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Guerra dos Sete Anos: mudanças entre as edições

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A ocupação da [[ilha de Minorca]], então possessão inglesa, pelos franceses, em [[1756]], provocou o bloqueio inglês às costas da França em [[Toulon]] e [[Brest]], o que deixou indefeso o [[Canadá]] francês diante dos ataques lançados pelos ingleses às colônias ao [[sul]] do [[rio São Lourenço]].  
A ocupação da [[ilha de Minorca]], então possessão inglesa, pelos franceses, em [[1756]], provocou o bloqueio inglês às costas da França em [[Toulon]] e [[Brest]], o que deixou indefeso o [[Canadá]] francês diante dos ataques lançados pelos ingleses às colônias ao [[sul]] do [[rio São Lourenço]].  


Em [[julho]] de [[1757]], o [[primeiro-ministro]] [[Pitt, o Velho]], subiu ao poder na Inglaterra e conduziu a guerra com habilidade e vigor. O ano de [[1759]] foi de vitórias britânicas - [[Wolfe]] capturou [[Quebec (cidade)|Québec]], Ferdinando derrotou o exército francês em [[Minden]] e [[Hawke]] destruiu a frota francesa na [[baía de Quiberon]]. Todas as possessões francesas no Canadá passaram às mãos dos ingleses, que conquistaram ainda alguns portos do [[Mediterrâneo]].
Em [[julho]] de [[1757]], o [[primeiro-ministro]] [[Pitt, o Velho]], subiu ao poder na Inglaterra e conduziu a guerra com habilidade e vigor. O ano de [[1759]] foi de vitórias britânicas - [[Wolfe]] capturou [[Quebec (cidade)|Québec]], Ferdinando derrotou o exército francês em [[Minden]] e [[Hawke]] destruiu a frota francesa na [[baía de Quiberon]]. Com a tomada de [[Montreal]], em [[1760]], todas as possessões francesas no Canadá passaram às mãos dos ingleses, que conquistaram ainda alguns portos do [[Mediterrâneo]].


[[Imagem:Clive.jpg|thumb|200px|Encontro de [[Robert Clive]] com [[Mir Jafar]] após a [[batalha de Plassey]], por [[Francis Hayman]].]]
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Na [[Índia]], [[Clive]] havia conseguido o controle de [[Bengala]] em [[Batalha de Plassey|Plassey]] e, em [[1760]], [[Montreal]] foi tomada. O [[almirante]] [[Boscawen]] atacou com sucesso as Índias Ocidentais francesas. os franceses se renderam nas Índias em [[1761]]. Em [[1761]], a [[Espanha]] entrou na guerra e Pitt renunciou. A França assinou com a Espanha o chamado "[[pacto de família]]", pelo qual os ingleses perderam acesso aos portos de [[Portugal]], o que provocou a invasão de [[Cuba]] pela Inglaterra e a ocupação de [[Manila]], nas [[Índias Ocidentais]].
Na [[Índia]], [[Clive]] havia conseguido o controle de [[Bengala]] em [[Batalha de Plassey|Plassey]]. Os franceses se renderam nas Índias em [[1761]]. O [[almirante]] [[Boscawen]] atacou com sucesso as [[Índias Ocidentais]] francesas. Em [[1761]], a [[Espanha]] entrou na guerra e Pitt renunciou. A França assinara com a Espanha o chamado "[[pacto de família]]", pelo qual os ingleses perderam acesso aos portos de [[Portugal]], o que provocou a invasão de [[Cuba]] pela Inglaterra e a ocupação de [[Manila]], nas [[Índias Ocidentais]].


Em meados do [[século XVIII]] o relacionamento saudável entre a Inglaterra e as [[13 colônias]] foi modificado devido a dois fatores paralelos:
Em meados do [[século XVIII]] o relacionamento saudável entre a Inglaterra e as [[13 colônias]] foi modificado devido a dois fatores paralelos:

Edição das 05h37min de 14 de janeiro de 2007

Arquivo:Louisbourg 1758.jpg
A fortaleza francesa de Louisbourg, Nova Escócia, em 1758.

A Guerra dos Sete Anos, foi uma série de conflitos internacionais que ocorreram entre 1756 e 1763, durante o reinado de Luís XV, entre a França, a Áustria e seus aliados (Saxônia, Rússia, Suécia e Espanha), de um lado, e a Inglaterra, a Prússia e Hannover, de outro. Vários fatores desencadearam a guerra: a preocupação das potências européias com o crescente prestígio e poderio de Frederico II, o Grande, imperador da Prússia; as disputas entre a Áustria e a Prússia pela posse da Silésia, província oriental alemã, que passara ao domínio prussiano em 1742 durante a guerra de sucessão austríaca; e a disputa entre a Grã-Bretanha e a França pelo controle comercial e marítimo das colônias das Índias e da América do Norte.

A fase norte-americana foi denominada Guerra Franco-Indígena (ou Guerra Francesa e Indígena), e participaram a Inglaterra e suas colônias norte-americanas contra a França e seus aliados algonquinos. A fase asiática iniciou o domínio britânico nas Índias.

