Predefinição:Info/Corrida automobilística
Resultados do Grande Prêmio do Oeste dos Estados Unidos de Fórmula 1 realizado em Long Beach em 4 de abril de 1982.[1] Em sua terceira corrida desde que interrompeu uma "aposentadoria" voluntária de dois anos, o austríaco Niki Lauda venceu pela décima oitava vez na carreira, a primeira pela McLaren-Ford, com Keke Rosberg em segundo na Williams-Ford.[2] O canadense Gilles Villeneuve terminou em terceiro, mas foi desqualificado após a corrida quando os comissários acolheram um protesto acerca da asa traseira de sua Ferrari,[3] resultando na ascensão de Riccardo Patrese ao "pódio oficial" via Brabham-Ford.Predefinição:Nota de rodapé
Resumo
O retorno de Mario Andretti
Apenas cinco dias após a corrida no Brasil, o argentino Carlos Reutemann surpreendeu Frank Williams e todos no paddock anunciando sua aposentadoria. Quando Alan Jones (campeão mundial de 1980) reiterou que não voltaria a correr, o time contratou o americano Mario Andretti. Campeão mundial de 1978, seu contrato com a Patrick Racing na Fórmula Indy não o impedia de regressar à Fórmula 1 durante aquele fim de semana, então ele concordou em guiar o segundo carro da Williams dizendo: "Eu não tinha mais nada para fazer, então aceitei".[4][5]
Andrea de Cesaris faz a pole
Mudanças significativas foram feitas no traçado da pista desde a corrida do ano anterior e a principal envolvia a inserção de uma chicane na reta principal do circuito e modificações nas curvas visando melhorar a segurança, o que não impediu a excêntrica inserção de "meia volta" no percurso a ser cumprido de modo a compensar o fato que os pontos de largada e de chegada estavam em lugares diferentes, anomalia a ser eliminada no ano seguinte. Durante o treino oficial de sábado os carros com pneus Michelin apresentavam melhor ritmo de classificação que os bólidos calçados pela Goodyear, vide o ímpeto de Niki Lauda, líder da sessão até Andrea de Cesaris cravar 1:27.316 com sua Alfa Romeo a três minutos do fim aproveitando o pouco tráfego e o uso dos pneus de classificação.[6] Assim o italiano tornou-se o mais jovem pole position da categoria aos 22 anos e 308 dias de idade (recorde batido por Rubens Barrichello no Grande Prêmio da Bélgica de 1994) e ficou em êxtase com sua primeira (e única) pole numa carreira de 208 grandes prêmios (ressalte-se que foi a décima segunda e última pole position da Alfa Romeo na história da categoria, marca ainda vigente em 2020).[7] O campeão mundial Nelson Piquet foi o melhor dentre os carros com pneus Goodyear com o sexto ponto, enquanto Mario Andretti e Eddie Cheever dividiram a sétima fila.[8]
Em meio à agitação do treino oficial a Ferrari chamou a atenção por sua asa traseira incomum: duas peças em separado na parte posterior do carro, mas fixadas lado a lado e presas num mesmo suporte, dando à peça dimensões proibidas no regulamento da competição. Afrontar acintosamente as normas desportivas é um desafio do time italiano para testar a coerência da Federação Internacional de Automobilismo Esportivo (FISA) quanto às desclassificações de Nelson Piquet e Keke Rosberg no Grande Prêmio do Brasil, matéria pendente de julgamento pelo Tribunal de Apelação da FISA ao tempo da prova em Long Beach.[9]
Niki Lauda volta a vencer
No domingo o italiano Andrea de Cesaris manteve a ponta trazendo atrás de si um grupo de adversários que foi reduzido em seu número logo nas primeiras voltas da corrida graças aos incidentes envolvendo Bruno Giacomelli, René Arnoux e Didier Pironi, o que causou a ascensão de Nelson Piquet e também uma aproximação de Niki Lauda em relação ao piloto da Alfa Romeo, líder da prova durante quatorze voltas antes que Lauda o superasse.[7] Entre as voltas dezesseis e dezoito uma disputa férrea entre Keke Rosberg e Gilles Villeneuve terminou com o finlandês da Williams à frente e este logo tomaria o terceiro lugar de John Watson enquanto o canadense da Ferrari rodou, mas foi hábil ao recolocar seu carro na pista logo à frente de Piquet, o sexto colocado. Vítima dos freios, o brasileiro abandonaria à vigésima quinta passagem. Pouco depois os líderes da prova tomaram um susto ao terem que desviar de um caminhão de resgate que cruzou a pista de modo imprudente durante a remoção da Brabham danificada.[10]
Niki Lauda seguia tranquilo em primeiro quando Andrea de Cesaris rodou, bateu no muro e abandonou num evento que fez de Keke Rosberg o segundo colocado a quase cinquenta segundos de distância, porém como o austríaco preferiu diminuir o ritmo e poupar equipamento sua vantagem caiu em mais de meio minuto, mas não impediu sua vitória, a primeira desde o Grande Prêmio da Itália de 1978 com Rosberg e Villeneuve ao seu lado no pódio.[10]
Pouco depois de concluída a prova foi indeferido um protesto da Ferrari contra a vitória de Lauda, mas o time italiano foi vítima de idêntico recurso assinado pela Tyrrell e assim Villeneuve perdeu o terceiro lugar para Riccardo Patrese sob a alegação de irregularidades no aerofólio traseiro, não obstante o desgosto de Maranello.[3] No mundial de pilotos a liderança era de Keke Rosberg (14 pontos) seguido por Alain Prost (13 pontos) e Niki Lauda (12 pontos) com suas respectivas escuderias ponteando o mundial de construtores.Predefinição:Nota de rodapé
Classificação da prova
Tabela do campeonato após a corrida
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Referências
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