Predefinição:Info/Transporte público
O sistema de trens urbanos de Fortaleza era administrado pela CBTU através da Superintendência de Trens Urbanos de Fortaleza-STU/FOR. Possuía aproximadamente 42 km de extensão contando com 24 estações, interligando os municípios de Fortaleza, Caucaia, Maracanaú e Pacatuba, na Região Metropolitana de Fortaleza. Durante sua existência transportava cerca de 30 mil passageiros por dia. O sistema foi desativado não estando mais em funcionamento, tendo suas únicas duas linhas reformuladas para passar a atender o sistema de metrô da capital administrado pela Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor).
História
A primeira concessão para a construção de estradas de ferro no Ceará deu-se com um decreto de 1857, em um empreendimento que deveria construir e explorar uma via férrea a qual, partindo de Camocim e imediações de Granja, seguiria para o Ipu, passando por Sobral. Um projeto arquivado. Outro marco da história ferroviária cearense data de 1868, quando foi apresentado o projeto de uma linha ferroviária ligando Fortaleza à vila de Pacatuba, com um ramal para a cidade de Maranguape. Outro projeto que não saiu do papel. Só dois anos depois, nasceria o projeto da primeira estrada de ferro construída no Ceará, a Via Férrea de Baturité. E, em 13 de março de 1873, chegavam a Fortaleza as primeiras locomotivas, desembarcadas no trapiche do Poço das Dragas (antigo porto). O prédio da estação ainda estava em obras quando recebeu as máquinas a vapor que, sendo arrastadas por tração animal com a afixação de trilhos portáteis, foram transformadas num show de apresentação, ao desfilarem pela Rua da Ponte (Alberto Nepomuceno) e Travessa das Flores (Castro e Silva) até a Praça da Estação. Um novo “espetáculo” aconteceu cinco meses depois, quando a locomotiva “A Fortaleza” rodou cinco vezes - desta vez com os próprios motores - da Estação Central até a parada “Chico Manoel”, no Cruzamento das Trincheiras, atual Liberato Barroso.
O primeiro trecho da ferrovia, ligando o Centro ao Distrito de Arronches (Parangaba), ficou pronto em setembro de 1873, quando, com restrições, uma locomotiva e alguns vagões chegaram, pela primeira vez, a Parangaba. Em seguida, foram inauguradas as estações de Mondubim, Maranguape e Maracanaú (1875) e Monguba e Pacatuba (1876). O governo imperial encampou a ferrovia em 1878 e estabeleceu algumas mudanças no projeto original, além de ordenar a construção de uma nova estrada ligando o porto de Camocim até Sobral e o início dos estudos para a construção da nova estação central, que seria inaugurada em 1880.[1] O trem chegou a Baturité dois anos depois, em 1882, ainda sob o reinado de Dom Pedro II. Na mesma época inciava a construção da Estrada de Ferro de Sobral.
Em 1919, as obras de expansão das duas ferrovias cearenses viraria frente de trabalho para os flagelados da grande seca que se abateu sobre a região. As duas estradas de ferro, desde de 1915 unificadas na Rede de Viação Cearense (RVC) passaram a ser subordinadas á Inspetoria Federal de Obras contra a Seca (Ifocs). Em 1920, 12.850 operários estavam envolvidos na construção da ferrovia, inclusive velhos e crianças que pouco podiam ajudar no trabalho. Quando as primeiras maquinas a diesel começaram a operar no Ceará, em 1949, a RVC tinha um total de 86 locomotivas a vapor, todas operacionais. Em 1957 a Rede de Viação Cearense passou a ser um das subsidiárias da Rede Ferroviária Federal (RFFSA) é em 1975 foi absorvida.
No dia 22 de fevereiro de 1984 foi constituída a CBTU com a missão de planejar, realizar estudos, projetos, implantar e construir o transporte de pessoas, operar e explorar comercialmente, ficando sob a responsabilidade da RFFSA, o gerenciamento do transporte de carga sobre trilhos. A CBTU se transforma em uma empresa subsidiária da RFFSA (privatizada em 1997[1]). Os sistemas ferroviários de Fortaleza são transferidos da RFFSA para a CBTU em 1988.[2]
A CBTU transferiu, no dia 1º de julho de 2003, para o Estado do Ceará, o sistema de trens urbanos de Fortaleza. A operacionalização, o patrimônio e a estrutura organizacional, inclusive o quadro de funcionários são, agora, do governo do Estado. Com a estadualização foi criada a Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor) que é a empresa responsável pela operação do atual sistema de transporte de passageiros sobre trilhos (metrô e VLT).[3]
Características do sistema
Este sistema possuia 42 km de extensão e era servido por 24 estações divididas em duas linhas. A velocidade desses veículos podia chegar á uma média de 26,7 km/h. A bitola é métrica e os trens são movidos a diesel.
Tabela do sistema
Linha | Terminais | Inauguração | Comprimento (km) | Estações | Duração das viagens (min) | Funcionamento |
---|---|---|---|---|---|---|
Sul | João Felipe ↔ Vila das Flores | A partir de 1997 | 23,4 | 15 | --- | desativada (Convertida em metrô) |
Oeste | Caucaia ↔ João Felipe | A partir de 1997 | 19,5 | 10 | --- | Desativada (Convertida em VLT) |
Linhas do sistema
Tarifa
Ligações externas
- Página oficial da CBTU
- Página oficial do Metrofor
- Trem metropolitano de Fortaleza
- Projeto do VLT o Trem Padrão nacional
- ↑ «Histórico da extinta RFFSA». www.rffsa.gov.br. Consultado em 11 de julho de 2016
- ↑ «:. CBTU - A CBTU .:». 7 de maio de 2006. Consultado em 11 de julho de 2016
- ↑ «Companhia Brasileira de Trens Urbanos - Site Oficial/ Sistemas». 2 de fevereiro de 2003. Consultado em 11 de julho de 2016