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Revolução neolítica

Ruínas de Göbekli Tepe, na atual Turquia, cujas estruturas datam de c. 10 000 a.C., sendo os megalitos mais antigos já encontrados.[1]
Reconstrução de uma casa de Çatalhüyük, um assentamento neolítico na Anatólia que data de cerca de 7 000 a.C.

Revolução neolítica ou Transição Demográfica Neolítica, às vezes chamada de Revolução Agrícola, foi a transição em grande escala de muitas culturas humanas do estilo de vida de caçador-coletor e nômade para um agrícola e sedentário fixo, tornando possível uma população cada vez maior.[2] Estas comunidades estabelecidas permitiram que os seres humanos observassem e experimentassem com plantas para aprender como crescem e se desenvolvem. Este novo conhecimento levou à domesticação das plantas.[3]

Dados arqueológicos indicam que a domesticação de vários tipos de plantas e animais evoluiu em locais separados em todo o mundo, começando na época geológica do Holoceno,[4] cerca de 12.500 anos atrás. Foi a primeira revolução agrícola historicamente verificável no mundo. A Revolução Neolítica reduziu muito a diversidade de alimentos disponíveis, com uma mudança para a agricultura que levou a uma diminuição da nutrição humana.[5] A mudança envolveu muito mais do que a adoção de um conjunto limitado de técnicas de produção de alimentos. Durante os milênios seguintes, ela transformaria os pequenos e móveis grupos de caçadores-coletores que até então haviam dominado a pré-história humana em sociedades sedentárias (não-nômades) baseadas em vilas. Essas sociedades modificaram radicalmente seu meio ambiente através do cultivo de culturas alimentares especializadas (com, por exemplo, a irrigação e o desmatamento), o que permitiu um excesso de produção de alimentos.

Esses desenvolvimentos forneceram a base para os assentamentos densamente povoados, a especialização e a divisão do trabalho, as economias comerciais, o desenvolvimento da arte, da arquitetura, de estruturas políticas centralizadas, de ideologias hierárquicas, de sistemas despersonalizados de conhecimento (por exemplo, a escrita) e da propriedade privada, o que levou a uma sociedade hierárquica, com uma classe social de elite,[6] compreendendo uma nobreza, uma classe política e uma militar. A primeira manifestação totalmente desenvolvida de todo o complexo neolítico é vista nas cidades sumérias do Oriente Médio (c. 5.500 aC), cuja emergência anunciou também o começo da Idade do Bronze.

A relação das características neolíticas acima mencionadas com o início da agricultura e a relação empírica entre vários sítios neolíticos continua a ser tema de debate acadêmico e varia de lugar para lugar, em vez de ser o resultado de leis universais da evolução social.[7][8] A região do Levante, seguida da Mesopotâmia, são os locais dos primeiros desenvolvimentos da Revolução Neolítica, por volta de 10.000 aC. Este processo "inspirou alguns dos desenvolvimentos mais importantes da história humana, incluindo a invenção da roda, a plantação das primeiras culturas cerealíferas e o desenvolvimento da letra cursiva, da matemática, da astronomia e da agricultura."[9][10]

Antecedentes

Nomadismo

Ver artigos principais: Nomadismo e Caçador-coletor
Dois homens hadzas retornam de uma caçada. Os hadzas são uma das poucas sociedades africanas contemporâneas que vivem principalmente de caça e coleta
Artefatos de pedra do Neolítico

Durante milhares de anos os grupos humanos viveram deslocando-se de um lugar ao outro, procurando alimento necessário para sua sobrevivência. Em outras palavras, eram nômades. Até o final do período Paleolítico, os humanos dependiam da caça de animais e da coleta de frutos e vegetais. O nomadismo é a prática dos povos nômades, ou seja, que não têm uma habitação fixa, que vivem permanentemente mudando de lugar. Usualmente são os povos do tipo caçadores-coletores, mudando-se a fim de buscar novas pastagens para o gado quando se esgota aquela em que estavam. Os nômades não se dedicam à agricultura e frequentemente ignoram fronteiras internacionais na sua busca por melhores pastagens.[carece de fontes?]

