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Fortaleza de São João Batista de Ajudá: mudanças entre as edições

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A '''Fortaleza de São João Baptista de Ajudá''', também conhecida como '''Feitoria de Ajudá''' ou simplesmente '''Ajudá''', localiza-se na cidade de [[Uidá]], na costa ocidental [[África|africana]], atual República de [[Benim]].


== História ==
== História ==
[[Imagem:General History of the Robberies and Murders of the Most Notorious Pyrates - Captain Bartholomew Roberts with two Ships.jpg|thumb|Bartholomew Roberts captura embarcações no porto de Ajudá (1722).]]
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Ao final do {{séc|XVII}}, o rei D. [[Pedro II de Portugal]] {{nwrap||1667|1705}} determinou ao Governador de [[São Tomé e Príncipe]], [[Jacinto de Figueiredo e Abreu]], erguer uma fortificação na povoação de [[Uidá]], para proteger os embarques de escravos (1680 ou 1681). Posteriormente abandonado em data incerta, foi sucedido entre 1721 e 1730 por uma nova estrutura, com as obras a cargo do comerciante [[brasil]]eiro de escravos [[José de Torres]]. Sob a invocação de [[João Batista|São João Batista]], a construção do forte de Uidá (Ajudá) foi financiada por capitais levantados pelos comerciantes da [[capitania da Bahia]], mediante a cobrança de um [[imposto]] sobre os escravos africanos desembarcados na cidade do [[Salvador (Bahia)|Salvador]].


Concluído, funcionou como centro comercial para a região, trocando [[tabaco]], [[búzio]]s e [[aguardente]] brasileiros, e mais tarde, quando o esquema do tráfico se alterou, oferecendo produtos manufaturados europeus, [[contrabando|contrabandeados]] do Brasil, uma vez que a Coroa portuguesa não permitia que tais itens fossem transportados em navios provenientes do [[Brasil]].
Concluído, funcionou como centro comercial para a região, trocando [[tabaco]], [[búzio]]s e [[aguardente]] brasileiros, e mais tarde, quando o esquema do tráfico se alterou, oferecendo produtos manufaturados europeus, [[contrabando|contrabandeados]] do Brasil, uma vez que a Coroa portuguesa não permitia que tais itens fossem transportados em navios provenientes do [[Brasil]].


Em janeiro de [[1722]] o [[pirata]] [[Bartholomew Roberts]] ("''Black Bart''") penetrou no seu porto e capturou todas as onze embarcações ali fundeadas.
Em janeiro de 1722 o [[pirata]] [[Bartholomew Roberts]] ("''Black Bart''") penetrou no seu porto e capturou todas as onze embarcações ali fundeadas.


Em 1844 ao Governador da Província de São Tomé e Príncipe, José Maria Marques «pesou-lhe como a bom português, que aquele forte estivesse abandonado, e mandou um oficial para comandá-lo e um presbítero para administrá-lo na parte espiritual».<ref>MENDONÇA, João de. ''Colónias e Possessões Portuguesas''. Lisboa, 1877.</ref>
Em 1844 ao Governador da Província de São Tomé e Príncipe, José Maria Marques «pesou-lhe como a bom português, que aquele forte estivesse abandonado, e mandou um oficial para comandá-lo e um presbítero para administrá-lo na parte espiritual».<ref>MENDONÇA, João de. ''Colónias e Possessões Portuguesas''. Lisboa, 1877.</ref>


No final do [[século XIX]] a costa ocidental africana foi ocupada pelos ingleses, que ali estabeleceram importantes entrepostos, que passaram a ser defendidos pelas guarnições das fortificações antes pertencentes a Portugal, entre as quais a de São João Baptista de Ajudá.
No final do {{séc|XIX}} a costa ocidental africana foi ocupada pelos ingleses, que ali estabeleceram importantes entrepostos, que passaram a ser defendidos pelas guarnições das fortificações antes pertencentes a Portugal, entre as quais a de São João Baptista de Ajudá.


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Em 1911, após a [[Proclamação da República Portuguesa]], o novo governo mandou retirar permanentemente a guarnição militar destacada para o forte de São João Baptista, substituindo-a pela presença de dois funcionários coloniais.


