O Rock in Rio é um festival de música idealizado pelo empresário brasileiro Roberto Medina pela primeira vez em 1985. É reconhecido como um dos maiores festivais musicais do planeta. Foi originalmente organizado no Rio de Janeiro, de onde vem o nome. Tornou-se um evento de repercussão em nível mundial e, em 2004, teve a sua primeira edição fora do Brasil em Lisboa, Portugal.
Ao longo da sua história, o Rock in Rio teve 21 edições, oito no Brasil, nove em Portugal, três na Espanha e uma nos Estados Unidos. Em 2008, foi realizado pela primeira vez em dois locais diferentes, Lisboa e Madrid. Além destas, duas edições foram canceladas: Madrid e Buenos Aires, ambas programadas para 2014.[1][2]
O hino do festival é de autoria do compositor Nelson Wellington e do maestro Eduardo Souto Neto e foi gravado originalmente pelo grupo Roupa Nova.[3] O festival é considerado o oitavo melhor do mundo pelo site especializado Festival Fling.[4]. Desde a quarta edição o festival costuma ocorrer bianualmente no início da primavera em seu país de origem (Brasil). A última edição do festival aconteceu em 2019 dentro do Parque Olímpico do Rio de Janeiro.
História
Primeira edição (1985)
O primeiro Rock in Rio foi realizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil entre 11 e 20 de janeiro de 1985 em área especialmente construída para receber o evento. O local, um terreno de 250 mil metros quadrados que fica próximo ao Riocentro, em Jacarepaguá, ficou conhecido como "Cidade do Rock" e contava com o maior palco do mundo já construído até então: com 5 mil metros quadrados de área, além de dois imensos fast foods, dois shopping centers com 50 lojas, dois centros de atendimento médico e uma grande infraestrutura para atender a quase 1,5 milhão de pessoas - o equivalente a cinco Woodstocks - que frequentaram o evento.
A grande fama do evento deveu-se ao fato de que, até sua realização, as grandes estrelas da música internacional não costumavam visitar a América do Sul, pelo que o público local tinha ali a primeira oportunidade de ver de perto os ídolos do rock, muitas bandas de renome internacional fizeram parte logo de cara da primeira edição do festival tais como Queen, Iron Maiden, Scorpions e varias outras bandas internacionais e nacionais. Logo depois do fim do Rock in Rio, a "Cidade do Rock" foi demolida por ordem do então governador do estado do Rio de Janeiro, Leonel Brizola. A organização do festival pediu ocupação provisória do terreno, com o intuito de manter a sua posse, após o fim do evento, caracterizando invasão de propriedade pública. No entanto, Leonel Brizola decretou sua demolição para efetuar a reintegração de posse do terreno patrimônio da cidade do Rio de Janeiro.
Regressos (1991-2001)
Graças ao enorme sucesso do evento original, Medina promoveu, entre 18 e 26 de janeiro de 1991, o Rock in Rio II. A segunda edição do evento foi, porém, realizada no estádio de futebol do Maracanã, cujo gramado foi adaptado para receber o palco e os espectadores (700 mil pessoas, em 9 dias de evento), que também puderam assistir ao evento das arquibancadas do estádio (por preços um pouco maiores do que aqueles do gramado).
Após novo hiato, o ano de 2001 viu a realização do Rock in Rio III, nos dias 12 a 14 e 18 a 21 de janeiro. Nesta ocasião, os organizadores decidiram construir uma nova "Cidade do Rock", no mesmo local onde fora a primeira, com a inédita capacidade de 250 mil espectadores por dia e "tendas" alternativas onde realizaram-se concertos paralelos aos do palco principal. Havia tendas de música eletrônica ("Tenda Eletro"), música nacional ("Tenda Brasil", na qual artistas brasileiros apresentavam-se), música africana ("Tenda Raízes") e música mundial ("Tenda Mundo Melhor"). O evento recebeu a legenda de "Por Um Mundo Melhor", o que se marcou com o ato simbólico de observação de três minutos de silêncio antes do início das apresentações no primeiro dia do evento. Às 19 horas daquele dia 12 de janeiro de 2001, três mil rádios e 522 TVs silenciaram pela melhoria do mundo. O início e o fim do ato foram marcados pelo toque de sinos e pela libertação de pombas brancas, representando um pedido pela paz mundial. Esta edição também ficou marcada pelo boicote de algumas bandas brasileiras ao evento. Isso porque havia uma cláusula no contrato que excluía a possibilidade dos grupos brasileiros passarem o som para fazer as últimas regulagens de instrumentos, e elas reivindicaram a mesma estrutura concedida para as bandas estrangeiras. O boicote iniciou-se com O Rappa, Cidade Negra e Raimundos, que foram apoiados por Charlie Brown Jr., Skank e Jota Quest.[5]
A "Cidade do Rock" construída para o Rock in Rio III, foi demolida apenas em 2012 para abrigar a Vila Olímpica dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016.[6]
Internacionalização (2004-2010)
O Rock in Rio foi internacionalizado em 2004 com a primeira edição do Rock in Rio Lisboa, na cidade de Lisboa, Portugal. A organização do festival foi similar à edição de 2001 no Brasil, tendo sido distribuído pelos 200 mil metros quadrados do Parque da Bela Vista o Palco Mundo (palco principal), a Tenda Raízes, a Tenda Mundo Melhor e a Tenda Electrónica.[7] Participaram mais de 70 artistas ao longo dos 5 dias de festival, e o evento foi um sucesso, recebendo mais de 385 mil espectadores. Entretanto, a mídia brasileira e o público foram totalmente contra a realização do festival no país, mas ignorados devidos a pensamentos ambiciosos por parte de Roberto Medina.[8]
Em 2006, foi realizada a segunda edição do Rock in Rio Lisboa, no mesmo local, entre 26 e 27 de maio e 2, 3 e 4 de junho. Nesta edição já não havia mais a Tenda Mundo Melhor, e a Tenda Raízes foi substituída pelo palco Hot Stage.
O Rock in Rio Lisboa foi realizado pela terceira vez no Parque da Bela Vista em Lisboa, entre 30 e 31 de maio e a 1, 5 e 6 de junho de 2008. Nos dias 27 e 28 de junho e entre 4 a 6 de julho do mesmo ano, foi realizado em Arganda del Rey, Madrid, Espanha, com o Rock in Rio Madrid.[9] No caso da edição portuguesa, o palco Hot Stage foi substituído pelo palco Sunset Rock in Rio, um espaço dedicado a apresentações conjuntas de artistas e bandas, na maioria portugueses, de vários estilos musicais em formato de jam sessions.[10]
No ano de 2010, foram realizadas respectivamente, a quarta edição em Lisboa e a segunda edição na capital espanhola. Em 2012, foram realizadas respectivamente, a quinta edição em Lisboa e a terceira edição na capital espanhola. O Rock in Rio voltou a Lisboa em 2014, 2016 e 2018. A edição de 2020 foi adiada para 2021 devido à pandemia do SARS-CoV-2, acabando por ser cancelada, pelo mesmo motivo, em 2021 (apesar de a narrativa transmitida ter sido a de um adiamento para o 2022, tal "adiamento" não se verifica, pois a edição de 2022 já estava prevista em 2020).[11] A edição de 2022 do Rock in Rio Lisboa já está, entretanto, confirmada.
Ivete Sangalo atuou em todas as edições lisboetas do evento até ao momento.
Volta ao Rio (2011-2014)
Em 2011, aconteceu a quarta edição do festival no Brasil, após dez anos da terceira edição. Inicialmente previsto para 2014, para coincidir com o ano da Copa do Mundo FIFA de 2014, que foi realizado no Brasil, seu lançamento foi adiantado em três anos, a pedido da prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. A Prefeitura construiu um novo local permanente que permite uma maior periodicidade do evento. Segundo Roberto Medina, "Com o novo local, que também ganhará o nome de Cidade do Rock, o Rock in Rio poderá acontecer a cada dois anos, da mesma forma que é o Rock in Rio Lisboa. O espaço não servirá apenas para o festival, será multiuso e poderá abrigar outros shows e eventos".
