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A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva é caracterizada por um período de inflação relativamente sob controle, significativa redução de desemprego, balança comercial favorável e antecipação de pagamentos relativos à dívida externa e à dívida interna atrelada ao dólar. Durante o período do seu governo, a [[dívida interna]] brasileira passou de 731 bilhões de reais para o patamar histórico de um trilhão de reais em fevereiro de 2006, apesar de não ter apresentado variação significativa em relação ao [[PIB|Produto Interno Bruto]] nacional. Concomitantemente, a dívida externa teve uma queda de R$ 168 bilhões. Também é marcada por forte corte de investimentos públicos. | A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva é caracterizada por um período de inflação relativamente sob controle, significativa redução de desemprego, balança comercial favorável e antecipação de pagamentos relativos à dívida externa e à dívida interna atrelada ao dólar. Durante o período do seu governo, a [[dívida interna]] brasileira passou de 731 bilhões de reais para o patamar histórico de um trilhão de reais em fevereiro de 2006, apesar de não ter apresentado variação significativa em relação ao [[PIB|Produto Interno Bruto]] nacional. Concomitantemente, a dívida externa teve uma queda de R$ 168 bilhões. Também é marcada por forte corte de investimentos públicos. |
Edição das 03h16min de 26 de março de 2006
Predefinição:DadosPresidente Luiz Inácio Lula da Silva (Caetés, Pernambuco, 27 de outubro de 1945) é um político brasileiro e presidente da República desde 1º de janeiro de 2003. Desde os tempos de sindicalista e em toda sua vida política é conhecido por seu apelido Lula, que posteriormente foi adicionado como parte oficial de seu nome no registro civil.
Assumiu a Presidência da República Federativa do Brasil em 2003 com a maior votação da história do país (52,4 milhões de votos), quebrando recordes de votação de todos os ex-presidentes brasileiros. Foi candidato a presidente em 1989 (derrotado por Fernando Collor de Mello), em 1994 (derrotado por Fernando Henrique Cardoso) e em 1998 (novamente derrotado por Fernando Henrique Cardoso), tendo por fim ganho as eleições de 2002 (derrotando José Serra). Apesar disso, deixou seu governo e seu partido se envolverem no maior escândalo de corrupção coletiva da história do Brasil, envolvendo movimentações milionárias de dólares em transações suspeitas, caixa dois, crimes de sonegação fiscal, evasão de divisas, entre outros. Continua tentando fazer com que a população acredite que não está envolvido com a corrupção chefiada por seus assessores mais próximos, como José Dirceu, José Genuíno, Delúbio Soares, entre outros, todos patrocinados pelo esquema de corrupção organizado pelo empresário mineiro Marcos Valério (o "Valerioduto"). Atualmente empenha-se em conseguir dinheiro para distribuir bolsas para a população mais pobre e humilde, numa clara forma de manipular de maneira populista essa população mais humilde e aí tentar garantir sua reeleição. No campo econômico, seu governo tornou o país o paraíso da especulação e dos bancos, e apesar da propaganda oficial, o desemprego contina assolando a população e o crescimento do país só não é inferior ao do Haiti na América Latina. O governo Lula, junto com a patética atuação dos deputados e senadores envolvidos nos sucessivos e lamentavelmente impunes escândalos de corrupção está abrindo caminho no Brasil para o fim das instituições democráticas e a instauração de um governo populista. Para muitos deverá entrar na história como o presidente do governo mais corrupto de todos os tempos. Em sua última investida, o governo por ele liderado está usando do aparato do estado para transformar uma testemunha que demonstrou que seu ministro da economia mentia e estava envolvido em corrupção e tráfico de influências em investigado, usando para tanto a Caixa Econômica Federal, a Polícia Federal, e mesmo os poderes do Poder Judiciário, que tanto servem o presidente Lula ao impedir que suas relações nebulosas com o empresário Paulo Okamoto, que o próprio Lula presentou com a presidência do SEBRAE, sejam investigadas. Lula é o maior desapontamento e a maior frustração que a população Brasileira já viveu.
Lula é co-fundador, presidente de honra e filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT), um dos mais importantes partidos brasileiros.
Infância
Aos sete anos de idade a família de Lula realizou uma viagem: em condições precárias, dirigiu-se para o Estado de São Paulo, na esperança de oportunidades melhores de vida. Neste momento Lula já teria abandonado a escola sem concluir o primeiro grau (hoje chamado Ensino Fundamental) por motivos de trabalho, para ajudar no sustento da familia e passaram a residir em Vicente de Carvalho, distrito da periferia de Guarujá, cidade do litoral do Estado.
