Infraestruturas de Portugal, S.A. | |
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Logótipo da empresa | |
Sociedade anónima | |
Slogan | 'Ligamos destinos' |
Fundação | Lisboa |
Sede | Almada |
Área(s) servida(s) | Portugal (Rede Rodoferroviária Portuguesa) |
Proprietário(s) | Governo da República Portuguesa |
Presidente | António Laranjo |
Vice-presidente | José Serrano Gordo
Carlos Gonçalves |
Empregados | 3852 (2016) |
Subsidiárias | IP Engenharia, IP Telecom, IP Património, GIL |
Acionistas | Estado Português (100%) |
Antecessora(s) | REFER, E.P.E. e EP - Estradas de Portugal, S.A. |
Website oficial | www.infraestruturasdeportugal.pt |
A Infraestruturas de Portugal, S.A. (IP) é a empresa pública que resulta da fusão entre a REFER, Rede Ferroviária Nacional, e a EP, Estradas de Portugal, empresas destinadas a gerir e administrar as infraestruturas ferroviárias e rodoviárias em Portugal, respectivamente.
Caracterização
Estradas de Portugal
A EP - Estradas de Portugal, S.A., abreviada Estradas de Portugal ou EP, foi uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos criada a 21 de Dezembro de 2004, como EP - Estradas de Portugal, EPE, para se ocupar da administração das rodovias em Portugal.
Sucedeu à JAE - Junta Autónoma das Estradas, fundada a 20 de Julho de 1927, e ao IEP - Instituto das Estradas de Portugal, criado a 25 de Junho de 1999.
Através do Decreto-Lei nº 91/2015, de 29 de maio, foi determinada a sua extinção e incorporação, por fusão, na REFER - Rede Ferroviária Nacional, que passou a desginar-se Infraestruturas de Portugal, SA.
A EP atuava nas áreas de financiamento, conservação, exploração, requalificação e o alargamentos da Rede Rodoviária Nacional.[1]
Trabalhava ainda nas seguintes vertentes;
- Gestão da Ponte 25 de Abril em articulação com a REFER e a Lusoponte;
- Concessionárias e subconcessionárias de infraestruturas rodoviárias;
- Limpa-neves nas estradas sujeitas a queda de neve e formação de gelo;
REFER
A Rede Ferroviária Nacional - REFER, EP foi criada em 1997, pelo Decreto-Lei n.º 104/97, de 29 de Abril, como empresa pública responsável pela prestação do serviço público de gestão, renovação, construção e conservação da infra-estrutura integrante da rede ferroviária nacional. Foi criada a partir da transferência para a REFER da Direcção Geral de Engenharia e Investimentos, da Divisão de Aprovisionamentos, e da Direcção Geral de Gestão e Infraestruturas da empresa Caminhos de Ferro Portugueses, E.P., e dos seus cerca de 2000 trabalhadores dessas áreas.[2]
Em 22 de julho de 2008, o Decreto-Lei nº 141/2008 altera a denominação para Rede Ferroviária Nacional - REFER, EPE (Entidade Pública Empresarial) e introduz alterações aos seus estatutos, procedendo à sua republicação.
A REFER não podia, porém, explorar quaisquer serviços ferroviários, de forma a manter uma total isenção relativamente aos diversos operadores ferroviários, assegurando uma melhor harmonização com as iniciativas privadas nesta área.[3]
A REFER estava sujeita à tutela dos ministros responsáveis pela área das finanças e pelo sector dos transportes.
Através do Decreto-Lei nº 91/2015, de 29 de maio, com efeitos a partir de 1 de junho de 2015, a REFER incorporou, por fusão, a Estradas de Portugal (EP), convertendo-se em sociedade anónima (S.A.) e passando a designar-se Infraestruturas de Portugal, S.A..