Em 2012, o Rock in Rio voltou à Península Ibérica para mais uma edição do Rock in Rio Lisboa (a quinta edição) e do Rock in Rio Madrid (a terceira edição).[12]
Em 2013, o Rock in Rio voltou a acontecer na nova Cidade do Rock. O evento serviu como teste do novo sistema de ônibus de faixa exclusiva do Rio de Janeiro, os BRTs, e contou com um programa de tráfego novo que não permitia que carros, táxis e vans se aproximassem do evento.
Em 2014, realizou-se a VI edição do Rock in Rio Lisboa.
Las Vegas, e 30 Anos festival no Rio de Janeiro(2015)
Em maio de 2015, ocorreu a primeira edição do Rock in Rio nos Estados Unidos. Foram feitos quatro dias de festival e cerca de 170 mil pessoas compareceram ao evento, que ocorreu na cidade de Las Vegas. Em setembro do mesmo ano, aconteceu a sexta edição do Rock in Rio no Brasil, comemorando o aniversário de 30 anos do festival. Ele teve, como uma das grandes atrações, a volta da banda Queen, a grande atração do primeiro Rock in Rio, contando com a participação de Adam Lambert no vocal da banda.
No ano de 2016, a única edição realizada foi o Rock in Rio Lisboa VII.
Em 2017, foi realizado o Rock in Rio VII, inaugurando o Parque Olímpico como o novo local. No primeiro dia do festival, estava programada a apresentação da cantora Lady Gaga, mas a organização a cancelou pelo fato de que, dias antes, ela sofria de fibromialgia.
Já 2018 foi o ano em que ocorreu a oitava edição portuguesa, confirmando o sucesso da marca no país.
Roberto Medina já havia afirmado que o Rock in Rio Lisboa "veio para ficar". Em 2019, a organização confirmou a realização de mais dois eventos nos anos de 2021 e 2023, com as edições ocorrendo no Rio de Janeiro.
Em 2019, o Rock in Rio voltou com sua oitava edição. Realizada novamente no Parque Olímpico, o festival recebeu novos palcos e inúmeras atrações nacionais e internacionais. Anitta enfim subiu aos palcos depois da polêmica envolvendo seu nome na Edição 2017. Destaque para P!nk, que realizou um espetáculo de acrobacias na penúltima noite de festival. Muse e Imagine Dragons encerraram o último dia de shows.
Por conta da Pandemia de COVID-19, foi anunciado que a 9ª edição do Rock in Rio Lisboa que inicialmente ocorreria em 2020, seria adiada para o ano de 2021. [13] Porém, devido aos altos índices de contágio e restrições sanitárias em Portugal em 2021, essa edição acabou sendo cancelada, e o Rock in Rio Lisboa só voltaria a acontecer em 2022 (ano que ocorreria sua 10ª edição).[14]
Minutos após o cancelamento da edição de 2021 do Rock in Rio Lisboa, foi anunciado que a 9ª edição do festival que ocorreria no Rio de Janeiro seria adiada para 2022, e que no ano posterior, já ocorreria uma nova edição em 2023, seguindo a tradição da edição brasileira ocorrer sempre em anos impares. [15]
O Rock in Rio Lisboa IX aconteceu entre os dias 18 a 26 de Junho de 2022 e teve um público de 287 mil pessoas. [16]
The Town e Futuro (2022 - Atualmente)
Em setembro de 2021 foi anunciada as datas do Rock in Rio IX, que ocorrerão nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022 no Rio de Janeiro. [17]
No final do mesmo ano, o site oficial do Rock in Rio anunciou a realização de sua primeira edição na cidade de São Paulo, e que esse festival se denominaria The Town. O festival acontecerá em 2023 no Autódromo de Interlagos, onde será construída a nova Cidade do Rock. [18]
Com a criação do The Town, foi anunciado que o Rock in Rio X que ocorreria em 2023 no Rio de Janeiro seria adiada para 2024, e que agora, as edições do festival no Rio de Janeiro acontecerão em anos pares junto com o Rock in Rio Lisboa, pois nos anos ímpares aconteceriam as edições do The Town em São Paulo, evitando assim que os dois festivais brasileiros ocorressem no mesmo ano. [19]
O presidente do Rock in Rio é Roberto Medina, que é dirigente do evento no Rio de Janeiro e do The Town, em São Paulo. Sua filha Roberta Medina é a vice-presidente e dirige o evento em Lisboa.
Edições
# | Ano | Nome | País & Cidade |
---|---|---|---|
1 | 1985 | Rock in Rio I | Rio de Janeiro |
2 | 1991 | Rock in Rio II | |
3 | 2001 | Rock in Rio III | |
4 | 2004 | Rock in Rio Lisboa I | Lisboa |
5 | 2006 | Rock in Rio Lisboa II | |
6 | 2008 | Rock in Rio Lisboa III | |
7 | Rock in Rio Madrid | Madrid | |
8 | 2010 | Rock in Rio Lisboa IV | Lisboa |
9 | Rock in Rio Madrid II | Madrid | |
10 | 2011 | Rock in Rio IV | Rio de Janeiro |
11 | 2012 | Rock in Rio Lisboa V | Lisboa |
12 | Rock in Rio Madrid III | Madrid | |
13 | 2013 | Rock in Rio V | Rio de Janeiro |
14 | 2014 | Rock in Rio Lisboa VI | Lisboa |
15 | 2015 | Rock in Rio USA | Las Vegas |
16 | Rock in Rio VI | Rio de Janeiro | |
17 | 2016 | Rock in Rio Lisboa VII | Lisboa |
18 | 2017 | Rock in Rio VII | Rio de Janeiro |
19 | 2018 | Rock in Rio Lisboa VIII | Lisboa |
20 | 2019 | Rock in Rio VIII | Rio de Janeiro |
21 | 2022 | Rock in Rio Lisboa IX | Lisboa |
22 | Rock in Rio IX | Rio de Janeiro | |
23 | 2023 | The Town | São Paulo |
24 | 2024 | Rock in Rio Lisboa X | Lisboa |
25 | Rock in Rio X | Rio de Janeiro |
Os artistas e o Rock in Rio na cidade do Rio de Janeiro
Suas participações nas diversas edições do evento marcaram as carreiras de algumas das estrelas nacionais e internacionais, segundo suas próprias declarações:
Rock in Rio I (1985)
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
- Queen: As estrelas máximas do evento, todos os integrantes do Queen concordam em qualificar aquela apresentação como uma das cinco mais emocionantes do grupo, e Freddie Mercury qualificava a execução da canção "Love of My Life" como a melhor jamais feita pela banda. Na época, o grupo inglês estava na turnê do disco The Works.
- Barão Vermelho: No primeiro show, do dia 15, o quinteto carioca foi o único grupo brasileiro que não foi vaiado e conseguiu arrancar aplausos dos fãs de heavy metal interessados nos shows de AC/DC e Scorpions, promovendo seu terceiro disco, Maior Abandonado. No mesmo dia, ocorria em Brasília, no Colégio Eleitoral, a eleição presidencial indireta que escolheu Tancredo Neves como novo presidente, dando um grande passo na redemocratização do país. O palco e a plateia contavam com várias bandeiras do Brasil. O então guitarrista Frejat subiu ao palco usando uma calça verde e uma camisa amarela, e a banda fechou o show tocando "Pro Dia Nascer Feliz", com o coro uníssono da plateia no refrão. No segundo show, do dia 20, o grupo tocou uma canção inédita feita por Cazuza em parceria com Lobão, intitulada "Mal Nenhum", que seria gravada pelo próprio Cazuza em carreira solo, e também a música "Um Dia na Vida", que ainda era inédita e foi gravada no quarto álbum do grupo (em 1986, porém sem Cazuza, e é por isso que sua versão no "Rock in Rio" é mais rara, ao contrário de sua versão no álbum Declare Guerra, com o vocal de Frejat). O show do dia 15 foi lançado em LP e CD em 1992 com o título Barão Vermelho ao Vivo, e relançado em CD e DVD em 2007 com o título Rock in Rio 1985: Barão Vermelho.