O nomadismo na economia recoletora era motivado pela deslocação das populações que, na procura constante de alimentos, acompanhavam as movimentações dos próprios animais que pretendiam caçar, procuravam os locais onde existiam frutos ou plantas a recolher ou necessitavam de se defender das condições climáticas ou dos predadores. Este tipo de nomadismo manteve-se entre as comunidades que persistiram no modo de produção recoletor. As ferramentas fabricados por esses grupos eram, na maioria, de pedra e osso. Alguns eram lascados para formar bordas cortantes e facilitar a obtenção de alimentos e defesa. A alimentação era composta basicamente de frutos, raizes, ervas, peixes e pequenos animais capturados com a ajuda de armadilhas rudimentares.[carece de fontes?]

No Período Neolítico as pessoas abrigavam-se em cavernas ou em espécies de choupanas feitas de galhos e cobertas de folhas. Também usavam tendas de animais na entrada das cavernas. É neste período que surgem os primeiros Sambaquis (encontrados principalmente nas regiões litorâneas da América do Sul), devido ao fato do homem ser nômade, e se alojar num determinado local até que se esgotassem os alimentos; amontoavam conchas, fogueiras, restos de animais. Eram também nesses locais que enterravam seus mortos junto a seus pertences (colares, vestes, ferramentas e cerâmicas).[carece de fontes?]

A sociedade é comunal, já possuem uma certa organização social e a família já tem importância. Descobrem e dominam o fogo, possuem uma linguagem rudimentar, indícios de rituais funerários e desenvolvem as primeiras práticas de magia (devido à descoberta do fogo). A sociedade era formada por pequenos clãs, que dividiam as tarefas entre os sexos e idades. Havia apenas um líder, que servia como conselheiro. Este poderia ser o mais forte ou o mais velho. Como o nomadismo resultava em doenças frequentes, cansaços e obrigação de descanso aos necessitados, os índices demográficos eram baixos e estáveis.[carece de fontes?]

Transição agrícola

Mapa do mundo mostrando os centros de origem da agricultura e sua propagação na pré-história: o Crescente Fértil (11.000 aC), as bacias do Yangtze e do Rio Amarelo (9.000 aC) e as Terras Altas da Nova Guiné (9.000-6.000 aC) no México Central 5.000-4.000 aC), Norte da América do Sul (5.000-4.000 BP), África subsaariana (5.000-4.000 aC, localização exata desconhecida), América do Norte Oriental (4.000-3.000 aC).[11]

O termo "Revolução Neolítica" foi cunhado em 1923 por V. Gordon Childe para descrever o primeiro de uma série de revoluções agrícolas na história do Oriente Médio. O período é descrito como uma "revolução" para denotar sua importância e o grande significado e grau de mudança que afetam as comunidades nas quais novas práticas agrícolas foram gradualmente adotadas e refinadas.

O começo deste processo em diferentes regiões foi datado entre 10 000 a 8 000 a.C. no Crescente Fértil[12][13] e talvez 8 000 a.C. no Antiga Área Agrícola de Kuk, na Melanésia.[14][15] Essa transição em toda parte parece associada a uma mudança de um modo de vida caçador-coletor em grande parte nômade para um mais assentado, baseado na agricultura, com o início da domesticação de várias espécies de plantas e animais - dependendo da espécie disponível localmente e provavelmente também influenciado pela cultura local. Pesquisas arqueológicas recentes sugerem que em algumas regiões, como a península do Sudeste Asiático, a transição de caçador-coletor para agricultor não era linear, mas específica para cada região.[16]

Domesticação

Plantas

Ver artigo principal: História da agricultura
Expansão da revolução agrícola pela Europa
Ruínas de Skara Brae, na Escócia, Reino Unido, uma das mais bem preservadas vilas do período Neolítico

