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Funk carioca

Disambig grey.svg Nota: Se você procura o gênero musical americano de mesmo nome, veja funk.

Predefinição:Info/Gênero musical O funk carioca, [fɐ̃(ŋ)ki][1] ou simplesmente funk, é um estilo musical oriundo das favelas do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Apesar do nome, é diferente do funk originário dos Estados Unidos. Isso ocorreu pois, a partir dos anos 1970, começaram a ser realizados bailes da pesada, black, soul, shaft ou funk no Rio de Janeiro. Com o tempo, os DJs foram buscando outros ritmos de música negra, mas o nome original permaneceu. O funk carioca tem uma influência direta do miami bass e do freestyle.[2][3] O termo "baile funk" é usado para se referir a festas em que se toca o funk carioca. Apesar do nome, o funk carioca surgiu e é tocado em todo o estado do Rio de Janeiro e não somente na cidade do Rio de Janeiro, como o gentílico "carioca" leva a crer.[4]

O funk carioca, basicamente ligado ao público jovem, tornou-se um dos maiores fenômenos de massa do Brasil. Na década de 1980, o antropólogo Hermano Vianna foi o primeiro cientista social a abordá-lo como objeto de estudo, em sua dissertação de mestrado[5][6] que daria origem ao livro O Mundo Funk Carioca (1988).[2]

Tal gênero musical é alvo de críticas por fazer apologia ao sexo e ao tráfico de drogas.[7]

História

Anos 1970: Antecedentes

Os chamados bailes funk têm origem no início da década de 1970, quando surgiram os chamados bailes da pesada, realizados no Canecão pelos DJs Big Boy e Ademir Lemos, nesses bailes os ritmos predominantes eram soul e funk[8] Com o tempo, surgem outros bailes, chamados de black ou shaft,[9] nome inspirado no filme Shaft (1971), um blaxploitation, nome dados aos filmes destinados a comunidade afro-americana, estrelado por Richard Roundtree que teve trilha sonora de soul e funk composta por Isaac Hayes.[2] Em 1973, surge a equipe de som Furacão 2000,[10] outras equipes surgem nesse período como Black Power e Soul Grand Prix[11] Em 1976, o artigo Black Rio – O orgulho (importado) de ser negro no Brasil de Lena Frias, publicada no Jornal do Brasil, serviu para batizar o movimento de Black Rio,[12] que inclusive foi usado para nomear a uma banda.[2][13]

Em meados da década, os bailes funk perderam um pouco da popularidade por conta do surgimento da disco music,[14] uma versão pop de soul e funk, sobretudo após o lançamento do filme Os Embalos de Sábado à Noite (1977), estrelado por John Travolta[15] e com trilha sonora da banda Bee Gees.[16] Na época, o então adolescente, Fernando Luís Mattos da Matta se interessou pela discotecagem ao ouvir o programa "Cidade Disco Club" na Rádio Cidade do Rio de Janeiro (102,9 FM),[2] anos mais tarde, Fernando adotaria o apelido de DJ Marlboro e a rádio ficaria conhecida como a "rádio rock" carioca.[17]

Anos 1980

O funk carioca é originário das favelas do Rio de Janeiro

A partir da década de 1980, os bailes funk do Rio de Janeiro começaram a ser influenciados por novos ritmos, tais como o Miami bass,[18] que trazia músicas mais erotizadas e batidas mais rápidas.[3] Por volta de 1986, o sociólogo Hermano Vianna presenteia o DJ Marlboro com uma bateria eletrônica do modelo Boss Doctor Rhythm DR-110.[2] As primeiras gravações de funk carioca eram versões desse gênero musical.[3] Também nessa década surgem os bailes charme, criados pelo Corello DJ e que tocavam canções românticas de R&B contemporâneo,[19][20] como o new jack swing.[21]

