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Agricultura: mudanças entre as edições

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==Agropecuária==
A ''agropecuária'' é a junção das atividades de agricultura e pecuária. É praticada no campo e envolve o cultivo de plantas (agricultura) e a criação de animais (pecuária) para o consumo humano e/ou para o fornecimento de matérias-primas na fabricação de roupas, medicamentos, biocombustíveis, produtos de beleza, entre outros.<ref>{{citar web |url=https://summitagro.estadao.com.br/noticias-do-campo/o-que-e-agropecuaria-e-quais-sao-as-caracteristicas-da-atividade/ |título=O que é agropecuária e quais são as características da atividade |publicado=[[Estadão]] |autor= |data=2021-12-02 |página= |páginas= |acessodata=2022-05-09 |citacao= }}</ref> A atividade de ''agropecuária'' é exercida tanto em larga escala, quanto por pequenos produtores que utilizam práticas tradicionais, onde o conhecimento das técnicas é repassado através de gerações.


== Ver também ==
== Ver também ==

Edição das 14h17min de 12 de maio de 2022

Disambig grey.svg Nota: ""Colheita"" redireciona para este artigo. Para a pintura, veja Colheita - Ceifeiras.
Colheita de trigo com uma colheitadeira acompanhada por um trator e um reboque.

Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de obter alimentos, bebidas, fibras, energia, matéria-prima para roupas, construções, medicamentos, ferramentas, ou apenas para contemplação estética (paisagismo).

A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo Predefinição:PBPE2 se aplica ao proprietário de terras rurais onde, normalmente, é praticada a agricultura, a pecuária ou ambos. A ciência que estuda as características das plantas e dos solos para melhorar as técnicas agrícolas é a agronomia.

Etimologia e terminologia

O prefixo agro tem origem no verbete latino agru que significa "terra cultivada ou cultivável". A palavra "agricultura" vem do latim agricultūra, composta por ager (campo, território) e cultūra (cultivo), no sentido estrito de cultivo do solo.[1]

Em Português, a palavra "agricultura" manteve este sentido estrito e refere-se exclusivamente ao cultivo dos campos, ou seja, relaciona-se à produção de vegetais.[2] No entanto, em inglês, assim como em francês, a palavra "agriculture" indica de maneira mais genérica as atividades agrícolas tanto de cultivo dos campos quanto de criação de animais.[3][4] Uma tradução mais próxima de agriculture seria, portanto, agropecuária; trata-se, portanto, de um "cognato enganoso", conceito frequentemente confundido com falso cognato. "Cognato" significa "de mesma origem (etimológica)", portanto "agriculture" e "agricultura" são cognatos pelo simples fato de terem a mesma origem, independentemente do significado distinto.

História

Origens

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O início das atividades agrícolas separa o período neolítico do imediatamente anterior, o período da idade da pedra lascada. Como são anteriores à história escrita, os primórdios da agricultura são obscuros, mas admite-se que ela tenha surgido independentemente em diferentes lugares do mundo, provavelmente nos vales e várzeas fluviais habitados por antigas civilizações. Entre dez[5] e doze mil anos atrás, durante a pré-história, no período do neolítico ou período da pedra polida, alguns indivíduos de povos caçadores-coletores notaram que alguns grãos que eram coletados da natureza para a sua alimentação poderiam ser enterrados, isto é, "semeados" a fim de produzir novas plantas iguais às que os originaram. Os primeiros sistemas de cultivo e de criação apareceram em algumas regiões pouco numerosas e relativamente pouco extensas do planeta. Essas primeiras formas de agricultura eram certamente praticadas perto de moradias e aluviões das vazantes dos rios, ou seja, terras já fertilizadas que não exigiam, portanto, desmatamento.[5]

Essa prática permitiu o aumento da oferta de alimento dessas pessoas, as plantas começaram a ser cultivadas muito próximas umas das outras. Isso porque elas podiam produzir frutos, que eram facilmente colhidos quando maduros, o que permitia uma maior produtividade das plantas cultivadas em relação ao seu habitat natural. Logo, as frequentes e perigosas buscas à procura de alimentos eram evitadas. Com o tempo, foram selecionados entre os grãos selvagens aqueles que possuíam as características que mais interessavam aos primeiros agricultores, tais como tamanho, produtividade, sabor e outras. Assim surgiu o cultivo das primeiras plantas domesticadas, entre as quais se inclui o trigo e a cevada. Durante o período neolítico, as principais áreas agrícolas estavam localizadas nos vales dos rios Nilo (Egito), Tigre e Eufrates (Mesopotâmia, atualmente conhecida como Iraque) e rios Amarelo e Azul (China).[6]

