𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Portugal: mudanças entre as edições

Sem resumo de edição
imported>El muto
(→‎{{Referências externas}}: tirei blogs e sites privadas)
Linha 287: Linha 287:
* [http://www.suapesquisa.com/paises/portugal Informações sobre Portugal]
* [http://www.suapesquisa.com/paises/portugal Informações sobre Portugal]
* [http://bnd.bn.pt Biblioteca Nacional Digital]
* [http://bnd.bn.pt Biblioteca Nacional Digital]
* [http://conhecimentodoinferno.blogspot.com/ Conhecimento do Inferno] Literatura e Fotografias - Artes e Letras em Português
* [http://oesplendordeportugal.blogspot.com/ Ver Portugal com outros olhos - Fotoblog]
* [http://www.flickr.com/photos/vitor107/sets/ Fotografias de PORTUGAL] Milhares de fotos de Portugal
{{Portugal}}
{{Portugal}}
{{UE}}
{{UE}}

Edição das 22h49min de 15 de março de 2006

Predefinição:Info País Predefinição:Portal-Portugal Portugal (formalmente designado de República Portuguesa) é um país situado no sudoeste da Europa, na zona Ocidental da Península Ibérica, sendo o país mais ocidental da Europa, delimitado a Norte e a Este por Espanha e a Sul e Oeste pelo Oceano Atlântico. O território português compreende ainda os arquipélagos autónomos dos Açores e da Madeira, situados no hemisfério norte do Oceano Atlântico, completando uma área total de 92,391 km². O arquipélago da Madeira faz parte geologicamente do continente africano, assim como as ilhas açoreanas das Flores, e do Corvo, situadas além da placa atlântica, são já geologicamente parte do continente americano. É portanto um país charneira entre estes três continentes, o que explica a riqueza dos seus vários climas, diversificados, num território continentalmente limitado. A fronteira terrestre de Portugal segue ocasionalmente o curso dos rios, embora na sua maior extensão não existam barreiras naturais. Esta fronteira, que remonta ao ano de 1297, é a mais antiga da Europa.

História

Ver artigo principal: História de Portugal

Conhecido antigamente pelo nome de Lusitânia, foi originalmente habitado por populações iberas de origem indo-europeia e por celtas, fez parte do Império Romano e foi posteriormente ocupado pelos Visigodos e mais tarde pelos Mouros. Independente desde 1139 (reconhecido pelo rei de Castela em 1143 e pelo Papa em 1179), Portugal é a mais antiga nação da Europa. A independência de Portugal seria assegurada dois séculos depois com a derrota dos castelhanos em Aljubarrota, em 1385, e colocada em causa na sequência de uma crise de sucessão, em 1580, que colocaria o Reino nas mãos dos Espanhóis (dinastia Filipina) sob a alçada de uma união política; seria por fim restaurada em 1640 e o trono entregue a D. João IV.

Avizinhando-se o final das conquistas terrestres aos Mouros, Portugal virou-se para o mar onde se tornou dominante; inspirados pelo infante D. Henrique, o Navegador, os seus navegadores descobriram caminhos marítimos para a América, África e para o Oriente; daí obteve grande supremacia económica, política e cultural nessa altura. No período de expansão, os Portugueses estabeleceram enclaves comerciais em lugares tão remotos como nas Molucas e na China, ao mesmo tempo que reclamavam para si o Brasil, situado no Novo Mundo, descoberto em 1500 por Pedro Álvares Cabral. Foi no Brasil que se refugiou a família real portuguesa quando os Franceses invadiram Portugal em 1807. O rei D. João VI regressaria a Portugal em 1821 e, no ano seguinte, o seu filho D. Pedro era proclamado imperador do Brasil independente.

Portugal foi uma monarquia até 1910, ano em que uma revolução em Lisboa obrigou o jovem rei D. Manuel a abdicar. Após vários anos de instabilidade política, com lutas de trabalhadores, tumultos, levantamentos, assassínios políticos e crises financeiras, o Exército assumiu o Poder, em 1926. O regime militar nomeou ministro das Finanças o Dr. Oliveira Salazar, professor da Universidade de Coimbra, que pouco depois foi nomeado primeiro-ministro (1932). Ao mesmo tempo que restaurou as finanças, transformou o país numa "República Corporativa" de tendência fascizante, sob a sua ditadura pessoal. Em 1968, quando uma enfermidade mortal o afastou do Poder, sucedeu-lhe no governo da nação o Dr. Marcelo Caetano.

