Vicente Jorge Silva | |
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Vicente Jorge Silva.jpg | |
Deputados à Assembleia da República | |
Período | 2002 a 2004 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Vicente Jorge Lopes Gomes da Silva |
Nascimento | 8 de novembro de 1945[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Funchal, Madeira |
Morte | 8 de setembro de 2020 (74 anos)[[Categoria:Predefinição:Categorizar-ano-século-milénio/1]] Lisboa |
Nacionalidade | Predefinição:PRTn |
Partido | independente |
Profissão | jornalista realizador |
Vicente Jorge Lopes Gomes da Silva (Funchal, 8 de novembro de 1945[1] — 8 de setembro de 2020) foi um jornalista, político e cineasta português.[2]
Biografia
Na infância Vicente Jorge Silva apaixona-se pelo cinema e lê com interesse as críticas da revista Imagem.[3] Já adolescente é convidado a escrever artigos sobre filmes na página Foco, do Jornal da Madeira, sendo compulsivamente proibido de o fazer, por escrever sobre filmes para maiores de 17 anos e fazer a defesa do «amor livre».[3]
Aos 15 anos foi expulso do liceu no Funchal, indo prosseguir os estudos no continente. Aos 18 viajou para França, onde foi operário numa fábrica de colas e fez amizade com Maria Lamas. Seguiu para o Reino Unido, onde lavou pratos e serviu à mesa, e esteve prestes a ingressar num curso de cinema. Contudo, foi-lhe recusado o prolongamento do visto pelo Consulado português, o que determinou o seu regresso à Madeira.[3]
Quando voltou à sua ilha, Vicente Jorge Silva assume, corria o ano de 1966, a direção do jornal Comércio do Funchal, que desempenhou um importante papel na renovação da imprensa regional portuguesa, conotado com a oposição ao regime salazarista.[3]
Em 1974 o jornalista ingressou no Expresso, fundado um ano antes (6 de janeiro de 1973), onde exerceu as funções de chefe de redação e de diretor-adjunto.[3] Cofundador e primeiro diretor do jornal Público, iniciado em 1990,[2] foi ele o pai da expressão «Geração rasca», utilizada num editorial por si assinado por altura das manifestações estudantis contra Manuela Ferreira Leite, então Ministra da Educação do Governo de Aníbal Cavaco Silva.[4]
Foi colunista do Diário Económico e do Diário de Notícias, colaborou com o semanário Sol.[5]
Como realizador de cinema foi autor de O Limite e as Horas (1961), O Discurso do Poder (1976), Vicente Fotógrafo (1978), Bicicleta - Ou o Tempo Que a Terra Esqueceu (1979), A Ilha de Colombo (1997). Porto Santo (1997), seu último trabalho no cinema, foi exibido no Festival Internacional de Genebra.[5][6]
Foi deputado à Assembleia da República pelo Partido Socialista (PS), eleito pelo círculo eleitoral de Lisboa nas eleições de 2002. Renunciou a meio do mandato.[5][7]
Foi também comentador na SIC Notícias.[8]
Referências
- ↑ Perfil no site da Assembleia da República
- ↑ 2,0 2,1 Porto, Rita (8 de setembro de 2020). «Morreu Vicente Jorge Silva, co-fundador e primeiro diretor do jornal Público». Observador. Consultado em 8 de setembro de 2020
- ↑ 3,0 3,1 3,2 3,3 3,4 RTP Madeira (18 de Março de 2016). «Episódio 11». Uma Vida, Uma História (em português). RTP Play. Consultado em 21 de setembro de 2020
- ↑ Silva, José Miguel. «Geração À Rasca (outra vez)». Observador (em português). Consultado em 21 de agosto de 2020
- ↑ 5,0 5,1 5,2 Pereira, Ana Cristina. «Morreu Vicente Jorge Silva (1945-2020): um jornalista exigente que fez história no jornalismo». PÚBLICO (em português). Consultado em 21 de setembro de 2020
- ↑ Mairos, Olímpia (8 de setembro de 2020). «Morreu Vicente Jorge Silva, fundador e primeiro diretor do jornal "Público" - Renascença». Rádio Renascença (em português). Consultado em 21 de setembro de 2020
- ↑ «O jornalismo, o cinema e a política: recorde a entrevista a Vicente Jorge Silva». www.sabado.pt (em português). Consultado em 21 de setembro de 2020
- ↑ «SIC Notícias | Morreu Vicente Jorge Silva aos 74 anos». SIC Notícias (em português). Consultado em 21 de setembro de 2020