Foi o primeiro conflito a ter carácter mundial, e o seu resultado é muitas vezes apontado como o ponto fulcral que deu origem à inauguração da era moderna. A Guerra foi precedida por uma reformulação do sistema de alianças entre as principais potências europeias, a chamada Revolução Diplomática de 1756, e caracterizou-se pelas sucessivas derrotas francesas na Alemanha (Rossbach), no Canadá (queda de Québec e Montreal) e na Índia.

Principais Batalhas

Europa

Memorial da Guerra dos Sete Anos em Krefeld (Renânia do Norte-Vestfália).

América (Guerra Franco-Indígena)

Motivos da Guerra

Rota da Expedição de Braddock.

A guerra deu continuidade a disputas não apaziguadas pelo Tratado de Aix-la-Chapelle e tinha relação com a rivalidade colonial e econômica anglo-francesa, e com a luta pela supremacia nos Estados Alemães entre a Áustria e a Prússia. A guerra prosseguiu na América do Norte, com a expedição de Braddock, que entre 1695 e 1755 comandou as forças britânicas contra os franceses e indígenas. Cada facção estava insatisfeita com seus antigos aliados. A Inglaterra tomou a iniciativa quando capturou trezentos navios franceses sem declarar guerra, e de seguida, com o Acordo de Westminster (1756), pelo qual estabelece uma aliança militar com Frederico II da Prússia para defender Hanover de um possível ataque francês.

A França, por sua vez, com os dois Tratados de Versalhes (1756 e 1757) obtém a promessa de aliança de Maria Teresa da Áustria e de seu ministro Kaunitz. Maria Teresa também se aliou com Elizabeth da Rússia.


Desenrolar da Guerra

Operações do exército russo partindo do território polonês.

Ao longo dos sete anos, 1756-1763, as grandes potências europeias levam a guerra às suas possessões em todo o mundo. Enquanto nas colônias americanas e da Índia os sucessos pertencem aos Ingleses, e apesar da tentativa do "Pacto de Família" com os Bourbons da Espanha, na Europa, numa fase inicial, a aliança franco-austríaca é bem sucedida, contando com a ajuda dos príncipes alsacianos, da Suécia e da Rússia.

A guerra na Europa teve início no verão de 1756, quando Frederico II da Prússia resolveu, preventivamente, invadir a Saxônia, região do Sacro Império Germânico aliada da Áustria de Maria Teresa, e ocupar a capital, Dresden. Em poucas semanas ele logrou capturar a totalidade do exército saxônico (18 mil homens) em Pirna. Adiantava-se, assim, ao iminente ataque preparado contra a Prússia pela coalizão formada pela Áustria, Rússia, Suécia, Saxônia e França.

Embora tivesse o melhor exército da Europa, a situação estratégica da Prússia era preocupante. A Prússia, como um todo, estava ameaçada ao norte pela Suécia (que dispunha de um exército pequeno) e pela Áustria ao sul. A oeste, um punhado de príncipes alemães, fiéis a Maria Teresa, formara um exército contrário a Frederico e que viria a operar na Saxônia. A noroeste, o Hanôver, apoiado por tropas britânicas, oferecia uma ilusória proteção aos prussianos. A leste, a neutra Polônia era uma nação permeável às tropas russas que, em um primeiro momento, estavam interessadas em ocupar a Prússia Oriental.

Operações da Guerra dos Sete Anos em 1756.

Durante o ano de 1756, as tropas prussianas conquistaram uma série de vitórias. Frederico II invadiu a Boêmia e, em 6 de maio de 1757, bateu os austríacos na disputada batalha de Praga. Mas no dia 18 de junho Frederico acabou sendo derrotado pelo marechal austríaco Daun em Kolin, o que o obrigou a abandonar a Boêmia. A Prússia, a partir de então, foi obrigada a enfrentar uma guerra defensiva em três frentes: a Suécia atacou a Pomerânia; as tropas russas invadiram a região oriental do território prussiano, obtendo uma importante vitória; a França penetrou na Prússia ocidental e os austríacos marcharam sobre a Silésia.

Apesar da inferioridade do exército de Frederico ante as tropas inimigas, o imperador obteve duas grandes vitórias em 1757: em 5 de novembro infligiu uma esmagadora derrota a um exército franco-germânico em Rossbach e, em 5 de dezembro, esmagou os austríacos em Leuthen, na Silésia, salvando a Prússia de uma invasão.

Frederico foi muito pressionado em 1758, mas derrotou, em Zorndorf, as tropas russas, que ameaçavam Berlim, e fez com que recuassem para Landsberg e Königsberg. Ferdinando de Brunswick protegeu seu flanco ocidental com um exército anglo-hanoveriano. Na batalha de Hochkirch, no entanto, o inesperado ataque dos austríacos obrigou o imperador a recuar até Dresden. Em agosto de 1759, Frederico sofreria a sua mais terrível derrota, em Kunersdorf, ao atacar uma força austro-russa reunida a leste do rio Oder. Apenas o desentendimento entre as tropas austríacas e russas e a logística podem explicar a salvação de Berlim naquele ano.