No entanto, o descontentamento civil alastrava tanto no continente como nas colónias, onde vários "movimentos de libertação" obrigaram Portugal a uma dispendiosa presença militar. Apesar das críticas de alguns dos mais antigos oficiais do Exército, entre os quais o general António de Spínola, o governo parecia determinado em continuar esta política. Com o seu livro Portugal e o Futuro, em que defendia a insustentabilidade de uma solução militar nas guerras do Ultramar, Spínola seria destituído, o que agravou o crescente mal-estar entre os jovens oficiais do Exército que no dia 25 Abril de 1974 desencadearam um golpe de estado que derrubaria o Governo, golpe de estado que ficou conhecido como o 25 de Abril, actualmente feriado nacional. Nos dois anos seguintes, o processo revolucionário foi vigiado e controlado pelo Movimento das Forças Armadas; não obstante, seria uma fase de grande instabilidade política, com seis governos provisórios, vários levantamentos com diferentes objectivos, a rápida liquidação do Império Colonial (consumada em 1975) e a progressiva neutralização das forças mais esquerdistas, até finalizar nas eleições de 1976. O seu vencedor seria o Partido Socialista, cujo líder, Mário Soares, tomou conta do governo, ao mesmo tempo que o general Ramalho Eanes era eleito Presidente da República.

Na actualidade é um dos membros da União Europeia (a sua adesão concretizou-se em 1986) e foi um dos 12 membros que integram a Zona Euro e cuja língua é uma das 20 línguas oficiais da União Europeia.

Divisão administrativa

Ver artigo principal: Subdivisões de Portugal

As principais divisões administrativas de Portugal são, ainda, os 18 distritos no continente e as duas Regiões Autónomas dos Açores e Madeira, que se subdividem em 308 concelhos e 4257 freguesias. Mas o país tem muitas outras formas de organização territorial. Veja subdivisões de Portugal para mais informações.

Distritos
Aveiro, Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Faro, Guarda, Leiria, Lisboa, Portalegre, Porto, Santarém, Setúbal, Viana do Castelo, Viseu e Vila Real
Regiões Autónomas
Açores, Madeira.

Política

Ver artigo principal: Política de Portugal

Em Portugal existem quatro Órgãos de Soberania: o Presidente da República, a Assembleia da República (Parlamento), o Governo e os Tribunais. Vigora o sistema semi-presidencialista.

O Presidente da República é o Chefe de Estado e é eleito por sufrágio universal para um mandato de cinco anos, exercendo uma função tripla de fiscalização sobre a actividade do Governo, de comando das forças armadas e de representação formal do Estado português no exterior.

A Assembleia da República, que reúne em Lisboa, no Palácio de São Bento, é eleita para um mandato de quatro anos. Neste momento conta com 230 deputados, eleitos em 22 círculos plurinominais em listas de partidos.

O Governo é chefiado pelo Primeiro-Ministro, que é por regra o líder do partido mais votado em cada eleição legislativa e é convidado nessa forma pelo Presidente da República para formar Governo. É o Primeiro-Ministro quem nomeia os Ministros.

Os Tribunais administram a justiça em nome do povo, defendendo os direitos e interesses dos cidadãos, impedir a violação da legalidade democrática e dirimir os conflitos de interesses que ocorram entre diversas entidades.

Desde 1975, o panorama político português tem sido dominado por dois partidos: o Partido Socialista (PS) e o Partido Social Democrata (PSD). Estes partidos têm dividido as tarefas de governar e administrar a maioria das autarquias praticamente desde a instauração da democracia. No entanto, partidos como o Partido Comunista Português (PCP), que detém ainda a presidência de autarquias e uma grande influência junto do movimento sindical ou o Partido Popular (CDS-PP) (que já governou o país em coligação com o PS e com o PSD) são também importantes no xadrez político. Para além destes têm assento no Parlamento os residuais Bloco de Esquerda (BE) e Partido Ecologista "Os Verdes" (PEV).

