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Bernardo Kucinski

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Bernardo Kucinski
Nascimento 1937[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
São Paulo
Nacionalidade BrasilBrasileira
Cônjuge Mutsuko Yamamoto Kucinski
Ocupação Jornalista, escritor e cientista político
Principais trabalhos K. - Relato de uma busca (2011)
Prémios Prêmio Jabuti (1997)

Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2014)
Prêmio Vladimir Herzog (2018)

Bernardo Kucinski (São Paulo, 1937) é um jornalista, escritor e cientista político brasileiro. Professor da Universidade de São Paulo, ministra a cátedra de jornalismo internacional, entre outras. Publicou os romances K. - Relato de uma Busca (2011), Pretérito imperfeito (2017), A nova ordem (2019) e Julia: nos campos conflagrados do Senhor (2020). Ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura em 1997 e foi finalista dos prêmios São Paulo de Literatura e Portugal Telecom de 2012. É considerado hoje um dos principais nomes da autoficção e da prosa contemporânea brasileira.[1][2]

Em 2018, recebeu o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog, destinado à "estimular jornalistas e artistas do traço a tratarem do tema da Anistia e dos Direitos Humanos".[3]

Biografia

Filho de imigrantes poloneses, a sua família que permaneceu na Europa morreu em campos de concentração nazistas.

Possui graduação em física pela Universidade de São Paulo (1968). Em 1974 a sua irmã, Ana Rosa Kucinski, professora do departamento de Química da USP, integrante da ALN (Aliança Libertadora Nacional), é presa pela ditadura e morta. Bernardo foi militante estudantil durante o regime militar, foi preso e exilado. Retornou e entrou para os quadros da USP na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo em 1986. Em 1991, obteve grau de doutor em Ciências da Comunicação pela USP com tese sobre a imprensa alternativa no Brasil entre 1964 e 1980. Ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura em 1997. No período de fevereiro de 2003 a junho de 2006 foi Assessor Especial da Secretaria de Comunicação Social (SECOM), da Presidência da República. Aposentou-se como professor titular da Universidade de São Paulo, junto à Escola de Comunicações e Artes – Departamento de Jornalismo e Editoração.[4][5][6]

Devido ao regime militar que havia se instalado no país, mudou-se para a Inglaterra após participar do mapeamento da tortura no Brasil, em duas reportagens publicadas na Veja. Em Londres, entre 1971 e 1974, foi produtor e locutor da BBC, correspondente de Opinião e depois da Gazeta Mercantil, dedicando-se ao aprofundamento de sua formação em economia. De volta ao Brasil em 1974, participou da fundação dos jornais alternativos Movimento e Em Tempo (do qual foi o primeiro editor, em 1977). A partir de então, trabalhou como editor de commodities da Gazeta Mercantil e foi correspondente do jornal The Guardian, da revista Euromoney, e do boletim Latin America Political Report, todos periódicos londrinos, e de Lagniappe Letter, newsletter novaiorquina, além de produzir cadernos especiais para a revista Exame. Também participou da revista Ciência Hoje, da SBPC (Sociedade Brasileira Para o Progresso da Ciência).[5][6]

Em 1986 entrou para os quadros da USP, como professor da Escola de Comunicações e Artes. Em 1991, apresentou sua tese de doutoramento, Jornalistas e Revolucionários – Nos tempos da imprensa alternativa, um estudo mapeando cerca de 150 periódicos surgidos entre 1964 e 1980. Em 1997 ganhou o Prêmio Jabuti de Literatura com o livro Jornalismo Econômico (1996), resultado de sua tese de livre-docência e do pós-doutorado realizado em Londres. As Cartas Ácidas eram pequenos relatórios diários a partir da leitura crítica da mídia e enviadas para o candidato à Presidência da República em 1998, Luiz Inácio Lula da Silva. Entre 2002 e 2006, assumiu o cargo de assessor especial da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.[7][5][6][8]

Sua estreia na ficção, com o livro K. - Relato de uma Busca, com ilustrações feitas por Enio Squeff, possibilitou-lhe chegar como finalista dos prêmios São Paulo de Literatura e Portugal Telecom de 2012.[5]

Obras

  • Júlia, nos campos conflagrados do Senhor. São Paulo: Alameda, 2020.
  • A Nova Ordem. São Paulo: Alameda, 2019.
  • Pretérito Imperfeito. São Paulo: Companhia das Letras, 2017.
  • Os Visitantes. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
  • Alice Não mais que de repente. Rio de Janeiro: Rocco, 2014.
  • Você vai voltar pra mim e outros contos. São Paulo: Cosac Naify, 2014.
  • K. - Relato de uma Busca. São Paulo: Expressão Popular, 2011.
  • Jornalismo econômico. São Paulo: Edusp, 1996.
  • Jornalistas e Revolucionários. São Paulo: Edusp, 1991.
  • O que são Multinacionais. São Paulo, 1991.
  • Brazil Carnival of the opressed, Londres: Latina American Bureau, 1995.
  • Pau de Arara, La Violence Militaire au Brésil, França: Cahiers Libres, 1971.
  • Fome de Lucros, São Paulo: Brasiliense, 1977.
  • The debt squads, Londres: Zed Books Ltd, 1988.
  • A ditadura da dívida, São Paulo: Brasiliense, 1987.
  • Jornalismo na era virtual, São Paulo: UNESP, 2005.
  • Cartas ácidas da Campanha do Lula de 1998. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.
  • Lula and the workers party in Brazil, Londres: Latin America Bureau, 2003.
  • Brazil state and struggle. Londres: Latin America Bureau, 1982.
  • A síndrome da antena parabólica, São Paulo: Editora Fundação Perseu Abramo, 1998.
  • Abertura: a história de uma crise. Brasil Debates. Brasil Hoje, número 5. 1982.[9]

Referências

  1. Tavares, Sérgio. «15 livros obrigatórios dos últimos 15 anos da literatura brasileira». Revista Bula. Consultado em 3 de dezembro de 2020 
  2. Garcia Faria, Sofia; Orlando Seligmann Silva, Marcio (21 de outubro de 2017). «K, DE KUCINSKI: A AUTOFICÇÃO COMO INSTRUMENTO PARA A ELABORAÇÃO DO TRAUMA». doi:10.19146/pibic-2017-78385. Consultado em 3 de março de 2021 
  3. «Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog». Consultado em 1 de outubro de 2019 
  4. «Professor aposentado do Departamento de Jornalismo e Editoração, Bernardo Kucinski lança coletânea de contos» 
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 KUCINSKI, Bernardo (2014). K. - Relato de uma Busca. São Paulo: Cosac Naify 
  6. 6,0 6,1 6,2 KUCINSKI, Bernardo (2014). Você vai voltar pra mim e outros contos. São Paulo: Cosac Naify 
  7. Finazzi-Agrò, Ettore (2019). «O corpo expropriado: Bernardo Kucinski–Diário de uma perda». Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea. 1 (60). doi:10.1590/2316-4018601 
  8. http://www.kucinski.com.br/ Site oficial
  9. Abertura: a história de uma crise.
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