De acordo com Malboro, a principal influência para o surgimento do funk carioca foi o single Planet Rock de Afrika Bambaataa e Soulsonic Force, lançado em 1982, misturando o funk de James Brown e a música eletrônica do grupo alemão Kraftwerk (tendo inclusive sampleado trechos de "Trans-Europe Express"),[22][23] a canção foi denominada na época como funk e hoje é reconhecida como um dos primeiros singles de electro,[2] Bambaataa também é reconhecido como um dos precursores do hip hop e pela associação cultura Zulu Nation.[24]

As rádios passaram a dedicar espaço em sua grade horária para os sucessos feitos no ritmo funk. Um dos mais famosos foi a regravação de uma canção de Raul Seixas, o "Rock das 'Aranha'".[3] A ela, se juntaram outras paródias de gravações de cantores de latin freestyle (servindo de inspiração para o funk melody) como Stevie B, Corell DJ, entre outros MCs.[2] Um dos raps (ou "melôs", como também eram chamados) que marcaram o período mais politizado no funk carioca foi o "Feira de Acari", que falava sobre a "Robauto", a feira de peças de carro roubadas realizada no bairro de Acari.[3]

Ao longo da nacionalização do funk, os bailes — até então, realizados nos clubes dos bairros do subúrbio da capital do estado do Rio de Janeiro — expandiram-se a céu aberto, nas ruas, onde as equipes rivais se enfrentavam disputando quem tinha a aparelhagem mais potente, o grupo mais fiel e o melhor DJ. Neste meio, surgiu DJ Marlboro, um dos vários protagonistas do movimento funk. Com o tempo, o funk ganhou grande apelo entre moradores de comunidades carentes, pois as músicas tratavam do cotidiano dos frequentadores, abordando a violência e a pobreza das favelas.

Anos 1990

Com o aumento do número de raps/melôs gravadas em português, apesar de quase sempre se utilizar a batida do miami bass, o funk carioca começou a década de 1990 criando a sua identidade própria. As suas letras refletem o dia a dia das comunidades ou fazem exaltação a elas (muitos desses raps surgiram de concursos de rap promovidos dentro das comunidades).[25] Em consequência, o ritmo ficou cada vez mais popular e os bailes se multiplicaram. Ao mesmo tempo, o funk começou a ser alvo de ataques e preconceito da sociedade. Não só por ter se popularizado entre as camadas mais pobres da sociedade, mas também porque, em vários destes bailes, ocorriam os chamados "corredores", quando dois grupos rivais, chamados "lado A e lado B", se enfrentavam, resultando por vezes em mortes.

Com isso, passou a haver uma constante ameaça de proibição dos bailes. Isso gerou o surgimento de canções funk que pediam a paz entre os grupos rivais, como a música "Som de preto". Em meio a isso, surgiu uma nova vertente do funk carioca, o funk melody, com músicas mais melódicas e temas mais românticos,[26] seguindo mais fielmente a linha musical do freestyle americano e alcançando sucesso nacional. Destacaram-se, nesta primeira fase, Latino, Copacabana Beat, MC Marcinho, entre outros.

A partir de 1995, o rap, até então executado apenas em algumas rádios, passou a ser tocado inclusive em algumas emissoras AM. O que parecia ser um modismo "desceu os morros", chegando às áreas nobres do Rio de Janeiro. O programa da Furacão 2000 (inspirado no programa americano Soul Train) na Central Nacional de Televisão fazia sucesso, trazendo os destaques do funk e deixando de ser exibido apenas no Rio de Janeiro, ganhando uma edição nacional.[2] Além disso, muitos artistas passaram a se apresentar no programa Xuxa Park, apresentada por Xuxa.[27][28] Artistas como Claudinho & Buchecha, entre outros, tornaram-se referência nessa fase áurea, além de equipes de som como Pipo's, Cashbox e outras. A Rádio Imprensa teve papel importante nesse processo, ao abrir espaço para os programas destas e de várias outras equipes.

