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Grupo CCR

Grupo CCR
Razão social CCR S/A
Empresa de capital aberto
Slogan Viva seu caminho
Cotação B3CCRO3
Atividade Infraestrutura
Transporte
Gênero Sociedade anônima
Fundação 23 de janeiro de 1999 (25 anos)
Sede São Paulo, SP,  Brasil
Área(s) servida(s) Sudeste, Sul, Nordeste e Centro-Oeste, além de Equador, Costa Rica e Curaçao
Proprietário(s) Grupo Andrade Gutierrez (17.00%)
Grupo Camargo Corrêa (17.00%)
Grupo Soares Penido (17.22%)
Pessoas-chave Marco Cauduro (CEO)
Empregados 13 000
Produtos Rodovias, Metrôs, Aeroportos
Divisões CCR Aeroportos
Subsidiárias ViaQuatro
CCR Barcas
Controlar
CCR Metrô Bahia
ViaMobilidade
Valor de mercado
  1. redirect Predefinição:Aumento R$ 34,252 bilhões (Ago/2014)[1]
Lucro
  1. redirect Predefinição:Aumento R$ 1,351 bilhão (2013)
Faturamento
  1. redirect Predefinição:Aumento R$ 5,697 bilhões (2013)[2]
Website oficial www.grupoccr.com.br

O Grupo CCR, antiga Companhia de Concessões Rodoviárias, é uma empresa brasileira de concessão de infraestrutura, transportes e serviços, uma das líderes na administração de rodovias no Brasil, com um total de 3,955 km administrados e faz parte dos mais importantes índices do mercado acionário brasileiro.

História

A empresa foi criada em 23 de janeiro de 1999, a partir da unificação de ações detidas por grandes grupos nacionais: Grupo Andrade Gutierrez (que detém 17% das ações), Grupo Camargo Corrêa (que detém 17% das ações), Grupo Soares Penido (que detém 17,22% das ações), com o restante (48,78% das ações) negociados no Novo Mercado da BM&FBovespa.

A CCR administra atualmente a Via Rio (RJ), NovaDutra (SP-RJ), ViaLagos (RJ), Freeway (RS), RodoNorte (PR), AutoBAn (SP), ViaOeste (SP), RodoAnel (SP), SPVias (SP), Renovias (SP), CCR MSVia (MS) e venceu uma licitação para construir e operar o Metrô de Salvador e Lauro de Freitas (CCR Metrô Bahia) através de sua controlada na área de concessões, Companhia de Participações em Concessões (CPC),[3] e também venceu nos leilões de aeroportos no Brasil, o direito de explorar o Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins (BH Airport).[4][5] Em janeiro de 2008 anunciou a aquisição de 40% do consórcio Renovias, pagando R$ 265 milhões pela participação, e terá como sócia da Encalso Construções, que deterá os outros 60% da empresa.

Atualmente a CCR edita a revista GIRO que é distribuída gratuitamente a cada dois meses nas praças de pedágio do Grupo e nos postos de serviço das rodovias administradas, abordando temas como turismo, cultura, segurança nas estradas, saúde e serviços. A tiragem é atualmente de 450 mil exemplares estando entre as maiores publicações de revistas no Brasil.

Subsidiárias

Fazem parte da empresa a ViaQuatro, que administra a Linha 4-Amarela,[6] e a ViaMobilidade, que administra as linhas 5-Lilás[7], 8-Diamante, 9-Esmeralda e que será a responsável por operar a futura Linha 17-Ouro.[8]

Outra empresa que pertence ao Grupo CCR é a Controlar, criada pelo consórcio vencedor da licitação realizada pela Prefeitura Municipal de São Paulo para a implantação e operação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso I/M na cidade. Também adquiriu parte das ações da Barcas S/A, no Rio de Janeiro,[9] que passou a se chamar CCR Barcas, na qual opera no transporte aquaviário de municípios no estado. Além disso, tem participação acionária na STP, que opera o serviço de cobrança automática de pedágios e estacionamentos.

