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Madeira (região autónoma): mudanças entre as edições

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* [[Santana (Madeira)|Santana]]
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* [[São Vicente (Madeira)|São Vicente]]
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== Lendas ==
=== Lenda de Machico ===
Na corte inglesa de [[Eduardo III]], vivia [[Roberto Machim]], um homem sensível e com o dom da palavra. Tinha como melhor amigo e companheiro de armas o fidalgo D. Jorge. Este pediu a Roberto para ir com ele esperar a sua jovem e bela prima [[Ana de Harfet]]. Ao contrário do que esperava D. Jorge, Roberto e Ana apaixonaram-se. Os pais de Ana não aceitaram a união com um pretendente plebeu e ordenaram o casamento de Ana com um dos fidalgos da corte. Decidido a lutar por Ana, Roberto foi preso por ordem do rei durante alguns dias, enquanto a cerimónia de casamento se realizava. À saída da prisão, esperava-o o seu fiel amigo D. Jorge que o informou que Ana estava a morrer de amor. Com a ajuda de D. Jorge, Ana e Roberto fugiram num barco em direcção a [[França]]. Mas uma grande tempestade desviou a embarcação para uma ilha paradisíaca. Ana não resistiu à febre e foi enterrada na bela ilha. Conta-se que Roberto sepultou D. Jorge no mesmo sítio de Ana e que morreu em cima da campa. A pretensa ilha a que aportaram os dois apaixonados é a ilha da Madeira.
=== Lenda da noite de S. Silvestre ===
Segundo diz a lenda, há milhares de anos atrás existia no [[oceano Atlântico]] uma ilha fantástica, a [[Atlântida]]. Arrogante, o rei da ilha ousou desafiar os céus. Deus respondeu-lhe que nada poderia contra o poder divino. Mas o teimoso rei voltou a desafiá-lo e decidiu conquistar [[Atenas]]. Durante a batalha, o rei da Atlântida ouviu Deus dizer-lhe que a vitória seria de Atenas para castigar a sua arrogância. À derrota, seguiram-se terríveis tempestades, terramotos e inundações que engoliram a bela Atlântida para todo o sempre.
Passadas centenas de anos, a Virgem Maria debruçava-se dos céus sobre o oceano quando São Silvestre lhe veio falar. Aquela era a última noite do ano e São Silvestre achava que deveria significar algo de diferente para os homens. Deveria marcar uma fronteira entre o passado e o futuro, dando-lhes a possibilidade de se arrependerem dos seus erros e de terem esperança numa vida melhor. Nossa Senhora concordou e revelou-lhe o motivo por que estava a observar o mar com uma certa tristeza. Lembrava-se da bela Atlântida afundada por Deus por causa dos pecados dos seus habitantes. Enquanto falava, Nossa Senhora deixava cair lágrimas de tristeza e misericórdia porque, apesar do castigo, a humanidade não se tinha emendado. São Silvestre reparou que não eram apenas lágrimas que caíam dos olhos da Senhora, mas também pérolas autênticas. Uma delas, ao cair no local onde a Atlântida tinha existido, originou a ilha da Madeira. Ficando conhecida como a Pérola do Atlântico.
=== Lenda do Cavalum ===
As Furnas de Cavalum, na cidade de Machico, são umas grandes grutas escavadas na rocha de basalto que o povo diz serem a morada de um monstro. Cavalum é um [[diabo]] em forma de [[cavalo]], com asas de [[morcego]], que deita fogo pelas narinas. Segundo a lenda, nos tempos em que o Cavalum andava à solta, foi bater à porta de igreja para falar com Deus. Quando Deus lhe perguntou o motivo, o Cavalum disse-lhe que queria destruir toda a povoação e desafiou-o a tentar impedi-lo. Deus mandou-o embora dizendo que não tinha paciência para tais brincadeiras. Cavalum reuniu o vento e as nuvens e provocou uma brutal tempestade sobre a povoação. Do alto do penhasco, o Cavalum relinchava de satisfação perante a aflição dos habitantes. Deus não mexeu um único dedo, pensando que o Cavalum depressa se cansaria da sua brincadeira. A tempestade agravou-se, arrasando as casas e campos. O crucifixo da igreja foi pelos ares até ao mar. Irritado com a insistência do Cavalum, Deus resolveu agir. Primeiro, fez com que um barco achasse o crucifixo. Depois, chamou o sol para afastar a tempestade. Para não ser mais incomodado pelo monstro, Deus decidiu prender o Cavalum nas grutas, onde ainda hoje de vez em quando se ouvem os seus protestos.


