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Manuel I de Portugal

Predefinição:Info/Rei de Portugal D. Manuel I, décimo quarto Rei de Portugal, nasceu em Alcochete a 31 de Maio de 1469 e morreu em Lisboa a 13 de Dezembro de 1521. Era filho do píncipe Fernando de Portugal, duque de Viseu, e de Beatriz, princesa de Portugal. Manuel sucedeu ao primo direito João II de Portugal em 1495. Foi cognominado de O Venturoso, O Bem-Aventurado ou O Afortunado, pelos eventos felizes que ocorreram no seu reinado, designadamente a descoberta do caminho marítimo para a Índia e do Brasil.

Durante a sua infância e juventude, Manuel assistiu à guerra de intriga e conspiração entre a aristocracia portuguesa e o rei João II muito cioso do seu poder. Alguns homens do seu círculo próximo foram mortos ou exilados, incluíndo o seu irmão mais velho Diogo, Duque de Viseu, assassinado pelo rei em pessoa. Portanto, quando em 1493 recebeu uma ordem real de comparência no paço, Manuel estava no mínimo preocupado. Sem razão, porque o propósito de João II era nomeá-lo herdeiro da coroa, depois da morte do seu filho Afonso de Portugal e das tentativas frustradas de legitimar o bastardo Jorge de Lencastre.

Manuel provou ser um sucessor à altura de João II, apoiando os descobrimentos portugueses e o desenvolvimento dos monopólios comerciais. Durante o seu reinado, Vasco da Gama descobriu o caminho marítimo para a Índia (1498), Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil (1500), D. Francisco de Almeida torna-se no primeiro vice-rei da Índia (1505) e o almirante D. Afonso de Albuquerque assegura o controlo das rotas comerciais do Oceano Índico e Golfo Pérsico e conquista cidades importantes como Malaca, Goa e Ormuz para Portugal. Em 1506 o Papa Júlio II aprova o tratado de Tordesilhas.Também no seu reinado organizam-se viagens para Ocidente, tendo-se chegado a Gronelândia e Terra Nova.

Tudo isto contribuíu para a constituição do Império português que fez de Portugal um dos países mais ricos e poderosos do mundo. Manuel utilizou a riqueza obtida pelo comércio para construir edifícios reais no estilo manuelino (o Mosteiro dos Jerónimos e a Torre de Belém são exemplos) e atrair cientistas para a corte de Lisboa. Durante o seu reinado estabeleceram-se tratados comerciais e relações diplomáticas com a China e a Pérsia e em Marrocos realizaram-se algumas conquistas como Safim, Azamor e Agadir.

A sua completa consagração europeia deu-se com a aparatosa embaixada em 1513 chefiada por Tristão da Cunha, enviando ao Papa Leão X presentes magníficos como pedrarias, tecidos e jóias e também um cavalo persa e um elefante que executava várias habilidades. Uma das inúmeras novidades que encantaram os espíritos curiosos das cortes europeias da época terá sido sem dúvida o Rinoceronte trazido das Índias, que assumiu, então, um papel preponderante na arte italiana.

Na vida política interna, Manuel seguiu as pisadas de João II e tornou-se quase num rei absoluto. As cortes foram reunidas apenas três vezes durante o seu reinado de mais de vinte e cinco anos e sempre no paço de Lisboa. Manuel dedicou-se à reforma dos tribunais e do sistema tributário, adaptando-o ao progresso económico que Portugal então vivia.

Iluminura do periodo manuelino, "Livro 3 Místicos"

Manuel era um homem bastante religioso que investiu uma boa parte da fortuna do país na construção de igrejas e mosteiros, bem como no patrocínio da evangelização das novas colónias através dos missionários católicos. O seu reinado ficará também lembrado pela perseguição feita a judeus e muçulmanos em Portugal, particularmente nos anos de 1496 a 1498. Esta política extremista foi talvez tomada por forma a agradar aos reis católicos e uma das cláusulas do seu contrato de casamento com a herdeira de Espanha, Isabel de Aragão. D. Manuel procurou, no entanto, acabar com a distinção jurídica entre Cristãos Velhos e Cristãos Novos (os convertidos) e pôr fim à perseguição continuada dos que aceitavam o baptismo e conversão. Nada disto porém evitou um massacre de judeus em Lisboa, perpretado em 1506.

Na cultura, Manuel I procedeu à reforma dos Estudos Gerais, criando novos planos educativos e bolsas de estudo. Na sua corte surge também Gil Vicente, o pai do teatro português e Duarte Pacheco Pereira o geógrafo, autor do Esmeraldo de Situ Orbis.

Isabel morreu em 1498, durante um difícil trabalho de parto, pondo fim ao velho sonho de João II de unir as coroas ibéricas em mãos portuguesas. A segunda mulher de Manuel, Maria de Aragão era outra das filhas dos reis católicos, mas já não a princesa herdeira, que era por morte de Isabel, Joana, a Louca casada com o herdeiro dos Habsburgos.

Manuel morreu pacificamente em 1521 e encontra-se supultado no Mosteiro dos Jerónimos.

Descendência

Ver também


  1. RedirecionamentoPredefinição:fim

ar:مانويل الأول من البرتغال bg:Мануел I ca:Manuel I de Portugal de:Manuel I. (Portugal) en:Manuel I of Portugal es:Manuel I de Portugal fr:Manuel Ier de Portugal hu:I. Mánuel portugál király ja:マヌエル1世 (ポルトガル王) nl:Emanuel I van Portugal pl:Manuel I Szczęśliwy sv:Manuel I av Portugal

Precedido por
João II
{{{título}}}
1495 - 1521
Sucedido por
João III
Precedido por
Diogo
Duque de Beja
14841521
Sucedido por
Luís
Precedido por
Diogo
Duque de Viseu
14841521
Sucedido por
o título foi incorporado na Coroa e extinto

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