (cinza) não é mais considerado como um centro de origem e [[Papua-Nova Guiné]] (área P, laranja) conforme identificado recentemente.<ref name="Larson2014">{{citar periódico|doi=10.1073/pnas.1323964111 |título=Current perspectives and the future of domestication studies |periódico=PNAS |volume=111 |número=17 |páginas=6139–6146 |ano=2014 |último1 =Larson |primeiro1 =G. |último2 =Piperno |primeiro2 =D. R. |último3 =Allaby |primeiro3 =R. G. |último4 =Purugganan |primeiro4 =M. D. |último5 =Andersson |primeiro5 =L. |último6 =Arroyo-Kalin |primeiro6 =M. |último7 =Barton |primeiro7 =L. |último8 =Climer Vigueira |primeiro8 =C. |último9 =Denham |primeiro9 =T. |último10 =Dobney |primeiro10 =K. |último11 =Doust |primeiro11 =A. N. |último12 =Gepts |primeiro12 =P. |último13 =Gilbert |primeiro13 =M. T. P. |último14 =Gremillion |primeiro14 =K. J. |último15 =Lucas |primeiro15 =L. |último16 =Lukens |primeiro16 =L. |último17 =Marshall |primeiro17 =F. B. |último18 =Olsen |primeiro18 =K. M. |último19 =Pires |primeiro19 =J.C. |último20 =Richerson |primeiro20 =P. J. |último21 =Rubio De Casas |primeiro21 =R. |último22 =Sanjur |primeiro22 =O.I. |último23 =Thomas |primeiro23 =M. G. |último24 =Fuller |primeiro24 =D.Q. |doi-access=free |pmid=24757054 |pmc=4035915 |bibcode=2014PNAS..111.6139L}}</ref><ref>{{citar periódico|último1 =Denham |primeiro1 =T. P. |título=Origins of Agriculture at Kuk Swamp in the Highlands of New Guinea |periódico=Science |volume=301 |número=5630 |ano=2003 |páginas=189–193 |doi=10.1126/science.1085255 |pmid=12817084 }}</ref>
| image2    = Maler_der_Grabkammer_des_Sennudem_001.jpg
| caption2  = Homem [[arando]] com um [[jugo]] de [[gado]] com chifres no [[Egito Antigo]]. Pintura da câmara funerária de [[Sennedjem]], c. 1200 aC.
}}


O início das atividades agrícolas separa o período [[neolítico]] do imediatamente anterior, o período da [[idade da pedra lascada]]. Como são anteriores à [[história]] escrita, os primórdios da agricultura são obscuros, mas admite-se que ela tenha surgido independentemente em diferentes lugares do mundo, provavelmente nos [[vale]]s e [[várzea]]s fluviais habitados por antigas civilizações. Entre dez<ref name="mazoyer">MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence. '''História das Agriculturas do Mundo: do neolítico à crise contemporânea'''. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. Disponível em: <http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Publicacoes/Attachments/60/Historia_das_agriculturas.pdf {{Wayback|url=http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Publicacoes/Attachments/60/Historia_das_agriculturas.pdf|date=20130522162601}}>. Acesso em: 12 de agosto de 2011. ISBN 978-85-7139-994-5 (Editora UNESP); ISBN 978-85-60548-60-6 (NEAD). Título original: ''Histoire des Agricultures du monde: du néolithique à la crise contemporaine''.</ref> e doze mil anos atrás, durante a [[pré-história]], no período do [[neolítico]] ou período da pedra polida, alguns indivíduos de povos [[caçador-colector|caçadores-coletores]] notaram que alguns [[grão]]s que eram coletados da [[natureza]] para a sua alimentação poderiam ser enterrados, isto é, "semeados" a fim de produzir novas plantas iguais às que os originaram. Os primeiros sistemas de cultivo e de criação apareceram em algumas regiões pouco numerosas e relativamente pouco extensas do planeta. Essas primeiras formas de agricultura eram certamente praticadas perto de moradias e [[Aluvião|aluviões]] das vazantes dos rios, ou seja, terras já fertilizadas que não exigiam, portanto, [[desmatamento]].<ref name=mazoyer/>
== Tipos ==


Essa prática permitiu o aumento da oferta de [[alimento]] dessas pessoas, as plantas começaram a ser cultivadas muito próximas umas das outras. Isso porque elas podiam produzir [[fruto]]s, que eram facilmente colhidos quando [[maturação|maduros]], o que permitia uma maior produtividade das plantas cultivadas em relação ao seu ''[[habitat]]'' natural. Logo, as frequentes e perigosas buscas à procura de alimentos eram evitadas. Com o tempo, foram selecionados entre os grãos selvagens aqueles que possuíam as características que mais interessavam aos primeiros agricultores, tais como tamanho, produtividade, [[Gosto|sabor]] e outras. Assim surgiu o cultivo das primeiras plantas [[Domesticação|domesticadas]], entre as quais se inclui o [[trigo]] e a [[cevada]]. Durante o período neolítico, as principais áreas agrícolas estavam localizadas nos vales dos rios [[Nilo]] ([[Egipto|Egito]]), [[Rio Tigre|Tigre]] e [[Eufrates]] ([[Mesopotâmia]], atualmente conhecida como [[Iraque]]) e rios [[rio Amarelo|Amarelo]] e [[Rio Azul|Azul]] ([[China]]).<ref>{{Citar web|titulo=A história da agricultura|url=https://www.itu.com.br/sustentabilidade/noticia/|obra=Itu.com.br|acessodata=2020-06-17|lingua=pt-br|ultimo=Itu.com.br}}</ref>
[[Ficheiro:Unload_wheat_by_the_combine_Claas_Lexion_584.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|Colheita de [[trigo]] com [[Colheitadeira|ceifeira-debulhadora]] acompanhada de trator e reboque]]
A [[pastorícia]] envolve o manejo de animais domesticados. No caso do pastoreio nômade, os rebanhos de gado são movidos de um lugar para outro em busca de pastagem, forragem e água. Este tipo de agricultura é praticado principalmente em regiões áridas e semi-áridas do [[Deserto do Saara|Saara]], Ásia Central e algumas partes da Índia.<ref>{{Citar livro|url=http://www.odi.org.uk/work/projects/pdn/eps.pdf|título=Pastoralists in the new millennium|ultimo=Blench|primeiro=Roger|data=2001|editora=FAO|páginas=11–12|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120201000745/http://www.odi.org.uk/work/projects/pdn/eps.pdf|arquivodata=1 de fevereiro de 2012}}</ref>


Há 5 000 anos, quando a agricultura neolítica atingia apenas o [[Atlântico]], o [[mar do Norte]], o [[Báltico]], a [[Sibéria]], o vale do [[Ganges]] a grande [[floresta equatorial]] africana, as regiões mais próximas desse centro, na [[Ásia ocidental]], na [[Europa oriental]] e na [[África setentrional]], já estavam há muito tempo cultivadas e percorridas pelos rebanhos.<ref name=mazoyer/> O [[rio]] [[Nilo]] transbordava a cada ano entre julho e outubro. Os cultivos de vazante eram feitos após o recuo das águas, quando os solos estavam embebidos e enriquecidos pelos depósitos de aluviões, e a colheita acontecia na primavera.<ref name=mazoyer/> Há registros de cultivos em pelo menos três regiões diferentes do mundo em épocas distintas: [[Mesopotâmia]] (possivelmente pela cultura [[Natufiana]]), [[Mesoamérica|América Central]] (pelas culturas pré-colombianas) e nas bacias hidrográficas da [[China]] e da [[Índia]].<ref name=mazoyer/>
No [[Wikipédia:Candidatos a artigo/Agricultura itinerante|cultivo itinerante]], uma pequena área de floresta é desmatada cortando e queimando as árvores ali existentes. A terra desmatada é usada para o cultivo por alguns anos até que o solo se torne muito infértil e a área seja abandonada. Outro pedaço de terra então é selecionado e o processo é repetido. Este tipo de agricultura é praticado principalmente em áreas com chuvas abundantes onde a floresta se regenera rapidamente. Essa prática é usada no [[nordeste da Índia]], no [[sudeste da Ásia]] e na [[Bacia Amazônica]].<ref>{{Citar web|url=http://www.survivalinternational.org/about/swidden|titulo=Shifting cultivation|acessodata=28 de agosto de 2016|publicado=[[Survival International]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160829015112/http://www.survivalinternational.org/about/swidden|arquivodata=29 de agosto de 2016|urlmorta=live}}</ref>
[[Ficheiro:Manuring_a_vegetable_garden.jpg|miniaturadaimagem|Homem espalhando [[estrume]] à mão na [[Zâmbia]]]]


=== Agricultura moderna ===
A [[agricultura de subsistência]] é praticada apenas para satisfazer as necessidades familiares ou locais, com pouca sobra para ser transportada para outros lugares. É intensamente praticada nas áreas de [[monções]] da Ásia e no Sudeste Asiático.<ref>{{Citar livro|título=The Persistence of Subsistence Agriculture: life beneath the level of the marketplace|ultimo=Waters, Tony|data=2007|editora=Lexington Books}}</ref> Estima-se que 2,5 bilhões de agricultores de subsistência trabalharam em 2018 em todo o mundo, cultivando cerca de 60% das [[Terra arável|terras aráveis]] do planeta.<ref>{{Citar periódico |titulo=Chinese project offers a brighter farming future |data=7 de março de 2018 |número=7695 |ultimo=<!--no byline--> |departamento=Editorial |pagina=141 |bibcode=2018Natur.555R.141. |doi=10.1038/d41586-018-02742-3 |pmid=29517037 |volume=555 |doi-access=free |journal=Nature}}</ref>


{{Principal|Revolução verde|Agricultura contemporânea|Agricultura moderna}}
A [[agricultura intensiva]] é o cultivo para maximizar a produtividade, com baixo índice de [[pousio]] e alto uso de insumos, como água, fertilizantes, pesticidas e automação. É praticado principalmente em [[países desenvolvidos]].<ref>{{Citar web|url=https://www.britannica.com/eb/article-9042533|titulo=Encyclopædia Britannica's definition of Intensive Agriculture|arquivourl=https://web.archive.org/web/20060705221311/https://www.britannica.com/eb/article-9042533|arquivodata=5 de julho de 2006|urlmorta=dead}}</ref><ref name="bbcFactSheet">{{Citar web|url=http://www.bbc.co.uk/schools/gcsebitesize/biology/livingthingsenvironment/4foodandsustainabilityrev5.shtml|titulo=BBC School fact sheet on intensive farming|arquivourl=https://web.archive.org/web/20070503035007/http://www.bbc.co.uk/schools/gcsebitesize/biology/livingthingsenvironment/4foodandsustainabilityrev5.shtml|arquivodata=3 de maio de 2007|urlmorta=dead}}</ref>
{{AP|vt=s|Ciências agrárias|Ciências do solo}}


{{Imagem múltipla
== Agricultura contemporânea ==
| align    = right
| direction = vertical
| width    = 240
| image1    = Palouse Aerial Spraying 02.jpg
| caption1  = Após a [[Segunda Guerra Mundial]], a produção agrícola mundial aumentou significativamente devido à vulgarização do uso de diversas tecnologias.
| image2    = Svalbard Global Seed Vault is well guarded.jpg
| caption2  = ''Svalbard globale frøhvelv'' ([[Silo Global de Sementes de Svalbard]]): [[banco de sementes]] apelidado de "cofre do fim do mundo",<ref>{{citar web|url=https://www.istoedinheiro.com.br/o-cofre-do-fim-do-mundo/|titulo=O cofre do fim do mundo|data=9 de março de 2018|acessodata=25 de julho de 2019|publicado=[[Isto É Dinheiro]]|ultimo=Mendes|primeiro=Felipe}}</ref> construído em 2008 na [[Noruega]],<ref>{{citar web|url=https://www.theguardian.com/environment/2008/feb/26/food.conservation|titulo=Svalbard's giant cold store|data=26 de fevereiro de 2008|acessodata=25 de julho de 2019|publicado=[[The Guardian]] {{en}}|ultimo=Fouché|primeiro=Gwladys}}</ref> para preservar sementes de cultivos de todas as partes da [[Terra]].<ref>{{citar web|URL=https://www.brasil247.com/oasis/banco-mundial-das-sementes-a-arca-de-noe-das-especies-vegetais|título=Banco Mundial das Sementes. A Arca de Noé das espécies vegetais|autor=Equipe Oásis|data=8 de abril de 2015|publicado=[[Brasil 247]]|acessodata=25 de julho de 2019}}</ref>
}}


A partir do [[século XX]], a [[agricultura intensiva]] aumentou a produtividade. Substituiu [[fertilizante]]s sintéticos e [[pesticida]]s por [[mão-de-obra]], mas causou o aumento da [[poluição da água]] e, muitas vezes, envolveu [[subsídio]]s agrícolas. Nos últimos anos, tem havido uma reação contra os efeitos ambientais da agricultura convencional, resultando em movimentos agrícolas orgânicos, regenerativos e sustentáveis.<ref name="motherjones1">{{citar web|url=https://www.motherjones.com/tom-philpott/2013/04/history-nitrogen-fertilizer-ammonium-nitrate |autor =Philpott, Tom |título=A Brief History of Our Deadly Addiction to Nitrogen Fertilizer |data=19 de abril de 2013 |acessodata=7 de maio de 2013 |publicado=Mother Jones |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130505115125/https://www.motherjones.com/tom-philpott/2013/04/history-nitrogen-fertilizer-ammonium-nitrate |arquivodata=5 de maio de 2013 |df=dmy-all }}</ref><ref>{{citar web|publicado=The World Bank |ano=1995 |url=http://econ.worldbank.org/external/default/main?pagePK=64165259&theSitePK=469372&piPK=64165421&menuPK=64166093&entityID=000009265_3970311122936 |título=Overcoming agricultural pollution of water: the challenge of integrating agricultural and environmental policies in the European Union, Volume 1 |acessodata=15 de abril de 2013 |autor =Scheierling, Susanne M. |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130605112426/http://econ.worldbank.org/external/default/main?pagePK=64165259&theSitePK=469372&piPK=64165421&menuPK=64166093&entityID=000009265_3970311122936 |arquivodata=5 de junho de 2013 |df=dmy-all }}</ref> Uma das principais forças por trás desse movimento tem sido a [[União Europeia]], que primeiro certificou alimentos orgânicos em 1991 e iniciou a reforma de sua [[Política Agrícola Comum]] (PAC) em 2005 para eliminar os subsídios agrícolas ligados a ''[[commodities]]'',<ref>{{citar web|publicado=European Commission |ano=2003 |url=http://ec.europa.eu/agriculture/capreform/index_en.htm |título=CAP Reform |acessodata=15 de abril de 2013 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101017124251/http://ec.europa.eu/agriculture/capreform/index_en.htm |arquivodata=17 de outubro de 2010 |df=dmy-all }}</ref> também conhecido como desacoplamento. O crescimento da [[agricultura orgânica]] renovou a pesquisa em tecnologias alternativas, como o manejo integrado de pragas, a criação seletiva ([[seleção artificial]]) <ref>{{citar livro|último1 =Poincelot |primeiro1 =Raymond P. |título=Organic Farming |periódico=Towards a More Sustainable Agriculture |páginas=14–32 |doi=10.1007/978-1-4684-1506-3_2 |ano=1986 |isbn=978-1-4684-1508-7 }}</ref> e a agricultura de ambiente controlado.<ref name=":1">{{citar jornal|url=http://www.agweek.com/business/agriculture/4527042-cutting-edge-technology-will-change-farming |título=The cutting-edge technology that will change farming |obra=Agweek |data=9 de novembro de 2018 |acessodata=23 de novembro de 2018 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20181117020138/http://www.agweek.com/business/agriculture/4527042-cutting-edge-technology-will-change-farming |arquivodata=23 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{citar jornal|autor =Charles, Dan |url=https://www.npr.org/sections/thesalt/2017/11/02/561462293/hydroponic-veggies-are-taking-over-organic-and-a-move-to-ban-them-fails |título=Hydroponic Veggies Are Taking Over Organic, And A Move To Ban Them Fails |obra=[[NPR]] |data=3 de novembro de 2017 |acessodata=24 de novembro de 2018}}</ref>
=== Estatuto ===
[[Ficheiro:Farm_in_Hainan_01.jpg|miniaturadaimagem|esquerda|A [[China]] tem a maior produção agrícola do mundo<ref name="UNCTAD2017">{{Citar web|url=http://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/tableView.aspx?ReportId=95|titulo=UNCTADstat – Table view|acessodata=26 de novembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171020072414/http://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/tableView.aspx?ReportId=95|arquivodata=20 de outubro de 2017|urlmorta=live}}</ref>]]
A partir do século XX, a agricultura intensiva aumentou a produtividade das lavouras. Substituiu a mão de obra por fertilizantes sintéticos e pesticidas, mas causou aumento da [[poluição da água]] e muitas vezes envolveu subsídios agrícolas. Nos últimos anos, houve uma reação contra os [[Ecologismo|efeitos ambientais]] da agricultura convencional, resultando nos movimentos de agricultura [[Agricultura orgânica|orgânica]], [[Agricultura regenerativa|regenerativa]] e [[Agricultura sustentável|sustentável]].<ref name="motherjones1">{{Citar revista|sobrenome=Philpott|primeiro=Tom|título=A Brief History of Our Deadly Addiction to Nitrogen Fertilizer|url=https://www.motherjones.com/tom-philpott/2013/04/history-nitrogen-fertilizer-ammonium-nitrate|urlmorta=live|revista=Mother Jones|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130505115125/https://www.motherjones.com/tom-philpott/2013/04/history-nitrogen-fertilizer-ammonium-nitrate|arquivodata=5 de maio de 2013}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Scheierling, Susanne M.|url=http://econ.worldbank.org/external/default/main?pagePK=64165259&theSitePK=469372&piPK=64165421&menuPK=64166093&entityID=000009265_3970311122936|titulo=Overcoming agricultural pollution of water: the challenge of integrating agricultural and environmental policies in the European Union, Volume 1|acessodata=15 de abril de 2013|publicado=The World Bank|ano=1995|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130605112426/http://econ.worldbank.org/external/default/main?pagePK=64165259&theSitePK=469372&piPK=64165421&menuPK=64166093&entityID=000009265_3970311122936|arquivodata=5 de junho de 2013|urlmorta=dead}}</ref> Uma das principais forças por trás desse movimento foi a [[União Europeia]], que primeiro certificou [[Alimento biológico|alimentos orgânicos]] em 1991 e iniciou a reforma de sua [[Política Agrícola Comum da União Europeia|Política Agrícola Comum]] (PAC) em 2005 para eliminar gradualmente os subsídios agrícolas vinculados a [[commodities]],<ref>{{Citar web|url=http://ec.europa.eu/agriculture/capreform/index_en.htm|titulo=CAP Reform|acessodata=15 de abril de 2013|publicado=European Commission|ano=2003|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101017124251/http://ec.europa.eu/agriculture/capreform/index_en.htm|arquivodata=17 de outubro de 2010|urlmorta=live}}</ref> também conhecido como dissociação. O crescimento da agricultura orgânica renovou a pesquisa em tecnologias alternativas, como [[Proteção integrada|manejo integrado de pragas]], criação seletiva<ref>{{Citar livro|título=Toward a More Sustainable Agriculture|ultimo=Poincelot|primeiro=Raymond P.|ano=1986|páginas=14–32|capitulo=Organic Farming|doi=10.1007/978-1-4684-1506-3_2|isbn=978-1-4684-1508-7}}</ref> e agricultura em ambiente controlado.<ref name=":1">{{Citar jornal|url=http://www.agweek.com/business/agriculture/4527042-cutting-edge-technology-will-change-farming|titulo=The cutting-edge technology that will change farming|data=9 de novembro de 2018|acessodata=23 de novembro de 2018|website=Agweek|arquivourl=https://web.archive.org/web/20181117020138/http://www.agweek.com/business/agriculture/4527042-cutting-edge-technology-will-change-farming|arquivodata=17 de novembro de 2018}}</ref><ref>{{Citar jornal|ultimo=Charles, Dan|url=https://www.npr.org/sections/thesalt/2017/11/02/561462293/hydroponic-veggies-are-taking-over-organic-and-a-move-to-ban-them-fails|titulo=Hydroponic Veggies Are Taking Over Organic, And A Move To Ban Them Fails|data=3 de novembro de 2017|acessodata=24 de novembro de 2018|website=[[NPR]]}}</ref> Recentes desenvolvimentos tecnológicos dominantes incluem [[Alimento geneticamente modificado|alimentos geneticamente modificados]].<ref>[http://www.bis.gov.uk/files/file15655.pdf GM Science Review First Report] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20131016100707/http://www.bis.gov.uk/files/file15655.pdf|date=16 de outubro de 2013}}, Prepared by the UK GM Science Review panel (julho de 2003). Chairman David King, p. 9</ref> A demanda por cultivos de [[biocombustíveis]] não alimentares,<ref>{{Citar periódico |url=http://www.heraldscotland.com/2008-the-year-of-global-food-crisis-1.828546 |titulo=2008: The year of global food crisis |data=8 de março de 2008 |ultimo=Smith, Kate |ultimo2=Edwards, Rob |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130411220739/http://www.heraldscotland.com/2008-the-year-of-global-food-crisis-1.828546 |arquivodata=11 de abril de 2013 |journal=The Herald}}</ref> o desenvolvimento de antigas terras agrícolas, o aumento dos custos de transporte, as [[mudanças climáticas]], a crescente demanda do consumidor na China e na Índia e o [[crescimento populacional]]<ref>{{Citar periódico |url=http://www.csmonitor.com/2008/0118/p08s01-comv.html |titulo=The global grain bubble |data=18 de janeiro de 2008 |acessodata=26 de setembro de 2013 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20091130063759/http://www.csmonitor.com/2008/0118/p08s01-comv.html |arquivodata=30 de novembro de 2009 |journal=The Christian Science Monitor}}</ref> estão ameaçando a [[segurança alimentar]] em muitas partes do mundo.<ref>{{Citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/7284196.stm|titulo=The cost of food: Facts and figures|data=16 de outubro de 2008|acessodata=26 de setembro de 2013|publicado=BBC|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090120025945/http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/7284196.stm|arquivodata=20 de janeiro de 2009|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar revista|sobrenome=Walt, Vivienne|título=The World's Growing Food-Price Crisis|url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1717572,00.html|urlmorta=dead|revista=Time|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111129211855/http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1717572,00.html|arquivodata=29 de novembro de 2011}}</ref><ref name="guardian.co.uk">Watts, Jonathan (4 de dezembro de 2007). [https://www.theguardian.com/world/2007/dec/04/china.business "Riots and hunger feared as demand for grain sends food costs soaring"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20130901074034/http://www.theguardian.com/world/2007/dec/04/china.business|date=1 de setembro de 2013}}, ''The Guardian'' (London).</ref><ref name="timesonline.co.uk">Mortished, Carl (7 de março de 2008).[http://www.timesonline.co.uk/tol/news/environment/article3500975.ece "Already we have riots, hoarding, panic: the sign of things to come?"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20110814134028/http://www.timesonline.co.uk/tol/news/environment/article3500975.ece|date=14 de agosto de 2011}}, ''The Times'' (London).</ref><ref name="ReferenceA">Borger, Julian (26 de fevereiro de 2008). [https://www.theguardian.com/environment/2008/feb/26/food.unitednations "Feed the world? We are fighting a losing battle, UN admits"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20161225150554/https://www.theguardian.com/environment/2008/feb/26/food.unitednations|date=25 de dezembro de 2016}}, ''The Guardian'' (London).</ref> O [[Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola]] postula que um aumento da [[agricultura familiar]] pode ser parte da solução para as preocupações com os preços dos alimentos e a [[segurança alimentar]] em geral, dada a experiência favorável do [[Vietnã]].<ref>{{Citar web|url=http://www.ifad.org/operations/food/farmer.htm|titulo=Food prices: smallholder farmers can be part of the solution|acessodata=24 de abril de 2013|publicado=International Fund for Agricultural Development|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130505224355/http://www.ifad.org/operations/food/farmer.htm|arquivodata=5 de maio de 2013|urlmorta=dead}}</ref> A [[Regressão e degradação do solo|degradação do solo]] e doenças como a [[Puccinia graminis|ferrugem do caule]] são as principais preocupações em todo o mundo;<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/agriculture/crops/rust/stem/rust-report/stem-ug99racettksk/en/|titulo=Wheat Stem Rust – UG99 (Race TTKSK)|acessodata=6 de janeiro de 2014|publicado=FAO|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140107064545/http://www.fao.org/agriculture/crops/rust/stem/rust-report/stem-ug99racettksk/en/|arquivodata=7 de janeiro de 2014|urlmorta=live}}</ref> aproximadamente 40% das terras agrícolas do mundo estão seriamente degradadas.<ref>Sample, Ian (31 de agosto de 2007). [https://www.theguardian.com/environment/2007/aug/31/climatechange.food "Global food crisis looms as climate change and population growth strip fertile land"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20160429094959/https://www.theguardian.com/environment/2007/aug/31/climatechange.food|date=29 de abril de 2016}}, ''The Guardian'' (London).</ref><ref>{{Citar jornal|url=http://news.mongabay.com/2006/1214-unu.html|titulo=Africa may be able to feed only 25% of its population by 2025|data=14 de dezembro de 2006|acessodata=15 de julho de 2016|website=[[Mongabay]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111127175559/http://news.mongabay.com/2006/1214-unu.html|arquivodata=27 de novembro de 2011|urlmorta=dead}}</ref> Em 2015, a produção agrícola da China era a maior do mundo, seguida pela União Europeia, Índia e Estados Unidos.<ref name="UNCTAD2017">{{Citar web|url=http://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/tableView.aspx?ReportId=95|titulo=UNCTADstat – Table view|acessodata=26 de novembro de 2017|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171020072414/http://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/tableView.aspx?ReportId=95|arquivodata=20 de outubro de 2017|urlmorta=live}}</ref> Os economistas medem a produtividade total dos fatores da agricultura e, por essa medida, a agricultura estadunidense é aproximadamente 1,7 vezes mais produtivo do que era em 1948.<ref>{{Citar web|url=http://www.ers.usda.gov/data/agproductivity/|titulo=Agricultural Productivity in the United States|data=5 de julho de 2012|acessodata=22 de abril de 2013|publicado=USDA Economic Research Service|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130201021133/http://www.ers.usda.gov/Data/AgProductivity/|arquivodata=1 de fevereiro de 2013|urlmorta=dead}}</ref>