== Madeirenses Ilustres ==
== Madeirenses Ilustres ==

Edição das 23h31min de 8 de abril de 2006

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A Madeira, oficialmente designada por Região Autónoma da Madeira é um território português dotado de autonomia política e administrativa. A Madeira integra a União Europeia com o estatuto de região ultraperiférica.

Região Autónoma da
Madeira
Bandeira da Madeira Brasão de Armas da Madeira
Em detalhe Em detalhe
Lema da região autónoma:
Das ilhas as mais belas e livres
Língua oficial Português
Capital Funchal
Outras cidades Porto Santo, Machico, Santa Cruz, Câmara de Lobos, Santana, Caniço
Área 797 km²
População
 - Total (2003)
 - Densidade


Número de Concelhos 11
Maior altitude Pico Ruivo (1 862 m)
Presidente do Governo Regional Alberto João Jardim
Estatuto de Autonomia 1976
Moeda Euro¹, Moedas de euro portuguesas
Fuso horário UTC 0)
Hinos A Portuguesa (nacional)
Hino da Região Autónoma da Madeira (regional)
(¹) Antes de 1999: Escudo português

Localização geográfica

O arquipélago da Madeira situa-se no Oceano Atlântico entre 30º e 33º de latitude norte, a 978 Kms a sudoeste de Lisboa. De origem vulcânica, é formado pelas ilhas da Madeira (736 Km2), Porto Santo (43 Km2), Desertas (14 Km2) e Selvagens (18 Km2). Só as duas primeiras ilhas são habitadas, constituindo as outras reservas naturais.

Território e clima

Subdivide-se nas duas ilhas principais da Madeira e do Porto Santo e dois grupos de ilhas desabitadas, as Ilhas Desertas e as Selvagens.

A ilha da Madeira possui uma orografia bastante acidentada, sendo os pontos mais altos o Pico Ruivo (1.862 m) e o Pico do Areeiro (1.818 m). A costa norte é dominada por altas arribas e a oeste surge uma região planáltica, o Paul da Serra (1.300-1.500 m). O relevo, bem como a exposição aos ventos predominantes, fazem com que na ilha existam diversos micro-climas o que, aliado ao exotismo da vegetação, constitui um importante factor de atracção para o turismo, principal actividade da região. A precipitação é mais elevada na costa norte do que na costa sul. Não existem grandes variações térmicas durante todo o ano mantendo-se o clima ameno com temperaturas médias a rondar os 22ºC (máxima) e os 16ºC (mínima). A temperatura da água do mar, devido à influência da corrente quente do Golfo, mantém-se nos 22ºC no Verão, arrefecendo gradualmente até atingir os 17ºC no fim do Inverno.

A ilha do Porto Santo, por outro lado, tem uma constituição geo-morfológica completamente oposta à da ilha da Madeira. Muito plana, apresenta um revestimento vegetal ralo com solos pobres pouco aptos para a agricultura. Possui uma praia de areia fina e dourada com 9 Km de extensão, constituindo uma estância de turismo ainda pouco explorada.

Demografia

Apesar de possuir uma densidade populacional superior à média do país e mesmo da UE, 75% da população da ilha da Madeira habita em apenas 35% do território, sobretudo na costa sul, onde se encontra a cidade do Funchal, capital da Região Autónoma da Madeira, que concentra 45% da população, com uma densidade populacional de 1.500 h/Km2. É também nesta zona que se localiza a maior parte das unidades hoteleiras.

