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Copa Intercontinental

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Copa Europeia/Sul-Americana
Copa Intercontinental
ToyotaCup.png
Dados gerais
Organização UEFA e Conmebol
(de 1960 a 1979)
Associação de Futebol do Japão
(de 1980 a 2004, com supervisão dessas confederações)[1][2]
Edições 43
Outros nomes Copa Europeia Sul-Americana
Copa Toyota
Copa Intercontinental
Sistema Jogos de ida e volta ou jogo único
editar

A Copa Europeia/Sul-Americana (português brasileiro) ou Taça Europeia/Sul-Americana (português europeu), Copa Intercontinental (português brasileiro) ou Taça Intercontinental (português europeu), ou Copa Toyota (português brasileiro) ou Taça Toyota (português europeu), foi um torneio de futebol realizado entre 1960 e 2004. Ela era disputada pelos campeões da Liga dos Campeões da UEFA e da Copa Libertadores da América.

De 1960 até 1979, a competição foi organizada por meio de uma parceria entre UEFA e CONMEBOL e os jogos eram disputados nos países dos respectivos campeões continentais, em dois jogos, no sistema de ida-e-volta. De 1960 a 1968, o regulamento utilizado levava em conta apenas os pontos conquistados nas partidas, sem levar em conta o saldo de gols; em caso de empate em número de pontos, uma terceira partida era necessária para o desempate, tendo a terceira partida ocorrido em 1961, 1963, 1964 e 1967, sendo que em 1964 e 1967 a partida-desempate foi jogada em país-neutro. De 1969 a 1979, o saldo de gols agregados das duas partidas passou a contar como critério de desempate. A exceção neste período foi a edição de 1973, jogada em partida única. Nas edições de 1971, 1973, 1974, 1977 e 1979, o clube campeão europeu se recusou a participar e foi substituído pelo vice-campeão; em apenas uma entre estas cinco ocasiões, o vice-campeão europeu se sagrou vencedor do duelo (1974). De 1980 até 2004, a competição foi disputada em uma única partida realizada no Japão, passando a ser organizada pela Associação de Futebol do Japão e denominada Copa Toyota, por questões de patrocínio,[3][4][5][6][7] porém continuando sendo supervisionada por UEFA e CONMEBOL.[8][2] Em 2005, a Copa Intercontinental foi extinta, cedendo lugar à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, cuja primeira edição foi em 2000. Todas as edições da Copa Intercontinental, de 1960 a 2004, foram competições oficiais de UEFA e CONMEBOL.[9][10][9][10] A mesma nunca foi um evento mundial oficial da FIFA, mesmo considerando o caráter de competição oficial.[11][12][13][14][15]

No dia 27 de outubro de 2017, foi realizada uma reunião na Índia, que dentre outros assuntos, a pedido do presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, o Conselho da FIFA tratou do reconhecimento ou não dos títulos da Copa Intercontinental como sendo mundiais. A solicitação foi aceita e, com isso, os vencedores da Copa Intercontinental passaram a ter oficialmente o status de campeões mundiais.[16][17] No entanto, sem promover a unificação com a atual competição da entidade.[18][19]

Entretanto, em 22 de novembro de 2018, a FIFA volta a gerar polêmica, ao divulgar em suas redes sociais oficiais que o único clube não-europeu a ser bicampeão da Copa do Mundo de Clubes (Club World Cup) é o Corinthians. Assim, parte da imprensa entendeu, erroneamente, que a entidade não consideraria oficialmente os vencedores da Copa Intercontinental disputada até 2004 como campeões mundiais.[20][21][22] Porém, na referida postagem da FIFA, a mesma se refere especificamente à Copa do Mundo de Clubes da FIFA (Club World Cup), e não ao conceito mais geral de "campeão mundial de clubes" ("world champion"), que poderia incluir outras competições.

Alejandro Domínguez, citou em entrevista a uma rádio argentina, que as negociações entre CONMEBOL e UEFA para uma reedição da Copa Intercontinental em 2018, estavam bastante adiantadas.[23] Porém, no ano seguinte, disse que os planos foram adiados em razão do novo formato do Mundial de Clubes da FIFA.[24]

História

Antecedentes

Cumprimentando-se antes da final da Copa Libertadores de 1962, os maiores artilheiros da história da Copa Intercontinental: o brasileiro Pelé, do Santos, e o equatoriano Alberto Spencer, do Peñarol, respectivamente com 7 e 6 gols na história da disputa euro-sul-americana.

A Copa Intercontinental apresentou uma inovação: nas competições internacionais de clubes anteriores, os clubes (em geral, clubes campeões) participavam como representantes de seus respectivos países, a Copa Intercontinental foi a primeira competição em que os clubes participavam como representantes não de seus países, mas sim de seus continentes. A Copa Intercontinental não foi a primeira competição de clubes envolvendo representantes originários da Europa e América do Sul, tendo sido antecedida pela Copa Rio e pela Pequena Taça do Mundo.

Um vídeo traz uma narração, em língua francesa, de momentos da partida final do Torneio de Paris de 1957 (torneio amistoso realizado pelos 25 anos do Racing Club de Paris),[25] entre o Real Madrid contra a equipe sul-americana Vasco da Gama (partida realizada cerca de 1 ano e 4 meses antes do anúncio de criação da Copa Intercontinental em outubro de 1958), em que se afirma que a partida foi o jogo entre "a melhor equipe da América do Sul e o campeão da Europa",[26][27] o que a tornaria a primeira partida entendida como o "melhor time da Europa versus o melhor time da América do Sul", antes da criação da Copa Intercontinental, podendo ter influenciado para a proposta de criação da mesma em 1958.[28] Porém, o vídeo é de origem não-identificada e não são conhecidas outras fontes da própria época dando tal status àquela final do Torneio de Paris.

A despeito de algumas fontes recentes afirmarem uma relação entre estes torneios e a Copa Intercontinental, os jornais que tratam da criação da mesma em 1958 não fazem referência a estes torneios anteriores. Ademais, a Copa Intercontinental foi a primeira competição intercontinental (com clubes de mais de um continente) organizada por entidades internacionais oficiais do futebol (UEFA e CONMEBOL), e a primeira a ter critérios fixos na qualificação dos participantes (campeão da Copa dos Campeões da Europa contra o campeão da Copa Libertadores da América).

A Criação

João Havelange. Como presidente da CBD, impulsionou a criação das Taças Brasil, Libertadores e Intercontinental, anunciando o projeto em reunião da UEFA, da qual participou como convidado em 08 de outubro de 1958.

A primeira menção a um encontro intercontinental entre uma equipe representativa da Europa e outra da América ocorreu em março de 1957, porém dizia respeito a seleções, não clubes: seria uma partida entre uma seleção europeia e outra americana (esta, composta de jogadores de seleções sul-americanas), que seria realizada no Estádio Santiago Bernabeu em 1958, organizada pela UEFA antes da Copa do Mundo de 1958.[29][30] Porém, não ocorreu.