Os recentes desenvolvimentos tecnológicos predominantes incluem [[alimentos geneticamente modificados]].<ref>[http://www.bis.gov.uk/files/file15655.pdf GM Science Review First Report] {{webarchive |url=https://web.archive.org/web/20131016100707/http://www.bis.gov.uk/files/file15655.pdf |date=16 de outubro de 2013 }}</ref> A [[demanda]] por cultivos não alimentícios para produção de [[biocombustíveis]],<ref>{{citar periódico|autor1 =Smith, Kate |autor2 =Edwards, Rob |data=8 de março de 2008 |url=http://www.heraldscotland.com/2008-the-year-of-global-food-crisis-1.828546 |título=2008: The year of global food crisis |periódico=The Herald |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130411220739/http://www.heraldscotland.com/2008-the-year-of-global-food-crisis-1.828546 |arquivodata=11 de abril de 2013 |df=dmy-all }}</ref> o desenvolvimento de antigas [[terras agrícolas]], o aumento dos custos de transporte, o impacto das [[Mudanças climáticas e agricultura|mudanças climáticas sobre a agricultura]], a crescente demanda dos [[consumidor]]es na [[China]] e na [[Índia]] e o [[crescimento populacional]]<ref>{{citar periódico|url=http://www.csmonitor.com/2008/0118/p08s01-comv.html |título=The global grain bubble |periódico=The Christian Science Monitor |data=18 de janeiro de 2008 |acessodata=26 de setembro de 2013 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20091130063759/http://www.csmonitor.com/2008/0118/p08s01-comv.html |arquivodata=30 de novembro de 2009 |df=dmy-all }}</ref> ameaçam a [[segurança alimentar]] em muitas partes do mundo.<ref>{{citar jornal|url=http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/7284196.stm |título=The cost of food: Facts and figures |publicado=BBC |data=16 de outubro de 2008 |acessodata=26 de setembro de 2013 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20090120025945/http://news.bbc.co.uk/1/hi/world/7284196.stm |arquivodata=20 de janeiro de 2009 |df=dmy-all }}</ref><ref>{{citar periódico|autor =Walt, Vivienne |data=27 de fevereiro de 2008 |url=http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1717572,00.html |título=The World's Growing Food-Price Crisis |periódico=Time |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20111129211855/http://www.time.com/time/world/article/0,8599,1717572,00.html |arquivodata=29 de novembro de 2011 |df=dmy-all}}</ref>
=== Trabalhadores ===
[[Ficheiro:Transition_from_agriculture_to_developed_economy.svg|miniaturadaimagem| Na [[Hipótese dos três setores da economia|teoria dos três setores]], a proporção de pessoas que trabalham na agricultura (barra verde em cada grupo) cai à medida que a economia se torna mais desenvolvida.]]
Seguindo a [[Hipótese dos três setores da economia|teoria dos três setores]], o número de pessoas empregadas na agricultura e outras atividades [[Setor primário|primárias]] (como a pesca) pode ser superior a 80% nos países menos desenvolvidos e inferior a 2% nos países mais desenvolvidos.<ref name="LaborForce">{{Citar web|url=https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2048.html|titulo=Labor Force – By Occupation|acessodata=4 de maio de 2013|website=The World Factbook|publicado=Central Intelligence Agency|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140522214333/https://www.cia.gov/library/publications/the-world-factbook/fields/2048.html|arquivodata=22 de maio de 2014|urlmorta=live}}</ref> Desde a [[Revolução Industrial]], muitos países fizeram a transição para economias desenvolvidas e, como consequência, a proporção de pessoas que trabalham na agricultura tem caído constantemente. Por exemplo, durante o século XVI na Europa, entre 55 e 75% da população se dedicava à agricultura; no século XIX, esse número caiu para entre 35 e 65%.<ref>{{Citar periódico |url=http://economics.ouls.ox.ac.uk/13621/1/uuid9ef3c3c6-512f-44b6-b74e-53266cc42ae2-ATTACHMENT01.pdf |titulo=Economic structure and agricultural productivity in Europe, 1300–1800 |ultimo=Allen, Robert C. |paginas=1–25 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20141027195415/http://economics.ouls.ox.ac.uk/13621/1/uuid9ef3c3c6-512f-44b6-b74e-53266cc42ae2-ATTACHMENT01.pdf |arquivodata=27 de outubro de 2014 |volume=3 |journal=European Review of Economic History}}</ref> Nos mesmos países hoje, o número é inferior a 10%.<ref name="LaborForce" /> No início do século XXI, cerca de um bilhão de pessoas, ou mais de 1/3 da força de trabalho disponível no planeta, estavam empregadas na agricultura. O setor constitui aproximadamente 70% do [[trabalho infantil]] e, em muitos países, emprega a maior porcentagem de mulheres do que qualquer outro setor da economia.<ref name="ILO">{{Citar web|url=http://www.ilo.org/safework/info/standards-and-instruments/codes/WCMS_161135/lang--en/index.htm|titulo=Safety and health in agriculture|data=21 de março de 2011|acessodata=1 de abril de 2018|publicado=International Labour Organization}}</ref> O setor de serviços ultrapassou o setor agrícola como o maior empregador global em 2007.<ref>{{Citar jornal|url=http://www.financialexpress.com/news/story/191279|titulo=Services sector overtakes farming as world's biggest employer: ILO|data=26 de janeiro de 2007|acessodata=24 de abril de 2013|website=The Financial Express|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131013062206/http://www.financialexpress.com/news/story/191279|arquivodata=13 de outubro de 2013|urlmorta=live|agência=Associated Press}}</ref>


O [[Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola]] postula que um aumento na [[agricultura familiar]] pode ser parte da solução para as preocupações com os preços dos alimentos e a segurança alimentar geral, dada a experiência favorável do [[Vietnã]].<ref>{{citar web|url=http://www.ifad.org/operations/food/farmer.htm |título=Food prices: smallholder farmers can be part of the solution |publicado=International Fund for Agricultural Development |acessodata=24 de abril de 2013 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130505224355/http://www.ifad.org/operations/food/farmer.htm |arquivodata=5 de maio de 2013 |df=dmy-all}}</ref> A [[degradação]]/[[erosão do solo]] e doenças que afetam as plantações são as principais preocupações em todo o mundo;<ref>{{citar web|url=http://www.fao.org/agriculture/crops/rust/stem/rust-report/stem-ug99racettksk/en/ |título=Wheat Stem Rust – UG99 (Race TTKSK)|publicado=FAO|acessodata=6 de janeiro de 2014|urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140107064545/http://www.fao.org/agriculture/crops/rust/stem/rust-report/stem-ug99racettksk/en/|arquivodata=7 de janeiro de 2014|df=dmy-all}}</ref> aproximadamente 40% das terras agrícolas do mundo estão seriamente degradadas.<ref>Sample, Ian (31 August 2007). [https://www.theguardian.com/environment/2007/aug/31/climatechange.food "Global food crisis looms as climate change and population growth strip fertile land"] {{webarchive |url=https://web.archive.org/web/20160429094959/https://www.theguardian.com/environment/2007/aug/31/climatechange.food |date=29 April 2016}}, ''The Guardian'' (London).</ref><ref>{{citar jornal|url=http://news.mongabay.com/2006/1214-unu.html |título=Africa may be able to feed only 25% of its population by 2025 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20111127175559/http://news.mongabay.com/2006/1214-unu.html |arquivodata=27 de novembro de 2011 |obra=[[Mongabay]] |data=14 de dezembro de 2006 |acessodata=15 de julho de 2016 |urlmorta= sim|df=}}</ref>
=== Segurança ===
[[Ficheiro:Ford_Tractor_with_ROPS_bar_fitted.JPG|esquerda|miniaturadaimagem| Barra de proteção contra capotamento [[Retrofit|adaptada]] a um trator [[Fordson]] de meados do século XX]]
A agricultura continua sendo uma indústria perigosa e os agricultores em todo o mundo continuam em alto risco de lesões relacionadas ao trabalho, doenças pulmonares, [[perda auditiva induzida por ruído]], doenças de pele, bem como certos tipos de câncer relacionados ao uso de produtos químicos e exposição prolongada ao sol. Em fazendas industrializadas, as lesões frequentemente envolvem o uso de máquinas agrícolas e uma causa comum de lesões agrícolas fatais em países desenvolvidos são capotamentos de tratores.<ref name="aginjury">{{Citar web|url=https://wwwa.cdc.gov/niosh/topics/aginjury/|titulo=NIOSH Workplace Safety & Health Topic: Agricultural Injuries|acessodata=16 de abril de 2013|publicado=Centers for Disease Control and Prevention|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071028181205/http://www.cdc.gov/niosh/topics/aginjury/|arquivodata=28 de outubro de 2007|urlmorta=live}}</ref> Pesticidas e outros produtos químicos usados na agricultura podem ser [[Inseticida e câncer|perigosos para a saúde dos trabalhadores]] que podem adoecer ou ter filhos com defeitos congênitos.<ref name="NIOSH_pest">{{Citar periódico |url=https://www.cdc.gov/niosh/docs/2012-108/ |titulo=NIOSH Pesticide Poisoning Monitoring Program Protects Farmworkers |acessodata=15 de abril de 2013 |publicado=Centers for Disease Control and Prevention |ano=2011 |doi=10.26616/NIOSHPUB2012108 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130402004253/http://www.cdc.gov/niosh/docs/2012%2D108/ |arquivodata=2 de abril de 2013 |doi-access=free}}</ref> Como uma indústria em que as famílias geralmente compartilham o trabalho e vivem na própria fazenda, famílias inteiras podem estar em risco de lesões, doenças e morte.<ref name="NIOSH Agri">{{Citar web|url=https://www.cdc.gov/niosh/topics/agriculture/|titulo=NIOSH Workplace Safety & Health Topic: Agriculture|acessodata=16 de abril de 2013|publicado=Centers for Disease Control and Prevention|arquivourl=https://web.archive.org/web/20071009224012/http://www.cdc.gov/niosh/topics/agriculture/|arquivodata=9 de outubro de 2007|urlmorta=live}}</ref> Crianças com idades entre 0 e 6 anos podem ser especialmente vulneráveis na agricultura;<ref name="WeicheltGorucu2018">{{Citar periódico |url=http://injuryprevention.bmj.com/content/early/2018/02/16/injuryprev-2017-042671 |titulo=Supplemental surveillance: a review of 2015 and 2016 agricultural injury data from news reports on AgInjuryNews.org |data=17 de fevereiro de 2018 |número=3 |ultimo=Weichelt |primeiro=Bryan |ultimo2=Gorucu |primeiro2=Serap |paginas=injuryprev–2017–042671 |doi=10.1136/injuryprev-2017-042671 |pmid=29386372 |volume=25 |journal=Injury Prevention}}</ref> causas comuns de lesões fatais entre jovens trabalhadores agrícolas incluem afogamento e acidentes com máquinas e veículos.<ref name="NIOSH Agri" /><ref name="WeicheltGorucu2018" /><ref>{{Citar periódico |titulo=Correction: Towards a deeper understanding of parenting on farms: A qualitative study |data=6 de setembro de 2018 |número=9 |ultimo=The PLOS ONE staff |paginas=e0203842 |bibcode=2018PLoSO..1303842. |doi=10.1371/journal.pone.0203842 |issn=1932-6203 |pmc=6126865 |pmid=30188948 |volume=13 |doi-access=free |journal=PLOS ONE}}</ref>


Em 2015, a produção agrícola da China foi a maior do mundo, seguida pela União Europeia, a Índia e os [[Estados Unidos]].<ref name=UNCTAD2017>{{citar web|url=http://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/tableView.aspx?ReportId=95 |título=UNCTADstat – Table view |acessodata=2017-11-26 |urlmorta= não|arquivourl=https://web.archive.org/web/20171020072414/http://unctadstat.unctad.org/wds/TableViewer/tableView.aspx?ReportId=95 |arquivodata=20 de outubro de 2017 |df=dmy-all }}</ref> Os [[economista]]s medem a produtividade total dos fatores da agricultura e, por essa medida, a agricultura nos Estados Unidos é aproximadamente 1,7 vezes mais produtiva do que em 1948.<ref>{{citar web|publicado=USDA Economic Research Service |url=http://www.ers.usda.gov/data/agproductivity/ |título=Agricultural Productivity in the United States |data=5 de julho de 2012 |acessodata=22 de abril de 2013 |urlmorta= sim|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130201021133/http://www.ers.usda.gov/Data/AgProductivity/ |arquivodata=1 de fevereiro de 2013 |df=dmy-all}}</ref>
A [[Organização Internacional do Trabalho]] considera a agricultura "um dos setores econômicos mais perigosos" da economia.<ref name="ILO">{{Citar web|url=http://www.ilo.org/safework/info/standards-and-instruments/codes/WCMS_161135/lang--en/index.htm|titulo=Safety and health in agriculture|data=21 de março de 2011|acessodata=1 de abril de 2018|publicado=International Labour Organization}}</ref> Estima-se que o número anual de mortes relacionadas ao trabalho agrícola seja de pelo menos 170 mil, o dobro da taxa média de outros empregos. Além disso, as incidências de morte, lesões e doenças relacionadas às atividades agrícolas muitas vezes não são relatadas.<ref name="ILO2">{{Citar web|url=http://www.ilo.org/safework/areasofwork/hazardous-work/WCMS_356550/lang--en/index.htm|titulo=Agriculture: A hazardous work|data=15 de junho de 2009|acessodata=1 de abril de 2018|publicado=International Labour Organization}}</ref> A organização desenvolveu a Convenção de Segurança e Saúde na Agricultura de 2001, que cobre a gama de riscos na ocupação agrícola, a prevenção desses riscos e o papel que indivíduos e organizações envolvidas na agricultura devem desempenhar.<ref name="ILO" />


== Principais países produtores ==
Nos [[Estados Unidos]], a agricultura foi identificada pelo [[National Institute for Occupational Safety and Health|Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional]] como um setor industrial prioritário na Agenda Nacional de Pesquisa Ocupacional para identificar e fornecer estratégias de intervenção para questões de saúde e segurança ocupacional.<ref>{{Citar web|url=https://www.cdc.gov/nora/councils/agff/default.html|titulo=CDC – NIOSH – NORA Agriculture, Forestry and Fishing Sector Council|data=21 de março de 2018|acessodata=7 de abril de 2018|publicado=NIOSH}}</ref><ref>{{Citar web|url=https://www.cdc.gov/niosh/programs/agff/|titulo=CDC – NIOSH Program Portfolio : Agriculture, Forestry and Fishing : Program Description|data=28 de fevereiro de 2018|acessodata=7 de abril de 2018|publicado=NIOSH}}</ref> Na [[União Europeia]], a [[Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho]] emitiu diretrizes de saúde e segurança na agricultura, pecuária, horticultura e silvicultura.<ref>{{Citar web|url=https://osha.europa.eu/en/tools-and-publications/publications/protecting-health-and-safety-workers-agriculture-livestock/view|titulo=Protecting health and safety of workers in agriculture, livestock farming, horticulture and forestry|data=17 de agosto de 2017|acessodata=10 de abril de 2018|publicado=European Agency for Safety and Health at Work}}</ref> O Conselho de Saúde e Segurança Agrícola da América (ASHCA, sigla em inglês) também realiza uma cúpula anual para discutir a segurança.<ref>{{Citar periódico |titulo=The future of agricultural safety and health: North American Agricultural Safety Summit, fevereiro de 2018, Scottsdale, Arizona |data=3 de julho de 2018 |número=3 |ultimo=editor |primeiro=Scott Heiberger managing |paginas=302–304 |doi=10.1080/1059924X.2018.1485089 |issn=1059-924X |pmid=30047853 |volume=23 |journal=Journal of Agromedicine}}</ref>


[[Imagem:農業產值agriculture value.png|thumb|upright=2.2|Países por valor agrícola.]]
== Produção ==
A produção geral varia de acordo com o país, conforme listado abaixo:
[[Ficheiro:Value_of_agricultural_production,_OWID.svg|miniaturadaimagem|upright=2|Valor da produção agrícola por país, 2016<ref name="Our World in Data">{{Citar web|url=https://ourworldindata.org/grapher/value-of-agricultural-production|titulo=Value of agricultural production|acessodata=6 de março de 2020|website=Our World in Data|publisher=[[Universidade de Oxford]]}}</ref>]]


{|class="wikitable" style="margin: 1em auto 1em auto"
{|class="wikitable" style="margin: 1em auto 1em auto"
! colspan="3" style="text-align:left; background:#cfc;" |Dez maiores produtores agrícolas
! colspan="3" style="text-align:left; background:#cfc;" |Maiores produtores agrícolas (2016)
|- style="text-align:center; background:#cfc;"
|- style="text-align:center; background:#cfc;"
|| País
|| País
||Produção <br>(em bilhões de dólares)
||Produção <br>(em bilhões de dólares)
|-
|-
| {{CHN}} || align=right |1 117
| {{CHN}} || align=right |1 229
|-
| {{IND}} || align=right |358
|-
| {{EU}}|| align=right |349
|-
| {{USA}}|| align=right |327
|-
| {{BRA}} || align=right |165
|-
| {{IDN}} || align=right |137
|-
| {{JPN}} || align=right |87
|-
| {{RUS}}|| align=right |70
|-
| {{TUR}}|| align=right |66
|-
|colspan=3 style="font-size:.7em"|Fonte:<ref name="Our World in Data"/>
|}
 
=== Sistemas de cultivo ===
[[Ficheiro:An_example_of_slash_and_burn_agriculture_practice_Thailand.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|[[Queimada]] de cultivo itinerante, [[Tailândia]]]]
 
Os sistemas de cultivo variam entre as fazendas dependendo dos recursos e restrições disponíveis; geografia e clima da fazenda; política do governo; pressões econômicas, sociais e políticas; e a filosofia e cultura do agricultor.<ref name="FAO FS">{{Citar web|url=http://www.fao.org/farmingsystems/description_en.htm|titulo=Analysis of farming systems|acessodata=22 de maio de 2013|publicado=Food and Agriculture Organization|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130806063804/http://www.fao.org/farmingsystems/description_en.htm|arquivodata=6 de agosto de 2013|urlmorta=live}}</ref><ref name="PCP APS">"Agricultural Production Systems". pp. 283–317 in [[Agricultura#Acquaah|Acquaah]].</ref>
 
O cultivo itinerante (ou [[queimada]]) é um sistema no qual as florestas são queimadas, liberando nutrientes para apoiar o cultivo de culturas anuais e depois [[Planta perene|perenes]] por um período de vários anos.<ref name="CS">"Farming Systems: Development, Productivity, and Sustainability", pp. 25–57 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref> Em seguida, a parcela é deixada em [[pousio]] para replantar a floresta e o agricultor se muda para uma nova parcela de terra, retornando depois de muitos anos (10-20 anos). Este período de pousio é encurtado se a densidade populacional aumenta, exigindo a entrada de nutrientes (fertilizante ou [[Estrume|esterco]]) e algum [[Controle de pragas|controle manual de pragas]]. O cultivo anual é a próxima fase de intensidade em que não há período de pousio. Isso requer ainda mais nutrientes e insumos de controle de pragas.<ref name="CS" />
[[Ficheiro:Intercropping_coconut_n_Tagetes_erecta.jpg|miniaturadaimagem|[[Interplantação]] de [[Coqueiro|coco]] e [[Calendula|calêndula]], [[México]]]]
 
A industrialização posterior levou ao uso de [[Monocultura|monoculturas]], quando uma [[cultivar]] é plantada em uma grande área. Devido à baixa [[biodiversidade]], o uso de nutrientes é uniforme e as pragas tendem a se acumular, necessitando de maior uso de [[Pesticida|pesticidas]] e fertilizantes.<ref name="PCP APS">"Agricultural Production Systems". pp. 283–317 in [[Agricultura#Acquaah|Acquaah]].</ref> O cultivo múltiplo, no qual várias culturas são cultivadas sequencialmente em um ano, e o [[interplantação]], quando várias culturas são cultivadas ao mesmo tempo, são outros tipos de sistemas de cultivo anual conhecidos como [[Policultura|policulturas]].<ref name="CS">"Farming Systems: Development, Productivity, and Sustainability", pp. 25–57 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref>
 
Em ambientes [[Clima subtropical|subtropicais]] e [[Aridez|áridos]], o tempo e a extensão da agricultura podem ser limitados pelas chuvas, não permitindo múltiplas colheitas anuais em um ano ou exigindo irrigação. Em todos esses ambientes são cultivadas culturas perenes ([[café]], [[chocolate]]) e são praticados sistemas como o agroflorestal. Em ambientes [[Clima temperado|temperados]], onde os ecossistemas eram predominantemente [[Campo (bioma)|pastagens]] ou [[Pradaria|pradarias]], a agricultura anual altamente produtiva é o sistema agrícola dominante.<ref name="CS">"Farming Systems: Development, Productivity, and Sustainability", pp. 25–57 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref>
 
Categorias importantes de culturas alimentares incluem cereais, leguminosas, forragens, frutas e legumes.<ref name="FAO">{{Citar web|url=http://faostat.fao.org/|titulo=Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAOSTAT)|acessodata=2 de fevereiro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130118190636/http://faostat.fao.org/|arquivodata=18 de janeiro de 2013}}</ref> As [[Fibra natural|fibras naturais]] incluem algodão, [[lã]], [[cânhamo]], [[seda]] e [[linho]].<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/natural-fibres-2009/about/15-natural-fibres/en/|titulo=Profiles of 15 of the world's major plant and animal fibres|data=2009|acessodata=26 de março de 2018|publicado=FAO}}</ref> Culturas específicas são cultivadas em regiões de cultivo distintas em todo o mundo. A produção está listada em milhões de toneladas métricas, com base nas estimativas da [[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura]] (FAO).<ref name="FAO" />
 