Depois que a agricultura começou a ganhar ímpeto, por volta de 9 000 a.C., a atividade humana resultou na criação seletiva de gramíneas (começando com farro, trigo e cevada) e não simplesmente naquelas que favoreceriam maiores retornos calóricos através de sementes maiores. O geneticista israelense Daniel Zohary identificou várias espécies de plantas como "culturas pioneiras" ou culturas fundadoras do Neolítico. Ele destacou a importância dos três cereais e sugeriu que a domesticação de linho, ervilha, grão-de-bico, ervilhaca e lentilhas veio um pouco mais tarde. Baseado na análise dos genes de plantas domesticadas, ele preferiu teorias de um único, ou no máximo um número muito pequeno, de eventos de domesticação para cada táxon que se espalhou ao redor do Crescente Fértil e depois para a Europa.[17][18]

Gordon Hillman e Stuart Davies realizaram experimentos com variedades de trigo selvagem para mostrar que o processo de domesticação teria ocorrido em um período relativamente curto, entre 20 e 200 anos.[19] Algumas das tentativas pioneiras falharam no início e as colheitas foram abandonadas, às vezes para serem retomadas e domesticadas com sucesso milhares de anos depois: o centeio, experimentado e abandonado na Anatólia Neolítica, chegou à Europa como sementes de ervas daninhas e foi domesticado com sucesso, milhares de anos após a primeira agricultura.[20] As lentilhas selvagens apresentaram um problema diferente: a maioria das sementes silvestres não germinou no primeiro ano; a primeira evidência de domesticação de lentilhas, quebrando a dormência em seu primeiro ano, aparece no início do Neolítico em Jerf el Ahmar (na moderna Síria) e as lentilhas rapidamente se espalharam para o sul até o sítio arqueológico de Netiv HaGdud no Vale do Jordão.[20]

Figos seletivamente propagados, cevada silvestre e aveia selvagem foram cultivados no início do Neolítico em Gilgal I, também no Vale do Jordão, onde, em 2006, os arqueólogos encontraram depósitos de sementes de cada uma dessas espécies em quantidades muito grandes para serem contabilizados até mesmo por coleta intensiva, em estratos que podem ser c. 11.000 anos atrás. Algumas das plantas tentadas e depois abandonadas durante o período neolítico no antigo Oriente Próximo, em locais como Gilgal, foram mais tarde domesticadas com sucesso em outras partes do mundo.[21]

Assim que os primeiros agricultores aperfeiçoaram suas técnicas agrícolas, como a irrigação (traçada desde o VI milênio a.C. no Cuzistão), suas plantações produziriam excedentes que precisavam ser armazenados. A maioria dos caçadores-coletores não conseguia armazenar comida facilmente por muito tempo devido ao seu estilo de vida migratório, enquanto aqueles com uma moradia sedentária podiam armazenar seus excedentes de grãos. Eventualmente, foram desenvolvidos celeiros que permitiram que as aldeias armazenassem suas sementes por mais tempo. Assim, com mais comida, a população se expandiu e as comunidades desenvolveram trabalhadores especializados e ferramentas mais avançadas.[22][23]

Animais

O surgimento da agricultura e a domesticação de animais resultou em assentamentos humanos estáveis

Quando a caça-coleta começou a ser substituída pela produção de alimentos sedentários, tornou-se mais lucrativo manter os animais à mão. Portanto, tornou-se necessário trazer animais permanentemente para seus assentamentos, embora em muitos casos houvesse uma distinção entre agricultores sedentários e pastores nômades.[24] O tamanho, o temperamento, a dieta, os padrões de acasalamento e a expectativa de vida dos animais eram fatores consideráveis no desejo e sucesso em domesticar animais. Os animais que forneciam leite, como vacas e cabras, ofereciam uma fonte de proteína que era renovável e, portanto, bastante valiosa. A capacidade do animal como trabalhador (por exemplo, arar), bem como uma fonte de alimento, também teve que ser levada em conta. Além de ser uma fonte direta de alimento, certos animais podem fornecer couro, e fertilizante. Alguns dos primeiros animais domésticos foram os cães (Ásia Oriental, cerca de 15.000 anos atrás), ovelhas, cabras, vacas e porcos.[25]