- AC/DC: O grupo australiano exigiu, como condição para poder tocar no festival: usar um sino de meia tonelada, tocado pelo vocalista Brian Johnson na canção Hells Bells. O aparato veio de navio, porém, era muito pesado para a estrutura do palco, obrigando um dos cenógrafos do festival a fazer, secreta e apressadamente, um sino de gesso para a ocasião. A banda interrompeu as gravações do disco Fly on the Wall, que seria lançado meses depois, para tocar no festival, como parte da turnê do disco Flick of the Switch (1983). O encerramento do show foi marcado pelo disparo de dois canhões, um de cada lado do alto do palco, em For those about to rock.
- Os Paralamas do Sucesso: O trio carioca foi considerado a grande revelação do festival, promovendo o seu segundo disco, O Passo do Lui. Convidados de última hora, não puderam convidar banda de apoio ou construir cenário - a decoração era apenas um vaso com uma palmeira. Durante o show, criticaram a plateia que vaiou as outras bandas brasileiras e homenagearam a ausência de bandas paulistas no evento tocando "Inútil", do Ultraje a Rigor. O show do dia 16 foi lançado em CD e DVD em 2007 com o título Rock in Rio 1985: Os Paralamas do Sucesso.
- Iron Maiden: Os integrantes da banda consideram sua aparição no evento uma das experiências mais marcantes de suas carreiras. Parte da turnê World Slavery Tour 84/85, do disco Powerslave (1984), tocou para 350 mil pessoas. A banda foi a única estrangeira a fazer um único show, ao invés de dois.
- James Taylor: O cantor enfrentava dependência de drogas e o divórcio da também cantora Carly Simon. Taylor declarou que pensava em abandonar a carreira logo após o Rock in Rio I, do qual participaria apenas por compromisso contratual. O cantor declarou-se, porém, comovido com a inesperada recepção do público, e ali decidiu que retomaria as rédeas de sua carreira. Em homenagem ao ocorrido, Taylor compôs a balada "Only a Dream in Rio" (Apenas um sonho no Rio), na qual declama versos como "I was there that very day and my heart came back alive" ("Eu estava lá naquele dia e meu coração voltou à vida"). A canção foi lançada em seu disco seguinte, That's Why I'm Here, lançado em outubro do mesmo ano.
- Ivan Lins: Para o cantor, o festival representou o ápice da sua carreira. Ele quase perdeu a voz durante sua apresentação no evento e pediu o apoio da plateia na performance de suas canções. Na época do festival, Ivan Lins era fumante e, numa entrevista recente, ele disse que suspeitou que a quase perda da sua voz no evento teria sido causado pelo cigarro e, por isso, ele parou de fumar.
- Ozzy Osbourne: Ozzy veio promover seu disco de 1983, Bark at the Moon. No que foi qualificado como "falha de organização", sua apresentação foi marcada logo antes da de Rod Stewart. Ao assistir, dos bastidores, a passagem de som do cantor escocês, Osbourne disse haver pensado que seria vaiado e expulso do palco, pois seu estilo era diametralmente oposto ao do ex-vocalista do The Faces, e não acreditava que fãs do primeiro pudessem apreciar sua música. O contrato de Ozzy incluía uma cláusula proibindo-o de comer qualquer tipo de animal vivo no palco, em referência ao famoso episódio em que Osbourne decapitou um morcego a dentadas em um show de 1982; um fã atirou uma galinha no palco, e Ozzy a deu para seus roadies. Ozzy também se apresentou usando uma camisa do Flamengo (presente dado por um fã) - o momento chegou a virar capa de revista no Brasil. Outro momento marcante do show foi o solo de bateria sem baquetas de Tommy Aldridge.
- Pepeu Gomes: Mesmo encontrando uma plateia hostil com a maior parte dos artistas brasileiros, Pepeu foi ovacionado e reconsagrado. Pepeu considera o Rock in Rio como um dos maiores momentos de sua carreira, pois abriu novas portas para uma carreira no exterior. Após o show, Pepeu foi cumprimentado por John Sykes, guitarrista do Whitesnake.
- Rod Stewart: Com sua característica voz rouca, Rod fez a plateia cantar com ele.
- Scorpions: Os alemães vieram promover a turnê do disco Love at First Sting. No show do dia 15, o vocalista Klaus Meine pegou uma grande bandeira do Brasil e a tremulou. No show do dia 19, o guitarrista Matthias Jabs usou uma guitarra parecida com a que está no logotipo do festival e com pequenas bandeiras do Brasil estampadas nela. A banda filmou a visita ao Rio e algumas imagens foram editadas no videoclipe da versão ao vivo de "Still Loving You" (que na época era parte da trilha sonora da telenovela Corpo a Corpo), lançada no disco World Wide Live, seis meses depois do show.
- Yes: O Yes realizou o sonho de muitos roqueiros brasileiros, mostrando, ao vivo, seu eletrossinfônico rock progressivo, realçado por incrível iluminação e algumas aparições de laser durante as músicas. A banda inglesa promovia o disco 90125, lançado em 1983 e que tinha o megahit Owner of a Lonely Heart.
- Whitesnake: A banda liderada por David Coverdale foi chamada às pressas para o festival, no lugar do Def Leppard, que cancelou a participação devido aos atrasos na gravação do álbum Hysteria (que seria lançado em 1987), agravados pelo grave acidente sofrido na noite do Ano-Novo de 1985 pelo baterista Rick Allen, que teve o braço esquerdo amputado. Coverdale reformulou a banda às pressas, pois só restou o baterista Cozy Powell, que fez parte da formação do disco Slide It In (1984). O álbum mencionado é conhecido pelas canções "Guilty Of Love", "Slow An' Easy" e "Love Ain't No Stranger", sendo que a última é conhecida no Brasil devido à sua execução em uma campanha publicitária dos cigarros Hollywood.
Rock in Rio II (1991)
- Guns N' Roses: A banda mais aguardada do evento se apresentou em 2 dias nesta edição e fez uma dos seus melhores shows em todos os tempos na primeira noite de sua apresentação, que foi a primeira com o baterista Matt Sorum e o tecladista Dizzy Reed. Algumas das músicas apresentadas eram inéditas, e seriam lançadas nos álbuns Use Your Illusion I e Use Your Illusion II no final do ano.
- INXS : Foram os cabeças de cartaz no dia 19 de Janeiro, este concerto foi dado no âmbito da SOUTH AMERICAN "X-FACTOR" TOUR, que ocorreu durante esse mês.
- Faith No More: Graças à participação no festival, o FNM passou a ser a banda estrangeira mais cultuada do Brasil na época, tanto que o grupo voltaria ao país meses depois para uma miniturnê. A banda também conheceu o Sepultura, com quem o vocalista Mike Patton gravou a canção Lookaway, presente no disco Roots (1996). O grupo estava na turnê do disco The Real Thing.
- Sepultura: O grupo brasileiro de maior repercussão mundial estava vivendo um grande momento da carreira. A banda, liderada na época pelos irmãos Max e Igor Cavalera, estava gravando o quinto disco, Arise, quando foram convidados para participar do festival. Para aproveitar a atenção que a mídia dava ao quarteto por causa do evento, eles decidiram lançar uma versão pré-mixada de Arise, que tinha, como faixa bônus, "Orgasmatron" (cover do Motorhead). Sepultura teve apenas 30 minutos de show.
- Happy Mondays: A principal banda do movimento Madchester, até então não muito conhecido no Brasil.
- Titãs: O show no Rock in Rio 2 marcou o fim da turnê do disco Õ Blésq Blom.
- Judas Priest: Promovendo o disco Painkiller, o grupo inglês não deixou ninguém parado na noite do metal. A plateia foi ao delírio quando o vocalista Rob Halford subiu no palco numa motocicleta, como tradicionalmente faz.
- A-ha: A banda norueguesa entrou para o Guinness Book com o maior público pagante de todos os tempos: 198 000 pessoas no Maracanã.
- Debbie Gibson: Fez uma apresentação memorável aos 20 anos de idade.