Em setembro de 1958, o então presidente da CONMEBOL, o brasileiro José Ramos de Freitas, fez uma viagem à Argentina para, dentre outros assuntos, tratar da criação de um campeonato sul-americano de clubes campeões,[31] e em 08 de outubro de 1958, foi anunciada em Paris pelo presidente da CBD, João Havelange,[32] a decisão de realizar a Copa dos Campeões da América (mais tarde chamada de Copa Libertadores da América) e a Copa Intercontinental, esta última uma confrontação anual entre os clubes campeões de Europa e América, em jogos de ida e volta (um jogo em cada um dos países dos clubes envolvidos, e um jogo-desempate, se necessário), tendo as duas competições (Libertadores e Intercontinental) sido propostas em parte com o objetivo de permitir testar a invencibilidade do mesmo Real Madrid, campeão da Europa, contra o melhor clube da América do Sul, a ser definido na Copa Libertadores.[33] A proposta de João Havelange de 1958 vislumbrava a possibilidade de incluir clubes campeões não só da América do Sul mas também de México, Estados Unidos e Canadá, porém acabou incluindo apenas os da América do Sul (filiados à CONMEBOL). Algumas fontes atribuem ao Real Madrid, em particular a seu presidente Santiago Bernabéu, o impulso para o estabelecimento da Copa Intercontinental, pois o clube desejaria testar sua hegemonia além da Europa, onde vinha sagrando-se campeão continental,[34] e a matéria do jornal El Mundo Deportivo, de 9 de outubro de 1958, traz declarações do então presidente do Real Madrid, Santiago Bernabéu, de que o clube postulava continuar vencendo a Copa dos Campeões da Europa e poder jogar a final intercontinental contra o campeão sul-americano. Algumas fontes afirmam que foi o dirigente francês Henri Delaunay o idealizador da Copa Intercontinental.[35] Porém, isso é incerto, pois Delaunay faleceu em 1955, quando sequer a primeira edição da Copa dos Campeões da Europa havia sido concluída,[36] e a mais antiga menção à criação da Copa Intercontinental já encontrada é o anúncio feito por João Havelange em Paris em 8 de outubro 1958.[37] Em 2 de agosto de 1959, o Congresso da CONMEBOL ratificou a criação da Copa Libertadores, então ainda chamada de Copa dos Campeões da América.[38] Em 1960, as propostas foram concretizadas: foram criadas a Copa Libertadores e a Copa Intercontinental, esta última endossada pela UEFA[39][40] e CONMEBOL, sendo a primeira competição bicontinental de clubes a ser estabelecida por estas duas entidades, na forma de uma confrontação anual entre o campeão europeu (campeão da Copa dos Campeões da Europa, da UEFA) e o campeão sul-americano (campeão da Copa Libertadores da América, da CONMEBOL), em sua primeira edição (1960) vencida pelo Real Madrid, que se tornara pentacampeão europeu ao vencer a edição de 1959/1960 da Copa dos Campeões da Europa. Vale observar que o ano da proposta oficial foi 1958, após a Copa do Mundo de 1958, primeiro título de um país sul-americano em uma Copa disputada em território europeu e sem desistências de relevantes seleções europeias, o que provavelmente terá aumentado o apelo de uma final intercontinental de clubes entre Europa e América do Sul.[28]

Segundo o jornal Tribuna da Imprensa, a ideia para a criação da Copa Intercontinental veio de João Havelange e Jacques Goddet, este do jornal L'Equipe,[41] o mesmo jornal que, através de Jacques Ferran e Gabriel Hanot, dera a ideia para a criação da Copa dos Campeões da Europa, e que em 1973 e 1975, através do mesmo Goddet, daria a ideia para a criação de uma Copa do Mundo de Clubes da FIFA com todos os campeões continentais existentes.

A reação da FIFA à criação da Copa Intercontinental

Peñarol, campeão da Copa Intercontinental em 1966. Entre todos os "mundiais de clubes" anteriores à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a Copa Intercontinental foi o mais longevo, com 25 clubes campeões ao longo de 43 edições em 45 anos

Quando foi criada, a Copa Intercontinental foi considerada como sendo o título mundial de clubes.[42][43] Ao longo da sua existência (1960-2004), a Copa Intercontinental foi chamada de Mundial de Clubes não apenas no Brasil,[42][43] ou no resto da América do Sul, mas também na Europa: por exemplo, cobrindo a vitória do Flamengo sobre o Liverpool na edição de 1981, o jornal escocês The Herald se referiu à competição como "jogo do campeonato mundial de clubes".[44]

Em 1960, cobrindo o título do Real Madrid na primeira edição da Copa Intercontinental, o jornal espanhol El Mundo Deportivo chamou o clube de "O Primeiro Campeão Mundial" de clubes, porém observou que a competição não incluía africanos, asiáticos e outros federados da FIFA.[45] Isso, pois a Copa Intercontinental era reservada a equipes de Europa e América do Sul, enquanto desde 1930 a FIFA organizava a Copa do Mundo, cuja forma de acesso e participação (convites da FIFA a todos os seus países-filiados em 1930 e torneios de Eliminatórias desde 1934) era aberta a todos os países que fossem filiados da FIFA e que quisessem se inscrever, independente do seu continente de origem. Algumas vezes desde 1930, países-filiados da FIFA de alguns continentes não se candidatavam a participar da Copa do Mundo, ou se candidatavam mas não conseguiam passar com sucesso pelas eliminatórias, mas a tentativa de participar da Copa do Mundo não era impossibilitada pela localização continental do país-filiado, com países europeus, americanos (sul, norte e centro-americanos), asiáticos e africanos disputando as eliminatórias da Copa desde 1934; sobre a Oceania, a Austrália se filiaria à FIFA apenas em 1963 e estrearia nas Eliminatórias da Copa seguinte, 1966.[46][47] Já no caso da Copa Intercontinental, a tentativa de participar seria impossível a clubes de fora de Europa e América do Sul, ou seja, impossível a clubes que não fossem filiados à UEFA ou CONMEBOL. Se por um lado o jornal espanhol ressaltou que a Copa Intercontinental era um mundial que não incluía africanos, asiáticos e outros federados da FIFA, por outro lado o jornal expressou dúvida se nestas regiões havia futebol à digna altura dos dois grupos de nações que marcam a pauta no Velho Mundo (Europa) e no Novo Mundo (América)."[45]

A criação da Copa Intercontinental em 1960 gerou uma disputa de "jurisdições" entre UEFA (umas das organizadoras, junto com CONMEBOL) e FIFA.[48] A FIFA se negou a autorizar a competição,[49] em 1961 a FIFA a proibiu de continuar sendo realizada, a não ser que os participantes lhe dessem o status de "amistoso privado",[50] e vetou que o Real Madrid (campeão da primeira edição em 1960) se declarasse campeão mundial, determinando que o mesmo se declarasse campeão intercontinental,[51][52] pelo fato da competição ser reservada aos campeões de apenas 2 confederações.[53] Segundo a Revista Oficial da UEFA, a Copa Intercontinental foi disputada como título "não-oficial" após a negativa da FIFA em autorizá-la.[49] Em 27 de novembro de 1963, o jornal espanhol El Mundo Deportivo comentou que até aquele momento a FIFA havia lavado as mãos sobre a competição, e que provavelmente não oficializaria a Copa Intercontinental tendo em vista a violenta final da edição de 1963. O jornal comenta a possibilidade da FIFA reconhecer a competição e esta passar a incluir os futuros clubes campeões de Ásia e África e ser jogada em campo-neutro.[54] Em 1967, os dirigentes da FIFA (seu Sub-Secretário René Courte e seu presidente Stanley Rous), disseram que, oficialmente para a FIFA, a Copa Intercontinental era uma "Copa Europeia-Sul-Americana amistosa".[55][56][57][58] Na ocasião, em novembro de 1967, a imprensa espanhola destacou que, oficialmente, a Copa Intercontinental não era reconhecida pela FIFA, portanto não possuindo jurisdição mundial, mas era reconhecida por UEFA e CONMEBOL, portanto sendo de jurisdição "intercontinental".[59]

A violência Rioplatense

Néstor Combin, jogador do Milan, ensanguentado após a final da Copa Intercontinental de 1969, contra a equipe argentina do Estudiantes.