Em situação precária, o imperador recuperou sua capacidade ofensiva graças a um novo tratado com a Inglaterra, que lhe forneceu a ajuda financeira necessária ao prosseguimento da guerra. Em 1760 as tropas prussianas iniciaram seu avanço em direção à Silésia, onde venceram os russos e os austríacos. As reservas militares do imperador, embora prodigiosas, começavam a mostrar sinais de esgotamento. Nesse mesmo ano seria travado o último grande combate de Frederico: a batalha de Torgau, em que prussianos e austríacos sofreram pesadas baixas.

Ocorreu então o que é chamado pelos historiadores austríacos de o "milagre da Casa de Brandemburgo": com a morte da czarina Elizabeth, em 1762, subiu ao trono russo seu sobrinho, Pedro III, que nutria grande admiração por Frederico e pela Prússia. Rompeu-se assim a coalizão antiprussiana. O novo czar não apenas reverteu sua política e assinou um armistício com Frederico II (deixando o imperador livre da frente oriental), como também atuou como mediador entre prussianos e suecos. Pôs seu exército à disposição do imperador e se juntou aos prussianos para expulsar os austríacos da Silésia. Pedro III foi assassinado meses depois de subir ao trono, mas sua viúva e sucessora, Catarina II, a Grande, manteve a paz com a Prússia.

Sem o apoio do Exército russo, os austríacos foram derrotados em Burkersdorf e Freiberg.

Operações nas colônias

Paralelamente aos conflitos nos campos de batalha da região central da Europa, os combates travados entre a Inglaterra e a França pela posse das colônias da América do Norte e das Índias estenderam-se às Índias Ocidentais, oeste da África, Mediterrâneo, Canadá e Caribe.

A ocupação da ilha de Minorca, então possessão inglesa, pelos franceses, em 1756, provocou o bloqueio inglês às costas da França em Toulon e Brest, o que deixou indefeso o Canadá francês diante dos ataques lançados pelos ingleses às colônias ao sul do rio São Lourenço.

Em julho de 1757, o primeiro-ministro Pitt, o Velho, subiu ao poder na Inglaterra e conduziu a guerra com habilidade e vigor. O ano de 1759 foi de vitórias britânicas - Wolfe capturou Québec, Ferdinando derrotou o exército francês em Minden e Hawke destruiu a frota francesa na baía de Quiberon. Com a tomada de Montreal, em 1760, todas as possessões francesas no Canadá passaram às mãos dos ingleses, que conquistaram ainda alguns portos do Mediterrâneo.

Na Índia, Clive havia conseguido o controle de Bengala em Plassey. Os franceses se renderam nas Índias em 1761. O almirante Boscawen atacou com sucesso as Índias Ocidentais francesas. Em 1761, a Espanha entrou na guerra e Pitt renunciou. A França assinara com a Espanha o chamado "pacto de família", pelo qual os ingleses perderam acesso aos portos de Portugal, o que provocou a invasão de Cuba pela Inglaterra e a ocupação de Manila, nas Índias Ocidentais.

Em meados do século XVIII o relacionamento saudável entre a Inglaterra e as 13 colônias foi modificado devido a dois fatores paralelos:

A Paz

Todos estavam dispostos a um acordo de paz. No cômputo global do conflito, a Inglaterra e a Rússia foram vitoriosas.

Em 1762, o Tratado de São Petersburgo devolveu a Pomerânia à Prússia. Pelo Tratado de Paris, firmado em 1763, franceses, austríacos e ingleses assinarem a paz. No acordo firmado, a França perde a favor dos ingleses o Canadá e parte da Louisiana, algumas ilhas das Antilhas (São Vicente, Tobago, Granada e Granadinas), São Luís, e feitorias costeiras do Senegal, na África, além de ter de reconhecer todas as conquistas inglesas nas Índias Ocidentais. A favor de Espanha, para compensá-la dos prejuízos advindos da guerra, a Espanha obteve da França o resto da Louisiana e Nova Orleans. Perdia também os franceses toda a influência na Índia.

Finalmente, em 15 de fevereiro de 1763, foi firmada a paz definitiva em Hubertusburgo. A Áustria renunciou definitivamente à Silésia, que foi entregue à Prússia, enquanto a Polônia era dividida pela primeira vez, ocupada pela Prússia, Rússia e Áustria.

A Prússia se afirma como concorrente da Áustria na liderança dos estados alemães, lançando as bases do seu futuro império colonial. As importantes vitórias inglesas sobre a França, solidificadas no Tratado de Paris, lançam as bases do futuro Império colonial inglês.

No Brasil houve repercussão dessa luta. Portugal não aderiu ao "pacto de família", o que motivou o ataque dos espanhóis do rio da Prata ao sul do Brasil. O Tratado de Santo Ildefonso, assinado em 1777, encerrou o conflito: a Espanha tomou posse da Colônia do Sacramento e de grande parte do atual território do Rio Grande do Sul, enquanto Portugal recuperava a ilha de Santa Catarina.

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