- Megadeth: O grupo americano de Thrash Metal tinha acabado de lançar o seu quarto disco, Rust In Peace, e apresentou um cover de "Anarchy In The UK" dos Sex Pistols. Na transmissão da TV Globo, o jornalista Pedro Bial (que na época era correspondente internacional da emissora) chamou a banda de "Megadeti", ao invés de Megadeth.
- Engenheiros do Hawaii: Em sua primeira participação no Rock in Rio, foi votada por uma enquete da Rede Globo como a segunda pior do festival, atrás apenas da também brasileira Biquini Cavadão. Gessinger, Licks & Maltz, em pleno estouro do hit-cover "Era Um Garoto...", sequer foram mencionados pela Folha de S.Paulo (isso sem esquecer que os Engenheiros eram idolatrados por seu público e bombardeados pela crítica, sendo inclusive citados pela Revista Bizz como os melhores de 1990 para o público e, para a crítica, os piores). Ainda assim, o grupo foi reconhecido por ter feito um show de qualidade comparável aos dos gringos pelo jornal norte-americano New York Times, em sua cobertura.[20]
- George Michael: Durante o show, teve a participação de seu ex-parceiro no Wham!, Andrew Ridgeley.
- Lobão: O cantor foi escalado para tocar na noite do metal e encontrou a plateia inconformada com o curto show do Sepultura, que tocou antes dele, sendo atacado com copos e garrafas. A situação ficou pior ainda quando ele levou, para o palco, a bateria da escola de samba Mangueira, não somente pela falta de receptividade do público, como também por conta do desencontro da organização, que lhe prometera um palco grande o suficiente para acomodar os percussionistas, mas que na última hora foi mudado para permitir a realização do show do Judas Priest (sobretudo a entrada de motocicleta de Rob Halford), dando, ao brasileiro, um espaço reduzido. Lobão promovia o seu primeiro disco ao vivo, Vivo, que fora gravado a partir de sua apresentação no Hollywood Rock do ano anterior (no qual Lobão fez o mesmo show sem percalços e foi bastante aplaudido).
- Queensryche: Banda americana que faria seu primeiro show no Brasil na noite de Heavy Metal, o público não conhecia o repertório, mas adorou a performance da banda ao vivo. Posteriormente, o Queensryche voltaria ao Brasil para diversos outros shows.
- Billy Idol: Fez sua primeira apresentação no Brasil no dia 19. No dia seguinte, ele fez outra apresentação no Festival, que foi decidida em cima da hora pela produção, para substituir Robert Plant (ex-Led Zeppelin), que tinha cancelado, na véspera, a sua apresentação. A justificativa: a Guerra do Golfo. Mas, Idol não deixou a desejar e protagonizou, novamente, uma das melhores apresentações daquele festival.
- Information Society: Banda americana de Minneapolis com grande sucesso no Brasil, emplacou diversos hits como Running, Repetition, What´s on your mind (Pure Energy). Era liderada pelo vocalista Kurt Harland. Seus outros integrantes eram Paul Robb e James Cassidy. Foi formado em meados de 1982.
- Capital Inicial: Surgiu em 1982, formado pelos irmãos Fê (bateria) e Flávio Lemos (baixo), ex-integrantes do Aborto Elétrico ao lado de Renato Russo, e Loro Jones (guitarra), oriundo da banda Blitz 64. Em 1983, Dinho Ouro-Preto, após um estágio como baixista da banda "dado e o reino animal" (assim mesmo, com letras minúsculas), onde também tocavam Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá, entra para os vocais, emplacou hits como Veraneio Vascaína, Fátima e Música Urbana.
Também se apresentaram, pela 1ª vez no Brasil, o grupo New Kids On the Block (muito contestado por fãs do verdadeiro Rock and Roll, no aeroporto Internacional do Rio de Janeiro), Lisa Stanfield, Deee-Lite, entre outros.
Rock in Rio III (2001)
Esta edição ficou marcada pelo boicote de algumas bandas brasileiras ao evento. Isso porque havia uma cláusula no contrato que excluía a possibilidade de os grupos brasileiros passarem o som para fazer as últimas regulagens de instrumentos, e elas reivindicaram a mesma estrutura concedida para as bandas estrangeiras. O boicote iniciou-se com O Rappa, Cidade Negra e Raimundos, que foram apoiados por Charlie Brown Jr., Skank e Jota Quest.[5]
- Iron Maiden: Desta vez como estrelas máximas do evento, o Iron Maiden fechou a antepenúltima noite do evento, que ficou conhecida como "noite do metal" ou "Sexta metal", devido à participação exclusiva de representantes do estilo Heavy Metal. Os integrantes da banda consideraram a apresentação memorável, tendo-a transformado no CD e DVD Rock in Rio em 2002. Esta registra a maior apresentação da banda, que tocou para um público de 250 mil pessoas. O show no festival também marcou o fim da turnê do disco Brave New World.
- Sepultura: Os organizadores resolveram escalar o grupo mineiro faltando um mês para começar o festival. O show do Rock in Rio III marcou o início da turnê do disco Nation, que viria a ser lançado em Março de 2001. Durante a execução da faixa-título, um fã invadiu o palco e foi repreendido pelos seguranças do evento, fazendo com que a banda interrompesse o show para socorrê-lo. O Rock in Rio III foi também o primeiro grande festival brasileiro do grupo com o vocalista americano Derrick Green.
- Rob Halford: Após tocar em dois projetos diferentes (Fight e Two), o então ex-Judas Priest havia retornado ao gênero que o consagrou mundialmente ao lançar o disco Resurrection (2000). Além de canções do disco citado, a sua apresentação teve, também, canções do Judas Priest. Ele também lançou um CD e DVD ao vivo com seu show, o Resurrection World Tour - Live At Rock in Rio III (2008), que foi produzido por Roy Z, produtor e guitarrista que trabalhou com Bruce Dickinson em sua carreira solo.
- Guns N' Roses: O primeiro grande show da banda desde 1993, apenas Axl Rose e o tecladista Dizzy Reed restavam daquela época. O guitarrista Robin Finck surpreendeu a todos falando português e mandando, com sua guitarra, um cover de "Sossego", de Tim Maia.
- Papa Roach: Por sugestão de Axl Rose, os organizadores do Rock in Rio escalaram o grupo, que fez uma grande apresentação, promovendo o disco Infest, com sucessos como "Last Resort" e "Between Angels and Insects".
- Oasis: Quando se apresentou no Brasil pela segunda vez, o grupo inglês liderado pelos irmãos Liam e Noel Gallagher tinha acabado de lançar o CD e DVD ao vivo Familiar to Millions, que fora gravado em Julho de 2000 na antiga estrutura do Estádio de Wembley, em Londres. A caminho do Brasil, o vocalista Liam Gallagher assediou uma aeromoça da British Airways. Na coletiva para a imprensa, Noel Gallagher foi perguntado sobre o que seria, para ele, um mundo melhor, e o guitarrista disse: "Um ar mais puro e nada de Guns N' Roses". Apesar de os fãs do Guns reclamarem em vários momentos, o show foi bem aceito pela plateia - em "Don't Look Back in Anger", Noel deixou o refrão final para o público cantar, e agradeceu em português. Antes do final do show com "Rock 'n' Roll Star", Liam falou: "Esta vai para o Senhor Rose".
- Pato Fu: Inicialmente, o grupo foi escalado para tocar na "noite teen", mas, posteriormente, foi escalado para tocar numa das noites de rock, no caso a noite que tinha o Guns N' Roses como atração principal. Acreditava-se que o grupo de Fernanda Takai seria vaiado, mas ele acabou sendo aplaudido pelo público presente. Durante o seu show, a banda performou, pela primeira vez, o single "Eu", cover da banda gaúcha Graforréia Xilarmônica, que seria o primeiro single do CD Ruído Rosa. O show do Rock in Rio III fazia parte da turnê do disco Isopor, com direito a dois panos de fundo com os robôs que aparecem no videoclipe da canção "Made in Japan".
- R.E.M.: O líder e vocalista da banda, Michael Stipe declarou que aquela foi uma das apresentações mais emocionantes de sua carreira, especialmente pelo fato de aquela ser a primeira vez que a banda se apresentara perante 250 mil pessoas.
