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Talassociclo

O talassociclo é o biociclo marinho, ou seja, o conjunto dos ecossistemas marinhos[1]. O talassociclo é estudado pela biologia marinha.

O talassociclo ocupa quase três quartos da superfície terrestre e tem uma profundidade média de quase quatro quilómetros, podendo considerar-se o maior dos três biociclos da biosfera. Caracteriza-se por ser composto de ecossistemas aquáticos mas, ao contrário do limnociclo, a água do mar é salgada, ou seja, possui sais dissolvidos numa quantidade (em média, cerca de 3,5 %) que faz com que os seres vivos que aí existem devem estar adaptados a este fator abiótico. Os seres vivos que vivem em água salgada são representados pelo plâncton, nécton e benton.

Fatores abióticos fundamentais no talassociclo

Perto da costa, principalmente nos estuários, a água do mar sofre a influência das marés e dos efluentes provenientes do epinociclo, ou seja, do meio terrestre. À superfície, os oceanos sofrem ainda a influência dos fatores atmosféricos, principalmente o calor do Sol e os ventos, que promovem a deslocação das massas de água. No entanto, à medida que aumenta a profundidade, são a falta de iluminação (por a luz solar ser absorvida pelas partículas em suspensão e substâncias dissolvidas, para além da refração), da diminuição do oxigénio dissolvido (por haver menos ou nenhuma fotossíntese), e a pressão, que aumenta em uma atmosfera por cada dez metros de profundidade, os principais fatores que determinam quais os seres vivos que aí podem existir[2].

Divisões do meio marinho

Do ponto de vista físico, o meio marinho divide-se principalmente por zonas de profundidade (ou de distância da costa), considerando-se geralmente dois tipos de divisão[3]:

Do ponto de vista biológico, as grandes divisões adotadas são geralmente as seguintes:

  • Domínio pelágico, as águas livres da influência dos fundos oceânicos, onde vive o plâncton e seus predadores, e
  • Domínio bêntico, o conjunto dos biomas assentes no substrato; estes grandes domínios, por sua vez, são subdivididos segundo as zonas de profundidade indicadas acima. Alguns autores consideram estas subdivisões os biócoros do meio marinho[5].

Outro fator que condiciona os biomas existentes nestes domínios é a penetração da luz solar que, mesmo em águas oceânicas, raramente atinge os 100 m de profundidade. Neste caso, a subdivisão utilizada é a seguinte[4]:

Ver também

Referências

  1. Poeys, Patrícia (2000) "Talassociclo" no site Geocities.com Arquivado em 22 de março de 2008, no Wayback Machine. acessado a 14 de outubro de 2009
  2. "Banco de dados: Coberturas vegetais do Planeta Terra" no site Scribd.com acessado a 14 de outubro de 2009
  3. Schüür, Germano (2000) "Ciências do Ambiente - Ecologia" no site Photografia.com.br acessado a 27 de outubro de 2009
  4. 4,0 4,1 “Breve caracterização do meio marinho” no site do Departamento de Botânica da Universidade de Coimbra, Portugal Arquivado em 7 de dezembro de 2012, no Wayback Machine. acessado a 30 de junho de 2009
  5. Cesar & Sezar. Biologia 3: genética, evolução, ecologia, embriologia. Atual Editora. capítulo VII, páginas 222 a 228.
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