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Pedro Mexia

Pedro Mexia
Pedro Mexia no Folio - Festival Literário Internacional de Óbidos, 2019
Nome completo Pedro de Magalhães Mexia Bigotte Chorão
Nascimento 5 de dezembro de 1972 (51 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]]
Lisboa
Nacionalidade Portugal Português
Progenitores Mãe: Maria José de Magalhães Mexia
Pai: João Bigotte Chorão
Ocupação Poeta, cronista e crítico literário
Principais trabalhos Poemas Escolhidos
Prémios Grande Prémio de Crónica APE

Pedro de Magalhães Mexia Bigotte Chorão OSEComM (Lisboa, 5 de dezembro de 1972) é um poeta, cronista e crítico literário português.

Biografia

É filho do escritor João Bigotte Chorão e de sua mulher Maria José de Magalhães Mexia, filha de Manuel de Magalhães Mexia, Presidente da Câmara Municipal da Lousã de 1954 a 1966.

Licenciou-se em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa. Frequenta o programa de doutoramento em Teoria da Literatura na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. É professor convidado do curso de pós-graduação em Artes da Escrita (Departamento de Estudos Portugueses, FCSH, Universidade Nova de Lisboa).

É crítico e cronista do semanário Expresso. Com Carlos Vaz Marques, João Miguel Tavares e Ricardo Araújo Pereira, integra o painel do Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer (até 2021 intitulado Governo Sombra), transmitido na rádio TSF (2008-2021) e nos canais de televisão TVI24 (2012-2019) e SIC-Notícias (desde 2020). É co-autor, com Inês Meneses, de PBX, um podcast do Expresso em parceria com a Radar (2015-2019) e com a Antena 1 (desde 2020).

Desde 2016 exerce funções de consultor para a cultura da Casa Civil do Presidente da República[1]. É vogal do Conselho Directivo da Fundação Centro Cultural de Belém e membro do Conselho Editorial da Imprensa Nacional - Casa da Moeda. Foi subdirector e, após a morte de João Bénard da Costa, director interino da Cinemateca Portuguesa (2008-2010).

Coordena a colecção de poesia das Edições Tinta-da-china. É co-director (com Gustavo Pacheco) da Granta em língua portuguesa.

Foi crítico e cronista no Diário de Notícias (1998-2007) e no Público (2007-2011) e participou em diversos projectos das Produções Fictícias: É a Cultura, Estúpido (Teatro São Luiz), O Eixo do Mal (SIC Notícias), O Inimigo Público (suplemento do jornal Público) e Canal Q. Manteve rubricas de cinema na Rádio Renascença e na Antena 3 (2015-2016). Escreveu regularmente na revista LER.

Colaborou com dois projetos de peças curtas: Urgências (Teatro Maria Matos, 2004 e 2006) e Panos (Culturgest, 2012). Adaptou para teatro (com Ricardo de Araújo Pereira) Como Fazer Coisas com Palavras, do filósofo britânico John Austin (Teatro São Luiz, 2008). Publicou a peça Nada de Dois (2009, encenada em São Paulo em 2010, num festival no Canadá em 2011 e no Teatro de Vila Real em 2018) e escreveu Pigmalião, a partir de Ovídio (Teatro Oficina, Guimarães, 2010). Encenou Agora a Sério, de Tom Stoppard (Teatro Aberto, 2010), e No Campo, de Martin Crimp (Teatro Turim, 2013; também levado à cena no Teatro Angrense, Angra do Heroísmo, em 2018).

Escreveu o argumento do telefilme Bloqueio (realização de Henrique Oliveira, RTP, 2012).

Publicou os livros de poesia Duplo Império (1999), Em Memória (2000), Avalanche (2001), Eliot e Outras Observações (2003), Vida Oculta (2004), Senhor Fantasma (2007), Menos por Menos - Poemas Escolhidos (2011), Uma Vez Que Tudo se Perdeu (2015), Poemas Escolhidos (2018) e Verdadeira Herança (2021). No Brasil saiu a antologia Contratempo (2016).

Editou oito colectâneas de crónicas: Primeira Pessoa (2006), Nada de Melancolia (2008), As Vidas dos Outros (2010), O Mundo dos Vivos (2012), Cinemateca (2013), Biblioteca (2015), Lá Fora (2018) e Imagens Imaginadas (2019). Uma antologia intitulada Queria mais é que chovesse (2015) saiu no Brasil.