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! colspan="2" |Principais produtos agrícolas, por culturas individuais</br> (milhões de toneladas) dados de 2011
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| {{IND}} || align=right |414
| [[Cana-de-açúcar]]
| style="text-align:right;" | 1794
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| {{EU}}|| align=right |308
| [[Milho]]
| style="text-align:right;" | 883
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| {{USA}}|| align=right |185
| [[Arroz]]
| style="text-align:right;" | 722
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| {{BRA}} || align=right |162
| [[Trigo]]
| style="text-align:right;" | 704
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| {{IDN}} || align=right |141
| [[Batata]]
| style="text-align:right;" | 374
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| {{NGR}} || align=right |123
| [[Beterraba sacarina]]
| style="text-align:right;" | 271
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| {{RUS}}|| align=right |108
| [[Soja]]
| style="text-align:right;" | 260
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| {{PAK}}|| align=right |76
| [[Mandioca]]
| style="text-align:right;" | 252
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| {{ARG}}|| align=right |70
| [[Tomate]]
| style="text-align:right;" | 159
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| {{TUR}}|| align=right |64
| [[Cevada]]
| style="text-align:right;" | 134
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|colspan=3 style="font-size:.7em"|Fonte: [[FMI]] e [[CIA World Factbook]]
| colspan="2" | ''Fonte: [[Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura|Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação]]'' <ref name="FAO">{{Citar web|url=http://faostat.fao.org/|titulo=Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAOSTAT)|acessodata=2 de fevereiro de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130118190636/http://faostat.fao.org/|arquivodata=18 de janeiro de 2013}}</ref>
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=== Sistemas de produção pecuária ===
{{AP|Agropecuária|Pecuária|Gado}}
[[Ficheiro:Hog_confinement_barn_interior.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Porcos de [[Confinamento (animais)|criação intensiva]]]]
A [[pecuária]] é a criação e criação de animais para carne, leite, [[Ovo (alimento)|ovos]] ou [[lã]], e para trabalho e transporte.<ref name="Clutton-Brock">{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=cgL-EbbB8a0C|page=1}}|título=A Natural History of Domesticated Mammals|ultimo=Clutton-Brock, Juliet|editora=Cambridge University Press|ano=1999|páginas=1–2|isbn=978-0-521-63495-3}}</ref> [[Trabalho animal|Animais de trabalho]], incluindo cavalos, [[Mula|mulas]], [[Junta de bois|bois]], [[Búfalo-asiático|búfalos]], [[Camelo|camelos]], [[Lhama|lhamas]], [[Alpaca|alpacas]], [[Asno|burros]] e [[Cão|cães]], são usados há séculos para ajudar a cultivar campos, colheitas, disputar outros animais e transportar produtos agrícolas até seus compradores.<ref>{{Citar livro|título=Introduction to Working Animals|ultimo=Falvey|primeiro=John Lindsay|editora=MPW Australia|ano=1985|localização=Melbourne, Australia|isbn=978-1-86252-992-2|autorlink=Lindsay Falvey}}</ref>
Os sistemas de produção pecuária podem ser definidos com base na fonte de alimentação, como pastagem, misto e sem terra.<ref name="FAO lps">{{Citar web|ultimo=Sere, C.|ultimo2=Steinfeld, H.|url=http://www.fao.org/WAIRDOCS/LEAD/X6101E/x6101e00.htm#Contents|titulo=Description of Systems in World Livestock Systems – Current status issues and trends|acessodata=8 de setembro de 2013|publicado=U.N. Food and Agriculture Organization|ano=1995|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121026004040/http://www.fao.org/WAIRDOCS/LEAD/X6101E/X6101E00.HTM#Contents|arquivodata=26 de outubro de 2012|urlmorta=live|ultimo3=Groeneweld, J.}}</ref> Em 2010, 30% da área livre de gelo e água da Terra era usada para a produção de gado, com o setor empregando aproximadamente 1,3 bilhão de pessoas. Entre as décadas de 1960 e 2000, houve um aumento significativo da produção pecuária, tanto em número quanto em peso de carcaça, principalmente entre bovinos, suínos e frangos, que tiveram a produção aumentada em quase um fator de 10. Animais não voltados para consumo de carne, como vacas leiteiras e galinhas produtoras de ovos, também apresentaram aumentos significativos na produção. Espera-se que as populações globais de bovinos, ovinos e caprinos continuem a aumentar acentuadamente até 2050.<ref name="LP">{{Citar periódico |titulo=Livestock production: recent trends, future prospects |data=27 de setembro de 2010 |número=1554 |ultimo=Thornton, Philip K. |paginas=2853–2867 |doi=10.1098/rstb.2010.0134 |pmc=2935116 |pmid=20713389 |volume=365 |doi-access=free |journal=Philosophical Transactions of the Royal Society B}}</ref> A [[aquacultura]] ou piscicultura, a produção de pescado para consumo humano em operações confinadas, é um dos setores de produção de alimentos que mais cresce, crescendo em média 9% ao ano entre 1975 e 2007.<ref>{{Citar revista|sobrenome=Stier, Ken|título=Fish Farming's Growing Dangers|url=http://content.time.com/time/health/article/0,8599,1663604,00.html|urlmorta=live|revista=Time|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130907071708/http://content.time.com/time/health/article/0,8599,1663604,00.html|arquivodata=7 de setembro de 2013}}</ref>
Durante a segunda metade do século XX, os produtores que utilizaram a criação seletiva concentraram-se na criação de raças de gado e [[Cruzamento|mestiços]] que aumentassem a produção, ignorando principalmente a necessidade de preservar a [[diversidade genética]]. Esta tendência levou a uma diminuição significativa na diversidade genética e recursos entre as raças de gado, levando a uma diminuição correspondente na resistência a doenças e adaptações locais anteriormente encontradas entre as raças tradicionais.<ref>{{Citar periódico |url=http://infoscience.epfl.ch/record/148417 |titulo=A global view of livestock biodiversity and conservation – Globaldiv |data=maio de 2010 |número=supplement S1 |ultimo=Ajmone-Marsan, P. |paginas=1–5 |doi=10.1111/j.1365-2052.2010.02036.x |pmid=20500752 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170803140941/https://infoscience.epfl.ch/record/148417 |arquivodata=3 de agosto de 2017 |volume=41 |journal=Animal Genetics}}</ref>
[[Ficheiro:Broiler_house.jpg|miniaturadaimagem| Criação intensiva de galinhas para carne em um aviário]]
A produção pecuária baseada em pastagens depende de material vegetal, como [[matagal]] e pastagens para alimentar animais ruminantes. No entanto, insumos externos podem ser usados e o estrume é devolvido diretamente ao pasto como uma importante fonte de nutrientes. Este sistema é particularmente importante em áreas onde a produção agrícola não é viável devido ao clima ou solo, representando 30 a 40 milhões de pastores.<ref name="CS">"Farming Systems: Development, Productivity, and Sustainability", pp. 25–57 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref> Os sistemas de produção mistos utilizam pastagens, culturas [[Forragem animal|forrageiras]] e culturas de cereais como ração para gado ruminante e monogástrico (um estômago; principalmente galinhas e porcos). O estrume é normalmente reciclado em sistemas mistos como fertilizante para as culturas.<ref name="FAO lps">{{Citar web|ultimo=Sere, C.|ultimo2=Steinfeld, H.|url=http://www.fao.org/WAIRDOCS/LEAD/X6101E/x6101e00.htm#Contents|titulo=Description of Systems in World Livestock Systems – Current status issues and trends|acessodata=8 de setembro de 2013|publicado=U.N. Food and Agriculture Organization|ano=1995|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121026004040/http://www.fao.org/WAIRDOCS/LEAD/X6101E/X6101E00.HTM#Contents|arquivodata=26 de outubro de 2012|urlmorta=live|ultimo3=Groeneweld, J.}}</ref>
Os sistemas sem terra dependem da alimentação de fora da fazenda, representando a desvinculação da produção agrícola e pecuária encontrada mais predominantemente nos países membros da [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico|Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico]]. Os fertilizantes sintéticos são mais utilizados para a produção agrícola e o uso de estrume torna-se um desafio, bem como uma fonte de poluição.<ref name="FAO lps">{{Citar web|ultimo=Sere, C.|ultimo2=Steinfeld, H.|url=http://www.fao.org/WAIRDOCS/LEAD/X6101E/x6101e00.htm#Contents|titulo=Description of Systems in World Livestock Systems – Current status issues and trends|acessodata=8 de setembro de 2013|publicado=U.N. Food and Agriculture Organization|ano=1995|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121026004040/http://www.fao.org/WAIRDOCS/LEAD/X6101E/X6101E00.HTM#Contents|arquivodata=26 de outubro de 2012|urlmorta=live|ultimo3=Groeneweld, J.}}</ref> Os [[País desenvolvido|países industrializados]] usam essas operações para produzir grande parte do suprimento global de aves e suínos. Os cientistas estimam que 75% do crescimento da produção pecuária entre 2003 e 2030 será em [[Confinamento (animais)|operações de alimentação de animais confinados]], às vezes chamadas de [[Confinamento (animais)|criação industrial]]. Grande parte desse crescimento está acontecendo em países em desenvolvimento na Ásia, com quantidades muito menores de crescimento na África.<ref name="LP">{{Citar periódico |titulo=Livestock production: recent trends, future prospects |data=27 de setembro de 2010 |número=1554 |ultimo=Thornton, Philip K. |paginas=2853–2867 |doi=10.1098/rstb.2010.0134 |pmc=2935116 |pmid=20713389 |volume=365 |doi-access=free |journal=Philosophical Transactions of the Royal Society B}}</ref> Algumas das práticas utilizadas na produção pecuária comercial, incluindo o uso de [[Hormônio do crescimento|hormônios de crescimento]], são controversas.<ref>{{Citar web|url=http://europa.eu/rapid/press-release_IP-02-604_en.pdf|titulo=Growth Promoting Hormones Pose Health Risk to Consumers, Confirms EU Scientific Committee|data=23 de abril de 2002|acessodata=6 de abril de 2013|publicado=União Europeia|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130502123053/http://europa.eu/rapid/press-release_IP-02-604_en.pdf|arquivodata=2 de maio de 2013|urlmorta=live}}</ref>
=== Práticas de produção ===
{{AP|Lavoura|Rotação de culturas|Irrigação}}
[[Ficheiro:Fendt_Tractor_Ripping_up_Kulin.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Máquina agrícola [[Lavoura|lavrando]] um campo arável]]
A lavoura é a prática de quebrar o solo com ferramentas como o arado ou a [[grade]] para preparar o plantio, a incorporação de nutrientes ou o controle de pragas. O preparo do solo varia em intensidade do convencional ao [[plantio direto]]. Pode melhorar a produtividade aquecendo o solo, incorporando fertilizantes e controlando [[ervas daninhas]], mas também torna o solo mais propenso à [[erosão]], desencadeia a decomposição de matéria orgânica liberando CO<sub>2</sub> e reduz a abundância e diversidade de organismos do solo.<ref name="Soil nutrient">Brady, N. C.; Weil, R. R. (2002). "Practical Nutrient Management" pp. 472–515 in ''Elements of the Nature and Properties of Soils''. Pearson Prentice Hall, Upper Saddle River, NJ. {{ISBN|978-0135051955}}</ref><ref name="PCP Tillage">"Land Preparation and Farm Energy", pp. 318–338 in [[Agricultura#Acquaah|Acquaah]]</ref>
O controle de pragas inclui o manejo de ervas daninhas, insetos, [[Ácaro|ácaros]] e doenças. São utilizadas práticas químicas (pesticidas), biológicas ([[Controle biológico|biocontrole]]), mecânicas (cultivo) e culturais. As práticas culturais incluem rotação de culturas, abate, culturas de cobertura, cultivo intercalar, [[compostagem]], prevenção e resistência. O manejo integrado de pragas tenta usar todos esses métodos para manter as populações de pragas abaixo do número que causaria perda econômica e recomenda pesticidas como último recurso.<ref name="PCP Pest">"Pesticide Use in U.S. Crop Production", pp. 240–282 in [[Agricultura#Acquaah|Acquaah]]</ref>
O manejo de nutrientes inclui tanto a fonte de insumos de nutrientes para a produção agrícola e pecuária, quanto o método de uso do esterco produzido pelo gado. As entradas de nutrientes podem ser fertilizantes químicos inorgânicos, esterco, adubo [[Adubação verde|verde]], composto e minerais.<ref name="PCP Soil">"Soil and Land", pp. 165–210 in [[Agricultura#Acquaah|Acquaah]]</ref> O uso de nutrientes das culturas também pode ser gerenciado usando técnicas culturais, como rotação de culturas ou período de [[Alqueive|pousio]]. O estrume é usado tanto para a criação de gado onde a cultura alimentar está crescendo, como por pastagens rotativas intensivas manejadas, quanto pela aplicação de formulações secas ou líquidas de estrume em terras agrícolas ou [[Pasto|pastagens]].<ref name="Soil nutrient">Brady, N. C.; Weil, R. R. (2002). "Practical Nutrient Management" pp. 472–515 in ''Elements of the Nature and Properties of Soils''. Pearson Prentice Hall, Upper Saddle River, NJ. {{ISBN|978-0135051955}}</ref><ref name="CS nutrient">"Nutrition from the Soil", pp. 187–218 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref>
[[Ficheiro:PivotWithDrops.JPG|miniaturadaimagem| Um sistema de [[Pivô central de irrigação|irrigação por pivô central]]]]
A [[Recursos hídricos|gestão da água]] é necessária onde a precipitação é insuficiente ou variável, o que ocorre em algum grau na maioria das regiões do mundo.<ref name="CS">"Farming Systems: Development, Productivity, and Sustainability", pp. 25–57 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref> Alguns agricultores usam [[irrigação]] para complementar a chuva. Em outras áreas, como as [[Grandes Planícies]] nos Estados Unidos e Canadá, os agricultores usam um ano de pousio para conservar a umidade do solo para usar no cultivo de uma plantação no ano seguinte.<ref name="PCP Water">"Plants and Soil Water", pp. 211–239 in [[Agricultura#Acquaah|Acquaah]]</ref> A agricultura representa 70% do uso de água doce em todo o mundo.<ref name="Pimentel water">{{Citar periódico |titulo=Water Resources: Agricultural and Environmental Issues |número=10 |ultimo=Pimentel, D. |ultimo2=Berger, D. |ano=2004 |paginas=909–918 |doi=10.1641/0006-3568(2004)054[0909:WRAAEI]2.0.CO;2 |ultimo3=Filberto, D. |ultimo4=Newton, M. |volume=54 |doi-access=free |journal=BioScience}}</ref>
De acordo com um relatório do [[International Food Policy Research Institute]], as tecnologias agrícolas terão o maior impacto na produção de alimentos se adotadas em combinação umas com as outras; usando um modelo que avaliou como onze tecnologias poderiam impactar a produtividade agrícola, a segurança alimentar e o comércio até 2050, o International Food Policy Research Institute descobriu que o número de pessoas em risco de fome poderia ser reduzido em até 40% e os preços dos alimentos poderiam ser reduzidos quase pela metade.<ref name="ifpri">{{Citar web|ultimo=International Food Policy Research Institute|url=http://www.ifpri.org/publication/food-security-world-natural-resource-scarcity|titulo=Food Security in a World of Growing Natural Resource Scarcity|acessodata=1 de julho de 2013|publicado=CropLife International|ano=2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140305043943/http://www.ifpri.org/publication/food-security-world-natural-resource-scarcity|arquivodata=5 de março de 2014|urlmorta=live}}</ref>
O pagamento por serviços ecossistêmicos é um método de fornecer incentivos adicionais para incentivar os agricultores a conservar alguns aspectos do meio ambiente. As medidas podem incluir o pagamento de reflorestamento a montante de uma cidade, para melhorar o abastecimento de água doce.<ref>{{Citar periódico |titulo=Redefining payments for environmental services |número=1 |ultimo=Tacconi |primeiro=L. |ano=2012 |paginas=29–36 |doi=10.1016/j.ecolecon.2011.09.028 |volume=73 |journal=Ecological Economics}}</ref>
=== Efeitos das mudanças climáticas nos rendimentos ===
{{AP|Mudanças climáticas e agricultura}}
[[Ficheiro:Winnowing_The_Grain,_Axum,_Ethiopia_(Detail)_(3157508890).jpg|miniaturadaimagem| [[Ventilação (química)|Joeirando]] grãos: [[Aquecimento global|o aquecimento global]] provavelmente prejudicará o rendimento das colheitas em países de baixa latitude como a [[Etiópia]].]]
As [[Aquecimento global|mudanças climáticas]] e a agricultura estão inter-relacionadas em escala global. [[Mudanças climáticas e agricultura|O aquecimento global afeta a agricultura]] por meio de mudanças nas [[Registro instrumental de temperaturas|temperaturas médias]], chuvas e extremos climáticos (como tempestades e ondas de calor); mudanças em pragas e doenças; mudanças nas concentrações atmosféricas [[Dióxido de carbono|de dióxido de carbono]] e [[Ozônio|ozônio troposférico]] ; alterações na qualidade nutricional de alguns alimentos; <ref name="science-news">{{Citar jornal|ultimo=Milius|primeiro=Susan|url=https://www.sciencenews.org/article/nutrition-climate-change-top-science-stories-2017-yir|titulo=Worries grow that climate change will quietly steal nutrients from major food crops|data=13 de dezembro de 2017|acessodata=21 de janeiro de 2018|website=[[Science News]]}}</ref> e mudanças no [[Subida do nível do mar|nível do mar]] . <ref>Hoffmann, U., Section B: Agriculture – a key driver and a major victim of global warming, in: Lead Article, in: Chapter 1, in {{Citar livro|url=http://unctad.org/en/pages/PublicationWebflyer.aspx?publicationid=666|título=Trade and Environment Review 2013: Wake up before it is too late: Make agriculture truly sustainable now for food security in a changing climate|editora=United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD)|ano=2013|editor-sobrenome=Hoffmann, U.|localização=Geneva, Switzerland|páginas=3, 5|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141128140551/http://unctad.org/en/pages/PublicationWebflyer.aspx?publicationid=666|arquivodata=28 de novembro de 2014}}</ref> O aquecimento global já está afetando a agricultura, com efeitos distribuídos de forma desigual pelo mundo. <ref name="porter summary">Porter, J. R., ''et al.''., Executive summary, in: [http://ipcc-wg2.gov/AR5/images/uploads/WGIIAR5-Chap7_FINAL.pdf Chapter 7: Food security and food production systems] (archived [https://web.archive.org/web/20141105164634/https://ipcc-wg2.gov/AR5/images/uploads/WGIIAR5-Chap7_FINAL.pdf 5 de novembro de 2014]), in {{Citar livro|url=http://www.ipcc.ch/report/ar5/wg2/|título=Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Part A: Global and Sectoral Aspects. Contribution of Working Group II (WG2) to the Fifth Assessment Report (AR5) of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC)|ultimo=IPCC AR5 WG2 A|editora=Cambridge University Press|ano=2014|editor-sobrenome=Field, C. B.|páginas=488–489}}</ref> As mudanças climáticas futuras provavelmente afetarão negativamente a produção agrícola em países de [[Trópico|baixa latitude]], enquanto os efeitos nas [[Latitude|latitudes]] do norte podem ser positivos ou negativos. <ref name="porter summary" /> O aquecimento global provavelmente aumentará o risco de [[Segurança alimentar|insegurança alimentar]] para alguns grupos vulneráveis, como os [[Pobreza|pobres]] . <ref>Paragraph 4, in: Summary and Recommendations, in: {{Citar livro|url=http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/reports/hlpe-food-security-and-climate-change-report-elaboration-process/en/|título=Food security and climate change. A report by the High Level Panel of Experts (HLPE) on Food Security and Nutrition of the Committee on World Food Security|ultimo=HLPE|data=Junho de 2012|editora=Food and Agriculture Organization of the United Nations|localização=Rome, Italy|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141212075812/http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/reports/hlpe-food-security-and-climate-change-report-elaboration-process/en/|arquivodata=12 de dezembro de 2014}}</ref>
== Alteração de culturas e biotecnologia ==
=== Melhoramento de plantas ===
{{AP|Melhoramento de plantas}}
[[Ficheiro:Wheat_selection_k10183-1.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Cultivar de trigo tolerante a alta [[salinidade]] (esquerda) em comparação com variedade não tolerante]]
A alteração de culturas é praticada pela humanidade há milhares de anos, desde o início da civilização. A alteração de culturas por meio de práticas de reprodução altera a composição genética de uma planta para desenvolver culturas com características mais benéficas para os seres humanos, por exemplo, frutos ou sementes maiores, tolerância à seca ou resistência a pragas. Avanços significativos no melhoramento de plantas ocorreram após o trabalho do geneticista [[Gregor Mendel]]. Seu trabalho sobre [[Dominância (genética)|alelos]] [[Dominância (genética)|dominantes]] e recessivos, embora inicialmente amplamente ignorado por quase 50 anos, deu aos criadores de plantas uma melhor compreensão da genética e das técnicas de reprodução. O melhoramento de culturas inclui técnicas como seleção de plantas com características desejáveis, [[autopolinização]] e [[polinização]] cruzada, e técnicas moleculares que modificam geneticamente o organismo.<ref>{{Citar web|url=http://www.cls.casa.colostate.edu/TransgenicCrops/history.html|titulo=History of Plant Breeding|data=29 de janeiro de 2004|acessodata=11 de maio de 2013|publicado=Colorado State University|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130121061931/http://cls.casa.colostate.edu/TransgenicCrops/history.html|arquivodata=21 de janeiro de 2013|urlmorta=dead}}</ref>
A domesticação de plantas, ao longo dos séculos, aumentou o rendimento, melhorou a resistência a doenças e a tolerância à seca, facilitou a colheita e melhorou o sabor e o valor nutricional das plantas cultivadas, o que acarretou em enormes efeitos sobre as características das plantas cultivadas que, nas décadas de 1920 e 1930, melhoraram as pastagens (gramas e trevos) na [[Nova Zelândia]]. Extensos esforços de mutagênese induzida por raios X e ultravioleta (ou seja, engenharia genética primitiva) durante a década de 1950 produziram as variedades comerciais modernas de grãos, como trigo, milho (milho) e cevada.<ref>{{Citar periódico |url=http://www.pnas.org/cgi/reprint/22/10/579.pdf |titulo=Genetic Effects of Ultra-Violet Radiation in Maize: I. Unfiltered Radiation |data=15 de outubro de 1936 |acessodata=11 de outubro de 2007 |número=10 |ultimo=Stadler |primeiro=L. J. |autorlink=Lewis Stadler |ultimo2=Sprague, G.F. |paginas=572–578 |bibcode=1936PNAS...22..572S |doi=10.1073/pnas.22.10.572 |pmc=1076819 |pmid=16588111 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071024233407/http://www.pnas.org/cgi/reprint/22/10/579.pdf |arquivodata=24 de outubro de 2007 |volume=22 |doi-access=free |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://archive.org/details/georgebeadleunco0000berg|título=George Beadle: An Uncommon Farmer. The Emergence of Genetics in the 20th century|ultimo=Berg|primeiro=Paul|ultimo2=Singer, Maxine|data=15 de agosto de 2003|editora=Cold Springs Harbor Laboratory Press|isbn=978-0-87969-688-7}}</ref>
[[Ficheiro:Seedlings_in_Green_House.jpg|miniaturadaimagem| Mudas em uma casa verde. Isto é o que parece quando as mudas estão crescendo a partir do melhoramento de plantas.]]
A [[Revolução verde|Revolução Verde]] popularizou o uso da [[Híbrido (biologia)|hibridização]] convencional para aumentar drasticamente o rendimento, criando "variedades de alto rendimento". Por exemplo, os rendimentos médios de milho nos Estados Unidos aumentaram de cerca de 2,5 toneladas por hectare (t/ha) em 1900 para cerca de 9,4 t/ha em 2001. Da mesma forma, a produtividade média mundial de trigo aumentou de menos de 1 t/ha em 1900 para mais de 2,5 t/ha em 1990. Os rendimentos médios de trigo na América do Sul estão em torno de 2 t/ha, na África abaixo de 1 t/ha, e no Egito e Arábia até 3,5 a 4 t/ha com irrigação. Em contraste, o rendimento médio de trigo em países como a França é superior a 8 t/ha. As variações nos rendimentos devem-se principalmente à variação climática, genética e ao nível de técnicas agrícolas intensivas (uso de fertilizantes, controle químico de pragas, controle de crescimento para evitar o acamamento).<ref>{{Citar periódico |url=http://www.agbioforum.org/v2n1/v2n1a10-ruttan.pdf |titulo=Biotechnology and Agriculture: A Skeptical Perspective |data=dezembro de 1999 |número=1 |ultimo=Ruttan |primeiro=Vernon W. |paginas=54–60 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20130521021149/http://www.agbioforum.org/v2n1/v2n1a10-ruttan.pdf |arquivodata=21 de maio de 2013 |volume=2 |journal=AgBioForum}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=http://www.lsc.psu.edu/nas/Speakers/Cassman%20manuscript.html |titulo=Ecological intensification of cereal production systems: The Challenge of increasing crop yield potential and precision agriculture |data=5 de dezembro de 1998 |acessodata=11 de outubro de 2007 |ultimo=Cassman |primeiro=K. |arquivourl=https://web.archive.org/web/20071024001804/http://www.lsc.psu.edu/nas/Speakers/Cassman%20manuscript.html |arquivodata=24 de outubro de 2007 |journal=Proceedings of a National Academy of Sciences Colloquium, Irvine, California}}</ref><ref>Conversion note: 1 bushel of wheat=60&nbsp;pounds (lb) ≈ 27.215&nbsp;kg. 1 bushel of maize=56&nbsp;pounds ≈ 25.401&nbsp;kg</ref>
=== Engenharia genética ===
{{AP|Engenharia genética}}
{{VT|Alimento geneticamente modificado|Controvérsia sobre alimentos geneticamente modificados}}
[[Ficheiro:CSIRO_ScienceImage_382_Genetically_Modified_Potatoes.jpg|miniaturadaimagem| Plantas de batata [[Engenharia genética|geneticamente modificadas]] (esquerda) resistem a doenças virais que danificam plantas não modificadas (direita).]]
Organismos geneticamente modificados (OGM) são [[Organismo|organismos]] cujo material [[Genética|genético]] foi alterado por técnicas de [[engenharia genética]] geralmente conhecidas como [[Clonagem molecular|tecnologia de DNA recombinante]]. A engenharia genética expandiu os genes disponíveis para os criadores usarem na criação de linhas germinativas desejadas para novas culturas. Maior durabilidade, conteúdo nutricional, resistência a insetos e vírus e tolerância a herbicidas são alguns dos atributos criados em culturas por meio de engenharia genética.<ref>{{Citar web|url=https://www.who.int/foodsafety/publications/biotech/20questions/en/index.html|titulo=20 Questions on Genetically Modified Foods|acessodata=16 de abril de 2013|publicado=World Health Organization|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130327015739/http://www.who.int/foodsafety/publications/biotech/20questions/en/index.html|arquivodata=27 de março de 2013|urlmorta=live}}</ref> Para alguns, as culturas de OGM causam preocupações com a [[Inspeção sanitária|segurança alimentar]] e a rotulagem dos alimentos. Vários países impuseram restrições à produção, importação ou uso de alimentos e culturas OGM.<ref>{{Citar web|ultimo=Whiteside, Stephanie|url=http://current.com/groups/news-blog/93975745_peru-bans-genetically-modified-foods-as-us-lags.htm|titulo=Peru bans genetically modified foods as US lags|data=28 de novembro de 2012|acessodata=7 de maio de 2013|publicado=Current TV|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130324013255/http://current.com/groups/news-blog/93975745_peru-bans-genetically-modified-foods-as-us-lags.htm|arquivodata=24 de março de 2013|urlmorta=dead}}</ref> Atualmente um tratado global, o [[Protocolo de Cartagena sobre Biossegurança|Protocolo de Cartagena]], regulamenta o comércio de OGMs. Há uma discussão em andamento sobre a rotulagem de alimentos feitos de OGMs e, embora a União Europeia atualmente exija que todos os alimentos OGMs sejam rotulados, os Estados Unidos não.<ref>{{Citar livro|título=Earth Democracy: Justice, Sustainability, and Peace|ultimo=Shiva, Vandana|editora=[[South End Press]]|ano=2005|localização=Cambridge, MA|autorlink=Vandana Shiva}}</ref>
Sementes resistentes a herbicidas têm um gene implantado em seu genoma que permite que as plantas tolerem a exposição a herbicidas, incluindo o [[glifosato]]. Essas sementes permitem que o agricultor cultive uma cultura que pode ser pulverizada com herbicidas para controlar ervas daninhas sem prejudicar as plantas. Culturas tolerantes a herbicidas são usadas por agricultores em todo o mundo.<ref>{{Citar web|ultimo=Kathrine Hauge Madsen|ultimo2=Jens Carl Streibig|url=http://www.fao.org/docrep/006/y5031e/y5031e0i.htm|titulo=Benefits and risks of the use of herbicide-resistant crops|acessodata=4 de maio de 2013|website=Weed Management for Developing Countries|publicado=FAO|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130604013840/http://www.fao.org/docrep/006/y5031e/y5031e0i.htm|arquivodata=4 de junho de 2013|urlmorta=live}}</ref> Com o aumento do uso de culturas tolerantes a herbicidas, vem um aumento no uso de pulverizações de herbicidas à base de glifosato. Em algumas áreas, ervas daninhas resistentes ao glifosato se desenvolveram, fazendo com que os agricultores mudassem para outros herbicidas.<ref name="Farmers Guide to GMOs">{{Citar web|url=http://www.rafiusa.org/pubs/Farmers_Guide_to_GMOs.pdf|titulo=Farmers Guide to GMOs|data=11 de janeiro de 2013|acessodata=16 de abril de 2013|publicado=Rural Advancement Foundation International|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120501145751/http://www.rafiusa.org/pubs/Farmers_Guide_to_GMOs.pdf|arquivodata=1 de maio de 2012|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar periódico |url=https://www.bloomberg.com/news/articles/2008-02-13/report-raises-alarm-over-superweedsbusinessweek-business-news-stock-market-and-financial-advice |titulo=Report Raises Alarm over 'Super-weeds' |data=13 de fevereiro de 2008 |ultimo=Hindo, Brian |arquivourl=https://web.archive.org/web/20161226181242/https://www.bloomberg.com/news/articles/2008-02-13/report-raises-alarm-over-superweedsbusinessweek-business-news-stock-market-and-financial-advice |arquivodata=26 de dezembro de 2016 |journal=Bloomberg BusinessWeek}}</ref> Alguns estudos também vinculam o uso generalizado de glifosato a deficiências de ferro em algumas culturas, o que é tanto uma preocupação de produção quanto de qualidade nutricional, com potenciais implicações econômicas e de saúde.<ref>{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/5669940 |titulo=Glyphosate inhibition of ferric reductase activity in iron deficient sunflower roots |número=4 |ultimo=Ozturk |ano=2008 |paginas=899–906 |doi=10.1111/j.1469-8137.2007.02340.x |pmid=18179601 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170113232909/https://www.researchgate.net/publication/5669940 |arquivodata=13 de janeiro de 2017 |numero-autores=etal |volume=177 |doi-access=free |journal=New Phytologist}}</ref>
Outros cultivos transgênicos usados pelos produtores incluem cultivos resistentes a insetos, que possuem um gene da bactéria do solo ''[[Bacillus thuringiensis]]'' (Bt), que produz uma toxina específica para insetos. Essas culturas resistem a danos por insetos.<ref>{{Citar web|url=http://www.aces.uiuc.edu/vista/html_pubs/biotech/insect.htm|titulo=Insect-resistant Crops Through Genetic Engineering|acessodata=4 de maio de 2013|publicado=University of Illinois|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130121073949/http://www.aces.uiuc.edu/vista/html_pubs/biotech/insect.htm|arquivodata=21 de janeiro de 2013|urlmorta=live}}</ref> Alguns acreditam que características semelhantes ou melhores de resistência a pragas podem ser adquiridas por meio de práticas tradicionais de reprodução e a resistência a várias pragas pode ser obtida por meio de hibridização ou polinização cruzada com espécies selvagens. Em alguns casos, as espécies selvagens são a principal fonte de características de resistência; algumas cultivares de tomateiro que ganharam resistência a pelo menos 19 doenças o fizeram através do cruzamento com populações selvagens de tomateiro.<ref>{{Citar livro|título=Fatal Harvest: The Tragedy of Industrial Agriculture|ultimo=Kimbrell, A.|editora=Island Press|ano=2002|localização=Washington}}</ref>
== Impacto ambiental ==
=== Efeitos e custos ===
[[Ficheiro:Water_pollution_in_the_Wairarapa.JPG|esquerda|upright|miniaturadaimagem|[[Poluição da água]] em um córrego rural devido ao escoamento da atividade agrícola na [[Nova Zelândia]]]]
A agricultura é tanto causadora quanto sensível à [[degradação ambiental]], como [[Declínio contemporâneo da biodiversidade mundial|perda de biodiversidade]], [[desertificação]], [[degradação do solo]] e [[Mudanças climáticas e agricultura|aquecimento global]], que causam diminuição no rendimento das culturas.<ref>{{Citar web|url=https://www.unep.org/resources/making-peace-nature|titulo=Making Peace with Nature: A scientific blueprint to tackle the climate, biodiversity and pollution emergencies|acessodata=9 de junho de 2021|publicado=United Nations Environment Programme|ano=2021}}</ref> A agricultura é um dos mais importantes impulsionadores de pressões ambientais, particularmente mudanças de habitat, mudanças climáticas, uso da água e emissões tóxicas. A agricultura é a principal fonte de toxinas liberadas no meio ambiente, incluindo inseticidas, principalmente os utilizados no algodão.<ref>{{Citar web|ultimo=International Resource Panel|url=http://www.unep.org/resourcepanel/Publications/PriorityProducts/tabid/56053/Default.aspx|titulo=Priority products and materials: assessing the environmental impacts of consumption and production|acessodata=7 de maio de 2013|publicado=United Nations Environment Programme|ano=2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121224061455/http://www.unep.org/resourcepanel/Publications/PriorityProducts/tabid/56053/Default.aspx|arquivodata=24 de dezembro de 2012|urlmorta=dead}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://link.springer.com/book/10.1007/978-3-030-83225-4|título=Applied Ecology|ultimo=Frouz|primeiro=Jan|ultimo2=Frouzová|primeiro2=Jaroslava|data=2022|páginas=|doi=10.1007/978-3-030-83225-4|isbn=978-3-030-83224-7}}</ref>  O relatório de Economia Verde do [[PNUMA]] de 2011 afirmou que as operações agrícolas produziram cerca de 13% das emissões antropogênicas globais de [[gases de efeito estufa]]. Isso inclui gases do uso de fertilizantes inorgânicos, pesticidas agroquímicos e herbicidas, bem como insumos de energia de combustível fóssil.<ref name="unep.org">{{Citar web|url=https://www.unenvironment.org/search/node?keys=Towards+a+Green+Economy%3A+Pathways+to+Sustainable+Development+and+Poverty+Eradication|titulo=Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty Eradication|acessodata=9 de junho de 2021|publicado=UNEP|ano=2011}}</ref>
A agricultura impõe múltiplos custos externos à sociedade por meio de efeitos como danos causados por pesticidas à natureza (especialmente herbicidas e inseticidas), escoamento de nutrientes, uso excessivo de água e perda do ambiente natural. Uma avaliação da agricultura no Reino Unido em 2000 determinou os custos externos totais para 1996 de 2.343 milhões de libras esterlinas, ou 208 libras por hectare.<ref name="Pretty2000">{{Citar periódico |url=https://www.researchgate.net/publication/222549141 |titulo=An assessment of the total external costs of UK agriculture |número=2 |ultimo=Pretty |primeiro=J. |ultimo2=Brett |primeiro2=C. |ano=2000 |paginas=113–136 |doi=10.1016/S0308-521X(00)00031-7 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20170113233847/https://www.researchgate.net/publication/222549141 |arquivodata=13 de janeiro de 2017 |ultimo3=Gee |primeiro3=D. |ultimo4=Hine |primeiro4=R. E. |ultimo5=Mason |primeiro5=C. F. |ultimo6=Morison |primeiro6=J. I. L. |ultimo7=Raven |primeiro7=H. |ultimo8=Rayment |primeiro8=M. D. |ultimo9=Van Der Bijl |primeiro9=G. |numero-autores=1 |volume=65 |journal=Agricultural Systems}}</ref> Uma análise de 2005 desses custos nos Estados Unidos concluiu que as terras agrícolas impõem aproximadamente 5 bilhões a 16 bilhões de dólares (30 a 96 dólares por hectare), enquanto a produção pecuária impõe 714 milhões de dólares.<ref name="Tegtmeier2005">{{Citar periódico |url=http://www.organicvalley.coop/fileadmin/pdf/ag_costs_IJAS2004.pdf |titulo=External Costs of Agricultural Production in the United States |ultimo=Tegtmeier |primeiro=E. M. |ultimo2=Duffy |primeiro2=M. |ano=2005 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20090205134016/http://www.organicvalley.coop/fileadmin/pdf/ag_costs_IJAS2004.pdf |arquivodata=5 de fevereiro de 2009 |journal=The Earthscan Reader in Sustainable Agriculture}}</ref> Ambos os estudos, que se concentraram apenas nos impactos fiscais, concluíram que mais deve ser feito para internalizar os custos externos. Nenhum deles incluiu subsídios em sua análise, mas observaram que os subsídios também influenciam o custo da agricultura para a sociedade.<ref name="Pretty2000" /><ref name="Tegtmeier2005" />
A agricultura procura aumentar o rendimento e reduzir os custos. A produtividade aumenta com insumos como fertilizantes e remoção de patógenos, predadores e competidores (como ervas daninhas). Os custos diminuem com o aumento da escala das unidades agrícolas, como aumentar os campos, o que significa remover [[Sebe|sebes]], valas e outras áreas de habitat. Os pesticidas matam insetos, plantas e fungos. Essas e outras medidas reduziram a biodiversidade a níveis muito baixos em terras cultivadas intensivamente.<ref>{{Citar periódico |titulo=Does Low Biodiversity Resulting from Modern Agricultural Practice Affect Crop Pollination and Yield? |data=2001 |número=2 |ultimo=Richards |primeiro=A. J. |paginas=165–172 |doi=10.1006/anbo.2001.1463 |volume=88 |doi-access=free |journal=Annals of Botany}}</ref> Os rendimentos efetivos caem com as perdas na fazenda, que podem ser causadas por más práticas de produção durante a colheita, manuseio e armazenamento.<ref>{{Citar livro|url=http://www.fao.org/documents/card/en/c/ca6122en|título=The State of Food and Agriculture 2019. Moving forward on food loss and waste reduction, In brief|editora=FAO|ano=2019}}</ref>
=== Problemas de gado ===
[[Ficheiro:Biogas.jpg|miniaturadaimagem| O [[Digestão anaeróbia|digestor anaeróbico]] de curral converte resíduos vegetais e estrume do gado em combustível de [[biogás]] .]]
Um alto funcionário da ONU, Henning Steinfeld, disse que "o gado é um dos contribuintes mais significativos para os problemas ambientais mais sérios de hoje".<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/newsroom/en/news/2006/1000448/index.html|titulo=Livestock a major threat to environment|data=29 de novembro de 2006|acessodata=24 de abril de 2013|publicado=UN Food and Agriculture Organization|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080328062709/http://www.fao.org/newsroom/en/news/2006/1000448/index.html|arquivodata=28 de março de 2008|urlmorta=live}}</ref> A pecuária ocupa 70% de todas as terras utilizadas para a agricultura, ou 30% da superfície terrestre do planeta. É uma das maiores fontes de [[Gases do efeito estufa|gases de efeito estufa]], responsável por 18% das emissões mundiais, medidos em equivalentes de CO<sub>2</sub>. Em comparação, todos os transportes emitem 13,5% do CO<sub>2</sub>. A pecuária produz 65% do [[óxido nitroso]] relacionado ao homem (que tem 296 vezes o potencial de aquecimento global do CO<sub>2</sub>) e 37% de todo o [[metano]] induzido pelo homem (que é 23 vezes mais aquecido que o CO<sub>2</sub>). Também gera 64% da emissão de [[Amoníaco|amônia]]. A expansão da pecuária é citada como um fator chave que impulsiona o [[Desflorestação|desmatamento]]; na bacia amazônica, 70% da [[Desmatamento da Floresta Amazônica|área anteriormente florestada]] agora é ocupada por pastagens e o restante é usado para alimentação animal.<ref name="LEAD">{{Citar web|ultimo=Steinfeld|primeiro=H.|ultimo2=Gerber|primeiro2=P.|url=http://www.virtualcentre.org/en/library/key_pub/longshad/A0701E00.pdf|titulo=Livestock's Long Shadow – Environmental issues and options|acessodata=5 de dezembro de 2008|publicado=U.N. Food and Agriculture Organization|ano=2006|local=Rome|arquivourl=https://web.archive.org/web/20080625012113/http://www.virtualcentre.org/en/library/key_pub/longshad/A0701E00.pdf|arquivodata=25 de junho de 2008|ultimo3=Wassenaar|primeiro3=T.|ultimo4=Castel|primeiro4=V.|ultimo5=Rosales|primeiro5=M.|ultimo6=de Haan|primeiro6=C.}}</ref> Por meio do desmatamento e da degradação da terra, a pecuária também está promovendo reduções na biodiversidade. Além disso, o [[PNUMA]] afirma que “as [[Emissão de metano|emissões de metano]] da pecuária global devem aumentar em 60% até 2030 sob as práticas e padrões de consumo atuais”.<ref name="unep.org">{{Citar web|url=https://www.unenvironment.org/search/node?keys=Towards+a+Green+Economy%3A+Pathways+to+Sustainable+Development+and+Poverty+Eradication|titulo=Towards a Green Economy: Pathways to Sustainable Development and Poverty Eradication|acessodata=9 de junho de 2021|publicado=UNEP|ano=2011}}</ref>
=== Problemas de terra e água ===
[[Ficheiro:Crops_Kansas_AST_20010624.jpg|esquerda|miniaturadaimagem| Campos de cultivo [[Irrigação|irrigados]] circulares no [[Condado de Haskell (Kansas)|Kansas]], Estados Unidos. As colheitas saudáveis e crescentes de [[milho]] e [[Sorghum|sorgo]] são verdes (o sorgo pode ser um pouco mais pálido). O trigo é dourado. Campos marrons foram recentemente colhidos e arados ou ficaram em [[Alqueive|pousio]] durante o ano.]]
A transformação da terra, o uso da terra para produzir bens e serviços, é a forma mais substancial pela qual os humanos alteram os ecossistemas da Terra e é a força motriz que causa a [[Declínio contemporâneo da biodiversidade mundial|perda de biodiversidade]]. As estimativas da quantidade de terra transformada por humanos variam de 39 a 50%.<ref name="Vitousek">{{Citar periódico |titulo=Human Domination of Earth's Ecosystems |número=5325 |ultimo=Vitousek, P. M. |ultimo2=Mooney, H. A. |ano=1997 |paginas=494–499 |citeseerx=10.1.1.318.6529 |doi=10.1126/science.277.5325.494 |ultimo3=Lubchenco, J. |ultimo4=Melillo, J. M. |volume=277 |journal=Science}}</ref> Estima-se que a degradação da terra, o declínio de longo prazo na função e produtividade do ecossistema, esteja ocorrendo em 24% da terra em todo o mundo, com terras agrícolas super-representadas.<ref name="FAO GLADA">{{Citar web|ultimo=Bai, Z.G.|ultimo2=D.L. Dent|url=http://www.isric.org/isric/webdocs/docs/Report%202008_01_GLADA%20international_REV_Nov%202008.pdf|titulo=Global assessment of land degradation and improvement: 1. identification by remote sensing|data=novembro de 2008|acessodata=24 de maio de 2013|publicado=FAO/ISRIC|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131213041558/http://www.isric.org/isric/webdocs/docs/Report%202008_01_GLADA%20international_REV_Nov%202008.pdf|arquivodata=13 de dezembro de 2013|urlmorta=dead|ultimo3=L. Olsson|ultimo4=M.E. Schaepman}}</ref> A gestão da terra é o fator determinante da degradação; 1,5 bilhão de pessoas dependem da terra em degradação. A degradação pode ser por desmatamento, [[desertificação]], [[erosão do solo]], esgotamento mineral, [[Acidificação do solo|acidificação]] ou [[salinização]].<ref name="CS">"Farming Systems: Development, Productivity, and Sustainability", pp. 25–57 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref>
