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Agricultura sustentável

Predefinição:Agricultura-lateral

Cultivo orgânico na Califórnia: a agricultura orgânica é um exemplo de agricultura sustentável

A agricultura sustentável[1] persegue três objetivos principais: a conservação do meio ambiente, unidades agrícolas lucrativas, e a criação de comunidades agrícolas prósperas. Estes objetivos têm sido definidos de acordo com diversas filosofias, práticas e políticas, tanto sob o ponto de vista do agricultor como do consumidor.[2]

Descrição

Refere-se, portanto, à capacidade que uma determinada unidade agrícola (ou, numa perspectiva global, o próprio planeta) tem de continuar a produzir, numa sucessão sem fim, com um mínimo de aquisições do exterior. As plantas cultivadas dependem dos sais minerais presentes no solo e na água, do ar e da luz do sol como recursos para produzir o seu próprio alimento, através da fotossíntese. Esse alimento (o amido, e não só) é, também, a base da alimentação humana. Quando é feita a colheita, o agricultor está a recolher aquilo que foi permitido à planta produzir com os recursos que tinha à sua disposição. Recursos esses que têm de ser repostos para que o ciclo de produção continue.

Caso contrário, existe a sua exaustão e a terra torna-se estéril. Ainda que a luz do sol, o ar e a chuva estejam, praticamente, disponíveis na maior parte das localizações geográficas do planeta, os nutrientes presentes no solo são facilmente exauríveis. Resíduos das plantas cultivadas, o azoto fixado por bactérias que vivem em simbiose na raiz de algumas leguminosas, ou o estrume dos animais criados nas unidades agrícolas consideradas, são alguns dos meios possíveis para repor os sais minerais necessários ao desenvolvimento de novas colheitas. O próprio trabalho agrícola, executado pelo ser humano de forma autónoma ou com a ajuda da tração animal, deve ser contabilizado nesta perspectiva de "reciclagem" energética, já que se pode supor que estes se podem alimentar exclusivamente do que é produzido na unidade agrícola.[3]

A aquisição de produtos ou serviços exteriores à unidade agrícola, como fertilizantes para as plantas ou combustível fóssil para máquinas, reduz a sustentabilidade, já que torna a comunidade dependente de recursos não renováveis e pode incorrer em externalidade negativa. Quanto maior for a autonomia da unidade agrícola ao não necessitar de aquisições exteriores no sentido de manter os mesmos níveis de produção, maior será o nível de sustentabilidade.[4]

Ver também

Referências

  1. BIONDI, Antonio; Nicolas (2012). «Using organic-certified rather than synthetic pesticides may not be safer for biological control agents: Selectivity and side effects of 14 pesticides on the predator Orius laevigatus». Chemosphere. 87 (7): 803–812.
  2. BORILE, Giovani Orso; ARNOLD, Cláudia de Moraes. (2017) . Princípios pedagógicos da agroecologia: a agricultura orgânica aliada ao desenvolvimento rural. Cuadernos de Educación y Desarrollo, Málaga, España, v. 58, p. 01-09.
  3. HOPPE, Alexia; VIEIRA, Luciana Marques; BARCELLOS, Marcia Dutra de (2013). «Consumer behaviour towards organic food in porto alegre: an application of the theory of planned behaviour»[ligação inativa]. Revista de Economia e Sociologia Rural. 51 (1): 69–90.
  4. BORILE, G. O.; PRETTO, D. ; CALGARO, C. . Agricultura, consumo e meio ambiente: uma análise dos impactos ambientais oriundos da atividade agrícola e a sustentabilidade como plataforma de proteção ao meio ambiente. In: CALGARO, C.; PEREIRA, A. O. K.; NODARI, P. C. (OrgS.) (2016). O hiperconsumo e a democracia: os reflexos éticos e socioambientais. Caxias do Sul, RS: EDUCS.

Ligações externas

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