Nesta mesma cidade paulista, Luiz Inácio da Silva foi alfabetizado no Grupo Escolar Marcílio Dias. Em 1956 passou a morar em São Paulo. Com doze anos Lula foi empregado em uma tinturaria, tendo depois exercido as profissões de engraxate e auxiliar de escritório.
Operário e sindicalista
Seguindo para a indústria, Lula consegue uma vaga no curso de torneiro mecânico no SENAI, instituição brasileira de educação profissional, formando-se como metalúrgico em 1963. Neste mesmo ano, emprega-se na metalúrgica Aliança, onde mal avisado veio a perder o dedo mínimo esquerdo numa prensa hidráulica - uma mutilação que lhe valeria uma série de pilhérias de gosto duvidoso por parte de seus inimigos. Alguns anos depois, mudou-se para São Bernardo do Campo, onde sindicalizou-se no Sindicato dos Metalurgicos 1968, por influência do irmão José Ferreira de Melo, apelidado de Frei Chico, que lhe presenteou o seu primeiro livro intitulado: O Que é a Constituição.
Em 1969 Lula foi eleito para a diretoria do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo do Campo.Em 1975 foi eleito presidente do mesmo sindicato. Reeleito em 1978, foi uma das lideranças sindicais que retomaram a prática de greves públicas de larga escala, que haviam cessado de ocorrer desde o endurecimento repressivo da ditadura militar nos 10 anos anteriores. Durante o movimento grevista, a idéia de fundar um partido representante dos trabalhadores foi amadurecendo, e, em 1980 foi fundado o Partido dos Trabalhadores (PT).
É pouco divulgado - mas atestado por algumas fontes tais como o Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro do CPDOC da Fundação Getúlio Vargas - o fato de que Lula, durante o início da década de 1970, viajou aos Estados Unidos, onde freqüentou curso de qualificação sindical no Instituto Interamericano de Sindicalismo Livre, organização politicamente conservadora e anti-comunista vinculada à central sindical americana AFL-CIO.
Carreira Política até a presidência
Em 1981, durante o decurso de uma greve no ABCD, o Sindicato dos Metalúrgicos de S. Bernardo do Campo sofre intervenção aprovada por Murilo Macedo, então Ministro do Trabalho do General João Baptista Figueiredo e Lula é detido por vinte dias nas instalações do DOPS paulista. Sua carreira como dirigente sindical fica, assim, encerrada, e começa sua carreira política propriamente dita.
Visando participar de pleitos eleitorais, alterou judicialmente seu nome de Luiz Inácio da Silva para Luiz Inácio Lula da Silva (a legislação vigente proibia o uso de apelidos pelos candidatos).
Em 1982, Lula participou das eleições para o governo de São Paulo e perdeu. Em 1984, participou, ao lado de Ulysses Guimarães, da campanha Diretas Já, que clamava por eleições presidenciais diretas após anos de ditadura militar e presidentes nomeados. A campanha Diretas Já não teve sucesso e as eleições presidenciais de 1984 foram feitas pelo Colégio Eleitoral através de eleições indiretas pelo Congresso Nacional. Em 1986, foi eleito deputado federal com recorde de votos tendo participado da elaboracao da Constituição Federal vigente. Seja dito que a atuação de Lula como Deputado Federal foi extremamente discreta, e que em 1990 ele declinaria da reeleição por simples desinteresse pela atividade parlamentar, apesar dos óbvios benefícios da sua presença como "puxador de chapa" numa eleição parlamentar, em que poderia, nos termos do sistema eleitoral proporcional brasileiro, eleger vários correligionários com as "sobras" obtidas em votos acima do quociente eleitoral.
Em 1989, realizaram-se as eleições diretas. Lula se candidatou a presidente, A eleição foi vencida por Fernando Collor de Mello, candidato liberal do PRN, que recebeu entusiástico apoio de considerável parte da população que se sentia intimidada ante a perspectiva de ex-sindicalista tido como radical e supostamente alinhado com as teses de esquerda chegar à Presidência.