Geografia e Clima

Ver artigo principal: Geografia de Portugal

Situado no extremo sudoeste da Europa, Portugal Continental tem fronteira apenas com um outro país, a Espanha. O território é dividido pelo rio principal, o Tejo. Para o norte, a paisagem é montanhosa nas zonas do interior com planaltos, intercalados por áreas que permitem o desenvolvimento da agricultura. A sul, até ao Algarve, o relevo é caracterizado por planícies, sendo as serras esporádicas. Outros rios principais são o Douro, o Minho e o Guadiana, que tal como o Tejo nascem em Espanha. Outro rio importante, o Mondego, nasce na Serra da Estrela (as mais altas montanhas de Portugal Continental - 1991 m de altitude máxima).

Mapa de Portugal.png

As ilhas dos Açores e Madeira são localizadas no rift médio do Oceano Atlântico; algumas das ilhas tiveram actividade vulcânica recente. Originalmente formada por duas ilhas, a Ilha de São Miguel foi unida por uma erupção vulcânica em 1563. O último vulcão a entrar em erupção foi o Vulcão dos Capelinhos em 1957, na parte ocidental da Ilha do Faial, aumentando a área dessa ilha. O Banco D. João de Castro é um grande vulcão submarino que se situa entre as ilhas Terceira e São Miguel e está 14 m abaixo da superfície do mar. Entrou em erupção em 1720 e formou uma ilha, que permaneceu acima da tona de água durante vários anos. Uma nova ilha poderá surgir num futuro não muito distante. O ponto mais alto de Portugal, é o Monte Pico na Ilha do Pico, um antigo vulcão que atinge 2351 m de altitude.

A costa portuguesa é extensa: tem 943 km em Portugal continental, 667 km nos Açores, 250 km na Madeira e nas Ilhas Selvagens. A costa formou belas praias, com variedade entre falésias e areais. Na Ilha de Porto Santo uma formação de dunas chama muitos turistas. Uma característica importante na costa portuguesa é a Ria de Aveiro, estuário do Rio Vouga, perto da cidade de Aveiro, com 45km de comprimento e um máximo de 11 km de largura, rica em peixe e aves marinhas. Existem quatro canais, e entre estes várias ilhas e ilhotas, e é onde quatro rios encontram o oceano. Com a formação de cordões litorais definiu-se uma laguna, vista como um dos elementos hidrográficos mais marcantes da costa portuguesa. Portugal possuiu uma das maiores zonas económicas exclusivas (ZEE) da Europa, cobrindo 1 727 408 km².

Em Portugal continental, as temperaturas médias anuais são 13ºC no norte e 18ºC no sul. As ilhas da Madeira e dos Açores, devido à sua localização no Atlântico, são mais húmidas e chuvosas, e com um intervalo de temperaturas menor. Normalmente, os meses da Primavera e Verão são ensolarados e as temperaturas são altas durante os meses secos de Julho e Agosto, com um máximo no centro do país entre 30ºC e 35ºC, mas geralmente mais altas no Alentejo. O Outono e o Inverno são tipicamente ventosos e chuvosos, mas os dias amenos e de sol não são raros, e as temperaturas só muito ocasionalmente descem abaixo dos 5ºC, ficando-se pelos 10ºC na maioria dos casos. A neve é comum nas áreas montanhosas do Norte, especialmente na Serra da Estrela. O clima português é classificado como Temperado Mediterrânico.

Principais Cidades

Lisboa (cerca de 550 000 habitantes - 2,6 milhões de habitantes na Grande Lisboa) é a capital desde o século XII, a maior cidade do país e principal pólo económico, detendo os principais porto marítimo e aeroporto portugueses. Outras cidades importantes são as do Porto, (cerca de 260 000 habitantes - 1,3 milhões no Grande Porto) a segunda maior cidade e porto marítimo, Aveiro, Braga (Cidade dos Arcebispos), Coimbra (cidade com a mais antiga universidade do país), Évora, Faro, Setúbal e Viseu. Na área metropolitana de Lisboa existem cidades com grande densidade populacional como Agualva-Cacém e Queluz (concelho de Sintra), Amadora , Almada e Odivelas. Na área metropolitana do Porto as localidades mais povoadas são Vila Nova de Gaia, Maia e Matosinhos. Na região autónoma da Madeira a principal cidade é o Funchal. Nos Açores existem três cidades principais que correspondem a ex-capitais de distrito, sendo elas Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, Angra do Heroísmo na ilha da Terceira e Horta na ilha do Faial.