O Oriente Médio serviu como fonte para muitos animais que poderiam ser domesticados. Esta região também foi a primeira a domesticar o dromedário. Henri Fleisch descobriu e denominou a indústria pastoril neolítica do Vale Bekaa no Líbano e sugeriu que ela poderia ter sido usada pelos primeiros pastores nômades. Ele datou essa indústria ao Neolítico Epipaleolítico ou Pré-Cerâmico, já que evidentemente não é Paleolítico, Mesolítico ou mesmo Cerâmico Neolítico.[26][27]

Caravana de dromedários na Argélia

A presença desses animais deu à região uma grande vantagem no desenvolvimento cultural e econômico. À medida que o clima no Oriente Médio mudou e se tornou mais seco, muitos dos agricultores foram forçados a sair, levando consigo seus animais domésticos. Foi essa enorme emigração do Oriente Médio que mais tarde ajudaria a distribuir esses animais para o resto da Eurafrásia. Essa emigração ocorreu principalmente em um eixo leste-oeste de climas similares, já que as plantações geralmente têm um alcance climático estreito, fora do qual não podem crescer por razões de mudanças de luz ou chuva. Por exemplo, o trigo normalmente não cresce em climas tropicais, assim como as culturas tropicais, como as bananas, não crescem em climas mais frios. Alguns autores, como Jared Diamond, postularam que esse eixo leste-oeste é a principal razão pela qual a domesticação de plantas e animais se espalhou tão rapidamente do Crescente Fértil para o resto da Eurásia e Norte da África, enquanto não alcançou o eixo norte-sul da África para chegar ais climas mediterrâneos da África do Sul, onde as culturas temperadas foram importadas com sucesso pelos navios nos últimos 500 anos. Da mesma forma, o zebu da África central e os bovinos domesticados do Crescente Fértil - separados pelo deserto do Saara - não foram introduzidos na região um do outro.[28]

Consequências

A população mundial (estimada) não aumentou por alguns milênios após a revolução neolítica

Apesar do avanço tecnológico significativo, a revolução neolítica não levou imediatamente a um rápido crescimento populacional. Seus benefícios parecem ter sido compensados ​​por vários efeitos adversos, principalmente doenças e guerras.[29]

A introdução da agricultura não levou necessariamente a um progresso inequívoco. Os padrões nutricionais das populações neolíticas crescentes eram inferiores aos dos caçadores-coletores. Vários estudos etnológicos e arqueológicos concluíram que a transição para dietas baseadas em cereais causou uma redução na expectativa de vida e na estatura, um aumento na mortalidade infantil e no número de doenças infecciosas, o desenvolvimento de doenças crônicas, inflamatórias ou degenerativas (como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares) e múltiplas deficiências nutricionais, incluindo deficiências de vitaminas, anemia por deficiência de ferro e desordens minerais que afetam os ossos (como osteoporose e raquitismo) e dentes.[30][31][32] A estatura média diminuiu de 178 cm para 168 cm para homens e de 165 cm para 155 cm para mulheres, sendo que levou até o século XX para que a altura humana média voltasse aos níveis da pré-Revolução Neolítica.[33]

A visão tradicional é que a produção de alimentos agrícolas sustentava uma população mais densa, que por sua vez apoiava comunidades sedentárias, o acúmulo de bens e ferramentas e a especialização em diversas formas de trabalho. O desenvolvimento de sociedades maiores levou ao desenvolvimento de diferentes meios de tomada de decisão e à organização governamental. Os excedentes de alimentos tornaram possível o desenvolvimento de uma elite social que não estava envolvida na agricultura, na indústria ou no comércio, mas dominava suas comunidades por outros meios e monopolizava a tomada de decisões.[34] Jared Diamond (no The World Until Yesterday) identifica a disponibilidade de leite e grãos de cereais como o fato que permitiu que as mães conseguissem criar tanto uma criança mais velha (por exemplo, 3 ou 4 anos de idade) quanto uma criança mais nova ao mesmo tempo. O resultado é que uma população pode aumentar mais rapidamente. Diamond, de acordo com estudiosas feministas como V. Spike Peterson, aponta que a agricultura trouxe profundas divisões sociais e encorajou a desigualdade de gênero.[35][36]

