𝖂𝖎ƙ𝖎𝖊

Amazônia: mudanças entre as edições

imported>Chronus
(Desfeita a edição 10118522 de 201.87.209.241 (discussão | contribs))
Linha 100: Linha 100:


A lenda do [[Eldorado]] e do lago Parima, que supostamente estaria ligada à [[fonte da juventude]], provavelmente refere-se à existência real do lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de [[xisto micáceo]], material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo [[Sol]] e que produzia a ilusão de riquezas aos europeus.
A lenda do [[Eldorado]] e do lago Parima, que supostamente estaria ligada à [[fonte da juventude]], provavelmente refere-se à existência real do lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de [[xisto micáceo]], material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo [[Sol]] e que produzia a ilusão de riquezas aos europeus.
Contemporaneamente, muitos artistas amazônidas continuam elaborando suas obras a partir do rico imaginário da região. Um exemplo é a obra da escritora paraense [[Yara Cecim]], autora de Lendário - Contos Fantásticos da Amazônia (Editora Cejup,2004,[[Belém]].


=={{Bibliografia}}==
=={{Bibliografia}}==

Edição das 23h41min de 12 de abril de 2008

Disambig grey.svg Nota: Para outros significados, veja Amazônia (desambiguação).
Mapa da ecoregião da Amazônia. Os limites da ecorregião amazônica são mostrados em amarelo. Imagens: NASA

A AmazôniaPB ou AmazóniaPE é uma região na América do Sul, definida pela bacia do rio Amazonas e coberta em grande parte por floresta tropical (também chamada de Floresta Equatorial da Amazônia ou Hiléia Amazônica), a floresta amazônica, a qual possui 60% de sua cobertura em território brasileiro. A bacia hidrográfica da Amazônia tem muitos afluentes importantes tais como o rio Negro, Tapajós e Madeira, sendo que o rio principal é o Amazonas, que passa por outros países antes de adentrar em terras brasileiras. O rio Amazonas nasce na cordilheira dos Andes e estende-se por nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela. É considerado o rio mais volumoso do mundo.

No Brasil, para efeitos de governo e economia, a Amazônia é delimitada por uma área chamada "Amazônia Legal" definida a partir da criação da SUDAM (Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia), em 1966.

É chamado também de Amazônia o bioma que, no Brasil, ocupa 49,29% do território, sendo o maior bioma terrestre do país.

Uma área de seis milhões de hectares no centro de sua bacia hidrográfica, incluindo o Parque nacional do Jaú, foi considerada pela UNESCO, em 2000 (com extensão em 2003), Patrimônio da Humanidade.

Etimologia

O nome Amazônia deriva de "amazonas", guerreiras da mitologia grega. Segundo a lenda, as amazonas pertenciam a uma tribo, comandada por Hipólita, que não aceitava homens: as crianças de sexo masculino eram mortas ao nascer. Amazona significa sem seio, em grego, porque a lenda também dizia que tais mulheres cortavam os seios para melhor manejar os arcos. A lenda foi transportada para a América do Sul pelos conquistadores espanhóis, pioneiros na exploração do rio Amazonas que, ao se depararem com índias guerreiras (em contraste com a cultura européia, na qual a mulher tinha apenas funções domésticas), acreditaram terem finalmente encontrado as amazonas.

O termo Amazônia, no sentido de região, foi utilizado pela primeira vez em "O Paíz das Amazonas" do Barão Santa Anna Néri (1899).

Geografia

Ecossistemas

Manguezal em região próxima a Macapá

A Amazônia é constituída pelos seguintes ecossistemas:

  • Floresta ombrófila densa (a chamada Floresta Amazônica);
  • Floresta ombrófila aberta;
  • Floresta estacional decidual e semidecidual;
  • Campinarana;
  • Formações pioneiras;
  • Refúgios montanos;
  • Savanas amazônicas;
  • Matas de terra firme;
  • Matas de várzea;
  • Matas de igapós.

Estes ecossistemas estão distribuídos em 23 eco-regiões, abrangendo os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e pequena parte do Maranhão, Tocantins e Mato Grosso. Inclui também zonas de transição com os biomas vizinhos, cerrado, caatinga e pantanal.

Rio Amazonas

Ver artigo principal: Rio Amazonas
Imagem de satélite do rio Amazonas

O Rio Amazonas é um grande rio sul-americano que nasce na Cordilheira dos Andes, no lago Lauri ou Lauricocha, no Peru e desagua no Oceano Atlântico, junto à Ilha do Marajó, no Brasil. Ao longo de seu percurso ele recebe os nomes Tunguragua, Marañón, Apurímac, Ucayali, Solimões e finalmente Amazonas. Por muito tempo se acreditou ser o Amazonas o rio mais caudaloso do mundo e o segundo em comprimento[1], porém pesquisas recentes o apontam também como o rio mais longo do mundo.[1] [2]. É o rio com a maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km², grande parte deles de selva tropical.

