style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Vitamina B12 Alerta sobre risco à saúde | |
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style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Propriedades | |
Fórmula química | C63H88CoN14O14P |
Massa molar | 1355.29 g mol-1 |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Farmacologia | |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Compostos relacionados | |
Formas da vitamina B12, por radical R relacionados | Hidroxocobalamina (vitamina B12a, R = -OH) Cianocobalamina (R = -CN) Metilcobalamina (R = -CH3) Adenosilcobalamina (cobalamida, R = adenosil) |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Página de dados suplementares | |
Estrutura e propriedades | n, εr, etc. |
Dados termodinâmicos | Phase behaviour Solid, liquid, gas |
Dados espectrais | UV, IV, RMN, EM |
style="background: #Predefinição:Chembox fundo; text-align: center;" colspan="2" | Exceto onde denotado, os dados referem-se a materiais sob condições normais de temperatura e pressão Referências e avisos gerais sobre esta caixa. Alerta sobre risco à saúde. |
A cobalamina, também conhecida como vitamina B12, é uma vitamina hidrossolúvel envolvida no metabolismo. Possui as seguintes características:
- Necessária à eritropoiese, e em parte do metabolismo dos aminoácidos e dos ácidos nucleicos;
- Previne problemas cardíacos e derrame cerebral[1];
- Necessária para uma boa manutenção do sistema nervoso.
Segundo a organização norte-americana Food and Nutrition Board, a dose diária de vitamina B12 necessária para o organismo é de 2,4µg (microgramas) para adultos, 1,2 µg para crianças de até oito anos e 2,8 µg para gestantes e mães que amamentam.[1]Segundo estudos a sua forma mais eficaz de suplementação é na forma de "metilcobalamina". A vitamina B12 também pode ser usada em casos intoxicação por cianeto.
Fontes naturais de vitamina B12
Algumas das principais fontes de vitamina B12 são[3][4]:
A soja e seus derivados também possuem a cobalamina em sua constituição porém como um análogo inativo de vitamina B12 e portanto inapropriado a digestão humana. Plantas não sintetizam nem armazenam vitamina B12, sendo a principal fonte desta vitamina nos animais por síntese microbiana. A vitamina B12 apenas existe nos vegetais que possuem associação com bactérias que a produzam, o que é mais comum em criações orgânicas.[6] Mesmo assim, a quantidade de B12 nessa plantas cultivadas de forma orgânica é insignificante para as necessidades humanas (possivelmente devido à alimentação não natural, não crudívora, o órgão que no ser humano exerce a síntese microbiana, a apêndice ileocecal, tenha perdido grande parte das suas funções).
A alga Nori utiliza vitamina B12 em seu metabolismo, obtida através de um processo simbiótico com bactérias. No entanto, devido a presença de análogos inativos, não é considerada atualmente uma fonte confiável de B12,[7] Apesar disto um estudo com ratos demonstrou aumento dos níveis de B-12 quando estes foram alimentados com a alga Porphyra yezoensis, indicando que esta espécie de alga contém B-12 biodisponível, pelo menos para ratos.[8]
Bactérias da flora normal do cólon produzem B12, mas praticamente nada é aproveitada pois é muito após o local de absorção da B12 (jejuno).[9]
Deficiência
Quando a deficiência de B12 ocorre é geralmente devido à deficiência na produção de factor intrínseco, necessário para a absorção da cobalamina. A vitamina B12 é necessária para a formação de células vermelhas do sangue, a função neurológica e síntese de DNA. Sua deficiência pode provocar anemia perniciosa, cujos sintomas são: alterações neurológicas, progressivas e mortais se não houver tratamento; fraqueza; convulsões e dano irreversível no tecido parietal gástrico; Afta na boca. Os principais sintomas são: anemia megaloblástica, fadiga, fraqueza, constipação, perda de apetite e perda de peso.[4] A deficiência, quando se inicia, traz prejuízos para a cognição, levando a queixas de dificuldade de concentração, memória e atenção. Ocorre também formigamentos nas pernas e redução da propriocepção. Em casos avançados, leva à confusão mental, torpor e até o coma.
Déficit de B12, embora existam mecanismos do organismo de reaproveitá-la e mantê-la no organismo, tem sido reportado especialmente para vegetarianos e veganos.[10][11] Por isso, grupos de pessoas que adotam uma dieta vegana ou vegetariana devem tomar cuidados especiais, especialmente gestantes, lactantes e idosos, quando a necessidade é maior devido a alterações no metabolismo.[6] Particularmente, tem sido reportado que uma dieta materna vegana pode causar distúrbio neurológico infantil grave devido à deficiência de vitamina B12.[12] Estudos têm mostrado também que bebês amamentados exclusivamente desde o nascimento por uma mãe estritamente vegetariana podem ter deficiência de vitamina B12 e problemas neurológicos se não nutrido de suplementos sintéticos.[13] A absorção de B12 varia de cerca de 50%, se cerca de 1 micrograma ou menos dela é consumida, a cerca de 0,5% para doses de 1.000 microgramas (1 mg) ou superiores. Assim, quanto maior a frequência de consumo de B12, natural ou sintética, maior será o montante absorvido.
