Estrada de Ferro Campos do JordãoPredefinição:Info/topo/imagem | |||||||
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EFCJ em Santo Antônio do Pinhal. Pode-se notar no canto direito o prédio da subestação construída em 1924. | |||||||
Informações principais | |||||||
Sigla ou acrônimo | EFCJ | ||||||
Área de operação | São Paulo | ||||||
Tempo de operação | 1914–Presente | ||||||
Frota | 3 (Locomotivas) e 7 (Automotrizes) locomotivas 2 (Gôndolas) e 10 (Carros) vagões | ||||||
Número de estações | 40 | ||||||
Extensão | 47,0 km | ||||||
Sede | Pindamonhangaba, Brasil | ||||||
Website | http://www.efcj.sp.gov.br | ||||||
Ferrovia(s) antecessora(s) Ferrovia(s) sucessora(s)
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Especificações da ferrovia | |||||||
Bitola | 1 000 mm | ||||||
Eletrificação | 1 500 Volts CC com catenária | ||||||
Velocidade máxima | Entre Pindamonhangaba e Piracuama: 45 km/h No trecho de serra: 22 km/h Em Campos do Jordão: 30 km/h. | ||||||
Diagrama e/ou Mapa da ferrovia | |||||||
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A Estrada de Ferro Campos do Jordão é uma estrada de ferro eletrificada no estado de São Paulo que liga as cidades de Pindamonhangaba a Campos do Jordão, sendo hoje utilizada somente para transporte de passageiros, essencialmente em passeios turísticos.[1] É de propriedade do governo do Estado de São Paulo, sendo administrada pela Secretaria dos Transportes Metropolitanos.[2]
De janeiro a outubro de 2019, transportou 162 622 passageiros, tanto em seu serviço de subúrbios (similar aos trens metropolitanos da capital paulista) como em seus serviços turísticos.[3]
História
A Estrada de Ferro Campos do Jordão foi idealizada pelos médicos sanitaristas Emílio Marcondes Ribas e Victor Godinho[4] com o objetivo de facilitar aos seus pacientes um acesso mais rápido e confortável a Campos do Jordão, por esta ser uma vila no alto da Serra da Mantiqueira, com clima da montanha ideal para as pessoas tratarem-se da tuberculose.[1]
Sua construção foi autorizada pelo Governo do Estado de São Paulo em 28 de novembro de 1910 (através da Lei nº 1.221), sendo iniciada em 1912. Foi inaugurada em 15 de novembro de 1914, em tempo recorde para a época. Neste ano, a sociedade detentora da concessão ferroviária começou a enfrentar problemas financeiros, principalmente devido ao início da Primeira Guerra Mundial. Assim, em 1916, os acionistas autorizaram a encampação da estrada pelo Governo Estadual, que a opera e mantém desde então.[4]
Até 1916, os trens da ferrovia eram exclusivamente movidos a vapor, sendo substituídos neste ano por automotrizes a gasolina. Em 1924, a eletrificação da estrada foi concluída pela English Electric, permitindo o uso de composições elétricas.[4]
A estrada cumpriu por vários anos os objetivos que motivaram a sua construção, proporcionando acesso aos sanatórios de Campos do Jordão e escoando a produção agrícola da serra. Em 1936, com a emancipação política de Campos do Jordão, realiza sua primeira viagem turística. Em 1977, deixa de transportar cargas, tornando-se exclusiva para o transporte de passageiros. É, por fim, transferida à Secretaria dos Transportes Metropolitanos do Estado de São Paulo em 2011, recebendo obras de modernização e revitalização a partir de então.[2][4]
Dados técnicos
A Estrada de Ferro Campos do Jordão opera no sistema de simples aderência roda-trilho nos trechos de serra, tendo uma velocidade máxima de 45 km/h em nível em seu trecho de subúrbios (entre Pindamonhangaba e Piracuama), 22 km/h nos trechos de serra e 30 km/h dentro do perímetro urbano de Campos do Jordão[5], sendo eletrificada em todos os seus 47 quilômetros.[6]
A eletrificação foi realizada por sistema de catenária (linha suspensa de contato que fornece energia ao trem) a 1.500 Volts DC com uma única subestação nas proximidades da estação de Eugênio Lefévre (em Santo Antônio do Pinhal) alimentando toda a ferrovia.[7] As automotrizes pesam 23 toneladas com 230 HP de potência, podendo carregar em média 40 passageiros.
A Parada Agente Hely (quilômetro 11) em 2019. A parada de 1953 foi reconstruída em 2015.[8]
Material Rodante
A EFCJ possui em sua frota 3 locomotivas, sendo uma a vapor, uma a gasolina e uma elétrica, 7 automotrizes (inclusos 3 bondes), 2 gôndolas de manutenção e 10 carros (incluso um vagão transformado em carro de passageiros, denominado V1).[9]
Referências
- ↑ 1,0 1,1 «Apresentação». www.efcj.sp.gov.br. Consultado em 25 de março de 2021. Arquivado do original em 23 de abril de 2020
- ↑ 2,0 2,1 «Linha do Tempo». www.efcj.sp.gov.br. Consultado em 25 de março de 2021. Arquivado do original em 23 de abril de 2020
- ↑ «RELATÓRIO DE ATIVIDADES 2019». Serviço de Informações ao Cidadão do Governo do Estado de São Paulo - SIC SP (DOCX). Secretaria dos Transportes Metropolitanos - STM. 17 de fevereiro de 2021. Consultado em 25 de março de 2021
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 «História». www.efcj.sp.gov.br. Consultado em 25 de março de 2021. Arquivado do original em 10 de março de 2021
- ↑ «Regulamento da segurança na circulação dos trens» (PDF). Estrada de Ferro Campos do Jordão. 1938. p. 11. Consultado em 25 de março de 2021
- ↑ «MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES Secretaria executiva Banco de Informações dos Transportes». 20 de dezembro de 2010. Consultado em 25 de março de 2021. Arquivado do original em 22 de janeiro de 2010
- ↑ «A Eletrificação da Estrada de Ferro Campos de Jordão». www.pell.portland.or.us. Consultado em 25 de março de 2021
- ↑ «Agente Hely -- Estações Ferroviárias do Estado de São Paulo». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 7 de abril de 2019
- ↑ «Frota». www.efcj.sp.gov.br. Consultado em 25 de março de 2021. Arquivado do original em 10 de março de 2021