- Ira! e Ultraje a Rigor: Os grupos paulistas fizeram uma apresentação conjunta conhecida na época como "Recreio dos Bandeirantes" (em referência ao bairro vizinho a Jacarepaguá e ao palácio do governo do estado de São Paulo). O Ira! subiu no palco primeiro, abrindo com "Gritos da Multidão". Nele, o então vocalista Nasi berrou "Eu quero ouvir os gritos do Rock in Rio" e foi atendido. O grupo liderado pelo guitarrista Edgard Scandurra também performou "Dias de Luta", "Núcleo Base" e a inédita "Vida Passageira", do recém-lançado disco MTV ao Vivo. Em seguida, o Ira! chamou os membros do Ultraje a Rigor e, juntos, mandaram o cover de "Should I Stay Or Should I Go" do The Clash. Em seguida, o Ultraje assumiu o palco e mandou a maioria dos seus hits dos anos 1980, e ainda tocou "Paranoid", do Black Sabbath. No final, o Ultraje a Rigor se despediu da plateia mostrando suas nádegas, gesto irreverente que é uma marca registrada do grupo liderado pelo vocalista e guitarrista Roger Moreira. Assim como o Ira!, o Ultraje a Rigor também estava promovendo o seu disco ao vivo, o 18 Anos sem Tirar!, lançado em 1999. O show foi lançado em CD e DVD em 2011 com o título Ira! e Ultraje a Rigor ao Vivo no Rock in Rio.
- Foo Fighters: Inicialmente, a banda não foi convidada para participar do festival, mas, depois de ver que o grupo liderava uma enquete sobre "atrações favoritas" feita no site do festival, os organizadores convidaram o grupo. O Foo Fighters se apresentaria no Brasil em Fevereiro de 2000, mas cancelou depois que o quarteto descobriu que um dos shows seria exclusivo para clientes de um companhia telefônica. Coincidentemente, o vocalista Dave Grohl fazia aniversário no dia da apresentação, com direito a bolo trazido ao palco por sua então esposa Melissa Auf der Maur (ex-Hole) e a um beijo de Cássia Eller. O show fez parte da turnê do disco There is Nothing Left to Lose, editado em 1999.
- Capital Inicial: A exemplo do Sepultura, a banda brasileira inicialmente estava fora do evento, mas depois foi incluído a pedidos do público. A turnê foi acústica, seguindo seu Acústico MTV: Capital Inicial, mas o show do Rock in Rio incluiu guitarras.
- Silverchair: Durante o show da banda australiana, alguns espectadores estenderam uma faixa que dizia "Grunge Not Dead" (Grunge Não Morreu) e a banda tocou uma canção inédita chamada "One Way Mule", que seria editada no disco Diorama, lançado em 2002. Eles estavam promovendo o disco Neon Ballroom (1999).
- Cássia Eller: Na coletiva para a imprensa, a cantora falou que o Rock in Rio era o seu Woodstock. O show teve a participação dos percussionistas do grupo Nação Zumbi, e marcou o fim da turnê do disco Com Você... Meu Mundo Ficaria Completo, lançado em 1999. Um momento memorável foi quando Cássia mostrou os seios durante um cover de "Come Together", dos Beatles. Cássia também fez questão de prestar homenagem a Kurt Cobain, cantando "Smells Like Teen Spirit". O show foi lançado em CD e DVD em 2006 com o título Rock in Rio: Cássia Eller ao Vivo.
- Sandy & Junior: Com público presente estimado de mais de 250 mil pessoas, a turnê dos irmãos contou com quatro atos, baseados no álbum As Quatro Estações, apresentando tecnologias inéditas para artistas brasileiros, simulando as sensações de cada estação. Além dos sucessos das várias fases da carreira da dupla Sandy e Junior, os cantores e músicos interpretam canções de artistas nacionais e internacionais. Sandy, com apenas 17 anos de idade, se apresentou com uma versão de Fascinação. Junior, com 16 anos de idade, por sua vez, interpreta, no show, a canção conhecida na voz do músico Rob Thomas, na sua parceria com Santana, Smooth. Nesta música, além de cantar e dançar, Junior toca percussão. Sandy e Junior entraram nas estatísticas do Rock in Rio como os artistas de menor idade a se apresentar neste evento.
- Britney Spears: Obteve o maior público de sua carreira: 250 mil pessoas, trazendo seus sucessos "...Baby One More Time" e "Oops!... I Did It Again". A cantora, no entanto, foi acusada de usar playback durante todo o show. Britney foi vaiada ao mostrar a bandeira dos Estados Unidos durante a música "Lucky", sendo visto por seu próprio público como um ato desrespeito e anti-brasileiro.
- *NSYNC: A Boy Band americana, considerada na época como os "Reis do Pop", liderada por Justin Timberlake e JC Chasez, agitaram o público com o show que fazia parte da turnê No Strings Attached, com os hits "Bye bye bye", "I Want you Back", It's gonna be me" e "Tearin' up my heart".
- Red Hot Chili Peppers: Em sua segunda vinda ao Brasil, com a turnê do disco Californication e a volta do guitarrista John Frusciante, a banda tocou no último dia do festival, com direito a saudações em português do vocalista Anthony Kiedis e do baixista Flea. Foi uma das mais emocionantes de todas as apresentações, por atrair nada mais, nada menos, do que 250 mil pessoas à Cidade do Rock. A noite também foi marcada por muita confusão e invasões aos portões. Este dia ficou marcado como o segundo maior público da história do Rock in Rio, ficando apenas atrás do dia do Queen, em 1985, no Rock in Rio I.
- Queens of the Stone Age: A banda liderada por Josh Homme promovia o álbum Rated R, lançado no ano anterior, mas quem chamou mesmo a atenção foi o baixista Nick Olivieri (ex-Kyuss), que se apresentou nu durante os primeiros dez minutos da apresentação da banda, até ser retirado do palco e obrigado a vestir uma bermuda. Após quase ter sido preso, Olivieri se justificou dizendo que não sabia que a nudez pública era um crime no Brasil, tendo em vista os passistas que desfilam seminus no Carnaval.
A terceira edição do Rock in Rio também foi marcada por:
- Faltando quatro meses para o seu início, seis bandas brasileiras decidiram boicotar o festival. O boicote foi liderado pelo grupo O Rappa, que teve problemas com a organização acima de tudo pelo horário de seu show, e teve o apoio dos grupos Skank, Raimundos, Cidade Negra, Charlie Brown Jr. e Jota Quest. Com esse boicote, o cast do festival teve que ser reformulado.[21][22]
- Carlinhos Brown: Convidado para o terceiro dia de apresentações, o cantor baiano, especializado no estilo conhecido genericamente como "axé music",Predefinição:Nota de rodapé[23] foi hostilizado pelo público presente devido a uma série de exigências do cantor durante o show, irritando a plateia, que o atacou a garrafadas, enquanto gritavam exaustivamente "fora! fora!". O fato repercutiu de maneira extremamente negativa.
Rock In Rio IV (2011)
- Slipknot: O grupo de nu metal, um dos mais aguardados do festival, fez uma apresentação no Palco Mundo digna daquilo que era esperado: barulhenta e feita para o público encharcar suas camisetas pretas de tão "física" que foi: o cantor chegou a fazer o público "sentar" (para depois pular) e o DJ Starscream chegou a pular da estrutura da house mix (lugar onde ficam os técnicos de som), de uma altura de quase 4 metros, para o público o segurar. Foi votado como o melhor show da edição. No intervalo de cada música, o público seguia os comandos do vocalista Corey Taylor com extrema obediência.[24]
- Maroon 5: Escalada de última hora, no lugar de Jay-Z, a banda de Los Angeles fez um dos melhores shows do evento. A banda fez a penúltima apresentação no Palco Mundo no 6º dia. Sucessos como "This Love", "Moves Like Jagger" e "Makes Me Wonder" não deixaram o público parado, e este cantou quase todas as 13 músicas. O encerramento do show foi um dos momentos mais marcantes do festival, quando a plateia fez um coral com a música "She Will Be Loved". Durante um momento, o vocalista Adam Levine conseguiu reger o público e fazer metade cantar um trecho da música e a outra metade cantar outro trecho ao mesmo tempo. Ao fim do show, Adam disse que jamais iria esquecer esse momento.
