𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

João Havelange

João Havelange
ComIHGCMComIPGOIP
13º Presidente da CBD
Período 11 de janeiro de 1958
até 10 de janeiro de 1975
Antecessor(a) Sylvio Corrêa Pacheco
Sucessor(a) Heleno de Barros Nunes
7º Presidente da FIFA
Período 12 de junho de 1974
até 08 de junho de 1998
Antecessor(a) Stanley Rous
Sucessor(a) Joseph Blatter
Dados pessoais
Nome completo Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange
Nascimento 8 de maio de 1916[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Rio de Janeiro–DF, RJ Predefinição:Nota de rodapé
Morte 16 de agosto de 2016 (100 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Rio de Janeiro, RJ
Nacionalidade brasileiro
Profissão dirigente de futebol
Assinatura Assinatura de João Havelange
linkWP:PPO#Brasil

Predefinição:Lista de Medalhas Topo

Predefinição:Medalhas País Predefinição:Medalhas Esporte |- bgcolor="#66CDAA" align="center" ! colspan="3" style="text-align:center;" | Jogos Pan-Americanos |- align=center bgcolor=white |bgcolor="#cc9966"| Bronze || Cidade do México 1955 || Equipe Predefinição:Lista de Medalhas Fim

Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange, mais conhecido como João Havelange (Rio de Janeiro, 8 de maio de 1916 [nota 1]Rio de Janeiro, 16 de agosto de 2016) foi um advogado, empresário, atleta olímpico e dirigente esportivo brasileiro.

Como atleta, participou das Olimpíadas de 1936, nas provas de natação dos 400 m e 1500 m livre. Também esteve na edição de 1952, com o time de polo aquático.

Foi presidente da Federação Internacional de Futebol (FIFA) de 1974 até 1998, tendo organizando seis Copas do Mundo nesse período. Foi o segundo presidente com maior tempo no cargo, depois de Jules Rimet, que presidiu a entidade durante 33 anos, de 1921 a 1954.

Biografia

Esporte

Filho do belga Faustin Havelange, um comerciante de armas radicado no Rio de Janeiro, onde possuía uma grande propriedade que se estendia pelos atuais bairros de Laranjeiras, Cosme Velho e Santa Teresa, desde a infância se dedicou aos esportes.[1]

No Fluminense, foi escoteiro e atleta, infantil, juvenil e adulto, destacando-se em vários esportes, inclusive no futebol, tendo sido em 1931 campeão carioca juvenil. Ainda nesta década graduou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal Fluminense e competiu como nadador nas Olimpíadas de Berlim, em 1936. Posteriormente, foi dirigente de esporte, inicialmente na Federação Paulista de Natação, já que residia em São Paulo na época, em 1948. Quando retorna ao Rio de Janeiro em 1952, torna-se presidente da Federação Metropolitana de Natação e vice-presidente da Confederação Brasileira de Desportos (CBD). A essa época já havia se formado em direito e atuava como advogado e acionista, além de ocupar o cargo de Diretor Executivo da Viação Cometa, tradicional empresa de transporte rodoviário de passageiros que opera nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Paraná. Também em 1952, brilhou como jogador de pólo aquático nas Olimpíadas de Helsinque. Em 1956, comandou a delegação brasileira nas Olimpíadas de Melbourne.

CBD e COI

Adhemar Ferreira da Silva e João Havelange, em 1959.

De 11 de janeiro de 1958 a 10 de janeiro de 1975 presidiu a Confederação Brasileira de Desportos - que congregava, à época, 24 esportes e não somente o futebol - como sucessor de Sylvio Correa Pacheco.[2] Durante este período, o futebol brasileiro conheceu o ápice de sua história: consagrou-se tricampeão mundial de futebol com a conquista das Copas do Mundo na Suécia (1958), no Chile (1962), e no México (1970).

