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Rio do Fogo

Predefinição:Info/Município do Brasil/Rio do Fogo Rio do Fogo é um município brasileiro do estado do Rio Grande do Norte. Possui uma área territorial de 151 km² e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 10 961 habitantes.[1]

Geografia

Na divisão territorial do Brasil feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2017, Rio do Fogo pertence às regiões geográficas intermediária e imediata de Natal.[2] Até então, na divisão em mesorregiões e microrregiões que vigorava desde 1989, o município fazia parte da microrregião do Litoral Nordeste, uma das quatro microrregiões constituintes da mesorregião do Leste Potiguar.[3] Está a 79 km da capital estadual, Natal,[4] e a 2 483 km de Brasília, capital nacional.[5]

Praia do Zumbi, uma das quatro praias do município

A área territorial de Rio do Fogo é de 151,097 km²[6] (0,2861% da superfície estadual), dos quais 0,471 km² em área urbana.[7] Limita-se com Touros a norte e a oeste, a sul com Maxaranguape e com Pureza e novamente Touros a oeste, sendo banhado pelo Oceano Atlântico a leste,[8] cuja costa possui 15,05 km de extensão,[9] formada por quatro praias: Rio do Fogo, Zumbi, Barra de Punaú e Pititinga. Toda a costa de Rio do Fogo está inserida na Área de Proteção Ambiental dos Recifes de Corais, criada pelo decreto estadual 15 746 de 6 de junho de 2001 com o objetivo principal de proteger os recifes de corais e seus ecossistemas adjacentes.[10]

O relevo do município, com altitudes inferiores a cem metros, é constituído pela planície costeira no litoral, caracterizada pela presença de dunas modeladas pela ação eólica. Essa planície, na medida em que adentra o continente, vai dando lugar aos tabuleiros costeiros ou planaltos rebaixados, enquanto as áreas nos leitos dos rios constituem as planícies fluviais, que apresentam tanto areia quanto cascalho em sua constituição. A maior parte do território municipal está inserido no Grupo Barreiras, formado por rochas do período Terciário Superior cobertas por arenitos intercalados com argilito e siltito.[8]

Os solos de Rio do Fogo são arenosos, profundos e bastante drenados, porém muito pobres em nutrientes e, portanto, pouco férteis, caracterizando as areias quartzosas distróficas,[8] que na nova classificação brasileira de solos constituem os neossolos.[11] Existem também áreas menores de latossolo e organossolos ou solos orgânicos.[12] Esses solos são cobertos, em sua maioria, pela Mata Atlântica, que cobre 85% da área do município,[13] com espécies de maior porte, que apresentam folhas largas e troncos delgados. Dentro da Mata Atlântica também existem tanto os manguezais, sujeitos ao regime das marés, quanto os campos de várzea, típicos das várzeas úmidas.[8] Os 15% restantes são cobertos por uma vegetação de menor porte, a caatinga.[13]

O Rio Punaú próximo à sua foz na praia de Barra de Punaú, ao fundo da imagem

Na hidrografia, Rio do Fogo possui seu território dentro das bacias hidrográficas dos rios Punaú (45%) e Maxaranguape (14,8%) e o restante (40,2%) na faixa litorânea leste de escoamento difuso.[8] Passa pelo município o Rio Punaú, que nasce em Pureza e possui uma extensão de 23,4 km, desaguando no oceano em Rio do Fogo.[14] Outros cursos d'água que passam pelo município são os rios Catolé, das Curicacas, do Fogo, das Piranhas e Tatu, existindo ainda as lagoas Barrenta, das Cutias, do Catolé e Mutuca. O clima, por sua vez, é tropical chuvoso, com chuvas concentradas no período de março a agosto.[8]

De acordo com dados da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN), de 2005 a 2012 o maior acumulado de chuva em 24 horas atingiu 200,5 milímetros (mm) em 11 de maio de 2009. Outros acumulados iguais ou superiores a 100 mm foram: 139,4 mm em 2 de julho de 2008, 116,8 mm em 23 de junho de 2012, 107,2 mm em 12 de maio de 2005 e 100,6 mm em 12 de abril de 2008. Junho de 2005, com 444,1 mm, é o mês mais chuvoso da série histórica.[15] Predefinição:Tabela climática

Política e administração

No ano seguinte à emancipação de Rio do Fogo (1996), ocorreram as primeiras eleições municipais para prefeito, com quatro candidatos, sendo eleito Túlio Antônio de Paiva Fagundes com 37,192% dos votos válidos,[16] empossado em 1° de janeiro de 1997, data da instalação do novo município, e reeleito para mais um mandato em 2000.[17] Na história de Rio do Fogo, foram eleitos para o cargo de prefeito as seguintes pessoas:

# Nome Partido Mandato
Início Término
1 Túlio Antônio de Paiva Fagundes[16][17] PMN 1° de janeiro de 1997 31 de dezembro de 2000
PFL 1° de janeiro de 2001 31 de dezembro de 2004
2 Francisco das Chagas Cruz[18] 1° de janeiro de 2005 31 de dezembro de 2008
3 Egídio Dantas de Medeiros Filho[19] PMDB 1° de janeiro de 2009 31 de dezembro de 2012
4 Laerte Ney de Paiva Fagundes[20][21] DEM 1° de janeiro de 2013 31 de dezembro de 2016
1° de janeiro de 2017 31 de dezembro de 2020
5 Márcio Luiz Pereira Barbosa[22] 1° de janeiro de 2021 atualidade