A área coberta por água no Rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110.000km² estão submersas, enquanto que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350.000 km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11km de largura, que se transformam em 45km na estação das chuvas.

Bacia do rio Amazonas

Ver artigo principal: Bacia do rio Amazonas
Mapa mostrando o trajeto do rio Amazonas, seus principais afluentes e a área aproximada de sua bacia hidrográfica.

A bacia do rio Amazonas envolve todo o conjunto de recursos hídricos que convergem para o rio Amazonas. Essa bacia hidrográfica faz parte da região hidrográfica do Amazonas, uma das doze regiões hidrográficas do território brasileiro.

A bacia amazônica abrange uma área de 7 milhões de km², compreendendo terras de vários países da América do Sul (Peru, Colômbia, Equador, Venezuela, Guiana, Bolívia e Brasil). É a maior bacia fluvial do mundo. De sua área total, cerca de 3,8 milhões de km² encontram-se no Brasil, abrangendo os estados do Acre, Amazonas, Roraima, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Amapá.


A bacia amazônica é formada pelo rio Amazonas e seus afluentes. Estes estão situados nos hemisférios sul e norte do globo e, devido a esse fato, o rio Amazonas tem dois períodos de chuvas.

Floresta Amazônica

Ver artigo principal: Floresta Amazônica
Imagem de satélite da Floresta Amazônica.

A Floresta Amazônica é a floresta equatorial que forma a maior parte da Amazônia. É uma das três grandes florestas tropicais do mundo. A hiléia amazônica (como a definiu Alexander von Humboldt) possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas, situadas a aproximadamente 50 metros do solo.

A dificuldade para a entrada de luz pela abundância de copas faz com que a vegetação rasteira seja muito escassa na Amazônia, bem como os animais que habitam o solo e precisam desta vegetação. A maior parte da fauna amazônica é composta de animais que habitam as copas das árvores, entre 30 e 50 metros. Não existem animais de grande porte, como nas savanas. Entre as aves da copa estão os papagaios, tucanos e pica-paus. Entre os mamíferos estão os morcegos, roedores, macacos e marsupiais.

O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Apesar disso, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo mínimo de perdas. Um exemplo claro disso está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem a partir da floresta, com as chuvas. Também forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos que rapidamente são convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação

A diversidade de espécies, porém, e a dificuldade de acesso às altas copas, faz com que grande parte da fauna ainda seja desconhecida..

A fauna e flora amazônicas foram descritas no impressionante Flora Brasiliensis (40 volumes), de Carl von Martius, naturalista austríaco que dedicou boa parte de sua vida à pesquisa da Amazônia, no século XIX.

Ameaças x Proteção

Experiências de colonização

Moradia típica da população ribeirinha na Amazônia brasileira

A grosso modo, as experiências de colonização da Amazônia brasileira podem ser divididas em três fases:

  1. durante o período colonial, os jesuítas instalaram missões na região, que visavam inicialmente à catequese dos índios, mas também à exploração das chamadas drogas do sertão. Também foram desenvolvidas algumas tentativas (desastrosas) de cultivo baseado em padrões europeus, o que promoveu esgotamento dos solos e colheitas muito irregulares;
  2. já na República, houve o ciclo da borracha, nos primeiros anos do século XX: com o desenvolvimento do setor automotivo e de bens industriais que dependiam da borracha, o látex amazônico foi explorado intensamente por empresas nacionais e multinacionais. O ciclo terminou quando a produção no Sudeste Asiático tornou-se mais barata que a amazônica;
  3. nos últimos 50 anos o governo brasileiro vem tentando integrar o território amazônico com uma série de iniciativas que recebem muitas críticas dos especialistas e da comunidade internacional; inclusive algumas experiências de agricultura em modelo europeu e a instalação da Zona Franca de Manaus, um centro industrial em meio à floresta.

Mais recentemente tem havido iniciativas governamentais de criação de reservas extrativistas, como as do Acre e da Terra do Meio. Entretanto, como em várias outras áreas da Amazônia Legal, estas também têm sofrido com agressões ambientais de madeireiros e grandes latifundiários.

Ocupação clandestina, desmatamento

Um grande problema sofrido pela Amazônia é que seus recursos naturais são destruídos desnecessariamente.

O ciclo de exploração da floresta é geralmente o mesmo. Ele começa com a apropriação indevida de terras públicas devolutas. Quem chega primeiro são os madeireiros irregulares. Eles entram nas terras de propriedade pública, abrem estradas clandestinas e retiram as árvores de valor comercial. Um levantamento feito pelo Ministério do Meio Ambiente indica que 80% da madeira que sai da região é proveniente de exploração criminosa de terras públicas. Uma madeireira dessas explora a mesma área por alguns anos. Quando a madeira se esgota, ela segue adiante, invadindo outra área pública.