Como resultado da violência praticada na Copa Libertadores por clubes argentinos e uruguaios durante a década de 1960, desentendimentos com a CONMEBOL, a falta de incentivos financeiros e a forma violenta, brutal e polêmica pela qual a seleção brasileira foi tratada na Copa do Mundo da FIFA de 1966, por times europeus, o futebol brasileiro - incluindo os clubes nacionais - se recusaram a participar de competições internacionais no final da década de 1960, incluindo a Copa Libertadores e, consequentemente, a Copa Intercontinental. Durante este tempo, a competição tornou-se obstinada pelo jogo sujo. Problemas de calendário, atos de brutalidade, mesmo em campo, e boicotes mancharam sua imagem, a ponto de colocar em questão a sabedoria de organizá-la.

A edição de 1967 entre o Racing Club, da Argentina , e o Celtic, da Escócia, foi violenta, com o terceiro jogo decisivo sendo batizado de "A Batalha de Montevidéu", depois que três jogadores do lado escocês e dois do lado argentino foram expulsos. Um quarto jogador do Celtic também foi demitido, mas em meio ao caos, ele conseguiu se manter.

Mas foram os eventos de 1969 que prejudicaram a integridade da competição. Depois de uma vitória por 3-0 em San Siro, o Milan foi para Buenos Aires jogar contra o Estudiantes em La Bombonera. Os jogadores do Estudiantes chutaram as bolas em cima da equipe do Milan enquanto se aqueciam e um café quente foi derramado sobre os italianos quando saíram do túnel pelos torcedores do Estudiantes. Cotoveladas e supostamente até mesmo agulhas foram usadas contra a equipe do Milan, a fim de intimidá-los. Pierino Prati ficou inconsciente e continuou por mais 20 minutos, apesar de sofrer uma leve concussão. O goleiro do Estudiantes, Alberto Poletti, também deu um soco em Gianni Rivera, mas o tratamento mais cruel foi reservado a Néstor Combin, atacante nascido na Argentina, que enfrentou acusações de ser um traidor por estar do lado oposto da partida intercontinental.

Combin foi chutado na cabeça por Poletti e mais tarde teve seu nariz e bochecha quebrados pelo cotovelo de Ramón Aguirre Suárez. Mesmo ensanguentado e ferido, pediu-se que Combin retornasse ao campo pelo árbitro, mas desmaiou. Enquanto estava inconsciente, Combin foi preso pela polícia argentina sob a acusação de não ter assumido o serviço militar no país. O jogador foi forçado a passar uma noite nas celas, eventualmente sendo liberado depois de explicar que ele havia cumprido os requisitos de serviço nacional como cidadão francês. O Estudiantes venceu o jogo por 2 a 1, mas o Milan conquistou o título no total.

O jornal italiano Gazzetta dello Sport apelidou-o de "Noventa minutos de caça a um homem". A imprensa argentina respondeu com "Os ingleses estavam certos" - uma referência à famosa descrição que Alf Ramsey fez da seleção argentina de futebol como "animais" durante a Copa do Mundo de 1966. A Federação de Futebol da Argentina (AFA), sob forte pressão internacional, tomou medidas severas. O Presidente da Argentina, ditador militar Juan Carlos Onganía, convocou o delegado estudioso Oscar Ferrari e exigiu "as mais severas medidas apropriadas em defesa do bom nome do esporte nacional. Sobre o episódio, ele comentou que "Foi um lamentável espetáculo que violou a maioria das normas de ética esportiva". Poletti foi banido do esporte para toda a vida, Suárez foi banido por 30 jogos, e Eduardo Manera por 20 com o primeiro e último servindo um mês na cadeia.

Em 1963, ocorreu a primeira final da Copa Intercontinental marcada pela violência. A terceira partida (de desempate), realizada no Maracanã, foi polêmica: o jogador Almir Pernambuquinho (que substituiu Pelé na partida-desempate) teria supostamente afirmado em sua autobiografia que o Santos subornou o árbitro da partida-desempate e que teria jogado dopado aquela partida;[60][61][62][63][64] a suposta história de doping e suborno jamais foi comprovada, porém fontes isentas comprovam que o árbitro (o argentino Juan Brozzi) foi conivente à violência na partida e que os jogadores do Milan teriam ficado revoltados com a sua atuação.[65][66]

A Crise

Além da violência, a edição de 1967 da Copa Intercontinental foi também a primeira vez em que começou a vir à tona um certo desinteresse europeu, particularmente britânico, pelo título da competição: antes do terceiro jogo (jogo-desempate), os escoceses do Celtic afirmaram que queriam o título intercontinental "não tanto por eles próprios" mas sim para não permitir que o título fosse para o Racing, com quem desenvolveram rivalidade em função dos incidentes violentos nos 2 primeiros jogos.[67]

Em resposta à violência na Copa Intercontinental de 1967, em junho de 1968 a UEFA propôs uma mudança no regulamento da competição: o saldo de gols das equipes passaria a contar como critério de desempate caso as equipes empatassem com uma vitória cada nos dois primeiros jogos. O objetivo da proposta era reduzir a possibilidade de que fosse necessária uma terceira partida de desempate, pois tanto na Copa Intercontinental de 1963 quanto na de 1967, foi na partida de desempate que ocorreram os episódios de maior violência.[68] A proposta da UEFA foi aceita e passou a valer a partir da edição de 1968 da Copa Intercontinental.[69]

Em 1970, a Copa Intercontinental é criticada pela primeira vez do ponto de vista do mérito técnico dos participantes. Em 22 de outubro de 1970, o jornal espanhol El Mundo Deportivo publica artigo crítico à Copa Intercontinental, primeiramente, com as críticas sobre a então já notória violência da competição, e também as já notórias críticas de Stanley Rous ao fato da competição não dar oportunidade de participação a clubes de Ásia e África e portanto não ser um "autêntico mundial de clubes". Porém, nesta matéria, o jornal critica a Copa Libertadores da América, dizendo que a competição não era uma representação adequada do futebol sul-americano (ou seja, o jornal criticava a forma de escolha do representante sul-americano na Copa Intercontinental). O jornal critica a fórmula de disputa da Copa Libertadores, e acima de tudo, critica o valor de título sul-americano uma vez que a mesma não contava com clubes do Brasil.[70] Das edições da Copa Libertadores de 1966 a 1970, o Brasil teve participantes apenas nas edições de 1967 e 1968, em 1967 tendo apenas 1 representante na competição (a metade dos outros países), porém retornando à disputa da Copa Libertadores em 1971.[carece de fontes?]

Franz Beckenbauer, o grande nome do time alemão Bayern Munique, vencedor da Copa Intercontinental em 1976, uma das 3 vezes na década de 1970 em que o campeão europeu aceitou participar da competição; porém, mesmo vencendo o título, após a final de 1976, o técnico do Bayern, Dettmar Cramer, declarou que um amistoso teria sido financeiramente preferível à Copa Intercontinental, adicionando que o público europeu tinha pouco interesse pela mesma.[71]

Em 1971, o campeão europeu Ajax se recusa a disputar a Copa Intercontinental,[72] a primeira entre 7 vezes na década de 1970 em que isso ocorreria. Chegou-se a cogitar que o campeão sul-americano Nacional de Montevidéu (Uruguai) poderia ser declarado campeão da Copa Intercontinental por antecipação em função de "forfait" do adversário.[73] Porém, a Conmebol sugere que o vice-campeão europeu, Panathinaikos (Grécia) tome o lugar do campeão Ajax na disputa, e a proposta é aceita pela UEFA.[74] Assim, surge a regra de que, em caso de desistência do campeão europeu, o vice-campeão assume o seu lugar. Em algumas destas ocasiões, os vice-campeões europeus eram clubes não considerados como de grande expressão no futebol europeu, o que passou a gerar críticas ao nível técnico da Copa Intercontinental; por exemplo, em um artigo de 1980, João Saldanha escreve sobre ocasiões em que a Copa Intercontinental foi disputada pelo vice-campeão europeu, citando casos de Panathinaikos da Grécia e Malmoe da Suécia, que não estariam "nem entre os primeiros 40 times europeus", segundo Saldanha.[75]