A [[eutrofização]], o enriquecimento excessivo de nutrientes nos [[Ecossistema aquático|ecossistemas aquáticos,]] resultando em proliferação de [[Eflorescência algal|algas]] e [[anoxia]], leva à morte de peixes, [[Declínio contemporâneo da biodiversidade mundial|perda de biodiversidade]] e torna a água imprópria para consumo e outros usos industriais. A fertilização excessiva e a aplicação de [[estrume]] nas terras agrícolas, bem como as altas densidades de criação de gado, provocam o [[Escorrência superficial|escoamento]] e a [[lixiviação]] de nutrientes (principalmente [[azoto]] e [[fósforo]]) das terras agrícolas. Esses nutrientes são os principais [[Poluição difusa|poluentes difusos]] que contribuem para a [[eutrofização]] dos ecossistemas aquáticos e a poluição das águas subterrâneas, com efeitos nocivos para as populações humanas.<ref name="Eutr">{{Citar periódico |titulo=Nonpoint Pollution of Surface Waters with Phosphorus and Nitrogen |número=3 |ultimo=Carpenter, S. R. |ultimo2=Caraco, N. F. |ano=1998 |paginas=559–568 |doi=10.1890/1051-0761(1998)008[0559:NPOSWW]2.0.CO;2 |ultimo3=Correll, D. L. |ultimo4=Howarth, R. W. |ultimo5=Sharpley, A. N. |ultimo6=Smith, V. H. |volume=8 |journal=Ecological Applications}}</ref> Os fertilizantes também reduzem a biodiversidade terrestre ao aumentar a competição por luz, favorecendo as espécies que podem se beneficiar dos nutrientes adicionados.<ref name="Hautier Niklaus Hector">{{Citar periódico |url=https://www.zora.uzh.ch/id/eprint/18666/2/Hautier_2009.pdf |titulo=Competition for Light Causes Plant Biodiversity Loss After Eutrophication |data=2009 |número=5927 |ultimo=Hautier |primeiro=Y. |ultimo2=Niklaus |primeiro2=P. A. |paginas=636–638 |tipo=Submitted manuscript |bibcode=2009Sci...324..636H |doi=10.1126/science.1169640 |pmid=19407202 |ultimo3=Hector |primeiro3=A. |volume=324 |journal=Science}}</ref> A agricultura é responsável por 70% das retiradas de recursos de água doce.<ref>{{Citar web|url=http://www.iwmi.cgiar.org/About_IWMI/Strategic_Documents/Annual_Reports/2006_2007/pdf/IWMI%20Annual%20Report%202006-07.pdf|titulo=Findings of the Comprehensive Assessment of Water Management in Agriculture|acessodata=6 de janeiro de 2014|website=Annual Report 2006/2007|publicado=International Water Management Institute|editor-sobrenome=Molden, D.|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140107031305/http://www.iwmi.cgiar.org/About_IWMI/Strategic_Documents/Annual_Reports/2006_2007/pdf/IWMI%20Annual%20Report%202006-07.pdf|arquivodata=7 de janeiro de 2014|urlmorta=live}}</ref><ref>{{Citar livro|url=https://www.eib.org/en/publications/eib-big-ideas-on-water|título=On Water|ultimo=European Investment Bank|editora=European Investment Bank|ano=2019|língua=en|doi=10.2867/509830|isbn=9789286143199|acessodata=7 de dezembro de 2020}}</ref> A agricultura é uma grande fonte de água dos [[Aquífero|aquíferos]] e atualmente extrai dessas fontes de água subterrâneas a uma taxa insustentável. Há muito se sabe que os aquíferos em áreas tão diversas quanto o [[norte da China]], o [[Rio Ganges|Alto Ganges]] e o [[Região Oeste (Estados Unidos)|oeste dos EUA]] estão sendo esgotados, e novas pesquisas estendem esses problemas aos aquíferos do [[Irã]], [[México]] e [[Arábia Saudita]].<ref>{{Citar web|ultimo=Li, Sophia|url=http://green.blogs.nytimes.com/2012/08/13/stressed-aquifers-around-the-globe/|titulo=Stressed Aquifers Around the Globe|data=13 de agosto de 2012|acessodata=7 de maio de 2013|website=[[The New York Times]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130402141530/http://green.blogs.nytimes.com/2012/08/13/stressed-aquifers-around-the-globe/|arquivodata=2 de abril de 2013|urlmorta=live}}</ref> Uma crescente pressão está sendo colocada sobre os recursos hídricos pela indústria e áreas urbanas, o que significa que a [[escassez de água]] está aumentando e a agricultura enfrenta o desafio de produzir mais alimentos para a crescente [[população mundial]] com recursos hídricos reduzidos.<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/ag/magazine/0511sp2.htm|titulo=Water Use in Agriculture|data=Novembro de 2005|acessodata=7 de maio de 2013|publicado=FAO|arquivourl=https://archive.today/20130615091527/http://www.fao.org/ag/magazine/0511sp2.htm|arquivodata=15 de junho de 2013|urlmorta=dead}}</ref> O uso agrícola da água também pode causar grandes problemas ambientais, incluindo a destruição de zonas úmidas naturais, a disseminação de doenças transmitidas pela água e a degradação da terra por meio da salinização e alagamentos, quando a irrigação é realizada incorretamente.<ref>{{Citar web|url=http://www.fao.org/ag/magazine/0303sp1.htm|titulo=Water Management: Towards 2030|data=março de 2003|acessodata=7 de maio de 2013|publicado=[[Food and Agriculture Organization]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130510184315/http://www.fao.org/ag/magazine/0303sp1.htm|arquivodata=10 de maio de 2013|urlmorta=dead}}</ref>
=== Pesticidas ===
[[Ficheiro:Crop_spraying_near_St_Mary_Bourne_-_geograph.org.uk_-_392462.jpg|miniaturadaimagem| Pulverização de uma cultura agrícola com um [[pesticida]]]]
O uso de pesticidas aumentou desde 1950 para 2,5 milhões de toneladas anualmente em todo o mundo, mas a perda de colheita por pragas permaneceu relativamente constante.<ref name="Pimentel pesticide">{{Citar web|ultimo=Pimentel, D.|ultimo2=Culliney, T. W.|url=http://ipmworld.umn.edu/chapters/pimentel.htm|titulo=Public health risks associated with pesticides and natural toxins in foods|acessodata=7 de maio de 2013|website=Radcliffe's IPM World Textbook|ano=1996|arquivourl=https://web.archive.org/web/19990218073023/http://ipmworld.umn.edu/chapters/pimentel.htm|arquivodata=18 de fevereiro de 1999|urlmorta=dead|ultimo3=Bashore, T.}}</ref> A [[Organização Mundial da Saúde]] estimou em 1992 que três milhões de intoxicações por agrotóxicos ocorrem anualmente, causando 220 mil mortes.<ref name="WHO">''Our planet, our health: Report of the WHO commission on health and environment''. Geneva: [[World Health Organization]] (1992).</ref> Os pesticidas selecionam a resistência a pesticidas na população de pragas, levando a uma condição denominada "esteira de pesticidas", na qual a resistência a pragas garante o desenvolvimento de um novo pesticida.<ref name="CS Pest">"Strategies for Pest Control", pp. 355–383 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref>
Um argumento alternativo é que a maneira de "salvar o meio ambiente" e prevenir a [[fome]] é usando pesticidas e agricultura intensiva de alto rendimento, uma visão exemplificada por uma citação do site do Center for Global Food Issues: 'Crescer mais por acre deixa mais terra para natureza'.<ref name="DAvery">{{Citar livro|url=https://archive.org/details/savingplanetwith00aver|título=Saving the Planet with Pesticides and Plastic: The Environmental Triumph of High-Yield Farming|ultimo=Avery, D.T.|editora=Hudson Institute|ano=2000|localização=Indianapolis|isbn=9781558130692}}</ref><ref>{{Citar web|url=http://www.cgfi.org|titulo=Center for Global Food Issues|acessodata=14 de julho de 2016|publicado=Center for Global Food Issues|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160221143850/http://www.cgfi.org/|arquivodata=21 de fevereiro de 2016|urlmorta=dead}}</ref> No entanto, os críticos argumentam que um [[Trade-off|''trade-off'']] entre o meio ambiente e a necessidade de alimentos não é inevitável<ref name="WH">Lappe, F. M.; Collins, J.; Rosset, P. (1998). [http://oregonstate.edu/instruct/bi430-fs430/Documents-2004/10B-DEVEL%20WORLD/World%20Hunger--Twelve%20Myths.pdf "Myth 4: Food vs. Our Environment"] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20210304102909/http://oregonstate.edu/instruct/bi430-fs430/Documents-2004/10B-DEVEL%20WORLD/World%20Hunger--Twelve%20Myths.pdf|date=4 de março de 2021}}, pp. 42–57 in ''World Hunger, Twelve Myths'', Grove Press, New York. {{ISBN|9780802135919}}</ref> e que os pesticidas simplesmente substituem as boas práticas agronômicas, como a rotação de culturas.<ref name="CS Pest">"Strategies for Pest Control", pp. 355–383 in [[Agricultura#Chrispeels|Chrispeels]]</ref>
=== Contribuições para as mudanças climáticas ===
A agricultura, e em particular a [[pecuária]], é responsável pelas emissões de gases de efeito estufa, como CO<sub>2</sub> e metano, e pela futura infertilidade da terra e pelo deslocamento da vida selvagem. A agricultura contribui para a [[mudança climática]] por meio de emissões antrópicas de gases de efeito estufa e pela conversão de terras não agrícolas, como florestas, para uso agrícola.<ref>Section 4.2: Agriculture's current contribution to greenhouse gas emissions, in: {{Citar livro|url=http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/reports/hlpe-food-security-and-climate-change-report-elaboration-process/en/|título=Food security and climate change. A report by the High Level Panel of Experts (HLPE) on Food Security and Nutrition of the Committee on World Food Security|ultimo=HLPE|data=junho de 2012|editora=Food and Agriculture Organization of the United Nations|localização=Rome, Italy|páginas=67–69|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141212075812/http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/reports/hlpe-food-security-and-climate-change-report-elaboration-process/en/|arquivodata=12 de dezembro de 2014}}</ref> A agricultura, a [[silvicultura]] e as mudanças no uso da terra contribuíram com cerca de 20 a 25% para as emissões globais anuais em 2010. Uma série de políticas pode reduzir o risco de impactos negativos das mudanças climáticas na agricultura,<ref>Porter, J. R., ''et al.''., Section 7.5: Adaptation and Managing Risks in Agriculture and Other Food System Activities, in [http://ipcc-wg2.gov/AR5/images/uploads/WGIIAR5-Chap7_FINAL.pdf Chapter 7: Food security and food production systems] (archived [https://web.archive.org/web/20141105164634/https://ipcc-wg2.gov/AR5/images/uploads/WGIIAR5-Chap7_FINAL.pdf 5 de novembro de 2014]), in {{Citar livro|url=http://www.ipcc.ch/report/ar5/wg2/|título=Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Part A: Global and Sectoral Aspects. Contribution of Working Group II (WG2) to the Fifth Assessment Report (AR5) of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC)|ultimo=IPCC AR5 WG2 A|editora=Cambridge University Press|ano=2014|editor-sobrenome=Field, C.B.|páginas=513–520}}</ref><ref>Oppenheimer, M., ''et al.''., Section 19.7. Assessment of Response Strategies to Manage Risks, in: [http://ipcc-wg2.gov/AR5/images/uploads/WGIIAR5-Chap19_FINAL.pdf Chapter 19: Emergent risks and key vulnerabilities] (archived [https://web.archive.org/web/20141105164634/https://ipcc-wg2.gov/AR5/images/uploads/WGIIAR5-Chap19_FINAL.pdf 5 de novembro de 2014]), in {{Citar livro|url=http://www.ipcc.ch/report/ar5/wg2/|título=Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability. Part A: Global and Sectoral Aspects. Contribution of Working Group II (WG2) to the Fifth Assessment Report (AR5) of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC)|ultimo=IPCC AR5WG2 A|editora=Cambridge University Press|ano=2014|editor-sobrenome=Field, C.B.}}</ref> e as emissões de gases de efeito estufa do setor agrícola.<ref>Summary and Recommendations, in: {{Citar livro|url=http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/reports/hlpe-food-security-and-climate-change-report-elaboration-process/en/|título=Food security and climate change. A report by the High Level Panel of Experts (HLPE) on Food Security and Nutrition of the Committee on World Food Security|ultimo=HLPE|data=junho de 2012|editora=Food and Agriculture Organization of the United Nations|localização=Rome, Italy|páginas=12–23|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141212075812/http://www.fao.org/cfs/cfs-hlpe/reports/hlpe-food-security-and-climate-change-report-elaboration-process/en/|arquivodata=12 de dezembro de 2014}}</ref><ref>Current climate change policies are described in {{Citar livro|url=http://unfccc.int/national_reports/annex_i_natcom/submitted_natcom/items/7742.php|título=6th national communications (NC6) from Parties included in Annex I to the Convention including those that are also Parties to the Kyoto Protocol|ultimo=Annex I NC|data=24 de outubro de 2014|editora=United Nations Framework Convention on Climate Change|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140802030817/http://unfccc.int/national_reports/annex_i_natcom/submitted_natcom/items/7742.php|arquivodata=2 de agosto de 2014}} and {{Citation|last=Non-Annex I NC|title=Non-Annex I national communications|url=http://unfccc.int/national_reports/non-annex_i_natcom/items/2979.php|publisher=United Nations Framework Convention on Climate Change|date=11 de dezembro de 2014|archiveurl=https://web.archive.org/web/20140913171139/http://unfccc.int/national_reports/non-annex_i_natcom/items/2979.php|archivedate=13 de setembro de 2014}}</ref><ref>Smith, P., ''et al.''., Executive summary, in: [http://report.mitigation2014.org/report/ipcc_wg3_ar5_chapter5.pdf Chapter 5: Drivers, Trends and Mitigation] (archived [https://web.archive.org/web/20141230092610/http://report.mitigation2014.org/report/ipcc_wg3_ar5_chapter5.pdf 30 de dezembro de 2014)], in: {{Citar livro|url=http://www.ipcc.ch/report/ar5/wg3/|título=Climate Change 2014: Mitigation of Climate Change. Contribution of Working Group III (WG3) to the Fifth Assessment Report (AR5) of the Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC)|ultimo=IPCC AR5 WG3|editora=Cambridge University Press|ano=2014|editor-sobrenome=Edenhofer, O.|páginas=816–817|arquivourl=https://web.archive.org/web/20141127222605/http://www.ipcc.ch/report/ar5/wg3/|arquivodata=27 de novembro de 2014}}</ref>
=== Sustentabilidade ===
{{AP|Agricultura sustentável}}
[[Ficheiro:TerracesBuffers.JPG|miniaturadaimagem|upright|esquerda|[[Terraceamento|Terraços]], [[lavoura]] de conservação e tampões de conservação reduzem a [[erosão do solo]] e a [[poluição da água]] nesta fazenda em [[Iowa]], [[Estados Unidos]].]]
Os métodos agrícolas atuais resultaram em recursos hídricos sobrecarregados, altos níveis de erosão e redução da fertilidade do solo. Não há água suficiente para continuar a agricultura usando as práticas atuais; portanto, com recursos críticos de água, o uso de terra e [[Ecossistema|ecossistemas]] para aumentar a produtividade das culturas deve ser algo a ser reconsiderado. Uma solução seria dar valor aos ecossistemas, reconhecendo as compensações ambientais e de subsistência e equilibrando os direitos de uma variedade de usuários e interesses.<ref>{{Citar web|url=http://www.iwmi.cgiar.org/topics/ecosystems/|titulo=Ecosystems for water and food security|acessodata=24 de maio de 2013|publicado=IWMI/UNEP|ano=2011|editor-sobrenome=Boelee, E.|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130523025920/http://www.iwmi.cgiar.org/Topics/Ecosystems/|arquivodata=23 de maio de 2013|urlmorta=live}}</ref> As iniquidades resultantes da adoção de tais medidas precisariam ser abordadas, como a realocação de água de pobres para ricos, a limpeza de terras para dar lugar a terras agrícolas mais produtivas ou a preservação de um sistema de zonas úmidas que limita os direitos de pesca.<ref>{{Citar web|ultimo=Molden, D.|url=http://www.iwmi.cgiar.org/news_room/pdf/The-scientist_com-Opinion_The%20Water_Deficit.pdf|titulo=Opinion: The Water Deficit|acessodata=23 de agosto de 2011|publicado=The Scientist|arquivourl=https://web.archive.org/web/20120113125654/http://www.iwmi.cgiar.org/news_room/pdf/The-scientist_com-Opinion_The%20Water_Deficit.pdf|arquivodata=13 de janeiro de 2012|urlmorta=live}}</ref>
Os avanços tecnológicos ajudam a fornecer aos agricultores ferramentas e recursos para tornar a agricultura mais sustentável.<ref>{{Citar web|ultimo=Safefood Consulting, Inc.|url=http://croplife.intraspin.com/pesticides/paper.asp?id=461|titulo=Benefits of Crop Protection Technologies on Canadian Food Production, Nutrition, Economy and the Environment|acessodata=24 de maio de 2013|publicado=CropLife International|ano=2005|arquivourl=https://archive.today/20130706005846/http://croplife.intraspin.com/pesticides/paper.asp?id=461|arquivodata=6 de julho de 2013|urlmorta=dead}}</ref> A tecnologia permite inovações como a [[Lavoura|lavoura de conservação]], um processo agrícola que ajuda a prevenir a perda de terra por erosão, reduz a poluição da água e aumenta o sequestro de carbono.<ref>{{Citar periódico |titulo=A critical assessment of organic farming-and-food assertions with particular respect to the UK and the potential environmental benefits of no-till agriculture |número=9 |ultimo=Trewavas, Anthony |ano=2004 |paginas=757–781 |doi=10.1016/j.cropro.2004.01.009 |volume=23 |journal=Crop Protection}}</ref> Outras práticas potenciais incluem agricultura de conservação, [[agrossilvicultura]], pastoreio melhorado, conversão evitada de pastagens e [[Biochar|biocarvão]].<ref>{{Citar periódico |titulo=Natural climate solutions |data=2017 |número=44 |ultimo=Griscom |primeiro=Bronson W. |ultimo2=Adams |primeiro2=Justin |paginas=11645–11650 |bibcode=2017PNAS..11411645G |doi=10.1073/pnas.1710465114 |issn=0027-8424 |pmc=5676916 |pmid=29078344 |ultimo3=Ellis |primeiro3=Peter W. |ultimo4=Houghton |primeiro4=Richard A. |ultimo5=Lomax |primeiro5=Guy |ultimo6=Miteva |primeiro6=Daniela A. |ultimo7=Schlesinger |primeiro7=William H. |ultimo8=Shoch |primeiro8=David |ultimo9=Siikamäki |primeiro9=Juha V. |volume=114 |doi-access=free |journal=Proceedings of the National Academy of Sciences}}</ref><ref>{{Citar livro|título=Negative Emissions Technologies and Reliable Sequestration: A Research Agenda|ultimo=National Academies Of Sciences|primeiro=Engineering|editora=National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine|ano=2019|páginas=117, 125, 135|doi=10.17226/25259|isbn=978-0-309-48452-7|pmid=31120708}}</ref> As práticas atuais de monoculturas nos Estados Unidos impedem a adoção generalizada de práticas sustentáveis, como rotações de 2-3 culturas que incorporam grama ou feno com culturas anuais, a menos que metas de emissões negativas, como o [[sequestro de carbono]] do solo, se tornem políticas públicas.<ref>{{Citar livro|url=https://www.nap.edu/catalog/25259/negative-emissions-technologies-and-reliable-sequestration-a-research-agenda|título=Negative Emissions Technologies and Reliable Sequestration: A Research Agenda|ultimo=National Academies Of Sciences|primeiro=Engineering|editora=National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine|ano=2019|doi=10.17226/25259|isbn=978-0-309-48452-7|pmid=31120708}}</ref>
O [[International Food Policy Research Institute]] afirma que as tecnologias agrícolas terão o maior impacto na produção de alimentos se adotadas em conjunto; usando um modelo que avaliou como onze tecnologias poderiam impactar a produtividade agrícola, a segurança alimentar e o comércio até 2050, o instituto descobriu que o número de pessoas em risco de fome poderia ser reduzido em até 40% e os preços dos alimentos poderiam ser reduzidos quase pela metade.<ref name="ifpri">{{Citar web|ultimo=International Food Policy Research Institute|url=http://www.ifpri.org/publication/food-security-world-natural-resource-scarcity|titulo=Food Security in a World of Growing Natural Resource Scarcity|acessodata=1 de julho de 2013|publicado=CropLife International|ano=2014|arquivourl=https://web.archive.org/web/20140305043943/http://www.ifpri.org/publication/food-security-world-natural-resource-scarcity|arquivodata=5 de março de 2014|urlmorta=live}}</ref> A demanda de alimentos da população projetada da Terra, com as atuais previsões de mudanças climáticas, poderia ser satisfeita com a melhoria dos métodos agrícolas, expansão das áreas agrícolas e uma mentalidade de consumo orientada para a [[sustentabilidade]].<ref>{{Citar livro|url=https://www.journals.elsevier.com/ecological-modelling|título=Ecological Modelling|arquivourl=https://web.archive.org/web/20180123072613/https://www.journals.elsevier.com/ecological-modelling|arquivodata=23 de janeiro de 2018}}</ref>
=== Dependência energética ===
[[Ficheiro:Baumwoll-Erntemaschine_auf_Feld.jpeg|miniaturadaimagem|[[Mecanização agrícola|Agricultura mecanizada]]: desde os primeiros modelos na década de 1940, ferramentas como a [[colheitadeira]] de [[algodão]] podiam substituir 50 trabalhadores agrícolas, ao preço do aumento do uso de [[combustível fóssil]].]]
Desde a década de 1940, a produtividade agrícola aumentou dramaticamente, em grande parte devido ao aumento do uso de [[mecanização agrícola|mecanização]] intensiva em energia, [[fertilizante]]s e [[pesticida]]s. A grande maioria dessa entrada de energia vem de fontes de [[Combustível fóssil|combustíveis fósseis]].<ref>{{Citar jornal|url=https://www.independent.co.uk/news/science/world-oil-supplies-are-set-to-run-out-faster-than-expected-warn-scientists-453068.html|titulo=World oil supplies are set to run out faster than expected, warn scientists|data=14 de junho de 2007|acessodata=14 de julho de 2016|website=[[The Independent]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20101021233714/http://www.independent.co.uk/news/science/world-oil-supplies-are-set-to-run-out-faster-than-expected-warn-scientists-453068.html|arquivodata=21 de outubro de 2010}}</ref> Entre as décadas de 1960 e 1980, a [[Revolução Verde]] transformou a agricultura em todo o mundo, com a produção mundial de grãos aumentando significativamente (entre 70% e 390% para [[trigo]] e 60% a 150% para [[arroz]], dependendo da área geográfica) <ref>{{Citar web|ultimo=Herdt, Robert W.|url=http://www.rockefellerfoundation.org/uploads/files/06132caf-3d72-49e4-817d-ae89e0249d18.pdf|titulo=The Future of the Green Revolution: Implications for International Grain Markets|data=30 de maio de 1997|acessodata=16 de abril de 2013|publicado=The Rockefeller Foundation|pagina=2|arquivourl=https://web.archive.org/web/20121019153636/http://www.rockefellerfoundation.org/uploads/files/06132caf-3d72-49e4-817d-ae89e0249d18.pdf|arquivodata=19 de outubro de 2012|urlmorta=live}}</ref> conforme a [[população mundial]] dobrava de tamanho. A forte dependência de produtos [[petroquímico]]s levantou preocupações de que a [[escassez]] de [[petróleo]] poderia aumentar os custos e reduzir a produção agrícola.<ref name="ncseonline.org">{{Citar web|ultimo=Schnepf, Randy|url=http://www.nationalaglawcenter.org/wp-content/uploads/assets/crs/RL32677.pdf|titulo=Energy use in Agriculture: Background and Issues|data=19 de novembro de 2004|acessodata=26 de setembro de 2013|website=CRS Report for Congress|publicado=[[Congressional Research Service]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130927190908/http://www.nationalaglawcenter.org/wp-content/uploads/assets/crs/RL32677.pdf|arquivodata=27 de setembro de 2013|urlmorta=live}}</ref>
A [[agricultura industrial]] depende dos combustíveis fósseis de duas maneiras fundamentais: consumo direto na fazenda e fabricação de insumos utilizados na fazenda. O consumo direto inclui o uso de lubrificantes e combustíveis para operar veículos e máquinas agrícolas.<ref name="ncseonline.org">{{Citar web|ultimo=Schnepf, Randy|url=http://www.nationalaglawcenter.org/wp-content/uploads/assets/crs/RL32677.pdf|titulo=Energy use in Agriculture: Background and Issues|data=19 de novembro de 2004|acessodata=26 de setembro de 2013|website=CRS Report for Congress|publicado=[[Congressional Research Service]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130927190908/http://www.nationalaglawcenter.org/wp-content/uploads/assets/crs/RL32677.pdf|arquivodata=27 de setembro de 2013|urlmorta=live}}</ref> O consumo indireto inclui a fabricação de fertilizantes, pesticidas e máquinas agrícolas.<ref name="ncseonline.org">{{Citar web|ultimo=Schnepf, Randy|url=http://www.nationalaglawcenter.org/wp-content/uploads/assets/crs/RL32677.pdf|titulo=Energy use in Agriculture: Background and Issues|data=19 de novembro de 2004|acessodata=26 de setembro de 2013|website=CRS Report for Congress|publicado=[[Congressional Research Service]]|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130927190908/http://www.nationalaglawcenter.org/wp-content/uploads/assets/crs/RL32677.pdf|arquivodata=27 de setembro de 2013|urlmorta=live}}</ref> Em particular, a produção de [[Fertilizante|fertilizantes nitrogenados]] pode representar mais da metade do uso de energia agrícola.<ref>{{Citar periódico |titulo=Energy and the food system |data=agosto de 2010 |número=1554 |ultimo=Woods, Jeremy |ultimo2=Williams, Adrian |paginas=2991–3006 |doi=10.1098/rstb.2010.0172 |pmc=2935130 |pmid=20713398 |ultimo3=Hughes, John K. |ultimo4=Black, Mairi |ultimo5=Murphy, Richard |volume=365 |doi-access=free |journal=Philosophical Transactions of the Royal Society}}</ref>
Juntos, o consumo direto e indireto das fazendas estadunidenses responde por cerca de 2% do uso de energia do país. O consumo de energia direta e indireta pelas fazendas dos Estados Unidos atingiu o pico em 1979 e, desde então, diminuiu gradualmente.<ref name="ncseonline.org" /> Os sistemas alimentares abrangem não apenas a agricultura, mas também o processamento, embalagem, transporte, comercialização, consumo e descarte fora da fazenda de alimentos e itens relacionados a alimentos. A agricultura é responsável por menos de um quinto do uso de energia do sistema alimentar nos Estados Unidos.<ref name="ers.usda.gov">{{Citar web|ultimo=Canning, Patrick|ultimo2=Charles, Ainsley|url=http://www.ers.usda.gov/Publications/ERR94/|titulo=Energy Use in the U.S. Food System|website=USDA Economic Research Service Report No. ERR-94|publicado=United States Department of Agriculture|ano=2010|arquivourl=https://web.archive.org/web/20100918182458/http://www.ers.usda.gov/publications/err94/|arquivodata=18 de setembro de 2010|urlmorta=dead|ultimo3=Huang, Sonya|ultimo4=Polenske, Karen R.|ultimo5=Waters, Arnold}}</ref><ref name="css.snre.umich.edu">{{Citar web|ultimo=Heller, Martin|ultimo2=Keoleian, Gregory|url=http://css.snre.umich.edu/css_doc/CSS00-04.pdf|titulo=Life Cycle-Based Sustainability Indicators for Assessment of the U.S. Food System|acessodata=17 de março de 2016|publicado=University of Michigan Center for Sustainable Food Systems|ano=2000|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160314094203/http://css.snre.umich.edu/css_doc/CSS00-04.pdf|arquivodata=14 de março de 2016|urlmorta=dead}}</ref>
=== Poluição plástica ===
{{AP|Poluição por plástico}}
[[Imagem:Greenhouses_near_El_Ejido.jpg|thumb|Vista aérea de [[estufa]]s com coberturas de [[plástico]] perto de [[El Ejido]], na [[Espanha]]]]
Os produtos [[plástico]]s são amplamente utilizados na agricultura, por exemplo, para aumentar o rendimento das culturas e melhorar a eficiência do uso de água e agroquímicos. Os produtos "agroplásticos" incluem películas para cobrir [[Estufa|estufas]] e túneis, cobertura morta para cobrir o solo (por exemplo, para suprimir [[Erva daninha|ervas daninhas]], conservar água, aumentar a temperatura do solo e ajudar na aplicação de fertilizantes), pano de sombra, recipientes de pesticidas, bandejas de mudas, malha de proteção e tubos de irrigação. Os polímeros mais utilizados nesses produtos são polietileno de baixa densidade (LPDE), polietileno linear de baixa densidade (LLDPE), polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC).<ref name=":0">{{Citar web|ultimo=Environment|primeiro=U. N.|url=http://www.unep.org/resources/report/drowning-plastics-marine-litter-and-plastic-waste-vital-graphics|titulo=Drowning in Plastics – Marine Litter and Plastic Waste Vital Graphics|data=2021-10-21|acessodata=2022-03-23|website=UNEP - UN Environment Programme|lingua=en}}</ref>
A quantidade total de plásticos usados na agricultura é difícil de quantificar. Um estudo de 2012 relatou que quase 6,5 milhões de toneladas por ano foram consumidas globalmente, enquanto um estudo posterior estimou que a demanda global em 2015 estava entre 7,3 milhões e 9 milhões de toneladas. O uso generalizado de coberturas de plástico e a falta de coleta e gerenciamento sistemáticos levaram à geração de grandes quantidades de resíduos. O intemperismo e a degradação eventualmente fazem com que a cobertura morta se fragmente. Esses fragmentos e pedaços maiores de plástico se acumulam no solo. O resíduo das coberturas foi medido em níveis de 50 a 260 kg por hectare no solo superficial em áreas onde a cobertura foi usada por mais de 10 anos, o que confirma que a cobertura plástica é uma das principais fontes de contaminação microplástica e macroplástica do solo.<ref name=":0">{{Citar web|ultimo=Environment|primeiro=U. N.|url=http://www.unep.org/resources/report/drowning-plastics-marine-litter-and-plastic-waste-vital-graphics|titulo=Drowning in Plastics – Marine Litter and Plastic Waste Vital Graphics|data=2021-10-21|acessodata=2022-03-23|website=UNEP - UN Environment Programme|lingua=en}}</ref>
Plásticos agrícolas, especialmente filmes plásticos, não são fáceis de reciclar devido aos altos níveis de contaminação (até 40-50% em peso de contaminação por pesticidas, fertilizantes, solo e detritos, vegetação úmida, água de caldo de silagem e estabilizadores UV) e dificuldades de coleta. Por isso, muitas vezes são enterrados ou abandonados em campos e cursos d'água ou queimados. Essas práticas de descarte levam à degradação do solo e podem resultar em contaminação de solos e vazamento de [[microplástico]]s no ambiente marinho como resultado do escoamento da precipitação e da lavagem das marés. Além disso, aditivos no filme plástico residual (como estabilizadores UV e térmicos) podem ter efeitos deletérios no crescimento das culturas, estrutura do solo, transporte de nutrientes e níveis de sal. Existe o risco de que a cobertura de plástico deteriore a qualidade do solo, esgote os estoques de matéria orgânica do solo, aumente a repelência à água do solo e emita gases de efeito estufa. Os microplásticos liberados pela fragmentação de plásticos agrícolas podem absorver e concentrar contaminantes capazes de passar pela cadeia trófica.<ref name=":0">{{Citar web|ultimo=Environment|primeiro=U. N.|url=http://www.unep.org/resources/report/drowning-plastics-marine-litter-and-plastic-waste-vital-graphics|titulo=Drowning in Plastics – Marine Litter and Plastic Waste Vital Graphics|data=2021-10-21|acessodata=2022-03-23|website=UNEP - UN Environment Programme|lingua=en}}</ref>
== Disciplinas ==
=== Economia agrícola ===
{{AP|Economia agrícola}}
[[Ficheiro:1846_-_Anti-Corn_Law_League_Meeting.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|No [[Reino Unido]] do século XIX, as [[Protecionismo|protecionistas]] [[Corn Laws|leis do milho]] levaram a preços altos e protestos generalizados, como esta reunião de 1846 da Liga Anti-Lei do Milho.<ref>{{Citar web|url=http://www.liberalhistory.org.uk/history/anti-corn-law-league/|titulo=The Anti-Corn Law League|acessodata=26 de março de 2018|website=Liberal History}}</ref>]]
A [[economia agrícola]] é a economia no que se refere à "produção, distribuição e consumo de bens e serviços agrícolas".<ref>{{Citar web|url=http://www.uidaho.edu/cals/aers/agriculturaleconomics|titulo=Agricultural Economics|acessodata=16 de abril de 2013|publicado=University of Idaho|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130401181613/http://www.uidaho.edu/cals/aers/agriculturaleconomics|arquivodata=1 de abril de 2013|urlmorta=dead}}</ref> A combinação da produção agrícola com as teorias gerais de ''[[marketing]]'' e negócios como disciplina de estudo começou no final do século XIX e cresceu significativamente ao longo do século XX.<ref>{{Citar web|ultimo=Runge, C. Ford|url=http://ageconsearch.umn.edu/bitstream/13649/1/wp06-01.pdf|titulo=Agricultural Economics: A Brief Intellectual History|data=junho de 2006|acessodata=16 de setembro de 2013|publicado=Center for International Food and Agriculture Policy|pagina=4|arquivourl=https://web.archive.org/web/20131021133005/http://ageconsearch.umn.edu/bitstream/13649/1/wp06-01.pdf|arquivodata=21 de outubro de 2013|urlmorta=live}}</ref> Embora o estudo da economia agrícola seja relativamente recente, as principais tendências na agricultura afetaram significativamente as economias nacionais e internacionais ao longo da história, desde fazendeiros arrendatários e [[Parceria rural|meeiros]] no [[sul dos Estados Unidos]] pós-[[Guerra de Secessão|Guerra Civil]]<ref>{{Citar web|ultimo=Conrad, David E.|url=http://digital.library.okstate.edu/encyclopedia/entries/t/te009.html|titulo=Tenant Farming and Sharecropping|acessodata=16 de setembro de 2013|website=Encyclopedia of Oklahoma History and Culture|publicado=Oklahoma Historical Society|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130527204119/http://digital.library.okstate.edu/encyclopedia/entries/T/TE009.html|arquivodata=27 de maio de 2013|urlmorta=dead}}</ref> até o sistema [[Feudalismo|feudal]] europeu de [[Senhoria|senhorialismo]].<ref>{{Citar livro|url={{google books|plainurl=y|id=_YjJc_c4BxsC|page=43}}|título=Medieval Castles|ultimo=Stokstad, Marilyn|editora=Greenwood Publishing Group|ano=2005|isbn=978-0-313-32525-0|acessodata=17 de março de 2016|arquivourl=https://web.archive.org/web/20161117123730/{{google books|plainurl=y|id=_YjJc_c4BxsC|page=43}}|arquivodata=17 de novembro de 2016}}</ref> Nos Estados Unidos e em outros lugares, os custos dos alimentos atribuídos ao [[Processamento de alimentos|processamento]], distribuição e [[Marketing rural|comercialização agrícola]] de alimentos, às vezes chamados de cadeia de valor, aumentaram enquanto os custos atribuídos à agricultura diminuíram, o que está relacionado à maior eficiência da agricultura, combinada com o aumento do nível de agregação de valor (por exemplo, produtos mais processados) proporcionado pela cadeia de suprimentos. A [[concentração de mercado]] também aumentou no setor e, embora o efeito total disso seja provavelmente o aumento da eficiência, as mudanças redistribuem [[Excedente econômico|o excedente econômico]] de produtores (agricultores) e consumidores, e podem ter implicações negativas para as comunidades rurais.<ref name="Sexton2000">{{Citar periódico |titulo=Industrialization and Consolidation in the US Food Sector: Implications for Competition and Welfare |número=5 |ultimo=Sexton, R. J. |ano=2000 |paginas=1087–1104 |doi=10.1111/0002-9092.00106 |volume=82 |journal=American Journal of Agricultural Economics}}</ref>
As políticas governamentais nacionais podem alterar significativamente o mercado econômico dos produtos agrícolas, na forma de tributação, [[Subsídio|subsídios]], tarifas e outras medidas.<ref name="LloydCroserAnderson2013">{{Citar web|ultimo=Lloyd, Peter J.|ultimo2=Croser, Johanna L.|url=https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/4101/WPS4864.pdf?sequence=1|titulo=How Do Agricultural Policy Restrictions to Global Trade and Welfare Differ across Commodities?|data=março de 2009|acessodata=16 de abril de 2013|website=Policy Research Working Paper #4864|publicado=The World Bank|paginas=2–3|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130605125346/https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/4101/WPS4864.pdf?sequence=1|arquivodata=5 de junho de 2013|urlmorta=live|ultimo3=Anderson, Kym}}</ref> Desde pelo menos a década de 1960, uma combinação de restrições comerciais, políticas cambiais e subsídios afetaram os agricultores tanto no mundo em desenvolvimento quanto no desenvolvido. Na década de 1980, agricultores não subsidiados em países em desenvolvimento sofreram efeitos adversos de políticas nacionais que criaram preços globais artificialmente baixos para produtos agrícolas. Entre meados dos anos 1980 e início dos anos 2000, vários acordos internacionais limitaram tarifas agrícolas, subsídios e outras restrições comerciais.<ref>{{Citar web|ultimo=Anderson, Kym|ultimo2=Valenzuela, Ernesto|url=https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/8699/wps3901.pdf?sequence=1|titulo=Do Global Trade Distortions Still Harm Developing Country Farmers?|data=abril de 2006|acessodata=16 de abril de 2013|website=World Bank Policy Research Working Paper 3901|publicado=World Bank|paginas=1–2|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130605145451/https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/8699/wps3901.pdf?sequence=1|arquivodata=5 de junho de 2013|urlmorta=live}}</ref>
No entanto, desde 2009, ainda havia uma quantidade significativa de distorção causada por políticas nos preços globais de produtos agrícolas. Os três produtos agrícolas com maior distorção comercial foram [[açúcar]], [[leite]] e [[arroz]], principalmente devido à tributação. Entre as [[Óleo vegetal|oleaginosas]], o [[gergelim]] teve a maior tributação, mas, em geral, grãos para alimentação animal e oleaginosas tiveram níveis de tributação muito mais baixos do que os produtos pecuários. Desde a década de 1980, as distorções causadas por políticas têm visto uma diminuição maior entre os produtos pecuários do que as culturas durante as reformas mundiais na política agrícola.<ref name="LloydCroserAnderson2013">{{Citar web|ultimo=Lloyd, Peter J.|ultimo2=Croser, Johanna L.|url=https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/4101/WPS4864.pdf?sequence=1|titulo=How Do Agricultural Policy Restrictions to Global Trade and Welfare Differ across Commodities?|data=março de 2009|acessodata=16 de abril de 2013|website=Policy Research Working Paper #4864|publicado=The World Bank|paginas=2–3|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130605125346/https://openknowledge.worldbank.org/bitstream/handle/10986/4101/WPS4864.pdf?sequence=1|arquivodata=5 de junho de 2013|urlmorta=live|ultimo3=Anderson, Kym}}</ref> Apesar desse progresso, certas culturas, como o algodão, ainda recebem subsídios nos países desenvolvidos deflacionando artificialmente os preços globais, o que causa dificuldades nos países em desenvolvimento com agricultores não subsidiados.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Kinnock, Glenys|url=https://www.theguardian.com/global-development/poverty-matters/2011/may/24/american-cotton-subsidies-illegal-obama-must-act|titulo=America's $24bn subsidy damages developing world cotton farmers|data=24 de maio de 2011|acessodata=16 de abril de 2013|website=The Guardian|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130906122834/http://www.theguardian.com/global-development/poverty-matters/2011/may/24/american-cotton-subsidies-illegal-obama-must-act|arquivodata=6 de setembro de 2013|urlmorta=live}}</ref> As ''[[Commodity|commodities]]'' não processadas, como [[milho]], [[soja]] e [[gado]], geralmente são classificadas para indicar qualidade, afetando o preço que o produtor recebe. As ''commodities'' são geralmente relatadas por quantidades de produção, como volume, número ou peso.<ref>{{Citar web|url=http://www.ibrc.indiana.edu/studies/AgriculturesBounty.pdf|titulo=Agriculture's Bounty|data=maio de 2013|acessodata=19 de agosto de 2013|arquivourl=https://web.archive.org/web/20130826100413/http://www.ibrc.indiana.edu/studies/AgriculturesBounty.pdf|arquivodata=26 de agosto de 2013|urlmorta=live}}</ref>
=== Ciências agrícolas ===
[[Ficheiro:Research-mapping_plant_genomes.jpg|miniaturadaimagem|Uma [[Agronomia|agrônoma]] mapeando o [[genoma]] de uma planta]]
A [[Ciências agrárias|ciência agrária]] é um amplo campo multidisciplinar da [[biologia]] que abrange as partes das ciências exatas, naturais, econômicas e [[Ciências sociais|sociais]] usadas na prática e compreensão da agricultura. Abrange tópicos como agronomia, melhoramento e genética de plantas, [[fitopatologia]], modelagem de culturas, ciência do solo, [[entomologia]], técnicas de produção e melhoramento, estudo de pragas e seu manejo e estudo de efeitos ambientais adversos, como degradação do solo, [[Gestão integrada de resíduos sólidos|gerenciamento de resíduos]] e [[biorremediação]].<ref name="Bosso 2015">{{Citar livro|título=Agricultural Science|ultimo=Bosso|primeiro=Thelma|editora=Callisto Reference|ano=2015|isbn=978-1-63239-058-5}}</ref><ref name="Boucher 2018">{{Citar livro|título=Agricultural Science and Management|ultimo=Boucher|primeiro=Jude|editora=Callisto Reference|ano=2018|isbn=978-1-63239-965-6}}</ref>
O estudo científico da agricultura começou no século XVIII, quando Johann Friedrich Mayer realizou experimentos sobre o uso de [[Gipsita|gesso]] ([[sulfato de cálcio]] hidratado) como fertilizante.<ref name="JB 1840">John Armstrong, Jesse Buel. ''A Treatise on Agriculture, The Present Condition of the Art Abroad and at Home, and the Theory and Practice of Husbandry. To which is Added, a Dissertation on the Kitchen and Garden.'' 1840. p. 45.</ref> A pesquisa tornou-se mais sistemática quando, em 1843, [[John Bennet Lawes]] e Henry Gilbert iniciaram um conjunto de experimentos de campo de agronomia de longo prazo na Estação de Pesquisa Rothamsted, na Inglaterra; alguns deles, como o Park Grass Experiment, ainda estão em execução.<ref>{{Citar web|url=https://www.rothamsted.ac.uk/long-term-experiments|titulo=The Long Term Experiments|acessodata=26 de março de 2018|publicado=Rothamsted Research}}</ref> <ref>{{Citar periódico |titulo=The Park Grass Experiment 1856–2006: its contribution to ecology |data=2006 |número=4 |ultimo=Silvertown |primeiro=Jonathan |ultimo2=Poulton |primeiro2=Paul |paginas=801–814 |doi=10.1111/j.1365-2745.2006.01145.x |ultimo3=Johnston |primeiro3=Edward |ultimo4=Edwards |primeiro4=Grant |ultimo5=Heard |primeiro5=Matthew |ultimo6=Biss |primeiro6=Pamela M. |volume=94 |doi-access=free |journal=Journal of Ecology}}</ref> Na América, o ''Hatch Act'' de 1887 forneceu financiamento para o que foi o primeiro a chamar de "ciência agrícola", impulsionado pelo interesse dos agricultores em fertilizantes.<ref>Hillison, J. (1996). [http://pubs.aged.tamu.edu/jae/pdf/vol37/37-04-08.pdf The Origins of Agriscience: Or Where Did All That Scientific Agriculture Come From?] {{Webarchive|url=https://web.archive.org/web/20081002140821/http://pubs.aged.tamu.edu/jae/pdf/vol37/37-04-08.pdf|date=2 de outubro de 2008}}. ''Journal of Agricultural Education''.</ref> Em entomologia agrícola, o [[USDA]] começou a pesquisar o controle biológico em 1881; instituiu seu primeiro grande programa em 1905, buscando na [[Europa]] e no [[Japão]] inimigos naturais da mariposa cigana e [[Euproctis chrysorrhoea|da]] mariposa, estabelecendo [[Parasitoide|parasitóides]] (como vespas solitárias) e predadores de ambas as pragas nos EUA.<ref name="Coulson J. R. 2000">Coulson, J. R.; Vail, P. V.; Dix M. E.; Nordlund, D. A.; Kauffman, W. C.; Eds. 2000. 110 years of biological control research and development in the United States Department of Agriculture: 1883–1993. U.S. Department of Agriculture, Agricultural Research Service. pages=3–11</ref><ref name="Berkeley">{{Citar web|url=https://nature.berkeley.edu/biocon/BC%20Class%20Notes/6-11%20BC%20History.pdf|titulo=History and Development of Biological Control (notes)|acessodata=10 de abril de 2017|publicado=University of California Berkeley|arquivourl=https://web.archive.org/web/20151124001647/http://nature.berkeley.edu/biocon/BC%20Class%20Notes/6-11%20BC%20History.pdf|arquivodata=24 de novembro de 2015|urlmorta=dead}}</ref><ref>{{Citar web|ultimo=Reardon|primeiro=Richard C.|url=http://www.main.nc.us/SERAMBO/BControl/gypsy.html#conclu|titulo=Biological Control of The Gypsy Moth: An Overview|acessodata=10 de abril de 2017|website=Southern Appalachian Biological Control Initiative Workshop|arquivourl=https://web.archive.org/web/20160905052259/http://www.main.nc.us/SERAMBO/BControl/gypsy.html|arquivodata=5 de setembro de 2016|urlmorta=live}}</ref>
== Política ==
{| class="wikitable floatright"
|+Subsídios diretos para produtos de origem animal e ração pelos países da [[Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico|OCDE]] em 2012, em bilhões de dólares<ref>{{Citar web|url=https://www.foeeurope.org/meat-atlas <!--no ISBN exists-->|titulo=Meat Atlas|publicado=Heinrich Boell Foundation, Friends of the Earth Europe|ano=2014}}</ref>
! produtos
! Subvenção
|-
| Carne e vitela
| 18,0
|-
| Leite
| 15,3
|-
| Porcos
| 7.3
|-
| Aves
| 6,5
|-
| Soja
| 2.3
|-
| Ovos
| 1,5
|-
| Ovelha
| 1.1
|}
A [[política agrícola]] é o conjunto de decisões e ações governamentais relativas à agricultura nacional e às importações de produtos agrícolas estrangeiros. Os governos geralmente implementam políticas agrícolas com o objetivo de alcançar um resultado específico em seus mercados domésticos. Alguns temas abrangentes incluem gerenciamento de risco e ajuste (incluindo políticas relacionadas a [[mudanças climáticas]], [[segurança alimentar]] e [[desastres naturais]]), [[estabilidade econômica]] (incluindo políticas relacionadas a impostos), recursos naturais e [[Sustentabilidade|sustentabilidade ambiental]] (especialmente [[Recursos hídricos|política de água]]), [[pesquisa e desenvolvimento]] e mercado acesso para ''commodities'' domésticas (incluindo relações com organizações globais e acordos com outros países).<ref>{{Citar periódico |url=http://coserve.com.au/PDF/VirtualMeeting/ABARE-Agric_food_policy_CONFERENCE_PAPER-2010.pdf |titulo=Agricultural and food policy choices in Australia |data=outubro de 2010 |acessodata=22 de abril de 2013 |ultimo=Hogan, Lindsay |ultimo2=Morris, Paul |pagina=13 |journal=Sustainable Agriculture and Food Policy in the 21st Century: Challenges and Solutions}}</ref> A política agrícola também pode tocar na qualidade dos alimentos, garantindo que o abastecimento de alimentos seja de qualidade consistente e conhecida, segurança alimentar, garantindo que o abastecimento de alimentos atenda às necessidades da população e [[Biologia da conservação|conservação]] . Os programas de políticas podem variar de programas financeiros, como subsídios, a incentivar os produtores a se inscreverem em programas voluntários de garantia de qualidade. <ref>{{Citar web|url=https://europa.eu/european-union/topics/agriculture_en|titulo=Agriculture: Not Just Farming|data=16 de junho de 2016|acessodata=8 de maio de 2018|publicado=European Union}}</ref>
Há muitas influências na criação de uma política agrícola, incluindo consumidores, agronegócios, [[Lobismo|lobbies]] comerciais e outros grupos. Os interesses do [[agronegócio]] têm grande influência na formulação de políticas, na forma de lobby e [[Financiamento eleitoral|contribuições de campanha]]. Grupos de ação política, incluindo aqueles interessados em questões ambientais e sindicatos, também exercem influência, assim como organizações de lobby que representam commodities agrícolas individuais.<ref>{{Citar periódico |url=http://faculty.missouri.edu/ikerdj/papers/SFT-Corporatization%20of%20Fm%20Pol%20(9-10).htm |titulo=Corporatization of Agricultural Policy |ultimo=Ikerd, John |ano=2010 |arquivourl=https://web.archive.org/web/20160807024012/http://faculty.missouri.edu/ikerdj/papers/SFT-Corporatization%20of%20Fm%20Pol%20(9-10).htm |arquivodata=7 de agosto de 2016 |journal=Small Farm Today Magazine}}</ref> A FAO lidera os esforços internacionais para derrotar a fome e fornece um fórum para a negociação de regulamentos e acordos agrícolas globais. Samuel Jutzi, diretor da divisão de produção e saúde animal da FAO, afirma que o lobby de grandes corporações interrompeu as reformas que melhorariam a saúde humana e o meio ambiente. Por exemplo, propostas em 2010 para um código de conduta voluntário para a indústria pecuária que teria fornecido incentivos para melhorar os padrões de saúde e regulamentos ambientais, como o número de animais que uma área de terra pode suportar sem danos a longo prazo, foram derrotado com sucesso devido à pressão da grande empresa de alimentos.<ref>{{Citar jornal|ultimo=Jowit, Juliette|url=https://www.theguardian.com/environment/2010/sep/22/food-firms-lobbying-samuel-jutzi|titulo=Corporate Lobbying Is Blocking Food Reforms, Senior UN Official Warns: Farming Summit Told of Delaying Tactics by Large Agribusiness and Food Producers on Decisions that Would Improve Human Health and the Environment|data=22 de setembro de 2010|acessodata=8 de maio de 2018|website=The Guardian}}</ref>