O segundo momento da ocupação irregular da floresta é feito por um fazendeiro. Geralmente, esse grande proprietário já estava associado ao madeireiro. O que o fazendeiro faz é atear fogo à floresta e, sobre as cinzas, plantar capim para criar gado. Enquanto isso, o fazendeiro manobra politicamente para forjar documentos de posse de terra. Quando não há mais sinal de floresta, o pecuarista pode vender a terra para um sojicultor e ocupar outra área.

Esse modelo de ocupação predatório e paralelo à lei deixa um saldo de pobreza. Um estudo feito pelo Instituto do Homem e do Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) junto com o Banco Mundial indicou que, nos primeiros três anos de exploração predatória de madeira, um município típico da Amazônia consegue obter uma renda anual de US$ 100 milhões. Nesse período dourado e fugaz, a atividade gera cerca de 4.500 empregos diretos, atraindo gente de outras regiões. Mas a madeira disponível acaba em cinco anos, aproximadamente. Com isso, a renda do município cai para US$ 5 milhões. A atividade que resta, pecuária extensiva, emprega menos de 500 pessoas. Depois do ciclo destrutivo, o município fica com uma população de desempregados e sem recursos naturais.

Esta passagem carece de fontesPredefinição:Manutenção/Categorizando por assunto

Unidades de Conservação

Ver artigo principal: Unidade de Conservação

O SNUC (Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza) contém várias unidades de conservação nos nos estados ocupados pela Amazônia. Entre as de proteção integral existem dez Parques Nacionais (além do Jaú) e oito reservas biológicas, entre outros.

Entre as unidades de uso sustentável, estão as reservas extrativistas. Os programas de uso sustentável são em grande número, desenvolvidos por ONGs em parceria com o poder público e com as próprias populações tradicionais, acostumadas ao uso sustentado dos recursos naturais. Surgem iniciativas como a Escola da Floresta, no Acre, para formar técnicos em floresta e agrofloresta.

Cultura

Lendas

Diversas são as lendas sobre a Amazônia.

A lenda do Eldorado e do lago Parima, que supostamente estaria ligada à fonte da juventude, provavelmente refere-se à existência real do lago Amaçu, que tinha uma pequena ilha coberta de xisto micáceo, material que produz forte brilho ao ser iluminado pelo Sol e que produzia a ilusão de riquezas aos europeus.

Contemporaneamente, muitos artistas amazônidas continuam elaborando suas obras a partir do rico imaginário da região. Um exemplo é a obra da escritora paraense Yara Cecim, autora de Lendário - Contos Fantásticos da Amazônia (Editora Cejup,2004,Belém.

Erro de script: Nenhum módulo desse tipo "Wikidata/Referências".

  • AMAZÔNIA REVELADA: os descaminhos ao longo da BR-163 (filme). Thieres Mesquita. Brasília, CNPq, 2005. 90 min. son. color.
  • TORRES, Maurício (org.) Amazônia revelada: os descaminhos ao longo da BR-163. Brasília: CNPq, 2005. Bibliografia. 496 p., fotografias. ISBN 8586821632
  • UM DIA NA AMAZÔNIA-2006- Gilson Barreto- Literatura Infantil (livro da campanha da fraternidade 2007)
  1. 1,0 1,1 Jean Luis Arce de Lima (1º de junho de 2007). «Amazonas supera o Nilo como rio mais longo, dizem cientistas». Consultado em 16 de outubro de 2007 
  2. Jornal O POVO (16 de junho de 2007). «Amazonas é o rio mais extenso». Consultado em 16 de outubro de 2007 

Ver também

Ligações externas

Predefinição:Link FA

ar:غابات الأمازون bat-smg:Amazuonėjė bn:আমাজন অরণ্য bs:Amazonija ca:Amazònia cs:Amazonský prales da:Regnskoven i Amazonas el:Τροπικό Δάσος του Αμαζονίου en:Amazon Rainforest eo:Amazona arbaro es:Selva Amazónica fa:آمازون (جنگل) fi:Amazon (sademetsä) fr:Forêt amazonienne he:יער האמזונאס id:Hutan Amazon it:Amazzonia ja:アマゾン熱帯雨林 ko:아마존 우림 lt:Amazonija nl:Amazoneregenwoud nn:Regnskogen i Amazonas no:Regnskogen i Amazonas pl:Amazonia pms:Amassònia qu:Amarumayu sach'a-sach'a suyu simple:Amazon Rainforest sv:Amazonas regnskog ta:அமேசான் மழைக்காடு vi:Amazon (rừng) zh:亞馬遜雨林

talvez você goste