João Havelange, filho de um belga comerciante de armas, afirmou em entrevista no programa da SporTV, Histórias com Galvão Bueno, que após a morte de seu pai, recebeu convite de uma empresa belga para dar continuidade aos negócios do comércio de armas, mas não aceitou tal convite por ter verdadeira aversão a armas, por se tratar de instrumento de morte e violência. João Havelange declarou que nunca possuiu uma arma em sua vida.

Em 1 de setembro de 1960 foi eleito comendador da Ordem da Instrução Pública e, a 28 de fevereiro de 1961, foi eleito comendador da Ordem do Infante D. Henrique.[3]

Foi eleito para o Comitê Olímpico Internacional (COI) em 1963 e, com mais de quarenta anos de mandato ininterrupto, foi decano desse órgão. Foi um dos dois únicos brasileiros membros do COI, juntamente com o ex-presidente do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Carlos Arthur Nuzman. Em 13 de novembro de 1963, Havelange foi elevado a grande-oficial da Ordem da Instrução Pública.[3]

Foram membros brasileiros no Comitê Olímpico Internacional, desde a sua criação, até 2012:

  • Raul do Rio Branco, de 1913 a 1938
  • Arnaldo Guinle, de 1923 a 1961
  • Antonio do Prado Júnior, de 1938 a 1955;
  • José Ferreira dos Santos, de 1923 a 1963
  • João Havelange, de 1963 a 2012
  • Sylvio de Magalhães Padilha, de 1963 a 2002 (de 1995 a 2002 como membro honorário)
  • Carlos Arthur Nuzman, de 2000 a 2012 (Nuzman completou setenta anos em 17 de março de 2012, pelo que, segundo a Carta Olímpica, ao final daquele ano deixou de ser membro efetivo do Comitê Olímpico Internacional e passou a integrar a entidade como membro honorário)

Desses membros, José Ferreira dos Santos e Sylvio de Magalhães Padilha integraram a Comissão Executiva do Comitê Olímpico Internacional. Sylvio foi também vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional, de 1975 a 1978.[4][5]

Presidente da FIFA

João Havelange como presidente da FIFA em 1982

Eleito para a FIFA em 1974, permaneceu à frente da entidade até 1998. Organizou seis Copas do Mundo, visitou 186 países e trouxe a China, desligada por mais de 25 anos por razões políticas, de volta à FIFA. Criou também os Campeonatos Mundiais de Futebol nas categorias infanto-juvenil, juvenil, juniores e feminina.

Neste período, torna-se amigo de Predefinição:Ill, herdeiro da marca esportiva Adidas, e dono da ISL, considerada a maior empresa de marketing esportivo do mundo,[carece de fontes?] que comercializava os direitos de transmissão e publicidade das Copas do Mundo de futebol e das Olimpíadas.

A 21 de Junho de 1991 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito.[3]

Quando deixou a Presidência da FIFA, em 1998, já eleito Presidente de Honra, passou a se dedicar ao trabalho filantrópico junto às Aldeias Internacionais SOS, patrocinado pela entidade em 131 países.

Em abril de 2013, aos 96 anos de idade, renunciou à Presidência de honra da FIFA para escapar de qualquer punição por seu envolvimento em casos de corrupção naquela federação.[6]

Acusações de corrupção

No livro Foul! The Secret World of FIFA: Bribes, Vote-Rigging and Ticket Scandals, lançado em 2006, o jornalista investigativo Andrew Jennings descreve Havelange como um dirigente corrupto. Segundo Jennings, o filho do fundador e ex-diretor da Adidas, Horst Dassler, comprou votos de delegados indecisos na primeira eleição de Havelange. Dois anos depois, o brasileiro retribuiu o favor entregando a Dassler o poder exclusivo sobre a comercialização dos principais torneios mundiais.[7]

Prêmios

Dirigente do século

Pesquisa realizada pelo COI, em 1999, aponta Havelange como um dos três maiores “Dirigentes do Século”, junto com o Barão Pierre de Coubertin, fundador do COI e idealizador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, e o ех-Presidente do COI, Juan Antonio Samaranch.