- Coldplay: Atração final do palco Mundo no 6º dia de Rock in Rio 2011, o Coldplay arrancou gritos e suspiros da plateia ao cantar um trecho da música "Mas que Nada", de Jorge Ben Jor. A banda abriu sua apresentação com Mylo Xyloto, canção que dá nome ao novo álbum, e, na sequência, Hurt Like Heaven, também um lançamento. A banda fez um dos melhores shows, o público cantou quase todas as músicas. Após o festival, aumentaram bastante os acessos às músicas da banda na internet, por parte dos brasileiros. Característica da banda em grandes festivais, os efeitos visuais apareceram cedo também: fogos de artifício, feixes de laser e bolas coloridas também fizeram parte da festa da dispersa plateia, preocupada com as bolas. Num dos momentos mais marcantes do show e do festival, a plateia foi ao delírio quando o grupo cantou seu hit "Viva La Vida".
- System of a Down: O grupo se apresentou no última dia do festival. Foi a primeira vez que o SOAD veio ao Brasil. Eles haviam tocado um dia antes na Chácara do Jóquei, em São Paulo. O grupo formado por Serj Tankian, Daron Malakian, Shavo Odadjian e John Dolmayan estava na sua turnê de volta depois de um hiato que durou de 2006 até início de 2011. O grupo foi para o evento por conta de uma enquete feita no site do Rock in Rio que os elegeu a banda mais esperada para o espetáculo. Com um repertório de 28 músicas, o System of a Down não desanimou a plateia e partiu desde os princípios com Suite-Pee, abrindo o show com Prison Song, animando e fazendo a galera cantar junto Chop Suey!, B.Y.O.B. e Toxicity até finalizar com Sugar e despedir-se das terras brasileiras. No final do show, o vocalista Serj Tankian vestiu a bandeira do Brasil, se ajoelhou no palco e disse: "Obrigado!" e depois se despediu dizendo: "tchau Brasil". O vocalista, antes da música "Holy Mountains", também deixou um recado ambiental: "sem nosso ecossistema, morremos. Vamos salvar o meio ambiente", levando todos os fãs do SOAD à loucura.
- Stone Sour: A banda foi a segunda atração do palco Mundo na noite do dia 24/09 e conseguiu cativar parte do público, mas ficou um pouco deslocada com o segmento principal da plateia, que foi em sua maioria curtir artistas mais pop, como NX Zero, Capital Inicial, Snow Patrol e Red Hot Chili Peppers. Mas, mesmo com a 'desvantagem' de fãs, o vocalista Corey Taylor, que se apresentaria também com o Slipknot na mesma edição do festival, cativou o público com seu humor. Apesar dos 20 minutos de atraso no início da apresentação, Taylor decidiu arranhar um português após duas músicas diante de uma plateia que pulava a cada acorde. "Obrigado", arriscou ele, antes de iniciar um breve discurso com os fãs em inglês.
- Motörhead: A banda inglesa foi uma das atrações da noite do metal. O trio estava divulgando o disco The Wörld Is Yours e fez umas das apresentações memoráveis na Cidade do Rock. A plateia foi ao delírio quando Lemmy anunciou a execução da música Going To Brazil (editada no disco 1916, de 1991), que fala da primeira turnê que o grupo fez no Brasil em 1989. O guitarrista brasileiro Andreas Kisser tocou guitarra junto de Phil Campbell na música Overkill, que fechou a apresentação dos ingleses.
- Sepultura: O grupo brasileiro fez uma apresentação antológica no Palco Sunset, em parceira com o grupo francês Les Tambours du Bronx. Apesar da apresentação elogiada, a escalação do grupo no palco secundário foi muito criticada pelos fãs do metal brasileiro em geral, alegando que uma banda de representação mundial como o Sepultura merecia o Palco Mundo. O show foi encerrado com a participação de Mike Patton (do Faith No More) cantando Roots Bloody Roots com Derrick Green. O Sepultura promovia o disco Kairos.
- Metallica: Atração principal na noite do metal, o quarteto estadunidense não deixou ninguém parado na sua estreia no festival fluminense. O grupo não promovia nenhum disco, mas incluiu o show do Rock in Rio na sua Vacation Tour 2011. O show também marcou a homenagem ao seu antigo baixista Cliff Burton pelos 25 anos de sua morte. Após o término do show, a banda abriu uma enorme bandeira com o desenho do finado baixista, feita em parceria da comunidade Metallica Brasil do Orkut e com o site Metallica Remains. Durante a apresentação, em homenagem a Cliff, o grupo ainda tocou a música "Orion" pela primeira vez no país[25].
- Angra: Outra atração do metal brasileiro. A presença de palco dos integrantes foi elogiada, embora houvesse falhas na sonoridade. Muitos se queixaram pela péssima qualidade do som, embora o público tenha aplaudido o esforço deles. O show teve a participação de sua amiga, a cantora finlandesa Tarja Turunen, que participou em três músicas, sendo que duas foram covers de Wuthering Heights (de Kate Bush) e Phantom of The Opera (de Andrew Lloyd Webber que sua ex-banda, o Nightwish, gravara e normalmente toca nos shows). O show marcou o encerramento da turnê do disco Aqua.
- Rihanna: Finalizou o 1º dia do festival, cantando grandes sucessos de sua carreira, incluindo os últimos até a época (do álbum Loud). A barbadiana chegou a ser vaiada pelo público antes de subir ao palco, por ter se atrasado cerca de 1 hora e 40 minutos. Mas superou tudo, e bastou cantar três músicas para que ela conquistasse o público revoltado.[26]
- Katy Perry: Apresentou-se no mesmo dia, horas antes de Rihanna (que, por sinal, é sua melhor amiga, e havia sido escalada como a principal atração pop da noite), e acabou superando a colega. A cantora deixou a multidão aos delírios com os hits de seus dois primeiros álbuns: One Of The Boys e Teenage Dream. O destaque de seu show foi o beijo dela em um fã brasileiro. Primeiro, Katy provocou: "Dizem que o Rio de Janeiro é o lugar mais quente do mundo. Gostaria de provar um brasileiro". E o sortudo da noite foi Júlio Cesar de Salvo, 24 anos, morador de Sorocaba, no interior de São Paulo. Sem camisa, ele subiu ao palco e ganhou beijos da diva.[27]
- Maná: A banda de rock mexicana liderada pelo vocalista Fernando Olvera e o baterista Alex González foi a terceira a subir ao palco mundo no 6º dia do festival, tocando vários de seus sucessos, desde o reggae de "Oye mi amor", ao rock sacolejante de "Corazón espinado", hit que teve participação de Andreas Kisser, do Sepultura, tomando o posto do mexicano Santana, que toca guitarra na original. A reação de emoção foi ainda melhor em "Vivir sin aire" (tema da telenovela "Mulheres Apaixonadas", de 2003). O "Luau in Rio" foi completado por "En el muelle de San Blas" (diretamente da trama de "Sabor da paixão", 2003). Ao fim do show, jogaram bolas para o público ao som de "Clavado en un bar", e abriram uma enorme bandeira do México junto à do Brasil, arrancando gritos e aplausos dos cariocas.
- Stevie Wonder: O músico norte-americano de soul e funk vinha mais uma vez ao Brasil e fez um show considerado por muitos como o mais memorável daquela edição. O público cantou todos os seus clássicos, desde a balada "You Are the Sunshine of My Life" até a sacolejante "Superstition". Porém dois momentos antológicos foram quando Stevie tocou, ao piano, a música "Garota de Ipanema", com a plateia formando um uníssono coral. Em seguida, Stevie, ao piano, cantarolou, em português, o refrão da canção "Você Abusou" da dupla Antônio Carlos e Jocáfi. A plateia foi ao delírio e novamente formou-se um coral. A dupla de compositores, à época afastados da grande mídia, foram avisados de última hora por um amigo que Stevie estava cantarolando uma música deles e fazendo toda a plateia cantar junto. Os dois ligaram suas televisões e se emocionaram com a homenagem.