A campanha de Collor contra Lula, no segundo turno, foi fértil em práticas tidas, à época, por moralmente duvidosas, e que combinavam preconceitos políticos direitistas e sociais: Lula foi identificado como um trânsfuga do comunismo, a quem a queda do Muro de Berlim havia transformado em anacronismo, e seus atos politicos foram mostrados como orgias de vândalos em fúria (segundo o acadêmico Bernardo Kucinski tal ter-se-ia dado graças a infiltração de agentes provocadores de Collor nos comícios do PT).Sem falar que Collor acusou Lula de desejar seqüestrar ativos financeiros de particulares (que era o que ele mesmo iria fazer no início do seu governo). A Direita recorreu também aos rumores: circulou na época um boato persistente de que Lula, uma vez eleito, expropriaria parcialmente imóveis de classe média onde seriam alojados favelados.
Inumeráveis articulistas da grande imprensa arrogaram-se o direito de emitir os comentários mais grosseiros sobre Lula: o conhecido publicista Paulo Francis chamou Lula de "ralé", "besta quadrada" e disse que se ele chegasse ao poder, o País viraria uma "grande bosta". Mais do que isto, recorreu-se ao assassinato de caráter: uma antiga namorada de Lula, com a qual ele tinha uma filha natural, surgiu na propaganda gratuita de Collor para acusar seu ex-namorado de "racista" e de ter-lhe proposto abortar a filha de ambos (ato este que, é claro, jamais realizou-se concretamente, já que a referida filha estava viva). Às vésperas da eleição, um resumo do debate final entre ambos teria sido editado pela TV Globo de forma a favorecer Collor (fato este admitido mais tarde por várias memórias de participantes do evento).A eleição propriamente dita comportou ainda acusações sobre a escassez de transportes urbanos públicos em áreas tradicionalmente pró-Lula, assim como a suposta manipulação política do seqüestro do empresário do setor de supermercados Abílio Diniz, que, ao ser libertado de seu cativeiro no dia da eleição, apareceu vestindo uma camisa do PT que ter-lhe-ia sido colocada por seus seqüestradores. Tais práticas iriam, paradoxalmente, atuar mais tarde em benefício de Lula, na medida em que acusações sobre práticas eticamente questionáveis dele e de seu partido tenderiam a ser consideradas como propaganda hostil. Para esta posterior revanche política contribuiram também os erros de seus adversários.
Em 1991, o presidente Collor, oriundo de uma tradicional família alagoana de políticos e empresários do setor de comunicações, foi denunciado por corrupção ativa e passiva por suas ligações com o empresário e caixa da campanha de Collor, Paulo César Farias. O escândalo decorrente dessas acusações provocou ampla mobilização social no que ficou conhecido como Movimento Cara Pintada. Em seu ápice a série de protestos pacíficos reuniu mais de cinqüenta milhões de cidadãos, jamais visto no mundo em tamanha proporção, exigindo o impeachment do presidente. O movimento foi vitorioso tamanha a pressão social exercida sobre as bases parlamentares.
Em 1994, Luiz Inácio Lula da Silva volta a candidatar-se à presidência e é novamente derrotado, dessa vez pelo canditado do PSDB, o sociólogo Fernando Henrique Cardoso - posteriormente apelidado pela imprensa de FHC. À época senador pelo Estado de São Paulo, Cardoso tinha um histórico familiar (como filho do general comunista Leonidas Cardoso, que foi um dos mentores da campanha pela criação da Petrobras durante o segundo governo Vargas) e político ligado à Esquerda, tendo sido aposentado compulsoriamente como professor da USP durante a ditadura militar, e era já então um intelectual de renome internacional.
A frente do Ministério da Fazenda no governo de Itamar Franco, FHC foi um dos mentores do Plano Real, que teve sucesso em sobrepujar a inflação e estabilizar a moeda brasileira. Em 1998 Fernando Henrique se tornou o primeiro presidente brasileiro a se reeleger, derrotando Lula logo no primeiro turno. Lula, sabendo-se derrotado de antemão, realizou uma campanha discreta, que no entanto o ajudou a consolidar sua posição hegemônica dentro do seu partido e dentro da Esquerda brasileira, o que foi expresso pelo fato do vice-presidente da sua chapa ter sido Leonel Brizola.