Em 1975, a Copa Intercontinental foi pela primeira vez descontinuada. Em julho deste ano, o campeão europeu de 1974/1975 Bayern de Munique anunciou sua decisão de não disputá-la.[76] Desde a edição de 1971, já estava estabelecido que, em caso de desistência do campeão europeu, o vice assumiria o seu lugar. Porém, o vice-campeão europeu da temporada 1974/1975, o Leeds United inglês, foi suspenso de competições internacionais pela UEFA em função de distúrbios causados pelos seus torcedores quando da final da Copa dos Campeões da Europa daquele ano. A imprensa espanhola chegou a sugerir a realização de uma inédita "decisão de terceiro lugar" entre os clubes derrotados nas semi-finais da Copa Europeia daquele ano, Barcelona/Espanha e Saint-Etienne/França, de forma a indicar um representante europeu para a Copa Intercontinental daquele ano,[77] mas a ideia não vingou e acabou não ocorrendo a decisão da Copa Intercontinental referente a 1975.

No total da década de 1970, os clubes campeões europeus se recusaram a jogar a Copa Intercontinental em 7 entre os 10 anos da década.[78] As recusas foram: Ajax/Holanda em 1971 e 1973, Bayern de Munique/Alemanha em 1974 e 1975, Liverpool/Inglaterra em 1977 e 1978, e Nottingham Forrest/Inglaterra em 1979.[79] Mesmo nas 3 ocasiões da década de 1970 em que o campeão europeu disputou a competição (1970: Feyenoord/Países Baixos, 1972: Ajax/Países Baixos, 1976: Bayern de Munique/Alemanha), em pelo menos duas destas três ocasiões os clubes europeus chegaram a rebaixar a importância da competição, mesmo saindo vitoriosos dela: após o holandês Ajax vencer o argentino Independiente na final da Copa Intercontinental de 1972, o jornal holandês De Telegraaf publicou que a disputa não foi mais difícil que um "encontro banal" pela Copa da Europa",[80] e após o Bayern de Munique vencer a Copa Intercontinental de 1976, seu técnico Dettmar Cramer declarou que um amistoso teria financeiramente valido mais a pena, dizendo que o público europeu tinha pouco interesse pela Copa Intercontinental.[81] Em declarações recentes ao site da FIFA (em 2013) sobre a edição de 1976 da Copa Intercontinental, o capitão do Bayern de Munique vencedor da Copa Intercontinental de 1976, Franz Beckenbauer declarou que a Copa Intercontinental não tinha nenhuma significância real; por outro lado, seu companheiro de equipe Gerd Muller apresentou visão contrária, declarando que foi "definitivamente muito especial" e "um dos melhores momentos de sua carreira" e que ele esperava (antes da final da Copa do Mundo de Clubes de 2013), que o Bayern de Munique "trouxesse o troféu pela terceira vez para Munique após 1976 e 2001" (ou seja, considerando a Copa Intercontinental e a Copa do Mundo de Clubes da FIFA como o mesmo troféu).[82]

Em 1979 chegou-se a cogitar que a Copa Intercontinental seria extinta.[83]

Copa Toyota

A Copa Intercontinental foi revivida em 1980: os clubes campeões europeus voltaram a disputá-la sempre, depois que ela passou a ser disputada em partida única no Japão,[84] organizada pela Associação Japonesa de Futebol[85][86] e patrocinada pela Toyota (passando por isso a se chamar também Copa Toyota ou Copa Europeia/Sul-Americana Toyota), com objetivo de impulsionar o futebol no Japão e lucrar com a transmissão televisiva da partida.[87][88] Em 1980, cogitou-se escolher Nova York como local de disputa da Copa Intercontinental,[89] mas por questão de patrocínio, a escolha acabou sendo Tóquio,[90] tendo a decisão recebido críticas por tratar-se de uma cidade fora, e bastante distante, de Europa e América do Sul.[91] Outra crítica era que o aspecto comercial e midiático teria passado a se sobrepor ao aspecto técnico e esportivo: no inverno japonês, Porto/Portugal e Peñarol/Uruguai disputaram a competição em 1987 sob pesada neve, em condições que não eram de forma alguma propícias à prática esportiva, mas com os executivos japoneses admitindo que, em função dos altos valores envolvidos nos contratos de transmissão televisiva, o jogo não poderia ser adiado de forma alguma.[92]

Algumas fontes alegam que, a partir da mudança da Copa Intercontinental para o Japão, os europeus teriam passado a ver a competição como um amistoso[93][94] glorificado[95] que não seria levado a sério pelos europeus[93][96][97] e que servia para mostrar aos japoneses o que é o futebol[96] e ampliar o horizonte midiático e comercial dos clubes europeus para os consumidores asiáticos,[97][98] e que seria desinteressante aos europeus:[99][100] por exemplo, em fevereiro de 1981, o diretor técnico do Nottingham Forrest afirmou que iria a Tóquio jogar a Copa Intercontinental apenas para cumprir o contrato, levaria apenas 14 jogadores do elenco por se tratar de uma "visita relâmpago ao Japão", e que considerava uma vitória na Intercontinental sobre o Nacional de Montevidéu como menos "tonificante" que uma vitória sobre o Bristol na Copa da Inglaterra;[101] o jornalista inglês Tim Vickery (que escreveu sobre a história da Copa Intercontinental no site da UEFA)[95] afirma que o goleiro do Flamengo na Copa Intercontinental de 1981 (Raul Plassman) lhe confidenciou que os jogadores do time rival, o campeão europeu Liverpool, pareciam não estar levando o jogo a sério,[97] não tendo o jogo sequer sido transmitido ao vivo na TV inglesa;[93] segundo Vickery, entre todos os europeus, os britânicos são os que menos valorizam as competições mundiais de clubes[93][96][97] (os clubes britânicos abriram mão de disputar a Copa Intercontinental todas as vezes que tiveram este direito na década de 1970); em 1999, o Manchester United foi ao Japão jogar a Intercontinental sem levar um dos seus principais jogadores, Andy Cole, poupado de participar da disputa, e o treino do time foi cancelado para os jogadores irem às compras.[99] Vickery ressalta, contudo, que este "desinteresse" europeu pela competição não tira o mérito dos clubes sul-americanos vencedores: "se enfrentar o campeão sul-americano não lhes motiva (aos europeus), o problema é deles."[97] Ressalta também que os europeus levam a Copa do Mundo de Clubes da FIFA "um pouco mais a sério" que a Copa Intercontinental.[97]

A despeito do comprovado desinteresse europeu pela Copa Intercontinental nos anos 1970 e do suposto desinteresse europeu pela competição a partir dos anos 1980, e a despeito de ter passado a ser organizada pela Associação Japonesa de Futebol, a Copa Intercontinental continuou sendo uma competição supervisionada por UEFA e CONMEBOL,[8] até sua última edição em 2004, como comprovado pelo fato de que a partir de 1980 a UEFA (temendo que as recusas e desistências da Copa Intercontinental nos anos 1970 voltassem a ocorrer nos anos 1980) passou a contratualmente obrigar os clubes europeus a disputá-la (caso vencessem a Copa dos Campeões da Europa)[102] (por exemplo, o Barcelona cogitou não disputar a edição de 1992 da Intercontinental, e a obrigação contratual junto à UEFA pesou na sua decisão de disputá-la),[102] e pelo fato de que os árbitros da competição continuaram sendo indicados por UEFA e CONMEBOL.[103][104]

Tentativas de inclusão de outras confederações

Em novembro de 1967, o presidente da FIFA Stanley Rous informou que a CONCACAF e a AFC queriam a inclusão de seus clubes campeões na Copa Intercontinental. Em 1970, a FIFA propôs a criação da Copa do Mundo de Clubes da FIFA, em que participariam todos os campeões continentais.

