A Linha da Azambuja é um dos quatro serviços da rede de comboios suburbanos da CP Urbanos de Lisboa, em Portugal, com circulações entre Santa Apolónia e a Azambuja, e entre Alcântara-Terra e Castanheira do Ribatejo, usando a Linha de Cintura e parte da Linha do Norte. Nestes percursos, atravessa os municípios de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira, Alenquer e Azambuja.
Desde Maio de 2000, com a criação da família Queluz-Massamá–Alverca,[1] é alcunhada também como Linha de Sintra/Azambuja, pela ligação destes dois corredores ferroviários,[2] que chegam a sobrepor-se no trajecto entre Sete Rios e o Oriente, tanto que o seu horário costuma ser apresentado em conjunto com o da Linha de Sintra.[3] Até 2011, e mesmo posteriormente (quando apresentada em separado da Linha de Sintra), tem sido representada a vermelho nos diagramas dos serviços da CP Lisboa.[4] Há, ainda, um serviço híbrido entre as duas linhas, entre Sintra e Alverca, que funciona só às horas de ponta dos dias úteis.[3]
No concernente às principais estações servidas, destacam-se, pelas suas interfaces com os serviços de longo curso, a Gare do Oriente (com serviços regulares para todo o País), Lisboa - Santa Apolónia e Vila Franca de Xira (com serviços para o Norte), e Entrecampos e Sete Rios (com serviços para o Sul).[5] Salientam-se, ainda, as paragens dos serviços regionais Lisboa–Tomar e Lisboa–Entroncamento (ambos com partida de Santa Apolónia) nas estações do Oriente, da Póvoa, de Alverca, de Vila Franca de Xira e da Azambuja,[6] bem como as dos regionais Lisboa–Caldas da Rainha em Entrecampos e em Sete Rios.[7]
Descrição
Arquivo:Chegada do comboio a Santa Apolónia.ogg A linha da Azambuja conta com 22 interfaces em toda a sua extensão, e circula em paralelo com a Linha de Sintra entre as estações de Sete Rios e o Oriente, tendo estas duas linhas um serviço em comum com as relações Sintra–Alverca e Sintra–Oriente.[3] No seu percurso, os serviços da Linha da Azambuja servem os concelhos de Lisboa, Loures, Vila Franca de Xira, Alenquer e Azambuja.
A partir da estação de Alcântara-Terra, é possível fazer transbordo para a estação de Alcântara-Mar da Linha de Cascais. No entanto, esta ligação não é directa: outrora, era possível efectuá-la através da Passagem Superior de Alcântara; hoje, tendo esta sido demolida, o transbordo obriga os passageiros a circular a pé pela rua — não obstante a Linha de Cintura incluir um trajecto, não electrificado (porque a tensão eléctrica da Linha de Cascais é diferente da do resto da rede), que liga Alcântara-Terra à Linha de Cascais, atravessando as ruas movimentadas de Alcântara, e que é regularmente utilizado por comboios de mercadorias para aceder ao Porto de Lisboa, habitualmente à noite.
A linha é em via única entre Alcântara-Terra e um pouco antes de Campolide, em via quádrupla de Sete Rios a Roma-Areeiro e do Braço de Prata a Alverca, e em via dupla nos restantes troços. Todos estes troços se encontram electrificados a 25 kV, em corrente alterna (AC), a 50 Hz.
O material circulante utilizado compõe-se de unidades das séries 2300/2400 e 3500 da CP.
Serviços actuais
Actualmente, a Linha da Azambuja compreende dois serviços regulares:[3]
- Santa Apolónia–Azambuja — Circula todos os dias, a cada hora (excepto às horas de ponta dos dias úteis, em que circula a cada meia hora). Efectua paragens em todas as estações e apeadeiros. Constitui a única ligação urbana a Santa Apolónia e às estações a norte de Castanheira do Ribatejo.
- Alcântara-Terra–Castanheira do Ribatejo — Circula aos dias úteis, sempre a cada meia hora. Efectua paragens em todas as estações e apeadeiros. Trata-se do único serviço que pára em Marvila e em Alcântara-Terra (onde se pode fazer transbordo para a Linha de Cascais), deixando os passageiros de Marvila sem ligação ferroviária aos fins-de-semana e feriados, bem como impedindo a passagem para a Linha de Cascais exclusivamente via CP nos mesmos dias. Excepcionalmente, este serviço é prolongado à Azambuja uma vez por dia útil em cada sentido, de madrugada, tornando-se nestes casos Alcântara-Terra–Azambuja.