== Ver também ==
== Ver também ==
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* [[Agricultura de jardinagem]]
* [[Aeroponia]]
* [[Agricultura de precisão]]
* [[Aeronave agrícola]]
* [[Agricultura integrada]]
* [[Engenharia agrícola]]
* [[Agricultura orgânica]]
* [[Robô agrícola]]
* [[Agricultura urbana]]
* [[Agroecologia]]
* [[Agrofloresta]]s
* [[Agronegócio]]
* [[Agronomia]]
* [[Sensoriamento remoto]]
* [[Agropecuária]]
* [[Economia de subsistência]]
* [[Alimento]]
* [[Agricultura sustentável]]
* [[Artes mecânicas]]
* [[Biodiversidade]]
* [[Camponês]]
* [[Domesticação]]
* [[Ecologia]]
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* [[Hidroponia]]
* [[Horticultura]]
* [[Mudanças climáticas e agricultura]]
* [[Pecuária]]
* [[Permacultura]]
* [[Silvicultura]]
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== Bibliografia ==
== Bibliografia ==
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== Ligações externas ==
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Disambig grey.svg Nota: ""Colheita"" redireciona para este artigo. Para a pintura, veja Colheita - Ceifeiras.

Predefinição:Candidato a bom Predefinição:Agricultura-lateral Agricultura é a prática de cultivar plantas e criar gado.[1] Foi o principal desenvolvimento na ascensão da civilização humana sedentária, por meio da qual o uso de espécies domesticadas criou excedentes de alimentos que permitiram às pessoas viver nas cidades. A história da agricultura começou há milhares de anos. Depois de coletar grãos silvestres por pelo menos 105 mil anos, os primeiros agricultores começaram a plantá-los há cerca de 11,5 mil anos. Animais como porcos, ovelhas e bois foram domesticados há mais de 10 mil anos. As plantas foram cultivadas independentemente em pelo menos onze regiões do mundo. Desde o século XX, no entanto, a agricultura industrial baseada na monocultura em grande escala passou a dominar a produção agrícola, embora cerca de 2 bilhões de pessoas ainda dependiam da agricultura de subsistência.