Além disso, o consumo de álcool, tabaco e certos medicamentos como neomicina, colchicina e ácido aminossalicílico e metformina podem contribuir para a deficiência da B12, pois causam a mal absorção desta vitamina.[14] Além disso, a absorção piora naturalmente com a idade.[15]
Em caso de anemia devido a falta de B12 no organismo, é recomendável o uso de suplementos prescritos por um nutricionista ou médico, pois a dose necessária para corrigir essa deficiência não é atingida pela dieta. Injeções também são usadas B12 no organismo por atravessar as barreiras de absorção. Existem opções de alimentos artificialmente enriquecidos com substâncias sintéticas que se convertem em vitamina B12 no organismo (tal como cianeto de cobalamina) , como leite de soja e cereais de algumas marcas, voltadas especialmente para os veganos. Os vários suplementos vitamínicos são de origem sintética.[16]
Entre 10 a 30 por cento das pessoas mais velhas podem ser incapazes de absorver naturalmente a vitamina B12. Sendo assim é aconselhável para maiores de 50 anos o consumo de alimentos fortificados com vitamina B12 ou de um suplemento vitamínicos contendo B12.[17]
Embora rara, há um tipo de teníase transmitida ao homem pelo Diphyllobothrium latum, decorrente da ingestão de peixe cru. O parasita consome elevadas quantidades de vitaminas B, provocando hipovitaminose B12 no hospedeiro humano.[18]
Vegetarianos e Veganos
A deficiência de vitamina B12 é mais comumente causada por baixa ingestão, mas também pode resultar de má absorção, certos distúrbios intestinais, baixa presença de proteínas de ligação ou uso de certos medicamentos. Os veganos - pessoas que optam por não consumir nenhum alimento de origem animal - correm risco aumentado de deficiência de vitamina B12 porque os alimentos de origem vegetal não contêm a vitamina em quantidades suficientes para prevenir a sua deficiência.[19] Os vegetarianos - pessoas que consomem subprodutos animais, como laticínios e ovos, mas não a carne de qualquer animal - também estão em risco. A deficiência de vitamina B12 foi observada entre 40% e 80% da população vegetariana que também não toma um suplemento de vitamina B12 ou consome alimentos enriquecidos com vitaminas.[20] Em Hong Kong e na Índia, a deficiência de vitamina B12 foi encontrada em cerca de 80% da população vegana.[21]
Nesse sentido, a maior parte dos estudos científicos corroboram que fontes vegetais de B12 por vegetarianos e veganos não são suficientes para atender as necessidades diárias,[22] com riscos associados com deficiência de B12 , tais como: unção cerebral prejudicada (memória, capacidade de aprendizado), distúrbios neurológicos (dormência, formigamento, falta de coordenação motora, alterações visuais), atrofia cerebral progressiva, transtornos psiquiátricos, depressão, anemia, possíveis ligações com mal de Alzheimer, complicações vasculares e doenças cardíacas.
Há fontes não animais de análogos de vitamina B12, como spirulina, capim seco, cevada, nori, Porphyra yezoensis e outras algas, alguns cogumelos e um grande número de bactérias. No entanto, além da B12, eles também possuem análogos inativos (antagonistas) que bloqueiam a ação da vitamina B12 e reduzem sua absorção pelo corpo. Assim, não são boas fontes de B12.
Nesse sentido, vegetarianos e veganos são recomentados adquirir compostos sintéticos industrializados análogos, como a cianocobalamina, como parte suplemento de sua dieta.[23] A cionocobalamina é convertida em metilcobalamina (vitamina B12) no corpo, liberando o cianeto para a fluxo sanguíneo, porteriormente eliminado pelo sistema renal. Por este motivo, as principais organizações vegetarianans/veganas Vegan Society, Vegan Health recomendam o consumo de alimentos enriquecidos (como cereais fortificados) em ou suplementos vitamínicos com cianocobalamina.[17]
Ovo e leite possuem B12, mas é pouco biodisponível aos humanos. Menos de 9% da B12 do ovo consumida é aproveitada. Cereais fortificados com cianocobalamina são uma das melhores fontes dessa e outras vitaminas, mas produtos industrializados são recusados por alguns vegetarianos.[24]
Características
A biodisponibilidade de vitamina B12 em seres humanos saudáveis para carne bovina, carne de peixe, carne de frango e ovinos é em média 42%, 56%-89% e 61%-66%, respectivamente. Onívoros e vegetarianos podem ter deficiência de vitamina B12 se houver consumo inadequado destas fontes ou por problemas metabólicos. É reportado 40% de onívoros com deficiência em vitamina B12[25] e 92% dos veganos[26].
Apesar de os humanos também possuírem essas bactérias no intestino, possivelmente em quantidade reduzida, sua localização (também observável noutros seres que a possuem) é posterior à principal área de absorção (no íleo), e por isso (possivelmente pela função reduzida da apêndice ileocecal) precisamos obter a vitamina pela alimentação. Essa vitamina precisa de pouca reposição pois necessitamos apenas de pequenas quantidades, seu armazenamento é relativamente adequado e uma circulação entero-hepática muito eficiente recupera grande parte da vitamina B12 excretada na bílis.[6]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 American Heart Association Nutrition Committee, Lichtenstein AH, Appel LJ, Brands M, Carnethon M, Daniels S, et al. Diet and lifestyle recommendations revision 2006: a scientific statement from the American Heart Association Nutrition Committee. Circulation 2006;114:82-96.
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- ↑ UOL Consumida em sushis e temakis, alga combate osteoporose e fortalece cabelo. Acessado em 18/10/2013.
- ↑ 6,0 6,1 6,2 Nelson Pedro (2010) Dieta vegetariana – factos e contradições. Medicina Interna 173 VOL.17 | Nº 3 | JUL/SET 2010 [4]
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