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LATAM Airlines Brasil

Predefinição:Info/Companhia aérea 2 LATAM Airlines Brasil, anteriormente TAM Linhas Aéreas, é uma companhia aérea sediada em São Paulo, atualmente considerada a maior empresa do segmento do Brasil.[1] Faz parte da LATAM Airlines Group, uma holding chileno-brasileira com atuação também na Argentina, Colômbia, Equador, Paraguai e Peru. Desde o dia 5 de maio de 2016 a companhia adotou a marca LATAM Airlines como última fase da fusão da TAM com a chilena LAN.[2] Em 2016, a LATAM Airlines Brasil foi eleita a 57ª melhor companhia aérea do mundo pela Skytrax.[3]

A frota da LATAM Airlines Brasil é composta por 332 aeronaves da Airbus e Boeing, das quais os modelos Airbus A319, Airbus A320, Airbus A320neo e Airbus A321 são usados nas rotas domésticas, enquanto o Boeing 767, o Boeing 777, e o Boeing 787 são usadas nas rotas internacionais.

História

Início

O Táxi Aéreo Marília surgiu em 1961, fundado por dez pilotos de aviões monomotores. Na época, eles faziam o transporte de cargas e passageiros no Paraná, São Paulo e Mato Grosso.[4] Após seis anos o grupo foi comprado pelo empresário Orlando Ometto e teve a sua sede transferida para São Paulo, iniciando o transporte de malotes.[5]

Em 1971 o comandante Rolim Amaro, que já havia trabalhado na companhia em sua fundação, é convidado por Orlando Ometto para ser sócio minoritário da empresa, com 33% das ações.[6] No ano seguinte, o piloto adquire metade das ações e assume a direção da empresa. Em 1976 a empresa passou a se chamar apenas TAM, ano em que Rolim detinha 67% do capital. O atendimento se voltou para o interior de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.[7]

Expansão

Fokker F27 da TAM.
Marca utilizada de 1980 até 2008
Marca utilizada de 2008 até 2016

Na década de 1980, a companhia começou a utilizar o Fokker F27, substituindo os EMB-110. Em 1981 chegou a marca de um milhão de passageiros transportados. Em 1986 adquiriu a companhia aérea VOTEC, ampliando os destinos para as regiões Centro-Oeste e Norte.[8][9]

Fokker 100 da TAM.

Em 1991 recebeu seus Fokker 100 e pouco tempo depois passa a ser a maior operadora desta aeronave no mundo.[10] Em 1993 lançou o seu programa de milhas, que não previa limitação de assentos para as passagens gratuitas, o que representou um pioneirismo nos programas de milhagens das companhias aéreas.[11] Em 1996 passou a operar em todo o território nacional. Após adquirir a companhia Lapsa (Líneas Aéreas Paraguayas) do governo paraguaio, renomeou-a como TAM Mercosur, atual LATAM Airlines Paraguai.[12] Foi comprada uma área de 185 alqueires (447 hectares) na região de São Carlos, no interior de São Paulo, onde atualmente se localiza a sede do Centro Tecnológico da LATAM, também conhecido como LATAM MRO.[13] Em 2003, a TAM reestruturou-se internamente e deu início ao compartilhamento de voos com a Varig.[14] A empresa lançou o e-TAM, um equipamento que permitia aos passageiros fazer o seu check-in em apenas 10 segundos. A companhia fecha o ano com lucro de 174 milhões de reais.[15] Em 2004 fechou uma série de acordos com companhias aéreas regionais, que envolveram as companhias VOEPASS, Ocean Air, Total, TRIP e Pantanal.[16] Em 2007, a TAM iniciou um novo processo de modernização de sua frota, comprando 22 Airbus A350 XWB, com mais 10 opções de compra, além de quatro Boeing 777.[17]

Início das rotas internacionais

Em 1998 foram entregues para a TAM os primeiros Airbus A330 e a empresa fez o seu primeiro voo internacional, na rota de São Paulo para Miami. Em 1999 lançou sua primeira rota para a Europa, tendo como destino a cidade de Paris.[18] Em 2004 aumentou a frequência diária de viagens para os Estados Unidos e Europa, passando a ter 24 frequências semanais.[19]