Alguns bordões e gritos de guerra criados nos bailes tornavam-se sucesso, como foi o caso de "Uh, tererê" (um falso cognato do rap "Whoop! There it is!" do grupo americano Tag Team) e "Ah, eu tô maluco".[29]

Em 1997, Mestre Jorjão da bateria da Viradouro introduziu a "paradinha funk" no desfile de carnaval.[30] Paralelo a isso, outra corrente do funk ganhava espaço junto às populações carentes: o "proibidão". Normalmente com temas vinculados ao tráfico de drogas, os raps eram, muitas vezes, exaltações a grupos criminosos locais e provocações a grupos rivais, os "alemães" (gíria também usada para denominar os grupos rivais dentro dos bailes funk). Normalmente, as músicas eram cantadas apenas em bailes realizados dentro das comunidades e divulgados em algumas rádios comunitárias. Ao final da década, além de todas as variantes acima, surgiram músicas com conotação erótica. Essa temática, caracterizada por músicas de letras sensuais, por vezes vulgares, que começou no final da década, ganhou força e teria seu principal momento ao longo dos anos 2000.

Anos 2000

O funk conseguiu mascarar seu ritmo, mostrando-se mais parecido com o rap americano e integrando-se mais às demais classes sociais. Sua batida repetitiva, denominada "pancadão" ou "tamborzão", é inspirado em batidas do miami bass, do freestyle, do rap americano de canções como Light Years Away", do grupo de hip hop Warp 9 conhecida como "Melô da macumba" e "Don't Stop the Rock", do Freestyle, conhecida como "Melô da explosão", "808 Volt Mix" do DJ Battery Brain e as fusões de rítmicas de samba, funk, soul e rap do grupo de percussão Funk'n'Lata,[31] criado por Ivo Meirelles da bateria da Estação Primeira de Mangueira.[32][33][34] Isso contribuiu para que mais pessoas se tornassem seus adeptos, fazendo com que o estilo chegasse a movimentar cerca de 10 000 000 de reais por mês no estado do Rio de Janeiro entre os anos de 2007 e 2008.[35] Algumas letras eróticas e de duplo sentido, normalmente desvalorizando o gênero feminino, também revelavam uma não originalidade, ao copiar samples de outros estilos.[36]

A inglesa M.I.A. frequentemente usa ritmos dos bailes funk em suas músicas, especialmente no álbum Arular. Isso ajudou a difundir internacionalmente o estilo.

Em 2000, foi criada uma lei para regulamentar os bailes funks,[37] no mesmo ano, a banda de rock gaúcha DeFalla experimenta o sucesso no gênero com o hit "Popozuda Rock'n'Roll" do álbum Miami Rock, vendo o sucesso do gênero, a gravadora som Livre lança a coletânea Explosão Tekno Funk.[38] No ano anterior, o vocalista da banda DeFalla, Edu K havia misturado rock e funk carioca ao produzir Broncas Legais, o primeiro álbum da banda Comunidade Nin-Jitsu.[39][40]

Em 2001, o grupo de pagode baiano É o Tchan!, cujas vendas começaram cair naquele ano, gravou um álbum dedicado ao gênero, produzido pelo DJ Memê [41] já o grupo As Meninas gravou uma versão cover de Um Tapinha não Dói,[42] curiosamente, uma canção do grupo, Xibom Bombom, inspirou o hit O Rap do Sufocador de Mister Catra.[36] O funk ganhou espaço fora do Rio de Janeiro e ganhou reconhecimento internacional quando foi eleito umas das grandes sensações do verão europeu de 2005. Foi a base para um sucesso da cantora inglesa M.I.A., "Bucky Done Gun", produzido por Diplo,[43] que também excursionou pelo gênero.[44]

Apesar do sucesso, nesse período, os artistas do funk não ganhavam cachês altos, apesar de um CD da Furacão 2000, Tornado Muito Nervoso 2, ter vendido 350 mil cópias,[45] segundo a empresária Kamilla Fialho, criadora da produtora K2L e ex-funcionária da Furacão 2000: "O que tinha na época era a estrutura da Furacão e o DJ Marlboro. A Furacão era estrela, o Marlboro era estrela. Os artistas eram complemento dos eventos."[46]

Tati Quebra Barraco é reconhecida como uma das pioneiras no gênero musical, e uma das principais mulheres expoentes do estilo.