O Daomé tornou-se uma [[Colônia (história)|colónia]] [[França|francesa]] a partir de [[1892]], obtendo independência em [[1 de agosto]] de [[1960]], quando se transformou em República do Benim. No ano seguinte, tropas do Benim invadiram Ouidah, então uma dependência da colônia portuguesa de São Tomé e Príncipe, intimando os ocupantes portugueses do forte a abandoná-lo até [[31 de julho]] do mesmo ano. Sem condições para oferecer resistência, o governo de [[Oliveira Salazar]] ordenou ao último residente da praça que a incendiasse antes de a abandonar, o que foi cumprido na data-limite.
O Daomé tornou-se uma [[Colônia (história)|colónia]] [[França|francesa]] a partir de 1892, obtendo independência em 1 de agosto de 1960, quando se transformou em República do Benim. No ano seguinte, tropas do Benim invadiram Uidá, então uma dependência da colônia portuguesa de São Tomé e Príncipe, intimando os ocupantes portugueses do forte a abandoná-lo até 31 de julho do mesmo ano. Sem condições para oferecer resistência, o governo de [[Oliveira Salazar]] ordenou ao último residente da praça que a incendiasse antes de a abandonar, o que foi cumprido na data-limite.


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Em 1965, foi promovido o encerramento simbólico do forte pelas autoridades do Daomé, vindo as suas dependências a sediar o Museu de História de Uidá, sob administração da República do Benim (1967).


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A anexação foi reconhecida por Portugal em 1985, tendo os trabalhos de recuperação e restauro sido desenvolvidos em 1987, com orientação e recursos da [[Fundação Calouste Gulbenkian]].


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A grande descendência deixada por um dos escrivães da fortaleza no {{séc|XIX}}, [[Francisco Félix de Sousa]], inspirou um romance do escritor britânico [[Bruce Chatwin]] intitulado ''O Vice-Rei de Ajudá''. Espalhados atualmente por toda a [[África]], os De Sousa têm dado várias figuras de destaque ao [[Benim]]. Uma das grandes avenidas de [[Cotonu]], a capital económica, chama-se Avenida Monsenhor de Sousa.


== Bibliografia ==
== Bibliografia ==
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[[Categoria:Antigas fortificações de Portugal|Sao Joao Baptista Ajuda]]
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Edição das 06h47min de 7 de abril de 2021

Predefinição:Info/Prédio

A Fortaleza de São João Baptista de Ajudá, também conhecida como Feitoria de Ajudá ou simplesmente Ajudá, localiza-se na cidade de Uidá, na costa ocidental africana, atual República de Benim.

História

Bartholomew Roberts captura embarcações no porto de Ajudá (1722)
Planta do forte francês de Ajudá (1747)
Francisco Félix de Sousa (antes de 1849)

As costas da Mina e a da Guiné foram percorridas por navegadores portugueses desde o século XV, que, com o tempo, aí passaram a desenvolver importante comércio, principalmente de escravos africanos. É desse período que data a ascensão do antigo reino de Daomé e a importância de sua capital, Abomei (ou Abomé).

Ao final do século XVII, o rei D. Pedro II de Portugal Predefinição:Nwrap determinou ao Governador de São Tomé e Príncipe, Jacinto de Figueiredo e Abreu, erguer uma fortificação na povoação de Uidá, para proteger os embarques de escravos (1680 ou 1681). Posteriormente abandonado em data incerta, foi sucedido entre 1721 e 1730 por uma nova estrutura, com as obras a cargo do comerciante brasileiro de escravos José de Torres. Sob a invocação de São João Batista, a construção do forte de Uidá (Ajudá) foi financiada por capitais levantados pelos comerciantes da capitania da Bahia, mediante a cobrança de um imposto sobre os escravos africanos desembarcados na cidade do Salvador.

Concluído, funcionou como centro comercial para a região, trocando tabaco, búzios e aguardente brasileiros, e mais tarde, quando o esquema do tráfico se alterou, oferecendo produtos manufaturados europeus, contrabandeados do Brasil, uma vez que a Coroa portuguesa não permitia que tais itens fossem transportados em navios provenientes do Brasil.