A desvalorização do real em 1999, os recorrentes ataques especulativos à moeda brasileira, a crise da dívida externa no segundo mandato de Fernando Henrique Cardoso fortaleceram a posição eleitoral de Lula nos quatro anos após 1998. Em 27 de outubro de 2002, Lula foi eleito presidente do Brasil, derrotando o candidato apoiado por Fernando Henrique Cardoso, José Serra do PSDB. No seu discurso de posse, Lula afirmou: "(sic) E eu, que durante tantas vezes fui acusado de não ter um diploma superior, ganho o meu primeiro diploma, o diploma de presidente da República do meu país." A declaração foi uma resposta contra os inúmeros ataques que sofreu em virtude de sua baixa educação formal, que muitos consideram incompatível com o cargo mais importante da República. Muitos opositores dizem (aparentemente ironizando) que tal afirmativa é inverídica, pois Lula já tinha o diploma de torneiro mecânico emitido pelo SENAI em 1963. As causas deste desabafo foram os ataques sofridos na campanha que desmereciam sua educação. Seja como for, a afirmativa de Lula visava exatamente realçar a sua condição de homem do povo e reforçar a empatia mútua entre ele e as massas populares - massas estas que seriam o alvo preferencial das políticas sociais (Fome Zero, Bolsa-Família, etc.) do futuro governo Lula. Por atitudes como esta, setores conservadores consideram Lula um político populista.
Abdicando dos erros (principalmente o radicalismo verbal) cometidos em campanhas passadas, Lula escolheu para seu vice o senador conservador mineiro e empresário têxtil José Alencar e opta em 2002 por um discurso conciliador, prometendo a continuidade do programa econômico do governo de FHC e reconhecendo a dívida externa do país, o que conquista finalmente a confiança de uma parte da classe média e empresários. É sob o perfil de “Lulinha paz-e-amor” (epíteto este cinhado pelos seus prórios marqueteiros) que Luiz Inácio da Silva finalmente ascende à presidência. A frase mais famosa como presidente, após as denúncias referentes ao mensalão, é "Eu não sabia de nada", virando até música de carnaval e tema para fantasias.
O Governo Lula
A gestão de Luiz Inácio Lula da Silva é caracterizada por um período de inflação relativamente sob controle, significativa redução de desemprego, balança comercial favorável e antecipação de pagamentos relativos à dívida externa e à dívida interna atrelada ao dólar. Durante o período do seu governo, a dívida interna brasileira passou de 731 bilhões de reais para o patamar histórico de um trilhão de reais em fevereiro de 2006, apesar de não ter apresentado variação significativa em relação ao Produto Interno Bruto nacional. Concomitantemente, a dívida externa teve uma queda de R$ 168 bilhões. Também é marcada por forte corte de investimentos públicos.
Outra característica marcante é na área de Relações Exteriores com atuação vigorosa na OMC e formação de grupos de trabalho formado por países em desenvolvimento.
Na esfera política, irromperam escândalos de corrupção e abuso de poder envolvendo o próprio presidente, Ministros, assessores e parlamentares, principalmente de partidos que apoiam o governo. Uma das denúncias é a respeito da empresa Gamecorp, cujo um dos sócios é filho do Lula. A empresa teve o seu Capital Social aumentado em 2600% com investimentos diretos da Telemar. A Telemar se defende dizendo que "as parcerias feitas com a empresa Gamecorp e com outras produtoras de conteúdo multimídia fazem parte da estratégia de negócios da companhia”.
O governo Lula tem se caracterizado por suas políticas fiscal e monetária conservadoras, similares às do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso, e consubstanciadas na escolha de um antigo diretor do Bankboston - e deputado federal eleito pelo PSDB de Goiás em 2004 - Henrique Meirelles, para a presidência do Banco Central do Brasil. O "czar" da política econômica,o Ministro da Fazenda Antonio Palocci, médico sanitarista e ex-prefeito de Ribeirão Preto, um ex-trotskista da confiança pessoal do Presidente, caracterizou-se por realizar uma política econômica considerada por muitos como pouco imaginativa, como que se desejasse não deixar dúvida alguma à opinião pública quanto à sua ortodoxia, haja vista sua carreira pregressa.
No seu primeiro ano de governo, Lula empenhou-se em realizar uma reforma da previdência, pela via de uma emenda constitucional, acusada de degradar a aposentadoria dos funcionários públicos pela imposição de uma contribuição sobre os rendimentos de aposentados do setor público e que prevê a privatização da previdência dos futuros aposentados pela via dos fundos de pensão fechados.
O críticos alegam que o governo Lula caracterizou-se por poucos sucessos de política econômica: a baixa inflação (a custa de juros elevados e câmbio valorizado), as menores taxa de crescimento dentre os países em desenvolvimento e constantes recordes da balança comercial (motivada no início pela taxa de câmbio elevada e forte crescimento do PIB mundial).
Socialmente, o governo é caracterizado pelo seu principal programa social, o Bolsa Família, que atende a 8,7 milhões de famílias, número que representa 70% da população com renda inferior a R$100,00 per capital em todo o Brasil.