Um dos destaques dessa fase (e que foi objeto até de um documentário europeu sobre o tema) foi a cantora Tati Quebra-Barraco, que se tornou, através das letras de suas músicas, um símbolo de mulheres que demonstram resistência à dominação masculina[carece de fontes?]. Em 2004 a funkeira foi convidada a participar do "Festival Ladyfest", em Stuttgart, que queria uma artista feminina como representante da cultura brasileira. Além do festival, a cantora apresentou-se também em uma festa para convidados no Palácio da República, em Berlim e ainda fez shows em Berlim, Zurique e Amsterdã. A passagem, paga pelo Ministério da Cultura, gerou polêmica em vários jornais no Brasil, chegando o Jornal O Globo Online a criar a pergunta: "funk é cultura?", contando com mais de 500 respostas e opiniões diversas. Parte da sociedade criticou o empreendimento artístico do governo. Até a própria classe artística ficou dividida com relação ao fato.

Em julho de 2007, em Angola, surgiu o primeiro grupo de funk angolano, "Os Besta-Fera". Seu vocalista principal, MC Lucas, esteve no Rio de Janeiro, onde aprendeu a cantar o funk carioca. O estilo também está presente no trabalho da cantora japonesa Tigarah.[47]

A respeito desse sucesso, o antropólogo Hermano Vianna, autor do pioneiro estudo "O Mundo Funk Carioca" (1988), ISBN 8571100365, afirmou:

Em 2008, Leonardo Mota, o MC Leonardo, fundou a Associação dos Profissionais e Amigos do Funk (Apafunk). Leonardo iniciou a carreira na década de 1990, ao lado do irmão Júnior, tendo sido ambos responsáveis pelo sucesso Rap das Armas,[48][49] no mesmo ano, o deputado federal Chico Alencar (PSOL - RJ) apresenta um projeto de lei que declara o ritmo "forma de manifestação cultural popular".[50] Em julho de 2009, a Apafunk criou a "roda de funk", inspirada nas rodas de samba.[51][52]

Em setembro de 2009, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro aprovou o projeto dos deputados Wagner Montes e Marcelo Freixo que definiu o funk como "movimento cultural e musical de caráter popular do Rio de Janeiro".[53] Em novembro do mesmo ano, a secretária de transportes do Estado do Rio de Janeiro lançou o evento conhecido como "Trem do Funk", inspirado no evento anterior "Trem do Samba", que já era realizado desde 1996. Através desse evento, a Supervia destina uma composição que abriga uma festa dedicada ao funk circulando desde a estação da Central do Brasil até Belford Roxo.[54]

Anos 2010

Em 2011, foi realizado a "Batalha dos Passinhos", um concurso promovendo o estilo de dança criado nos bailes e inspirado em passos de outros estilos musicais, como o ballet clássico, o jazz, o hip hop e o frevo.[55] No mesmo ano, foi realizada a primeira "Rio Parada Funk".[56] Em 2012, esse estilo de dança ganhou as páginas policiais, após o dançarino Gualter Damasceno Rocha, de 22 anos, conhecido com o "Rei dos Passinhos", ter sido assassinado. Gualter desapareceu na noite de réveillon: após sete dias, teve o corpo reconhecido por um irmão através de fotos.[57]

Ainda 2011, surge a "Liga do Funk", uma associação paulista idealizada pelo empresário Marcelo Galático.[58][59][60] Foi também lançado o musical Funk Brasil - 40 anos de baile, baseado no livro Batidão - Uma História de Funk, do jornalista Silvio Essinger.[8]