As fortes limitações ao desenvolvimento impostas pelo meio físico explicam a elevada emigração dos naturais do território, fenómeno mitigado nas últimas décadas. Os principais destinos da emigração madeirense são a Venezuela, África do Sul, França, Suiça, Ilhas do Canal, Estados Unidos e Brasil.

Economia

Quando os portugueses chegaram à Madeira, as ilhas, desabitadas, ofereciam um clima propício ao povoamento e reuniam condições para a exploração agrícola. Adoptando um sistema de capitanias, o infante D. Henrique resolveu mandar plantar na ilha da Madeira a cana-de-açúcar — rara na Europa e, por isso, considerada especiaria —, promovendo, para isso, a vinda, da Sicília, da soca da primeira planta e dos técnicos especializados nesta cultura. A cultura da cana e a indústria da produção de açúcar desenvolver-se-iam até ao século XVII, seguindo-se a indústria da transformação — as alçapremas — fazendo a extracção do suco para, depois, vir a fazer-se o recozer dos meles como então se chamava à fase da refinação.

A partir do século XVII será o vinho o mais importante produto da exploração madeirense, já que a cultura da cana-de-açúcar fora, entretanto, incentivada no Brasil.

Actualmente, o turismo constitui uma fonte média de receitas da economia madeirense. No sector agrícola, a produção de banana dirigida fundamentalmente ao consumo regional e nacional, as flores e o afamado vinho da Madeira (Madeira Wine), constituem também um importante contributo para a economia regional. A indústria consiste fundamentalmente em actividades de carácter artesanal: bordados, tapeçaria e artigos de vime.

Contribuindo de forma muito positiva para o desenvolvimento económico da Madeira, não pode ser esquecida a actividade desenvolvida pela Zona Franca da Madeira a qual integra as actividades financeira, industrial e comercial e é constituída por um conjunto de incentivos fiscais e financeiros de que podem beneficiar todas as empresas que ali se instalem.

Pico do Areeiro

A Madeira tem uma politica fiscal muito apelativa, cobrando todos os contribuintes (tanto familias como empresas) taxas muito abaixo das praticadas em quase toda a Uniao Europeia. Este facto colocou a Madeira no mapa economico e financeiro mundial, como um local propicio ao investimento. Muitas empresas, portuguesas e estrangeiras, tem investido da Madeira.

Divisão administrativa

Politicamente a Madeira é, desde 1976, uma região autónoma, dotada de um estatuto político-administrativo e de órgãos de governo próprios: a Assembleia Regional e o Governo Regional. O Estado Português é representado na região por um Ministro da República.

As ilhas não têm existência jurídica no ordenamento territorial da região, nem mesmo na lei eleitoral, como acontece nos Açores. Na Madeira são os municípios a servir de base para os círculos eleitorais, o que também tem levantado críticas por distorcer a proporcionalidade.


A subdivisão administrativa principal do arquipélago é, pois, feita ao nível dos seus 11 municípios:

Lendas

Lenda de Machico

Na corte inglesa de Eduardo III, vivia Roberto Machim, um homem sensível e com o dom da palavra. Tinha como melhor amigo e companheiro de armas o fidalgo D. Jorge. Este pediu a Roberto para ir com ele esperar a sua jovem e bela prima Ana de Harfet. Ao contrário do que esperava D. Jorge, Roberto e Ana apaixonaram-se. Os pais de Ana não aceitaram a união com um pretendente plebeu e ordenaram o casamento de Ana com um dos fidalgos da corte. Decidido a lutar por Ana, Roberto foi preso por ordem do rei durante alguns dias, enquanto a cerimónia de casamento se realizava. À saída da prisão, esperava-o o seu fiel amigo D. Jorge que o informou que Ana estava a morrer de amor. Com a ajuda de D. Jorge, Ana e Roberto fugiram num barco em direcção a França. Mas uma grande tempestade desviou a embarcação para uma ilha paradisíaca. Ana não resistiu à febre e foi enterrada na bela ilha. Conta-se que Roberto sepultou D. Jorge no mesmo sítio de Ana e que morreu em cima da campa. A pretensa ilha a que aportaram os dois apaixonados é a ilha da Madeira.