- Evanescence: Foi a primeira vez que a banda apareceu em um Rock In Rio brasileiro. Foi uma das mais aguardadas da noite. Sua líder Amy Lee deu um show de talento, cantando seus maiores sucessos desde a época do Fallen, sem deixar de lado sua simpatia e sua beleza.
- Guns N' Roses: A banda foi a última a entrar no palco mundo do festival. Foi a terceira vez consecutiva que a banda apareceu no Rock In Rio. O atraso para o início do show ocorreu devido à demora da equipe do SOAD em liberar o palco, e à forte chuva, que ocasionou muita goteiras no palco e queimou a mesa de som. A equipe do festival não pôde substituí-la, e foi utilizada a mesa de som do Guns. Esses contratempos atrasaram em mais de uma hora o início do show. O público, acostumado aos atrasos da banda, atribuiu isso a Axl Rose, mas a forte chuva desanimou muitas das pessoas que estavam lá. Boa parte foi embora antes de a banda subir ao palco. Mas foi só o primeiro acorde de guitarra soar que toda a chuva pareceu não mais incomodar, e foi ao som de Chinese Democracy que a banda apareceu e compensou a noite. Era quase de manhã quando o show acabou, e foi ao agito de Paradise City, com direito a DJ Ashba tocando o hino nacional no final, que mais uma edição do Rock In Rio foi encerrada.
- Shakira: A cantora colombiana encerrou a noite do dia 30, abrindo o show com um dos seus clássicos mais antigos, a canção Estoy Aquí, fazendo o público vibrar intensamente. Além disso, fez performance de dança do ventre e convidou a cantora brasileira Ivete Sangalo, que já havia se apresentado horas antes, para cantar duas músicas com ela. Shakira ainda interagiu em português com o público e fez releitura de canções brasileiras.
Rock in Rio V (2013)
A quinta edição do Rock In Rio foi realizada nos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 de setembro de 2013, no Parque Olímpico Cidade do Rock, também conhecido como Parque dos Atletas, na Avenida Salvador Allende, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, e contou com:
- Metallica: Depois da apresentação no dia do metal da última edição brasileira do festival, Roberto Medina confirmou o grupo como um dos primeiros nomes do evento, ao lado de Iron Maiden e Bruce Springsteen.
- Bruce Springsteen: De acordo com Roberto Medina, Bruce Springsteen era o maior desejo de seu pai para esta edição do evento. O artista voltava a se apresentar no Brasil após 25 anos de seu único show no país, que aconteceu em São Paulo.
- Avenged Sevenfold: Após 4 shows no Brasil em 2012, a banda voltou em 2013 para fazer a apresentação no festival.
- Slayer: Confirmado na noite do metal no dia 22 de setembro, dia do encerramento, o Slayer prometeu sacudir o Rock in Rio e mostrar toda sua agressividade juntamente com Avenged Sevenfold e Iron Maiden, que tocam na mesma noite. Era a primeira vez que a banda participava do evento.
- Iron Maiden: Pioneiros do festival, os ingleses do Iron Maiden voltavam a participar do evento em 2013, como parte da Maiden England World Tour. O nome do grupo foi um dos primeiros a serem anunciados pela imprensa e até mesmo pela família Medina logo após o final do Rock in Rio IV. A banda encerrou o evento, no segundo domingo do festival.
- Muse: O grupo já se apresentara no Rock in Rio Portugal, mas esta seria a primeira vez deles na Cidade do Rock. Esta seria a terceira vez do trio britânico no Brasil, já tendo se apresentado pela Black Hole and Revelations tour em 2008, e aberto os três shows do U2 em 2011. Em 2016, a banda iria estar na Drones World Tour, após o lançamento do seu 7º álbum Drones.
- Ivete Sangalo: A maior estrela brasileira fez um show emblemático, cheio de sucessos, sendo enaltecida diversos momentos durante a sua apresentação pelo público presente. Com tamanha voz e carisma, a cantora homenageou Freddie Mercury cantando "Love Of My Life" e Beyoncé, que encontrou Ivete e nos bastidores, ao imitá-la de forma reverente.
- Beyoncé: A diva norte-americana já se apresentara no Brasil anteriormente em 2010, com a turnê "I Am... World Tour" nas cidades de Salvador, Florianópolis, Rio de Janeiro e São Paulo. Atuando desta vez com a grandiosa The Mrs. Carter Show World Tour, a cantora voltou ao país, atraindo todos os holofotes para si, e teve o show mais memorável da 5ª edição do festival no Brasil, onde cantou seus maiores hits, e arrancou gritos histéricos de toda a plateia que ali assistia, fazendo um concerto impecável e totalmente perfeccionista.[28]
- Helloween: O quinteto alemão já tocou diversas vezes no Brasil. Se apresentou no festival no dia 22 de Setembro, no dia do heavy metal. O show se tornou um dos melhores do evento. A banda foi elogiada pela imprensa em geral, tendo sido citada por Avenged Sevenfold como uma de suas preferidas.
- Bon Jovi: A banda está confirmada no evento, para promover seu novo disco "What About Now"
- Ghost: Os suecos do Ghost tiveram a responsabilidade de tocar no dia do metal. Trazendo um show diferente das outras atrações, os mascarados fizeram a missa negra, ministrada pelo Papa Emeritus II.
- Alice in Chains: A banda foi confirmada para o dia 19, para promover o novo disco "The Devil Put Dinosaurs Here". O repertório de músicas da banda foi variado, passando pelos clássicos como "Man in the Box" e "Them Bones" até sons mais novos do álbum mais recente da banda.
- Sepultura: A banda mineira de Thrash Metal foi a primeira a ser confirmada para o festival, se apresentando duas vezes: a primeira no Palco Mundo, repetindo a parceria com os franceses do Les Tambours du Bronx, em gravação lançada em CD e DVD no ano seguinte; e a segunda no Palco Sunset, com participação de Zé Ramalho em um show memorável em que este cantou vários clássicos de sua carreira em uma versão bem mais pesada.
- Florence and the Machine: A banda britânica comandada por Florence Welch também era uma das atrações confirmadas para o dia 14 de setembro.
- 30 Seconds to Mars: Lançando o novo álbum Love, Lust, Faith and Dreams, a banda norte-americana de rock alternativo se apresentou no dia 14 de novembro ao lado de Florence e Muse. Destaque para o salto de tirolesa do vocalista da banda Jared Leto, no final do show.
Rock in Rio VI e Rock in Rio USA (2015)
A sexta edição do Rock in Rio foi realizada nos dias 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de setembro de 2015, no Parque dos Atletas, na Avenida Salvador Allende, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. Contou com Queen + Adam Lambert, The Script, Metallica, Rod Stewart, Elton John, System of a Down, Slipknot, Katy Perry, Rihanna, AlunaGeorge, Mötley Crüe, Faith No More, John Legend, Sam Smith, Seal, Korn, Gojira, OneRepublic e A-ha dentre as principais atrações, tanto no Palco Mundo, quanto no Sunset. De 8 a 16 de maio de 2015, foi realizada a edição do Rock in Rio na cidade de Las Vegas.
Rock in Rio VII (2017)
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
Foi a sétima edição realizada no Rio de Janeiro, entre os dias 15 a 24 de setembro de 2017. A primeira banda confirmada para a atração foi a banda californiana Maroon 5; logo depois foram anunciados Red Hot Chili Peppers,[29] Aerosmith[30] Bon Jovi, Fergie, The Who, Guns N' Roses, Justin Timberlake, 30 Seconds to Mars, Tears For Fears, Alicia Keys e Pet Shop Boys.
A banda Guns 'n' Roses voltou ao festival, com parte da sua formação inicial (com a volta de Slash e Duff McKagan), após ter feito as pazes com Roberto Medina, idealizador do evento. Grávida, a cantora Ivete Sangalo realizou o show no Rock in Rio como a estreia de sua nova turnê. A artista pop Lady Gaga viria ao evento após o lançamento de seu mais recente trabalho Joanne, porém cancelou um dia antes de sua apresentação devido a problemas de saúde, sendo substituída pelo Maroon 5, que acabou realizando dois shows nessa edição. Mais tarde, Justin Timberlake foi confirmado no Palco Mundo no dia 17 de setembro.