O prefeito exerce o poder executivo e nomeia livremente seus secretários municipais, que o auxiliam. A administração municipal também se dá por outro poder, o legislativo, representado pela câmara municipal, formada por nove vereadores. Dentre as atribuições da casa legislativa estão elaborar e votar leis fundamentais à administração e ao executivo, especialmente o orçamento municipal, conhecido por lei de diretrizes orçamentárias. Tanto o prefeito quanto os vereadores são eleitos pelo voto direto para mandatos de quatro anos.[23] O município se rege por lei orgânica, promulgada em 5 de fevereiro de 1997[8] e atualizada por emendas posteriores.

Existem também alguns conselhos municipais em atividade, sendo alguns deles: Alimentação Escolar, Assistência Social, Cultura, Direitos da Criança e do Adolescente, Direitos da Pessoa Idosa, Educação, Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente, Saúde e Tutelar.[24][25][26] É termo judiciário da comarca de Touros, de entrância inicial,[27] e pertence à sexta zona eleitoral do Rio Grande do Norte, possuindo, em dezembro de 2020, 10 493 eleitores aptos a votar, de acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), equivalente a 0,446% do eleitorado potiguar.[28]

Referências

  1. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas IBGE_Pop_2021
  2. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas IBGE_DTB_2017
  3. IBGE (1990). «Divisão regional do Brasil em mesorregiões e microrregiões geográficas» (PDF). Biblioteca IBGE. 1. Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de setembro de 2017 
  4. «Distância de Rio do Fogo a Natal». Consultado em 25 de julho de 2021 
  5. «Distância de Rio do Fogo a Brasília». Consultado em 25 de julho de 2021 
  6. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas IBGE-Rio-do-Fogo-RN
  7. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (2015). «Áreas Urbanas no Brasil em 2015». Consultado em 25 de julho de 2021 
  8. 8,0 8,1 8,2 8,3 8,4 8,5 8,6 Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (IDEMA-RN). «Rio do Fogo» (PDF). Consultado em 25 de julho de 2021 
  9. IBGE (2020). «Anuário Estatístico do Brasil» (PDF). Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 6 de julho de 2021 
  10. RIO GRANDE DO NORTE. Decreto nº 15.746, de 6 de junho de 2001. Cria a Área de Proteção Ambiental - APA dos Recifes de Corais nos Municípios de Maxaranguape, Rio do Fogo e Touros, e dá outras providências. Natal, 2001.
  11. JACOMINE, 2008, p. 178.[1]
  12. Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA) (1971). «Mapa Exploratório-Reconhecimento de solos do município de Rio do Fogo, RN» (PDF). Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de julho de 2021 
  13. 13,0 13,1 «Rio do Fogo, RN». Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada em 25 de julho de 2021 
  14. SILVEIRA, 2009, p. 60.[2]
  15. Erro de citação: Marca <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadas Relatório pluviométrico
  16. 16,0 16,1 Tribunal Superior Eleitoral (TSE) (1996). «Resultados das eleições 1996». Consultado em 25 de julho de 2021 
  17. 17,0 17,1 TSE (2000). «Resultados das eleições 2000». Consultado em 25 de julho de 2021 
  18. TSE (2004). «Resultados das eleições 2004». Consultado em 25 de julho de 2021 
  19. TSE (2008). «Parâmetros de pesquisa». Consultado em 25 de julho de 2021 
  20. TSE (2012). «Parâmetros de pesquisa». Consultado em 25 de julho de 2021 }
  21. TSE (2016). «Resultado da apuração das Eleições 2016 em Rio do Fogo para prefeito e vereador». G1. Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada em 25 de julho de 2021 
  22. «Prefeito e vereadores de Rio do Fogo tomam posse». G1. 1 de janeiro de 2021. Consultado em 25 de julho de 2021 
  23. «Lei Orgânica do Município de Rio Fogo» (PDF). Consultado em 25 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 25 de julho de 2021 
  24. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2017». Consultado em 25 de julho de 2021 
  25. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2018». Consultado em 25 de julho de 2021 
  26. IBGE. «MUNIC - Perfil dos Municípios Brasileiros 2019». Consultado em 25 de julho de 2021 
  27. «LEI COMPLEMENTAR Nº 643, DE 21 DE DEZEMBRO DE 2018». Consultado em 25 de julho de 2021 
  28. TSE. «Estatísticas do eleitorado – Consulta por município/zona eleitoral». Consultado em 25 de julho de 2021 

Bibliografia

JACOMINE, Paulo Klinger Tito. A nova classificação brasileira de solos. Anais da Academia Pernambucana de Ciência Agronômica, v. 5, p. 161-179. Recife: 2008.
SILVEIRA, Ana Beatriz Silva da. Análise da bacia hidrográfica do Rio Punaú-Rio Grande do Norte utilizando ferramentas de geoprocessamento. 2009. 110 f. Dissertação (Mestrado em Saneamento Ambiental) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2009.


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