Havelange ganhou durante a vida várias medalhas, como a Legion d'Honneur (França), A Ordem de Mérito Especial em Esportes (Brasil), Comandante da Ordem do Infante Dom Henrique (Portugal), Cavaleiro da Ordem de Vasa (Suécia) e, em 2002, recebeu do Reitor Paulo Alonso, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, o título de Doutor Honoris Causa. João Havelange teve seu nome usado no estádio carioca do Engenhão (Estádio Olímpico João Havelange, estádio municipal, cedido em comodato ao Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro) e Estádio Municipal João Havelange, estádio multiuso em Uberlândia, maior estádio do interior de Minas Gerais.[carece de fontes?]

Prêmio "Faz Diferença" O Globo

Em 2010, foi eleito a "Personalidade do ano de 2009" no prêmio "Faz Diferença" do jornal O Globo.[8]

Renúncia no COI

Em 2011, renunciou dias antes da entidade anunciar decisão sobre casos de corrupção que envolviam o nome do brasileiro.[9]

Questões de saúde e morte

Em março e abril de 2012, Havelange foi hospitalizado na cidade do Rio de Janeiro para se tratar de uma infecção no tornozelo direito, o que exigiu um período em cuidados intensivos. Em abril de 2013, renunciou ao cargo de presidente honorário da FIFA por questões de "saúde e razões pessoais". Em junho de 2014, foi novamente internado no hospital para se tratar de uma infecção pulmonar e, em novembro de 2015, com problemas respiratórios. Em agosto de 2016, Havelange morreu aos cem anos, em decorrência de uma pneumonia.[10] Mesmo tendo ocorrido durante as Olimpíadas do Rio de Janeiro, a sua morte foi ignorada pelo COI, que não citou seu ex-integrante em nenhum momento durante o evento.[11]

Referências

  1. «Nos anos 90, conta que o pai escapou do naufrágio do Titanic». Folha de São Paulo. 8 de junho de 1998. Consultado em 7 de julho de 2022 
  2. Lobão, João (10 de janeiro de 1975). «O fim do reinado Havellange, depois de 16 anos». Acervo Digital Folha de S.Paulo. Consultado em 27 de junho de 2020 
  3. 3,0 3,1 3,2 «Cidadãos Estrangeiros Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Jean-Marie Faustin Goedefroid Havelange". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 19 de dezembro de 2015 
  4. Sylvio de Magalhães Padilha
  5. 1920-1932: Brazil at the early Olympic Games
  6. Havelange renuncia ao cargo de presidente de honra da Fifa para escapar de punição
  7. «Livro acusa cartolas brasileiros» (em português). O Estado de S. Paulo. 13 de maio de 2016. Consultado em 2 de julho de 2008. Arquivado do original em 28 de março de 2008 
  8. O Globo Online. «Personalidade 2009» (em português). Consultado em 23 de janeiro de 2010 
  9. «Havelange renuncia ao COI dias antes de possível expulsão» (em português). Folha de S.Paulo. 4 de dezembro de 2011. Consultado em 4 de dezembro de 2011 
  10. «Joao Havelange: Former Fifa president and IOC member dies aged 100». BBC Sport (em English). 16 de agosto de 2016. Consultado em 16 de agosto de 2016 
  11. A ignorada morte de João Havelange

Predefinição:Notas

Bibliografia

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikiquote Citações no Wikiquote
Commons Categoria no Commons
  1. RedirecionamentoPredefinição:fim

Predefinição:Presidentes da FIFA Predefinição:Prêmio Faz Diferença O Globo - Personalidade do Ano

Precedido por
Stanley Rous
Presidentes da FIFA
1974 – 1998
Sucedido por
Joseph Blatter


Erro de citação: Existem marcas <ref> para um grupo chamado "nota", mas nenhuma marca <references group="nota"/> correspondente foi encontrada

talvez você goste