Os principais produtos agrícolas podem ser agrupados em alimentos, fibras, combustíveis e matérias-primas (como a borracha). As classes de alimentos incluem cereais (grãos), vegetais, frutas, óleos, carnes, leite, ovos e fungos. Mais de um terço dos trabalhadores do mundo estão empregados na agricultura, perdendo apenas para o setor de serviços, embora nas últimas décadas a tendência global de diminuição do número de trabalhadores agrícolas continue, especialmente nos países em desenvolvimento onde a pequena propriedade está sendo superada pela agricultura industrial e pela mecanização, o que traz um enorme aumento no rendimento das culturas agrícolas.

A agronomia moderna, o melhoramento de plantas, os agroquímicos, como pesticidas e fertilizantes, e os desenvolvimentos tecnológicos aumentaram drasticamente o rendimento das culturas, mas causaram vastos danos ecológicos e ambientais. A criação seletiva e as práticas modernas na pecuária também aumentaram a produção de carne, mas levantaram preocupações sobre o bem-estar animal e os danos ambientais, como contribuições para o aquecimento global, esgotamento de aquíferos, desmatamento, resistência a antibióticos e outros tipos de poluição agrícola. A agricultura é a causa e é sensível à degradação ambiental, como perda de biodiversidade, desertificação, degradação do solo e aquecimento global, que podem causar diminuições no rendimento das culturas. Organismos geneticamente modificados são amplamente utilizados, embora alguns sejam proibidos em alguns países.

Etimologia e alcance

A palavra agricultura é uma adaptação do latim agricultūra, de ager 'campo' e cultūra 'cultivo' ou 'crescimento'.[2] Embora agricultura geralmente se refere às atividades humanas, certas espécies de formigas,[3][4] cupins e besouros cultivam culturas há até 60 milhões de anos.[5] A agricultura é definida com escopos variados, em seu sentido mais amplo, usando os recursos naturais para "produzir mercadorias que mantêm a vida, incluindo alimentos, fibras, produtos florestais, hortaliças e seus serviços relacionados".[6] Assim definida, inclui a agricultura arvense, a horticultura, a pecuária e a silvicultura, mas a horticultura e a silvicultura são, na prática, muitas vezes excluídas.[6] Também pode ser amplamente decomposto em agricultura de plantas, que diz respeito ao cultivo de plantas úteis,[7] e agricultura animal, a produção de animais agrícolas.[8]

História

Ver artigo principal: História da agricultura

Origens

Ver artigo principal: Revolução Neolítica
Centros de origem, numerados por Nikolai Vavilov na década de 1930. A área 3 (cinza) não é mais reconhecida como centro de origem, e a Nova Guiné (área P, laranja) foi identificada mais recentemente.[9][10]

O desenvolvimento da agricultura permitiu que a população humana crescesse muitas vezes mais do que poderia ser sustentado pela caça e coleta.[11] A agricultura começou de forma independente em diferentes partes do mundo[12] e incluiu uma gama diversificada de táxons, em pelo menos onze centros de origem independentes.[9] Grãos selvagens foram coletados e comidos há pelo menos 105 mil anos.[13] No Levante paleolítico, há 23 mil anos, o cultivo de cereais de farro, cevada e aveia foi observado perto do mar da Galileia.[14][15] O arroz foi domesticado na China entre 11.500 e 6.200 a.C. com o cultivo mais antigo conhecido de 5.700 a.C., [16] seguido por feijão mungo, soja e azuki. As ovelhas foram domesticadas na Mesopotâmia entre 13 mil e 11 mil anos atrás.[17] O gado foi domesticado a partir dos auroques selvagens nas áreas da moderna Turquia e Paquistão há cerca de 10,5 mil anos.[18] A domesticação de suínos surgiu na Eurásia, incluindo Europa, Leste Asiático e Sudoeste Asiático,[19] onde o javali foi domesticado pela primeira vez há cerca de 10,5 mil anos.[20] Nos Andes da América do Sul, a batata foi domesticada entre 10 mil e 7 mil anos atrás, junto com feijão, coca, lhamas, alpacas e porquinhos-da-índia. A cana-de-açúcar e alguns tubérculos foram domesticados na Nova Guiné há cerca de 9 mil anos. O sorgo foi domesticado na região do Sahel, na África, há 7 mil anos. O algodão foi domesticado no Peru há 5,6 mol anos[21] e também foi domesticado independentemente na Eurásia. Na Mesoamérica, o teosinto selvagem foi criado em milho há 6 mil anos.[22] Estudiosos ofereceram várias hipóteses para explicar as origens históricas da agricultura. Estudos sobre a transição de sociedades caçadoras-coletoras para sociedades agrícolas indicam um período inicial de intensificação e aumento do sedentarismo; exemplos são a cultura natufiana no Levante e o neolítico chinês primitivo na China. Então, plantas silvestres antes colhidas começaram a ser plantadas e, aos poucos, foram domesticadas.[23][24][25]

Civilizações

Modelo em barro e madeira de um carro de bois transportando produtos agrícolas em grandes vasos, Mohenjo-daro. O local foi abandonado no século XIX a.C.

Na Eurásia, os sumérios começaram a viver em aldeias por volta de 8000 a.C., contando com os rios Tigre e Eufrates e um sistema de canais para irrigação. Os arados aparecem em pictogramas por volta de 3000 a.C.; arados de sementes por volta de 2300 a.C.. Os agricultores cultivavam trigo, cevada, vegetais como lentilhas e cebolas e frutas, incluindo tâmaras, uvas e figos.[26] A agricultura egípcia antiga dependia do rio Nilo e de suas inundações sazonais. A agricultura começou no período pré-dinástico no final do Paleolítico, após 10.000 a.C. As culturas alimentares básicas eram grãos, como trigo e cevada, ao lado de culturas de manufaturas, como linho e papiro.[27][28] Na Índia, trigo, cevada e jujuba foram domesticados por volta de 9000 a.C., logo seguidos por ovelhas e cabras.[29] Gado, ovelhas e cabras foram domesticados na cultura mergar por 8000-6000 a.C.[30][31][32] O algodão foi cultivado pelo V-IV milênio a.C.[33] Evidências arqueológicas indicam um arado puxado por animais de 2500 a.C. na Civilização do Vale do Indo.[34]

Na China, a partir do século V a.C. havia um sistema de celeiros em todo o país e uma agricultura de seda generalizada.[35] Moinhos de grãos movidos a água estavam em uso no século I a.C.,[36] seguidos pela irrigação.[37] No final do século II, arados pesados foram desenvolvidos com arados de ferro e aivecas.[38][39] Estes se espalharam para o oeste através da Eurásia.[40] O arroz asiático foi domesticado entre 8,2 mil e 13,5 mil anos atrás – dependendo da estimativa do relógio molecular que é usado[41] – no Rio das Pérolas no sul da China com uma única origem genética do arroz selvagem Oryza rufipogon.[42] Na Grécia e em Roma, os principais cereais eram trigo, esmeril e cevada, juntamente com vegetais, incluindo ervilhas, feijões e azeitonas. Ovinos e caprinos eram criados principalmente para produtos lácteos.[43][44]

Cenas agrícolas de debulha, comércio e colheita de grãos com foices, escavação, corte de árvores e aração do antigo Egito. Tumba de Nakht, século XV a.C.