Em 2005 herdou da extinta VARIG rotas internacionais para Buenos Aires, com cinco frequências diárias, Santiago, com uma frequência diária, Nova York, com duas frequências diárias, e aumentou para duas frequências diárias a rota para Paris.[20] Em 2006 iniciou uma nova rota para Miami, partindo de Manaus e uma rota para Londres.[21] Já em 2007 são iniciadas as rotas para Milão e Córdoba.[22]

Apagão aéreo

Balcão de check-in da TAM em 2006, após vários cancelamentos.
Ver artigo principal: Apagão aéreo de 2006

Em 2006, após o voo Gol 1907, um acidente aéreo da sua maior concorrente, iniciou-se no Brasil uma crise no setor aéreo. O problema se deu pela falta de investimento na infraestrutura dos aeroportos. A demanda havia crescido muito nos últimos anos e não houve capacidade para planejamento de uma estratégia que acompanhasse a expansão. O Aeroporto de Congonhas, o mais movimentado do Brasil, hub da TAM até então, sofreu as consequências da ineficiência de coordenação nas atividades do setor, operando acima do limite de sua capacidade, para tentar contornar o fluxo de passageiros.[23][24] Em maio de 2007, devido ao histórico de derrapagens, a pista principal de Congonhas foi fechada para obras. Elas deveriam durar 90 dias, porém na metade deste prazo, foi reaberta, mesmo sem o serviço de grooving. A pista reabriu no dia 29 de junho e a Infraero havia afirmado que, por ser o período de inverno e tempo seco, não haveria problemas com a falta da modificação, que só deveria ficar pronto no fim de setembro. Mas em 17 de julho, um Airbus A320 da companhia, procedente do Aeroporto Internacional de Porto Alegre, derrapa na pista do aeroporto de Congonhas e atinge o prédio da TAM Express, causando a morte de 199 pessoas. Este foi o pior acidente aéreo da sua história e contribuiu para agravar a crise aérea que já estava instalada. As investigações concluíram que um dos fatores que contribuíram para o acidente foi a inexistência dos groovings na pista do aeroporto, que estava molhada.[25]

Star Alliance, Oneworld e SkyTeam

Airbus A330 da TAM com a pintura de sua antiga aliança aérea, a Star Alliance.
Airbus A320 da TAM com a pintura da Oneworld, atual aliança aérea.

Em 2008 a diretoria a TAM aceita o convite e ingressa na Star Alliance, por já existirem acordos com várias companhias membros.[26] Entretanto, em 2013, após a criação do grupo LATAM Airlines Group, uma das condições impostas pelos órgãos reguladores do Brasil e do Chile era de que as duas companhias permanecessem em apenas uma aliança. Então, em 1° de outubro de 2013 foi anunciado que a TAM deixaria a Star Alliance para se juntar à Oneworld, a exemplo da LAN. Tal decisão foi tomada com a finalidade de incrementar a oferta mundial da TAM. Em setembro de 2019, foi anunciado que a Delta Air Lines comprou 20% da participação do grupo chileno-brasileiro LATAM Airlines Group e com isso irá financiar a saída da LATAM da aliança Oneworld para passar a integrar a aliança SkyTeam, aliança da qual a Delta faz parte. Em 31 de janeiro de 2020 o grupo LATAM anunciou oficialmente que iria deixar a aliança Oneworld e com isso encerraria também sua parceria com a American Airlines a partir de 1° de maio de 2020. No dia 1° de maio de 2020 o grupo LATAM Airlines deixou de fazer parte da aliança Oneworld oficialmente e assim encerrou também sua parceria com a American Airlines oficialmente.[27][28][29][30][31]