Economia

Ver artigo principal: Economia de Portugal

O crescimento económico português esteve acima da média da União Europeia na maior parte da década de 1990 mas encontra-se agora abaixo da média dos 25 estados-membros. O PIB per capita ronda os 76% da média da região. O PIB português cresceu 1% em termos reais em 2004 e espera-se que cresca 1,8% (FMI) em 2005. No último trimestre de 2004, a taxa de desemprego era de 7,1%, abaixo da média europeia.

Desde 1985, o país entrou num processo de modernização num ambiente bastante estável (1985 até à actualidade) e juntou-se à Comunidade Económica Europeia em 1986. Os sucessivos governos fizeram várias reformas, privatizaram muitas empresas controladas pelo Estado e liberalizaram áreas-chave da economia, incluindo os sectores das telecomunicações e financeiros. Portugal desenvolveu uma economia crescentemente baseada em serviços e foi um dos onze membros fundadores do Euro em 1999, com critérios muito restritos. Começou a circular a sua nova moeda a 1 de Janeiro de 2002 com 11 outros estados membros da UE.

Com o recurso a fundos da União Europeia, o país fez nas duas últimas décadas investimentos avultados em infra-estruturas, dispondo hoje de uma rede extensa de auto-estradas e beneficiando em geral de boas acessibilidades rodoviárias e ferroviárias.

Com um passado predominantemente agrícola, actualmente a estrutura da economia baseia-se nos serviços e na indústria, que representam 67,8% e 28,2% do VAB (Fonte: INE, 2004).

As oliveiras (4000 km²), os vinhedos (3750 km²), o trigo (3000 km²) e o milho (2680 km²) são produzidos em áreas bastante vastas. Os vinhos e azeites portugueses são bastante apreciados devido à sua qualidade. Também, Portugal é produtor de fruta de qualidade, nomeadamente as laranjas algarvias e a pêra rocha da região Oeste. Outras produções são de horticultura ou floricultura, como a beterraba doce, óleo de girassol e tabaco.

Os recursos naturais, tais como os bosques que cobrem cerca de 34% do país, principalmente pinheiros (13500 km²), sobreiros (6800 km²), azinheiras (5340 km²) e eucaliptos (2430 km²). A cortiça tem uma produção bastante significativa: Portugal produz metade da cortiça produzida no mundo. Recursos minerais significativos são o volfrâmio, o estanho e o urânio.

As maiores indústrias transformadoras são os têxteis, calçado, cabedal, mobiliário, mármores, cerâmica (de destacar a Vista Alegre) e a cortiça. As indústrias modernas desenvolveram-se significativamente: refinarias de petróleo, petroquímica, produção de cimento, indústrias do automóvel e navais, indústrias eléctricas e electrónicas, maquinaria e indústrias do papel. Portugal tem um complexo de indústrias petroquimicas em Sines, dotado de um porto. A indústria automóvel localiza-se em Palmela (a maior infra-estrutura é a Autoeuropa), Setúbal, Porto, Aveiro, Braga, Santarém e Azambuja.

O balanço comercial português é negativo. O país compra principalmente dentro da União Europeia: Espanha, Alemanha, França, Itália e Reino Unido. E, também, vende a maioria dos seus produtos dentro da União: Alemanha, Espanha e França são os parceiros principais.