Manteve os blogues A Coluna Infame (com João Pereira Coutinho e Pedro Lomba), 2002-2003; Dicionário do Diabo, 2003-2004; Fora do Mundo (com Francisco José Viegas e Pedro Lomba), 2004-2005; Estado Civil, 2005-2009; Lei Seca, 2009-2012; e Malparado, 2012-2015. Desses blogues nasceram cinco volumes de diários: Fora do Mundo (2004), Prova de Vida (2007), Estado Civil (2009), Lei Seca (2014) e Malparado (2017).

Está representado nas antologias nacionais e estrangeiras Ventana a la nueva poesía portuguesa (México, 2001), org. Nuno Costa Santos e Benjamín Valdivia; 366 Poemas que Falam de Amor (2003), org. Vasco Graça Moura; Anthologie de la jeune poésie portugaise (número 24 de Bacchanales - Revue de la Maison de la poésie Rhônes- Alpes (2004), org. Nuno Júdice; Antologia do Humor Português (2008), org. Nuno Artur Silva e Inês Fonseca Santos; Poemas Portugueses – Antologia da Poesia Portuguesa do Séc. XIII ao Séc. XXI (2009), org. Jorge Reis-Sá e Rui Lage; Alma Minha Gentil: Antologia general de la poesía portuguesa (Espanha, 2009), org. Carlos Clementson; Poemas com Cinema (2010), org. Joana Matos Frias, Luís Miguel Queirós e Rosa Maria Martelo; Em Lisboa, Sobre o Mar (2013), org. Ana Isabel Queiroz, Luís Maia Varela e Maria Luísa Costa; Lisbonne: Histoire, promenades, anthologie et dictionnaire, (colecção Bouquins, Robert Laffont, 2013), org. Luísa Braz de Oliveira; Escribiré en el piano. 101 poemas portugueses, (Editorial Pre-textos, 2015), org. Manuela Júdice e Jerónimo Pizarro, 77 Poemas Sobre Casas (Escola de Arquitetura da Universidade do Minho, 2017), org. Carla Lage; Os Cem Melhores Poemas Portugueses dos Últimos Cem Anos (Companhia das Letras, 2017), org. José Mário Silva; Nos dias tristes não se fala de aves - Antologia da poesia portuguesa contemporânea (Bulgária, 2018), org. Maria Georgieva; No Dentro e Fora das Palavras (Modo de Ler, 2019), org. Maria Hercília Agarez; A Visagem do Cronista - Antologia de crónica autobiográfica portuguesa - Vol. 2 (Abysmo, 2019), org. Carina Infante do Carmo; Creio Que Foi o Sorriso (A Casa dos Ceifeiros, 2020), org. Jorge Reis-Sá; e Quisimos arrancar la mascara. Poetas portugueses (Universidade de Nuevo Leon, México, 2021), org. Nuno Júdice. Em França saiu a antologia poética Contretemps (Festival Voix Vives / Al Manar Éditions, 2018), tradução de Dominique Stonesco.

Organizou Contemplação Carinhosa da Angústia (2000), ensaios de Agustina Bessa-Luís; a antologia Verbo: Deus como Interrogação na Poesia Portuguesa (2014) [com José Tolentino Mendonça]; O Homem Fatal (2016), crónicas escolhidas de Nelson Rodrigues; Nada Tem Já Encanto (2017), poemas escolhidos de Rui Knopfli; Santos e Pecadores (2019), ensaios de Graham Greene; e uma Antologia Inquieta de Sá de Miranda (2021)

Escreveu introduções a livros de Camilo Castelo Branco, Aquilino Ribeiro, Agustina Bessa-Luís, Eugénio de Andrade, Gabriel García Márquez e Mario Vargas Llosa, António Osório, João Miguel Fernandes Jorge, António Sousa Homem, Xavier de Maistre, Ambrose Bierce, George Orwell, William Golding, Roger Grenier, Flannery O'Connor, Tomas Tranströmer e Werner Herzog.

Publicou traduções ou versões de Notas sobre o Cinematógrafo, de Robert Bresson; Agora a Sério, de Tom Stoppard; Última Semana, de Hugo Williams; No Campo, de Martin Crimp; A Praia, de Peter Asmussen [com João Reis]; e Oleanna, de David Mamet [para um espectáculo de Ricardo Pais, Teatro Sá da Bandeira, Porto, 2019].

Escreveu a letra de uma canção ("Lixo") do álbum Equilíbrio (2010), de Balla. Para o compositor Nuno Côrte-Real escreveu o libreto da ópera cómica Canção do Bandido (Teatro da Trindade, 2018) e os textos do ciclo de canções Tremor (Culturgest, 2021).