Há 5 000 anos, quando a agricultura neolítica atingia apenas o Atlântico, o mar do Norte, o Báltico, a Sibéria, o vale do Ganges a grande floresta equatorial africana, as regiões mais próximas desse centro, na Ásia ocidental, na Europa oriental e na África setentrional, já estavam há muito tempo cultivadas e percorridas pelos rebanhos.[5] O rio Nilo transbordava a cada ano entre julho e outubro. Os cultivos de vazante eram feitos após o recuo das águas, quando os solos estavam embebidos e enriquecidos pelos depósitos de aluviões, e a colheita acontecia na primavera.[5] Há registros de cultivos em pelo menos três regiões diferentes do mundo em épocas distintas: Mesopotâmia (possivelmente pela cultura Natufiana), América Central (pelas culturas pré-colombianas) e nas bacias hidrográficas da China e da Índia.[5]

Agricultura moderna

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A partir do século XX, a agricultura intensiva aumentou a produtividade. Substituiu fertilizantes sintéticos e pesticidas por mão-de-obra, mas causou o aumento da poluição da água e, muitas vezes, envolveu subsídios agrícolas. Nos últimos anos, tem havido uma reação contra os efeitos ambientais da agricultura convencional, resultando em movimentos agrícolas orgânicos, regenerativos e sustentáveis.[7][8] Uma das principais forças por trás desse movimento tem sido a União Europeia, que primeiro certificou alimentos orgânicos em 1991 e iniciou a reforma de sua Política Agrícola Comum (PAC) em 2005 para eliminar os subsídios agrícolas ligados a commodities,[9] também conhecido como desacoplamento. O crescimento da agricultura orgânica renovou a pesquisa em tecnologias alternativas, como o manejo integrado de pragas, a criação seletiva (seleção artificial) [10] e a agricultura de ambiente controlado.[11][12]

Os recentes desenvolvimentos tecnológicos predominantes incluem alimentos geneticamente modificados.[13] A demanda por cultivos não alimentícios para produção de biocombustíveis,[14] o desenvolvimento de antigas terras agrícolas, o aumento dos custos de transporte, o impacto das mudanças climáticas sobre a agricultura, a crescente demanda dos consumidores na China e na Índia e o crescimento populacional[15] ameaçam a segurança alimentar em muitas partes do mundo.[16][17]

O Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola postula que um aumento na agricultura familiar pode ser parte da solução para as preocupações com os preços dos alimentos e a segurança alimentar geral, dada a experiência favorável do Vietnã.[18] A degradação/erosão do solo e doenças que afetam as plantações são as principais preocupações em todo o mundo;[19] aproximadamente 40% das terras agrícolas do mundo estão seriamente degradadas.[20][21]

Em 2015, a produção agrícola da China foi a maior do mundo, seguida pela União Europeia, a Índia e os Estados Unidos.[22] Os economistas medem a produtividade total dos fatores da agricultura e, por essa medida, a agricultura nos Estados Unidos é aproximadamente 1,7 vezes mais produtiva do que em 1948.[23]

Principais países produtores

Países por valor agrícola
Dez maiores produtores agrícolas
País Produção
(em bilhões de dólares)
Predefinição:Country data China 1 117
 Índia 414
Predefinição:EU 308
 Estados Unidos 185
 Brasil 162
Indonésia 141
Nigéria 123
 Rússia 108
Paquistão 76
 Argentina 70
 Turquia 64
Fonte: FMI e CIA World Factbook