Demografia

População de Portugal (INE, Lisboa)
Ano Total Variação Ano Total Variação
1801 2.845.990 - 1940 7.722.152 13,1%
1849 3.411.454 19,9% 1950 8.510.240 10,2%
1864 4.188.419 22,8% 1960 8.851.240 4,0%
1890 5.049.729 20,5% 1970 8.648.369 -2,3%
1911 5.969.056 18,2% 1981 9.833.041 13,7%
1920 6.032.991 1,1% 1991 9.862.540 0,3%
1930 6.825.883 13,1% 2001 10.356.117 5,0%
Ver artigo principal: Demografia de Portugal

Os Portugueses são de população europeia mediterrânica. Na sua origem está essencialmente uma mistura de tribos Celtas e Iberas (chamados Celtiberos, como os Lusitanos, os Calaicos ou Gallaeci e os Cónios, entre outras menos significativas. Outras influências importantes foram também os Romanos (a Língua portuguesa deriva do Latim), os Visigodos e os Suevos, todos os quais povoaram o que é hoje território português. Influências menores foram os Gregos e os Fenícios-Cartagineses (com pequenas feitorias comerciais costeiras semi-permanentes), os Vândalos (Silingos e Asdingos) e os Alanos (ambos expulsos ou parcialmente integrados pelos Visigodos) e os Mouros (predominantemente no sul).

Segundo o Instituto Nacional de Estatística (ine.pt), em 2004 Portugal teria uma população estimada em 10.529.525 indivíduos, uma subida de 0,52% face ao ano anterior, o que é um abrandamento quando comparado com os 0,64% de 2003. O último censo data de 2001. Estes valores representam uma densidade populacional de 107 pessoas por quilómetro quadrado, ou 277 por milha quadrada.

O afluxo de imigrantes é responsável por um crescimento de 0,45%, enquanto o crescimento natural (nascimentos menos os óbitos) correspondeu a um incremento de 0,07%.

Em 2004 os nascimentos diminuíram 2,9% face a 2003, enquanto os óbitos sofreram uma redução de 6,2%: Portugal registou 109.356 nascimentos em 2004, menos 3.233 face a 2003. O número de óbitos foi de 102.371, invertendo a tendência de subida registada nos três anos anteriores.

Idioma

Ver artigo principal: Língua portuguesa

O idioma oficial, utilizado pela totalidade da população, é o Português, a segunda língua de origem latina mais falada no mundo e uma das línguas de trabalho em diversas organizações internacionais. A língua portuguesa, que descende da língua galaico-portuguesa falada na Idade Média no noroeste peninsular, exibe alguns regionalismos a nível de pronúncia e vocabulário mas não tem dialectos. A língua mirandesa tem a mesma origem no idioma galaico-português é reconhecida oficialmente e ensinada nas escolas do concelho de Miranda do Douro. O seu uso, no entanto, é bastante restrito, estando em curso acções de revitalização.

Cultura

Ver artigo principal: Cultura de Portugal

Arquitectura

A "Arquitectura Popular Portuguesa" marcou a arquitectura portuguesa dos anos 50 que prevaleceu até ao final do Salazarismo. Assiste-se hoje, em Portugal, a um fenómeno complementar e inovador, a arquitectura contemporânea, no âmbito da arquitectura portuguesa que, contrapõe a, conceitos velhos e conservadores de tradições e modos de operar, a uma intenção afirmada, de inovar o espaço e construí-lo com conceitos, materiais e técnicas que permitam viver em pleno a contemporaneidade. A arquitectura contemporânea cruza várias gerações em simultâneo que marcaram e continuam a marcar arquitectura portuguesa, desde meados do século XX até aos nossos dias. Fernando Távora, Manuel Taínha, Álvaro Siza, Victor Figueiredo, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto Moura, Filipe Oliveira Dias e Carrilho da Graça são os arquitectos que traduzem o que de melhor se produz, de arquitectura, em portugal.

Literatura

Na literatura portuguesa, é eminente a poesia, estando entre os maiores poetas portugueses de todos os tempos Luís de Camões e Fernando Pessoa, aos quais se pode acrescentar Cesário Verde, Florbela Espanca, António Ramos Rosa, Mário Cesariny e Herberto Helder, entre outros. Na prosa, Gil Vicente, Damião de Góis, o Padre António Vieira, Almeida Garrett, Eça de Queirós, Camilo Castelo Branco, Miguel Torga, Fernando Namora, José Cardoso Pires, António Lobo Antunes e José Saramago são nomes de grande relevo.

Música

A música tradicional portuguesa é variada e muito rica. Do folclore fazem parte as danças do vira, do Minho, dos Pauliteiros de Miranda, da zona mirandesa, do Corridinho do Algarve ou do Bailinho, da Madeira. Instrumentos típicos são a gaita-de-foles, o acordeão, o violino, os tambores, a guitarra portuguesa (no uso do fado) e uma variedade de instrumentos de sopro e percussão.