Lembram os críticos, no entanto, que os baixos índices inflacionários foram conseguidos a partir de políticas monetárias restritivas que levaram a um crescimento dependente de exportações de commodities agrícolas (especialmente a soja), exportações estas que não só encontraram seus limites de crescimento no decorrer de 2005, como também tem contribuído para o crescimento do latifúndio, o agravamento dos conflitos fundiários e a destruição ecológica acelerada da Amazônia brasileira.
A política de moeda valorizada tem levado a um processo de perda de vantagens competitivas para produtos industriais e ao sucateamento de indústrias tradicionais, e os limites desta bolha de crescimento foram percebidos no final de 2005, com uma taxa de crescimento anual do PIB de 2,3%, taxa medíocre comparada às demais economias emergentes, sendo melhor apenas que o PIB do Haiti na América Latina. Quanto aos programas sociais, vários críticos apontam para o fato de que tais programas nada fazem para reverter a situação de exclusão em que se encontram seus beneficiários, funcionando mais como uma rede assistencialista de clientela dotada de finalidades eleitoreiras.
Especialmente criticada tem sido considerada a política compensatória à degradação do poder de compra dos aposentados, qual seja, a de facilitar-lhe o acesso a créditos consignados (descontados em folha) na rede bancária, política esta que tem produzido bolhas de consumo ao custo de um endividamento pessoal de conseqüências ainda incertas.
Durante seus primeiros dois anos, Lula reuniu apoio parlamentar suficiente para a implementação de parte de seus projetos, inclusive incorporando à sua base parlamentar, atipicamente, pequenos partidos tidos por fisiológicos como o PTB. Em 2005 uma grave crise política emerge a partir de denúncias dirigidas contra o deputado Roberto Jefferson, líder do PTB, acusado de participar e promover um esquema de venda de facilidades em repartições públicas. Diante destas acusações, e sentindo-se traído pelo governo, Roberto Jefferson reage denunciando um alegado sistema de distribuição de dinheiro a partidos políticos (o chamado mensalão), através do qual o poder Executivo procurava obter o apoio do Congresso na aprovação de diversas leis. Três CPIs passaram a investigar as denúncias que derrubaram vários políticos e membros do governo, do PT e de partidos aliados.
Há duas interpretações para as conclusões parciais das Comissões: de um lado, há os que afirmam haver conexão direta com o presidente (o que se configuraria como crime de responsabilidade); de outro, há os que consideram que tal conexão ainda não foi demonstrada. O fato de que não se deu entrada a nenhum processo envolvendo o presidente Lula leva a crer que a última interpretação tem sido a aceita pela maioria na Câmara dos Deputados. A despeito da postura passiva do Legislativo, deve-se ressaltar a queda expressiva da popularidade do presidente Lula nas pesquisas de opinião realizadas no Brasil no período imediatamente subsequente ao escândalo: o que sugere que para a população brasileira o papel de Lula no Escândalo do Mensalão não foi tão passivo quanto sua base aliada tenta demonstrar. É certo, no entanto, que o longo histórico de Lula como vítima de preconceitos sociais (haja vista a campanha presidencial de 1989 e os comentários sobre seus diplomas) tem-lhe permitido apresentar-se, de modo pelo menos parcialmente convincente, como vítima de "um complô das elites".
Em fevereiro de 2006, Lula apresentou melhora nas pesquisas de intenção eleitoral, fato que foi interpretado pelas lideranças petistas como um indício de que o pior da crise já havia passado. A oposição credita a melhora nas pesquisas devido ao uso vigoroso da máquina do estado em propagandas políticas, com o aumento de 40% das viagens do presidente dentro do Brasil, liberação de milhões sem licitações para manutenção de estradas, aumento das contratações do IBGE que deveriam ser feitas nos anos anteriores além de maciça propaganda da Petrobrás, que teve o seu menor crescimento histórico, mas atingiu a autonomia de petróleo graças ao pífio crescimento econômico entre outros.
Cronologia sumária
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Ver também
Fontes
Livro
- Lula, o filho do Brasil
- Bernardo Kucinski, A Síndrome da Antena Parabólica- Ética no Jornalismo Brasileiro, Fundação Perseu Abramo, S. Paulo, 1998.
Filme
http://www.cchla.ufrn.br/quatrovezeslulala/
- RedirecionamentoPredefinição:fim
Precedido por Fernando Henrique Cardoso |
Presidente do Brasil 2003 — eleições |
Sucedido por eleições |
ar:لويس اغناسيو لول دا سيلفاا
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