Segundo texto do site da FIFA, a partir do desenvolvimento do futebol em outras regiões do mundo (além de Europa e América do Sul), se tornou "irrealista" continuar conferindo o título simbólico de "campeão mundial de clubes" aos vencedores do confronto "Europa X América do Sul" (ou seja, a Copa Intercontinental), tendo sido esta a fundamentação da criação da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.[105] A Copa do Mundo de Clubes da FIFA teria sua primeira edição disputada no ano de 2000.

O Relatório de Atividades de 2005 da FIFA informa que a preeminência de Europa e América do Sul, no futebol mundial no final dos anos 1950, exemplificada pelos resultados nas edições da Copa do Mundo, aliado ao fato que Europa e América do Sul possuíam os dois únicos torneios continentais de clubes até então existentes, fez com que fosse natural que o "título mundial" fosse disputado entre os vencedores dos dois torneios continentais citados. Afirma que, com o tempo, o futebol "caminhou um longo caminho" desde que o desafio intercontinental foi lançado pela primeira vez, e que outras confederações organizavam torneios continentais de clubes, e lhes era negado, já há muitos anos, acesso a um evento de alcance mundial, e que para a FIFA, isso era razão suficiente para envolver-se em competições de clubes, organizando a edição inaugural do Campeonato Mundial de Clubes FIFA 2000 no Brasil, adicionado que o torneio ficou "no gelo" por algum tempo em função de alguns problemas, mas que, no fim de fevereiro de 2004, o Comitê Executivo da FIFA endossou a criação da Copa do Mundo de Clubes da FIFA de 2005, sendo o torneio uma expressão da solidariedade no futebol pois permite a participação de todas as confederações sem colocar um fardo sobre os clubes europeus e sul-americanos, que entram nas semi-finais e disputam no máximo 2 jogos.[106]

Em 1961, foi fundada a Confederação Norte-Centro-Americana e Caribenha de Futebol, a CONCACAF, sendo que um dos objetivos dessa fundação era incluir os países dessa região na Copa Libertadores da América (à época chamada de Copa dos Campeões da América), o que seria, em teoria, uma expansão também da Copa Intercontinental, dado que a Libertadores era um dos pilares da Intercontinental.[107]

Em 1962, a FIFA tentou pela primeira vez regulamentar a Copa Intercontinental sob seus auspícios e expandi-la para incluir representantes de Europa, Ásia, África, América do Sul e América Norte-Central,[108] mas a ideia não prosperou naquele momento,[109][110] por oposição de UEFA e CONMEBOL, as organizadoras do certame.[111] Neste mesmo ano, a Federação Mexicana de Futebol voltou a solicitar à CONMEBOL que fosse feita sua inclusão na Copa Intercontinental. Segundo o representante da Federação Mexicana, o pedido de inclusão feito pela mesma representava um desejo não só do México mas também de outros países norte-centro-americanos, caribenhos, asiáticos e africanos.[112]

Time do Estudiantes de La Plata comemorando a conquista da Copa Interamericana, competição que surgiu em 1968 pela recusa da Conmebol em 1967 a aceitar equipes da Concacaf na Copa Libertadores. Em 1978 e 1981, clubes da Concacaf, os mexicanos Clube América e Pumas UNAM, venceram a Interamericana e com base nisso postularam representar as Américas na Copa Intercontinental. O clubes mexicanos não conseguiram seu intuito, e a Copa Intercontinental continuou reservada a europeus e sul-americanos.

Em 1967, com o estabelecimento naquele ano dos torneios continentais de clubes da AFC e da CONCACAF, o presidente da FIFA, Stanley Rous, propôs expandir a Copa Intercontinental, o que, segundo ele, ocorreria sob os auspícios da FIFA. Segundo Stanley Rous, a AFC e a CONCACAF haviam solicitado a participação de seus campeões na Copa Intercontinental. Porém, as organizadoras da Copa Intercontinental, UEFA e CONMEBOL, eram contrárias a esta proposta de expansão da mesma.[55][57] No início de 1968, um artigo de Stanley Rous na revista FIFA News reafirmou a vontade da FIFA de criar um Campeonato Mundial de Clubes, com a participação de todos os campeões continentais existentes.[113]

No ano de 1970, a FIFA propôs em seu Congresso a criação de um Mundial de Clubes (aberto a todas as confederações continentais), com a proposta desta vez sendo apoiada pelos sul-americanos, mas ainda rejeitada pelos europeus, não tendo sucesso.[114][115][116][117] O Jornal do Brasil de 23/01/1970 observou que várias Confederações continentais já possuíam seus torneios continentais de clubes (naquela altura, Europa, América do Sul, América Norte-Central, Ásia e África já possuíam) e que para a FIFA "nada mais justo que agora ela possa a organizar partir de 1971 um torneio oficial e indicar o campeão mundial de clubes.".[118]

Outras propostas de expansão da Copa Intercontinental ocorreram quando os clubes mexicanos Clube América e Pumas UNAM (da CONCACAF) venceram as edições de 1977 e 1980 da Copa Interamericana contra o campeão da Copa Libertadores (jogos realizados nos anos seguintes, 1978 e 1981), e com base nessa conquista postularam, com apoio da CONCACAF e de Abílio de Almeida (secretário do então presidente da FIFA João Havelange), representar as Américas na Copa Intercontinental contra o campeão europeu (1978 e 1981),[119][120][121] ou criar um triangular intercontinental UEFA-CONMEBOL-CONCACAF (1981).[122] O acordo entre CONMEBOL e CONCACAF para a celebração da Copa Interamericana foi feito em outubro de 1968, e estabelecia que o vencedor da Copa Interamericana teria o direito de representar o continente americano contra o campeão europeu na Copa Intercontinental;[123] porém, mesmo com as vitórias na Copa Interamericana de 1978 e 1980, os clubes mexicanos não foram incluídos na Copa Intercontinental.

Outras tentativas de expandir a Copa Intercontinental, abri-la à participação de outros continentes (outras confederações continentais) e transformá-la numa Copa Mundial de Clubes foram feitas de 1973 a 1975, pelo jornal francês L'Equipe[124][117] e pelo então candidato à presidência da FIFA João Havelange.[125]

A posição da FIFA

Segundo textos[126] no site da FIFA (produções do News Centre e não catalogados no site da FIFA como documentos oficiais de entidade),[126] os campeões da Copa Europeia Sul-Americana (Intercontinental) eram chamados de campeões mundiais[127] e podem alegar terem sido campeões mundiais,[128] sendo "campeões mundiais" (entre aspas)[129] em um título mundial "simbólico",[130][131] que não tinha a mesma "dimensão" do Mundial de Clubes da FIFA.[132] Segundo estes textos, os clubes campeões da Copa do Mundo de Clubes da FIFA podem ser considerados "verdadeiros" campeões mundiais,[133][134] pois esta é o "verdadeiro" confronto mundial de clubes.[135] Apesar de "simbólica" enquanto título mundial, a Copa Intercontinental é oficial em nível confederativo. Todas as edições da Copa Intercontinental, de 1960 a 2004, sempre foram consideradas títulos oficiais pela UEFA e CONMEBOL.[9][10] Alguns textos do site da FIFA citam a Copa Intercontinental como predecessora da Copa do Mundo de Clubes da FIFA.[136][137][137][138][139][140]

Joseph Blatter, presidente da FIFA, que em 2000 conseguiu realizar o que seus antecessores Stanley Rous e João Havelange propuseram em 1967, 1970 e 1974: criar a Copa do Mundo de Clubes.

