Predefinição:Info/Partido político Partido da Mobilização Nacional (PMN) é um partido político brasileiro de centro-esquerda.[1] Obteve registro permanente em 25 de outubro de 1990.[2] Em julho de 2022 possuía 211.173 filiados.[3]
História
O PMN, segundo seu manifesto de lançamento, foi criado em 21 de abril de 1984 como um movimento nacionalista.[4] Sua transformação em partido político se tornou possível a partir da aprovação em maio de 1985 da Emenda Constitucional nº 25, que, além de legalizar os partidos comunistas, permitiu a apresentação na eleição seguinte de candidatos de partidos ainda em formação.[4] Seu registro definitivo junto ao TSE seria obtido em 25 de outubro de 1990.[4][2]
Do programa apresentado pelo PMN por ocasião de seu lançamento constavam, entre outros pontos, a realização da reforma agrária, a adoção de uma política externa independente e voltada para o Terceiro Mundo, o rompimento com o Fundo Monetário Internacional (FMI), a declaração da moratória da dívida externa em conjunto com os demais países da América Latina, a implementação de uma política econômica voltada para a ampliação do mercado interno e a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte.[4] Segundo seu manifesto, o partido nascia “com a missão de dar continuidade ao único projeto político da nossa história, a Inconfidência Mineira”.[4] O partido adotou como patrono Tiradentes e como símbolo a bandeira dos Inconfidentes.[4] Definiu-se ainda como um partido defensor da democrácia e da soberania nacional com base na “mobilização consciente da população”.[4] Seu primeiro presidente foi o ex-deputado federal Celso Teixeira Brant, cassado pelo regime militar implantado em 1964.[4]
O PMN participou das eleições presidenciais no Brasil em duas oportunidades. Em 1989, lançou Brant como presidenciável, tendo terminado o pleito em décimo-nono lugar, com 109.909 votos (0,15% das intenções de voto). Em 1998, o partido lançou a candidatura do brigadeiro Ivan Moacyr da Frota, que obteve votação maior: 251.337 votos (0,37 % dos votos). Eventualmente, o partido possui representação parlamentar no Congresso Nacional. Valéria Monteiro se filiou ao PMN para disputar a presidência do Brasil em 2018, mas a convenção do partido abriu mão de candidatura própria e também de apoiar qualquer outro candidato no primeiro turno.
Nas eleições parlamentares brasileiras de 2006 o PMN não conseguiu superar a então recém-instituída cláusula de barreira estabelecida pela legislação eleitoral. Em decorrência disto, o partido estudou fundir-se com o Partido Popular Socialista (PPS) e o Partido Humanista da Solidariedade (PHS) para formar um novo bloco partidário, cujo nome adotado foi o de Mobilização Democrática (MD), mas depois que o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a cláusula, o bloco foi desfeito e os partidos se separaram.
Novamente, em abril de 2013, o PPS propôs fundir-se ao PMN para formar a Mobilização Democrática (MD), entretanto em 28 de junho de 2013 a executiva nacional do PMN rejeitou a proposta, anulando o processo de fusão.[5]
Nas eleições municipais de 2016, o partido elegeu 28 prefeitos.[6] além de 526 vereadores pelo país.[7] O destaque do partido foi a eleição de Rafael Greca como prefeito de Curitiba, capital do Paraná, após vinte anos afastado.
Nas eleições gerais de 2018, o partido não declarou apoio a algum dos presidenciáveis.[8] Elegeu apenas três deputados federais e seis deputados estaduais,[9] além de ter ajudado a eleger os atuais governadores do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Goiás, do Mato Grosso do Sul, da Paraíba e de Pernambuco, além de parlamentares de diversos partidos.[10] Como o PMN não superou a nova cláusula de barreira ao não atingir 1,5% dos votos válidos nas eleições para a Câmara dos Deputados, passou a não ter acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão.[11]
Nas eleições municipais de 2020, o partido elegeu 13 prefeitos e 200 vereadores.[12] além de 220 vereadores pelo país, tendo um resultado pior que em 2016.[7] Ao ter recebido apenas 0,16% dos votos válidos para prefeitos no primeiro turno, o PMN ficou entre os partidos que podem tender a não atingir os 2,0% de votos válidos para deputados federais em 2022, esbarrando na segunda etapa da cláusula de barreira.[13]
Em março de 2021 o PMN chegou a ser uma das siglas com as quais o grupo político do presidente Jair Bolsonaro negociou sua entrada, apesar da resistência de membros do PMN.[14] A preferência do presidente é por um partido pequeno onde ele possa ter o controle da executiva nacional e dos diretórios.[14]
Organização
Parlamentares atuaisNas eleições de 2018, o PMN elegeu três deputados federais — Eduardo Braide (MA), Pastor Gildenemyr (MA) e Zé Vitor (MG) — mas todos trocaram de partido.[9]