Ver também

Referências

  1. Latin Dictionary and Grammar Aid. Disponível em: <http://archives.nd.edu/latgramm.htm>. Acesso em: 12 de agosto de 2011
  2. FERREIRA, Marina Baird e dos ANJOS, Margarida (coord). Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. 4.ª edição. Curitiba: Editora Positivo, 2009
  3. Cambridge Dictionary Online. Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/dictionary/british/agriculture?q=agriculture>. Acesso em: 12 de agosto de 2011
  4. Dictionary.com. Disponível em: <http://dictionary.reference.com/browse/agriculture>. Acesso em: 12 de agosto de 2011
  5. 5,0 5,1 5,2 5,3 5,4 MAZOYER, Marcel e ROUDART, Laurence. História das Agriculturas do Mundo: do neolítico à crise contemporânea. São Paulo: Editora UNESP; Brasília, DF: NEAD, 2010. Disponível em: <http://www.iica.int/Esp/regiones/sur/brasil/Lists/Publicacoes/Attachments/60/Historia_das_agriculturas.pdf Arquivado em 22 de maio de 2013, no Wayback Machine.>. Acesso em: 12 de agosto de 2011. ISBN 978-85-7139-994-5 (Editora UNESP); ISBN 978-85-60548-60-6 (NEAD). Título original: Histoire des Agricultures du monde: du néolithique à la crise contemporaine.
  6. Itu.com.br. «A história da agricultura». Itu.com.br (em português). Consultado em 17 de junho de 2020 
  7. Philpott, Tom (19 de abril de 2013). «A Brief History of Our Deadly Addiction to Nitrogen Fertilizer». Mother Jones. Consultado em 7 de maio de 2013. Cópia arquivada em 5 de maio de 2013 
  8. Scheierling, Susanne M. (1995). «Overcoming agricultural pollution of water: the challenge of integrating agricultural and environmental policies in the European Union, Volume 1». The World Bank. Consultado em 15 de abril de 2013. Arquivado do original em 5 de junho de 2013 
  9. «CAP Reform». European Commission. 2003. Consultado em 15 de abril de 2013. Cópia arquivada em 17 de outubro de 2010 
  10. Poincelot, Raymond P. (1986). Organic Farming. Towards a More Sustainable Agriculture. [S.l.: s.n.] pp. 14–32. ISBN 978-1-4684-1508-7. doi:10.1007/978-1-4684-1506-3_2 
  11. «The cutting-edge technology that will change farming». Agweek. 9 de novembro de 2018. Consultado em 23 de novembro de 2018. Cópia arquivada em 23 de novembro de 2018 
  12. Charles, Dan (3 de novembro de 2017). «Hydroponic Veggies Are Taking Over Organic, And A Move To Ban Them Fails». NPR. Consultado em 24 de novembro de 2018 
  13. GM Science Review First Report Arquivado 2013-10-16 no Wayback Machine
  14. Smith, Kate; Edwards, Rob (8 de março de 2008). «2008: The year of global food crisis». The Herald. Cópia arquivada em 11 de abril de 2013 
  15. «The global grain bubble». The Christian Science Monitor. 18 de janeiro de 2008. Consultado em 26 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 30 de novembro de 2009 
  16. «The cost of food: Facts and figures». BBC. 16 de outubro de 2008. Consultado em 26 de setembro de 2013. Cópia arquivada em 20 de janeiro de 2009 
  17. Walt, Vivienne (27 de fevereiro de 2008). «The World's Growing Food-Price Crisis». Time. Cópia arquivada em 29 de novembro de 2011 
  18. «Food prices: smallholder farmers can be part of the solution». International Fund for Agricultural Development. Consultado em 24 de abril de 2013. Arquivado do original em 5 de maio de 2013 
  19. «Wheat Stem Rust – UG99 (Race TTKSK)». FAO. Consultado em 6 de janeiro de 2014. Cópia arquivada em 7 de janeiro de 2014 
  20. Sample, Ian (31 August 2007). "Global food crisis looms as climate change and population growth strip fertile land" Arquivado 2016-04-29 no Wayback Machine, The Guardian (London).
  21. «Africa may be able to feed only 25% of its population by 2025». Mongabay. 14 de dezembro de 2006. Consultado em 15 de julho de 2016. Arquivado do original em 27 de novembro de 2011 
  22. «UNCTADstat – Table view». Consultado em 26 de novembro de 2017. Cópia arquivada em 20 de outubro de 2017 
  23. «Agricultural Productivity in the United States». USDA Economic Research Service. 5 de julho de 2012. Consultado em 22 de abril de 2013. Arquivado do original em 1 de fevereiro de 2013 

Bibliografia

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  • Abel, W. Congiuntura agraria e crisi agrarie: storia dell'agricoltura e della produzione alimentare nell'Europa Centrale dal XIII secolo all'età industriale. Torino: Einaudi, 1976.
  • Barker, Graeme. Prehistoric farming in Europe. Cambridge: Cambridge University Press, 1985. link.
  • Bender, Barbara. Farming in Prehistory. From hunther-gatherer to food producer. London: Baker, 1975.
  • Bloch, Marc. Les caractères originaux de l’histoire rurale française. Paris: A. Colin, 1952. link.
  • ESALQ/USP. Enciclopédia Agrícola Brasileira. São Paulo: EDUSP. 6 vol. 1995-2006. [Coords.: Souza, J.S.I (vol. I, 1995; II, 1998; III, 2000;); Peixoto, A.M. (vol. IV, 2002; V, 2004; VI, 2006.)]
  • Heitland, William E. Agricola: a study of agriculture and rustic life in the Greco-Roman world. Cambridge: Cambridge University Press, 1921. link.
  • Mazoyer, Marcel; Roudart, Laurence. História das agriculturas do mundo: do neolítico à crise contemporânea. Lisboa: Instituto Piaget, D.L., 2001; São Paulo: Editora UNESP, 2010, link.
  • Saltini, Antonio. Storia delle scienze agrarie. 4 voll., Bologna, 1984-89. link. ISBN 88-206-2412-5, ISBN 88-206-2413-3, ISBN 88-206-2414-1, ISBN 88-206-2414-X.
  • Saltini, Antonio. I semi della civiltà. Frumento, riso e mais nella storia delle società umane. Bologna, 1996.
  • Slicher van Bath, Bernard H. The Agrarian History of Western Europe, A. D. 500–1850. London: E. Arnold, 1963.

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Ligações externas

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