Em janeiro de 1722 o pirata Bartholomew Roberts ("Black Bart") penetrou no seu porto e capturou todas as onze embarcações ali fundeadas.

Em 1844 ao Governador da Província de São Tomé e Príncipe, José Maria Marques «pesou-lhe como a bom português, que aquele forte estivesse abandonado, e mandou um oficial para comandá-lo e um presbítero para administrá-lo na parte espiritual».[1]

No final do século XIX a costa ocidental africana foi ocupada pelos ingleses, que ali estabeleceram importantes entrepostos, que passaram a ser defendidos pelas guarnições das fortificações antes pertencentes a Portugal, entre as quais a de São João Baptista de Ajudá.

Em 1911, após a Proclamação da República Portuguesa, o novo governo mandou retirar permanentemente a guarnição militar destacada para o forte de São João Baptista, substituindo-a pela presença de dois funcionários coloniais.

O Daomé tornou-se uma colónia francesa a partir de 1892, obtendo independência em 1 de agosto de 1960, quando se transformou em República do Benim. No ano seguinte, tropas do Benim invadiram Uidá, então uma dependência da colônia portuguesa de São Tomé e Príncipe, intimando os ocupantes portugueses do forte a abandoná-lo até 31 de julho do mesmo ano. Sem condições para oferecer resistência, o governo de Oliveira Salazar ordenou ao último residente da praça que a incendiasse antes de a abandonar, o que foi cumprido na data-limite.

Em 1965, foi promovido o encerramento simbólico do forte pelas autoridades do Daomé, vindo as suas dependências a sediar o Museu de História de Uidá, sob administração da República do Benim (1967).

A anexação foi reconhecida por Portugal em 1985, tendo os trabalhos de recuperação e restauro sido desenvolvidos em 1987, com orientação e recursos da Fundação Calouste Gulbenkian.

A grande descendência deixada por um dos escrivães da fortaleza no século XIX, Francisco Félix de Sousa, inspirou um romance do escritor britânico Bruce Chatwin intitulado O Vice-Rei de Ajudá. Espalhados atualmente por toda a África, os De Sousa têm dado várias figuras de destaque ao Benim. Uma das grandes avenidas de Cotonu, a capital económica, chama-se Avenida Monsenhor de Sousa.

Bibliografia

  • LOPES, Edmundo Correia. S. João Baptista de Ajudá. Lisboa : Edições Cosmos, 1939. Cadernos Coloniais, n.º 58.
  • MENDONÇA, João de. Colónias e Possessões Portuguesas. Lisboa, 1877.
  • TAVARES, António José Chrystêllo. Portugal no Golfo da Guiné: Breve Escorço. Lisboa, 1995.[2].
  • TAVARES, António José Chrystêllo. Ensino e Religião em São João Baptista de Ajudá na Costa da Mina. Ancara, 1996.
  • TAVARES, António José Chrystêllo. África Equatorial Portuguesa : Assunção e Efectivação do Protectorado Daomeano e dos Novos Domínios da Coroa-Zomai. Ancara, 1996.
  • TAVARES, António José Chrystêllo. São João Baptista de Ajudá Face ao Conflito Franco-Daomeano de 1892. Ancara, 1998.
  • TAVARES, António José Chrystêllo. Queda da residência de São João Baptista de Ajudá. Ancara, 1998.
  • TAVARES, António José Chrystêllo. Marcos Fundamentais da Presença Portuguesa no Daomé. Lisboa : Universitária, 1999.[3]
  • TAVARES, António José Chrystêllo. Singularidade de São João Baptista de Ajudá e do Protector na Faixa Litorânea do Daomé no Contexto do Ultramar Português. Lisboa, 2008.[4]
  • Fortress of Saint John the Baptist of Whydah

Referências

  1. MENDONÇA, João de. Colónias e Possessões Portuguesas. Lisboa, 1877.
  2. Tese de mestrado em Estudos Africanos, Universidade Técnica de Lisboa, 1995.
  3. Prefácio de Pedro Soares Martínez.
  4. Tese de doutoramento em História Institucional e Política Contemporânea, Universidade Nova de Lisboa, 2008.

Ver também

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