Em 1999, o presidente da FIFA Joseph Blatter afirmou que a ideia de um "Mundial de Clubes" era incluir times do mundo todo e ser interessante não só para europeus mas para espectadores do mundo todo,[141] e em 2000 ele declarou que a Copa Intercontinental não foi um evento oficial da FIFA, e por isso a FIFA não pode dar a ela reconhecimento como mundial, além do fato de que, segundo a própria FIFA, ela não pode reconhecer como mundial uma competição cuja participação era reservada a clubes de apenas 2 continentes mas que não era aberta aos clubes do mundo todo.[142][143] Em 17 de dezembro de 2006, o presidente da FIFA Joseph Blatter afirmou que o primeiro campeão mundial reconhecido pela mesma é o Sport Club Corinthians Paulista, não considerando a Copa Europeia Sul-Americana como mundial, mas sim como intercontinental.[144][145] Em 15/12/2007, há decisão da FIFA de reconhecer oficialmente como mundiais oficiais apenas as competições organizadas por ela própria, decisão tomada pelo Comitê Executivo da entidade.[146] Em 12 de dezembro de 2011, a FIFA organizou no Japão uma exposição na qual confirmou o Corinthians como sendo o primeiro clube campeão mundial.[147] Em 2013, Jerome Valcke, Secretário-Geral da FIFA, falou ao Globo Esporte[148] sobre a Copa Intercontinental: Disse que os campeões anteriores têm o direito de se considerar campeões, porque ficaram para a eternidade como vencedores daquela disputa, mas não disse que a Fifa os considera campeões mundiais. É o caso também do Palmeiras de 1951, campeão da Copa Rio. "Os que venceram a Copa Toyota e a Copa Intercontinental são campeões. Mudar a fórmula é normal, aconteceu muitas vezes mesmo com a Copa do Mundo. O importante é que uma competição sempre deixa um campeão, e isso fica para a história" – disse ele. A mesma matéria ressalta: É uma questão de discurso. Cabe reparar que Valcke não diz que os vencedores da Copa Toyota e da Copa Intercontinental podem se considerar campeões mundiais: diz que podem se considerar campeões. E Blatter não diz que o Corinthians é o primeiro campeão mundial: diz que é o primeiro campeão mundial da Fifa... Assim, quando fala em Mundial de Clubes, a Fifa não cita o Palmeiras, tampouco os títulos de Santos (1962 e 1963), Flamengo (1981), Grêmio (1983) e os dois primeiros do São Paulo, em 1992 e 1993. Em eventos oficiais em épocas de Mundiais, o material oficial da entidade parte do torneio de 2000... O próprio site da Fifa tem páginas dedicadas aos principais clubes do mundo. E os textos fazem distinção entre ser campeão do Mundial de Clubes e ser campeão dos torneios anteriores. A do São Paulo, por exemplo, diz que ele tem uma Copa do Mundo de Clubes da Fifa e duas Copas Intercontinentais."[148]

Em 2014, ao reconhecer a Copa Rio de 1951, o Comitê Executivo da FIFA a reconheceu como "a primeira competição de clubes a nível mundial e a Sociedade Esportiva Palmeiras como a vencedora" (não afirmando o Comitê Executivo que o Palmeiras seria campeão mundial equiparado aos campeões do Mundial da FIFA), mas ressaltando que "No que diz respeito à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, a primeira edição do torneio foi disputada em 2000 e seu vencedor foi o Corinthians".[149] O Comitê Executivo da FIFA é, segundo a mesma, o único órgão da entidade com legitimidade para decidir sobre o reconhecimento oficial de competições que não foram organizadas pela entidade.[150] Não há evidência de que o Comitê Executivo da FIFA tenha endossado a visão de que a Copa Intercontinental seria um Mundial de Clubes reconhecido pela entidade. No Relatório de Atividades da FIFA de 2005, afirma-se que a Copa Intercontinental foi considerada pelos participantes, quando de sua criação, como um título Mundial de Clubes, mas não há menção a tal visão ter sido oficialmente endossada pelo Comitê Executivo da FIFA.[106] De acordo com o Statistical Kit, o documento oficial da FIFA sobre a história e as estatísticas da Copa do Mundo de Clubes da FIFA,[151][152] a FIFA considera a Copa Intercontinental como um torneio endossado por UEFA e CONMEBOL e integrado/fundido/absorvido (merged) em 2005 à Copa do Mundo de Clubes da FIFA, estas organizadas pela FIFA em 2000 e a partir de 2005.

Em junho de 2017, o presidente da CONMEBOL, Alejandro Domínguez, pediu para que a FIFA reconhecesse os campeões da Copa Intercontinental como campeões mundiais. Em 27 de outubro do mesmo ano foi realizada uma reunião na Índia, onde ficou decidido que os campeões do torneio eram oficialmente considerados campeões mundiais.[16][17] No entanto, sem promover a unificação com a atual competição da entidade.[18][19]

A posição de alguns clubes vencedores

A maioria dos clubes europeus campeões da Copa Intercontinental, em seus sites oficiais, a listam nominalmente como Copa Intercontinental ou Copa Europeia/Sul-Americana,[153][154][155][156][157][158] a exceção sendo os clubes holandeses, alemães, portugueses e o Real Madrid que a listam como título mundial.[159][160][161][162][163] Entre os clubes europeus que já venceram tanto a Copa Intercontinental quanto a Copa do Mundo de Clubes da FIFA, o Real Madrid é o único que unificas as duas conquistas como taça mundial de clubes, outros clubes separam as competições em suas listas de títulos.[157][154][155][163] Porém, mesmo entre os clubes europeus que não a tratam nominalmente como título mundial, alguns deles se referem ao valor de título mundial do torneio em citações em seus sites: por exemplo, Milan,[164] Internazionale,[165][166] Juventus (Itália)[167][168] o Manchester United (Inglaterra),[169] e o Estrela Vermelha (Sérvia).[170]

Todos os clubes brasileiros vencedores tratam a Copa Intercontinental nominalmente como título mundial, e em seu site o São Paulo Futebol Clube "unifica" suas conquistas da Copa Intercontinental e da Copa do Mundo de Clubes sob a mesma rubrica, "mundial interclubes".[171][172][173][174] Sobre os clubes sul-americanos (não-brasileiros) vencedores da competição, apenas o Olimpia lista nominalmente o titulo como campeão do mundo,[175] outros clubes a listam nominalmente como Copa Intercontinental ou Copa Europeia/Sul-Americana,[176][177][178][179][180] mas todos também se referem ao "valor mundial", "a conquista do mundo" ou de "topo do mundo" da competição em seus sites oficiais, o Boca Júniors,[181] o River Plate,[182] o Estudiantes,[183] o Velez Sarsfield[177] e o Racing Club de Avellaneda[184] (Argentina), o Club Nacional de Montevideo[185] e o Peñarol[186] (Uruguai).