O gênero foi ganhando cada vez mais espaço no carnaval carioca,[61][62] sendo adotado por grupos de bate-bola[63] e o surgimento do Bloco Apafunk.[64] Artistas do funk carioca começaram a se profissionalizar,[46] passando a fazer aula de canto e instrumentos musicais,[65] usar bandas, coreografias, uma das pioneiras na mudança foi a produtora K2L de Kamilla Fialho, que empresariou artistas como Naldo Benny (ex- MC-Naldo, que fazia dupla com seu irmão Lula, morto em 2008), MC Sapão,[66] Lexa e Anitta,[67] alguns desses elementos como o uso de bandas já eram vistos em Claudinho & Buchecha,[68] mas não foi algo que se expandiu muito no gênero.

Os artistas também passaram a incorporar elementos de hip hop, pop e R&B.[69][70][71] Segundo Fialho, isso se refletiu no cachê, após sair da Furacão 2000, em três ou quatro meses, o cachê de Anitta saltou de R$ 1.500,00 para R$ 15.000,00.[72]

Entre 2013 e 2016 o funk carioca foi perdendo espaço para o funk paulista e o funk ostentação.[73] Entre os principais representantes do movimento atual estiveram Nego do Borel, MC TH, MC Delano, MC Nandinho e MC Nego Bam.[74][75] A popularização da canção "Baile de favela" de MC João, em 2015, trouxe à mídia as festas nas quais são realizados os eventos de funk em São Paulo, conhecidas como "bailes de favela".[76] Diversos meios de comunicação abordaram reportagens sobre estes eventos, inclusive sendo alvo de uma reportagem do programa televisivo A Liga, da Rede Bandeirantes.[77] O teor de erotismo das músicas e a promiscuidade vista dentro dos bailes também foi pauta de jornais reconhecidos no país, como O Globo.[78]

Em 2018, Câmara Municipal do Rio de Janeiro aprovou o projeto da vereadora Verônica Costa que definiu o passinho como "Patrimônio Cultural Imaterial do povo carioca".[79] Em 2019, mais reconhecimento internacional, o MC Kevin o Chris grava uma versão de "Ela é do Tipo" com rapper americano Drake,[80] Madonna grava com Anitta uma versão cover de Faz Gostoso de Blaya, cantora brasileira que vive em Portugal, para onde Madonna se mudou em 2017.[81]

São Paulo

Durante muitos anos, cultivou-se uma grande rivalidade entre os estados de São Paulo e Rio de Janeiro no que tange aos estilos musicais predominantes em cada região.[82][83] O Rio de Janeiro, por exemplo, criou o ritmo funk carioca, que possui em sua essência temas como a vida nas favelas e a exaltação da mulher - esta última, através do funk melody, e ao "proibidão", que canta sobre criminalidade e possui conteúdos de apelo sexual; no entanto, tal estilo não era aceito em São Paulo, pois era julgado pela maioria como alienante - apesar de uma crítica social se encontrar presente.[84] Em contrapartida, os paulistas apresentavam um discurso contundente espelhado nos rappers norte-americanos da chamada velha escola do hip hop, preocupando-se em expor os problemas do governo em batidas pesadas e agressivas, as quais não foram bem-recebidas no estado vizinho por serem vistas como "chatas e antidiversão".[84] Esta divisão explica a existência de poucos cantores de funk em São Paulo, bem como poucos rappers no Rio de Janeiro.[85] Com o funk ostentação, essa divisão entre os estados acabou ficando bem menor, visto que ambos encontraram um "meio-termo" em seus ideais.[84]