Nas Américas, as culturas domesticadas na Mesoamérica (além do teosinto) incluem abóbora, feijão e cacau.[45] O cacau estava sendo domesticado pela cultura mayo-chinchipe do alto Amazonas por volta de 3000 a.C.[46] O peru provavelmente foi domesticado no atual México ou no sudoeste dos Estados Unidos.[47] Os astecas desenvolveram sistemas de irrigação, formaram encostas em terraços, fertilizaram seu solo e desenvolveram chinampas ou ilhas artificiais. Os maias usaram extensos canais e sistemas de campo elevados para cultivar pântanos de 400 a.C.[48][49][50][51][52] A coca foi domesticada nos Andes, assim como o amendoim, o tomate, o tabaco e o abacaxi.[45] O algodão foi domesticado no Peru por volta de 3.600 a.C.[53] Animais como lhamas, alpacas e porquinhos-da-índia também foram domesticados lá.[54] Na América do Norte, os povos indígenas orientais domesticaram culturas como girassol, tabaco,[55] abóbora e Chenopodium.[56][57] Alimentos selvagens, incluindo arroz selvagem e açúcar de bordo, eram colhidos.[58] O morango domesticado é um híbrido de uma espécie chilena e norte-americana, desenvolvida por cruzamentos na Europa e na América do Norte.[59] Os povos indígenas do Sudoeste e do Noroeste do Pacífico praticavam a jardinagem florestal e a agricultura com varas de fogo . Os nativos controlavam o fogo em escala regional para criar uma ecologia de fogo de baixa intensidade que sustentava uma agricultura de baixa densidade em rotação solta; uma espécie de permacultura "selvagem".[60][61][62][63] Um sistema de plantio companheiro chamado Três Irmãs foi desenvolvido na América do Norte. As três culturas eram abobrinha, milho e feijão.[64][65]

Os indígenas australianos, há muito tempo considerados como caçadores-coletores nômades, praticavam queimadas sistemáticas possivelmente para aumentar a produtividade natural na agricultura com varas de fogo.[66] Estudiosos apontaram que os caçadores-coletores precisam de um ambiente produtivo para apoiar a coleta sem cultivo. Como as florestas da Nova Guiné têm poucas plantas alimentícias, os primeiros humanos podem ter usado "queimadas seletivas" para aumentar a produtividade das árvores frutíferas selvagens de karuka para sustentar o modo de vida caçador-coletor.[67]

Os gunditjmara e outros grupos desenvolveram sistemas de criação de enguias e captura de peixes há cerca de 5 mil anos.[68] Há evidências de 'intensificação' em todo o continente durante esse período.[69] Em duas regiões da Austrália, a costa centro-oeste e centro-leste, os primeiros agricultores cultivavam inhame, milheto nativo e cebolas do mato, possivelmente em assentamentos permanentes.[25][70]

Revolução

Calendário agrícola, c. 1470, de um manuscrito de Pietro de Crescenzi

Na Idade Média, em comparação com o período romano, a agricultura na Europa Ocidental tornou-se mais voltada para a autossuficiência. A população agrícola sob o sistema do feudalismo era tipicamente organizada em senhorias que consistiam em várias centenas de acres de terra presidida por um senhor feudal com uma igreja católica romana e um padre.[71]

Graças ao intercâmbio com o Al-Andalus, onde a revolução agrícola árabe estava em curso, a agricultura europeia se transformou com técnicas aprimoradas e a difusão de plantas agrícolas, como a introdução de açúcar, arroz, algodão e árvores frutíferas (como a laranja).[72]

Depois de 1492, a troca colombiana trouxe para a Europa culturas do Novo Mundo, como milho, batata, tomate, batata-doce e mandioca, e culturas do Velho Mundo, como trigo, cevada, arroz e nabos, além do gado (incluindo cavalos, gado, ovelhas e cabras) para as Américas.[73]

A irrigação, a rotação de culturas e os fertilizantes avançaram a partir do século XVII com a Revolução Agrícola Britânica, permitindo que a população global aumentasse significativamente. Desde 1900, a agricultura nas nações desenvolvidas e, em menor grau, no mundo em desenvolvimento, tem passado por grandes aumentos na produtividade à medida que a mecanização substitui o trabalho humano e auxiliada por fertilizantes sintéticos, pesticidas e reprodução seletiva. O método Haber-Bosch permitiu a síntese de fertilizante de nitrato de amônio em escala industrial, aumentando consideravelmente o rendimento das colheitas e sustentando um aumento adicional da população global.[74][75] A agricultura moderna levantou ou encontrou questões ecológicas, políticas e econômicas, incluindo poluição da água, biocombustíveis, organismos geneticamente modificados, tarifas e subsídios agrícolas, levando a abordagens alternativas.[76][77] Na década de 1930, houve o Dust Bowl nos Estados Unidos com consequências trágicas para a economia local.[78]

Tipos

Colheita de trigo com ceifeira-debulhadora acompanhada de trator e reboque

A pastorícia envolve o manejo de animais domesticados. No caso do pastoreio nômade, os rebanhos de gado são movidos de um lugar para outro em busca de pastagem, forragem e água. Este tipo de agricultura é praticado principalmente em regiões áridas e semi-áridas do Saara, Ásia Central e algumas partes da Índia.[79]

No cultivo itinerante, uma pequena área de floresta é desmatada cortando e queimando as árvores ali existentes. A terra desmatada é usada para o cultivo por alguns anos até que o solo se torne muito infértil e a área seja abandonada. Outro pedaço de terra então é selecionado e o processo é repetido. Este tipo de agricultura é praticado principalmente em áreas com chuvas abundantes onde a floresta se regenera rapidamente. Essa prática é usada no nordeste da Índia, no sudeste da Ásia e na Bacia Amazônica.[80]

Homem espalhando estrume à mão na Zâmbia

A agricultura de subsistência é praticada apenas para satisfazer as necessidades familiares ou locais, com pouca sobra para ser transportada para outros lugares. É intensamente praticada nas áreas de monções da Ásia e no Sudeste Asiático.[81] Estima-se que 2,5 bilhões de agricultores de subsistência trabalharam em 2018 em todo o mundo, cultivando cerca de 60% das terras aráveis do planeta.[82]

A agricultura intensiva é o cultivo para maximizar a produtividade, com baixo índice de pousio e alto uso de insumos, como água, fertilizantes, pesticidas e automação. É praticado principalmente em países desenvolvidos.[83][84]

Agricultura contemporânea

Estatuto

A China tem a maior produção agrícola do mundo[85]

A partir do século XX, a agricultura intensiva aumentou a produtividade das lavouras. Substituiu a mão de obra por fertilizantes sintéticos e pesticidas, mas causou aumento da poluição da água e muitas vezes envolveu subsídios agrícolas. Nos últimos anos, houve uma reação contra os efeitos ambientais da agricultura convencional, resultando nos movimentos de agricultura orgânica, regenerativa e sustentável.[76][86] Uma das principais forças por trás desse movimento foi a União Europeia, que primeiro certificou alimentos orgânicos em 1991 e iniciou a reforma de sua Política Agrícola Comum (PAC) em 2005 para eliminar gradualmente os subsídios agrícolas vinculados a commodities,[87] também conhecido como dissociação. O crescimento da agricultura orgânica renovou a pesquisa em tecnologias alternativas, como manejo integrado de pragas, criação seletiva[88] e agricultura em ambiente controlado.[89][90] Recentes desenvolvimentos tecnológicos dominantes incluem alimentos geneticamente modificados.[91] A demanda por cultivos de biocombustíveis não alimentares,[92] o desenvolvimento de antigas terras agrícolas, o aumento dos custos de transporte, as mudanças climáticas, a crescente demanda do consumidor na China e na Índia e o crescimento populacional[93] estão ameaçando a segurança alimentar em muitas partes do mundo.[94][95][96][97][98] O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola postula que um aumento da agricultura familiar pode ser parte da solução para as preocupações com os preços dos alimentos e a segurança alimentar em geral, dada a experiência favorável do Vietnã.[99] A degradação do solo e doenças como a ferrugem do caule são as principais preocupações em todo o mundo;[100] aproximadamente 40% das terras agrícolas do mundo estão seriamente degradadas.[101][102] Em 2015, a produção agrícola da China era a maior do mundo, seguida pela União Europeia, Índia e Estados Unidos.[85] Os economistas medem a produtividade total dos fatores da agricultura e, por essa medida, a agricultura estadunidense é aproximadamente 1,7 vezes mais produtivo do que era em 1948.[103]

Trabalhadores

Na teoria dos três setores, a proporção de pessoas que trabalham na agricultura (barra verde em cada grupo) cai à medida que a economia se torna mais desenvolvida.

Seguindo a teoria dos três setores, o número de pessoas empregadas na agricultura e outras atividades primárias (como a pesca) pode ser superior a 80% nos países menos desenvolvidos e inferior a 2% nos países mais desenvolvidos.[104] Desde a Revolução Industrial, muitos países fizeram a transição para economias desenvolvidas e, como consequência, a proporção de pessoas que trabalham na agricultura tem caído constantemente. Por exemplo, durante o século XVI na Europa, entre 55 e 75% da população se dedicava à agricultura; no século XIX, esse número caiu para entre 35 e 65%.[105] Nos mesmos países hoje, o número é inferior a 10%.[104] No início do século XXI, cerca de um bilhão de pessoas, ou mais de 1/3 da força de trabalho disponível no planeta, estavam empregadas na agricultura. O setor constitui aproximadamente 70% do trabalho infantil e, em muitos países, emprega a maior porcentagem de mulheres do que qualquer outro setor da economia.[106] O setor de serviços ultrapassou o setor agrícola como o maior empregador global em 2007.[107]

Segurança

Barra de proteção contra capotamento adaptada a um trator Fordson de meados do século XX

A agricultura continua sendo uma indústria perigosa e os agricultores em todo o mundo continuam em alto risco de lesões relacionadas ao trabalho, doenças pulmonares, perda auditiva induzida por ruído, doenças de pele, bem como certos tipos de câncer relacionados ao uso de produtos químicos e exposição prolongada ao sol. Em fazendas industrializadas, as lesões frequentemente envolvem o uso de máquinas agrícolas e uma causa comum de lesões agrícolas fatais em países desenvolvidos são capotamentos de tratores.[108] Pesticidas e outros produtos químicos usados na agricultura podem ser perigosos para a saúde dos trabalhadores que podem adoecer ou ter filhos com defeitos congênitos.[109] Como uma indústria em que as famílias geralmente compartilham o trabalho e vivem na própria fazenda, famílias inteiras podem estar em risco de lesões, doenças e morte.[110] Crianças com idades entre 0 e 6 anos podem ser especialmente vulneráveis na agricultura;[111] causas comuns de lesões fatais entre jovens trabalhadores agrícolas incluem afogamento e acidentes com máquinas e veículos.[110][111][112]

A Organização Internacional do Trabalho considera a agricultura "um dos setores econômicos mais perigosos" da economia.[106] Estima-se que o número anual de mortes relacionadas ao trabalho agrícola seja de pelo menos 170 mil, o dobro da taxa média de outros empregos. Além disso, as incidências de morte, lesões e doenças relacionadas às atividades agrícolas muitas vezes não são relatadas.[113] A organização desenvolveu a Convenção de Segurança e Saúde na Agricultura de 2001, que cobre a gama de riscos na ocupação agrícola, a prevenção desses riscos e o papel que indivíduos e organizações envolvidas na agricultura devem desempenhar.[106]

Nos Estados Unidos, a agricultura foi identificada pelo Instituto Nacional de Segurança e Saúde Ocupacional como um setor industrial prioritário na Agenda Nacional de Pesquisa Ocupacional para identificar e fornecer estratégias de intervenção para questões de saúde e segurança ocupacional.[114][115] Na União Europeia, a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho emitiu diretrizes de saúde e segurança na agricultura, pecuária, horticultura e silvicultura.[116] O Conselho de Saúde e Segurança Agrícola da América (ASHCA, sigla em inglês) também realiza uma cúpula anual para discutir a segurança.[117]

Produção

A produção geral varia de acordo com o país, conforme listado abaixo:

Valor da produção agrícola por país, 2016[118]
Maiores produtores agrícolas (2016)
País Produção
(em bilhões de dólares)
Predefinição:Country data China 1 229
 Índia 358
Predefinição:EU 349
 Estados Unidos 327
 Brasil 165
Indonésia 137
 Japão 87
 Rússia 70
 Turquia 66
Fonte:[118]

Sistemas de cultivo

Queimada de cultivo itinerante, Tailândia

Os sistemas de cultivo variam entre as fazendas dependendo dos recursos e restrições disponíveis; geografia e clima da fazenda; política do governo; pressões econômicas, sociais e políticas; e a filosofia e cultura do agricultor.[119][120]

O cultivo itinerante (ou queimada) é um sistema no qual as florestas são queimadas, liberando nutrientes para apoiar o cultivo de culturas anuais e depois perenes por um período de vários anos.[121] Em seguida, a parcela é deixada em pousio para replantar a floresta e o agricultor se muda para uma nova parcela de terra, retornando depois de muitos anos (10-20 anos). Este período de pousio é encurtado se a densidade populacional aumenta, exigindo a entrada de nutrientes (fertilizante ou esterco) e algum controle manual de pragas. O cultivo anual é a próxima fase de intensidade em que não há período de pousio. Isso requer ainda mais nutrientes e insumos de controle de pragas.[121]

A industrialização posterior levou ao uso de monoculturas, quando uma cultivar é plantada em uma grande área. Devido à baixa biodiversidade, o uso de nutrientes é uniforme e as pragas tendem a se acumular, necessitando de maior uso de pesticidas e fertilizantes.[120] O cultivo múltiplo, no qual várias culturas são cultivadas sequencialmente em um ano, e o interplantação, quando várias culturas são cultivadas ao mesmo tempo, são outros tipos de sistemas de cultivo anual conhecidos como policulturas.[121]

Em ambientes subtropicais e áridos, o tempo e a extensão da agricultura podem ser limitados pelas chuvas, não permitindo múltiplas colheitas anuais em um ano ou exigindo irrigação. Em todos esses ambientes são cultivadas culturas perenes (café, chocolate) e são praticados sistemas como o agroflorestal. Em ambientes temperados, onde os ecossistemas eram predominantemente pastagens ou pradarias, a agricultura anual altamente produtiva é o sistema agrícola dominante.[121]

Categorias importantes de culturas alimentares incluem cereais, leguminosas, forragens, frutas e legumes.[122] As fibras naturais incluem algodão, , cânhamo, seda e linho.[123] Culturas específicas são cultivadas em regiões de cultivo distintas em todo o mundo. A produção está listada em milhões de toneladas métricas, com base nas estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO).[122]

Sistemas de produção pecuária

Ver artigos principais: Agropecuária, Pecuária e Gado

A pecuária é a criação e criação de animais para carne, leite, ovos ou , e para trabalho e transporte.[124] Animais de trabalho, incluindo cavalos, mulas, bois, búfalos, camelos, lhamas, alpacas, burros e cães, são usados há séculos para ajudar a cultivar campos, colheitas, disputar outros animais e transportar produtos agrícolas até seus compradores.[125]

Os sistemas de produção pecuária podem ser definidos com base na fonte de alimentação, como pastagem, misto e sem terra.[126] Em 2010, 30% da área livre de gelo e água da Terra era usada para a produção de gado, com o setor empregando aproximadamente 1,3 bilhão de pessoas. Entre as décadas de 1960 e 2000, houve um aumento significativo da produção pecuária, tanto em número quanto em peso de carcaça, principalmente entre bovinos, suínos e frangos, que tiveram a produção aumentada em quase um fator de 10. Animais não voltados para consumo de carne, como vacas leiteiras e galinhas produtoras de ovos, também apresentaram aumentos significativos na produção. Espera-se que as populações globais de bovinos, ovinos e caprinos continuem a aumentar acentuadamente até 2050.[127] A aquacultura ou piscicultura, a produção de pescado para consumo humano em operações confinadas, é um dos setores de produção de alimentos que mais cresce, crescendo em média 9% ao ano entre 1975 e 2007.[128]

Durante a segunda metade do século XX, os produtores que utilizaram a criação seletiva concentraram-se na criação de raças de gado e mestiços que aumentassem a produção, ignorando principalmente a necessidade de preservar a diversidade genética. Esta tendência levou a uma diminuição significativa na diversidade genética e recursos entre as raças de gado, levando a uma diminuição correspondente na resistência a doenças e adaptações locais anteriormente encontradas entre as raças tradicionais.[129]

Criação intensiva de galinhas para carne em um aviário

A produção pecuária baseada em pastagens depende de material vegetal, como matagal e pastagens para alimentar animais ruminantes. No entanto, insumos externos podem ser usados e o estrume é devolvido diretamente ao pasto como uma importante fonte de nutrientes. Este sistema é particularmente importante em áreas onde a produção agrícola não é viável devido ao clima ou solo, representando 30 a 40 milhões de pastores.[121] Os sistemas de produção mistos utilizam pastagens, culturas forrageiras e culturas de cereais como ração para gado ruminante e monogástrico (um estômago; principalmente galinhas e porcos). O estrume é normalmente reciclado em sistemas mistos como fertilizante para as culturas.[126]

Os sistemas sem terra dependem da alimentação de fora da fazenda, representando a desvinculação da produção agrícola e pecuária encontrada mais predominantemente nos países membros da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Os fertilizantes sintéticos são mais utilizados para a produção agrícola e o uso de estrume torna-se um desafio, bem como uma fonte de poluição.[126] Os países industrializados usam essas operações para produzir grande parte do suprimento global de aves e suínos. Os cientistas estimam que 75% do crescimento da produção pecuária entre 2003 e 2030 será em operações de alimentação de animais confinados, às vezes chamadas de criação industrial. Grande parte desse crescimento está acontecendo em países em desenvolvimento na Ásia, com quantidades muito menores de crescimento na África.[127] Algumas das práticas utilizadas na produção pecuária comercial, incluindo o uso de hormônios de crescimento, são controversas.[130]

Práticas de produção

Ver artigos principais: Lavoura, Rotação de culturas e Irrigação
Máquina agrícola lavrando um campo arável

A lavoura é a prática de quebrar o solo com ferramentas como o arado ou a grade para preparar o plantio, a incorporação de nutrientes ou o controle de pragas. O preparo do solo varia em intensidade do convencional ao plantio direto. Pode melhorar a produtividade aquecendo o solo, incorporando fertilizantes e controlando ervas daninhas, mas também torna o solo mais propenso à erosão, desencadeia a decomposição de matéria orgânica liberando CO2 e reduz a abundância e diversidade de organismos do solo.[131][132]

O controle de pragas inclui o manejo de ervas daninhas, insetos, ácaros e doenças. São utilizadas práticas químicas (pesticidas), biológicas (biocontrole), mecânicas (cultivo) e culturais. As práticas culturais incluem rotação de culturas, abate, culturas de cobertura, cultivo intercalar, compostagem, prevenção e resistência. O manejo integrado de pragas tenta usar todos esses métodos para manter as populações de pragas abaixo do número que causaria perda econômica e recomenda pesticidas como último recurso.[133]

O manejo de nutrientes inclui tanto a fonte de insumos de nutrientes para a produção agrícola e pecuária, quanto o método de uso do esterco produzido pelo gado. As entradas de nutrientes podem ser fertilizantes químicos inorgânicos, esterco, adubo verde, composto e minerais.[134] O uso de nutrientes das culturas também pode ser gerenciado usando técnicas culturais, como rotação de culturas ou período de pousio. O estrume é usado tanto para a criação de gado onde a cultura alimentar está crescendo, como por pastagens rotativas intensivas manejadas, quanto pela aplicação de formulações secas ou líquidas de estrume em terras agrícolas ou pastagens.[131][135]

A gestão da água é necessária onde a precipitação é insuficiente ou variável, o que ocorre em algum grau na maioria das regiões do mundo.[121] Alguns agricultores usam irrigação para complementar a chuva. Em outras áreas, como as Grandes Planícies nos Estados Unidos e Canadá, os agricultores usam um ano de pousio para conservar a umidade do solo para usar no cultivo de uma plantação no ano seguinte.[136] A agricultura representa 70% do uso de água doce em todo o mundo.[137]

De acordo com um relatório do International Food Policy Research Institute, as tecnologias agrícolas terão o maior impacto na produção de alimentos se adotadas em combinação umas com as outras; usando um modelo que avaliou como onze tecnologias poderiam impactar a produtividade agrícola, a segurança alimentar e o comércio até 2050, o International Food Policy Research Institute descobriu que o número de pessoas em risco de fome poderia ser reduzido em até 40% e os preços dos alimentos poderiam ser reduzidos quase pela metade.[138]

O pagamento por serviços ecossistêmicos é um método de fornecer incentivos adicionais para incentivar os agricultores a conservar alguns aspectos do meio ambiente. As medidas podem incluir o pagamento de reflorestamento a montante de uma cidade, para melhorar o abastecimento de água doce.[139]

Efeitos das mudanças climáticas nos rendimentos

Joeirando grãos: o aquecimento global provavelmente prejudicará o rendimento das colheitas em países de baixa latitude como a Etiópia.

As mudanças climáticas e a agricultura estão inter-relacionadas em escala global. O aquecimento global afeta a agricultura por meio de mudanças nas temperaturas médias, chuvas e extremos climáticos (como tempestades e ondas de calor); mudanças em pragas e doenças; mudanças nas concentrações atmosféricas de dióxido de carbono e ozônio troposférico ; alterações na qualidade nutricional de alguns alimentos; [140] e mudanças no nível do mar . [141] O aquecimento global já está afetando a agricultura, com efeitos distribuídos de forma desigual pelo mundo. [142] As mudanças climáticas futuras provavelmente afetarão negativamente a produção agrícola em países de baixa latitude, enquanto os efeitos nas latitudes do norte podem ser positivos ou negativos. [142] O aquecimento global provavelmente aumentará o risco de insegurança alimentar para alguns grupos vulneráveis, como os pobres . [143]

Alteração de culturas e biotecnologia

Melhoramento de plantas

Ver artigo principal: Melhoramento de plantas
Cultivar de trigo tolerante a alta salinidade (esquerda) em comparação com variedade não tolerante

A alteração de culturas é praticada pela humanidade há milhares de anos, desde o início da civilização. A alteração de culturas por meio de práticas de reprodução altera a composição genética de uma planta para desenvolver culturas com características mais benéficas para os seres humanos, por exemplo, frutos ou sementes maiores, tolerância à seca ou resistência a pragas. Avanços significativos no melhoramento de plantas ocorreram após o trabalho do geneticista Gregor Mendel. Seu trabalho sobre alelos dominantes e recessivos, embora inicialmente amplamente ignorado por quase 50 anos, deu aos criadores de plantas uma melhor compreensão da genética e das técnicas de reprodução. O melhoramento de culturas inclui técnicas como seleção de plantas com características desejáveis, autopolinização e polinização cruzada, e técnicas moleculares que modificam geneticamente o organismo.[144]

A domesticação de plantas, ao longo dos séculos, aumentou o rendimento, melhorou a resistência a doenças e a tolerância à seca, facilitou a colheita e melhorou o sabor e o valor nutricional das plantas cultivadas, o que acarretou em enormes efeitos sobre as características das plantas cultivadas que, nas décadas de 1920 e 1930, melhoraram as pastagens (gramas e trevos) na Nova Zelândia. Extensos esforços de mutagênese induzida por raios X e ultravioleta (ou seja, engenharia genética primitiva) durante a década de 1950 produziram as variedades comerciais modernas de grãos, como trigo, milho (milho) e cevada.[145][146]

Mudas em uma casa verde. Isto é o que parece quando as mudas estão crescendo a partir do melhoramento de plantas.

A Revolução Verde popularizou o uso da hibridização convencional para aumentar drasticamente o rendimento, criando "variedades de alto rendimento". Por exemplo, os rendimentos médios de milho nos Estados Unidos aumentaram de cerca de 2,5 toneladas por hectare (t/ha) em 1900 para cerca de 9,4 t/ha em 2001. Da mesma forma, a produtividade média mundial de trigo aumentou de menos de 1 t/ha em 1900 para mais de 2,5 t/ha em 1990. Os rendimentos médios de trigo na América do Sul estão em torno de 2 t/ha, na África abaixo de 1 t/ha, e no Egito e Arábia até 3,5 a 4 t/ha com irrigação. Em contraste, o rendimento médio de trigo em países como a França é superior a 8 t/ha. As variações nos rendimentos devem-se principalmente à variação climática, genética e ao nível de técnicas agrícolas intensivas (uso de fertilizantes, controle químico de pragas, controle de crescimento para evitar o acamamento).[147][148][149]

Engenharia genética

Ver artigo principal: Engenharia genética

Predefinição:VT

Plantas de batata geneticamente modificadas (esquerda) resistem a doenças virais que danificam plantas não modificadas (direita).

