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A BR-174, também conhecida por Manaus–Boa Vista, é uma rodovia longitudinal que interliga os estados brasileiros de Mato Grosso, Rondônia, Amazonas e Roraima à Venezuela.
Planejada originalmente para facilitar a ligação da Fronteira Brasil–Venezuela com o restante do Brasil, estava previsto, no antigo Plano Nacional de Rodovias, que a BR-174 se estenderia por 3.319,90 quilômetros.[1][2] Contudo, até hoje vários trechos da rodovia sequer existem e os que chegaram a ser abertos estão sem pavimentação até os dias atuais ou correm concomitante com outras estradas federais e estaduais. Considerando apenas os trechos existentes oficialmente, a rodovia possui 1 902 quilômetros.
É a única ligação de Roraima com o resto do país, sendo sua maior e principal rodovia. Embora iniciada no governo militar, a conclusão de seu asfaltamento e sinalização no trecho norte deu-se somente em 1998, no governo de Fernando Henrique Cardoso.[3]
Descrição de trechos
Em seus quase dois mil quilômetros cruza regiões de floresta amazônica e cerrado, além de grandes campos agrícolas.[4][5]
Estados de Mato Grosso e Rondônia
A BR-174 inicia-se no Mato Grosso no entrocamento com a BR-070, próximo da cidade de Cáceres. Dali a rodovia passa por Porto Esperidião, Pontes e Lacerda, Comodoro até Vilhena, já em Rondônia. O trecho Comodoro/Vilhena é concomitante com a BR-364.[6]
De Vilhena a rodovia segue de volta para o Mato Grosso até a cidade de Juína e de lá segue-se perdida entre várias rodovias como a MT-170, MT-208, MT-416, passando pelas cidades de Castanheira, Juruena até "ressurgir" em Colniza; de lá ela segue por mais 148 quilômetros interposta com a MT-206 até desaparecer novamente no distrito colnizense de Guariba.[6] No projeto original, a rodovia deveria seguir rumando ao norte a partir da MT-206 até se cruzar com a Rodovia Transamazônica, já no estado do Amazonas, todavia esse trecho jamais saiu do papel.[6]
Estado do Amazonas
(254,1 km)
-
- Sede municipal
- Sede municipal
-
Estado de Roraima
(719,9 km)[7]
- Município de Rorainópolis
- Distrito de Jundiá
- Distrito de Equador
- Vila Bragança
- Distrito de Nova Colina
- Sede municipal
- Distrito de Martins Pereira
- Município de Caracaraí
- Vila Novo Paraíso (Km 500)
- Vila Petrolina
- Vila Vista Alegre
- Sede municipal
- Município de Iracema
- Sede municipal
- Município de Mucajaí
- Sede municipal
- Município de Boa Vista
- Sede municipal
- Distrito de Monte Cristo
- Vila de Santa Fé
- Município de Amajari
- Vila Três Corações
- Município de Pacaraima
- Sede municipal
Venezuela (fim da estrada)
A BR-174 termina na fronteira Brasil—Venezuela. Sua continuação dá-se pela venezuelana Estrada 10, rumo à cidade de Santa Elena de Uairén; a partir deste ponto é possível acessar a capital Caracas ou o litoral caribenho do país vizinho. A BR-174 constitui, assim, a única fronteira terrestre entre o Brasil e a Venezuela, sendo uma significativa via turística.
Entroncamentos
Saindo de Manaus, intercepta a AM-010; adiante, na altura de Presidente Figueiredo, recebe a AM-240, que a conecta à vila de Balbina, ainda no Amazonas. Em seguida adentra a reserva indígena dos Waimiri-Atroari, que estende-se por 123 km[8]. Há restrições de tráfego no período noturno neste trecho.
Ainda dentro da reserva, a BR-174 chega a Roraima. A primeira localidade é a vila de Jundiá, município de Rorainópolis, onde há o entroncamento com a BR-431. Adiante encontram-se as vilas de Equador (por onde passa a linha do Equador, inclusive com a existência de um monumento) e Nova Colina (entrocamento com a RR 460).
Mais ao norte passa a cidade de Rorainópolis. Em seguida, no km 500, há o entroncamento com a rodovias BR-210 (que dá acesso aos municípios de São Luiz, São João da Baliza e Caroebe, e também ao estado do Pará) e BR-432; esta localidade é conhecida por Vila Novo Paraíso, município de Caracaraí.
Seguindo-se pela esquerda cruza-se o rio Branco por ponte na altura da cidade de Caracaraí. Adiante há novo entroncamento com a BR-210. A BR-174 alcança mais a norte as cidades de Iracema e Mucajaí, onde há interseção com a RR-325.
Após Mucajaí a BR-174 encontra o Contorno Oeste de Boa Vista e entra na capital roraimense. Aqui, há trevo com a BR-401, para a Guiana. Passado o trecho urbano, a 174 reencontra o Contorno Oeste e a RR-319; segue-se sempre a norte e alcança-se a RR-203 e, depois, a BR-433, num novo trecho de reservas indígenas. Mais à frente encontra-se, por fim, a cidade de Pacaraima, já na fronteira com a Venezuela.
Fechamento de rodovia em reserva indígena
A rodovia é fechada na reserva indígena Waimiri-Atroari diariamente entre as 18h30 e as 6h do dia seguinte. É recomendável não parar dentro da reserva, pois o seu traçado é ocupado nesse horário por animais selvagens noctívagos e, por indígenas locais que também costumam ter hábitos noctívagos.
Mesmo durante o dia, tem havido muitos atropelamentos de animais no trecho.[9]
Ver também
Referências
- ↑ Erro de citação: Marca
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- ↑ D24 AM. Dnit anuncia conclusão das obras na rodovia BR-174 para o próximo ano.
- ↑ Ministério das Relações Exteriores. Inauguração da pavimentação da BR 174. Acesso em 6 fev 2012.
- ↑ Revista UFRR. BR-174. Acesso em 6 fev 2012.
- ↑ Ministério dos Transportes. Condição da Infraestrutra das Rodovias Federais: BR-174. Acesso em 25 fev 2012.
- ↑ 6,0 6,1 6,2 DNIT (18 de dezembro de 2013). «Mapa Multi-modais (MT)» (PDF). dnit.gov.br. Consultado em 2 de janeiro de 2018
- ↑ CARVALHO, Carlos Augusto Matos. Análise estrutural do setor de transporte rodoviário de cargas do Município de Boa Vista. UFRGS: 2010. Acesso em 11 fev 2012.
- ↑ A Crítica. Bloqueio de BR-174 é para preservar animais e indígenas waimiri-atroari, diz coordenador. Acesso em 6 fev 2012.
- ↑ http://acritica.uol.com.br/amazonia/Amazonia-Amazonas-Manaus-Bloqueio-BR-174-Amazonia-coordenador-Waimiri-Atroari_0_443956369.html