O funk carioca nunca foi um dos estilos musicais mais populares no estado de São Paulo, sendo que em meados da década de 1990, cerca de cinco DJs executavam canções do gênero em festas e bailes.[86] DJ Baphafinha, um dos pioneiros na profissão em São Paulo, afirmou que o funk chegou na Baixada Santista no ano de 1995, através de Lourival Fagundes, dono da gravadora Footloose.[86] Sem fazer nenhuma menção à ostentação, os MCs Jorginho e Daniel compuseram a primeira música de funk paulista, chamada "Fubanga Macumbeira", que em tom humorado fazia menção à mulheres.[86][87] Desde tal momento até 2008, o funk do estado de São Paulo procurou abordar temas como a criminalidade e o erotismo, mantendo a sonoridade e a temática muito similares ao do funk carioca, tendo como destaque nomes como MC Dinho da Neném, MCs Renatinho & Alemão, e MC Duda do Marapé.[86]

Em 2011, surgiu a "Liga da Funk", uma associação paulista idealizada pelo empresário Marcelo Galático.[58] Em 2016, é sancionado o Dia Estadual do Funk de São Paulo, em homenagem ao MC Daleste.[88]

Subgêneros

Funk melody

Ver artigo principal: Funk melody

Funk ostentação

Ver artigo principal: Funk ostentação

Funk ousadia

Ver artigo principal: Funk ousadia

Funk proibidão

Ver artigo principal: Funk proibidão

New funk

Subgênero surgido em 1999, o new funk misturava o funk carioca com dance-pop . Enquanto que as letras das músicas de funk carioca naquela época eram focadas nas dificuldades nas favelas, o new funk apresentava ritmos e letras centradas na sensualidade e no divertimento.[89] O primeiro artista do gênero a ganhar repercussão nacional foi o Bonde do Tigrão, que além dos DJs e MCs do funk tradicional, também instaurou a necessidade de dançarinos e coreografias para as canções.

Eletrofunk

Surgido em 2011 em Curitiba, no Paraná, o gênero mistura música eletrônica com funk carioca, sendo impulsionado pela produtora Eletrofunk Brasil, que revelou diversos artistas paranaenses, produzindo e lançando videoclipes em seu canal no Youtube.[90] O gênero ganhou repercussão nacional em 2012 com a cantora MC Mayara com as faixas "Primeira Vez" e "Teoria da Branca de Neve".[91] Aos poucos outros artistas ganharam fama, como Edy Lemond, DZ MC's e DJ Cléber.[92]

Brega funk

Ver artigo principal: Brega funk

Funk 150 BPM

Em 2018 surgiu uma outra vertente, o funk carioca de 150 batidas por minuto ou 150 BPM, liderado pelos DJs Polyvox[93][94][95] e Rennan da Penha.[96] Em 2019, o funk carioca 150 BPM foi adotado por blocos carnavalescos.[97]

Funknejo

Surgiu por volta de 2017, através de rearranjos de hits do sertanejo universitário para a batida comum do funk feitos por DJs. A vertente ganhou mais força quando as parcerias entre duplas sertanejas e MCs do funk tiveram início dando origem a novos sucessos musicais dentro desse ritmo.[98]

Pagofunk

Fusão do funk carioca com o pagode,[99][100][101] o termo também se refere a festas onde tocam ambos os estilos,[102] as origens do subgênero podem ser rastreadas em meados dos anos 90, em 1997, a dupla Claudinho & Buchecha gravou a canção Fuzuê no álbum A Forma, a canção usa um cavaquinho, instrumento presentes em gêneros como samba, choro e pagode, na letra, a dupla homenageia artistas do pagode,[103] antes de formar a dupla com Claudinho, Buchecha integrou uma banda de pagode chamada Raio de Luz.[104] O Grupo Raça fez sucesso com "Ela sambou, eu dancei", escrita por Arlindo Cruz, A. Marques e Geraldão,[105] que fazia alusão ao funk carioca, em 2014, a canção ganhou uma releitura com elementos de funk carioca com o próprio Arlindo Cruz com Mr. Catra.[106]

Mc Leozinho, fez uso do cavaquinho na canção Sente a pegada de 2008.[107] Artistas como MC Delano e Ludmilla também o uso de cavaquinho em algumas canções,[107] em 2015, Ludimilla também participou de um dueto com o grupo Molejo de Polivalência do álbum de mesmo nome lançado em 2000, em 2020, lançou Numanice, um EP dedicado ao pagode.[108][109]