Presidentes do Conselho de Administração
Titular | Mandato | Empresa |
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Manuel Frasquilho | 1997 - 2000 | REFER |
Francisco Cardoso dos Reis | 2000 - 2002 | REFER |
José Braamcamp Sobral | 2002 - 2005 | REFER |
Luís Filipe Pardal | 2005 - 2012 | REFER |
Rui Loureiro | 2012 - 2014 | REFER |
António Manuel Palma Ramalho | 2015 - 2016 | IP |
António Laranjo | 2016 - presente | IP |
História
Antecedentes
A noção de que uma só entidade deveria ser responsável pela gestão de toda a rede ferroviária em Portugal continental, fundada pela Lei n.º 2008, publicada em 7 de Dezembro de 1945, permaneceu como a ideia dominante durante grande parte da segunda metade do Século XX; na transição da Década de 1980 para a de 1990, no entanto, verificou-se uma alteração nas tendências jurídicas portuguesas, que começaram a privilegiar o estado como organismo decisório do financiamento dos investimentos em infra-estruturas de longa duração.[3]
Assim, em 17 de Março de 1990, foi publicada a Lei n.º 10/90, mais conhecida como Lei de Bases do Sistema de Transportes Terrestres, que veio estabelecer as bases para uma separação entre a gestão das operações ferroviárias, que poderia ser efectuada por uma ou mais empresas, e a construção, renovação e conservação das infra-estruturas ferroviárias, que deveria ficar a cargo do estado ou a uma entidade designada para essa função; desta forma, agilizavam-se os processos de investimento para a gestão das infra-estruturas, modernizava-se a administração dos caminhos de ferro, aproximando-a do direito comunitário em vigor nesta área e permitindo uma resposta mais adequada às necessidades das empresas e populações, e permitia que mais empresas pudessem entrar no mercado da exploração de serviços ferroviários, através da criação de taxas de utilização das infra-estruturas, método este que se já se havia tornado comum, nesta altura, nos vários países da Comunidade Económica Europeia.[3]
Formação e consolidação
Segundo estas orientações, foi fundada, pelo Decreto-Lei n.º 104/97, de 29 de Abril, a Rede Ferroviária Nacional — REFER, E. P., com o objectivo de específico de administrar as infra-estruturas ferroviárias em Portugal; substituiu, igualmente, os Gabinetes do Nó Ferroviário de Lisboa, do Nó Ferroviário do Porto, e de Gestão das Obras de Instalação do Caminho de Ferro na Ponte sobre o Tejo em Lisboa, organismos estatais, que tinham sido criados com uma função similar à Rede Ferroviária Nacional, mas com uma influência territorial mais limitada.[3]
Os primeiros anos de existência desta organização foram marcados por um esforço de consolidação, no qual se verificou a transferência das antigas infra-estruturas e operações ferroviárias da transportadora Caminhos de Ferro Portugueses, entre Junho de 1997 e os finais de 1999.[4] Desta cisão resultaram várias alterações na cultura e gestão ferroviárias, que forçaram a Rede Ferroviária Nacional a adaptar a sua organização, em 2001; uma das principais modificações foi a introdução de novas medidas de qualidade e segurança nos investimentos e na gestão ferroviárias, em acordo com as resoluções nas legislações portuguesa e comunitárias.[4] Também se levou a cabo a modernização das actividades de Comando e Controlo da Circulação, através da reorganização da sua estrutura, de forma a se ajustar melhor às necessidades, e da introdução de novas tecnologias de gestão de circulação.[4] A administração da capacidade das infra-estruturas também sofreu modificações, tendo sido reduzido o número de efectivos, e instituídas novos mecanismos e aplicações de apoio.[4] No entanto, vários problemas de financiamento por parte do Estado Português, não obstante as definições introduzidas pela legislação, levaram a Rede Ferroviária Nacional a apelar ao crédito.[4]
O Setor rodoviário e ferroviário em Portugal
O setor rodo e ferroviário em Portugal é tutelado pelo Ministério do Planeamento e das Infraestruturas, Secretaria de Estado das Infraestruturas. O modelo ferroviário português, inspirado na reforma do sector ferroviário preconizada pela União Europeia, compreende:
- O responsável pela regulação, supervisão e desenvolvimento do sector, IMT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes;
- O gestor de infraestruturas, Infraestruturas de Portugal;
- Os operadores de transporte de passageiros e de mercadorias CP, Fertagus, Medway, Takargo.