Por esta linha, circula ainda um serviço que se pode considerar híbrido com a Linha de Sintra — a relação Sintra–Alverca —, às horas de ponta dos dias úteis, a cada meia hora. Destaca-se também que o serviço Sintra–Oriente, da Linha de Sintra (que circula a cada 10 minutos às horas de ponta, a cada 20 fora das mesmas, e a cada 30 aos fins-de-semana e feriados), utiliza parcialmente o trajecto desta linha. Ambos param em todas as estações e apeadeiros, excepto Marvila (e Chelas, um apeadeiro já totalmente desactivado).[3]
Finalmente, há ainda serviços Regionais e InterRegionais na Linha do Norte (principalmente rumo a Tomar e ao Entroncamento,[6] mas também um rumo a Castelo Branco todos os dias em cada sentido,[8] e ainda um nocturno Porto–Lisboa só neste sentido)[9] que se sobrepõem ao trajecto da relação Santa Apolónia–Azambuja. Quando se trata de comboios Regionais, é possível neles utilizar bilhetes e passes Urbanos. Em geral, estes comboios Regionais (todos com partida de Santa Apolónia) efectuam paragens no Oriente, na Póvoa, em Alverca, em Vila Franca de Xira e na Azambuja, antes de seguirem mais para norte. Mas verificam-se as seguintes excepções:[6]
- Existe um por dia que não pára na Póvoa;
- De noite, há um comboio por dia em cada sentido (um dos quais é o que procede do Porto e não circula aos domingos) que pára em todas as estações e apeadeiros; e
- O Regional Lisboa–Castelo Branco só pára no Oriente e em Vila Franca de Xira.
História
Predefinição:CPLisboa2011 Os serviços da Linha da Azambuja têm sofrido algumas alterações ao longo dos últimos anos. Destas, destaca-se que, entre 2011 e 2015, estiveram trocadas as duas principais famílias face à situação actual, com a que partia de Alcântara-Terra a destinar-se à Azambuja e a que procedia de Santa Apolónia a terminar a sua marcha em Castanheira do Ribatejo.[10] Salienta-se ainda que, até 2011, não efectuavam paragem nas estações de Sacavém, Bobadela e Santa Iria os comboios da relação Santa Apolónia–Azambuja.[11]
Além disto, já foram encerrados dois apeadeiros que recebiam serviços da Linha da Azambuja: em 2009, o da Quinta das Torres (entre Alhandra e Vila Franca de Xira) e, em 2015, o de Chelas (entre Roma-Areeiro e Marvila).
Material circulante
Os serviços da Linha da Azambuja foram prestados, desde a criação da Unidade de Suburbanos da Grande Lisboa, com unidades das séries 2000/2050/2080 da CP. Entre Setembro[12] e Outubro de 1999[13] foram postas em circulação as unidades da série 3500, que foram substituindo gradualmente as anteriores na relação Alcântara-Terra–Vila Franca de Xira. A 28 de Janeiro de 2001, todos os serviços desta linha eram prestados com unidades das séries 2300/2400 (na relação Azambuja–Santa Apolónia) e 3500 da CP.[14]
Ver também
Referências
- ↑ «Linhas de Sintra e da Azambuja: "Casamento perfeito"». Boletim CP. III (33). Junho de 2000
- ↑ Diagrama Linha de Sintra/Azambuja
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 Horário da Linha de Sintra/Azambuja (2021)
- ↑ Diagrama da Linha da Azambuja (2012)
- ↑ Horário dos comboios Alfa Pendular e Intercidades (2021)
- ↑ 6,0 6,1 6,2 Horário Lisboa–Entroncamento–Tomar (2021)
- ↑ Horário da Linha do Oeste (2021)
- ↑ Horário da Linha da Beixa Baixa (2021)
- ↑ Horário dos Regionais entre Lisboa e o Porto (2021)
- ↑ Horário de 2012
- ↑ Horário de 2009
- ↑ «Linha da Azambuja com duplo piso». Boletim CP. III (24). Setembro de 1999
- ↑ «Azambuja com "Double deck"». Boletim CP. III (25). Outubro de 1999
- ↑ «Velhas UTE's saíram da Linha da Azambuja». Boletim CP. III (41). Fevereiro de 2001