Organismos geneticamente modificados (OGM) são organismos cujo material genético foi alterado por técnicas de engenharia genética geralmente conhecidas como tecnologia de DNA recombinante. A engenharia genética expandiu os genes disponíveis para os criadores usarem na criação de linhas germinativas desejadas para novas culturas. Maior durabilidade, conteúdo nutricional, resistência a insetos e vírus e tolerância a herbicidas são alguns dos atributos criados em culturas por meio de engenharia genética.[150] Para alguns, as culturas de OGM causam preocupações com a segurança alimentar e a rotulagem dos alimentos. Vários países impuseram restrições à produção, importação ou uso de alimentos e culturas OGM.[151] Atualmente um tratado global, o Protocolo de Cartagena, regulamenta o comércio de OGMs. Há uma discussão em andamento sobre a rotulagem de alimentos feitos de OGMs e, embora a União Europeia atualmente exija que todos os alimentos OGMs sejam rotulados, os Estados Unidos não.[152]

Sementes resistentes a herbicidas têm um gene implantado em seu genoma que permite que as plantas tolerem a exposição a herbicidas, incluindo o glifosato. Essas sementes permitem que o agricultor cultive uma cultura que pode ser pulverizada com herbicidas para controlar ervas daninhas sem prejudicar as plantas. Culturas tolerantes a herbicidas são usadas por agricultores em todo o mundo.[153] Com o aumento do uso de culturas tolerantes a herbicidas, vem um aumento no uso de pulverizações de herbicidas à base de glifosato. Em algumas áreas, ervas daninhas resistentes ao glifosato se desenvolveram, fazendo com que os agricultores mudassem para outros herbicidas.[154][155] Alguns estudos também vinculam o uso generalizado de glifosato a deficiências de ferro em algumas culturas, o que é tanto uma preocupação de produção quanto de qualidade nutricional, com potenciais implicações econômicas e de saúde.[156]

Outros cultivos transgênicos usados pelos produtores incluem cultivos resistentes a insetos, que possuem um gene da bactéria do solo Bacillus thuringiensis (Bt), que produz uma toxina específica para insetos. Essas culturas resistem a danos por insetos.[157] Alguns acreditam que características semelhantes ou melhores de resistência a pragas podem ser adquiridas por meio de práticas tradicionais de reprodução e a resistência a várias pragas pode ser obtida por meio de hibridização ou polinização cruzada com espécies selvagens. Em alguns casos, as espécies selvagens são a principal fonte de características de resistência; algumas cultivares de tomateiro que ganharam resistência a pelo menos 19 doenças o fizeram através do cruzamento com populações selvagens de tomateiro.[158]

Impacto ambiental

Efeitos e custos

Poluição da água em um córrego rural devido ao escoamento da atividade agrícola na Nova Zelândia

A agricultura é tanto causadora quanto sensível à degradação ambiental, como perda de biodiversidade, desertificação, degradação do solo e aquecimento global, que causam diminuição no rendimento das culturas.[159] A agricultura é um dos mais importantes impulsionadores de pressões ambientais, particularmente mudanças de habitat, mudanças climáticas, uso da água e emissões tóxicas. A agricultura é a principal fonte de toxinas liberadas no meio ambiente, incluindo inseticidas, principalmente os utilizados no algodão.[160][161]  O relatório de Economia Verde do PNUMA de 2011 afirmou que as operações agrícolas produziram cerca de 13% das emissões antropogênicas globais de gases de efeito estufa. Isso inclui gases do uso de fertilizantes inorgânicos, pesticidas agroquímicos e herbicidas, bem como insumos de energia de combustível fóssil.[162]

A agricultura impõe múltiplos custos externos à sociedade por meio de efeitos como danos causados por pesticidas à natureza (especialmente herbicidas e inseticidas), escoamento de nutrientes, uso excessivo de água e perda do ambiente natural. Uma avaliação da agricultura no Reino Unido em 2000 determinou os custos externos totais para 1996 de 2.343 milhões de libras esterlinas, ou 208 libras por hectare.[163] Uma análise de 2005 desses custos nos Estados Unidos concluiu que as terras agrícolas impõem aproximadamente 5 bilhões a 16 bilhões de dólares (30 a 96 dólares por hectare), enquanto a produção pecuária impõe 714 milhões de dólares.[164] Ambos os estudos, que se concentraram apenas nos impactos fiscais, concluíram que mais deve ser feito para internalizar os custos externos. Nenhum deles incluiu subsídios em sua análise, mas observaram que os subsídios também influenciam o custo da agricultura para a sociedade.[163][164]

A agricultura procura aumentar o rendimento e reduzir os custos. A produtividade aumenta com insumos como fertilizantes e remoção de patógenos, predadores e competidores (como ervas daninhas). Os custos diminuem com o aumento da escala das unidades agrícolas, como aumentar os campos, o que significa remover sebes, valas e outras áreas de habitat. Os pesticidas matam insetos, plantas e fungos. Essas e outras medidas reduziram a biodiversidade a níveis muito baixos em terras cultivadas intensivamente.[165] Os rendimentos efetivos caem com as perdas na fazenda, que podem ser causadas por más práticas de produção durante a colheita, manuseio e armazenamento.[166]

Problemas de gado

O digestor anaeróbico de curral converte resíduos vegetais e estrume do gado em combustível de biogás .

Um alto funcionário da ONU, Henning Steinfeld, disse que "o gado é um dos contribuintes mais significativos para os problemas ambientais mais sérios de hoje".[167] A pecuária ocupa 70% de todas as terras utilizadas para a agricultura, ou 30% da superfície terrestre do planeta. É uma das maiores fontes de gases de efeito estufa, responsável por 18% das emissões mundiais, medidos em equivalentes de CO2. Em comparação, todos os transportes emitem 13,5% do CO2. A pecuária produz 65% do óxido nitroso relacionado ao homem (que tem 296 vezes o potencial de aquecimento global do CO2) e 37% de todo o metano induzido pelo homem (que é 23 vezes mais aquecido que o CO2). Também gera 64% da emissão de amônia. A expansão da pecuária é citada como um fator chave que impulsiona o desmatamento; na bacia amazônica, 70% da área anteriormente florestada agora é ocupada por pastagens e o restante é usado para alimentação animal.[168] Por meio do desmatamento e da degradação da terra, a pecuária também está promovendo reduções na biodiversidade. Além disso, o PNUMA afirma que “as emissões de metano da pecuária global devem aumentar em 60% até 2030 sob as práticas e padrões de consumo atuais”.[162]

Problemas de terra e água

Campos de cultivo irrigados circulares no Kansas, Estados Unidos. As colheitas saudáveis e crescentes de milho e sorgo são verdes (o sorgo pode ser um pouco mais pálido). O trigo é dourado. Campos marrons foram recentemente colhidos e arados ou ficaram em pousio durante o ano.

A transformação da terra, o uso da terra para produzir bens e serviços, é a forma mais substancial pela qual os humanos alteram os ecossistemas da Terra e é a força motriz que causa a perda de biodiversidade. As estimativas da quantidade de terra transformada por humanos variam de 39 a 50%.[169] Estima-se que a degradação da terra, o declínio de longo prazo na função e produtividade do ecossistema, esteja ocorrendo em 24% da terra em todo o mundo, com terras agrícolas super-representadas.[170] A gestão da terra é o fator determinante da degradação; 1,5 bilhão de pessoas dependem da terra em degradação. A degradação pode ser por desmatamento, desertificação, erosão do solo, esgotamento mineral, acidificação ou salinização.[121]

A eutrofização, o enriquecimento excessivo de nutrientes nos ecossistemas aquáticos, resultando em proliferação de algas e anoxia, leva à morte de peixes, perda de biodiversidade e torna a água imprópria para consumo e outros usos industriais. A fertilização excessiva e a aplicação de estrume nas terras agrícolas, bem como as altas densidades de criação de gado, provocam o escoamento e a lixiviação de nutrientes (principalmente azoto e fósforo) das terras agrícolas. Esses nutrientes são os principais poluentes difusos que contribuem para a eutrofização dos ecossistemas aquáticos e a poluição das águas subterrâneas, com efeitos nocivos para as populações humanas.[171] Os fertilizantes também reduzem a biodiversidade terrestre ao aumentar a competição por luz, favorecendo as espécies que podem se beneficiar dos nutrientes adicionados.[172] A agricultura é responsável por 70% das retiradas de recursos de água doce.[173][174] A agricultura é uma grande fonte de água dos aquíferos e atualmente extrai dessas fontes de água subterrâneas a uma taxa insustentável. Há muito se sabe que os aquíferos em áreas tão diversas quanto o norte da China, o Alto Ganges e o oeste dos EUA estão sendo esgotados, e novas pesquisas estendem esses problemas aos aquíferos do Irã, México e Arábia Saudita.[175] Uma crescente pressão está sendo colocada sobre os recursos hídricos pela indústria e áreas urbanas, o que significa que a escassez de água está aumentando e a agricultura enfrenta o desafio de produzir mais alimentos para a crescente população mundial com recursos hídricos reduzidos.[176] O uso agrícola da água também pode causar grandes problemas ambientais, incluindo a destruição de zonas úmidas naturais, a disseminação de doenças transmitidas pela água e a degradação da terra por meio da salinização e alagamentos, quando a irrigação é realizada incorretamente.[177]

Pesticidas

Pulverização de uma cultura agrícola com um pesticida

O uso de pesticidas aumentou desde 1950 para 2,5 milhões de toneladas anualmente em todo o mundo, mas a perda de colheita por pragas permaneceu relativamente constante.[178] A Organização Mundial da Saúde estimou em 1992 que três milhões de intoxicações por agrotóxicos ocorrem anualmente, causando 220 mil mortes.[179] Os pesticidas selecionam a resistência a pesticidas na população de pragas, levando a uma condição denominada "esteira de pesticidas", na qual a resistência a pragas garante o desenvolvimento de um novo pesticida.[180]

Um argumento alternativo é que a maneira de "salvar o meio ambiente" e prevenir a fome é usando pesticidas e agricultura intensiva de alto rendimento, uma visão exemplificada por uma citação do site do Center for Global Food Issues: 'Crescer mais por acre deixa mais terra para natureza'.[181][182] No entanto, os críticos argumentam que um trade-off entre o meio ambiente e a necessidade de alimentos não é inevitável[183] e que os pesticidas simplesmente substituem as boas práticas agronômicas, como a rotação de culturas.[180]

Contribuições para as mudanças climáticas

A agricultura, e em particular a pecuária, é responsável pelas emissões de gases de efeito estufa, como CO2 e metano, e pela futura infertilidade da terra e pelo deslocamento da vida selvagem. A agricultura contribui para a mudança climática por meio de emissões antrópicas de gases de efeito estufa e pela conversão de terras não agrícolas, como florestas, para uso agrícola.[184] A agricultura, a silvicultura e as mudanças no uso da terra contribuíram com cerca de 20 a 25% para as emissões globais anuais em 2010. Uma série de políticas pode reduzir o risco de impactos negativos das mudanças climáticas na agricultura,[185][186] e as emissões de gases de efeito estufa do setor agrícola.[187][188][189]

Sustentabilidade

Ver artigo principal: Agricultura sustentável
Terraços, lavoura de conservação e tampões de conservação reduzem a erosão do solo e a poluição da água nesta fazenda em Iowa, Estados Unidos.

Os métodos agrícolas atuais resultaram em recursos hídricos sobrecarregados, altos níveis de erosão e redução da fertilidade do solo. Não há água suficiente para continuar a agricultura usando as práticas atuais; portanto, com recursos críticos de água, o uso de terra e ecossistemas para aumentar a produtividade das culturas deve ser algo a ser reconsiderado. Uma solução seria dar valor aos ecossistemas, reconhecendo as compensações ambientais e de subsistência e equilibrando os direitos de uma variedade de usuários e interesses.[190] As iniquidades resultantes da adoção de tais medidas precisariam ser abordadas, como a realocação de água de pobres para ricos, a limpeza de terras para dar lugar a terras agrícolas mais produtivas ou a preservação de um sistema de zonas úmidas que limita os direitos de pesca.[191]

Os avanços tecnológicos ajudam a fornecer aos agricultores ferramentas e recursos para tornar a agricultura mais sustentável.[192] A tecnologia permite inovações como a lavoura de conservação, um processo agrícola que ajuda a prevenir a perda de terra por erosão, reduz a poluição da água e aumenta o sequestro de carbono.[193] Outras práticas potenciais incluem agricultura de conservação, agrossilvicultura, pastoreio melhorado, conversão evitada de pastagens e biocarvão.[194][195] As práticas atuais de monoculturas nos Estados Unidos impedem a adoção generalizada de práticas sustentáveis, como rotações de 2-3 culturas que incorporam grama ou feno com culturas anuais, a menos que metas de emissões negativas, como o sequestro de carbono do solo, se tornem políticas públicas.[196]

O International Food Policy Research Institute afirma que as tecnologias agrícolas terão o maior impacto na produção de alimentos se adotadas em conjunto; usando um modelo que avaliou como onze tecnologias poderiam impactar a produtividade agrícola, a segurança alimentar e o comércio até 2050, o instituto descobriu que o número de pessoas em risco de fome poderia ser reduzido em até 40% e os preços dos alimentos poderiam ser reduzidos quase pela metade.[138] A demanda de alimentos da população projetada da Terra, com as atuais previsões de mudanças climáticas, poderia ser satisfeita com a melhoria dos métodos agrícolas, expansão das áreas agrícolas e uma mentalidade de consumo orientada para a sustentabilidade.[197]

Dependência energética

Agricultura mecanizada: desde os primeiros modelos na década de 1940, ferramentas como a colheitadeira de algodão podiam substituir 50 trabalhadores agrícolas, ao preço do aumento do uso de combustível fóssil.

Desde a década de 1940, a produtividade agrícola aumentou dramaticamente, em grande parte devido ao aumento do uso de mecanização intensiva em energia, fertilizantes e pesticidas. A grande maioria dessa entrada de energia vem de fontes de combustíveis fósseis.[198] Entre as décadas de 1960 e 1980, a Revolução Verde transformou a agricultura em todo o mundo, com a produção mundial de grãos aumentando significativamente (entre 70% e 390% para trigo e 60% a 150% para arroz, dependendo da área geográfica) [199] conforme a população mundial dobrava de tamanho. A forte dependência de produtos petroquímicos levantou preocupações de que a escassez de petróleo poderia aumentar os custos e reduzir a produção agrícola.[200]

A agricultura industrial depende dos combustíveis fósseis de duas maneiras fundamentais: consumo direto na fazenda e fabricação de insumos utilizados na fazenda. O consumo direto inclui o uso de lubrificantes e combustíveis para operar veículos e máquinas agrícolas.[200] O consumo indireto inclui a fabricação de fertilizantes, pesticidas e máquinas agrícolas.[200] Em particular, a produção de fertilizantes nitrogenados pode representar mais da metade do uso de energia agrícola.[201]

Juntos, o consumo direto e indireto das fazendas estadunidenses responde por cerca de 2% do uso de energia do país. O consumo de energia direta e indireta pelas fazendas dos Estados Unidos atingiu o pico em 1979 e, desde então, diminuiu gradualmente.[200] Os sistemas alimentares abrangem não apenas a agricultura, mas também o processamento, embalagem, transporte, comercialização, consumo e descarte fora da fazenda de alimentos e itens relacionados a alimentos. A agricultura é responsável por menos de um quinto do uso de energia do sistema alimentar nos Estados Unidos.[202][203]

Poluição plástica

Ver artigo principal: Poluição por plástico
Vista aérea de estufas com coberturas de plástico perto de El Ejido, na Espanha

Os produtos plásticos são amplamente utilizados na agricultura, por exemplo, para aumentar o rendimento das culturas e melhorar a eficiência do uso de água e agroquímicos. Os produtos "agroplásticos" incluem películas para cobrir estufas e túneis, cobertura morta para cobrir o solo (por exemplo, para suprimir ervas daninhas, conservar água, aumentar a temperatura do solo e ajudar na aplicação de fertilizantes), pano de sombra, recipientes de pesticidas, bandejas de mudas, malha de proteção e tubos de irrigação. Os polímeros mais utilizados nesses produtos são polietileno de baixa densidade (LPDE), polietileno linear de baixa densidade (LLDPE), polipropileno (PP) e policloreto de vinila (PVC).[204]

A quantidade total de plásticos usados na agricultura é difícil de quantificar. Um estudo de 2012 relatou que quase 6,5 milhões de toneladas por ano foram consumidas globalmente, enquanto um estudo posterior estimou que a demanda global em 2015 estava entre 7,3 milhões e 9 milhões de toneladas. O uso generalizado de coberturas de plástico e a falta de coleta e gerenciamento sistemáticos levaram à geração de grandes quantidades de resíduos. O intemperismo e a degradação eventualmente fazem com que a cobertura morta se fragmente. Esses fragmentos e pedaços maiores de plástico se acumulam no solo. O resíduo das coberturas foi medido em níveis de 50 a 260 kg por hectare no solo superficial em áreas onde a cobertura foi usada por mais de 10 anos, o que confirma que a cobertura plástica é uma das principais fontes de contaminação microplástica e macroplástica do solo.[204]

Plásticos agrícolas, especialmente filmes plásticos, não são fáceis de reciclar devido aos altos níveis de contaminação (até 40-50% em peso de contaminação por pesticidas, fertilizantes, solo e detritos, vegetação úmida, água de caldo de silagem e estabilizadores UV) e dificuldades de coleta. Por isso, muitas vezes são enterrados ou abandonados em campos e cursos d'água ou queimados. Essas práticas de descarte levam à degradação do solo e podem resultar em contaminação de solos e vazamento de microplásticos no ambiente marinho como resultado do escoamento da precipitação e da lavagem das marés. Além disso, aditivos no filme plástico residual (como estabilizadores UV e térmicos) podem ter efeitos deletérios no crescimento das culturas, estrutura do solo, transporte de nutrientes e níveis de sal. Existe o risco de que a cobertura de plástico deteriore a qualidade do solo, esgote os estoques de matéria orgânica do solo, aumente a repelência à água do solo e emita gases de efeito estufa. Os microplásticos liberados pela fragmentação de plásticos agrícolas podem absorver e concentrar contaminantes capazes de passar pela cadeia trófica.[204]

Disciplinas

Economia agrícola

Ver artigo principal: Economia agrícola
No Reino Unido do século XIX, as protecionistas leis do milho levaram a preços altos e protestos generalizados, como esta reunião de 1846 da Liga Anti-Lei do Milho.[205]

A economia agrícola é a economia no que se refere à "produção, distribuição e consumo de bens e serviços agrícolas".[206] A combinação da produção agrícola com as teorias gerais de marketing e negócios como disciplina de estudo começou no final do século XIX e cresceu significativamente ao longo do século XX.[207] Embora o estudo da economia agrícola seja relativamente recente, as principais tendências na agricultura afetaram significativamente as economias nacionais e internacionais ao longo da história, desde fazendeiros arrendatários e meeiros no sul dos Estados Unidos pós-Guerra Civil[208] até o sistema feudal europeu de senhorialismo.[209] Nos Estados Unidos e em outros lugares, os custos dos alimentos atribuídos ao processamento, distribuição e comercialização agrícola de alimentos, às vezes chamados de cadeia de valor, aumentaram enquanto os custos atribuídos à agricultura diminuíram, o que está relacionado à maior eficiência da agricultura, combinada com o aumento do nível de agregação de valor (por exemplo, produtos mais processados) proporcionado pela cadeia de suprimentos. A concentração de mercado também aumentou no setor e, embora o efeito total disso seja provavelmente o aumento da eficiência, as mudanças redistribuem o excedente econômico de produtores (agricultores) e consumidores, e podem ter implicações negativas para as comunidades rurais.[210]

As políticas governamentais nacionais podem alterar significativamente o mercado econômico dos produtos agrícolas, na forma de tributação, subsídios, tarifas e outras medidas.[211] Desde pelo menos a década de 1960, uma combinação de restrições comerciais, políticas cambiais e subsídios afetaram os agricultores tanto no mundo em desenvolvimento quanto no desenvolvido. Na década de 1980, agricultores não subsidiados em países em desenvolvimento sofreram efeitos adversos de políticas nacionais que criaram preços globais artificialmente baixos para produtos agrícolas. Entre meados dos anos 1980 e início dos anos 2000, vários acordos internacionais limitaram tarifas agrícolas, subsídios e outras restrições comerciais.[212]

No entanto, desde 2009, ainda havia uma quantidade significativa de distorção causada por políticas nos preços globais de produtos agrícolas. Os três produtos agrícolas com maior distorção comercial foram açúcar, leite e arroz, principalmente devido à tributação. Entre as oleaginosas, o gergelim teve a maior tributação, mas, em geral, grãos para alimentação animal e oleaginosas tiveram níveis de tributação muito mais baixos do que os produtos pecuários. Desde a década de 1980, as distorções causadas por políticas têm visto uma diminuição maior entre os produtos pecuários do que as culturas durante as reformas mundiais na política agrícola.[211] Apesar desse progresso, certas culturas, como o algodão, ainda recebem subsídios nos países desenvolvidos deflacionando artificialmente os preços globais, o que causa dificuldades nos países em desenvolvimento com agricultores não subsidiados.[213] As commodities não processadas, como milho, soja e gado, geralmente são classificadas para indicar qualidade, afetando o preço que o produtor recebe. As commodities são geralmente relatadas por quantidades de produção, como volume, número ou peso.[214]

Ciências agrícolas

Uma agrônoma mapeando o genoma de uma planta

A ciência agrária é um amplo campo multidisciplinar da biologia que abrange as partes das ciências exatas, naturais, econômicas e sociais usadas na prática e compreensão da agricultura. Abrange tópicos como agronomia, melhoramento e genética de plantas, fitopatologia, modelagem de culturas, ciência do solo, entomologia, técnicas de produção e melhoramento, estudo de pragas e seu manejo e estudo de efeitos ambientais adversos, como degradação do solo, gerenciamento de resíduos e biorremediação.[215][216]

O estudo científico da agricultura começou no século XVIII, quando Johann Friedrich Mayer realizou experimentos sobre o uso de gesso (sulfato de cálcio hidratado) como fertilizante.[217] A pesquisa tornou-se mais sistemática quando, em 1843, John Bennet Lawes e Henry Gilbert iniciaram um conjunto de experimentos de campo de agronomia de longo prazo na Estação de Pesquisa Rothamsted, na Inglaterra; alguns deles, como o Park Grass Experiment, ainda estão em execução.[218] [219] Na América, o Hatch Act de 1887 forneceu financiamento para o que foi o primeiro a chamar de "ciência agrícola", impulsionado pelo interesse dos agricultores em fertilizantes.[220] Em entomologia agrícola, o USDA começou a pesquisar o controle biológico em 1881; instituiu seu primeiro grande programa em 1905, buscando na Europa e no Japão inimigos naturais da mariposa cigana e da mariposa, estabelecendo parasitóides (como vespas solitárias) e predadores de ambas as pragas nos EUA.[221][222][223]

Política

Subsídios diretos para produtos de origem animal e ração pelos países da OCDE em 2012, em bilhões de dólares[224]
produtos Subvenção
Carne e vitela 18,0
Leite 15,3
Porcos 7.3
Aves 6,5
Soja 2.3
Ovos 1,5
Ovelha 1.1

A política agrícola é o conjunto de decisões e ações governamentais relativas à agricultura nacional e às importações de produtos agrícolas estrangeiros. Os governos geralmente implementam políticas agrícolas com o objetivo de alcançar um resultado específico em seus mercados domésticos. Alguns temas abrangentes incluem gerenciamento de risco e ajuste (incluindo políticas relacionadas a mudanças climáticas, segurança alimentar e desastres naturais), estabilidade econômica (incluindo políticas relacionadas a impostos), recursos naturais e sustentabilidade ambiental (especialmente política de água), pesquisa e desenvolvimento e mercado acesso para commodities domésticas (incluindo relações com organizações globais e acordos com outros países).[225] A política agrícola também pode tocar na qualidade dos alimentos, garantindo que o abastecimento de alimentos seja de qualidade consistente e conhecida, segurança alimentar, garantindo que o abastecimento de alimentos atenda às necessidades da população e conservação . Os programas de políticas podem variar de programas financeiros, como subsídios, a incentivar os produtores a se inscreverem em programas voluntários de garantia de qualidade. [226]

Há muitas influências na criação de uma política agrícola, incluindo consumidores, agronegócios, lobbies comerciais e outros grupos. Os interesses do agronegócio têm grande influência na formulação de políticas, na forma de lobby e contribuições de campanha. Grupos de ação política, incluindo aqueles interessados em questões ambientais e sindicatos, também exercem influência, assim como organizações de lobby que representam commodities agrícolas individuais.[227] A FAO lidera os esforços internacionais para derrotar a fome e fornece um fórum para a negociação de regulamentos e acordos agrícolas globais. Samuel Jutzi, diretor da divisão de produção e saúde animal da FAO, afirma que o lobby de grandes corporações interrompeu as reformas que melhorariam a saúde humana e o meio ambiente. Por exemplo, propostas em 2010 para um código de conduta voluntário para a indústria pecuária que teria fornecido incentivos para melhorar os padrões de saúde e regulamentos ambientais, como o número de animais que uma área de terra pode suportar sem danos a longo prazo, foram derrotado com sucesso devido à pressão da grande empresa de alimentos.[228]

Ver também

Referências

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