O atacante peruano Claudio Pizarro, que venceu a Copa Intercontinental com o Bayern de Munique em 2001, falou sobre como europeus e sul-americanos veem a competição diferentemente: "todo o jogador sonha em vencer o torneio, mas definitivamente, ele representa muito mais para os sul-americanos do que para os europeus; no minuto que um time sul-americano vence a Libertadores; tudo que se fala é disputar a Copa Intercontinental. Na América do Sul, essa competição é sobre qual é o melhor time do mundo."[82]

Campeões

Copa Intercontinental

# Ano Campeão Placar Vice-campeão Local
1960
Detalhes
Predefinição:Country data Espanha
Real Madrid
0 – 0
5 – 1
Uruguai
Peñarol
Estádio Centenario, Uruguai
Estádio Santiago Bernabéu, Espanha
1961
Detalhes
Uruguai
Peñarol
0 – 1
5 – 0
2 – 1
Portugal
Benfica
Estádio da Luz, Portugal
Estádio Centenario, Uruguai
Estádio Centenario, Uruguai
1962
Detalhes
Brasil
Santos
3 – 2
5 – 2
Portugal
Benfica
Maracanã, Brasil
Estádio da Luz, Portugal
1963
Detalhes
Brasil
Santos
2 – 4
4 – 2
1 – 0
Itália
Milan
Estádio Giuseppe Meazza, Itália
Maracanã, Brasil
Maracanã, Brasil
1964
Detalhes
Itália
Internazionale
0 – 1
2 – 0
1 – 0
Argentina
Independiente
Estádio Libertadores de América, Argentina
Estádio Giuseppe Meazza, Itália
Estádio Santiago Bernabéu, Espanha
1965
Detalhes
Itália
Internazionale
3 – 0
0 – 0
Argentina
Independiente
Estádio Giuseppe Meazza, Itália
Estádio Libertadores de América, Argentina
1966
Detalhes
Uruguai
Peñarol
2 – 0
2 – 0
Predefinição:Country data Espanha
Real Madrid
Estádio Centenario, Uruguai
Estádio Santiago Bernabéu, Espanha
1967
Detalhes
Argentina
Racing
0 – 1
2 – 1
1 – 0
Escócia
Celtic
Hampden Park, Escócia
Estádio Juan Domingo Perón, Argentina
Estádio Centenario, Uruguai
1968
Detalhes
Argentina
Estudiantes
1 – 0
1 – 1
Inglaterra
Manchester United
La Bombonera, Argentina
Old Trafford, Inglaterra
10º 1969
Detalhes
Itália
Milan
3 – 0
1 – 2
Argentina
Estudiantes
Estádio Giuseppe Meazza, Itália
La Bombonera, Argentina
11º 1970
Detalhes
Países Baixos
Feyenoord
2 – 2
1 – 0
Argentina
Estudiantes
La Bombonera, Argentina
Estádio De Kuip, Países Baixos
12º 1971
Detalhes
Uruguai
Nacional
1 – 1
2 – 1
Grécia
Panathinaikos
Estádio Karaiskákis, Grécia
Estádio Centenario, Uruguai
13º 1972
Detalhes
Países Baixos
Ajax
1 – 1
3 – 0
Argentina
Independiente
Estádio Libertadores de América, Argentina
Estádio Olímpico de Amsterdã, Países Baixos
14º 1973
Detalhes
Argentina
Independiente
1 – 0 Itália
Juventus
Estádio Olímpico de Roma, Itália
15º 1974
Detalhes
Predefinição:Country data Espanha
Atlético de Madrid
0 – 1
2 – 0
Argentina
Independiente
Estádio Libertadores de América, Argentina
Estádio Vicente Calderón, Espanha
16º 1975
Detalhes
Não realizado
Bayern de Munique Alemanha x Argentina Independiente
Ambos os times não acertaram datas para jogar.
17º 1976
Detalhes
Alemanha
Bayern de Munique
2 – 0
0 – 0
Brasil
Cruzeiro
Estádio Olímpico de Munique, Alemanha
Mineirão, Brasil
18º 1977
Detalhes
Argentina
Boca Juniors
2 – 2
3 – 0
Alemanha
Borussia Mönchengladbach
La Bombonera, Argentina
Wildparkstadion, Alemanha
19º 1978
Detalhes
Não realizado
Liverpool Inglaterra x Argentina Boca Juniors
Ambos os times desistiram de jogar devido a problemas com o calendário.
20º 1979
Detalhes
Paraguai
Olimpia
1 – 0
2 – 1
Suécia
Malmö
Malmö Stadion, Suécia
Estadio Defensores del Chaco, Paraguai

Copa Europeia/Sul-Americana

# Ano Campeão Placar Vice-campeão Local
21º 1980
Detalhes
Uruguai
Nacional
1 – 0 Inglaterra
Nottingham Forest
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
22º 1981
Detalhes
Brasil
Flamengo
3 – 0 Inglaterra
Liverpool
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
23º 1982
Detalhes
Uruguai
Peñarol
2 – 0 Inglaterra
Aston Villa
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
24º 1983
Detalhes
Brasil
Grêmio
2 – 1
(pro)
Alemanha
Hamburgo
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
25º 1984
Detalhes
Argentina
Independiente
1 – 0 Inglaterra
Liverpool
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
26º 1985
Detalhes
Itália
Juventus
2 – 2 (pro)
4 – 2 (pen)
Argentina
Argentinos Juniors
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
27º 1986
Detalhes
Argentina
River Plate
1 – 0 Predefinição:Country data Romênia
Steaua Bucuresti
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
28º 1987
Detalhes
Portugal
Porto
2 – 1
(pro)
Uruguai
Peñarol
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
29º 1988
Detalhes
Uruguai
Nacional
2 – 2 (pro)
7 – 6 (pen)
Países Baixos
PSV
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
30º 1989
Detalhes
Itália
Milan
1 – 0
(pro)
Colômbia
Atlético Nacional
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
31º 1990
Detalhes
Itália
Milan
3 – 0 Paraguai
Olimpia
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
32º 1991
Detalhes
Jugoslávia
Estrela Vermelha
3 – 0 Chile
Colo-Colo
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
33º 1992
Detalhes
Brasil
São Paulo
2 – 1 Espanha
Barcelona
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
34º 1993
Detalhes
Brasil
São Paulo
3 – 2 Itália
Milan
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
35º 1994
Detalhes
Argentina
Vélez Sársfield
2 – 0 Itália
Milan
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
36º 1995
Detalhes
Países Baixos
Ajax
0 – 0 (pro)
4 – 3 (pen)
Brasil
Grêmio
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
37º 1996
Detalhes
Itália
Juventus
1 – 0 Argentina
River Plate
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
38º 1997
Detalhes
Alemanha
Borussia Dortmund
2 – 0 Brasil
Cruzeiro
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
39º 1998
Detalhes
Espanha
Real Madrid
2 – 1 Brasil
Vasco da Gama
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
40º 1999
Detalhes
Inglaterra
Manchester United
1 – 0 Brasil
Palmeiras
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
41º 2000
Detalhes
Argentina
Boca Juniors
2 – 1 Espanha
Real Madrid
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
42º 2001
Detalhes
Alemanha
Bayern de Munique
1 – 0
(pro)
Argentina
Boca Juniors
Estádio Olímpico de Tóquio, Japão
43º 2002
Detalhes
Espanha
Real Madrid
2 – 0 Paraguai
Olimpia
Estádio Internacional de Yokohama, Japão
44º 2003
Detalhes
Argentina
Boca Juniors
1 – 1(pro)
3 – 1 (pen)
Itália
Milan
Estádio Internacional de Yokohama, Japão
45º 2004
Detalhes
Portugal
Porto
0 – 0 (pro)
8 – 7 (pen)
Colômbia
Once Caldas
Estádio Internacional de Yokohama, Japão