O Grupo CCR controla diversas empresas como:

Rodovias e vias expressas administradas

As seguintes rodovias e vias expressas são administradas em parte ou totalmente pela CCR.

Controvérsias

A CCR tem sido uma empresa de atuação cada vez mais contestada no Brasil, visto que tem tido um histórico de não-cumprimento dos contratos de concessão, e até mesmo tem sido acusada de envolvimento com propinas a políticos para alteração de seus contratos e aumento indiscriminado dos pedágios. Outra crítica é praticar grande deságio nos preços dos pedágios nos leilões de rodovias, para vencer os leilões, e depois realizar pedidos de reequilíbrio financeiro.

No Paraná, houve um dos casos mais gritantes. Há 3 rodovias federais que formam um triângulo dentro do Estado: as BR-376, BRs 369 e 277. Todas foram concedidas para empresas privadas em 1997, no início da era das concessões de estradas do Brasil. Os contratos valem até 2021. Inicialmente deveriam ser duplicados 995 km de estradas do Paraná, e se prometia à população que o Estado teria rodovias de Primeiro Mundo, impulsionando fortemente o crescimento econômico. Mas logo foram assinados aditivos que retiraram dos contratos duplicações e outras obras. O compromisso de duplicação caiu de 995 para 616 km. Para piorar, em 2019, o que havia sido duplicado não passava de 300 km, mesmo com as tarifas de pedágio subindo todos os anos. O MPF (Ministério Público Federal) então realizou a Operação Integração, que mostrava que as mudanças feitas nos contratos fazem parte de um milionário esquema de propinas. As empresas pagaram ao menos R$ 35 milhões em propinas para conseguir estas mudanças nos contratos. O desvio de dinheiro estimado no esquema dos pedágios chega a R$ 8,4 bilhões. Alguns dos citados pelo MPF de receber estas propinas são: Jaime Lerner, Roberto Requião e Beto Richa, todos ex-governadores do Estado do Paraná, e estariam envolvidas as concessionárias Rodonorte, Econorte, Ecovia, Ecocataratas, Caminhos do Paraná e Viapar.[10] A Rodonorte, responsável pela BR-376, faz parte do grupo CCR.

No Mato Grosso do Sul, a CCR obteve a concessão da BR-163, com obrigação de duplicar 847 km da rodovia. Em 2015, já havia começado as obras.[11] Mas em 2020, a CCRMSVia simplesmente propôs à ANTT não realizar nenhuma duplicação, mas continuar cobrando pedágio normalmente, no mesmo preço.[12]

Já o pedágio da Via Lagos, rodovia no Rio de Janeiro que liga a capital à cidades praianas da Região dos Lagos, é constantemente contestado pelo seu valor astronômico (um dos 3 pedágios mais caros do país, sendo que a rodovia não recebe obras relevantes há muitos anos), e pelo valor ainda sofrer um acréscimo nos finais de semana que não ocorre em outras rodovias do país. Em 2019, o Procon da cidade de Arraial do Cabo cobrou informações da empresa como o esclarecimento da base de cálculo do aumento da tarifa e a origem dela, o motivo pelo qual é cobrado um adicional na tarifa do fim de semana (de R$ 12,40 para R$ 20,60) e porque o período considerado fim de semana é tão extenso, começando na sexta-feira, às 12h indo até às 12h de segunda-feira.[13]

Na Rodovia Presidente Dutra, entre Rio de Janeiro e São Paulo (a principal rodovia do país), a empresa queria em 2016 um aumento do tempo da concessão de sete anos e nove meses e um adicional de R$ 7 na tarifa das seis principais praças de pedágio (sendo que cada pedágio já custava R$ 13,80, um dos valores mais altos do país), para poder realizar obras altamente necessárias na estrada, como a nova pista na Serra das Araras (RJ) e a complementação de vias marginais em Guarulhos, em São José dos Campos (SP) e em Nova Iguaçu (RJ), locais onde a pista dupla não suporta mais o tráfego excessivo. a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), responsável pela concessão, arquivou em 2017 o processo que analisava fornecer um aditivo ao contrato da CCR Nova Dutra.[14]

Referências

Ligações externas

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