Rede
Rede Rodoviária
Em 8 de Junho de 2015:
- TOTAL: 17 874 km
Principais vias de alta capacidade em exploração:
- Ponte Internacional de Valença e acessos (IP1 variante de Valença)
- IC28 (Ponte de Lima-Ponte da Barca)
- VCI/IC23 (Via de Cintura Interna do Porto) com as pontes da Arrábida e do Freixo e acessos (A20)
- EN1/IC2 (Porto-Lisboa)
- Variante de Vilar Formoso (IP5)
- IP3 (Coimbra-Viseu)
- IC6 (IP3-Tábua)
- IC12 (Santa Comba Dão-Canas de Senhorim)
- A23 (troço Entroncamento-Abrantes)
- IP2 no Alto Alentejo (Fratel-Estremoz)
- IP6 (Peniche-Óbidos)
- IC13 (Portalegre-Alter do Chão)
- Ponte Salgueiro Maia e acessos (IC10)
- Eixo Norte-Sul
- IC16 (Radial da Pontinha)
- CRIL/IC17 (Circular Regional Interna de Lisboa)
- IC19 (Radial de Sintra)
- IC22 (Radial de Odivelas)
- Eixo Norte-Sul
- IC1 (troço Grândola-Albufeira)
- IC27 (Alcoutim-Castro Marim)
- Ponte Internacional do Guadiana
Rede Ferroviária
Em 8 de Junho de 2015:
- LINHAS e RAMAIS EM EXPLORAÇÃO, 2 562 km
- LINHAS e RAMAIS ELECTRIFICADOS, 1 633,7 km
Linhas ferroviárias
- Linha do Minho
- Ramal de Braga
- Linha de Guimarães
- Linha do Douro
- Linha de Leixões
- Linha do Norte
- Linha do Vouga e Ramal de Aveiro
- Linha da Beira Alta
- Ramal de Alfarelos
- Linha do Oeste
- Ramal de Tomar
- Ramal da Lousã
- Linha de Vendas Novas
- Linha do Leste
- Linha da Beira Baixa
- Linha de Cintura
- Linha de Sintra
- Linha de Cascais
- Linha do Alentejo
- Linha de Évora
- Linha do Sul
- Linha do Algarve
Principais estações terminais
- Viana do Castelo
- Braga
- Guimarães
- Porto - São Bento
- Porto-Campanhã
- Régua
- Pocinho
- Aveiro
- Guarda
- Coimbra-B
- Coimbra
- Figueira da Foz
- Gare do Oriente
- Lisboa-Santa Apolónia
- Rossio
- Cais do Sodré
- Cascais
- Entrecampos
- Barreiro
- Setúbal
- Évora
- Beja
- Faro
- Lagos
- Vila Real de Santo António
Estações fronteiriças
Outras estações de transbordo (nós ferroviários)
- Nine
- Lousado
- Ermesinde
- Pampilhosa
- Alfarelos
- Bifurcação de Lares
- Lamarosa
- Entroncamento
- Abrantes
- Mira Sintra-Meleças
- Alcântara-Terra
- Pinhal Novo
- Casa Branca
- Tunes
Principais estações de via estreita
Ver também
Referências
- ↑ «Cópia arquivada». Consultado em 8 de junho de 2015. Arquivado do original em 13 de fevereiro de 2015
- ↑ «1998 - Um marco». Boletim CP. III. Dezembro de 1997. Arquivado do original em 23 de maio de 1998
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 PORTUGAL. Decreto-Lei n.º 104/97, de 29 de Abril. Ministério do Equipamento, do Planeamento e da Administração do Território, 8 de Abril de 1997
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 «Relatório e Contas 2001». Rede Ferroviária Nacional. 2002: 3, 4