Títulos

Por clube

Clube Títulos Vices
Itália Milan 3 (1969, 1989 e 1990) 4 (1963, 1993, 1994 e 2003)
Uruguai Peñarol 3 (1961, 1966 e 1982) 2 (1960 e 1987)
Espanha Real Madrid 3 (1960, 1998 e 2002) 2 (1966 e 2000)
Argentina Boca Juniors 3 (1977, 2000 e 2003) 1 (2001)
Uruguai Nacional 3 (1971, 1980 e 1988) 0
Argentina Independiente 2 (1973 e 1984) 4 (1964, 1965, 1972 e 1974)
Itália Juventus 2 (1985 e 1996) 1 (1973)
Brasil Santos 2 (1962 e 1963) 0
Itália Internazionale 2 (1964 e 1965) 0
Brasil São Paulo 2 (1992 e 1993) 0
Países Baixos Ajax 2 (1972 e 1995) 0
Alemanha Bayern de Munique 2 (1976 e 2001) 0
Portugal Porto 2 (1987 e 2004) 0
Argentina Estudiantes 1 (1968) 2 (1969 e 1970)
Paraguai Olimpia 1 (1979) 2 (1990 e 2002)
Brasil Grêmio 1 (1983) 1 (1995)
Argentina River Plate 1 (1986) 1 (1996)
Inglaterra Manchester United 1 (1999) 1 (1968)
Argentina Racing 1 (1967) 0
Países Baixos Feyenoord 1 (1970) 0
Espanha Atlético de Madrid 1 (1974) 0
Brasil Flamengo 1 (1981) 0
Jugoslávia Estrela Vermelha 1 (1991) 0
Argentina Vélez Sársfield 1 (1994) 0
Alemanha Borussia Dortmund 1 (1997) 0
Portugal Benfica 0 2 (1961 e 1962)
Inglaterra Liverpool 0 2 (1981 e 1984)
Brasil Cruzeiro 0 2 (1976 e 1997)
Escócia Celtic 0 1 (1967)
Grécia Panathinaikos 0 1 (1971)
Alemanha Borussia Mönchengladbach 0 1 (1977)
Suécia Malmö 0 1 (1979)
Inglaterra Nottingham Forest 0 1 (1980)
Inglaterra Aston Villa 0 1 (1982)
Alemanha Hamburgo 0 1 (1983)
Argentina Argentinos Juniors 0 1 (1985)
Romênia Steaua Bucareste 0 1 (1986)
Países Baixos PSV 0 1 (1988)
Colômbia Atlético Nacional 0 1 (1989)
Chile Colo-Colo 0 1 (1991)
Espanha Barcelona 0 1 (1992)
Brasil Vasco da Gama 0 1 (1998)
Brasil Palmeiras 0 1 (1999)
Colômbia Once Caldas 0 1 (2004)

Por país

País Títulos Vices
 Argentina 9 (1967, 1968, 1973, 1977, 1984, 1986, 1994, 2000 e 2003) 9 (1964, 1965, 1969, 1970, 1972, 1974, 1985, 1996 e 2001)
 Itália 7 (1964, 1965, 1969, 1985, 1989, 1990 e 1996) 5 (1963, 1973, 1993, 1994 e 2003)
 Brasil 6 (1962, 1963, 1981, 1983, 1992 e 1993) 5 (1976, 1995, 1997, 1998 e 1999)
Uruguai 6 (1961, 1966,1971,1980, 1982 e 1988) 2 (1960 e 1987)
Flag of Spain.svg Espanha 4 (1960, 1974, 1998 e 2002) 3 (1966, 1992 e 2000)
 Alemanha 3 (1976, 1997 e 2001) 2 (1977 e 1983)
 Países Baixos 3 (1970, 1972 e 1995) 1 (1988)
Portugal Portugal 2 (1987 e 2004) 2 (1961 e 1962)
Predefinição:Country data Inglaterra 1 (1999) 5 (1968, 1980, 1981, 1982 e 1984)
 Paraguai 1 (1979) 2 (1990 e 2002)
 Sérvia 1 (1991) 0
 Colômbia 0 2 (1989 e 2004)
Escócia 0 1 (1967)
 Grécia 0 1 (1971)
 Suécia 0 1 (1979)
[[Romênia|RomPredefinição:Langvar-switchnia]] 0 1 (1986)
 Chile 0 1 (1991)

Por confederação

Confederação Títulos Vices Clubes vencedores Países
CONMEBOL
22
21
13
4
UEFA
21
22
12
7

Melhor jogador

Desde 1980

Ano Jogador Clube
2004 Portugal Maniche Portugal Porto
2003 Argentina Matías Donnet Argentina Boca Juniors
2002 Brasil Ronaldo Espanha Real Madrid
2001 Gana Samuel Kuffour Alemanha FC Bayern München
2000 Argentina Martín Palermo Argentina Boca Juniors
1999 País de Gales Ryan Giggs Inglaterra Manchester United
1998 Espanha Raúl Espanha Real Madrid
1997 Alemanha Andreas Möller Alemanha Borussia Dortmund
1996 Itália Alessandro Del Piero Itália Juventus
1995 Países Baixos Danny Blind Países Baixos Ajax
1994 Argentina Omar Asad Argentina Vélez Sársfield
1993 Brasil Cerezo Brasil São Paulo
1992 Brasil Raí Brasil São Paulo
1991 Jugoslávia Vladimir Jugović Jugoslávia Estrela Vermelha
1990 Países Baixos Frank Rijkaard Itália Milan
1989 Itália Alberigo Evani Itália Milan
1988 Uruguai Santiago Ostolaza Uruguai Nacional
1987 Argélia Rabah Madjer Portugal Porto
1986 Uruguai Antonio Alzamendi Argentina River Plate
1985 França Michel Platini Itália Juventus
1984 Argentina José Percudani Argentina Independiente
1983 Brasil Renato Gaúcho Brasil Grêmio
1982 Brasil Jair Uruguai Peñarol
1981 Brasil Zico Brasil Flamengo
1980 Uruguai Waldemar Victorino Uruguai Nacional

Ver também

Referências

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  12. De acordo com os regulamentos da FIFA, integrados com o estatuto da Federação, "competições oficiais" podem ser definidas como aquelas organizadas sob os auspícios da FIFA, confederações ou federações afiliadas. cfr. «REGULATIONS on the Status and Transfer of Players 2016» (PDF) (em English). p. 5, 6 
  13. De acordo com os regulamentos da FIFA, integrados com o estatuto da Federação Internacional de Futebol (FIFA), "jogos oficiais" podem ser definidos como aqueles disputados nos campeonatos nacionais, em copas nacionais e internacionais, partidas amistosas e de teste são excluídas. cfr. «LAWS OF THE GAME 2015/16» (PDF) (em English). p. 18 
  14. Até 1955, de acordo com a FIFA: “A organização de tal torneio(Copa dos Campeões da Europa) não está sujeita ao acordo prévio da FIFA, cujo estatutos (Art. 38) se referem apenas as competições entre equipes representativas de associações nacionais. E ”este ponto de vista, que parece bastante estranho cinquenta anos depois, foi partilhado pelo ex-presidente da FIFA, Jules Rimet, e pelo seu secretário-geral, Kurt Gassmann. "A FIFA", afirmou, "não precisa se envolver. Cabe aos próprios clubes organizar suas competições." A partir de 1955, ela atribuiu à confederação (UEFA) o direito exclusivo da organização das competições europeias. cfr. Union des Associations Européennes de Football (outubro de 2004). «50 years of the European Cup» (PDF) (em English). pp. 7–9 
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  131. Goodbye Toyota Cup, hello FIFA Club World Championship, texto do site da FIFA (acesso em 01//01/2016): According to the new format, which enters into force in 2005, once again in Japan, the respective winners of the six "champions cups" of each confederation will qualify for the FIFA Club World Championship. "I am convinced that this is the best formula for everyone," argues Michel Platini, a FIFA Executive Committee member and former Toyota Cup winner from 1985. "It won't make the clubs' trips any longer, but by playing an extra game, the club crowned this time will be TRUE world champions," continued the former Juventus playmaker.
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