Lenda da noite de S. Silvestre

Segundo diz a lenda, há milhares de anos atrás existia no oceano Atlântico uma ilha fantástica, a Atlântida. Arrogante, o rei da ilha ousou desafiar os céus. Deus respondeu-lhe que nada poderia contra o poder divino. Mas o teimoso rei voltou a desafiá-lo e decidiu conquistar Atenas. Durante a batalha, o rei da Atlântida ouviu Deus dizer-lhe que a vitória seria de Atenas para castigar a sua arrogância. À derrota, seguiram-se terríveis tempestades, terramotos e inundações que engoliram a bela Atlântida para todo o sempre. Passadas centenas de anos, a Virgem Maria debruçava-se dos céus sobre o oceano quando São Silvestre lhe veio falar. Aquela era a última noite do ano e São Silvestre achava que deveria significar algo de diferente para os homens. Deveria marcar uma fronteira entre o passado e o futuro, dando-lhes a possibilidade de se arrependerem dos seus erros e de terem esperança numa vida melhor. Nossa Senhora concordou e revelou-lhe o motivo por que estava a observar o mar com uma certa tristeza. Lembrava-se da bela Atlântida afundada por Deus por causa dos pecados dos seus habitantes. Enquanto falava, Nossa Senhora deixava cair lágrimas de tristeza e misericórdia porque, apesar do castigo, a humanidade não se tinha emendado. São Silvestre reparou que não eram apenas lágrimas que caíam dos olhos da Senhora, mas também pérolas autênticas. Uma delas, ao cair no local onde a Atlântida tinha existido, originou a ilha da Madeira. Ficando conhecida como a Pérola do Atlântico.

Lenda do Cavalum

As Furnas de Cavalum, na cidade de Machico, são umas grandes grutas escavadas na rocha de basalto que o povo diz serem a morada de um monstro. Cavalum é um diabo em forma de cavalo, com asas de morcego, que deita fogo pelas narinas. Segundo a lenda, nos tempos em que o Cavalum andava à solta, foi bater à porta de igreja para falar com Deus. Quando Deus lhe perguntou o motivo, o Cavalum disse-lhe que queria destruir toda a povoação e desafiou-o a tentar impedi-lo. Deus mandou-o embora dizendo que não tinha paciência para tais brincadeiras. Cavalum reuniu o vento e as nuvens e provocou uma brutal tempestade sobre a povoação. Do alto do penhasco, o Cavalum relinchava de satisfação perante a aflição dos habitantes. Deus não mexeu um único dedo, pensando que o Cavalum depressa se cansaria da sua brincadeira. A tempestade agravou-se, arrasando as casas e campos. O crucifixo da igreja foi pelos ares até ao mar. Irritado com a insistência do Cavalum, Deus resolveu agir. Primeiro, fez com que um barco achasse o crucifixo. Depois, chamou o sol para afastar a tempestade. Para não ser mais incomodado pelo monstro, Deus decidiu prender o Cavalum nas grutas, onde ainda hoje de vez em quando se ouvem os seus protestos.


Madeirenses Ilustres

Património

Ligações externas


Municípios da Região Autónoma da Madeira Bandeira da Região Autónoma da Madeira
Calheta Câmara de Lobos Funchal Machico Ponta do Sol Porto Moniz Porto Santo Ribeira Brava Santa Cruz Santana São Vicente
Calheta Câmara
de Lobos
Funchal Machico Ponta
do Sol
Porto
Moniz
Porto
Santo
Ribeira
Brava
Santa
Cruz
Santana São
Vicente
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