O cantor canadense Shawn Mendes fez sua primeira performance no Brasil no Palco Mundo, na mesma noite que a banda Maroon 5.
O evento foi feito em um novo endereço, mais especificamente o Parque Olímpico do Rio, que, sendo maior, fez com que o evento tivesse mais atrações além das musicais.[31]
Marcou, a edição do Rock in Rio, a cantora Ivete Sangalo, que estava grávida de gêmeas no palco. Saudando Lady Gaga no fim do espetáculo, a baiana fez um show de estreia de turnê com um repertório incrível, eleito o melhor show do Palco Mundo por enquete na Billboard Brasil. Ivete fez homenagem também a Cazuza cantando "Pro Dia Nascer Feliz", levando, nesse momento, bandeiras ao palco protestando contra o racismo, homofobia e em apoio à Floresta Amazônica.
O cover brasileiro do cantor Michael Jackson, Rodrigo Teaser, se apresentou no evento, dançando e cantando os maiores hits do "Rei do Pop", que havia falecido 8 anos atrás.
Rock in Rio VIII (2019)
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
Foi a oitava edição realizada no Rio de Janeiro, nos dias 27, 28 e 29 de setembro e 3, 4, 5 e 6 de outubro de 2019. O Palco Mundo está com todas as atrações confirmadas: Drake, Ellie Goulding, Bebe Rexha, Muse, Imagine Dragons, Nickelback, Bon Jovi, Goo Goo Dolls, Dave Matthews Band, P!nk, Black Eyed Peas, H.E.R., Foo Fighters, Weezer, Tenacious D, Iron Maiden, Helloween, Scorpions, Nile Rodgers, Panic! at the Disco e Red Hot Chili Peppers, e os nacionais Anitta, Alok, Ivete Sangalo, Giulia Be, Capital Inicial, Sepultura, Os Paralamas do Sucesso e o encontro entre CPM 22 & Raimundos,Plutão Já Foi Planeta. Já no Palco Sunset, estão confirmados os cantores Mano Brown, Jessie J, Seal e Charlie Puth e as bandas Slayer, Anthrax e Whitesnake.
A banda de thrash metal Megadeth foi inicialmente anunciada entre os artistas que se apresentariam no Palco Mundo, mas foi substituída pela banda de power metal alemã Helloween após o anúncio de que seu vocalista, Dave Mustaine, teria sido diagnosticado com câncer na garganta.[32]
Rock in Rio IX (2022)
- REDIRECIONAMENTO Predefinição:VT
A nona edição do festival será realizada no Rio de Janeiro nos dias 2, 3, 4, 8, 9, 10 e 11 de setembro de 2022 (anteriormente 24, 25, 26 e 30 de setembro e dias 1, 2, 3 de outubro de 2021, datas remarcadas devido à pandemia de SARS-CoV-2). Pouco tempo após o fim do evento em 2019, os organizadores garantiram a presença do DJ Alok na próxima edição. No dia 15 de dezembro foram anunciadas oficialmente as primeiras atrações do festival, que integrarão o primeiro dia do mesmo, no chamado "dia do metal". Iron Maiden, que virá pela quinta vez ao Rock in Rio, será a atração principal, que também contará com Dream Theater e a brasileira Sepultura, com participação da Orquestra Sinfônica Brasileira. A banda Megadeth se apresentaria no festival, porém decidiram cancelar sua participação para focar em sua turnê pelos Estados Unidos.
Negócios relacionados
A enorme popularidade da marca "Rock in Rio" na cidade do Rio de Janeiro levou Roberto Medina a abrir, na cidade, um café com o nome "Rock in Rio Café", em 4 de março de 1997. Localizado no bairro carioca da Barra da Tijuca, o local seguia a receita da cadeia de restaurantes Hard Rock Café, contando com fotos, instrumentos musicais e outros objetos das três edições do evento, além de loja de lembranças com o logotipo do evento.[33]
Posteriormente, em 8 de dezembro de 1998, na cidade de Salvador, estado da Bahia, o empresário Herder Mendonça inaugurou o Rock in Rio Café Salvador, primeira e única franquia do Rock in Rio Café. A casa de shows soteropolitana ficou conhecida por ter sido palco para artistas como Claudia Leitte, Ivete Sangalo, Psirico, entre outros.[34] O estabelecimento foi fechado e destruído em 15 de agosto de 2007, após desentendimentos com os proprietários do centro comercial Aeroclube Plaza Show, onde se localizava a casa.[35]
Ver também
Referências
- ↑ «Crise cancela Rock in Rio em Buenos Aires e em Madri este ano». 29 de janeiro de 2014. Consultado em 1 de outubro de 2019
- ↑ «Rock in Rio Argentina está suspenso por questões políticas, diz Medina». 21 de setembro de 2013. Consultado em 1 de outubro de 2019
- ↑ «Página do Rock in Rio no Yahoo!». Consultado em 3 de outubro de 2011. Arquivado do original em 14 de junho de 2012
- ↑ «The Top 10 Music Festivals in the World». festivalfling.com. Consultado em 19 de setembro de 2013
- ↑ 5,0 5,1 oglobo.globo.com/ Bandas nacionais relembram o boicote ao Rock in Rio em 2001
- ↑ «Rio 2016: parque a ser usado por atletas na Barra ficará para a cidade»
- ↑ «Rock in Rio-Lisboa regressa em 2006». Consultado em 2 de fevereiro de 2008. Arquivado do original em 5 de março de 2008
- ↑ Festivais de Verão: o rock chegou à cidade Arquivado em 6 de março de 2008, no Wayback Machine., em Público.pt, 25 de maio de 2006.
- ↑ Rock in Rio 2008 começa em Lisboa e vai ter continuação em Madrid Arquivado em 26 de fevereiro de 2008, no Wayback Machine., em DN.pt, 6 de fevereiro de 2007
- ↑ Jorge Palma, Clã, Wraygunn e Buraka Som Sistema no Rock in Rio Lisboa Arquivado em 24 de agosto de 2011, no Wayback Machine., em blitz.pt, 19 de fevereiro de 2008.
- ↑ «Festival Rock in Rio adiado para 2022». Jornal de Notícias. 4 de março de 2021. Consultado em 4 de março de 2021
- ↑ Justin Timberlake estreia-se em Portugal no Rock in Rio-Lisboa, Sapo Música
- ↑ https://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2020/04/03/rock-in-rio-lisboa-e-adiado-para-2021-por-causa-do-coronavirus-evento-aconteceria-em-junho.ghtml
- ↑ https://www.metropoles.com/entretenimento/musica/rock-in-rio-lisboa-e-adiado-pela-2a-vez-e-fica-para-2022
- ↑ https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/03/04/rock-in-rio-e-adiado-para-setembro-de-2022-por-causa-da-pandemia-de-covid-19.ghtml
- ↑ https://portalpopline.com.br/rock-in-rio-lisboa-2022-festival-recebeu-287-mil-pessoas-ja-se-prepara-reencontro-rio/
- ↑ https://rollingstone.uol.com.br/musica/rock-in-rio-2022-datas-atracoes-onde-e-e-tudo-que-voce-precisa-saber--ingresso-comprar-show/
- ↑ https://rockinrio.com/rio/pt-br/novidade/rock-in-rio-anuncia-the-town-evento-em-sao-paulo-em-2023/
- ↑ https://g1.globo.com/pop-arte/musica/rock-in-rio/2022/noticia/2022/06/29/rock-in-rio-lisboa-e-festival-no-brasil-passam-a-ser-acontecer-sempre-nos-mesmos-anos.ghtml
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Bibliografia
- Luiz Felipe Carneiro (2011) "Rock in Rio - A História do Maior Festival de Música do Mundo", Globo Livros.
Ligações externas
- Sítio oficial
- «Site oficial do Rock in Rio Lisboa» (em português)
- Site oficial de Rock in Rio Madrid
- Cobertura especial do Rock in Rio 2011
- Rock in Rio ao vivo
- Transporte Rock in Rio
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