O mais conhecido estilo de música português é o Fado, cuja intérprete mais célebre foi Amália Rodrigues. Mais recentemente, através dos Madredeus, cuja vocalista é a conhecida Teresa Salgueiro, e pelas cantoras Mariza e Dulce Pontes, a música portuguesa além fronteiras tem atingido um patamar de reconhecimento internacional e tem ajudado a divulgar a língua portuguesa em todo o mundo.

Referências da canção de finais do século XX são Zeca Afonso, Sérgio Godinho, os Trovante entre outros. Mesmo sendo o fado uma grande referência, a "nova" música portuguesa também tem um papel importante. Rui Veloso, GNR, Ornatos Violeta, Xutos & Pontapés, Toranja, e Da Weasel são apenas alguns dos nomes mais conhecidos, indo do Rock, à pop-electrónica, ao rap, entre outros estilos.

Na música erudita, as grandes referências actuais são os pianistas Artur Pizarro, Maria João Pires e Sequeira Costa.

Gastronomia

A gastronomia é muito rica em variedade e do agrado de nacionais e estrangeiros em geral. Cada zona do país tem os seus pratos típicos, incluindo os mais diversificados alimentos, passando pelas carnes de gado, carneiro, porco e aves, pelos variados enchidos, pelas diversas espécies de peixe fresco e marisco (grande variedade de pratos de bacalhau). Entre os queijos sobressaem os da Serra da Estrela e de Azeitão, entre muitos outros.

Portugal é um país fortemente vinícola, sendo célebres os vinhos do Douro, do Alentejo e do Dão, os vinhos verdes do Minho, e os licorosos do Porto e da Madeira. A nível de doçaria, e por entre uma enorme variedade de receitas tradicionais, são muito famosos os chamados pastéis de Belém, mantendo-se o segredo da sua confecção bem guardado, assim como os "ovos moles de Aveiro", os "pastéis de Tentúgal", a "sericaia" ou o "pão-de-ló de Ovar", a par de muitos outros.

De entre os pratos típicos, são de destacar o cozido à portuguesa, o bacalhau à Braz, à Gomes de Sá ou em pastéis, as espetadas da Madeira, o cozido vulcânico dos Açores (S. Miguel), o leitão assado à moda da Bairrada os rojões de Aveiro e do Minho, a chanfana da Beira, a carne de porco à alentejana, típica da zona de Braga, os peixes grelhados(em todo o país), as tripas (da região do Porto), as pataniscas (da região de Lisboa) ou o gaspacho (do Alentejo e Algarve). A cozinha portuguesa influenciou também outras gastronomias, tais como a japonesa, com a introdução da tempura.

Turismo

Religião

A maioria dos Portugueses (cerca de 84% da população total segundo os resultados oficiais do Censos 2001), inscrevem-se numa tradição católica. A prática dominical do Catolicismo segundo um estudo da própria Igreja Católica (também de 2001) é realizada apenas por 1933677 católicos praticantes (18.7% da população total) e o número de comungantes é de 1065036 (10.3% da população total). Cerca de metade dos casamentos realizados são casamentos católicos (que têm validade legal automática). Nos dias de hoje ainda não é possível o "divórcio" católico, mas há muitos praticantes do mesmo.

O protestantismo em Portugal possui várias denominações actuantes, sendo estas maioritariamente de cultos protestantes de imigração brasileira. A IURD é um exemplo prático dessa importação de costumes e religiões. Existem ainda minorias islâmicas, judaicas e hindus, maioritariamente de emigrantes.

A Constituição Portuguesa garante liberdade de religião mas a igualdade entre religiões é contrariada pela existência da Concordata que dá benefícios específicos à Igreja Católica. É comum que em cerimónias oficiais públicas como inaugurações de edifícios haver a presença de um representante da Igreja Católica ou que à cerimónia oficial sejam associados actos religiosos católicos como bençãos ou missas. O estatuto religioso dos políticos eleitos é normalmente considerado irrelevante pelos eleitores a exemplo disso os últimos Presidentes da República eram pessoas assumidamente laicas.