Críticas

O estilo musical, embora apresente expansão mercadológica, continua sendo alvo de muita resistência da sociedade,[110][111] sendo bastante criticado por intelectuais e por parte da população. O funk carioca costuma ser criticado por sua pobreza criativa; por apresentar uma linguagem obscena e vulgar; e por fazer apologia à violência e ao consumo e ao tráfico de drogas.[112][113]

Regis Tadeu em sua crítica para o Yahoo!, disse que

O jornalista Gilson Santos, disse que o funk é

O músico Domenico Lancellotti acredita que apesar das limitações, o gênero possui qualidades:[116]

Grande parte do criticismo vem da associação do ritmo ao tráfico de drogas, pois bailes funk são costumeiramente realizados por traficantes para atrair consumidores de drogas aos morros.[117] Outro problema relatado sobre o funk é o volume no qual costuma ser executado: bailes funk, quase sempre, não respeitam qualquer limite quanto ao volume de som, infringindo leis relativas ao limite de volume permitido em ambientes públicos.[118][119][120][121]

Em junho de 2017, uma sugestão legislativa para criminalização do gênero, proposta pelo microempresário Marcelo Alonso chegou ao Senado Federal,[122] em setembro do mesmo ano, o senador Romário, relator da proposta, rejeitou a mesma na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado.[123] Em dezembro do mesmo ano, o clipe canção "Vai Malandra", de Anitta, fez uma crítica à proposta e foi alvo de críticas, sendo acusado de apropriação cultural e objetivação do corpo feminino,[124] apesar de a cantora contradizer tais acusações.

Em janeiro de 2018, duas canções foram motivo de controvérsias, o single Que Tiro Foi Esse de Jojo Maronttini, foi acusada de fazer apologia a violência, segunda a cantora, o nome da canção veio de uma gíria LGBT,[125] já o single, "Só surubinha de leve" do MC Diguinho foi acusada de fazer apologia ao estupro, devido a polêmica, a canção foi retirada do serviço de streaming Spotify.[126]

Respondendo a qualidade duvidosa das letras do funk carioca em entrevista ao Nova Escola, Marcos Neira, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) respondeu que o gênero é "um complexo movimento cultural. Rejeitá-lo como um todo por causa de algumas de suas características é desconhecimento e preconceito".[7]

Para Bruno Ramos, articulador nacional do Movimento Funk, falta envolvimento do Estado:

A forma como o Estado enxerga o jovem da periferia é sempre como problema e não solução. Os fluxos incomodam por causa da ocupação das ruas, do volume das músicas, das letras. Se as letras têm uma problemática, é porque as pessoas não conhecem nossa realidade. As outras questões não têm relação com o funk, e sim com a falta de iniciativas públicas que ajudem a organizar os bailes.[127]

Ver também

Predefinição:Notas

Referências

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  2. 2,0 2,1 2,2 2,3 2,4 2,5 2,6 2,7 2,8 Silvio Essinger. Editora Record, ed. Batidão: uma história do funk. 2005. [S.l.: s.n.] ISBN 9788501071651 
  3. 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Janaína Medeiros. Editora Terceiro Nome, ed. Funk carioca: crime ou cultura? : o som dá medo e prazer Coleção Repórter especial. 2006. [S.l.: s.n.] 16 páginas. ISBN 9788587556745 
  4. Furacão 2000. Disponível em http://furacao2000.com.br/site/agenda/. Acesso em 24 de abril de 2013.
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  13. Referência para funk carioca, movimento Black Rio se renova aos 40 anos
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  32. A História do 'Tamborzão', a Levada Que Deu Cara ao funk carioca
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  35. 35,0 35,1 Funk movimenta R$ 10 milhões por mês só no Rio de Janeiro, diz estudo
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Web

Bibliografia

Predefinição:Gêneros de música popular do Brasil Predefinição:Funk no Brasil

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