Revoluções subsequentes

Uma foice de um ceifeiro sumério de 3 000 a.C.
Vaca domesticada sendo ordenhada no Antigo Egito

O arqueólogo britânico Andrew Sherratt argumentou que após a Revolução Neolítica se seguiu uma segunda fase de descoberta a que ele se refere como a revolução dos produtos secundários. Aparentemente, os animais foram domesticados pela primeira vez, puramente como fonte de carne.[37] A revolução ocorreu quando se reconheceu que os animais também forneciam uma série de outros produtos úteis. Estes incluíram:

Sherratt argumentou que essa fase do desenvolvimento agrícola permitiu que os humanos aproveitassem as possibilidades energéticas de seus animais de novas maneiras e permitiu a agricultura de subsistência, a produção agrícola permanentes e intensivas, e a abertura de solos mais pesados ​​para a agricultura. Também tornou possível o pastoreio nômade em áreas semi-áridas, ao longo das margens dos desertos, e eventualmente levou à domesticação tanto do dromedário quanto do camelo bactriano.[37]

Tecnologia

Pedras usadas para processar grãos durante o Neolítico

Em seu livro Guns, Germs, and Steel, Jared Diamond argumenta que os europeus e os asiáticos se beneficiaram de uma localização geográfica que lhes deu uma vantagem inicial na Revolução Neolítica. Ambos compartilhavam o clima temperado ideal para os primeiros ambientes agrícolas, ambos estavam perto de várias espécies vegetais e animais facilmente domesticáveis e ambos estavam mais seguros de ataques de outros povos do que civilizações na parte média do continente eurasiano. Estando entre os primeiros a adotar estilos de vida agrícolas e sedentários, e vizinhos de outras sociedades agrícolas antigas com as quais eles poderiam competir e comercializar, tanto europeus quanto leste-asiáticos também estavam entre os primeiros a se beneficiar de tecnologias como armas de fogo e espadas de aço.[38]

Doenças

Ao longo do desenvolvimento de sociedades sedentárias, as doenças se espalharam mais rapidamente do que durante o tempo em que as sociedades de caçadores-coletores existiram. Práticas sanitárias inadequadas e a domesticação de animais podem explicar o aumento de mortes e doenças após a Revolução Neolítica, à medida que as doenças saltaram dos animais para a população humana. Alguns exemplos de doenças infecciosas transmitidas de animais para humanos são gripe, varíola e sarampo.[39] Em concordância com um processo de seleção natural, os humanos que primeiro domesticaram os grandes mamíferos rapidamente acumularam imunidade às doenças, pois dentro de cada geração os indivíduos com as melhores imunidades tinham melhores chances de sobrevivência. Em seus cerca de 10 000 anos de proximidade compartilhada com animais, como vacas, os eurasianos e africanos tornaram-se mais resistentes a essas doenças em comparação com as populações indígenas encontradas fora da Eurásia e da África.[40] Por exemplo, a população da maioria das ilhas do Caribe e de várias ilhas do Oceano Pacífico foi completamente destruída por doenças. 90% ou mais de muitas populações das Américas foram dizimadas por doenças europeias e africanas antes de entrar em contato com exploradores ou colonos europeus. Algumas culturas, como o Império Inca, tinham um grande mamífero doméstico, a lhama, mas o leite de lhama não era bebido, nem as lhamas viviam em um espaço fechado com humanos, de modo que o risco de contágio era limitado. De acordo com a pesquisa bioarqueológica, os efeitos da agricultura na saúde física e dental nas sociedades de cultivo de arroz do Sudeste Asiático de 4000 a 1500 ap não foi prejudicial na mesma medida que em outras regiões do mundo.[41]

Ver também

Referências

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Predefinição:Refbegin

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