Feriados

Ver artigo principal: Lista de feriados portugueses
Data Nome Observações
1 de Janeiro Ano Novo Passagem de ano, início do ano, marca o fim da época de férias.
Terça-feira, festa móvel Carnaval Feriado facultativo, sendo rara a sua não utilização na prática. A data tem origem na tradição pagã de celebrar o final do inverno e foi depois adaptada pela Igreja Católica marcando agora o período de 40 dias antes da Semana Santa, sendo conhecido também por Entrudo.
Sexta-feira, festa móvel Sexta-Feira Santa Em algumas localidades este feriado pode ser celebrado noutra data na época da Páscoa de acordo com a tradição local.
Domingo, festa móvel Páscoa Sendo celebrado a um domingo não é classificado como feriado oficial. As tradições gastronómicas da Páscoa variam muito entre as diversas regiões do país desde o Pão-de-Ló ao Folar. Em algumas regiões a tração do Compasso ainda se mantém mesmo nas grandes cidades quando um pequeno grupo visita cada casa com um cruxifixo e onde é feita uma pequena cerimónia de benção da casa. Também é altura da segunda vista tradicional dos afilhados solteiros aos respectivos padrinhos para receberem a prenda de Páscoa. 7 dias antes no Domingo de Ramos os jovens oferecem flores à madrinha.
25 de Abril Dia da Liberdade Celebração da Revolução dos Cravos que marcou o fim em 1974 do regime dictatorial.
1 de Maio Dia do Trabalhador
Quinta-feira, festa móvel Corpo de Deus 40 dias depois da Páscoa.
10 de Junho Dia de Portugal Oficialmente Dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. A data do falecimento de Luís Vaz de Camões em 1580 é utilizada para relembrar não só os feitos passados como os milhões de Portugueses que vivem fora do seu país natal.
15 de Agosto Assunção de Nossa Senhora
5 de Outubro Implantação da República em 1910
1 de Novembro Todos os Santos Tradicionalmente utilizado para recordar entes falecidos.
1 de Dezembro Restauração da Independência em 1640.
8 de Dezembro Imaculada Conceição Padroeira do Reino de Portugal desde 1646.
25 de Dezembro Natal A noite de 24 para 25 é marcada com uma reunião familiar com um jantar que varia de região para região embora o bacalhau com batatas se tenha tornado cada vez mais popular e o Bolo Rei incluído na sobremesa. No final do jantar trocam-se presentes.

Páginas relacionadas

Ligações externas

Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikcionário Definições no Wikcionário
Commons Imagens e media no Commons

Predefinição:UE

Predefinição:OTAN Predefinição:OCDE Predefinição:CPLP

Predefinição:Link FA Predefinição:Link FA

af:Portugal als:Portugal an:Portugal ar:برتغال ast:Portugal bg:Португалия bs:Portugal ca:Portugal cs:Portugalsko cy:Portiwgal da:Portugal de:Portugal el:Πορτογαλία en:Portugal eo:Portugalio es:Portugal et:Portugal eu:Portugal fa:پرتغال fi:Portugali fr:Portugal fy:Portegal gl:Portugal he:פורטוגל hi:पुर्तगाल hr:Portugal ht:Pòtigal hu:Portugália ia:Portugal id:Portugal io:Portugal is:Portúgal it:Portogallo ja:ポルトガル ka:პორტუგალია ko:포르투갈 ks:पुर्तगाल ku:Portekîz kw:Portyngal la:Portugallia lb:Portugal li:Portugal lt:Portugalija lv:Portugāle ms:Portugal mt:Portugall nds:Portugal nl:Portugal nn:Portugal no:Portugal oc:Portugal os:Португали pl:Portugalia rm:Portugal ro:Portugalia ru:Португалия sa:पुर्तगाल sc:Portugallu simple:Portugal sk:Portugalsko sl:Portugalska sq:Portugalia sr:Португалија sv:Portugal th:สาธารณรัฐโปรตุเกส tl:Portugal tr:Portekiz uk:Португалія vi:Bồ Đào Nha yi:פּאָרטוגאַל zh:葡萄牙 zh-min-nan:Portugal

talvez você goste