Fusão e criação da LATAM Airlines Group

Em 2010 foi anunciado pelos dirigentes da TAM e da LAN uma fusão entre as duas empresas, criando-se uma holding denominada LATAM Airlines Group.[32] A fusão era vista como a possibilidade de um maior desenvolvimento das economias de escala entre ambas as empresas e que beneficiaria seus clientes com o aumento das opções de voos e destinos disponíveis. A associação entre LAN e TAM resultaria no transporte de 60,3 milhões de passageiros por ano para 150 destinos, com uma receita de 13,5 bilhões de dólares e numa frota de 310 aeronaves.[33]

Já em 6 de agosto de 2015, os dirigentes anunciaram que, a partir de 2016, LAN e TAM passariam a adotar a marca LATAM em todas as suas operações.[34] O nome escolhido foi o próprio nome do grupo, que além de unir os nomes de LAN e TAM é uma referência a "Latin America" (América Latina).[35] Em 5 de maio de 2016, foi concluído o processo de fusão, apresentando a nova pintura das aeronaves, uniforme dos funcionários e espaços nos aeroportos, sendo que a partir desta data, as marcas TAM e LAN deixariam de existir, operando unicamente como LATAM.[36][37]

Recuperação judicial

No dia 9 de julho de 2020, A Latam Brasil anunciou que entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos em razão dos impactos da crise do coronavírus nas operações da companhia.

O grupo Latam Airlines e suas afiliadas no Chile, Peru, Colômbia e Equador já tinham entrado em maio do mesmo ano no processo de reestruturação de dívida sob a proteção do Capítulo 11 da lei de falências dos Estados Unidos, que permite um prazo para que as empresas se reorganizem financeiramente.

Apesar do anúncio, a empresa continua operando normalmente.[38]

Frota

Predefinição:Imagem múltipla

Em 5 de Maio de 2021, a LATAM Brasil possui 141 aeronaves e tem a segunda frota de aviões mais moderna do país, atrás apenas da frota da Azul Linhas Aéreas. A idade média das aeronaves da LATAM Brasil é de 10,4 anos.[39] Em março de 2018, a LATAM Brasil passou os seus dois A320neo para a LATAM Chile.[40]

Frota da LATAM Airlines Brasil
Aeronaves Quantidade Pedidos Passageiros Notas
B E Total
Airbus A319-100 21 8 132 140
Airbus A320-200 63 8 150 158* *Aeronaves incorporadas da Avianca Brasil.
8 168 176
Airbus A320neo 6 2 8 168 176
Airbus A321neo 220 220
Airbus A321-200 28 8 208 216 22 equipados com sharklets
Boeing 767-300ER 13 30 191 221
Boeing 777-300ER 10 38 372 410 PT-MUI reincorporado a frota em novembro de 2018
Boeing 787-9 Dreamliner 1 Predefinição:0 3Predefinição:0 40 283 313 Oriundos da LATAM Airlines Chile
Total 141 5

*Nas rotas domésticas a Latam designa as fileiras 1 e 2 como cabine Premium Economy.

Frota histórica

Frota histórica da LATAM Airlines Brasil
Aeronave Quantidade Anos de operação Notas
Embraer EMB-110 Bandeirante 14 1976–1996
Fokker F27 11 1980–2000
Fokker 50 10 1990–2001
Fokker 100 51 1991–2008 Substituídos pelos Airbus A320 e o Airbus A319
McDonnell Douglas MD-11 3 2007–2008 Substituídos pelo Boeing 777 (usado como bônus da Boeing para a TAM, até a chegada das encomendas dos 777).
Airbus A340 2 2007–2011 Substituídos pelo Boeing 777 e devolvidos para a Air Canada
Boeing 767 3 2008–2013 Substituídos pelo Airbus A330 que estariam sob encomenda
Airbus A330 20 1998–2016 Substituídos pelo Boeing 767 com ex-LAN
Airbus A350-900 13 2016-2021 Substituídos pelo Boeing 787, simplificando toda a frota Wide-Body com Boeing

Acordos interlinhas

Além das companhias aéreas membros da Oneworld, a LATAM mantém acordos com algumas companhias aéreas.

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