É membro dos júris do Prémio Vasco Graça Moura para inéditos, atribuído pela Imprensa Nacional - Casa da Moeda, e do Prémio D. Dinis, instituído pela Fundação Casa de Mateus. Foi jurado do Prémio Litérario da Fundação Inês de Castro (de 2010 a 2021), do Prémio Camões (2015, 2016), do prémio Oceanos (2018, 2019, 2021, 2022) e do Premio Strega [júri estrangeiro] (2021). Integrou igualmente júris do Clube Português de Artes e Ideias, da Fundação Luís Miguel Nava, do Instituto Camões, das Correntes d'Escritas, da Sociedade Portuguesa de Autores, da Associação Portuguesa de Escritores, da Casa da América Latina, dos festivais de cinema IndieLisboa, Curtas Vila do Conde e MOTELX e da Bienal de Cerveira.

Filiou-se no CDS-PP em 1998, após a eleição de Paulo Portas como líder. Desfiliou-se em 2004. Em 2019, a convite de Assunção Cristas, colaborou (como independente) com o grupo que preparou o programa eleitoral do partido.

A 9 de Junho de 2015 foi condecorado com o grau de Oficial da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.[2].[2] Em 2017, o Governo Sombra recebeu o Prémio Autores, da Sociedade Portuguesa de Autores, na categoria de Melhor Programa de Rádio. Em 2019, a ópera Canção do Bandido venceu o Prémio Autores na categoria Melhor Trabalho de Música Erudita. Em 2019, Lá Fora venceu o Grande Prémio de Crónica da Associação Portuguesa de Escritores. Em 2020, Imagens Imaginadas esteve entre os livros semi-finalistas do Prémio Oceanos. A 7 de março de 2022, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Mérito.[2]

Obras

Poesia

  • Duplo Império (ed. autor, 1999)
  • Em Memória (Gótica, 2000)
  • Avalanche (Quasi, 2001)
  • Eliot e Outras Observações (Gótica, 2003)
  • Vida Oculta (Relógio D'Agua, 2004)
  • Senhor Fantasma (Oceanos, 2007)
  • Menos por Menos - Poemas Escolhidos (D. Quixote, 2011)
  • Uma Vez Que Tudo se Perdeu (Tinta-da-china, 2015)
  • Poemas Escolhidos (Tinta-da-china, 2018)
  • Verdadeira Herança (Tinta-da-china, 2021, fora do mercado)

Crónicas

  • Primeira Pessoa (Casa das Letras, 2006)
  • Nada de Melancolia (Tinta-da-china, 2008)
  • As Vidas dos Outros (Tinta-da-china, 2010)
  • O Mundo dos Vivos (Tinta-da-china, 2012)
  • Cinemateca (Tinta-da-china, 2013)
  • Biblioteca (Tinta-da-china, 2015)
  • Lá Fora (Tinta-da-china, 2018), Grande Prémio de Crónica APE
  • Imagens Imaginadas (Tinta-da-china, 2019)

Diários

  • Fora do Mundo (Cotovia, 2004)
  • Prova de Vida (Tinta-da-china, 2007)
  • Estado Civil (Tinta-da-china, 2009)
  • Lei Seca (Tinta-da-china, 2014)
  • Malparado (Tinta-da-china, 2017)

Teatro

  • Nada de Dois (Tinta-da-china, 2009)

Traduções e Versões

  • Robert Bresson, Notas sobre o Cinematógrafo (Porto Editora, 2004)
  • Tom Stoppard, Agora a Sério (Tinta-da-china, 2010), teatro
  • Hugo Williams, Última Semana (Tinta-da-china, 2014), poesia
  • Martin Crimp, No Campo (Tinta-da-china, 2016), teatro
  • Peter Asmussen, A Praia (Tinta-da-china, 2018) [com João Reis], teatro
  • David Mamet, Oleanna (Tinta-da-china, 2019), teatro

Organização de edições

Edições estrangeiras

  • Queria mais é que chovesse (Tinta-da-china Brasil, 2015)
  • Contratempo - poemas escolhidos (Tinta-da-china Brasil, 2016)
  • Contretemps (Al Manar Éditions, Neuilly, trad. Dominique Stonesco, 2018)

Referências

  1. «Marcelo convida Pedro Mexia para Belém». Jornal Expresso. Consultado em 4 de março de 2016 
  2. 2,0 2,1 «Entidades Nacionais Agraciadas com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Pedro de Magalhães Mexia Bigotte Chorão". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de maio de 2022 

Ligações externas

Predefinição:NF

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