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Número de filiados
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Simbologia
Desde a década de 1989, o PMN usa o triângulo usado pela Inconfidência Mineira; o patrono do partido é Joaquim José da Silva Xavier. No dia 21 de abril de 1986, dia de Tiradentes, foi lançado no sítio de Pombal (onde nasceu o patrono), o Movimento d'A Retomada da Inconfidência, baseada na carta de São João D'el Rey de Oscar Noronha Filho, um dos mais influentes políticos do partido.[15]
Desempenho eleitoral
Legislatura | Bancada | % | ± |
---|---|---|---|
Predefinição:Ord49.ª (1991–1995) | Predefinição:Ord | 0,19 | Predefinição:OrdPredefinição:Aumento 1 |
Predefinição:Ord50.ª (1995–1999) | Predefinição:Ord | 0,77 | Predefinição:OrdPredefinição:Aumento 3 |
Predefinição:Ord51.ª (1999–2003) | Predefinição:Ord | 0,38 | Predefinição:OrdPredefinição:Baixa 2 |
Predefinição:Ord52.ª (2003–2007) | Predefinição:Ord | 0,19 | Predefinição:OrdPredefinição:Baixa 1 |
Predefinição:Ord53.ª (2007–2011) | Predefinição:Ord | 0,58 | Predefinição:OrdPredefinição:Aumento 2 |
Predefinição:Ord54.ª (2011–2015) | Predefinição:Ord | 0,77 | Predefinição:OrdPredefinição:Aumento 1 |
Predefinição:Ord55.ª (2015–2019) | Predefinição:Ord | 0,58 | Predefinição:OrdPredefinição:Baixa 1 |
Predefinição:Ord56.ª (2019–2023) | Predefinição:Ord | 0,58 | Predefinição:Ord 0 |
Os números das bancadas representam o início de cada legislatura, desconsiderando, por exemplo, parlamentares que tenham mudado de partido posteriormente.
Eleições estaduais
Participação e desempenho do PMN nas eleições estaduais de 2018[10] | |||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||||
Candidatos majoritários eleitos (8 governadores e 14 senadores). Em negrito estão os candidatos filiados ao PMN durante a eleição.Os cargos obtidos na Câmara Federal e nas Assembleias Legislativas são referentes às coligações proporcionais que o PMN compôs. Tais coligações não são necessariamente iguais às coligações majoritárias e geralmente são menores. Não estão listados os futuros suplentes empossados.
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Eleições presidenciais
Ano | Imagem | Candidato(a) a Presidente | Candidato a Vice-Presidente | Coligação | Votos | Posição |
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1989 | — | Celso Brant (PMN) |
José Natan Emídio Neto (PMN) |
Sem coligação | 109.909 (0,15%) | 19ª |
1994 | Leonel Brizola (PDT) |
Darcy Ribeiro (PDT) |
Força do Povo
(PDT e PMN) |
2.015.284 (3,18%) | 5ª | |
1998 | — | Ivan Frotta (PMN) |
João Ferreira da Silva (PMN) |
Sem coligação | 251.337 (0,37%) | 5ª |
2002 | Luiz Inácio Lula da Silva (PT) |
José Alencar (PL) |
Lula Presidente | 52.793.364 (61,27%) | 1ª | |
2010 | José Serra (PSDB) |
Indio da Costa (DEM) |
O Brasil Pode Mais | 43.711.388 (43,95%) | 2ª | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) |
Aloysio Nunes (PSDB) |
Muda Brasil | 51.036.040 (48,36%) | 2ª |
Referências
- ↑ Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasPindograma
- ↑ 2,0 2,1 Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasRegistro
- ↑ 3,0 3,1 Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasFiliados
- ↑ 4,0 4,1 4,2 4,3 4,4 4,5 4,6 4,7 Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasBioFGV
- ↑ «PMN desiste da fusão com PPS que criaria a Mobilização Democrática». Portal G1
- ↑ PATRI/Datapedia. «Resultados da eleição municipal de 2016 para as prefeituras». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ 7,0 7,1 Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasVereadores2016-2020
- ↑ G1 (20 de julho de 2018). «Candidatos à Presidência da República nas eleições de 2018: veja quem são». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ 9,0 9,1 9,2 Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasEleitos2018
- ↑ 10,0 10,1 TSE. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ TSE (29 de janeiro de 2019). «TSE publica portaria com relação de partidos que terão acesso ao Fundo Partidário em 2019». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Erro de citação: Marca
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs chamadasPrefeitos2020
- ↑ Carolina Freitas (2 de dezembro de 2020). «Dezesseis partidos podem parar na cláusula de barreira em 2022». Valor Econômico. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ 14,0 14,1 Paulo Cappelli e Jussara Soares (8 de março de 2021). «Bolsonaro negocia com DC, PMN e PSC e deve anunciar novo partido este mês». O Globo. Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ PMN (21 de abril de 2018). «Postagem do PMN no Facebook». Consultado em 25 de maio de 2021
- ↑ Câmara dos Deputados. «Bancada na Eleição (1998-2018)». Consultado em 25 de maio de 2021